A neutralidade de Camus de Aquário

[Lucas Augusto da Silva 759]

A neutralidade de Camus de Aquário

A saga do santuário foi marcada pela usurpação do cargo do Grande Mestre por Saga de Gêmeos durante 13 anos, período que culminou na morte de muitos cavaleiros de Atena em batalhas contra os cavaleiros de bronze e a deusa Atena, Saori Kido.

Conforme demonstrado no mangá, o apoio ao Grande Mestre não era absoluto. Além dos cavaleiros de bronze, alguns cavaleiros de prata e de ouro também se rebelaram contra o santuário. Entretanto, um caso particular merece atenção. Camus de Aquário figurou como um personagem neutro, sem favorecer nenhum dos dois lados, mas será que a obra tem mais a dizer do que parece?

As informações do mangá são escassas e esparsas, mas esse quebra-cabeça de diálogos e situações permite conjecturar algumas coisas a respeito de Camus. Por se tratarem de suposições, não interpretem como uma verdade estipulada por Masami Kurumada.

 

1. Período de ausência do santuário

 

De acordo com o Episódio Zero, mangá que relata os eventos de 13 anos atrás, metade dos cavaleiros de ouro estavam em período de treinamento porque eram ainda jovens, com pouca experiência e precisavam aperfeiçoar suas habilidades. Mu, Aldebaran, Aiolia, Shaka, Milo e Camus contavam com 7 anos de idade na época.

 

 

 

Não sabemos quanto tempo Aiolia e os demais se ausentaram do santuário para seus respectivos locais de treinamento, mas usando como referência os cavaleiros de bronze, não devem ter ficado mais do que 6 anos (tempo de treinamento de Seiya e os outros). Portanto, com exceção de Mu, é de supor que aos 13 anos todos estariam de volta ao santuário, se não antes.

Entretanto, na cronologia do mangá, Camus aos 13 anos estava na Sibéria iniciando o treinamento com Isaak e um ano depois começou a treinar Hyoga. Logo, é possível que ele tenha permanecido na Sibéria nos últimos 13 anos até o início dos eventos da saga do santuário.

De todo modo, dentre os cavaleiros de ouro que não se rebelaram contra o Grande Mestre, Camus foi o dourado que menos esteve presente no santuário.

 

2. Os valores de Camus

 

O mangá enfatiza que Camus era um cavaleiro virtuoso que pregava a paz e a justiça na Terra. Isso fica evidenciado nas palavras de Isaak em relação ao seu mestre, bem como nas próprias falas dele para Hyoga, denotando que Camus havia conseguido imprimir seus valores a Isaak.

 

 

 

Isso não torna Camus mais honrado que os demais cavaleiros de ouro, mas é importante destacar que em nenhum instante Isaak associou a justiça terrena com a justiça do santuário vigente. Nesse sentido, embora os cavaleiros estejam vinculados ao santuário, o compromisso deles é com a paz e a justiça em um aspecto universal, não obrigatoriamente com o Grande Mestre.

Ou seja, se eventualmente a justiça de Camus conflitasse com as ordens do santuário, é possível que o cavaleiro de Aquário passasse a agir por conta própria em meio a toda a turbulência.

 

3. A desconfiança rondando o santuário

 

Nos flashbacks das imagens acima é revelado que Camus passou a ser convocado pelo santuário com frequência e que Hyoga havia notado um comportamento estranho de seu mestre. Isaak então comenta sobre as suspeitas pairando sobre o Grande Mestre e que uma guerra civil poderia se instaurar.

 

 

 

Decerto que quem trouxe essa informação a Isaak foi o próprio Camus. Isso significa que ele estava ciente de tudo o que estava acontecendo no santuário. Importante destacar também que ele buscou poupar seus pupilos destas preocupações, tanto que Isaak diz a Hyoga para que focassem em seus treinamentos.

Segundo a cronologia da obra, este flashback ocorreu há 3 anos antes dos eventos da fase santuário.

A questão é entender porque Camus estava sendo constantemente convocado pelo Grande Mestre. Talvez para reafirmar a lealdade do aquariano perante o santuário ou por algum outro motivo que jamais saberemos. Mas é notório que toda esta situação estava incomodando Camus.

 

4. A missão de Hyoga e a permissão para torná-lo o cavaleiro de Cisne

 

Após 5 anos de treinamento, Hyoga finalmente obtém a força de um cavaleiro.

 

 

 

Porém, somente 1 ano depois é que Hyoga recebe a localização da armadura de Cisne para se tornar o cavaleiro de Cisne.

Hyoga revela ainda que o conteúdo da carta ordenava que ele eliminasse Seiya e os demais no Torneio Galáctico.

 

 

 

Na Casa de Libra, Camus diz que ele mesmo pediu permissão ao Grande Mestre para que Hyoga pudesse se tornar o cavaleiro de Cisne e que ficou incumbido de passar a seu discípulo a ordem de eliminar os cavaleiros de bronze.

 

 

 

O fato de a carta dirigida a Hyoga conter a localização da armadura e a ordem do santuário indica que o Grande Mestre somente aceitou o pedido de Camus com a condição de que Hyoga cumprisse a ordem imposta. Assim, a Camus somente cabia aceitar os termos do Grande Mestre.

 

“Mas Dohko e Daidalos não retornavam aos chamados do santuário e mesmo assim concederam as armaduras de bronze a Shiryu e Shun.”

Pois é, só que aparentemente nem Camus sabia onde estava a armadura de Cisne (e não acho que ele sairia destruindo todos os icebergs da Sibéria até encontrá-la), então ele estava subordinado ao santuário nesse aspecto. Além do mais, tanto Dohko quanto Daidalos foram jurados de morte pelo santuário.

 

5. Camus visita Hyoga na Sibéria

 

Como sabemos, Camus foi pessoalmente até a Sibéria para afundar o navio de Natássia, mãe de Hyoga.

 

 

 

Camus está vestindo a armadura de Aquário. Sabemos que as armaduras de ouro estavam no santuário, incluindo a armadura de Aquário.

 

 

 

Ou seja, Camus estava no santuário quando decidiu ir até a Sibéria. Até aí tudo bem, só que sob qual pretexto Camus conseguiu autorização para deixar a Casa de Aquário e ir até a Sibéria, se é que pediu permissão? Ou será que Saga ordenou que Camus matasse Hyoga?

De uma forma ou de outra, aqui fica claro que Camus não seguiu o protocolo ou então agiu contra a vontade do Grande Mestre.

 

6. A simulação de Camus

 

Relendo a imagem em que Camus revela na Casa de Libra sobre a armadura de Cisne e a missão de matar os cavaleiros de bronze, notamos que ele diz que derrotou Hyoga porque este havia se rebelado contra o Grande Mestre e o santuário.

Todavia, mais tarde Milo revela as verdadeiras intenções de Camus para Hyoga, que era de poupá-lo da morte.

 

 

 

A pergunta a ser feita é: por que Camus disse aquilo na Casa de Libra? Afinal de contas, Hyoga estava desacordado, então não podia ouvir nada. Pode ser apenas uma questão de roteiro ou talvez o Grande Mestre estivesse prestando atenção no combate. Aqui é apenas um achismo baseado em uma cena singular do mangá.

No confronto entre Milo e Hyoga, o cavaleiro de Escorpião exclama “você ouviu, Camus?” após ouvir as palavras de Hyoga. Daí então é mostrado que Camus estava de alguma forma acompanhando o combate na Casa de Escorpião.

 

 

 

Pode ser que os cavaleiros de ouro consigam apurar seus sentidos a ponto de ouvir a distâncias que um ser humano comum não conseguiria. Assim, Saga seria capaz de ouvir as palavras de Camus na Casa de Libra.

Isso pode inclusive ter a ver com a ida de Camus até a sétima casa zodiacal. Se o aquariano foi até lá sem autorização, Saga poderia ter desconfiado e então voltado sua atenção para Camus. E mesmo que tenha sido autorizado, Saga ainda assim ficaria vigilante pela questão que levantei sobre a ida de Camus à Sibéria, além do fato de ser mestre de Hyoga (lembrem-se do que Marin fez para salvar Seiya).

 

7. Camus deixa Seiya e Shun passarem pela décima primeira casa zodiacal

 

 

O mangá não detalha esta cena como no anime, mas Camus cede passagem a Seiya e Shun sem esboçar qualquer intenção de confrontá-los. O cavaleiro de Aquário foca inteiramente em seu discípulo.

 

 

 

Esta cena em particular demonstra a indiferença do personagem nos eventos que se sucediam no santuário. Camus não tenta deter os cavaleiros de bronze, mas tampouco levanta um dedo para ajudá-los a não ser Hyoga.

 

8. Shiryu sabe quem é Camus de Aquário

 

Uma informação aparentemente insignificante, mas Shiryu sabe quem é Camus e sobre seus poderes através do Mestre Ancião:

 

 

 

Vale ressaltar que até então Dohko havia comentado sobre apenas dois cavaleiros de ouro para Shiryu. Um deles é Mu (o qual Shiryu não sabia que era um cavaleiro de ouro), que se segregou do santuário, e Camus, o dourado mais distante do santuário e mestre de Hyoga.

Esse fato pode ser novamente apenas uma questão de roteiro, embora não houvesse necessidade de apresentar Camus mais uma vez ao leitor, além do que a fama do Esquife de Gelo já havia sido dita pelo cavaleiro de Aquário em duas oportunidades. Ou então Dohko mencionou possíveis cavaleiros que não estavam aliados ao santuário e o nome de Camus entrou na conversa.

 

9. Divergências de tradução que alteram a percepção de Camus sobre os fatos

 

Na imagem em que Camus e Milo se comunicam por telepatia, as traduções em inglês e em português divergem da versão espanhola postada acima, sendo que estas traduções divergentes aludem que Camus talvez soubesse que Saori Kido era realmente a deusa Atena.

 

 

 

Embora eu dê preferência à tradução espanhola, acho que este trecho em outras versões merece uma pequena nota. Digamos que estas traduções estivessem mais corretas que a espanhola, será que Camus também era adepto da teoria da provação divina explicada por Mu?

 

10. Conclusão

 

Sintetizando os fatos apresentados no mangá com as teorias elaboradas no tópico, fica mais fácil entender o posicionamento neutro de Camus na saga do santuário, que não se resume apenas ao ocorrido na entrada da Casa de Aquário (ocasião em que deixa Seiya e Shun passarem).

Há outros fatores explícitos e implícitos na obra a respeito de Camus que enriquecem e ao mesmo tempo torna sua conduta misteriosa frente aos eventos emblemáticos que resultaram na vitória de Atena e os cavaleiros de bronze.

Vale atentar que Camus não sabia sobre a verdadeira identidade do Grande Mestre e nem sobre a legitimidade de Saori Kido como a deusa Atena (embora outras traduções sugiram o contrário), diferente de Mu e Dohko, que reuniam muito mais informações sobre o que aconteceu nos últimos 13 anos.

Sintam-se livres para discordar de qualquer ponto ou acrescentar alguma informação que eu possa ter deixado passar e que agregue ao tópico.

 

Tenham uma boa leitura.

Editado Agosto 19, 2020 por Lucas Augusto da Silva

[SaintInter 298]

 

 

2. Os valores de Camus

 

O mangá enfatiza que Camus era um cavaleiro virtuoso que pregava a paz e a justiça na Terra. Isso fica evidenciado nas palavras de Isaak em relação ao seu mestre, bem como nas próprias falas dele para Hyoga, denotando que Camus havia conseguido imprimir seus valores a Isaak.

 

Eu tinha a impressão - Baseada numa leitura superficial, diga-se de passagem, afinal não pego o mangá pra ler faz tempo - de que a visão de Camus sobre a justiça era relativamente parecida com a do Afrodite. De que não precisava ser necessariamente Atena aquela que impõe a justiça, contanto que o Grande Mestre mantivesse a justiça e paz no Santuário, não haveria grandes problemas.

 

O que eu entendi é que os valores que ele queria transmitir ao Hyoga era de que manter a paz e a justiça na terra era mais importante que manter a lealdade a alguém, por isso ele agia de forma neutra. Independente de quem vencesse - Saga ou Saori -, o importante era que a terra estivesse segura.

 

Enfim, tenho que pegar o mangá pra ler de novo. Camus é realmente um personagem muito enigmático.

[Manu of Deche 162]

Sabe que eu nunca entendi essa visão da maioria da fanbase de que Camus não estava nem ai pra nada a não ser o Hyoga. Se Mu e Dohko não fizeram nada diretamente contra o GM, por que Camus que não tinha certeza de nada deveria fazer algo? Na minha visão Camus claramente tinha dúvidas e não estava do lado do GM durante a batalha das doze casas, a aparição de uma suposta Athena e o fato de seu pupilo se associar a ela, certamente deixou Camus com ainda mais dúvidas.

 

Acrescentando algo que talvez possa ser importante, mesmo que Camus descobrisse a verdade, acho que ele não partiria pra um confronto direto, ainda mais depois do que aconteceu com Aiolia. Acredito que dada a situação de grande dúvida que acredito que ele se encontrava,um confronto com seu pupilo e uma postura não radical ,e mais neutra ,até esse encontro , foram as melhores decisões que Camus poderia tomar.

Editado Agosto 19, 2020 por Manu of Deche

[Lucas Augusto da Silva 759]

Eu tinha a impressão - Baseada numa leitura superficial, diga-se de passagem, afinal não pego o mangá pra ler faz tempo - de que a visão de Camus sobre a justiça era relativamente parecida com a do Afrodite. De que não precisava ser necessariamente Atena aquela que impõe a justiça, contanto que o Grande Mestre mantivesse a justiça e paz no Santuário, não haveria grandes problemas.

 

O que eu entendi é que os valores que ele queria transmitir ao Hyoga era de que manter a paz e a justiça na terra era mais importante que manter a lealdade a alguém, por isso ele agia de forma neutra. Independente de quem vencesse - Saga ou Saori -, o importante era que a terra estivesse segura.

 

Enfim, tenho que pegar o mangá pra ler de novo. Camus é realmente um personagem muito enigmático.

 

É uma perspectiva interessante, mas acho que a noção de justiça do Camus era mais alinhada com a de Dohko, que defendia uma justiça universal.

Afrodite tem um ideal de justiça mais maquiavélico onde os fins justificam os meios. Contanto que a paz na Terra esteja assegurada, qualquer crueldade ou atrocidade será legítima para manter o status quo.

 

Sabe que eu nunca entendi essa visão da maioria da fanbase de que Camus não estava nem ai pra nada a não ser o Hyoga. Se Mu e Dohko não fizeram nada diretamente contra o GM, por que Camus que não tinha certeza de nada deveria fazer algo? Na minha visão Camus claramente tinha dúvidas e não estava do lado do GM durante a batalha das doze casas, a aparição de uma suposta Athena e o fato de seu pupilo se associar a ela, certamente deixou Camus com ainda mais dúvidas.

 

Acrescentando algo que talvez possa ser importante, mesmo que Camus descobrisse a verdade, acho que ele não partiria pra um confronto direto, ainda mais depois do que aconteceu com Aiolia. Acredito que dada a situação de grande dúvida que acredito que ele se encontrava,um confronto com seu pupilo e uma postura não radical ,e mais neutra ,até esse encontro , foram as melhores decisões que Camus poderia tomar.

 

Ótima observação. Aiolia tentou resolver tudo sozinho e as coisas deram muito errado.

 

A crítica em relação à neutralidade de Camus muitas vezes diz respeito aos seus deveres como cavaleiro, o que é pra mim um equívoco. O compromisso dos cavaleiros é com a paz e a justiça, não com o santuário, ainda mais considerando que tanto na geração clássica quanto em Next Dimension temos Grandes Mestres traidores de Atena.

[Rafael Gêmeos 491]

Tem uma cena no anime, logo após o choque das duas Execuções Auroras, em que Camus vê Saori atrás de Hyoga. Ele então diz algo do gênero: "você ficou mais forte porque o que você acreditava realmente estava certo". Sempre interpretei que naquele momento Camus descobriu que realmente estava lutando pelo lado errado (foi enganado pelo Grande Mestre). Mas essa cena no mangá é um pouco diferente, Camus apenas parabeniza Hyoga e cai no chão, se não estou enganado.

[Lucas Augusto da Silva 759]

Tem uma cena no anime, logo após o choque das duas Execuções Auroras, em que Camus vê Saori atrás de Hyoga. Ele então diz algo do gênero: "você ficou mais forte porque o que você acreditava realmente estava certo". Sempre interpretei que naquele momento Camus descobriu que realmente estava lutando pelo lado errado (foi enganado pelo Grande Mestre). Mas essa cena no mangá é um pouco diferente, Camus apenas parabeniza Hyoga e cai no chão, se não estou enganado.

 

É isso mesmo. No mangá, Camus apenas diz que gostaria de ajudar Hyoga naquilo que ele crê, sem deixar claro se estava certo ou não.

[Manu of Deche 162]

Tem uma cena no anime, logo após o choque das duas Execuções Auroras, em que Camus vê Saori atrás de Hyoga. Ele então diz algo do gênero: "você ficou mais forte porque o que você acreditava realmente estava certo". Sempre interpretei que naquele momento Camus descobriu que realmente estava lutando pelo lado errado (foi enganado pelo Grande Mestre). Mas essa cena no mangá é um pouco diferente, Camus apenas parabeniza Hyoga e cai no chão, se não estou enganado.

É isso mesmo. No mangá, Camus apenas diz que gostaria de ajudar Hyoga naquilo que ele crê, sem deixar claro se estava certo ou não.

O mangá realmente não deixa claro, mas minha interpretação vai ao encontro da do anime.Na dúvida Camus decidiu por testar a convicção de seu pupilo e quando essa se mostrou forte ele acreditou nela.Algo semelhante com o que aconteceu com Krest e Degel.Ambos aquarianos confiaram no julgamento de seus pupilos.

[Faithful Few 356]

Acredito que as falas de Camus no mangá são "É minha esperança que você use o seu poder por uma causa digna, que realmente valha à pena"

 

Na tradução do diálogo deles no Pachinko (uma fã no Tumblr traduziu, se não me engano) ele até mesmo diz "Eu lhe desejo uma vida longa"

 

Na minha interpretação, acho que, independente dele ser um Cavaleiro de Atena, ele quis dizer que os poderes do Hyoga podem ser usados por uma causa digna além daquela de lutar pela Atena, que sempre é o foco

 

Acho que essa neutralidade dele pode ter mais haver com o próprio treinamento dele para ser um Cavaleiro... Na minha concepção ele é dessa forma mais fria, distante e resoluta por conta de algo que deve ter ocorrido quando ele era mais jovem, algum trauma que mudou ele de forma drástica ou foi por influência mesmo das lições de quem quer que tenha sido o mestre dele

 

Eu não consigo imaginar uma criança, mesmo uma destinada a ser um Cavaleiro, neste caso, já tendo essa personalidade que ele tem (apesar dele ter só 20 anos)

[Lucas Augusto da Silva 759]

Acho que essa neutralidade dele pode ter mais haver com o próprio treinamento dele para ser um Cavaleiro... Na minha concepção ele é dessa forma mais fria, distante e resoluta por conta de algo que deve ter ocorrido quando ele era mais jovem, algum trauma que mudou ele de forma drástica ou foi por influência mesmo das lições de quem quer que tenha sido o mestre dele

 

Eu não consigo imaginar uma criança, mesmo uma destinada a ser um Cavaleiro, neste caso, já tendo essa personalidade que ele tem (apesar dele ter só 20 anos)

 

Infelizmente, Mystoria deu a entender que adotar uma postura mais fria é uma espécie de doutrina entre os cavaleiros de Aquário, o que acabou tirando o peso dessa singularidade do Camus. Na verdade, muitos dourados da atual geração sofreram a mesma coisa após Next Dimension.

[Yukako Yamaguishi 0]

Tem uma cena no anime, logo após o choque das duas Execuções Auroras, em que Camus vê Saori atrás de Hyoga. Ele então diz algo do gênero: "você ficou mais forte porque o que você acreditava realmente estava certo". Sempre interpretei que naquele momento Camus descobriu que realmente estava lutando pelo lado errado (foi enganado pelo Grande Mestre). Mas essa cena no mangá é um pouco diferente, Camus apenas parabeniza Hyoga e cai no chão, se não estou enganado.

A Toei romantizou essa luta. Assim como a do Shura. So a luta do Frofro que mantiveram semelhante ao mangá.

Hyoga de fato superou o Camus. Na verdade, a obra meio que deixa a entender que Hyoga e o cavaleiro mais talentoso do quinteto, se nao fosse sua falta de frieza ele combaria com dourados facilmente. ND e uma prova meio que cabal disso.

 

Apesar que o Kurumada coloca que esse posto e do Shun,seu desempenho em ND e pifio demais para me fazer cree nisso.