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Saint Seiya - MIDDLE AGE. Cap. 83: Uma Pedra.... pg 67


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SAINT SEIYA MIDDLE AGE

 

Capítulo 23: Espíritos e Amazonas

 

Dedicado à: Lemuriano.

 

 

Lena de Ofiuchus já viu exércitos marcharem e não se impressionaria com os milhares de soldados que surgem no vale abaixo de seus olhos. O problema, se é que pode ser chamado assim, é a Aura de Cosmo impressionante e maligna que emana de cada combatente. É com que se uma nuvem negra os acompanhasse fazendo seus olhos carmesins brilharem com uma nefasta luz que evoca o medo.

 

Independente de ser uma Amazona de Prata e batedora oficial do Santuário, a guerreira sente novamente sua espinha gelar.

 

- Samanya... Por Atena, o que é aquilo.

 

- Um exército, Lena. E pelo visto, um dos tais Espíritos Malignos é o general.

 

- Um dos demônios primordiais. Precisamos avisar o Santuário o quanto antes e...

 

- Vá você. – Diz secamente Samanya aproximando-se da beirada do precipício que leva ao vale.

 

- O que? – Surpreende-se Lena.

 

- Vá você. Corra, avise Átalo o mais depressa possível.

 

- Sua doida, o que pretende fazer? Vai lutar contra todo um exercito e um Maligno Primordial que nem sabemos quem é?

 

- Vou. – Responde Samanya olhando de soslaio e abrindo um leve sorriso.

 

- Você só pode estar brincando.

 

- Eu pareço estar brincando?

 

- Samanya, pára com isso. Não há como você vencer, além do mais, nossa missão é voltar ao Santuário. Quanto mais rápido fizermos isso Átalo vai preparar uma defensiva contra esse exercito e...

 

- E vamos deixar que todas as cidades daqui até o Santuário sejam devastadas só por isso?

 

- Como?

 

- Veja – Aponta Samanya para o rastro de destruição deixado pelo exercito – Eles são como gafanhotos: Chegam, destroem e avançam. Daqui até a Grécia existem centenas de cidades com milhares de inocentes, crianças e idosos. Se não lutarmos agora, impedirmos o avanço, seremos responsáveis por todas as vidas que eles tomarem daqui para diante... E eu não quero ESSE sangue em minhas mãos.

 

Lena de Ofiuchus se cala. Samanya está coberta de razão, não há como sair sem que milhares paguem o preço por conta disso. Uma das duas terá que ficar e, de algum modo, tentar deter o máximo possível o exército, assim com o Maligno Primordial que o lidera. Porém, a Amazona de Prata conhece bem o conceito do impossível.

 

- Você vai então. Avise Átalo sobre essa invasão, diga tudo e preparem o Santuário para essa Guerra. Eu sou mais capacitada para agir nas sombras e posso...

 

- Não perguntei sua opinião, Lena.

 

- Samanya...

 

- Eu é quem vou lutar – Sorri a Amazona de Prata se lançando do vale em direção ao exército abaixo. Ofiuchus não tem tempo de dizer nada, apenas baixa a cabeça e some nas sombras das árvores.

 

O exercito Habsuchtburg após dias marchando e destruindo finalmente faz uma pausa. Os milhares de soldados armam tendas, acendem fogueiras e começam a se preparar para o avanço seguinte até a próxima cidade e além, a Grécia, o Santuário de Athena, onde eles lutarão em nome de seu Reich definitivo, o Habsuchtburg, aquele que tingirá o mundo com as cores de seu estandarte.

 

Milhares de soldados conversando, confabulando. Infinitos sons permeando o acampamento até que um silêncio súbito toma o local. Todos param de falar e fazer suas atividades para ver a Mulher que caminha em meio aos soldados carregando uma Urna Prata em suas costas. A cor de sua pele já chama atenção, mas, estar apenas com trajes simples em uma temperatura alpina, impressiona; sem contar sua beleza: Corpo esguio, forte. Alta e imponente. Lábios grandes, assim como os olhos vívidos. Na verdade ela desfila em meio aos soldados que sorriem maliciosamente sendo tomados por um sentimento básico: A luxúria.

 

Um deles se enche de coragem e toma a iniciativa de se aproximar de Samanya, mordendo os lábios, olhos cheios de malícia, esticando a mão para junto do corpo da Amazona, mas antes que possa sequer encostar-se a ela, a guerreira coloca seu dedo indicador na testa do soldado que imediatamente cai desacordado. Olhos fora da órbita e um pequeno e intermitente sangramento no ponto atingido.

 

- O próximo que tentar algo assim, já vou avisando: Não vou pegar tão leve, ouviram? – Diz Samanya limpando o sangue em seu dedo em um estandarte próximo.

 

A reação é imediata: Os soldados se levantam juntos, furiosos com tamanha ousadia de uma meretriz qualquer, atacando a Amazona de Prata.

 

- Matem a desgraçada – Gritam todos os soldados do regimento ao mesmo tempo atacando Samanya.

 

- Cretinos – Sussurra a Amazona levantando a mão direita e explodindo a tudo com seu cosmo, varrendo todas as tendas, estandartes, armas, soldados e qualquer objeto no seu raio de ação, criando um imenso nada com cem metros de diâmetro.

 

Ao seu redor apenas labaredas parcas e cinzas espalhadas.

 

Os demais soldados rapidamente se agrupam e cercam a Amazona que sorri levantando as mãos, mas antes que eles façam qualquer coisa, todos abrem caminho para o gigante que Samanya viu anteriormente passar. Um monstro vergando uma assustadora Harmatia que lembra um lobisomem preto e cinza com detalhes selvagens no metal, assim como em suas garras e presas.

 

- DE QUEM FOI ESSE COSMO? – Grita o demônio se aproximando feroz e rapidamente da Amazona, golpeando quem está em seu caminho, pisando tão forte que cria pegadas fundas no solo.

 

- Foi o meu, monstro primordial. – Responde Samanya com nítido desinteresse.

 

- Uma mulher? – Surpreende-se Ira mal acreditando no que vê.

 

- Esperava um homem? – Ironiza Samanya.

 

- Quer morrer mulher? Eu não sou nenhum exemplo de cavalheiro.

 

- Com esse tamanho e cara feia eu já podia imaginar.

 

- Vagabunda – Rosna Ira já mostrando os grandes caninos. Soldados, eis uma das meretrizes que prometemos a vocês no Santuário. Ela está meio suja com essa pele negra, mas deve servir para diverti-los um pouco.

 

O gigante Vrykola se vira gargalhando, deixando seus soldados que tomam as armas e atacam novamente, dessa vez de modo mais coeso, preparado. Samanya se vê em meio a uma onda nas cores preto, vermelho e dourado avançando sobre ela em dezenas de braços e armas. Ira volta-se para sua tenda, ignora a louca que veio morrer nas mãos das tropas. O que ele anseia mesmo é encontrar com os tais Cavaleiros de Ouro, humilha-los, destruí-los. Devorar seus ossos e carnes e fazer de suas Armaduras enfeites nas paredes de seu futuro castelo.

 

O gigantesco maligno primordial continua impavidamente seus passos até que é atingido por uma onda de choque de cosmo impressionante que golpeia suas costas o arremessando no chão, direto na lama com seu imenso corpo, rolando e comendo terra por conta do impacto.

 

- O que? – Grunhe o Espírito virando o corpo para ver o que o atingiu, entretanto, o que enxerga é uma gigantesca esfera argenta de luz que se expande ao máximo, destruindo a tudo, consumindo a grama, tendas, armas, soldados e o que mais ela encontra. Um ataque de cosmo massivo, puro que impressiona Ira ao ponto de, sem perceber, encolher uma perna para que o campo luminoso não o toque.

 

A luz cessa em meio a algo semelhante a brilhos prateados. Novamente, como uma musa da destruição, Samanya está parada no meio, braços abertos, baixando-os lentamente e abrindo os olhos. A Amazona de Prata encara o Vrykola nos olhos como se apenas visse um animal feroz indigno de respeito.

 

- Eu seria o que para eles? – Pergunta a guerreira de forma irônica.

 

- VAGABUNDA – Grita o Maligno primordial explodindo seu cosmo de Igual maneira, gerando outra esfera de cosmo, porém negra, consumindo aquilo que já não havia sido destruído anteriormente por Samanya, maior que a criada pela Amazona. Uma imensa fenda surge entre os dois. No fundo dela, dezenas de corpos dos soldados vitimados pelo poder dos dois contendores, amontoados um sobre o outro, totalmente incinerados pelo calor do cosmo de Samanya e Ira.

 

A opressão causada pelo poder obriga a Amazona a juntar os braços a fim de se proteger, invocar seu cosmo em uma aura para repelir a intensa energia de Vrykola. Todo o vale torna-se um cenário apocalíptico de destruição em duas cores: Preto e Prata. Os soldados correm todos para se refugiar atrás de rochas bem mais ao longe, Muitos não conseguem a tempo, tropeçando, morrendo esmagados por seus pares ou, consumidos pelo poder do Maligno Primordial e da Amazona de Prata de Athena.

 

Novamente, como no castelo Habsuchtburg, a explosão ganha a forma de uma coluna de luz púrpura que atinge os céus. Todas as nuvens são consumidas pelo poder fazendo com que o brilho da lua mostre-se resplandecente. No solo, a fenda aberta desaparece quando o poder da coluna consome a tudo criando uma depressão no vale. Tamanho o calor que a neve das montanhas próximas acaba por derreter criando vários pequenos rios que correm até o vale, somente para evaporarem em seguida, transformando a paisagem em algo sinistro, com a neblina fria contrastando com a destruição.

 

Finalmente o Vrykola pára. O gigante furioso pisa no solo encharcado, abre os braços e gargalha. Sua voz é como o rugido do leão, que pode se ouvir quilômetros a distancia. Todos os animais fogem da área sentindo a ameaça pungente na forma do Espírito Maligno Primordial de Ira, em meio à neblina, mãos abertas, rindo, gargalhando, respirando forte... Amedrontador.

 

Aos poucos a bruma vai desaparecendo por conta do clima do local. Os ventos alpinos afastam a névoa e mostram a extensão da destruição perpetrada por Ira, que continua na mesma pose assustadora e animalesca. O que ele quer é ver em que condições ficou o corpo da Amazona, jogar o resto para os lobos ou qualquer animal que possa comer a carniça e chupar os ossos. Os olhos do Maligno Primordial correm pelo ambiente procurando, buscando... Mas não encontram nada.

 

- Onde está? Onde está o corpo da desgraçada?

 

A resposta é um brilho argento que vem um pouco além, ainda no restante de neblina. Como o maior do faróis a luz atinge Vrykola que é obrigado a proteger os olhos. Tamanho o é poder que afasta de vez o que restara da cerração, mostrando Samanya de pé, cintilando em prata com sua caixa de Pandora diante de si, protegendo-a, porém aberta. De destro da urna manifestou-se a prova de que ela é um dos guerreiros sacramentados de Atena, um de seus Santos de Prata. A armadura em tons escuros reverbera em cosmo de seu corpo emanando presença e majestade. Ao longe, os soldados põem-se estupefatos por tamanha presença.

 

- Maldita, meretriz desgraçada... – Rosna Ira furiosamente.

 

Diante de todos eis que se mostra Samanya, olhos fechados que se abrem sem pressa, mostrando todo o esplendor da Armadura e cosmo. Correntes negras em suas mãos com bolas de aço com espinhos na ponta semelhante a um Mangual, entretanto, vários em toda a extensão. Cosmo agressivo que emana por todo o vale impressionando a todos e servindo como combustível para alimentar o ódio e fúria do Demônio diante dela que não se contem e urra como um animal enjaulado.

 

A caixa de Pandora cai. Diante de Ira, o Vrykola, Samanya, a Amazona de Prata finalmente mostra sua Armadura e Constelação protetora, escolhida e reconhecida como um dos lendários guerreiros que protegem o Santuário e a deusa Atena desde a Era Mitologia.

 

Diante do Espírito primordial e do Exercito, eis que surge Samanya, Amazona de Prata da Constelação de Cérbero.

 

 

Próximo Capítulo: A Fúria Verdadeira.

 

 

 

Samanya de Cérbero, criada por Hiyuuga e Lemuriano.

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A discussão entre Samanya e Lena foi interessante, o que também serviu para mostrar a firmeza e a determinação da Amazona de Cérbero. Certamente, sua luta contra Ira será bastante movimentada e dinâmica.

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Agora o couro vai comer!

 

Nada de Cavaleiros sebosinhos leitores de livros, ou Esíritos Chorões :lol:

Agora é chapa quente! Força Bruta X Força Bruta!!! \,,/

 

Não tem mais "mental" não... Agora é porrada mesmo /evil

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Feliz Dia das Mulheres Meninas

 

Motivos para ser Mulher

 

http://i725.photobucket.com/albums/ww260/Iori_de_Libra/flortop2.gif

 

Somos o sexo belo.

 

Não precisamos usar gravatas.

 

Sentar de pernas cruzadas não dói.

 

Se resolvermos exercer profissões predominantes masculinas, somos pioneiras, eles bichas.

 

Nossa inteligência é compatível com a de qualquer homem, mas nossa aparência é melhor.

 

Se matarmos alguém, e provarmos que foi na TPM, é atenuante.

 

Nosso cérebro dá conta do mesmo serviço, mesmo com 6 bilhões de neurónios a menos.

 

Somos capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo.

 

Sempre sabemos onde estão as meias. - Se casarmos com o herdeiro do trono, seremos rainhas.

 

Somos nós que somos carregadas na noite de núpcias. - Somos nós que decidimos quanto à reprodução.

 

Sentimos o bebé mexendo.

 

Amamentamos.

 

Temos 4 meses de licença maternidade. - Sempre estamos presentes no nascimento dos filhos.

 

Somos a estrela no casamento. - Alguém já ouviu falar em "muso" inspirador?

 

Vivemos mais. Somos mais resistentes à dor e às infecções.

 

Podemos dormir com uma amiga sem ser chamada de lésbica.

 

Namorado de amiga nossa para nós, é homem. - Não investigamos barulhos suspeitos à noite.

 

Somos mais sensíveis.

 

Temos um dia internacional. - E por último, fazemos tudo que um homem faz, e de salto alto! MARAVILHA!!!

 

Feliz dia Internacional da Mulher!

 

 

Creditos: Belas Mensagens (http://www.belasmensagens.com.br/mensagens-dia-da-mulher.php)

 

Sejam imensamente felizes nesse dia e também nos outros 364 dias do ano, minhas queridas companheiras de Forum e leitoras de Middle Age!!! Espero que gostem da mensagem!

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Eu nunca imaginaria uma amazona trajando a armadura de Cérbero, foi uma ótima surpresa. Com certeza, como vocês já disseram, essa personagem vai mostrar que uma mulher também pode ter força bruta. É uma pena, mas acho que ela vai morrer na luta contra o Ira.

 

Muito bom o capítulo.

Editado por Octav de Sagitário
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Waaahhh!Uma amazona de Cérbero!:angry: Wah wah wah!E de Ophiuco tb!\o\

E obrigada pelas flowers aniki!

Mas CONTINUE!

 

Ah, mas ser Noob é muito legal quando se é vilão <_>

 

Eu nunca imaginaria uma amazona trajando a armadura de Cérbero, foi uma ótima surpresa. Com certeza, como vocês já disseram, essa personagem vai mostrar que uma mulher também pode ter força bruta. É uma pena, mas acho que ela vai morrer na luta contra o Ira.

 

Muito bom o capítulo.

 

Samanya tem uma boa história, Octav... Basicamente ela é o elo de ligação entre varios personagens, principalmente Ayame. Digamos que, se Escorpião é o que é hoje em dia, boa parte se deve a Samanya /rock

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O último capítulo foi bom, mas não me animou tanto quanto os anteriores. A conversa entre as duas amazonas foi interessante e Samanya combatendo é diferente e explosivo.

 

Vamos ver se o novo capítulo irá me prender mais.

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O último capítulo foi bom, mas não me animou tanto quanto os anteriores. A conversa entre as duas amazonas foi interessante e Samanya combatendo é diferente e explosivo.

 

Vamos ver se o novo capítulo irá me prender mais.

 

Bem, isso só me faz trabalhar com mais afinco.

 

Obrigado pelo comentário, Kazekage-dono.

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SAINT SEIYA MIDDLE AGE

 

Capítulo Vinte e Quatro: A Fúria Verdadeira

 

 

 

- Armadura? – Surpreende-se Ira.

 

- Sim. A Armadura de Prata da Constelação de Cérbero. – Responde Samanya esticando a corrente em suas mãos.

 

- Interessante... – Sorri o Vrykola passando a língua nos lábios – Soldados, essa mulher suicida veio aqui para morrer, então, apenas assistam o que eu vou fazer com ela e, que sirva de lição para quem estiver pensando em se acovardar na hora de enfrentar o Santuário.

 

Silencio. Os soldados, como que se não existissem, ficam totalmente imóveis nas sombras do vale. Centenas de milhares de homens que não fazem nenhum som, apenas os olhos carmesim brilhando na escuridão da noite.

 

- Nossa! Que poder! Pensei que teria que dar conta do exercito enquanto lutava contra você.

 

- Hahahahahahahahahaha. Como? Dar conta de dez mil homens?

 

- Não.

 

- Louca, dar conta de quem então?

 

- Dos que sobraram depois de você ter matado uma parte com seu cosmo... Realmente é um grande "lider". - Samanya ironiza enquanto olha dentro dos olhos de Ira que responde com um rugido.

 

- Vagabunda...

 

- Você fala muito, mas até agora não vi nada demais no "Espírito Maligno da Ira".

 

- VAI MORRER, MULHER!!

 

Ira ataca. Com os grandes braços de gigante golpeia a Amazona como se fosse um martelo, mas Samanya salta para o lado liberando suas correntes e maças, mas, quando percebe, uma aura de fogo envolve Vrykola que dispara uma imensa torrente de chamas contra a guerreira. A grande explosão transforma tudo em seu alcance na paisagem do inferno. O fogo consome a floresta veementemente, a rajada fora tão intensa que atingiu todo um regimento que estava do outro lado do vale a quase trezentos metros da clareira. Todos os soldados experimentaram uma morte lenta e excruciante em meio ao terror das chamas do Vrykola, que gargalha ensandecido enquanto o local arde.

 

- Tão fácil? - Gargalha o Espírito - Eu não esperava nada mais mesmo...

 

A coluna de fogo queima como um holocausto herege. Porém, sem aviso, as chamas tornam-se um sifão gigantesco, como um tornado supremo girando e se concentrando, tornando-se menores e centralizadas. Para a surpresa de Ira, todo o inferno que gerou, torna-se uma única coluna de fogo que se extingue ascendendo aos céus. Enfim, no meio da pira, Samanya. A Amazona de Athena gira sua corrente com espinhos, sendo a força por trás do poder que controlou, e debelou as chamas de Ira. Suas correntes negras brilham em rubro por conta do calor, até que, em um movimento rápido, tudo cessa... A Guerreira de Prata lança o restante da chamas que são consumidas pela terra enquanto o grande inferno desaparece como uma estrela que some em pleno esplendor.

 

- Chamas? Deixe-me adivinhar: São as chamas da Ira que queimam no coração? Acertei? – Provoca a guerreira.

 

Ela mantém a postura desafiante como se nada houvesse acontecido, mas na verdade, Samanya controlou um incêndio monstro totalmente direcionado e que matou todo um regimento – Que estava distante – quase que imediatamente. Ela, que fora atingida em cheio, nada aparenta, nem dano ou desconforto. A armadura de Cérbero brilha entre as fadas de fogo, que insistem voar ao redor, fora isso, a Amazona mostra-se poderosa... E impressionante.

 

- Hahahahahahahahahaha... Suportou minhas chamas? Incrível. Não é tão ridícula como imaginei.

 

- Eu não posso dizer o mesmo... Até agora isso tem sido uma decepção imensa. Quando vai lutar sério, Vrykola? Porque, se isso for todo o seu poder...

 

- Acha que esse golpe insípido é o meu real poder, mulher?

 

- Não é? Ainda bem... Por um instante eu fiquei preocupada.

 

- EU VOU DEVORAR SEUS OSSOS, MULHER.

 

- Você é só papo, Espírito. – Desafia Samanya esticando as correntes e batendo-as como um chicote.

 

- MORRAAAAAAAAA

 

Novamente o maligno ataca, dessa vez, fisicamente, golpeando com suas imensas garras sem parar. Samanya esquiva de alguns golpes e defende outros com a corrente, mas Ira a segura, gira e golpeia contra o chão com o corpo de Cérbero, chutando em seguida, porém, a Amazona escapa rolando para o lado e puxando a corrente em seguida. Com isso, quem acaba caindo com todo o peso no chão é Ira, que explode em uma fúria incontrolável de chamas iluminando a tudo, como um gêiser de fogo vermelho sangue. Samanya salta para mais longe, dessa vez foi por pouco. Ao olhar para a proteção da barriga, percebe que as garras do Vrykola danificaram sua Armadura em um golpe tão rápido que ela não conseguiu defender ou evadir...

 

Um sangramento intermitente se mostra.

 

“Droga” – Pensa a Amazona de Cérbero respondendo à fúria de Vrykola, queimando seu cosmo de igual maneira.

 

- Vai tentar o que, vadia? Queimar seu cosmo inútil? Não tem poder para isso e eu VOU ACABAR COM VOCÊ DESSA VEZ!!

 

Ira queima, literalmente. O local começa a tremer, fazendo com que os soldados caiam e tentem, inutilmente, se proteger da gigantesca pressão do poder, que os oprime, rasga suas fardas e causa ferimentos apenas por tocá-los. Tamanha é a intensidade da força e cosmo do Vrykola que o brilho de suas chamas ilumina, de tal forma o local, que acaba claro como dia.

 

A energia do cosmo de Ira se mistura ao ambiente, jatos de lava brotam do subsolo ao redor do Espírito, que transforma a tudo em uma gigantesca massa de cosmo agressiva, uma onda de poder destruidor que lembra um imenso tsunami vermelho. Não há como fugir... Samanya se vê presa na técnica mortal de Ira que se agiganta diante de si, um inferno de chamas, rochas, magma e sedimentos, cobrindo e sepultando em segundos a Amazona de Prata, mudando por completo a paisagem... Destruindo a tudo que encontra pelo caminho.

 

- MAGMA INFERNO.

 

Novamente o Silencio. Os soldados emudecem diante da pequena chuva de brasas e cinzas que queima as folhagens. De pé, braços abertos e uivando, em cima da colina que criou invocando sua técnica vulcânica, Ira rejubila-se mexendo os braços, gritando e explodindo seu cosmo em rompantes sinistros de tom carmesim. O vale se transformou em um planalto, os soldados, escondidos nas sombras, sequer ousam dar um passo adiante, não depois de terem vislumbrado o poder infernal daquele que comanda as forças elementais do fogo e magma, que alterou, em segundos, o que a natureza levou milhares de anos para construir e formar.

 

Diante dos soldados está Ira, o Vrykola, Espírito Primordial... O algoz que eles não se atrevem a olhar nos olhos.

 

- Sepultada, mulher. Sinta-se honrada, fazia tempos que não utilizava o Magma Inferno, você teve o privilégio de morrer pela técnica de um deus... Anime-se. Hahahahahahaha – Vrykola gargalha. O gigantesco demônio vai descendo a pequena colina de rochas flamejantes que criou, lentamente. O sorriso doentio que mostra os imensos caninos é o que mais chama atenção.

 

Nada o abala em seu momento de glória.

 

- O que estão esperando, soldados inúteis? Um convite? Vamos, andando. Quero chegar o quanto antes ao Santuário e criar mais covas de magma para os Cavaleiros e... O que? O que é isso?

 

Um tremor. Um forte e irresistível terremoto que balança o vale, lembrando o mesmo criado pela invocação do Magma Inferno, mas, dessa vez, ao invés de gêiseres de lava e chamas, o que brota da terra são correntes negras com bolas de Aço, arrebentando as rochas magmáticas, surgindo como arvores de ferro cujos os frutos, de aço, caem de suas pontas as dezenas, permeando o solo com as esferas de espinho, lembrando um jardim de manguais, brilhando prateado e gerando mais correntes. Em segundos, a colina se transforma em uma floresta de ferro cujas árvores-correntes suscitando sombras, obscurecendo a luz da lua... Esfriando a terra.

 

- O que? Mas... O que é isso...

 

Outro tremor. As árvores feitas de correntes rasgam a terra igual a mãos gigantes, as bolas de aço explodem gerando uma luminosidade cegante que ofusca o brilho carmesim do cosmo de Ira. O Maligno Primordial é arremessado contra a floresta nativa quando a colina que criou desaparece, destruída pelas correntes e bolas de aço, criando uma cratera. No fim dela, a floresta de aço permanece. Emaranhados de correntes negras, bolas de aço e espinhos no chão, sob o eco de uma técnica:

 

- JARDIM DAS FLORES DE FERRO

 

No meio exato da fenda, ajoelhada, ferida, arfando muito, sangrando e com extrema dificuldade, está Samanya, Amazona de Prata da Constelação de Cérbero, senhora e criadora desse Jardim de aço.

 

- Eu... Eu dispenso sua “honraria”, demônio. Não vou ser derrotada aqui... A Japonesa não seria... Não... Não vou dar esse gostinho para ela. Não mesmo...

 

A Amazona se levanta com extrema dificuldade apoiada nas correntes negras. Séria, olhar desafiador e com a aura de guerreira, Samanya queima seu cosmo intensamente.

 

- Eu... Eu não vou voltar ao Santuário como uma derrotada. Nunca, ouviu? JAMAIS.

 

A resposta para Samanya se mostra como uma outra explosão, algo inexplicável na forma de uma criatura gigante de fogo que lembra um lobisomem. O monstro corre na direção da Amazona de Prata arrasando tudo diante de si com apenas o toque de suas garras flamejantes: Ira, mostrando com seu cosmo a imensidão da fúria que o consome. O demônio primordial é tão rápido que Cérbero sequer tem tempo de evadir, sendo atingida em cheio por seu punho, vomitando sangue quando, em seguida, o Vrykola morde seu ombro, destruindo a proteção da Armadura e cravando suas presas na carne de Samanya que geme, já desfalecendo por conta da dor lancinante que sente...

 

Entretanto, o inferno ainda estava apenas começando:

 

- VULCANO INFERNO

 

Ira e Cérbero explodem em meio a chamas, magma e rochas.

 

Próxima Edição: A motivação da Guerreira.

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Muito bom Hyuuga este capítulo. Estou curioso para saber mais sobre o relacionamento entre as duas amazonas. Qual o tipo de rixa que parece existir entre elas.

Editado por jsensolo
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Hyuuga, sua fic é muito boa. Ainda estou no capítulo seis, então meu comentário vai ser um pouco atrasado.

 

Primeiramente, a escrita está perfeita. As cenas de descrição e os diálogos estão muito bons.

 

Em relação aos inimigos, adorei eles. Os demônios primordiais, que apresentam um pecado capital. Eu gosto de personagens que possuem essas características.

 

Mohri ficou perfeito. Bem construído, com nível bem elevado para um cavaleiro de prata e técnicas poderosas.

 

Estou gostando muito da fic. Lerei três capítulos por dia para alcançar o capítulo atual.

 

Parabens pelo trabalho, Hiyuuga. [/)]

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Muito bom Hyuuga este capítulo. Estou curiosa para saber mais sobre o relacionamento entre as duas amazonas. Qual o tipo de rixa que parece existir entre elas.

 

Curiosa? :lol:

 

Você... Você é mulher? /evil

 

Bem, semana que vem vocês vão descobrir mais sobre o ódio mútuo entre Samanya de Cerbero e Ayame de Escorpião.

 

Obrigado e... Nossa, pensei mesmo que você fosse um homem...

 

tô me comportando como se estivesse lendo lost canvas...

Fico toda semana esperando sair um capitulo novo .....mais um pouco eu ja mandava mp cobrando esse capitulo e os proximos :P

 

Agora é ficar na angustia até sair o próximo....

 

Parabens, tá indo muito bem mesmo /evil

 

Ah, quem me dera estar no mesmo nível que Shiori. Não sou ninguém.

 

Obrigado, Amarchetti. Muito obrigado mesmo [/)]

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Curiosa? :lol:

 

Você... Você é mulher? /evil

 

Bem, semana que vem vocês vão descobrir mais sobre o ódio mútuo entre Samanya de Cerbero e Ayame de Escorpião.

 

Obrigado e... Nossa, pensei mesmo que você fosse um homem...

Ah, quem me dera estar no mesmo nível que Shiori. Não sou ninguém.

 

Obrigado, Amarchetti. Muito obrigado mesmo [/)]

 

Sorry.. é curioso. digitei errado e nem percebi.

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Sorry.. é curioso. digitei errado e nem percebi.

 

Hyuuga já havia se animado todo... :rox!:

 

Agora sim tivemos um Primordial valendo a pena! Samanya não deixou poir menos, mas Ira foi assombroso! Ele não tem um planinho, nem trejeitos de malvadinho, ele é o cão. Chega, derruba e devora.

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Hyuuga já havia se animado todo... /evil

 

Ah, eu não valho nada :lol:

 

Agora sim tivemos um Primordial valendo a pena! Samanya não deixou poir menos, mas Ira foi assombroso! Ele não tem um planinho, nem trejeitos de malvadinho, ele é o cão. Chega, derruba e devora.

 

Tinha que ter. Planos são excelentes, mas sempre tem que haver aquele cuja força seja propicia para realizar esses planos. Ira é o monstro maximo da destruição... E Samanya está percebendo isso na pele.

 

Valeu, Lemuria-Kun.

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Excelente omo sempre, meu amigo.

 

Por fim, noto uma certa demonstração de poder e sangue frio num combate escaldante e furioso.

 

A Amazona que se cuide e nãoseja derrotada com facilmente.

 

Seu maldito, Lineback YA-HA.

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