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Sabemos que em Saint Seiya, passamos por muitas culturas, religões e países. Mas e a cultura celta? Quanto tem de participação na série? Pretendo com esse tópio analisar a presença dessa grandiosa cultura, e sem mais delongas, vamos lá!

 

EXCALIBUR

 

Excalibur é o nome mais aceitado da espada lendaria do Rei Artur, à que se atribuíram diferentes propriedades extraordinárias ao longo das numerosas versões do mito e as histórias subseguintes.

Originalmente recebeu outros nomes: Caliburn, nos escritos de Geoffrey de Monmouth; e Caledfwlch, em antigas narrações galesas como Culhwch ac Olwen. Esta última é uma palavra que deriva do gaélico antigo "caladbolg", que significaria "espada cintilante".

A partir das narrações de ficção baseadas na mítica personagem do Rei Artur, a espada Excalibur tem diversas histórias associadas.

 

Ok, mas o que a espada tem a ver com os celtas? Simples: tudo!

 

Escavações arqueológicas provaram que a origem das lendas de Artur vieram dos antigos povos celtas, e uma das maiores provas nos é dada por Geoffrey de Monmouth, que escreveu em seus trabalhos que a mesma fora forjada em Avalon, a lendária ilha bretã sagrada para os bruxos e celtas, onde vive Morgana Le Fay, senhora da ilha.

Outras versões do mito da espada também regforçam sua origem celta. Em uma das versões, é dito que ela é entregue pela Dama do Lago a Artur, enquanto outra diz que Merlin a forjou e que Artur conseguiu-a arrancando-a de uma pedra. Tanto a Dama do Lago quanto Merlin são figuras comuns nos mitos celtas, a mulher como uma entidade feminina benéfica e protetora que aparece sob diversos nomes, e o mago como um eremita, cuja representação remete a sabedoria.

 

DULLAHAN E BANSHEE

 

O dullahan, pertencente a mitologia irlandesa e celta, não possui cabeça sobre seus ombros, mas a leva com ele em sua mão direita. A cabeça inteira brilha intensamente com a fosforescente matéria que se decae e a criatura pode a utilizar como lanterna para se dirigir pelos campos. O dullahan possui visão sobrenatural. Levando sua cabeça separada no alto, ele pode ver por distâncias extensas através do campo, na noite mais escura. O dullahan monta-se geralmente em um negro corcel e utiliza uma espinha dorsal humana como açoite. O cavalo envia chispas e de suas narinas saem luzes. Diz-se que ao redor de meia-noite em certos festivais ou dias irlandeses de banquete, este ginete selvagem vestido de negro pode ser observado montando em uma escuridão através dos campos irlandeses.

 

Este é fácil e não precisa de muito aciocínio Trata-se da sapuri de Kiew, um dos soldados da tropa de Radamanthys. Um fato legal é que em Lost Canvas, o golpe do espectro, além de remeter à lenda de Dullahan, também remete às lendarias Banshees.

 

As Banshee provêm da família das fadas, e são a forma mais obscura delas. Quando alguém avistava uma Banshee sabia logo que seu fim estava próximo: os dias restantes de sua vida podiam ser contados pelos gritos da Banshee: cada grito era um dia de vida e, se apenas um grito fosse ouvido, naquela mesma noite estaria morto.

 

Também se diz que essas mulheres, chamadas de fadas, seriam fantasmas, talvez o espírito de uma mulher assassinada ou uma mulher que morreu ao nascer. Na Irlanda se acredita que aqueles que possuem o dom da música e do canto, são protegidos pelos espíritos; um, o Espírito da Vida, que é profecia, cujas pessoas são chamadas “fey” e têm o dom da Visão; o outro, o Espírito da Maldição que revela os segredos da má sorte e da morte, e para essa trágica mensageira o nome é Banshee.

 

Vemos que o golpe de Kiew é uma variação das Banshees, pois seu ataque funciona como o grito das mesmas, porém sob a forma de canto.

 

GATO FADA (CAIT SITH)

 

Os cait sith são fadas da mitologia escocesa que se assemelham a um grande gato negro com uma mancha branca em seu peito. Diz a lenda que o gato assombra as altas terras escocesas. Alguns folclores sugere que os Sith Cat não era uma fada, mas uma transformação bruxa .

As lendas em torno desta criatura são mais comuns no folclore escocês, mas ocorrem em alguns folclore irlandês.

 

Outra sapuri, Cait Sith é a sapuri de Cheshire, nosso amado e covarde espectro.

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A-ham!

 

Bem, se me permitem, vou contribuir um pouquinho com o tópico.

 

 

JAMIAN DE CORVO

 

Nas Ilhas Britânicas (Jamian nasceu na Inglaterra e treinou na Escócia), os corvos também eram simbólicos para os celtas. Na mitologia irlandesa, a deusa Morrigan pousou sobre o ombro do herói Cú Chulainn na forma de um corvo depois da morte deste. Na mitologia galesa eles associaram-se com o deus Bran, o Abençoado, cujo nome traduz-se como "corvo".

 

Segundo o Mabinogion (uma coleção medieval de onze estórias em prosa do País de Gales), a cabeça de Bran foi enterrada na Colina Branca de Londres como um talismã contra invasões. Uma lenda dizia que a Inglaterra não cairia ante um invasor estrangeiro contanto que houvesse corvos na Torre de Londres.

 

Embora muitas vezes se pense que isto é uma crença antiga, o principal historiador da Torre de Londres, Geoff Parnell, acredita que isto é uma invenção vitoriana romântica (século XIX). De fato, na torre havia poucos corvos durante longos períodos no passado; eles foram enfim reintroduzidos depois da Segunda Guerra Mundial. O governo agora mantém vários desses pássaros nos jardins da torre. Eles têm algumas penas de uma das asas aparadas periodicamente para assegurar que não partam, embora eles sejam livres para vagar pelos jardins da Torre.

 

Um dos Guardas da Torre tem o papel específico de "Mestre dos Corvos" ('Ravenmaster', assim como Jamian), que cuida de sua alimentação e bem-estar. O Mestre dos Corvos constrói essa relação com os pássaros cuidando deles desde filhotes em sua casa pelo período mínimo de aproximadamente seis semanas. Os alojamentos dos corvos são mantidos a expensas do governo britânico.

 

 

Para saber mais, é só acessar o REINO DE ATENA: http://oreinodeatena.blogspot.com/

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@Escorpião

 

Amei as informações sobre Jamian. A única referência que eu tinha sobre os corvos era de que são o símbolo da deusa celta da guerra, Morrigan (conhecida em alguns países como Macha e representante do aspecto idoso/destruidor da Deusa Mãe).

 

Agora, voltando ao assunto...

 

SANTUÁRIO

 

Bem, o Santuário não é necessariamente inspirado na cultura celta, mas ele também foge da cultura grega e pode ser feito um paralelo entre ele e o modelo religioso-social dos celtas.

De acordo com o hipermito, quando Zeus sumiu no ceu, deixou a terra nas mãos de Atena, uma de suas filhas. Para tanto, Athena montou na Grécia o Santuário, e na priemeira guerra santa, surgiram seus cavaleiros. Agora alguém pergunta "Mas que diabos isso tem a ver com os celtas?". Tudo!

 

PRIMEIRO: Athena, como deusa, representa um modelo religioso na Terra quando Zeus some, fazendo surgir assim uma crença matriarcal, ou seja, uma deusa univesal como os celtas acreditavam, tanto que Athena representa justamente essa duplicidade: a sabedoria e a guerra justa.

 

SEGUNDO: A organização social do santuário representa claramente a organização celta. No santuário, temos:

 

ATHENA - PAPA - CAVALEIROS, SOLDADOS, APRENDIZES E OUTROS

 

Na sociedade celta, temos também:

 

DEUSA - DRUIDA/SACERDOTE - OUTRAS PESSOAS

 

O interessante é que não havia uma classe específica de guerreiros, ou seja, quando era preciso, todos lutavam.

 

TERCEIRO: A sociedade grega antiga era machista. Cidadão eram os homens livres. Mulheres deviam ser submissas e não tinham direito a nada, salvo as lendárias amazonas. No santuário, no entanto, vemos que a participação feminina é bastante presente, principalmente com Shina de Cobra, Marin de Águia e Yuzuriha de Grou. Esse é um dos pontos mais fortes de semelhança. Na sociedade celta, as mulheres tinham os mesmos diretos que os homens, inclusive batalhavam ao lado deles, como as amazonas do santuário.

 

Bem, como eu disse, isso é só um paralelo. Concordam? Discordam?

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Tudo isso é muito interessante. Nao fazia ideia que Athena e seu Santuário e Cavaleiros baseava-se tanto nos Celtas. Muito curioso mesmo.

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Olha, eu ainda discordo bastante sobre a força da presença feminina no Santuário.

 

Atena sempre foi uma deusa "masculina", pois mesmo na mitologia a sua prereferência foi a companhia dos homens guerreiros. As mulheres do Santuário, em sua grande maioria, são pessoas comuns e, quando muito, servas dos Santos de Ouro ou do Papa. Nem os Santos de Prata têm esse privilégio (vide a choupana em que Marin vivia com Seiya).

 

Fora isso, as Santas mal passam da meia dúzia entre as dezenas de guerreiros, praticamente todos homens. Dá pra contar nos dedos (somando todas as séries oficiais): Marin, Shina, June, Geist, Yuri, Yuzuriha e Ofiúco-past (LC). Além disso também, essas pouquíssimas mulheres são obrigadas a ocultar a sua feminilidade (portanto, não são seres humanos "por inteiro", como são os homens no Santuário).

 

Outro caso é o do Papa/Patriarca: até o momento, não há registros de mulheres ocupando esse cargo, que é o do próprio representante de Atena na Terra, escolhido unicamente entre os Dourados (que, até o momento, também só nos foram revelados do sexo masculino). Assim, se Atena é sempre representada por um homem, matriarcal é o que o Santuário não é. Nem na mitologia (voltemos a ela) Atena expressa os carateres básicos da feminilidade (casar, ter filhos, ser obediente, submissa e fiel ao marido e ao pai).

 

Naturalmente, não estou diminuindo os imensos méritos das guerreiras do Santuário, e algumas delas são muito mais fortes que a maioria dos colegas de armas, mas elas continuam praticamente inexistentes naquele mundo de homens, um Clube do Bolinha, onde a própria deusa que eles seguem praticamente não passa de um homem com seios.

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Olha, eu ainda discordo bastante sobre a força da presença feminina no Santuário.

 

Atena sempre foi uma deusa "masculina", pois mesmo na mitologia a sua prereferência foi a companhia dos homens guerreiros. As mulheres do Santuário, em sua grande maioria, são pessoas comuns e, quando muito, servas dos Santos de Ouro ou do Papa. Nem os Santos de Prata têm esse privilégio (vide a choupana em que Marin vivia com Seiya).

 

Fora isso, as Santas mal passam da meia dúzia entre as dezenas de guerreiros, praticamente todos homens. Dá pra contar nos dedos (somando todas as séries oficiais): Marin, Shina, June, Geist, Yuri, Yuzuriha e Ofiúco-past (LC). Além disso também, essas pouquíssimas mulheres são obrigadas a ocultar a sua feminilidade (portanto, não são seres humanos "por inteiro", como são os homens no Santuário).

 

Outro caso é o do Papa/Patriarca: até o momento, não há registros de mulheres ocupando esse cargo, que é o do próprio representante de Atena na Terra, escolhido unicamente entre os Dourados (que, até o momento, também só nos foram revelados do sexo masculino). Assim, se Atena é sempre representada por um homem, matriarcal é o que o Santuário não é. Nem na mitologia (voltemos a ela) Atena expressa os carateres básicos da feminilidade (casar, ter filhos, ser obediente, submissa e fiel ao marido e ao pai).

 

Naturalmente, não estou diminuindo os imensos méritos das guerreiras do Santuário, e algumas delas são muito mais fortes que a maioria dos colegas de armas, mas elas continuam praticamente inexistentes naquele mundo de homens, um Clube do Bolinha, onde a própria deusa que eles seguem praticamente não passa de um homem com seios.

 

Fábio, exatamente por Athena ser uma deusa tão masculina que ela é a contraparte grega da Deusa Mãe, pois é a Deusa o equilíbrio entre bem e mal, masculino e feminino.

 

Quanto ao caso do patriarca, esse era um dos pontos na sociedade celta em que os homens tinham certos privilégios. A maior parte dos relatos que temos é de sacerdotes homens, os druidas. As sacerdotisas existiam, mas a grande importância era dos druidas.

 

No caso das amazonas, ok, elas tem uma participação diminuta na série, mas ela estão lá. E de certa forma, o sacrifício da feminilidade delas também era encarado pelas celtas, pois num campo de batalha, onde está em decisão a tua terra, não há tempo ara caprichos de mulher.

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De certa maneira, considero o Santuário não "matriarcal", mas "menos machista" do que a Grécia antiga. Grécia antiga as muié podiam até ser mortas pelos pais quando nascessem, pelo unico motivo de terem nascido mulheres! oO

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De certa maneira, considero o Santuário não "matriarcal", mas "menos machista" do que a Grécia antiga. Grécia antiga as muié podiam até ser mortas pelos pais quando nascessem, pelo unico motivo de terem nascido mulheres! oO

 

Não era china que AINDA faz isso?

 

 

Grécia é machista?E porque um monte de deuses são femininos?São apenas dúvida,não me entenda mal...

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Ross, na Grécia Antiga, apesar de existirem deusas, as mulheres não tinham direito algum. Sua educação era voltada para serem dona de casa e esposas exímias, mas não votavam, tinham que aturar os maridos saindo com outras e quando estes morriam, ainda deviam ficar de luto e se vestir de negro. Para ti entender melhor, procura a letra Mulheres de Atenas do Chico Buarque. Ali você vai encontraruma descrição legal sobre a situação feminina da Grécia Antiga.

 

Agora uma curiosidade: sabem de onde surgiu o termo lesbianismo? Surgiu por que muitos soldados gregos, quando embarcavam para a guerra, deixavam suas esposas no arquipélago/ilha de Lesbos, onde elas enontravam consolo a outras esposas esperançosas de que seus maridos voltassem vivos.

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Ross, é isso mesmo. A mulher na Grécia antiga (hoje não sei) era muito oprimida.

 

Quanto a haver mulheres na mitologia, não é só por haver mulheres que a sociedade não será machista; muitas mulheres na mitologia grega foram raptadas, estrupradas, mortas a sangue frio. Zeus mesmo era o maior "chifrador" e Hera era considerada "raivosa" por reagir.

 

Perséfone foi raptada duas vezes, Pólux e Castor raptaram mulheres a si, sem sequer perguntar pras moçoilas se elas queriam partir com eles ou não. A briga pela mulher era sempre entre os homens que a disputavam, no máximo entre o pai da moça e o pretenso "noivo", jamais se perguntava a uma mulher se ela queria aquilo ou não;.

 

Até pq na maior parte dos casos, senão em todos, quem escolhia o marido eram os pais. Eles, e depois os maridos, tinham direito de vida ou morte sobre a filha/esposa. O bicho pegava!

 

Eles consideravao tão vultuoso se relacionar com uma mulher, que só o faziam pra ter filhos; a maioria dos gregos clássicos preferia a companhia de outro homem (sexualmente mesmo) a de uma mulher.

 

CDZ ainda é "menos machista" do que isso tudo, pq vc vê que Seiya, Saga e mais alguns ae (tirndo o Ikki -q) não queriam usar a sua força contra uma mulher, logo respeitavam-nas pela superioridade de força q eles tinham em decorrência a elas; você vê tbm as mulheres participarem ativamente, mesmo que tenham de se estrepar, mesmo que tenham de enfrentar homens mesmo qdo eles são mais fortes do que elas, mas elas têm participação. Principalmente Shina e Marin, no começo, "roubam" muitos momentos da série pra elas.

 

A questão da máscara eu considero ainda menos machista do q a questão da igreja católica, que até hj não deixa ter ordenação feminina, com ou sem máscara. E tbm não considero machista pelo seguinte: o Mestre tbm usava máscara. A máscara pra mim é como se fosse uma abdicação de seu "papel" de ser humano, assim como no caso da mulher é uma abdicação de sua possivel dedicação a uma familia, já que ainda hj a mulher é quem fica com maiores encargos na hora de cuidar da casa e dos filhos.

 

O homem meio que "nasceu" pra explorar o mundo e ser "guerreiro" socialmente falando, logo não teria mto do que abdicar ao se tornar um guerreiro; já a mulher pra sociedade é criada pra cuidar de filhos e casa, mesmo q trabaçhe fora, mas a meu ver a amazona abdica desse direito pra ser "só" guerreira, já que "guerreira+mae de familia" seria meio dificil.

 

Assim como o Mestre, apesar de ser homem, deve utilizar a máscara pra se desfazer de sua humanidade comletamente - é um compromisso maior do que ser Cavaleiro, logo ele abdica tanto de sua humanidade ao ser Mestre, qdo uma mulher abdica de sua feminilidade ao ser amazona.

 

Viajay mto jemte? -q

Editado por Pandora Lynn
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Não viajou, não, Lynn. Concordo muito com o que você disse.

 

 

 

 

Falando sobre o lesbianismo, comentado mais acima (acho que foi o Albafica, rsrs), esse nome surgiu por causa da poetisa Safo, que era apaixonada por uma de suas colegas de profissão e escreveu poemas em que orava a Afrodite em nome desse amor.

 

Como Safo era da Ilha de Lesbos, esse tipo de amor passou a ser conhecido como "amor de Lesbos", ou "lesbianismo".

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