Ir para conteúdo

Saint Seiya - The Aeon's Crown


Posts Recomendados


Fanfic Conjunta: .Mark, Nikos, Bizzy, Kagaho de Bennu e Gustavo Fernandes


Prólogo


Andava a passos rápidos com uma pequena cesta de compras em suas mãos, era fato que não se sentia confortável em publico e seu único desejo naquele momento era chegar logo em sua casa. Usava um vestido negro e seus longos cabelos da cor das trevas balançavam enquanto virava a esquina daquela pequena cidade. Para quem observasse de longe, acharia a mulher de uma beleza impar, mas igualmente louca. Em determinados momentos parecia conversar com alguém ao seu lado, mas nunca havia alguém lá, no máximo alguns gatos que pareciam ter um certo apreço pela mulher.


Apesar de morar ali a mais de dez anos, poucos de fato haviam tentado se aproximar dela, havia algo que parecia transbordar daquela mulher, algo com cheiro de morte.


- Você sentiu esse cosmo? - Uma voz surgiu como se flutuasse ao redor da mulher, somente ela podia ouvi-lo naquele momento. - Parece que algo está despertando.


- Sim... - Ela respondeu. - Mas isso não é problema nosso, é?


Andou mais um pouco até chegar a sua mansão, que mais parecia um castelo antigo a muito abandonado. Entrou rapidamente, colocou as coisas acima da mesa e sentou-se logo em seguida. O local era pouco iluminado, porém tão limpo quanto era possível. Haviam poucos móveis, mas eram o suficiente para que pudesse viver bem.


- Veio até aqui somente para falar sobre isso?


- Não, não só por isso. - Respondeu a voz, surgindo a sua frente, abandonando sua invisibilidade. - Pra falar a verdade, estava com saudades de um rosto conhecido e realmente fiquei preocupado com o que senti, então preferi ver se estava bem.


O homem a sua frente parecia ser bem jovem, apesar dos longos cabelos grisalhos e de já passar dos seus 30 anos, mesmo com baixa estatura tinha um corpo definido. Tinha um olhar e sorriso selvagem, quase felinos.


- O Santuário não está mais atrás de nós, não tem por que se preocupar. Já faz muitos anos desde que não tenho contato com nenhum Cavaleiro, não há por que nos envolvermos, Ceshire.


- Algo não me cheira bem, Pandora. - respondeu o rapaz, que realmente tinha um grande olfato para coisas sobrenaturais. - É melhor ficarmos atentos.


---


A paz reinava sobre a Terra já há alguns anos. O Santuário, que havia perdido praticamente todo seu exército na ultima guerra, finalmente começava a se reestruturar, aspirantes finalmente se tornavam cavaleiros e até mesmo a Elite Dourada havia ganhado novos membros recentemente.


No entanto, para aquele homem com um longo manto de seda e elmo dourado, algo não parecia estar certo. Havia visto nas estrelas um mal presságio que estava prestes a surgir na Terra. Shion sabia que o principal inimigo de Atena, o deus Hades, já havia sido aprisionado, assim como (quase) todos seus espectros, porém algo tão obscuro quanto ele parecia estar pronto para surgir. Estava preocupado, pois nunca havia liderado uma guerra, mesmo que estivesse se preparando a tanto tempo para isso.


- Mestre... Posso entrar? - Uma voz do lado de fora dos aposentos do Grande Mestre podia ser ouvida. Uma voz conhecida e que lhe trazia uma grande nostalgia.


- Entre, Atla.


Para Shion, ver Atla sempre fora uma forma feliz de lembrar-se de seu mestre e Yuzuhira, sentia falta deles mais do que tudo, além de seus outros amigos de batalha que morreram para salvar a humanidade.


- Perdão incomodá-lo, mestre. Mas consegui sentir que o espaço está mudando, algo está tentando distorcer as dimensões próximo ao santuário, acho melhor nos prepararmos para um ataque a qualquer momento.


- Já descobriu onde é o foco dessas distorções? - Shion começa a andar em direção ao trono de forma apressada, pensando em quais próximos passos precisaria dar.


- Sim, acredito que sei onde surgirão, porém não sei quantos e nem a força do inimigo.


- Atla, você sem duvidas é um dos guerreiros mais poderosos do santuário e sua habilidade de se teleportar seria essencial para observarmos o inimigo e bater em retirada caso necessário, preciso que você e mais dois cavaleiros a sua escolha se dirijam até esse local e observem o que está acontecendo por lá. Avisarei todos os outros cavaleiros para estarem atentos, assim como a Vila de Rodório.


- Sim, mestre. Farei isso agora. - Atla já estava pronto para sair do Salão quando Shion tocou seu ombro.


- Preciso que aceite.


O Grande Mestre se posiciona a frente de seu amigo e tira seu elmo, mostrando seus longos cabelos esverdeados e um sorrido no rosto, que sobrepunha sua preocupação.


- Eu não sou digno dela, eu não poderia...


- Então é um ordem. - Shion mantinha o sorrido no rosto, mas seu olhar deixava claro que não mudaria de ideia. Fazia muito tempo que Atla negava a aceitar o titulo de Cavaleiro, mas não havia ninguém mais preparado para se tornar seu sucessor do que ele. Shion não conseguia entender por que Atla não aceitava de bom grado tal posição, de longe uma das mais importantes no exército de Atena.


Eu... - Atla parecia preocupado, quase infeliz. A situação pedia urgência, mas algo dentro dele dizia não.


---


Em Rodório, Johan de Ave do Paraíso, um dos Cavaleiros de Bronze, corria como se estivesse sendo perseguido. O medo estava estampado em seu rosto, mas ainda assim ele parecia avançar sem parar por entre as pessoas do vilarejo, todos olhavam assustados para a cena, se perguntavam do que um cavaleiro poderia estar fugindo, ainda mais no meio deles. Todos pareciam apreensivos enquanto o garoto continuava avançando, suor caia de seu rosto e as lagrimas se juntavam a ele. Além de estar usando sua armadura, estava também com uma urna nas suas costas.


- É aqui, não é? - disse o garoto sozinho chegando ao centro da vila. - Foi por isso que você morreu, não é? - continuava o garoto tirando a urna das costas e abrindo-na.


Era a Armadura de Altar. Seu brilho prateado parecia tão intenso que os raios de sol que atingiam a armadura ofuscavam quem tentava olhar diretamente para ela.


- É isso, não é? Eu farei. Amigo. Eu farei.


Johan ajoelhou-se frente a Armadura, seu olhar parecia vidrado de medo, mas ainda assim decidido.


- Hey! O que esta fazendo? - Uma senhora tentou se aproximar ao ver que o garoto segurava uma adaga, mas era tarde demais. Todos gritaram quando Johan de Ave do Paraíso rasgou sua própria garganta e caiu sobre a Armadura Altar, mergulhando-a com seu sangue. Um preço estava sendo pago.


Link para o post
Compartilhar em outros sites

Quando cheguei hoje aqui no Fórum por volta da hora do almoço para postar minhas impressões das histórias do Thalis e do Bruno não esperava me deparar com a estréia de uma fanfic publicada por: Mark, Nikos, Bizzy, Kagaho e Gustavo.

 

Normalmente gosto de copiar para o Word a história e depois lê-la com calma. O comentário sobre a mesma segue um pragmatismo similar e costuma ser publicado bem depois.

 

Contudo, acabei agindo diferente com a história desses grandes cinco escritores aqui do Fórum.

 

Tamanha foi minha empolgação por vê-los juntos num esforço literário (caramba, quem por aqui no Fórum não ia querer acompanhar uma história escrita por eles) que mal pude esperar para ler e comentar.

 

A leitura começa sem qualquer introdução significativa sobre a trama e apenas o título da mesma conferia alguma orientação.

 

A escrita é leve e fluída fazendo com que a própria história se encarregue de situar a nós, leitores.

 

Na verdade a eficiência disso é tamanha que bastou algumas poucas linhas para eu saber do que se tratava e de quem se tratava.

 

Passando para as descrições... elas pouco se fazem percebidas, mas sua eficácia no seu propósito é de tal notoriedade que todo o cenário, personagens e acontecimentos parecem ‘vivos’ e saltarem da tela.

 

Sobre a trama... tudo indica que estamos lidando com eventos que se sucederam no pós-Lost Canvas. Inclusive, Pandora estaria viva juntamente com alguns Espectros.

 

Temos também o prenuncio de uma nova ameaça com Shion, agora Grande Mestre, enviando Atla numa missão de reconhecimento.

 

Aliás, gostei muito da Pandora ser vista como ‘louca’ pelas pessoas comuns que a observavam casualmente e da cena com Shion meio que obrigando Atla a aceitar o posto de Cavaleiro.

 

 

 

Para finalizarmos queria parabenizar o quinteto pela iniciativa e desejar sucesso. Espero que a história ganhe ritmo e que possam levá-la com a mesma pegada até o seu final. Abraços!

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Só tenho uma palavra pra definir essa introdução: incrível!

 

Acompanhando algumas fics no fórum, do autores em questão, fiquei muito curioso pra ver do que se tratava essa fic. E me surpreendi muito. Incrível como conseguimos perceber elementos que os 5 autores usam em suas escritas e como esses elementos casaram tornando a leitura agradável, interessante e nostálgica. Parabéns ao quinteto e continuem nessa pegada. Com certeza lerei a fic.

 

Aguardando os próximos capítulos...

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Sabia que a ideia de querer tanto começar o projeto tinha uma justificativa por trás - E que bom que não decepcionou! Um começo bem introdutório, mais instigando perguntas e desenvolvendo personagens do que agindo descontroladamente por ação desenfreada... Uma alternativa sábia para fornecer material para o próximo escritor saber exatamente onde está, o que fazer e como prosseguir daqui pra frente.

 

Começando pelo nome da fic, que também foi uma agradável surpresa pois, ao menos pra mim, instigou interesse o suficiente pra pesquisar o significado. Li o que Aeon significa e por hora não consigo entrelaçar nenhum paralelo com o que foi mostrado ainda, muito menos com a Coroa de Aeon. Me pergunto o que vai sair disso. Por outro lado, achei extremamente pertinente o fato da fic se passar em um pós Lost Canvas e pré clássico, pois isso dá uma profunda liberdade para trabalhar, uma vez que há 243 anos de diferença entre ambas as obras oficiais e isso dá margem a um terreno amplo e inexplorado, além de que, logicamente, também teve dedo do autor do primeiro capítulo em querer essa ambientação devido ao fascínio pela Shiori (você não nos engana hahaha).

 

Três núcleos foram inseridos. O primeiro, trabalha com Pandora e Cheshire, mostrando o que eles fazem após o término de Lost Canvas. Achei muito divertido o fato dela ser tratada como louca ao conversar aparentemente com o Espectro e do fato dos civis comuns não conseguirem vê-lo, confundindo-o com gatos. Foi uma saída inteligente e humana para desenvolver o paradeiro de ambos. Pelo visto os eventos que virão a permear a fic não passaram despercebidos por ambos, uma vez que sentiram um Cosmo despertando.

 

O segundo trabalha a relação entre Atla e Shion, o primeiro ainda inseguro de herdar a Armadura de Áries, enquanto o segundo demonstra uma clara confiança e nostalgia em ver seu colega de treinamento com potencial suficiente para herdá-lo. Não é muita surpresa vermos Atla comumente associado com a constelação de Áries, já que sua semelhança com Mu é notável, além da capacidade abismal de teletransporte que possui. Pelo visto o oponente tem a habilidade de distorcer dimensões, o que me faz ficar temeroso, já que claramente não parece um inimigo comum, já que até o próprio Grande Mestre demonstrou temor e está preparando-se também para haver uma retirada caso as coisas se compliquem. Gostei também que Shion está inseguro devido ao fato de nunca ter liderado o exército de Atena antes em uma Guerra Santa, isso com certeza pode render boas possibilidades no futuro.

 

E o terceiro núcleo é o mais instigante, uma vez que apresenta rapidamente um Cavaleiro novo, que se sacrifica em cima da Armadura de Altar, que como a própria Shiori e o mito em torno da constelação pregam, é um local de sacrifícios sagrados. Eu ia até teorizar que certamente esse núcleo e o do despertar do novo inimigo estão entrelaçados, mas acabei esquecendo do propósito dessa fanfic e também do seu principal diferencial: Não precisamos esperar pra ver o que vai acontecer, ou formular teorias para tentar acertar o que virá pela frente. Não precisamos esperar pra ver porque nós somos os escritores dessa história e nós temos o papel de fazê-la acontecer. Então tudo é possível dentro do universo criado. E mal posso esperar pela minha vez em trabalhar com ele!

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Prólogo lido.

 

Um quinteto de ficwriters se juntou, inédito esta ideia com uma mão cheia de dedos talentosos.

 

E ainda para a minha maior surpresa e fascínio é o período e o ambiente pós-Lost Canvas.

 

Há três frentes que mostraram uma continuação das suas vidas, excepto a última, Pandora e Chesire e ainda Shion como Grande Mestre, não era surpresa que Atlas fosse nomeado para ser o sucessor de Shion, sempre pensei isso dele, porém não me tira a felicidade de o ver em ação nas mãos dos ficwriters.

 

Como a praxe do prólogo exige, o final deixou um gosto de pedir mais e mais ainda.

 

Abraços e muitos parabéns aos envolvidos!

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Mark safado! kkkk

Isso é o que eu tenho a dizer e o Gustavo elucidou bem o meu pensamento. Eu fiquei várias vezes pensando em tramas, em no que poderia estar atrás das várias pontas soltas que deixasse. Mas, tenho comigo que eu poderei resolver uma dessas pontas, se, quando chegar a minha vez elas ainda não estiverem atadas. Por isso que acho que o projeto vai ser muito interessante, para os leitores externos (que vão ver diferentes escritas e diferentes rumos da trama), quanto para nós mesmos, que seremos escritores e leitores.

Vamos à história, não é? Primeiramente, vou ignorar todas as minhas teorias, porque eu também serei escritor da fic e não quero dar spoillers com minhas ideias kkkk.

Tivemos basicamente três frentes, todas com uma boa abertura de ocntinuação.

A primeira mostra as consequências da guerra Santa em The Lost Canvas (tua idolotrada obra, que eu também gosto bastante). Com o destino de Pandora. Legal a ideia que o Santuário chegou a persegui-los em um dado momento e agora estão livres. Ela foi bem retratada, tal como o perfume de morte. Gostei bastante também da ideia dos humanos não poderem ver os espectros. Isso foi tirado de Harry Potter e os dementadores?


Segunda parte mostra a relação de Shion com Atla. Gostei da relação deles. Eu acho que esboça bem um reflexo do que ele teria com Mu no futuro. E já deixasse uma bom final nessa parte, com a insegurança de Atla a ser trabalhada. Como será que isso refletirá?

Por fim, algo impressionante, com um sacrifício de um cavaleiro diante da armadura de Altar. E agora josé?

Gostei bastante enfim do resultado Mark, acho que tem tudo para ser um projeto bom! Abraços e semana que vem seremos dois leitores da trama que começasse bem. kkk



Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 1

 

Os dias estão muito distantes do que eram há poucos anos. Foram-se a turbulência, a angústia e o perigo. Veio a calmaria, junto a uma momentânea sensação de segurança.

 

Sendo assim, apesar da importância da nova missão à qual havia sido incumbido, restava-lhe muito tempo para revisitar aquelas lembranças trágicas.

 

Aquele cenário bucólico, aliado à completa solidão pouco lhe ajudavam a pensar menos em tudo o que passou. As imagens de todas as pessoas queridas que havia perdido lhe feriam mais do que qualquer ataque que recebera em batalha.

- “Mais um dia como qualquer outro, não é?” - não pôde evitar um leve sorriso diante do rumo que sua vida havia tomado. - “Ora, vamos. Preciso persistir! Não recebi este dom de Atena para ficar remoendo o que aconteceu.”

Ergueu seu olhar para o céu, onde as primeiras estrelas se faziam visíveis naquele início de noite.

 

Foi quando percebeu.

 

Seus olhos arregalavam-se, enquanto recompunha sua postura, até então relaxada, acima da rocha em que sentava.

 

- “Esta sensação… Não pode ser um mero engano."

Antes que concluísse seu raciocínio, uma voz atravessa seus pensamentos.

 

 

 

- Você também sentiu, Dohko?

Por mais que anos se passassem, jamais confundiria aquela voz que o havia lhe acompanhado durante tanto tempo.

- Ora, ora. - Respondeu, telepaticamente. - Vejo que finalmente conseguiu um tempo para seu velho amigo, em meio a tantas responsabilidades.

- Não pense tão pouco de mim, Dohko. Já perdemos companheiros o suficiente para que ainda nos afastemos daqueles que permanecem conosco. - O tom extremamente amigável parecia fazer com que o Cavaleiro de Ouro de Libra se acalmasse. - Além do mais, esse semblante melancólico não combina com você, meu amigo.

- Tsc… Não consigo mesmo esconder nada de você, Shion. E nem seria sábio da minha parte esconder algo do Grande Mestre do Santuário.

- "Grande Mestre"… Todas as vezes que se dirigem a mim desta forma, ainda que seja uma grande honra para mim, sinto que há algo errado. - O Cavaleiro de Áries, incumbido pela Deusa Atena com a mais alta patente do Santuário, hesitava.

- Heh… Olhe só para nós! Após tudo o que passamos, cá estamos, inseguros com nossas novas missões. - Um riso entrecortava suas palavras, suavizando o diálogo. - Nós vamos conseguir, amigo. Você liderará uma nova geração de Cavaleiros, e eu… bem, talvez eu me torne um sábio algum dia, de tanto pensar em cima desta pedra!

Ambos riram, algo que há anos desconheciam.

Mas não poderiam mais desviar do fato à sua frente.

- Tudo indica que teremos mais companhia em breve. O que faremos a respeito disso, Shion?

- No momento, estou focando meus esforços e os dos demais cavaleiros em ampliar nossas defesas. Como sabe, muitos postos continuam vagos, enquanto as armaduras aguardam por guerreiros dignos de portá-las.

- Este é o tom de um homem digno do cargo que ocupa. - Dohko congratula Shion, reconhecendo-o merecedor de sua missão. - Mas a respeito destes novos cavaleiros… Atla está… ?

- Ainda não. - Interrompe Shion, entendendo a questão. - Mas principalmente com o despertar deste cosmo ameaçador, não haverá mais como evitar. Sei que será difícil, mas acredito que entenderá a importância de seu papel.

- Entendo. Me desculpe por também não estar ao seu lado neste momento. - Dohko parecia incomodado.

- Não se preocupe, meu caro. - Shion responde em tom determinado, como se naquele momento tivesse dispersado qualquer receio com sua posição. - O exército de Atena estará preparado!

 

 

---

 

 

Em uma pequena residência próxima ao centro de Rodório, quatro jovens, todos aparentando estar entre seus 16 e 18 anos, conversavam.

- Eu não aguento mais! - Resmungou o mais baixo, de cabelos loiros, enquanto rolava em sua cama. - Estes treinamentos estão acabando comigo!

- Eu gosto de treinar com o mestre Teneo, mas devo concordar que ele tem pego muito pesado ultimamente. - Concordou outro, de cabelos ruivos e levemente arrepiados.

- Ora, parem com essas reclamações. - O mais alto, de pele alva e longos cabelos negros, interrompe em tom sério. - Vocês sabem muito bem o que o mestre… Não, o que todos passaram durante a última Guerra Santa. Rodório foi reconstruída após muito esforço.

No canto da sala, sentado em uma cadeira ao lado de uma grande urna prateada, o último garoto o observava com muita atenção. Possuía cabelos curtos e castanhos, que lhe cobriam sutilmente o olho direito. Costumeiramente mantinha uma postura retraída, com os ombros pendendo à frente.

- Não seja chato, Caen. Você não precisa ficar nos dando lições de moral o tempo todo só porque já recebeu sua armadura! - O rapaz loiro rebate. - Sabemos de toda essa história do passado. Mas há mesmo tanta necessidade para esse rigor todo? Você não concorda, Jannes?

Fez-se um momento de silêncio.

- B-bem, eu… - O garoto introvertido tinha dificuldades para encontrar as palavras corretas. - Eu acho que devíamos seguir o que o mestre diz…

Imediatamente o jovem loiro se levanta.

- O quê? Tsc… Você nem acha isso realmente. Só está falando isso para agradar o Caen! Desde quando você ficou assim, Jannes? Desde que ele venceu sua batalha pela armadura? Acha que se seguir tudo o que ele fala, terá mais chances de conseguir a sua? Não me faça rir!

- Vamos, vamos. - O garoto ruivo tenta apaziguar os ânimos. - Não se exalt-

- Não é nada disso!! - Jannes interrompe, exaltado. Todos calaram-se naquele instante, diante de um comportamento tão inesperado de seu colega. - Eu concordo com Caen porque…. P-porque ele é o único aqui que se preocupa em estar preparado para proteger a Terra! Se não estivermos, de que terá adiantado todo o esforço do mestre Teneo e de todos que lutaram na Guerra Santa? Tudo terá sido em vão!

Ao terminar sua frase, corre intempestivamente pela porta da sala, batendo-a com força ao sair.

Todos ficam em silêncio. Caen, de olhos fechados, respira fundo. Temia pelo futuro do exército de Atena, e o cenário ao seu redor não contribuía para que tivesse uma esperança maior.

- “Não há o que fazer. Estes garotos precisarão amadurecer, pouco a pouco. E Jannes… Ele possui os ideais de um cavaleiro. Mas suas emoções ainda o impedem de progredir. Já faz um tempo que penso em ter uma conversa com ele sobre isso… Creio que depois desta discussão, não há mais como adiar. Preciso encontrá-lo.”

Ele caminha calmamente até a porta.

Ao abri-la, porém, não pode enxergar nada.

Um clarão alastrou-se por toda a região, de forma que o recém-nomeado Cavaleiro instintivamente protegeu seus olhos com as mãos.

- "Mas o quê… ?! Que cosmo… É esse?!”

Conforme a luz perdia sua intensidade, mas ainda com a visibilidade prejudicada, avançou rumo ao foco daquela energia. Após alguns passos apressados, passou a correr o mais rápido que pôde.

Conforme se aproximava, algo foi se tornando visível. Com cautela, aproximou-se.

Sua face esvaziou-se.

Deixou o peso de seu corpo cair sobre seus joelhos, diante do corpo ensanguentado à sua frente.

- Não… Jannes… ! - Sua voz tinha dificuldades de passar pela garganta. Sentia-se asfixiado.

- Fracos

A voz ressoou imponente por todo o local, despertando a atenção de Caen. Certamente pertencia ao possuidor daquele cosmo.

- São todos… Fracos.

- Quem é você?! Por que matou o meu amigo?! - O rapaz de cabelos negros colocava-se em pé, adotando sua postura de combate. - Maldito, me responda!!

Lançando-se em um avanço súbito, teve seu corpo imediatamente repelido por um pulso daquela intensa luz, sendo levado ao chão.

- Heh… Seu poder é mesmo impressionante. Mas eu não tenho medo. Afinal… - Seu cosmo passa a emanar intensamente através do seu corpo. - Foi para enfrentar seres como você que eu me preparei a vida inteira. Venha, armadura de Escudo!

Editado por Bizzy
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 01 lido.

 

Primeiramente, que bom que vc voltou a escrever no fórum Bizzy. Gosto demais da sua forma de conduzir suas histórias e essa será uma das melhores fics do fórum, tenho certeza.

 

Excelente capítulo. Começa pela conversa entre Dohko e Shion, a cumplicidade, amizade, coleguismo entre eles é sensacional. E vc consegue trazer isso com maestria na primeira parte do capítulo. Gostei demais disso.

 

A segunda parte foi entre os Quatro aprendizes e a menção de Teneo. Gostei do Cavaleiro de Touro ser lembrado e da forma que os aprendizes o tratam, uns como um Guerreiro Ovacionado outros já nem dão tanta importância.

 

E por fim o clímax... Quando Jannes enfim resolve falar ele é assassinado! Show... final de Capítulo excelente e com os 2 capítulos lançados já temos 2 cavaleiros assassinados... Essa fic promete...

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Cheguei Bozzy! Deve ter sido responsa ter que continuar uma história assim do nada hahaha To adorando essa ideia de cada um fazer um capitulo sem ter certeza do que virá a acontecer hahaha Mas como comentei contigo achei que você fez algo bem seguro, sem tentar pegar um gancho direto do prólogo. Ainda assim, gostei demais.

 

A começar pelo dialogo do Shion e Dohko (você é muito bom com dialogos, como sempre hehe) Achei bem legal você ter mostrado logo o Dohko, para relembrar mais um personagem que eu não mencionei no prólogo e gostei bastante de como eles se tratam, amigos e ao mesmo tempo companheiros de arma. E ADOREI terem citado o Atla, principalmente por que esse dialogo pelo que vi ocorreu ANTES do dialogo de Shion e Atla no prologo.

 

A segunda parte gostei ainda mais. Você já começa apresentando alguns personagens novos, aspirantes e ainda cita o Teneo (que deve estar um homão da porra). Inclusive, gostei bastante do Caen, mesmo que tenha aparecido bem pouco dele e ele já ter encontrado um vilão logo de cara. Será que esse é o mesmo vilão que Shion citou que estava surgindo perto do Santuário? No meio de Rodório? Ou será um outro vilão do mesmo grupo? Ou alguém totalmente diferente? O sacrificio de Johan no primeiro passou despercebido por Caen ou foi simultaneo e ele não soube? Todas respostas que poderão ou não ser respondidas pelo Edu (Kagaho) no próximo capitulo! Ansioso!

 

Parabéns!

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 02

 

 

Caen estava em pé, os pés fincados no chão. A armadura de prata de escudo revestia seu corpo.

 

Uma grande emoção preenchia-lhe o peito. Estava a contemplar o seu destino.

 

Destino como Santo de Atena.

 

Encarava o poder emanado a sua frente.

 

Uma figura surgia. Uma silhueta masculina caminhava lentamente.

 

- Não seria melhor fugir, enquanto ainda... Vive? - A voz era baixa carregada de frieza e menosprezo. Observava ao redor sem se deter em nada específico. Um homem de cabelos curtos e negros. Seus olhos brilhavam como esmeraldas. Revestido por uma armadura metálica clara, em tons de areia que emitia um estranho brilho sobrenatural.

 

Caen engoliu em seco. Mas, maior que o medo era a vontade de entender o que estava acontecendo.

 

- Quem é você?! - Interroga firmemente, Escudo.

 

- Eu? - Pela primeira vez o ser voltava seu olhar ao Cavaleiro. - Nós! ... - Parou por instante abrindo os braços. - Nós somos a Gênese!

 

- O que? - Questiona Caen.

 

Mas o ser, que parecia inflado por algo que suas próprias palavras lhe fizeram vir a tona, nada respondeu. Apenas elevou ao seu redor sua aura. Alva. Ela fez o solo tremer.

 

Caen levantou a guarda. "Não posso errar, ou se não posso acabar como..."

 

Do céu uma luz fulgurou. Uma coluna de pura energia descendeu das alturas.

 

- O que?!

 

Não houve tempo para reação.

 

O local onde Caen estava foi atingido. Uma enorme explosão de luz. Partes do solo se desprenderam com uma nuvem de poeira. Quando esta desapareceu, o que restou foi apenas uma enorme cratera fumegante e calcinada.

 

 

---

 

 

Atla cruzava Rodório hesitante. Nem mesmo os cidadãos ao encararem-no confusos em seu caminho chamavam sua atenção. Estava mergulhado em seus pensamentos.

 

Em sua dúvida.

 

Havia acabado de deixar o Salão do Grande Mestre Shion. O convite, ou melhor dizendo, a ordenação compulsória, ocorreu sem uma resposta final. Atla havia simplesmente deixado o recinto, sem qualquer manifestação.

 

No entanto o olhar que Shion lhe direcionou, enquanto se encaminhava a saída do Templo, foi sentido.

 

Pesou toneladas em cada passo.

 

"Não sou digno, não sou digno... Sou apenas a última opção".

 

Atla havia acompanhado a última Guerra Santa de muito perto. Seus olhos viram os Cavaleiros de Atena sucumbirem um a um.

 

Batalhas grandiosas! Homens e mulheres honrados que sacrificaram tudo o que tinham. Suas vidas. Suas almas.

 

"Não. Eu não estou a altura deles."

 

Mas algo aconteceu e foi suficientemente marcante para trazê-lo a superfície da realidade ao seu redor.

 

- Grande Mestre! - Exaltou-se Atla. Mas não sem razão. Havia sentido algo.

 

- Atla! - Shion ergueu-se de seu trono num ímpeto. Comunicavam-se telepaticamente - Não há tempo. O perigo já está aqui...

 

Atla sem demora dirigiu-se ao ponto de onde era emitido o poder que sentiu.

 

- O que é isso?! - Atla parou, estupefato.

 

A armadura de Altar brilhava intensamente. Recoberta de sangue e aos seus pés o corpo de...

 

- Johan!!? - Ele gritou. - Não! Você... ARGHHHHH...

 

Uma imensa dor acometeu Atla. Imediatamente caiu de joelhos com as mãos na cabeça.

 

A dor era lancinante.

 

Suficiente para desconectá-lo de seus pensamentos completamente.

 

- Você está aqui? - Uma voz se fez ouvir.

 

Atla estava incapacitado. De seu nariz pingavam gotas de sangue. Não conseguia se concentrar.

 

Sequer perceber que estava acompanhando.

 

---

 

Chesire gostava de caminhar sozinho. Sentir a liberdade do vento frio a tocar lhe o rosto. O coração a disparar enquanto corria pelos bosques ao redor. E em mais um entardecer, ele voltava pra casa.

 

Andava entre os cidadãos sem ser notado. Seus passos silenciosos não chamavam atenção.

 

Mas só ate aquele momento.

 

- Ora, ora... Que engraçado! - Chesire percebeu que estava sendo seguido.

 

O Gato-Fada não acreditava que poderia ser um cavaleiro.

 

Não com aquele método de quem não fazia questão de passar despercebido. Era uma figura com vestes velhas e surradas, parecia um homem de meia-idade.

 

Com um apressar de ritmo de caminhada e entradas abruptas em becos e vielas, Chesire estava certo de que poderia despistá-lo.

 

Mas ele estava errado.

 

O antigo espectro, não se preocupou, mas se aborreceu. Percebeu que não poderia ir para casa agora. Passou a ir ao sentido contrário, e oculto da visão dos humanos, passou a saltar e andar sobre os telhados, com velocidade sobre-humana.

 

Ao chegar ao centro de um bosque de árvores altas parou.

 

"Vou descansar aqui, em cima desse galho e ficar nessa sombra fresca."

 

Mas o que sequer passava pela sua cabeça aconteceu.

 

Com o susto Chesire caiu da árvore, porém em pé.

 

A sua frente estava ele.

 

- Desgraçado, quem diabos é você? - Chesire estava enfurecido.

 

- Pensei que me reconheceria. - Disse o homem, que possuía uma farta barba e cabelos negros como de um mendigo. A voz era grave e imponente.

 

- AAAAAAAAAIIIIII... É... - O Gato-Fada se assustou. - Você deveria estar MORTO!!!

 

- Eu estava. - Respondeu o homem.

 

- Pelo menos uma parte de você morreu, posso ver em seus olhos. - Concluiu Chesire. De perto pôde perceber que o homem era mais jovem do que parecia.

 

- E essa parte de mim que sobrou precisa de sua ajuda - O homem se desvencilhava de parte de seus trapos velhos. Seu rosto era descoberto, sendo possível visualizá-lo com nitidez.

 

---

 

O ser de quem sequer Caen soubera o nome contemplava a destruição perpetrada por si com um olhar vazio.

 

- Para Honra e Glória Del...

 

Dentro da cratera, sob o solo, outra explosão se acometeu. Caen disparou como uma flecha, rodopiando no ar e desferiu um chute cruzado no rosto do invasor.

 

Este, atingido, com o impacto foi arremessado para trás, arrastando os pés no solo terroso por cerca de dez metros.

 

Pela primeira vez o olhar impassível sumira do rosto daquele homem. Os olhos se arregalaram. Ele limpou o canto da boca com as costas da mão direita.

 

Sangue.

 

- Se você não diz quem é, eu digo, - Sentenciou o Cavaleiro, cheio de confiança e avançando alguns passos em direção do invasor. - Sou Caen de Escudo, e vou te enterrar aqui!!!

Editado por Kagaho de Benu
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 2

 

Adorei o diálogo entre Dohko e Shion. Sempre frisei em OTEOBD o quanto você consegue transmitir interações naturais e agradáveis entre os personagens. Apesar de você sempre se manter receoso em trabalhar com o universo de Saint Seiya conforme já conversamos anteriormente, sinto que sua abordagem a respeito tanto de personagens já conhecidos quanto dos originais dá um frescor totalmente novo à narrativa, uma vez que vimos muito pouco de você trabalhando com esse tipo de material. Voltando, gostei muito da conversa entre Dohko e Shion, principalmente porque acho que conseguiu captar com muita eficiência o timbre certo entre a maturidade dos personagens após a Guerra Santa, condicionado a um leve momento de descontração que reforça a amizade entre eles.

 

Quanto ao segundo núcleo, considerei feliz a forma como os personagens interagiram, apesar do momento ter sido cortado devido a chegada do Cavaleiro de Escudo. Gostei da química entre os aprendizes e as personalidades de alguns acabaram ficando bem delineadas, apesar de eu ter achado o trecho um pouco curto demais entre a interação do grupo e o cliffhanger do próximo. De qualquer forma, Deus está vendo sua negligência com o Renner, mas na minha vez isso tudo irá se solucionar hahahahaha.

 

Agora lerei o próximo. /evil

 

Capítulo 3

 

Edu eu não sei o que tem contra mim, mas olha o capítulo monstruoso que fez e o tanto de possibilidades que abriu pra que eu respondesse no próximo! XD

 

Três núcleos com uma diversificação bem bacana. Capítulo muito fluido mesmo. Caen vai despontando como o personagem mais carismático da fic até o momento, especialmente por ser um recém-nomeado Cavaleiro e pela sua necessidade em se provar no campo de batalha pela primeira vez. Tivemos mais detalhes do inimigo, embora ainda muito nebulosos, onde agora a responsabilidade recai pra mim para tentar aprofundar melhor nesse aspecto. "Nós somos a Gênese" e "Para a Honra e Glória Del..." deixou um caminho bem difícil para prosseguir, mas aceito um bom desafio! Agora vou pesquisar mais a fundo sobre o nome da fic e tentar encontrar alguma diretriz para prosseguir, já que você só atiçou a fogueira e jogou em mim! hahahaha.

 

Também gostei desse desenvolvimento do Atla. Era algo que eu iria acabar abordando, cedo ou tarde, essa insegurança do personagem em herdar o legado que Shion deixou com a Armadura de Áries, em todos os aspectos. Achei muito bacana esse momento de introspecção do personagem, onde suas dúvidas apenas se acentuam. Em contrapartida, ao contrário do núcleo do Atla, onde era inevitável que um dos autores focaria nele cedo ou tarde, fiquei surpreso com a aparição do Cheshire nesse período e do fato de alguém misterioso ter aparecido diante dele. E, mais uma vez, uma bomba pra eu responder! XD

 

E por fim, vimos que Caen permanece vivo e vai prosseguir o confronto com o(s) Gênese. Ficou por minha conta prosseguir, mas de luta nós gostamos. Vou preparar um capítulo que consiga manter o nível ascendente de qualidade da fic e espero que gostem!

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Então, Bizzy e Kagaho, eaí

Quero parabenizar ambos pela continuidade da história, bem iniciada pelo Mark. Ambos seguraram muito bem a barra e abriram mais pontas ainda. Coitado do Gustavo e de mim, (mentira, adoro desafios)

Bizzy, eu me senti muito lendo tua fic no capítulo 1, vendo teu estilo grafado em cada palavra. E, mesmo assim, não destoou do que foi escrito pelo Mark. Isto é, conservaste bem a tua forma de escrever sem que parecesse outra fic. Foi realmente uma continuação e não um outro episódio completamente diferente.

Kagaho, também vi muito de Insurrection aqui no capítulo 2 e teu estilo destoou um pouco dos demais, mas de forma alguma me pareceu que eu estava lendo algo sem coesão; realmente continuassse a história como se fosse um só idealizador.

Aliás, essa brincadeira está bem divertida. Vamos aos capítulos!

O capítulo 1 mostrou outro foco. Bizzy safado ao invés de atar as pontas, lançou mais algumas.Focou inicialmente no Dohko, fugindo do assassinato lá (kkk). O Dohko foi bem retratato aliás e bem marcante com o que foi mostrado no clássico. Ou seja, eu vi claramente o mestre ancião ali, olhando para o céu e percebendo coisas erradas. Alguém com sabedoria e preocupação. Também notei um pouco do da Shiori, com a leveza e as indagações sobre si mesmo.

Gostei do diálogo dele com o do SHion. Essa relação foi mostrada tão pouco no clássico e para mim não o suficiente em The Lost Canvas. Agora, estás mostrando realmente uma amizade e companherismo, além das brincadeiras. Eu imaginei muito o Shion inseguro aí, um perfeito casamento com o dos gaidens (apesar de que acho que não foio intencional, pois acho que não lesse eles)

Não posso deixar de citar Atla, mencionando a continuação, mas jogando o pepino para frente kkkkk. E Shion tendo seu primeiro desafio como Grande Mestre. Normal a insegurança. Vamos ver o que será trabalhado.

Ah, Bizzy e Kagaho, já indico que meus comentários diferirão dos tradicionais, porque não pretendo traçar teorias sobre o assunto, por isso eles ficarão menores. Não faz sentido eu traçar teorias porque isso pode dar spoillers quando for a minha vez.


Agora indo para a parte digamos assim "nova tua"! Introduzisse um núcleo que foi bem aproveitado pelo Kagaho depois, e serviu como estopim para várias ideias na minha cabeça.

Tivemos vários personagens, cada um com sua característica. Me lembrei bastante dos aprendizes de Hasgard e mantivesse a mesma tradição com Teneu.

Gostei tanto do Jannes e... ele morre! Seu tolo, mas foi uma ótima quebra de expectativa na história. Achava que iam discutir ainda muito eles e que o personagem teria um amadurecimento, mas... foi-se. Aparição da entidade misteriosa foi muito boa para o término do capítulo com um Cliffhanger ótimo, além de revelar a armdura do Caen.

Agora deu de falar contigo e vamos para o Kagaho.

Então, como falei, o Capítulo 2 foi bem Edu, com parágrafo curtos, intensos e em gradação.

Mantivesse um outro olhar de Caen, mostrando que ele tem prazer em servir o dever. Isso aliás, reforçou a última frase apresentada pelo bizzy, na satisfação que ele teria de cumprir o dever.

Um novo conceito já foi apresentado, indicando a "Gênese". Como falei, não vou prpopor teorias sobre o assunto, apenas deixar a coisa seguir. O invasor fala algo intrigante, ao se referir a "nós", o que deixa mais pontas abertas (maledetto).

Houve um combate rápido, mostrando a seriedade do poder do inimigo, capaz de fazer grandes estragos.


Finalmente Atla voltou. Bizzy se desviou e tu resolveu de vez o problema. kkkk. Gostei muito que reforçasse a insegurança do rapaz. Ele apareceu pouco em The Lost Canvas, mas foram aparições marcantes. Ele lembra muito o Mu e deve ter sido o provável antecessor dele (ou assim podemos definir kkk).

Comunicação telepática! Gostei muito! Vantagem de dois muvianos estarem participante. Mas, ele é interrompido pela outra ponta do Mark: o histórico Johan ao ver o sacrifício dele. Parte muito tensa e intrigante que me deixou de cabelo em pé.

A parte de Chresire foi ótima, apesar de rápida Mas o grande detaque foi o surgimento de novas pontas, com um homem misterioso.

E termina o capítulo da mesma maneira que o anterior, com Caen se prontificando para lutar!

Vamos ver como o GG segura a batata! kkkk

Parabéns a ambos e a abraços

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Só tenho a parabenizar vcs pelo excelente trabalho. Sei que é uma baita desafio continuar a história de um capítulo que outra pessoa parou, mas estão fazendo isso com fluidez e tenho certeza que o GF e o Ninos irão nos proporcionar capítulos excelentes tbm.

 

Gostei do suspense pelo suicídio do Cavaleiro, Caen mostrando ser um baita protagonista e o mistério de CatSidhe com um personagem que voltou do mundo dos mortos. Fic intrigante e esperando ansiosamente pelos próximos capítulos...

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 1

 

Não gostei da inserção do Dohko da forma como se deu nesse capítulo. Achei que poderia ter segurado mais sua aparição para mais adiante e carregado a mesma com certo impacto (o que acabou ocorrendo no Capítulo 2 que viria em seguida quando Dohko foi atrás de Chesire). Não que sua interação com Shion estivesse ruim, muito pelo contrário, só que penso eu que poderia ter sido deixado para outro momento.

 

Falando de Shion, o personagem manteve o ótimo desempenho do Prólogo.

 

É interessante ver como a vida se seguiu nos seus aspectos elementares após a Guerra Santa contra Hades e como isso afetou os envolvidos no Santuário e também aqueles que têm relação com ele. Isso torna legítimo toda situação, possíveis traumas que são irremediáveis e relações que acabam se criando e fortalecendo. Parabéns ao autor pela tamanha sensibilidade e eficiência com o qual conduziu essa parte.

 

Outros pontos de destaque são a ótima coesão gramatical e a fluidez do texto que apesar de despretensioso consegue impressionar pela forma como consegue apresentar cada minúsculo fato num panorama geral que os abarca.

 

Com relação à trama ainda é prematuro fazer qualquer julgamento mais apurado, contudo é inegável que a condução da mesma segue a excelência do Prólogo.

 

Passando para o encerramento do capítulo e seu clímax, a ameaça que vimos no Prólogo ganha contornos reais e inclusive já pratica seu primeiro assassinato (lamentei a morte do Jannes, até julguei precipitadamente que ele teria uma relevância para a história no sentido de algum protagonismo, mas mesmo sendo breve, sua participação me chamou agradavelmente a atenção). Para combater esse inimigo ainda anônimo, que afirma ser “fracos” os que até então encontrara (muito boa essa fala do personagem), surge um Cavaleiro e tudo indica que encaminhamos para um combate no capítulo que viria a seguir.

 

 

 

Capítulo 2

 

Sem desmerecer os capítulos anteriores, que por sua vez se apresentaram em bom nível, particularmente achei este o melhor da história até aqui.

 

Ele destoa e se destaca dos seus predecessores pela maneira como os fatos aqui foram conduzidos numa pegada como muito mais ‘vigor’.

 

A despretensão dos anteriores inexistiu neste. As descrições, drama, ação e brigas internas que acometem os personagens estão lá e o autor nos faz questão de mostrar isso sem qualquer dose de mascaramento.

 

Tal coisa se refletiu na cena com Dohko e Chesire (minha preferida do capítulo), na divagação de Atla e claro, no começo das hostilidades do Caen com o invasor misterioso.

 

Aliás, sobre essa batalha, que a princípio achei que fosse ser resolvida logo, deve-se elogiar a forma com que o autor deu continuidade naquilo que se iniciou no finalmente do Capítulo 1.

 

Outro ponto interessante que não me passou despercebido foi que o sacrifício do Cavaleiro de Altar, mostrado como clímax e ares de mistério lá no encerramento do Prólogo, tivera uma menção neste, inclusive com Atla se deparando com o ocorrido.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 3

Caen fita seu oponente com determinação, avançando passo a passo enquanto queimava o Cosmo de maneira intimidadora. Tinha conseguido resistir ao impacto do golpe recebido anteriormente graças ao poder defensivo do seu Escudo acoplado no braço-esquerdo, possibilitando uma reação rápida que certamente salvou sua vida.

 

O solo cedia a cada avanço proporcionado pelo Cavaleiro, que pressionava seus punhos à medida que se enchia de segurança. Em um súbito movimento, envolveu-se em energia e voou na direção do adversário, que recuperou novamente seu olhar impassível depois de ser surpreendido com aquele chute.

 

Diversos socos foram desferidos pelo guerreiro argento, que ao perceber que seus golpes não surtiam o menor efeito devido ao fato do seu adversário conseguir se esquivar facilmente, começou a ficar mais nervoso em lograr êxito em qualquer uma de suas tentativas, alternando entre socos e chutes cada vez mais desesperados.

 

Em um movimento sutil, o invasor de cabelos negros e vestimenta em tons de areia elevou a sua energia cósmica e concentrou-a em sua mão direita, conseguindo conter um dos socos disparados por Caen. O medo começou a crescer no âmago do Cavaleiro, uma vez que não era dotado de nenhuma experiência combativa contra um oponente de verdade.

 

Tentou se desvencilhar da captura que o inimigo gerou, mas sentia seu punho ser cada vez mais pressionado. O poder físico da criatura se amplificava a cada instante, mas suas feições permaneciam indiferentes, como se Caen fosse apenas um pequeno obstáculo irrelevante para o cumprimento de seu propósito.

 

- Você não entende, certo? Desafiar-me é um dos maiores erros que poderia ter cometido em sua vida tão efêmera – As palavras foram soadas e tinham consigo o peso da arrogância – Quis matá-lo rapidamente assim como fiz com aquele garoto antes, mas você não é tão simples de se desfazer.

 

- M-Maldito... – Rosna Caen, tentando não transparecer o temor que sentia – Não ouse falar do Jannes com tamanha leviandade!!!

 

- Percebo que você não é tão racional quanto transparecia naquele casebre – Disse o ser enquanto direcionava seu olhar para a residência onde os discípulos de Teneo se encontram – Consigo ver nos seus olhos o quanto você é inseguro, se apegando a um sentimento tão fútil como a vingança para eclipsar quem realmente é.

 

Aquelas palavras atingiram o Cavaleiro de Escudo, deixando-o perplexo.

 

- Você queria saber quem nós somos... – Continua – Então terei o prazer de lhe responder. Somos a Gênese. E estamos aqui para purificá-los.

 

- N-Nos purificar?! – Indaga o Cavaleiro de Prata, incrédulo – Deseja purificar as pessoas tentando matá-las? Derramando sangue de pessoas inocentes?!

 

Gênese atravessa o abdômen de Caen com seu outro punho, fazendo emergir um jato de sangue através de seus lábios. Nem mesmo a proteção da Armadura de Prata conseguiu conter aquela investida, alguns de seus pedaços caíam junto com o líquido carmesim.

 

Mesmo depois do golpe, o ser ainda segurava Caen pelo punho, deixando-o de pé.

 

- Ouvi falar bastante dos Cavaleiros de Atena durante minha estadia no Pleroma. São guerreiros que desafiam a lógica e compreensão deste mundo e que conseguem realizar milagres constantemente. Alguns de vocês venceram até mesmo Hades, o Imperador do Inferno. Sem dúvida alguma um feito louvável.

 

O discípulo de Teneo se esforçava para se manter consciente. Não tinha forças para contra-atacar e nem mesmo para prosseguir o debate. A hemorragia causada pelo ataque anterior apenas se amplificava, diminuindo suas percepções sensoriais.

 

- Entretanto, espero que compreenda que sua ideologia de proteger o amor e a paz na Terra inevitavelmente acaba também usando o sangue de pessoas inocentes para se sustentar. O que seria um inocente em sua visão? Apenas alguém que esteja de acordo com seus ideais?

 

- QUADRADO PERFEITO!!!

 

Usando o pouco que restava de sua energia, Caen materializa ao seu redor um amplo quadrado feito de puro Cosmo e consegue afastar o inimigo, que salta para trás e se apoia no solo em seguida sem nenhuma dificuldade. O guerreiro de Atena estava cada vez mais ofegante, enquanto sangue fluía de seus lábios e do ferimento.

 

A proteção cósmica ficava cada vez menos influente, reluzindo constantemente devido a sua oscilação de poder. Entretanto, havia um esforço sobrehumano do recém-nomeado Cavaleiro em manter sua defensiva o menos instável possível para garantir sua segurança.

 

- Vejo que não possui mais forças para nem sequer me questionar, mas ainda assim conseguiu erguer essa fina parede – Murmurou Gênese, esboçando um sorriso confiante.

 

- N-Não me subestime... – Rosna Caen, pressionando o ponto atingido para estancar o sangramento – Eu não vou cair aqui. Não depois de finalmente me tornar um Cavaleiro! Não me importa quem você seja, pois eu vou reunir cada fração do meu poder para derrotá-lo!

 

- Palavras vazias e sem significado não me assustam – Diz Gênese, abrindo os braços – Nós somos Aeons. Servimos ao Único Deus Verdadeiro que existe neste universo. Caen de Escudo, criatura imperfeita, nascida e criada através do Pecado, irei sentenciá-lo a morte por ter me atingido antes. Receba a minha luz e seja purificado!

 

Do corpo de Gênese foi emitida uma luz de potência arrasadora, como se o gigantesco Astro-Rei estivesse naquele local em toda sua magnificência. O Quadrado Perfeito disparado por Caen foi completamente dizimado, assim como grande parte das residências existentes em Rodorio.

 

Nenhum som poderia ser ouvido. Tudo que estava à frente de Gênese desapareceu sem deixar rastros.

 

------------------------------------------------------------

Cheshire não conseguia esconder sua surpresa em ver aquele homem diante de seus olhos. Ainda era tão alto quanto conseguia se recordar, mesmo depois de ter se passado tanto tempo desde o fim da Guerra Santa. Um sorriso surgiu em seus lábios.

 

- Nunca imaginei que um homem como o senhor iria precisar de um reles Espectro como eu... – Seu tom de voz carregava um certo tom de ironia facilmente perceptível – Em que lhe posso ser útil, Aiacos?

 

O homem arremessou suas roupas avariadas no solo constituído por um gramado baixo e ergueu seu olhar. Ainda preservava uma expressão facial imponente, em concordância com sua voz, porém em contraste com seu estado físico deplorável.

 

- Não respondo mais por este nome. Agora sou apenas Suikyo.

 

- Oh... Agora entendo – observa o Espectro – Por isso a conta no Rosário criado pelo Cavaleiro de Virgem que representava sua Estrela Maligna estava enegrecida.

 

- Exatamente – Respondeu Suikyo enquanto se aproximava do antigo companheiro, rodeando-o enquanto explicava a razão de estar ali – Cheshire, você foi o único dos Espectros que conseguiu sobreviver a Guerra Santa passada. Com certeza você percebeu que existe um Cosmo muito grandioso despertando na Terra. Mesmo eu não tendo mais a benção do Imperador Hades, ainda consigo sentir claramente que as coisas estão mudando.

 

- Sim. – Concordou o Gato-Fada – Mesmo assim, a Senhora Pandora não quer se envolver nisso por julgar ser problema dos Cavaleiros, uma vez que Atena venceu nosso Imperador há alguns anos atrás.

 

- Uma visão egoísta, típico daquela mulher – Sorriu Suikyo, aparentemente tomado por um sentimento de nostalgia – Entretanto, estou aqui para lhe pedir um favor. Preciso que me acompanhe até a Torre Maligna da Terra Enclausurada.

 

Cheshire arregalou os olhos e ronronou, completamente em choque com a proposta. Inúmeros pensamentos brotaram em sua cabeça em uma fração de segundo, até que fitou diretamente o olhar do antigo Juiz do Inferno e automaticamente deduziu qual era seu objetivo.

 

Entendo... Parece que os ideais do Cavaleiro de Sagitário conseguiram tocá-lo de alguma forma.”

 

- Então você... – Indaga o Espectro, para logo em seguida ter sua sentença completada pelo seu antigo superior na hierarquia do exército de Hades.

 

- Sim. Quero voltar a ser um Juiz do Inferno – Conclui Suikyo.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Três capítulos lidos.

 

Três autores, seus estilos e particulares e um projecto em conjunto ambicioso.

 

Tenho gostado bastante do rumo da história em que está inserida e bastante agradável como grande fã de LC, vejo que têm aproveitado as pontas soltas deixadas pela obra original.

 

Sobre o conteúdo em si, tenho pesquisado sobre as palavras sobre a Génese, Aeon e até a Pleroma e parece que este três estão bem ligados e relacionados entre si sobre o misterioso guerreiro, até ele referiu em termos de citações e passagens da Bíblia, sem sombra de dúvida.

 

Agora resta saber até onde vai esta inspiração e ideia retirada, uma coisa posso dizer: estou a divertir com esta história.

 

Abraços e meus parabéns aos ficwriters envolvidos.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Bom, vamos lá para um looongo post. Vou comentar TODOS os capítulos, e também responder a TODOS os leitores a respeito do meu capítulo.

 

Vamos que vamos!

 

 

Prólogo - Mark

 

 

A quem não sabe, a ordem das postagens foi definida em sorteio, e o Mark ficou responsável pela estreia da fic. Com isso, toda a temática, título e etc foi definida por ele. Os demais autores ficaram no suspense até que o Prólogo fosse postado (pelo menos eu, porque vai que alguém pegou spoiler em off né rs).

 

Indo ao que interessa: foi uma bela introdução, que serviu como início de tudo. A temática ser baseada em um cenário pós-LC me surpreendeu, visto que inicialmente eu pensava que seria algo 100% original (todos os conceitos de Saint Seiya, mas numa realidade a parte das que conhecemos nos mangás e animes).

 

Achei muito bacana rever Pandora ( /sex ) e Cheshire. Se ninguém matá-la gratuitamente, quem sabe no futuro rola algum ship /olhos .

 

A temática do capítulo foi sobre as premonições de um novo poder gigantesco que estava despertando. Isto permeou a conversa entre os dois, bem como o trecho a seguir, entre Shion e Atla. As distorções de dimensões, mencionadas por Atla, viriam a ter uma deixa no trecho final, com o sacrifício de Johan em Rodório.

 

 

Capítulo 1 - Bizzy /sex

 

 

Bom, aqui só para servir como resposta geral a todos que comentaram, já que quotar um por um ia ficar meio complicado.

 

Primeiramente, vou só afirmar aos que comentaram algo nessa linha: SIM, é bem desafiadora essa proposta de ter que continuar uma história às cegas, sem saber o que vai ser feito nos capítulos seguintes. Eu posso imaginar e direcionar algo no meu capítulo, mas depois virão mais 4 capítulos totalmente fora do meu controle. Precisamos ir dançando conforme a música. E é bem tenso haha.

 

Resposta ao Guinho:

 

Que bom que curtiu a interação entre Dohko e Shion. Eu quis promover o quanto antes a entrada do libriano, visto que é um dos principais personagens sobreviventes à Guerra Santa, e os demais já vinham sendo introduzidos pelo Mark no Prólogo. E não vi melhor maneira de faze-lo do que somando um cenário tipicamente "mestre ancião" a uma interação com Shion.

 

Sobre o trecho seguinte, quis introduzir novos personagens para começar a dar uma cara própria a fic, com frentes que não dependessem tanto de ter um background de Lost Canvas. Queria histórias que se iniciassem a partir da nossa fic, e se mesclassem ao longo do caminho aos personagens conhecidos da obra da Shiori.

 

Resposta ao Grimlock:

 

Você deve ter notado após as demais publicações, mas a periodicidade é semanal, sempre entre terça e quinta-feira.

 

Resposta ao Mark:

 

Nem fale sobre dificuldade hahah. Muito tenso mesmo. Ainda mais porque, como disse para vocês, os eventos de TLC estão muito frios na minha memória. Mas vamos que vamos.

 

Valeu pelo elogio sobre os diálogos. Sempre fico feliz quando isso sai de um jeito legal para vocês, porque é uma parte extremamente importante para mim. E, quando trabalhamos com personagens tão conhecidos, sempre há um risco de ocorrer alguma "fuga do personagem", com algum traço meio descatacterizado em relação à obra original. Fico feliz que as coisas tenham dado certo nesse aspecto.

 

Só achei estranho você dizer que não fiz uma sequência direta do Prólogo, sendo que os eventos com Caen são a sequência direta do sacrifício de Johan. Tava conversando com o Ninos, e percebi que ninguém entendeu bem que a aparição do antagonista havia ocorrido unicamente graças ao sacrifício de Johan (pegando seu gancho sobre as distorções dimensionais citadas próximas ao Santuário, mencionadas pelo Atla). Eu não deixei super mastigadinho, mas foi sequência direta. Agora, como aparentemente ninguém sacou, pode ser que a razão do sacrifício seja alterada pelos outros autores, mas faz parte.

 

E fico feliz que tenha gostado do Caen. Como disse acima, queria abrir novas possibilidades que não dependessem tanto de TLC e tivessem uma origem e desenvolvimento em nossa própria fic.

 

Resposta ao Gustavo:

 

Mais uma vez, fico feliz que tenha gostado do primeiro trecho. Trechos mais calmos tem esse desafio né... Já que não tem ação ou grandes revelações acontecendo, o lado humano precisa compensar para que o trecho seja agradável.

 

Sobre o segundo núcleo, pois é, achei que a fic precisava urgentemente desse "frescor" que você mencionou, não deixando algo completamente vinculado a TLC e a personagens já conhecidos. Eu sempre disse para vocês que, se algum dia eu fosse fazer uma fic de Saint Seiya, abordaria personagens completamente novos, para não ficar amarrado a referências a outras obras. Não curto escrever me sentindo amarrado. Por isso desenvolvi este novo núcleo, até para dar mais possibilidade para os demais autores.

 

O trecho do diálogo foi curto mesmo, por alguns motivos: primeiro, porque o primeiro trecho do capítulo já tinha muito diálogo, e não quis prolongar isso ainda mais; segundo, porque a ideia era mais introduzir os personagens (tanto que só nomeei Caen e Jannes, e deixei os nomes dos outros dois a cargo de vocês). A ideia foi mais abrir uma ponta mesmo, um núcleo de novos personagens que abrissem possibilidades para vocês.

 

Resposta ao Ninos:

 

É, acho que meu estilo é por ai mesmo. Não consigo e, sinceramente, nem tenho vontade de me desvincular desse estilo. Claro que cada leitor tem suas preferências quanto ao equilíbrio entre plot/personagens/descrições, como já debatemos um dia no grupo, mas por mais que como autores busquemos um equilíbrio, sempre penderemos para o lado que preferimos. Ah, e não menos importante, que bom que isso não destoou da 'atmosfera' criada pelo Mark no Prólogo. Isso é importante para que a fic seja homogênea aos demais leitores.

 

Sobre o capítulo, como expliquei no Whatsapp... Os eventos do Caen foram uma sequência direta do sacrifício de Johan. Mas realmente, pelas reações de vocês, percebi que ninguém se tocou hahah. Basicamente o sacrifício dele possibilitou que aquele local se tornasse um portal de entrada para o antagonista. Mas repetindo o que respondi ao Mark acima: como ninguém se tocou, os rumos e explicações podem diferir agora.

 

Ah, e que bom que também curtiu a interação entre Dohko e Shion, e principalmente a caracterização do libriano, ficando em algum ponto entre o jovem que conhecemos em TLC, e o mestre ancião que conhecemos no clássico (claro que no momento ele ainda está bem mais para sua versão de TLC, por motivos óbvios).

 

Resposta ao Leandro:

 

Sobre a introdução precoce (???) de Dohko... Bom, preferências pessoais suas. Eu discordo completamente, mas vai de cada um. Acontece. Ele tinha recebido sua nova missão de Atena, e estava a cumpri-la devidamente. Isto a parte, fico feliz que ainda assim tenha gostado da interação entre os dourados sobreviventes da Guerra Santa.

 

Que bom que também tenha gostado do segundo trecho, com a introdução de Caen e dos demais novos personagens. E também da questão deste cenário pós-guerra que você mencionou... Sempre acho bacana abordar este lado. Quais foram as consequências da Guerra para todos? Como estão reconstruindo suas vidas? E por ai vai. Pena que nada disso importou no fim das contas, mas bola pra frente.

 

 

Capítulo 2 - Kagaho

 

 

Bem, como debatemos bastante, haja bomba para um capítulo só hahah. Se o Prólogo e o Capítulo 1 serviram para armar o palco e preparar o terreno, o seu capítulo foi de colocar os atores em ação. Ótimo capítulo, e ótima também sua visão e abordagem dos elementos que haviam sido introduzidos na história.

 

No núcleo envolvendo Caen e "Gênese" (vou chamá-lo assim por enquanto), gostei bastante da continuidade da caracterização do cavaleiro, bravo e determinado, mostrando que, apesar de sua inexperiência no campo de batalha, tem os ideais de um cavaleiro muito bem estabelecidos dentro de si. Gênese continua misterioso, mas agora dando algumas deixas a seu respeito, que os outros autores precisarão se desdobrar para pegar ganchos e amarrar com o que há de conceituação sobre Aeons.

 

Descobrimos no trecho seguinte que Atla hesitou em dar uma resposta a Shion, deixando o Grande Mestre falando com a porta. XD Aliás, bacana o discreto detalhe quanto ao olhar de Shion. Deu um toque interessante ao momento. Outra coisa bacana é podermos vê-lo em meio às suas dúvidas - sempre acho legal quando 'enxergamos' os pensamentos do personagem. Isto nos faz conhecê-lo muito mais a fundo, entendendo melhor seus anseios e inseguranças. Ele simplesmente não se sente à altura dos grandes guerreiros que enfrentaram o exército de Hades, e se sente como "última opção" para herdar a armadura. Acho muito natural esta linha de pensamento, embora ao mesmo tempo deixe claro uma falta de auto-confiança do personagem. Vai ser legal trabalharmos esta curva de desenvolvimento ao longo da obra.

 

Ai veio um trecho que fiquei em dúvida: Atla "sentiu" a intensidade da armadura de Altar a distância? Ou ele chegou até o local? Da mesma forma, ele sentiu o cosmo de Johan desaparecendo, ou presenciou a cena? Na minha visão dos eventos, como respondi a alguns acima, "Gênese" surgiu exatamente no local do sacríficio - e unicamente graças a este ato. Mas agora creio que os rumos tenham sido outros, muito em parte por eu não ter deixado isto claro (achei que estava fácil de pegar nas entrelinhas, mas ninguém entendeu haha). E por fim, ele estava acompanhado. /pensa

 

Por fim, a introdução - ou melhor, re-introdução - de um personagem, até então misterioso, interagindo com Cheshire. Bem legal ter aproveitado esta ponta do Prólogo, expandindo suas possibilidades.

 

 

Capítulo 3 - Gustavo

 

 

Aqui temos a sequência direta - e também o encerramento - da batalha de Caen de Escudo. Assim como o Edu, creio que você também deu sequência à personalidade do cavaleiro de forma coerente - embora, por ser o 3o capítulo do personagem, eu já esperasse ver algo mais. Talvez algum flashback, ou alguma outra linha de personalidade dele começando a aflorar (além da questão da determinação e tudo mais). Mas ai era uma expectativa completamente minha, e não uma crítica em si.

 

"Gênese" teve mais falas neste capítulo, todas soando como presságios de tempos difíceis que chegam aos Cavaleiros. Achei curioso que ele respondeu de novo "nós somos a Gênese", sendo que ele já havia dito isso no capítulo do Kagaho.

 

Achei legal ver o cavaleiro utilizar sua primeira técnica, Quadrado Perfeito, e também que ele, mesmo em clara desvantagem, manteve sua postura firme.

 

E bem... Rodório foi pulverizada do nada? Caen morreu? Os outros dois novos personagens também? Ué. Bom, vamos aguardar o capítulo do Ninos para ver se todos foram meramente assassinados mesmo, ou se isso vai agregar algo para a trama além de mostrar que o antagonista é poderoso...

 

Bacana a introdução de Aiacos/Suikyo. Eu, que não manjo das referências Lost Canvísticas e tou com os eventos da obra muuuuito congelados na memória, não tinha feito especulações para o homem misterioso, mas fiquei mais do que feliz com sua escolha. Sobre ele querer voltar a ser um Juiz do Inferno, é algo que abre um leque de possibilidades: qual seria sua motivação para isto? Haveria ficado algum resquício do poder de Hades para que tal possibilidade sequer exista? Como ele manteve-se vivo apesar de ter dito que "estava morto")? Bom, nem vou especular muito porque ainda tem os capítulos do Ninos e do Mark na minha frente. Mas já estou bem curioso para como vão dar sequência a essa frente.

 

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

E é isso galera. Ufa. Quase uma hora escrevendo aqui, mas TODOS estão devidamente respondidos! Abraço a todos, parabéns aos autores pelo bom trabalho, e obrigados aos leitores que tem acompanhado!

Editado por Bizzy
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 4

Chesire olhou firmemente para Suikyu ao ouvir aquela proposta. O silêncio preencheu o ambiente por alguns segundos, quando o Gato-Fada deu uma longa gargalhada, deixando o antigo juiz irritado.


– O que está acontecendo? – Suikyu olhou o espectro com uma certa indignação no olhar. – O que há de tão engraçado?


– É tão interessante quando os papeis se invertem não é mesmo? – Chesire subiu novamente na árvore, olhando o juiz com uma expressão superior e enigmática. – A pergunta é… por que eu te ajudaria?


Suikyu mordeu os lábios, fitando o Gato-Fada com uma fúria interior. Chesire manteve a expressão irônica, colocando as mãos no joelho, enquanto olhava para o antigo juiz, agora em trapos.


– Deixa eu responder por que eu não te ajudaria! – o espectro ergueu o pescoço para frente, totalmente alheio ao que estava ao redor. – Porque eu não estou com vontade de ser pisado e tratado como um verme novamente. Se Aiacos retornar, eu serei seu subordinado e todos sabem como o grande Aiacos usa seus servos… apenas como objetos para o seu triunfo. Sinto muito, eu não estou interessado em ser sacrificado para teu bel prazer… Suikyu. Disseste que eu sou o único espectro vivo… pois creio que há outro. Procura-o! Quem sabe ele será idiota de te servir.


Chesire desceu da árvore e virou de costas para Suikyu. O antigo juiz olhou para baixo, sem dizer nada, apenas pensativo. Insatisfeito, o Gato-Fada começou a andar, pronto para deixar o local.


– Estás certo! – murmurou Suikyu, fazendo Chesire cessar seus passos. – A tua atitude só denota a veracidade das tuas palavras.


O Gato-Fada se voltou novamente para Suikyu. Havia uma expressão paralisada nos olhos do antigo juiz, como se o orgulho de muitos anos houvesse se quebrado.

– Eu poderia ter sido morto no combate contra Sísifo, mas o destino me tirou apenas o poder de Aiacos. – ele ergueu as mãos, como se quisesse procurar alguma coisa. – Os deuses quiseram que eu fosse rebaixado a um nada para mostrar a vida de um inferior e, mesmo assim… o que eu aprendi? Eu jamais fui um líder, apenas era um tirano que usufruía da minha posição e tinha o respeito através do medo. Se eu fosse um comandante de verdade, os meus subordinados fariam questão de se sacrificar, por adoração e não pelo temor. Eu realmente… não mereço voltar para a minha posição.

Chesire fechou levemente as pálpebras, mantendo a seriedade diante daquele que um dia comandava boa parte do exército de Hades.


– Eu não vou te dar aquilo que desejas, Suikyu. – reforçou Chesire. – Não cabe a mim verificar o merecimento ou não do retorno de Aiacos. Mas… talvez eu possa te dar um fio de esperança.

– O que queres dizer?

– Segue-me! – Chesire voltou a andar pelas estradas. – Vamos falar com aquela que acabaste de desprezar. Vou te levar para Senhora Pandora!

~~~~~~


Shion levantou rapidamente do seu trono, com uma forte dor de cabeça. Ele retirou o elmo do Grande Mestre e olhou para baixo, respirando com intensidade. Gotas de suor escorriam pela sua testa, mostrando uma grande preocupação.

– Eu senti… centenas de vozes se silenciaram num instante em Rodório. – ele disse para si mesmo e colocou a mão no peito. – Não sinto mais o cosmo de Caen de Escudo. Será que isso tem relação com a presença que eu senti agora há pouco?

O Grande Mestre fechou os olhos, fez um minuto de silêncio e ergueu as pálpebras rapidamente.

– Não… a presença sinistra que eu senti nada tem relação com o desastre de Rodório. O responsável pelo ataque possui uma energia cálida, apesar de violenta. Já a presença sinistra que também se aproxima desse mundo é ainda mais nociva… destruidora e assassina. O que está acontecendo?

Shion andou de um lado para o outro e voltou a sentar no trono. Precisava fazer algo rápido. Não podia fracassar no seu primeiro trabalho como Grande Mestre.

“Atla, já investigaste o que aconteceu?”, contatou Shion telepaticamente, mas não houve resposta. “Atla… ATLA… o que está acontecendo?

“Mestre…”, a voz do antigo aprendiz ecoou na mente de Shion, que suspirou aliviado por um momento.


“Atla, que bom, o que está havendo e…”


Uma tontura intensa atingiu a mente de Shion, derrubando-o no chão do salão do Grande Mestre. Estava desmaiado, com sangue escorrendo pela boca, aparentemente sem reações.



~~~~

O dito Aeon olhou para o rastro de destruição que produzira. Seus olhos esmeraldas correram por cada detalhe do que segundos atrás fora parte do vilarejo de Rodório. Não havia satisfação ou prazer nos olhos do guerreiro, apenas uma grande indiferença frente a tudo.


– O dever está cumprido… ou não! – Gênese avançou os olhos para frente, demonstrando seriedade ao perceber uma presença cravando os pés no solo destruído. – Quem é aquele que impede a purificação divina?


Um guerreiro com longos cabelos castanhos se manifestava. Vestia um traje dourado, com pontas nos ombros e um elmo com dois chifres. No seu colo, o corpo queimado de Caen repousava, respirando com dificuldades.


– Eu sou Teneo, o cavaleiro de Ouro de Touro. – se apresentou o guerreiro com uma fúria nos olhos. – E vou vingar meus companheiros e todos os inocentes deste vilarejo.

~~~~


Pandora olhou pela janela, com uma expressão preocupada. Chesire havia partido há algum tempo e jamais demorara tanto para retornar. Não que apreciasse a companhia do Gato-Fada, em específico. Todavia, mergulhar novamente na solidão era algo que lhe desagradava. Com as presenças sinistras se intensificando, temia que o espectro fosse atacado ou até mesmo, capturado pelo Santuário.


Ela se voltou para o interior da casa, andando em meio aquelas paredes escuras, pensativa. Deveria se envolver no conflito que se aproximava? Não tinha obrigação alguma, nem os espectros. O Santuário possuía o comando da Terra e, portanto, era o único responsável por ela.


No entanto, receava pelo futuro renascimento de Hades caso Atena não fosse a entidade soberana. Sabia que, mesmo jamais tendo vencido a deusa, ela era mais amena do que as demais divindades, fora sua piedade. Quando Poseidon estava no comando, ele devastava todos seus inimigos sem receio, além de possuir uma fortaleza impenetrável. Se algum outro assumisse o poder, poderia colocar em risco inclusive uma tentativa de ressurgimento do Imperador dos Mortos.


Pandora colocou a mão na cabeça e deu mais dois passos para frente. Um vulto rapidamente emergiu na poltrona, fazendo-a dar um grande grito. Ela caiu no chão, quando olhou para cima, irritada ao ver de quem se tratava.


– Chesire! Seu imprestável! Não me apareça mais assim! – Pandora se ergueu, limpando a poeira dos braços.


– Senhora Pandora! Está preocupada? – o Gato-Fada a olhou seriamente. – Eu peço desculpas pela aparição, mas tenho um assunto urgente para tratar com a senhora!


– Diz logo o que é! – resmungou ela, um pouco satisfeita pelo retorno de Chesire.


– Peço que olhe pela janela, pois o assunto está lá e não tive coragem de pô-lo para dentro. – indicou Chesire.


Pandora fez uma expressão mal-humorada e caminhou novamente para a janela. Ela fitou o quintal, mas não havia nada. De repente, uma pressão lhe atingiu, derrubando-a no chão. Sangue escorria pelos seus lábios, enquanto sentia uma mão perfurando suas costas.


Ela virou o pescoço para trás enquanto caía, vendo Chesire retirar o punho recheado de sangue.


– Por quê…? – ela pronunciou, enquanto a imagem do espectro se transfigurava, dando lugar a uma mulher loira de olhos de safira.


– Por que a Gênese está vindo. – pronunciou a invasora com um tom seco e macabro. – Nós somos Arconte e precisamos da tua imagem para impedir que Aeon consiga a coroa.










Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 4 lido.

 

Nikos, gostei bastante deste e certamente com o teu estilo de tramas e intrigas, o capítulos em si foi a cara totalmente tua.

 

Desde a desconfiança e as palavras duras do esperto e perspicaz do Chesire, à entrada de Teneo e ainda o ataque cobarde de um dos membros misteriosos guerreiros.

 

Estive a pesquisar sobre Arconte, gostei do conteúdo e do significado em si, confesso que é ainda bastante novo e desconhecido para mim.

 

Abraços e parabéns por este capítulo, mon ami!

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulos 3 e 4 lidos!

 

Ótimo trabalho GF e Nikos.

 

História interessante, o recém promovido Caen não poderia mesmo derrotar o Guerreiro intitulado Gênese, e vcs conseguiram demonstrar o poder desse guerreiro, porém chegou um Cavaleiro de Ouro em seu vigor. Espero um ótimo combate entre eles.

 

Chesire se impondo contra Aiacos foi algo surpreendente. Sempre o Gato-Fada foi submisso e agora demonstra ser diferente, embora eu creia que se vier um guerreiro poderoso ele irá lamber os seus pés. Kkk

 

Por falar em Chesire jamais imaginaria o desfecho do capitulo 4. Esperando pela reação de Pandora ao ver Suikyô e surge um novo guerreiro... Ansioso pelo capítulo 5...

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 5

 

Acordou sobressaltado. Apesar de já ser comum ter esse tipo de sonho, uma voz estrondosa lhe dando ordens, esse havia sido muito mais real do que qualquer outro.

 

Levantou-se rapidamente, quase tropeçando ao descer da cama, e logo correu em direção a sua biblioteca. Seus olhos observavam atentamente cada um dos livros ali presentes, procurando um deles em especifico. Recordava-se de tê-lo lido há mais de uma década atrás, mas pouco se recordava de seu conteúdo. Jamais imaginou que algum dia precisaria realmente de tais informações.

 

Continuou a procurar e a cada segundo que passava parecia que algo dentro de si gritava para ser mais rápido, como se estivesse em perigo. Numa estante à direita, que já parecia bem empoeirada, o encontrou. Pegou rapidamente o livro e o levou até sua mesa de leitura.

 

Gnosis

 

Era o nome do livro.

 

Como conhecimento geral o que se sabia era que antes mesmo da criação do universo, Sophia, um dos Aeons e parte de um poderoso deus de pura energia espiritual, havia se perdido da luz e se separado dos outros Aeons. Sozinha e sem saber como retornar ao seu plano espiritual, Sophia criou inconscientemente os elementos, os seres humanos e tudo que existe no universo material. Dentre uma de suas criações estavam os Arcontes, seres considerados malignos por estarem distantes da luz. Sophia sentiu-se culpada pela existência dos Arcontes e seres humanos, que eram imperfeitos, nascidos de sua agonia, mas os amou e ao lado deles passou grande parte de sua existência.

 

Após milênios de confinamento na Terra, como sua alma, Sophia enfim descobriu uma forma de retornar ao plano espiritual e junto aos outros Aeons decidiram dar um fim aos Arcontes e seres humanos, para que fossem libertos e pudessem se unir novamente a ela, sua criadora. Os Arcontes sabiam que jamais venceriam sozinhos, então decidiram se aliar aos humanos e seus deuses a fim de ter uma chance contra a poderosa Aeon. Somente com a ajuda de Zeus, Poseidon, Atena e Hades puderam enfim selar a passagem entre o mundo espiritual e o material, impedindo que os Aeons tivessem novamente acesso ao nosso plano.

 

Apesar de ser uma história já conhecida entre alguns Cavaleiros, poucos sabiam de detalhes dessas batalhas e sequer se elas haviam de fato acontecido. Ainda assim, aquele livro continha todas as informações e mitos reunidos durante séculos e milénios de estudos. Com o livro aberto em sua mesa folheou até o local que o fizera procurar pelo mesmo: A Coroa de Aeon.

 

Sabendo que poderosos deuses haviam surgido durante a existência da Terra, Sophia e os demais Aeons utilizaram de grande parte de sua Gnose (poder espiritual de tais seres) para criar um artefato único que pudesse destruir tudo que existisse de material, conhecida como A Coroa de Aeon. As lendas diziam que era tão poderosa a ponto de poder varrer um planeta caso assim fosse a vontade de quem a controlasse. Pouco se sabia de sua localização, somente que havia sido selada por Hades, Poseidon e Atena e que tal selo somente poderia ser quebrado com o poder dos três deuses, juntos.

 

Enquanto lia sobre tudo aquilo, o homem parecia cada vez mais preocupado. Levantou-se rapidamente, pegou uma pequena mala, juntou algumas roupas e o livro de sua mesa e correu para o fundo da biblioteca. Lembrara-se da grandiosa voz lhe dizendo que não somente os deuses poderiam quebrar tal selo, mas também aqueles que carregavam o legado deles. E os três estavam vivos.

 

Não seria um grande problema, se o selo de Zeus não estivesse se rompendo e alguns Aeons menos poderosos houvessem escapado de seu Plano Espiritual. No entanto, mesmo o mais fraco Aeon poderia causar grande destruição e talvez nem mesmo os Cavaleiros pudessem impedi-los. E o mais preocupante: E se conseguissem recuperar a Coroa? E se eles já estivessem com ela? Só sabia que estavam em grande perigo. Os Aeons fariam de tudo para que aqueles que carregassem os legados dos deuses quebrassem os selos da Coroa ao mesmo tempo em que os Arcontes tentariam mata-los, para impedir que isso fosse possível.

 

Sabia que Pandora e Shion continuavam vivos, aqueles que carregavam o legado de Hades e Atena. E ele carregava o legado de Poseidon, que lhe alertara em seus sonhos. Os três corriam um perigo pouco conhecido e provavelmente somente ele sabia disso. Seu primeiro pensamento foi o suicídio, mas também sabia que o Legado sempre era repassado para outro humano, portanto sua morte não seria uma ideia inteligente, pois poderia passar tal fardo para alguém que não tivesse conhecimento sobre eles.

 

Antes de fugir do local, pegou uma urna alaranjada que matinha escondida do olhar de terceiros e deu adeus àquele lugar que fora seu lar por tantos anos. Unity sabia que tinha que procurar o Santuário.

 

§ § § § § § § § § § § § § § §

 

Pandora levantou-se rapidamente com intuito de afastar-se de sua agressora enquanto gritava de dor e ódio. A quantidade de sangue que saia do seu ferimento era gigantesca e sabia que se continuasse dessa forma não duraria muito mais tempo.

 

Não conhecia a tal Arconte e nem por quais motivos estava tentando mata-la, mas sabia que não tinha tempo a perder.

 

- Nobre Veneno! - Invocadas através do cosmo da representante de Hades, centenas de cobras se entrelaçam ao redor da Arconte, que é surpreendida quando sente a poderosa descarga elétrica causada pelas mesmas.

 

Tentando se desvencilhar do ataque, percebe que algo muito estranho estava acontecendo com Pandora. Uma gigantesca cobra começara a se enrolar em volta da mulher, apertando seu corpo, inclusive o ferimento que ela havia causado. Após ter coberto todo o corpo de Pandora, a cobra finca suas enormes presas em seu pescoço. A visão era bizarra, pois o crânio da cobra era tão grande que Pandora parecia ter duas cabeças.

 

Tentou novamente se desvencilhar do ataque das serpentes, pois mesmo que não fossem poderosas, elas dificultavam seu avanço e sem duvida alguma o poder elétrico causado lhe causava um grande incomodo e dor. Estava preocupada com o que Pandora estava tentando fazer, mas sabia que primeiro teria que impedir aquele ataque.

 

Utilizando sua gnose, a Arconte toma a forma ofídica, se misturando com as demais cobras e serpentes. Sem um inimigo presente, a técnica de Pandora é enfim quebrada. Tomando sua forma humanoide a Arconte consegue observar melhor a mulher a sua frente, se é que poderia dizer isso. A representante de Hades não estava rodeada somente pela cobra colossal, mas também por diversas outras serpentes que pareciam tentar defende-la, como se formassem um casulo vivo.

 

Irritada com aquele contratempo, a Arconte estende a palma de sua mão em direção ao casulo, descarregando diversas esferas de energia a fim de destruí-la.

 

Sem sucesso.

 

- Maldita! Não pense que poderá escapar de mim dessa forma!

 

Mesmo que diversas serpentes estivessem sendo desintegradas pelo seu ataque, outras surgiam no local a fim de defender sua mestra.

 

- Isso é impossível!

 

- Isso é impossível - Uma voz em tom sarcástico imitava a Arconte, que agora voltara sua atenção em procurar o novo visitante. - Hey, aqui! - Próximos ao casulo criado por Pandora, dois olhos felinos e um sorriso surgiram no meio do nada. - Acha mesmo que ela era tão despreparada assim?

 

Frente ao Arconte, Cheshire surge, com sua Surplice de Cat Sidhe.

 

- Não pense que não é poderosa garota... Provavelmente em condições normais teria destruído o casulo da Senhorita Pandora... Mas preciso lhe alertar que dentro dessa casa as coisas não são tão simples. Até me sinto mais forte aqui dentro, com essa ligação com o inferno... Bem vinda a Barreira de Hades!

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 05 lido.

 

Gostei deste, desta vez, foi Mark o autor responsável por este.

 

Adorei a explicação e a menção dos Arcontes e todo este mistério envolvido em torno desta guerra.

 

O mesmo vale para a aparição de Unity com a Escama do Dragão Marinho, ligando a trindade entre os deuses gregos mencionados.

 

Apesar do capítulo ser bem curto, foi bastante revelador e esclarecedor que respondeu às perguntas anteriores e ligando aos termos gnósticos que foram surgindo.

 

Parabéns e abraços!

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 6

Um sorriso jocoso se desenhou com ainda mais intensidade no rosto felino de Cheshire após ter revelado que o principal mecanismo do seu senhor havia sido ativado.

 

Sentia-se ainda mais confiante com a vantagem adquirida. Pensar que estava diante de uma adversária com apenas um décimo do seu poder total era bastante confortável, porém o Espectro tentava não transparecer essa soberba.

 

A Arconte possuía belos olhos esverdeados, que resplandeciam na escuridão da residência de Pandora como duas esmeraldas. Possuía um corpo envolto por um manto de coloração enegrecida, o que trazia lembranças nostálgicas ao Espectro.

 

- Então quer dizer que a Barreira de Hades ainda funciona...? – A invasora realiza a indagativa em voz alta, mas não a direciona para nenhum dos dois rivais – Interessante. Embora isso não mude o resultado final.

 

- Este é o legado do Imperador Hades, garota! – Exclama o Gato-Fada, ronronando em seguida – Mesmo com nosso senhor tendo sido selado por Atena e o Pégaso na última Guerra Santa, este local permanece abençoado pela sua Grande Vontade, pelo menos enquanto um de nós ou sua Representante encontrar-se viva.

 

O soldado do Inferno direciona a atenção para a sua comandante, que permanecia dentro do casulo criado pelas serpentes visando sua recuperação plena. Sabia que era um processo que poderia demorar um tempo considerável devido à gravidade do ferimento sofrido, então ele tinha que atrasar a rival até que Pandora tivesse condições de ajudá-lo caso precisasse.

 

- Agora... – Prossegue Cheshire, elevando seu Cosmo – Vamos começar!

 

Rapidamente o guerreiro de cabelos acinzentados avança na direção da Arconte e dispara em sua direção uma rajada de pura energia cósmica, facilmente desviada. Frustrado com o golpe mal-sucedido, o Espectro segue em frente e continua efetuando os mesmos disparos, que aumentam a velocidade a cada instante.

 

Pressionada, a Arconte consegue evitar o impacto de cada golpe, mas seu corpo dava sinais de esgotamento anormalmente. Os músculos não respondiam com a mesma velocidade e suas pernas pareciam cada vez mais pesadas, como se tivesse uma corrente de aço travando seus movimentos.

 

- Morra! – Exclama o Gato-Fada, cada vez mais próximo do sucesso – FESTA ANIMADA!

 

Inúmeros gatos coloridos materializaram-se através do Cosmo do guerreiro e saltaram na direção da Arconte em toda a agilidade típica destes felinos. Sem a energia física de outrora, a inimiga dos Aeons é golpeada em cheio, sendo arremessada contra a parede da residência, quebrando-a.

 

Frustrada com o fracasso, a Arconte se levanta com um pouco de dificuldade e queima sua Gnose, um poder de cunho equivalente ao Cosmo. A energia causava leves tremores no solo, indicando sua intensidade mesmo com a restrição ofertada pelo mecanismo de Hades.

 

- Eu não vou cair tão facilmente... – Rosna a mulher de olhos verdes, rasgando seu manto negro que fora cortado pelas garras dos gatos e revelando uma indumentária de cor prateada e repleta de buracos em espaços pontuais, sem perder o brilho ou a imponência – Meu corpo se chama Eduardine e meu espírito se chama Horaios. Represento a Lua e em nome dos Sete Arcontes irei cumprir com meu propósito de impedir que a Coroa de Aeon seja recuperada pelos nossos inimigos!

 

-----------------------------------------------------

Teneo queimava sua energia cósmica ao fitar aquele adversário a sua frente. Não conseguia entender a indiferença no semblante daquele que devastou parte de Rodorio e, se não fosse pela sua chegada à velocidade da luz, também teria acabado com a vida de um dos seus pupilos.

Caen abre os seus olhos com um pouco de dificuldade. O ferimento em seu tórax expelia uma quantidade considerável de sangue, o que o deixava em uma situação crítica. Ao ver o seu salvador, esforçou-se para esboçar um terno sorriso de gratidão.

 

- M-Mestre... – Murmura o Cavaleiro de Escudo – P-Perdoe meu fracasso... Renner riria de mim se me visse... Nesse estado...

 

- Guarde suas forças, Caen. Você lutou bravamente e eu agradeço seus esforços – Responde o dourado, colocando o seu discípulo afastado do epicentro do confronto e, em seguida, doando um pouco de sua energia para auxiliar na sua recuperação – Agora descanse. Eu irei assumir daqui.

 

- Você acredita que poderá fazer alguma coisa contra mim? – Questiona Gênese, ainda com um semblante neutro enquanto uma brisa suave balança seus cabelos curtos de cor negra – Veja o que fiz ao seu companheiro. E também a este pobre vilarejo. Criaturas imperfeitas como vocês não podem parar os meus objetivos. Será apenas mais uma vítima do meu poder.

 

Gênese movimenta-se rapidamente e dispara uma torrente de energia com seu punho direito, mas ao mesmo tempo seus olhos arregalam-se ao perceber que sua investida havia sido direcionada para ninguém.

 

Em resposta, Teneo surge às suas costas, já de braços cruzados, adotando a postura que viu o seu mestre Hasgard utilizar durante tanto tempo.

 

- GRANDE CHIFRE!

 

Um furioso touro de energia dourada foi materializado e acertou Gênese em sua retaguarda, arremessando-o até uma distância considerável.

 

O Aeon conseguiu manter seu equilíbrio ao arrastar seus pés no solo e finalmente sua expressão facial perde o tom de indiferença quando é surpreendido por mais um ataque.

 

Esferas de energia passaram a circundar o seu corpo e no instante seguinte aumentam assustadoramente o seu diâmetro, esmagando Gênese com a intensidade do poder.

 

- PLEIADES NOVA!

 

Os globos dourados explodem ao mesmo tempo e uma enorme cortina de fumaça surge no local, bloqueando a visão de Teneo, que permanecia centrado em seu objetivo principal, que era finalizar com aquele inimigo.

 

Depois de suas experiências com o Gigante Encélado no Monte Etna e com a invasão de Kairos ao Santuário, o dourado percebeu que a melhor forma de lutar contra seus oponentes, independentemente de quem seja, era a de atacá-lo sucessivamente sem dar brechas para que o rival possa reagir.

 

Tomado por essa nova perspectiva de batalha e alimentado por uma determinação que refletia cada vez mais na força do seu Cosmo, Teneo recua seu braço direito para disparar mais uma investida, quando a fumaça se dissipa e seu queixo cai.

 

Gênese não se encontrava mais ali.

 

--------------------------------------------

Sangue pingava do nariz de Atla. Sua comunicação telepática com o antigo companheiro de treinamento e atual Grande Mestre Shion havia sido abruptamente rompida por uma força que transcendia os limites paranormais.

 

Uma criatura surgiu a sua frente dando passos calmos, porém firmes. A cada movimento que produzia a dor ficava mais forte na cabeça do Muviano, que não conseguia sequer abrir os olhos devido à dor que sentia naquele momento.

 

- Você é uma pessoa interessante, Atla – Proferiu a entidade. Sua voz era ponderada, embora dotada de uma pequena fração de arrogância – Seu domínio sobre poderes psíquicos e paranormais é formidável, mesmo sendo um mestiço.

 

O jovem não conseguia assimilar aquelas palavras. Seu cérebro não funcionava regularmente.

 

- Peço que me perdoe – Continua o ser – A Barreira de Atena que envolve as Doze Casas é muito poderosa, mesmo sem a presença da Deusa no mundo terreno. O único modo de atravessar a fortaleza impenetrável do Santuário é pelo trajeto a pé, o que seria desgastante e desnecessário de acordo com a situação atual.

 

Chegou próximo de Atla e o ergueu do chão, pondo-o de joelhos.

 

- Mesmo eu sendo um grande usuário de poderes psíquicos e paranormais como você, não consigo transpor a Barreira de uma Divindade. E enfrentar os guardiões das Doze Casas no momento é uma tarefa que não cabe a mim.

 

O Muviano tentou reunir suas forças para fazer um único questionamento.

 

- O-O que... Você... Quer... Comigo...?

 

 

- Não quero que minhas atitudes sejam interpretadas erroneamente – Sorriu o Aeon – Você é apenas um peão para meus planos. Agora, vamos até o Pleroma.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.

×
×
  • Criar Novo...