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O Amanhecer de uma no Era


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Bom capitulo e Hermes não cumprindo com o dever de

"mensageiro" e deixando o irmão Apolo ir em seu lugar !

 

Nossa...como Alfeo é exibido "eu posso controlar a agua com um simples levantar de cosmo" :P

 

No aguardo do próximo capitulo,para ver os cavaleiros

em ação !

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Alfeo quase chegou lá comAstrea.

Não fosse a chegada de Apolo.

Espero pelo próximo capítulo.

 

Olá Bysshe de Doppelgänger, vamos ver como Alfeo se safa agora;) Muito obrigada por sempre acompanhar a fic.

 

Fica bem.

 

 

o apolo chegou no momento certo para salvar a Astrea do alfeo e a saori mandou convocar os cavaleiros que estavam fora do santário, vocẽ disse que a história se passa no pós hades então vai ter explicação de como o seiya se recuperou de ter levado a espada de hades no peito?.

 

Olá Idevando. A explicação de como o seiya volta ao normal estará mais para frente ok!? muito obrigada elos comentario e por ler a fic;)

 

Fica bem.

 

Bom capitulo e Hermes não cumprindo com o dever de

"mensageiro" e deixando o irmão Apolo ir em seu lugar !

 

Nossa...como Alfeo é exibido "eu posso controlar a agua com um simples levantar de cosmo" :P

 

No aguardo do próximo capitulo,para ver os cavaleiros

em ação !

 

Oi Guerra. O Alfeo é mesmo metido mas para falar a verdade é um dos meus preferidos (principalmente pela personalidade dele;)). Muito obrigada por acompanhar meu trabalho, sempre.

 

Fica bem.

 

Um combate divino deixa-me sempre com imaginação acima de ma luta de mortais, sem dúvida, que Hermes sente-se mal com a sua escolha.

 

Olá Saint Mystic. Realmente Hermes está preocupado. Espero que vc continue gostando. Muito obrigada por ler e comentar.

 

Fica bem.

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Capitulo V

 

Buscas

 

Alfeo começou a ver as imagens se retorcerem diante de si, perante o incomodo que Apollo estava lhe causando, elevando a temperatura do quarto. O Deus. Rio elevou o cosmo, tentando fazer a temperatura baixar.

 

Uma guerra de cosmos começou no recinto, fazendo com que o choque de temperatura fosse arriscado. Os móveis do quarto começaram a trincar, fazendo barulhos irritantes, como tilintar de taças que, com o fervor de um brinde, se partem ao mesmo tempo. Os homens ali presentes se entreolhavam com ódio.

 

- Desista, Alfeo – Apollo, começou – Não deveria ter saído do local onde os Eternos o confinaram. As Moiras assim o quiseram, que os titãs perecessem nas mãos da nova geração.

 

- Não diga asneira, Filho de Leto – Alfeo dizia com voz toante – Zeus Usurpador, irá para as profundezas do Tártaro, por haver contra o pai se voltado e, os Titãs, novamente, governarão aqueles que têm curta existência.

 

Dito isso, Alfeo elevou mais o cosmo, fazendo com que a temperatura começasse a ficar mais suportável. Foi nessa hora que a porta abriu e, uma figura bastante conhecida apareceu sobre a atenção dos dois presentes.

 

Themis, não se surpreendeu ao ver o filho de Oceano no quarto, mas sim, Apollo que se encontrava de pé do outro lado da cama.

 

- De certo, devo agradece-lo, Flecheiro Infalível, por haver corrido ao socorro de Virgo – Disse olhando para Apollo.

 

Este nada disse, apenas assentiu com um sinal de cabeça.

 

- Enquanto a vos – Themis continuou, virando a atenção para Alfeo – O que pensa estar fazendo?

 

Alfeo deu um meio sorriso.

 

- Vim buscar o que é meu – Respondeu.

 

- Da razão foste privado, Alfeo, filho de Tethys(1). Que por nenhum minuto Astrea foi tua e, não o será enquanto minha existencial permanecer intacta.

 

- Então agradeça mais uma vez a Febo, que se por minutos tardasse, não poderias afirmar tal coisa, pois por pouco não a tomo como minha de vero.

 

Tais palavras, ódio, Alfeo incumbe no coração da Titanide, que erguendo a mão direita para a frente, fazendo aparecer uma espada na posição horizontal. O punho dourado, brilhava intensamente, contrastando com a lâmina prateada, de aço potente e inquebrável. Themis empunha a espada e, aponta-a para Alfeo, que com aflição retrocede alguns passos de olho no brilho da lâmina afiada.

 

"Sohnda esta danificada, não posso combater assim" – Pensava olhando para a espada a sua frente.

 

- Detenha-se, Themis – Apollo falou exaltado, fazendo Themis lhe fitar – Que é minha esta punha. Eu me encarregarei de a vida de Alfeo tomar, ou de ao Tártaro obscuro faze-lo regressar. Entanto, Astrea pode se encontrar ferida, pois não tive tempo de ver. Mandei-a embora, mas creio que ainda corre perigo.

 

Ao ouvir as palavras de Apollo, a Justiça Divina faz de imediato a espada desaparecer, com um sinal desleixado para o filho de Zeus deixa o recinto, mas não antes de lançar um olhar fuzilador para Alfeo.

 

Este com ódio por não haver conseguido o que queria e, por lembrar de sua arma principal estar danificada, faz uma nova jorrada de água entrar pela janela com força, na direção de Apollo, que com reflexo se esquiva do ataque. Quando o Deus, voltou sua atenção para o local onde estava o filho do titã, já não o encontrando lá.

 

"Maldito" – Apollo pensou, ainda olhando ao redor.

 

- Em outra ocasião nos defrontaremos, Flecheiro – Ouviu a voz de Alfeo – Mas percebo que não será a luta final, pois não é por você a minha raiva e, sim, por aquele que mensagem entre deuses e mortais é incumbido de levar. Deixando você ao encargo daquele que desonra levaste, quando através de suas setas, baixou ao Tártaro profundo.

 

Apollo disse em resposta, erguendo a cabeça, sentindo já o cosmo do inimigo desaparecer.

 

- Maldito sejas, Titã, que da punha contra mim foges como cão selvagem de um leão. Mandarei você e quem se opor contra os deuses para o Tártaro, porque é lá o vosso lugar.

 

Baixou a cabeça e balançou negativamente com pesar.

 

"Como ele conseguiu sair do selo e libertar Alfeo?" – Se perguntou.

 

Rozan

 

- Shyriu! – Shunrei entrou pela cabana, alarmada, fazendo Shyriu se voltar assustado.

 

- O que houve?

 

- Algo está acontecendo no rio.

 

- O que?

 

- Ande Shyriu! – Shunrei agarrou no braço do Dragão, arrastando-o para fora.

 

Ao olhar para a zona do rio se surpreendendo.

 

O leito, antes abundante e violento, dimunuira drasticamente.

 

" O que está acontecendo?!"

 

Não deu tempo de pensar em uma resposta, sentiu um forte cosmo se aroximar, dando tempo, apenas, de empurrar Shunrei e, se jogar para longe. Uma forte explosão arruina o solo, fazendo uma cratera.

 

Shyriu ainda no chão procura por Shunrei, encontrando-a inconciente, do outro lado.

 

- Shunrei!

 

- Que rapido, Dragão – Uma gargalhada ecooa, fazendo Shyriu se alarmar.

 

- Quem está aí! – Levantou rapidamente, olhando para todos os lados. – O que quer?

 

- O que quero? – A voz chamou a atenção do Dragão para o lado onde estava Shunrei.

 

- Shunrei!

 

Ao lado da menina desacordada, estava uma figura corpulenta. Seus braços fortes eram envolvidas por escudos redondos e robustos. Pareciam ser pesados, assim comoo restante da armadura, que cobria seu enorme corpo. Os olhos azuis claros, conbinavam com a "roupa", que era da mesma cor. De cabelos negros curtos e pele morena, fazia lembrar a Shyriu, o Cavaleiro de Touro.

 

Sua face trasia uma expressão de deboche, olhando a moça desmaiada, ao seu lado.

 

- Afaste-se! – Shyriu alertou, fazendo um movimento brusco, com a mão.

 

- Dragão – A voz grossa do homem saiu meio a um riso – Não é a garota que vim matar.

 

- O que? – Serrou os punhos e estreitou os olhos.

 

Castelo de Oceano

 

Alfeo entrou a passos duros em uma enorme sala, com uma mesa negra de ferro, muito grande, em forma retangular, rodeada por mais de 20 tronos, de belas feitura, do mesmo tom e material que a mesa, encontrando Aqueloo sentado no trono maior, que estava na ponta da mesa. Trono, este, que pertencia a Oceano.

 

- Vejo que Febo o derrotou facilmente – Aqueloo provocou, fazendo Alfeo estreitar os olhos escuros – Mas não tenha tanto ódio pois, a mi, ele conseguiu derrotar a tempo, por sorte, de certo, mas conseguiu. – Dito isso deu um murro na mesa.

 

- Themis apareceu de repente. - Alfeo respondeu, puxando o primeiro trono a contar do principal – Foi por pouco. – Suspirou profundamente.

 

- Esqueça a Deusa da Justiça, traidora como a mãe. – Aqueloo começou – Ela é a chave para trazer de volta os titãs a ativa. Precisamos do sangue que corre em suas veias – Disse sorrindo.

 

Alfeo o fitou e, sorriu ao pensar que assim nada mais o deteria. Consentiu ao que o irmão lhe dissera.

 

"Traidora, é isso que ela é e, pagará caro por isso" – Pensou.

 

Viraram a atenção para a porta que se abria fazendo um rangido forte e incomodo. Da entrada puderam ver Ásia, que trazia na mão um belo chicote negro, presente de Nix e, Eridano, com uma espada de lamina avermelhada e cabo também vermelho com ornamentos em ouro reluzente, seguidos de Eos, de belas feições. Um homem forte, de cabelos lisos curtos e escuros, olhos claros e rosto fino, que Alfeo reconheceu como Epimeteo, seguido por um homem corpulento, de pele bronzeada, cabelos curtos e escuros e olhos castanhos claros.

 

Atlante seu nome. Acompanhado de uma de suas filhas (2), Dione, de traços fortes, pele escura, corpo bem definido, braços fortes, alta de cabelos lisos loiros até o meio das costas e olhos negros. Astreo(3) entrou logo atrás, com seus braços fortes, cabelos compridos cacheados negros, olhos azuis e pele alva. Ao lado deste seu filho e, também filho de Eos, Boréas(4), sempre veloz e violento, com seu corpo esguio, cabelos lisos claros e olhos no mesmo tom e, ao lado deste, Noto(5), seu irmão, de cabelos escuros, pele clara, olhos castanhos, alto e forte, belo de se ver, com expressão sempre séria e calma. E por ultimo Prometeo(6), sábio por natureza, criador dos homens.

 

Aproximaram-se da mesa e vendo o sinal do filho mais velho de Oceano sentaram um do lado do outro, nos tronos de bonita feitura.

 

- Parecendo que não falta mais ninguém, podemos começar – Disse Aqueloo de pé diante do trono principal. – Todos, de certo, temos motivos para querer que os titãs se reergam para governar novamente a terra.

 

- Sim, mas não será tarefa fácil – Adiantou-se Prometeu.

 

- Visto que os selos anteriores foram quebrados, com respectiva facilidade, os deuses reforçaram-no de modo a dificultar, digamos, o nosso trabalho. – Concluiu Euridano.

- Mas já sabemos como quebra-los – Aqueloo disse. – Os filhos de Zeus com Themis.

O sangue titã e da terceira geração corre nas veias de Astrea e das Horas. Basta apenas uma e libertaremos os titãs.

 

Um rumor começou entre os presentes que falavam entre si. Agradou-lhes a ideia.

 

Continua…

 

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(1) Em grego: Tethys - Titanide mulher de Oceano. Thetis - Nereida mãe de Aquiles e mulher de Peleu. Nas versões em portugues anulara-se essa forma de distinção tão clara no original.

 

(2) Menção as Híades.

 

(3) Astreo,filho do titã Crío e de Euríbia.

 

(4) Boréas é filho de Astreo e do vento do Norte. Conhecido por seu caracte violento.

 

(5) Noto é irmão de Boréas, Deus do Ventos quente do Sul.

 

(6) Prometeu é muitas vezes colocado como filho de Themis, mas em outras versões ele é filho do titã Japeto e da Oceanide Clímene, irmão de Epimeteo. Tomo a segunda versão para esta fanfic.

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o shiryu parece que vai ser o primeiro a lutar dos cavaleiros de bronze e o alfeo fazendo a sua reunião foi bem legal e a quebra do selo dos titãs será que vão conseguir já que só precisam do sangue dos filhos de zeus e Themis.

 

no resumo muito muito bom o capítulo.

 

ps. já que foram atrás do shiryu vão atrás dos outros cavaleiros de bronze?.

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Adorei o "duelo de cosmos" boa sacada com muita ação e dialogos

"arrogantes" :P

 

Quem é esse que vai enfrentar Shiryu ?

Nossa toda vez "Shunrey" é usada como isca :P

 

Destaque para a explicação dos nomes e seus significados !

 

No aguardo...

 

TE+

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  • 1 mês depois...

Primeiramente queria pedir desculpas pela mega demora, mas estou atolada de trabalhos e totalmente sem tempoT.T

 

Uma reunião tramada de Alfeo, que cena de doidos em saber como farão em quebrar o selo.

 

E ainda mais, poderei ler o Dragão em acção. :kosumo:

 

Saint Mystic muito obrigada por ler e comentar a fic. O Dragão está entrando em cena, vamos ver como ele se sai.

 

Fica bem.

 

o shiryu parece que vai ser o primeiro a lutar dos cavaleiros de bronze e o alfeo fazendo a sua reunião foi bem legal e a quebra do selo dos titãs será que vão conseguir já que só precisam do sangue dos filhos de zeus e Themis.

 

no resumo muito muito bom o capítulo.

 

ps. já que foram atrás do shiryu vão atrás dos outros cavaleiros de bronze?.

 

Olá idelvando. Muito obrigada por ler e comentar meu trabalho. O cemeço foi meio parado não é?!^^ mas agora vai começar a engrenar mesmo. Shiryu será o primeiro, logo veremos como se sai e como ficam os outros. Mais uma vez obrigada^^

 

Fica bem.

 

Adorei o "duelo de cosmos" boa sacada com muita ação e dialogos

"arrogantes" :P

 

Quem é esse que vai enfrentar Shiryu ?

Nossa toda vez "Shunrey" é usada como isca :P

 

Destaque para a explicação dos nomes e seus significados !

 

No aguardo...

 

TE+

 

Olá Guerra. Aqui estou eu de novo depois desse tempo. Bom o Shiryu também deve estar querendo saber quem é o seu adversário, mas logo ele descobre;) e nós também:D

 

Muito obrigada por sempre acompanhar meus trabalhos com dedicação.

 

Fica bem.

 

Mais uma vez 1000 desculpas pela demoraT.T

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Resumo: A fic começa na época em que os Cavaleiros de Athena estão combatendo os Titãs libertos por Ponto. Do lado deste deuses menores combatem contra os olímpicos, que aos poucos vão mandando-os para o Tártaro Hermes combate Alfeo que está a espera de Astrea. O Deus-rio leva vantagem até a chegada da deusa que na hora ajuda Hermes. Alfeo é derrotado.

Sete anos depois - (após a batalha de Hades) - os cavaleiros estão de volta para promover uma paz que não deve durar muito, pois que Aqueloo - (deus-rio) é despertado acidentalmente, correndo para libertar os de mais e com a descoberta de como poderá abrir os selos dos Titãs presos no Tártaro Alfeo buscando corre de encontro a Astrea para conseguir vingança contra aquela que chama traidora, mas é barrado por Apollo que vem ao socorro da irmã. Enquanto Camus e Hyoga, que estão ausentes, vão se apercebendo que grande perigo espreita, tendem a retornar para junto de Athena.

Entre tanto uma figura misteriosa em Rozan disposto a derrotar Shiryu e os filhos dos titãs se reúnem para armar um plano.

 

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Capitulo VI

 

Duvida

 

Monte Olimpo.

 

Hermes viu Themis passar pela porta do Olimpo na companhia de Apollo e da filha Astrea. De imediato levantou da pedra onde estava sentado e correu para ver o que tinha acontecido. Se espantou ao ver os braços, brancos, de Astrea, feridos.

 

- De certo, encontraram o Deus-Rio pelo caminho, Alfeo Obscuro – Disse sem demora, estreitando os olhos.

 

- Se Flecheiro, a tempo não chegasse, poderia ter acontecido uma tragédia. – Disse Themis. – Pois Astrea se encontrava já quase nos braços do Filhos de Oceano.

 

- Venham, Zeus Cronida está a vossa espera. De tudo, o Poderoso Deus tem conhecimento e, a muito que se encontra inquieto. – Hermes disse conduzindo os três para o grande salão, onde Zeus estava sentado impaciente em seu trono.

 

Entraram no grande salão: Themis e Apollo, seguidos de Hermes e Astrea que, mantinha a cabeça baixa.

 

- De certo não devem ter boas novas – Zeus começou, se levantando do trono, muito sério – E pelo que vejo encontraram contratempo.

 

- Alfeo, Filhos do Titã Oceano, se colocou no caminho – Apollo começou com voz toante – Os filhos dos Gerados por Gea, estão despertos novamente e, fim querem dar aos Olímpicos, de forma, que a antiga geração volte a governar.

 

- Hermes, Grande Mensageiro – Zeus começou chamando a atenção do rapaz que estava do lado de Astrea – Corre de encontro ao templo grandioso de Athena Glauca e, ordene que esta venha o mais rápido possível. Se esta se negar, apenas diga que os humanos a que tanto ama, em grande perigo se encontram.

 

O Mensageiro dos deuses não se deteve, assentindo ao que o Pai dos Deuses disse e, saiu do recinto o mais rápido que pode, rumo ao Santuário de Athena.

 

Rozan

 

Como poderia estar tão alheio ao que poderia estar acontecendo? Aquela figura enorme diante de si, lhe indicava perfeitamente que o Santuário seria alvo de mais algum ataque. Que Saori...não, Athena estava em perigo.

 

Não conseguia encontrar explicação para aquela figura estar ali e, nem de onde ela poderia ter aparecido. Apenas sabia que este era seu grande adversário e, se quisesse proteger a moça estendida no chão, assim como seus amigos, teria de enfrentar e derrotar aquele que lhe parecia uma possível ameaça.

 

Shiryu estreitou os olhos, antes de ouvir a voz estrondosa daquele homem que dava dois ou mais de seu tamanho.

 

- Não direi meu nome, Cavaleiro – Iniciou com um sorriso. Ainda não se movia, porem sua voz sem emoção fez Shyriu recuar dois passos – Você não precisará dele.

 

- Que...?

 

Shiryu não teve tempo de completar sua frase, sentindo uma forte pancada em seu estômago, que o jogou contra uma rocha, estilhaçando-a.

 

O outro ainda com o joelho dobrado, soltou uma gargalhada.

 

- Lento!

 

O Cavaleiro de dragão se levantou cambaleando, sentindo o músculo de sua barriga latejar. Quando conseguiu se equilibrar direito, suspirou:

 

- Eu vou lhe mostrar a lentidão – Disse entre dentes, acendendo seu cosmo. O outro recuou, perdendo o riso.

 

Os movimentos simples de Shiryu eram acompanhados pelos olhos do outro, com um misto de temor e fascinação. Apesar de Shiryu não saber quem era seu adversário, sua consciência lhe dizia que tinha que vence-lo de qualquer jeito. Não poderia poupar no primeiro ataque, com vista a experiências perigosas. Sentia o cosmo inimigo, tão grande e tão poderoso, que fazia sua pele arrepiar.

 

- O GOLPE MAIS FORTE! – gritou vendo as rachaduras que provocava no chão ao seu redor –ROZAN HYAKURYUU HA!!!

 

Os braços estendidos mostravam às varias figuras de dragões o caminho a seguir, enquanto seu cosmo elevava-se ao máximo.

 

O grito meio a claridade fez com que Shiryu pensasse na vitoria, por segundos. Tão intenso, mas tão rápido quanto a defesa do adversário, que com uma mão estendida para a frente, barrava seu golpe com a palma de uma única mão.

 

O Cavaleiro de dragão arregalou os olhos, a medida que tentava elevar mais sua força.

 

O enorme homem suspirou, parecendo desolado. Espremeu os lábios e tremelicou a queixo e com fúria elevou seu cosmo, jogando o golpe inimigo para trás, com a mesma intensidade no qual foi atacado.

 

O gemido surpreso de Shiryu não saiu totalmente de sua boca. A dor que lhe cortava a carne lembrava-lhe aquela sutuação patética em que agora se encontrava.

 

Iria morrer pelo seu próprio golpe?

 

Castelo de Oceano.

 

Satisfeitos com o que ouviram, os presentes conversavam entre si, a melhor forma de conseguirem capturar uma das deusas, filhas de Zeus e Themis. A sede pela libertação dos Titãs adormecidos, reinava entre eles, que estavam dispostos a tudo para derrubar os Deuses e exterminar a raça humana da terra.

 

O único que não tinha a ansiedade a mostra, era Prometeu, que permanecia calado observando os outros conversarem.

 

- Algo não lhe agrada, Filho de Iapeto? – Aqueloo perguntou de repente, assustando o homem que estava distraído e, assim, não percebeu a aproximação.

 

- Criei a humanidade com dedicação e, agora anseio pela sua destruição – Prometeu falou entre suspiro, sem olhar o companheiro. – Tudo que fiz por eles não adiantou em nada, pois acabaram cometendo sempre os mesmos erros.

 

- Quando tudo estiver terminado – Aqueloo começou com um meio sorriso – Poderá recria-los, mas desta vez sobre o reinado de quem saberá faze-los obedecer ordens.

 

Prometeu ficou pensativo durante alguns minutos, sobre o olhar atento de Aqueloo que se afastou e se juntou aos de mais.

 

"Isso é verdade" – Prometeu se convenceu.

 

Santuário de Athena

 

Shion estava na plataforma externa do 13º templo, observando Athena que passeava inquieta com Kiki, no jardim.

 

Não sabia o que fazer para acalma-la. Na verdade não tinha vontade pois, por dentro, se fazia a mesma pergunta que ela. Sentira o cosmo que saiu da Casa de Peixes. Era um cosmo poderoso, mas no qual não soube identificar de quem era e, estava determinado a chamar Afrodite para uma conversa franca. Mas não agora. Iria esperar Athena se distrair, ou mesmo, sair do Santuário para resolver algo. Não a queria preocupar mais.

 

Estava pensando sobre isso, quando viu uma luz se aproximar de Saori e, em seguida um rapaz, que reconheceu logo como Hermes, a cumprimentar e, em seguida começar a falar algo, que não conseguia ouvir.

 

Sem tempo de reagir, viu Athena desaparecer aos poucos, com Hermes.

 

Estreitou os olhos.

 

"Bem, creio que essa é uma boa oportunidade para chamar Afrodite aqui." – Pensou.

 

Não demorou muito para que o Cavaleiro de Peixes entrasse no Salão onde Shion já o esperava sentado em seu trono.

 

Shion pode reparar que Afrodite estava estranhamente mais belo que nos outros dias e mais dispostos, pois viu-o reverencia-lo com um belo sorriso nos lábios.

 

- Vejo que está bem disposto, Afrodite – Shion comentou.

 

- É – Afrodite concordou, estranhando um pouco o comentário – O dia tem me corrido bem.

 

- E as noites também? – Shion perguntou seco e sem emoção.

 

Afrodite arregalou os olhos, ao ouvir tal pergunta, insinuante, do Grande Mestre. A final o que pretendia?

 

- Como? – Afrodite estava confuso – "Aquilo não foi um delírio? – Se perguntou.

 

- Quem esteve na Casa de Peixes ontem a noite? – Shion perguntou a queima-roupa e já sem paciência.

 

Afrodite hesitou um pouco.

 

- Afrodite! – Shion insistiu, intimidando um pouco o Cavaleiro, que permanecia com um joelho no chão, em sinal de respeito.

 

- E…Eos – Respondeu baixo.

 

Shion ergueu um pouco a cabeça estreitando os olhos.

 

- Eos?

 

- … - Afrodite assentiu.

 

- O que ela queria na Casa de Peixes? – Perguntou desconfiado.

 

Afrodite corou violentamente, ficando sem saber o que responder, apenas mexendo os lábios e fazendo um movimento repetitivo com a mão, enquanto procurava as palavras.

 

- Ande! Responda! – Shion ordenou impaciente. Sabia que coisa boa não deveria ser.

 

- Bem, Mestre... – O Cavaleiro de Peixes começou hesitante, mas logo um sorriso convencido apareceu em seus lábios – Sabe que sou o Cavaleiro mais belo do Santuário!…Ela passou a noite na Casa de Peixes…

 

Foi a vez de Shion corar, fazendo um sinal para que o Cavaleiro não continuasse a falar.

 

Durante alguns minutos ficaram em silêncio, apenas se encarando.

 

Shion ainda com a face um pouco corada, pensava no porque daquele súbito interesse da deusa pelo Cavaleiro de Peixes, e, por sua vez, Afrodite pensava que tipo de chamado iria levar do Grande Mestre, que parecia não muito contente com o que tinha ouvido.

 

- Ela já vinha aqui, antes? – Shion perguntou de repente.

 

- Não, Senhor – Afrodite baixou a cabeça.

 

O que respondera era verdade e isso poderia ajudar.

 

- Tudo bem – Shion disse para a surpresa de Afrodite – Desta vez passa. Mas espero que não se repita.

 

- … - Mais uma vez Afrodite assentiu.

 

- Pode ir!

 

Mais uma breve reverencia ao homem sentado no trono e, virou de costas saindo do grande salão, rapidamente.

 

"Não estou gostando" – Shion pensou estreitando os olhos enquanto via o homem se afastar. - "Uma deusa aparece no Santuário com um subito interesse por um mortal...Cavaleiro de Athena?" Será que a beleza de Afrodite seria o motivo de atrair uma entidade divina desta forma?

 

Monte Olimpo

 

Estavam prestes a entrar na sala onde Zeus estava a espera, quando ouviram uma voz vinda de trás, chamar. De imediato Hermes e Athena viraram, vendo a figura imponente de Poseidon, na forma de Julian Solun e Hades em sua forma original: Cabelo encaracolado negro, acima dos ombros, barba farta e olhos igualmente escuros. Pele pálida e corpo másculo.

 

Athena parou os olhos glaucos na figura de Hades, ficando tensa com a forma que o homem lhe olhava.

 

"Ainda não esqueceu" – Pensou.

 

- Antes que entrem – Hades começou, voltando o olhar para Hermes – Precisamos esclarecer algo importante.

 

Continua…

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Que interessante como as coisas estão prosseguindo ser curso.

 

Realmente Shiryu está diante de um adversário mais poderoso do que alguma vez enfrentei.

 

A desilusão de Prometeu é de louvável perante a Humanidade.

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muito bom o capítulo, quem está visitando o afrodite é o EOS, prometeu a sua desilusão pela humanidade é compreensível e a reunião entre os deuses vai começar, deuses que combateram entre eles desde a mitologia pelo domínio da terra.

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Os Deuses que resolvam os seus problemas,e Shiriyu que se cuide,

e Afrodite que não mude de lado,e Shion que fique esperto e Athena um pouco de

ação seria bem vinda..ufa... :P

 

Estou ansioso para saber o desenrolar da batalha de Shiryu,e também da reunião dos

Deuses !

 

Mais uma vez um "show" de climatização dos personagens e diálogos fervorosos,parabéns !

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  • 1 mês depois...

Primeiramente, queria pedir 1000 desculpas pela demora, mas não tive mais tempo para actualizar. Mas vou recomeçar;)

 

Muito obrigada pelos comentarios: Guerra, idelvando, Saint Mystic. E muito obrigada pela paciencia. Espero que gostem da continuação.

 

Fiquem bem.

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Resumo do Capitulo anterior: No monte Olimpo, Hermes encontra Apollo, Thémis e Astrea, indicando que Zeus tem uma decisão a comunicar. Em Rozan Shiryu luta contra uma entidade desconhecida que tem força para revidar seu golpe mais forte. Shion desconfia dos interesse de Eos pelo Cavaleiro de Peixes e decide conversar com este enquanto Athena sai na companhia de Hermes na direcção do Olimpo, onde encontram Hades e Poseidon.

 

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Capitulo VII

 

Preparação

 

Apesar do tempo decorrido desde aquela Guerra entre os dois deuses, o deus do Sub mundo não havia esquecido a derrota. Mas preocupações maiores vinham em sua mente e, isso transparecia em seu olhar.

 

Olhar, este, que Hermes não pode deixar de perceber, aceitando ficar por alguns minutos ali fora com o deus, enquanto as duas outras divindades, se retiravam.

 

O barulho da grande porta ornamentada, fez com que os dois deuses se voltassem um para o outro.

 

- O que me queres dizer, Hades, Imperador do Submundo – Hermes começou, com um olhar desconfiado. – Que se outra altura fosse, meu peito desconfiaria de suas intenções. Mas vejo em seus olhos preocupação a mais.

 

- Escute ao que vos refiro agora, Mensageiro – Hades falava pausadamente e baixo – E faça o que te peço, sem revolta o peito tomar, pois sei o que nesta guerra, que presto vai acontecer, sucederá. Com palavras doces e gentis, ajuda-me, ao coração do Grande Deus, persuadir, pois sei o que este pretende fazer com as Filhas da Grande Justiça. De uma delas, Alfeo, filho do Velho do Mar, está enamorado. Desta, por lhe ter ajudado, tentará a vida desta dar fim e, aos titãs libertar, pois por traidora a toma. Das outras, pouca atenção tomará as outras, pois contra estas, não há rixa pessoal. Ajuda-me à Gloriosa Astrea, que aos primeiros homens ensinou o valor da justiça, ao Hades descer em minha companhia. De lá, ninguém desconfiará de sua pousada. Prometo que da fruta maldita não comerá, podendo voltar para junto de pais queridos.

 

Ao peito de Hermes, tais palavras incumbiram aflição. Mas das palavras de Hades, nenhuma mentira faltava, o que fazia com que o Mensageiro dos deuses reconsiderasse a hipótese.

 

- De certo, não posso esquecer as palavras que dizes, Imperador do Submundo. Mas porque pensa que apenas Astrea, a Justiça, tentarão dar morte Funesta, se todas, de Themis Magnifica e Zeus Grandioso, são nascidas?

 

Hades, pareceu se irritar, mas manteve sua postura fria.

 

- Já provei, assim como Poseidon, Imperador dos Mares, o que é a derrota pelas mãos mortais. Estes, grande poder, não posso negar, que tenham. Mas tanto já passaram, que agora em paz, devem permanecer, enquanto esta durar. Entanto, não posso levar Três para o Submundo, pois Persefone, ninfa de Demeter, tem mais o que fazer. Jovens e belas, elas, não se encontraram totalmente safas de almas danadas, que dos castigos do Hades Obscuro, querem se ver livres.

 

Hermes nada disse. Apenas se manteve atento. Sabia tudo aquilo, mas estava tranquilo. Zeus tinha a solução.

 

- Minha ajuda não a negarei, Imperador Danado. Mas se decisão controversa Zeus Possante tomar, também, não colocarei objecções.

 

Foi com um sorriso que confirmou sua ajuda. Talvez o Deus do Submundo quisesse se redimir perante os Olímpicos e esta era a maneira que encontrara.

 

Assim que entraram no enorme salão, foram recebidos com grande interesse por Athena e Zeus.

 

Fitaram os dois deuses que entravam e, se juntando com as demais deidades: Athena, Deusa da Sabedoria, Poseidon, O Sacudidor de Terras, Hera de braços cândidos, Themis, O Preceito juntamente com as filhas, aquelas que são chamadas pelos mortais de Horas: Astrea, a Justiça, Eunomia a Disciplina e Erene a Paz e Apolo, Flecheiro Infalível. No mais alto trono, aquele que as nuvens acumula, o Pai de todos os Deuses, Zeus de olhos penetrantes.

 

Assim que a todos voltou seus olhos cinzentos, começou:

 

- Ao destino das Nascidas de Themis, O Preceito, iremos decidir. Os presentes deuses sabem que de alguma forma, os filhos de Oceano, Velho do Mar, despertos se encontram, para Vingança contra Olímpicos e mortais, levarem. Aos titãs, restabelecer a dinastia, e posse de toda a terra ganharem. A não considerado muito tempo, com a ajuda de Ponto, Ser Primordial, do selo de séculos, retornaram, mas pelas mãos de mortais ilustres, protetores da Deusa Athena, baixaram ao Tártaro Profundo. De forma que, à Deusa da Sabedoria, encomendo aquelas de meu sangue e sangue titânico. Que à terra desçam e compartilhem da mesma proteção que aquela que gerei.

 

Athena mostrou-se contente com tal decisão, pois para alem de companhia ilustríssima, ganhava um voto de confiança importante do Grande Deus. Mas ao escutar tais palavras, estufa o peito o Obscuro Imperador da Terra dos Mortos e começa, chamando a atenção de todos.

 

- Zeus Poderoso, escuta meu pedido antes de concluído dar essa reunião. Pós derrota por valentíssimos mortais, a volta ao Olimpo me concede novamente para que dos Mortos tome conta. Escutai o que digo, pois falsas palavras nunca ouviste de minha boca. De a muito aquela que ao lado de mãe poderosa se encontra, mais perigo que as outras se encontra.

 

Disse isso tomando a frente de todos, surpreendendo o Deus que rege sobre a terra, que as palavras do irmão não compreende.

 

- De todas é a Astrea, Filha que por voz foi mandada aos céus, que o filho pérfido de Oceano, o Titã do mar, está enamorado. À Hermes, Grande Mensageiro, ajudou a selar nas profundezas do rio da Arcadea, e desta forma baixar ao Tártaro em conjunto com os de mais que se opunham aos Olímpicos. Traidora é o que o Deus Rio pensa desta e, desta forma tentará a todo custo dar fim.

 

Astrea ao ouvir tais palavras baixa os olhos, envergonhada, sobre a mira admirada dos olhos de Zeus. Hermes assente o que foi dito.

 

Chocado, vira-se para o que rege o Reino dos Mortos.

 

- Ao que dizes, nunca ao meu saber veio de encontro. – Virando para Themis, que se encontrava do lado da filha. De cabeça erguida, estreita os olhos. – Contra mi, se põe novamente Titã ingrata, que por nenhum minuto se encontrou diante de mi, e puseste toda a aflição que te corroía a alma. De segunda guerra que participaste e, pelas mãos de um mortal foi vencida, te perdoo e te trago para solo divino e, desta arte me atraiçoas?

 

Themis de cabelos negros, fita Zeus. Não transparecia o peito pesado por tais palavras.

 

- Mais em nenhum momento me coloquei contra vos, Zeus Possante. Mas de agonia daquela que é gerada por nós não lhe ponho ocorrente, pois menos preço por esta, tens.

 

Ergue-lhe os olhos irados e surpresos, Zeus Trovejante.

 

- De tais coisas não podeis me acusar, Justiça. Pois para todos que gerei, proteção e apreço não faltam. Se Astrea, aos céus subiu e, castigo aos primeiros mortais presenciou, foi para seu próprio bem. Se apreço não mostro por suas filhas, porque proteção, peço a Deusa Athena, agora?

 

A tais palavras a Deusa da Justiça nada responde, de forma que Zeus virou-se para Hades.

 

- A muito, também, acordo fizemos, em relação a filha de Demeter, que ao Hades foi levada, pois de seu agrado era. Mas, comendo a maldita fruta, não pode retornar ao Olimpo, pois presa a terras profundas ficou, trazendo com isso a Ira de Demeter Bem Feitora, que de fome quase matou todos os mortais. Apesar de acordo conseguirmos chegar, durante longos períodos ainda de alimentos terrestres, Demeter Vingativa, castiga e desprovem os de curta existência. Não vá Astrea baixar ao Hades, para não mais poder voltar e, grande desgraça causar aos Eternos e Mortais, que da compreensão daquela que faz nascer as leis, se caia sobre todos com Ira e Injurias.

 

Ouvindo tais coisas, Hermes, Mensageiro, que das filhas de Themis, Astrea era a que mais apreço guardava, vai para o lado de Hades.

 

- Então que da Roman Obscura não se alimente a Justiça dos Homens, para que possa retornar livre. Mas desça ao Hades, para da Fúria de Alfeo Violento, escapar. Eunomia e Eirene deusas preciosas, para o Grandioso templo da Deusa Glauca, sejam protegidas por destemidos mortais. Acabada a Guerra, todos nós a um banquete nos serviremos, onde Zeus Glorioso, voltara a se pronunciar de seu trono.

 

Alegra o peito de Zeus, as palavras do Mensageiro, assim como dos restantes deuses.

 

Dera por encerrada a reunião, onde foi reverenciado por todos os presentes, se retirando em seguida.

 

Junto ao Hades, Astrea desce ao Submundo, onde foi recepcionada por Persefone, que se alegrara com a chegada desta. Dos três juízes, recebeu reverencia e respeito.

 

Da mesma forma que as duas outras Deusas, guardiãs das portas do Olimpo, baixaram para o templo de porte imponente, na companhia de Athena, de olhos Glaucos.

 

Templo de Athena

 

Shion, Mestre por excelência, o cosmo da Deusa acompanhada, sente, vindo de encontro a esta no grande salão.

 

Mal passara pela porta, Athena volta-se para este.

 

Os olhos do Grande Mestre, passou, rapidamente, entre as duas divindades que se encontravam presentes. Suas formas originais davam o dobro de seu tamanho(1).

 

- Shion. Preciso que convoque uma reunião entre todos os cavaleiros no coliseu. Explicarei quando todos estiverem lá.

 

Shion, de vestes graciosas e porte imponente, nada diz, pois bom entendedor é. De forma que prevê uma grande batalha. Sem demora, por cosmo, marca a reunião pedida por Athena e, no exacto momento que a Deusa lá chegou, estavam todos presentes.

 

Surpresos com as acompanhantes da Deusa da Sabedoria, reverenciaram das arquibancadas. Athena, Eunomia e Irene, acompanhadas pelo Grande Mestre se dirigiram para o centro da arena, onde foram contempladas por todos.

 

Os Cavaleiros Dourados, sentados a frente, de porte imponente e armadura reluzente, se entre-olharam.

 

Voltam o olhar para arena quando ouvem a voz de Athena, Protetora dos Mortais.

 

- Cavaleiros e Amazonas! Prestem atenção ao que digo, pois não temos o tempo ao nosso favor – Inicia Athena na forma de Saori Kido – As duas divindades que me acompanham, são as geradas de Zeus e Themis, O preceito. Elas deverão ter a mesma devoção e proteção dedicada a mim.

 

Dizendo isso um rumor na arquibancada começou.

 

- Quem são elas? – Aioria, ao lado do irmão se perguntou.

 

- São as Horas – A voz de Dohko chamou a atenção de todos – As guardiãs da porta do Olimpo.

 

Miro, franziu a testa.

 

- Porque devemos protege-las?

 

- Shhhh

 

- Uma grande guerra está para começar – Athena continuou, fazendo todos se calarem – Aqueles que já foram derrotados por vocês estão para se reerguer.

 

Novamente rumores começaram, mas que diminuíram com a voz do Grande Mestre.

 

- Ouviram a nossa Deusa. Aos seus postos! Estejam sempre alertas.

 

E dadas as ordens, todos se retiraram, para vigilância acirrada darem dia e noite, até que a profecia da Deusa da Sabedoria se desse.

 

Aos poucos, cada cavaleiro foi sabendo da identidade de cada deusa, e impressionados e curiosos, juravam protege-las. Pois o que elas representavam, muito lhes faria falta se algo acontecesse.

 

Rozan

 

Os olhos foram abrindo lentamente. Seu corpo dolorido estava repousado em uma superficie confortavel. Havia um barulho incómodo que fora aumentando assim como as batidas de seu coração, ao lembrar vagamente do que acontecera.

 

Aquele homem...e..Shunrei.

 

- SHUNREI! – Gritou se erguendo da cama em um rompante.

 

A forte tontura o fez cair pesadamente para trás, mas foi amparado por mãos delicadas.

 

Seus olhos miraram a moça, com estranheza.

 

- Shunrei?

 

- Shhhhhhhh – Ela fez, colocando o dedo indicador sobre a própria boca, enquanto tentava equilibra-lo com a outra.

 

Quando percebeu que Shiryu conseguia se equilibrar sozinho, soltou-o. Via a expressão do rapaz, muito confusa, e, em um gesto lento, apontou pela janela aberta, sobre a cama.

 

O moreno que acompanhou o movimento, se surpreendendo : fora, sentado em uma rocha, de costas, estava seu inimigo.

 

- Você consegue andar, Shiryu? – Shunrei indagou preocupada.

 

- ... – Apesar a confirmação, não tinha certeza.

 

- Então é melhor você ir até lá.

 

Não precisou dizer mais nada. A moça ainda ajudou Shiryu a se levantar, mas com um gesto de agradecimento, deu a entender que poderia caminhar sozinho.

 

Foi isso que fez com relativa dificuldade, suspirando, quando chegou na saída.

 

O outro não se movera, o que deu a Shiryu a impressão que este não havia notado sua presença. Seria uma óptima oportunidade para acabar com ele, mas não seria justo. Não era assim que o Cavaleiro de Drangão queria obter sua vitória, apesar de ter noção que não tinha tempo.

 

Mordiscou os lábios.

 

- Finalmente acordou – O outro disse ainda de costas.

 

"Afinal, ele me notou aqui"

 

- Fico orgulhoso por não tentar me atacar pelas costas – Disse se voltando. Seu rosto, muito diferente de momentos atrás, estava sereno...Shiryu se atreveria a chamar de amigavel. Não conseguia compreender.

 

- Porque ficar orgulhoso de um inimigo...

 

- Em nenhum momento disse que era seu inimigo, rapaz.

 

Esta era um declaração que não estava a espera.

 

- Disse que queria me matar...

 

- Também, não foram essas palavras que sairam da minha boca.

 

O rapaz vacilou confuso, enquanto o outro ria alto com a situação, quando este fitou algo atrás de Shiryu. O Cavaleiro de imediato virou, encontrando a figura de Shunrei estendendo alguns lençois brancos que esvoaçavam tapando por segundos sua figura.

 

- É bela! – Tal afirmação fez o Cavaleiro se voltar imediatamente. – Voce tem sorte, rapaz.

 

- Quem é você?

 

Mais uma sonora gargalhada fez Shyriu serrar os punhos.

 

- Eu te vi crescer, criança – O grande homem disse se erguendo, causando mais estranheza no outro que involuntariamente recuou um passo – Mestre Dohko te criou bem – Concluiu suspirando.

 

- Não estou entendendo...

 

- Fui eu que guardei sua armadura durante tanto tempo – Disse, vendo que o cavaleiro não estava acompanhando seu raciocínio. Fez uma breve pausa, para logo continuar – Fui eu que acalmei as águas, por duas vezes, para que a bela moça fosse salva.

 

Shiryu então pareceu compreender não escondendo que estava em choque.

 

- Você...? Como...?

 

- Shiryu – Finalmente vira o Deus-Rio em uma postura seria, mas calma – O homem que te treinou, passou tudo o que você precisava saber para ser um verdadeiro Cavaleiro, você só tem que saber como usar esse poder na hora certa. Mas isso ninguem poderá te ensinar. Você já musou o curso das aguas, não é!? - Fez uma pausa para sorrir pensativo, mas logo voltou a si - Mas as aguas acabam sempre por voltar a correr no rumo natural.

 

- Como conseguiu parar meu golpe com uma mão?

 

O outro gargalhou mais uma vez. Não era óbvio? Tantos anos ali ajudando em seu treinamentos. Sempre ali exposto aos treinamentos de Dohko. Ele que era um deus rio, não travaria aquele golpe aplicado tantas vezes na sua frente?

 

A gargalhada cessou de repente, assustando o rapaz. Novamente aquela postura seria.

 

- Não há tempo – Disse – Vá para o Santuário. Mantenha a calma, rapaz. Não se apresse mesmo que o adversário se mostra mais forte. Você tem que saber cada ponto da correnteza, para saber onde você conseguirá dominar.

 

- Mas...

 

- De qualquer forma, já testei o que tinha que testar – Disse se voltando de costas e começando a caminhar – Se achou que a guerra com o Imperador do Submundo fora cruel, é porque, de facto, nunca enfrentou um Titã.

 

Castelo de Oceano

 

Sentado, de porte altivo, no trono pertencente ao Velho do Mar, estava Aqueloo de pensamentos sombrios. Seus pequenos olhos negros, perdiam-se em um ponto qualquer na grande porta a sua frente.

 

Está, de ferro negro e pesado, abriu com violência, para mostrar uma figura no mínimo graciosa. Os cabelos longos Castanhos balançavam com o andar leve e sensual. Os olhos dourados, tinham o brilho das estrelas, no qual deixou Aqueloo hipnotizado por minutos.

 

- De certo veio para trazer boas novas, espero – Aqueloo não se levantou para retribuir a reverência da bela figura.

 

- As primeiras peças estão posicionadas. – Ela começou com um sorriso – Do templo de Athenas Glauca, provavelmente, todos mortais estão alerta. Não deixaram que movimento estranho se faça sentir, sem ao bronze afiado, até mesmo, dos guardas menores, a carne inimiga, provar.

 

Aqueloo sorriu, com olhar distante.

 

- É hora da nossa grande jogada – Anunciou elevando o cosmo – É a nossa vez.

 

Hades – Castelo

 

Persefone, de tudo fez para que a convidada se sentisse bem. Ali naquele lugar onde o sol nunca penetrara, ela já sentira como era os primeiros momentos.

 

Astrea, apesar de nada contestar a decisão de Zeus, não concordava em estar ali.

 

Quando foi chegado o momento, foi levada para seus aposentos, na ala norte do grande templo escuro. Radamanthys e Minos a acompanhavam a pedido do Imperador.

 

Ao passar pela porta voltou-se para onde os dois juízes estavam parados.

 

- À pedido do Imperador do Submundo, está entregue, Astrea, Filha de Zeus. – Disse Radamanthys, de voz grossa e cabeça erguida.

 

Minos, ao contrário do irmão, mantinha os olhos baixos. Rapidamente agarrou na maçaneta da porta negra e fitou por instantes aquela que era a justiça.

 

- Me perdoe – Sussurrou, fechando a porta, antes que a mulher de cabelos encaracolados pudesse falar algo.

 

Astrea, de olhos sempre indiferentes, ouviu um pequeno estalo, saindo rapidamente de encontro a saída.

 

Dois puxões deu a porta. A primeira, fraca. A segunda com mais força. Mas esta não abriu.

 

Compreendeu que não era mais convidada naquele local.

 

Continua…

________________________________________________________________________________

____________

 

(1) Bem tomando pela mitologia...os deuses por norma são duas vezes maiores que os humanos (Era dessa forma que eram facilmente reconhecidos nos campos de batalha - Íliada). Mas em alguns casos esse facto não será mencionado.

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A forma como a situação está a decorrer está óptimo e bem intrigante, por um lado, Shiryu conheceu as razões dos seus poderes e outras ainda.

 

É sempre bom ler os teus capítulos, até à próxima.

 

Olá Saint Mystic. Obrigada pela paciência e pelo comentario.

 

Em breve coloco a continuação.

 

Fica bem.

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Mais uma vez fico impressionado com a riqueza da fic,os detalhes dos Deuses e seus

atributos e até caracteristicas fisicas.

 

Eu confesso que esperei esse capitulo mais para saber o que aconteceria com Shiryu,mas a primeira parte

literalmente o "preparação dos Deuses" foi incrível,com um show de dialogos e estratégias.

 

A situação no Templo de Athena foi engraçada tipo: "pq devemos protege las" :) !

 

Em Rozan tivemos um desfecho mas tranquilo não passou de um teste ou será mal entendido ?

 

No Castelo de Hades tivemos outra situação incomun pois Astrea não conseguiu abrir a porta...nossa que mico para 1 Deusa..rsrrr

 

Ótimo capitulo a fic está cada vez melhor.

 

Vou ler os capitulos anteriores e fazer uma postagem que a fic merece !

 

TE+

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muito bom esse capítulo, essa reunião dos deuses foi muito boa para a estratégia deles e no caso do shiryu o que será que vai acontecer, foi um teste ou mal entendido o que aconteceu.

Editado por idelvando
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  • 7 meses depois...

Mais uma vez fico impressionado com a riqueza da fic,os detalhes dos Deuses e seus

atributos e até caracteristicas fisicas.

 

Eu confesso que esperei esse capitulo mais para saber o que aconteceria com Shiryu,mas a primeira parte

literalmente o "preparação dos Deuses" foi incrível,com um show de dialogos e estratégias.

 

A situação no Templo de Athena foi engraçada tipo: "pq devemos protege las" :) !

 

Em Rozan tivemos um desfecho mas tranquilo não passou de um teste ou será mal entendido ?

 

No Castelo de Hades tivemos outra situação incomun pois Astrea não conseguiu abrir a porta...nossa que mico para 1 Deusa..rsrrr

 

Ótimo capitulo a fic está cada vez melhor.

 

Vou ler os capitulos anteriores e fazer uma postagem que a fic merece !

 

TE+

 

 

muito bom esse capítulo, essa reunião dos deuses foi muito boa para a estratégia deles e no caso do shiryu o que será que vai acontecer, foi um teste ou mal entendido o que aconteceu.

 

Depois de séculos consegui voltar. Agradeço todos os comentarios. Eu não abandonei essa fic. e já vou colocar a continuação.

 

Desculpem a demora. (bem grande por sinal)

 

Fiquem bem.

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Resumo dos capitulos anteriores.

 

 

 

O ultimo encarceramento I e II; O Despertar; À Flor-da-Pele; Surpresas; Buscas

 

 

A fic começa na época em que os Cavaleiros de Athena estão combatendo os Titãs libertos por Ponto. Do lado deste, deuses menores combatem os olímpicos, que aos poucos vão mandando-os para o Tártaro. Hermes combate Alfeo que está a espera de Astrea. O Deus-rio leva vantagem até a chegada da deusa, que na hora ajuda Hermes. Alfeo é derrotado.

Sete anos depois - (após a batalha de Hades) - os cavaleiros estão de volta para promover uma paz que não deve durar muito, pois que Aqueloo - (deus-rio) é despertado acidentalmente, correndo para libertar os de mais e, com a descoberta de como poderá abrir os selos dos Titãs presos no Tártaro. Alfeo corre de encontro a Astrea para conseguir vingança contra aquela que chama traidora, mas é barrado por Apollo que vem ao socorro da irmã. Enquanto Camus e Hyoga, que estão ausentes, vão se apercebendo que grande perigo espreita, tendem a retornar para junto de Athena.

Entre tanto uma figura misteriosa aparece em Rozan disposto a derrotar Shiryu e, os filhos dos titãs se reúnem para armar um plano.

 

Duvida

 

 

 

No monte Olimpo, Hermes encontra Apollo, Thémis e Astrea, indicando que Zeus tem uma decisão a comunicar. Em Rozan Shiryu luta contra uma entidade desconhecida que tem força para revidar seu golpe mais forte. Shion desconfia dos interesse de Eos pelo Cavaleiro de Peixes e decide conversar com este, enquanto Athena sai na companhia de Hermes na direcção do Olimpo, onde encontram Hades e Poseidon.

 

 

Preparação

 

 

 

Na reunião convocada por Zeus, Hades pede ajuda para Hermes, para convencer o Grande Deus de aceitar seu plano. Já na Assembleia fica acordado que Astrea irá para o Hades para escapar da furia de Alfeo, enquanto Eirene e Eunomia seguem para o templo de Athena para serem protegidas pelos Cavaleiros. Já no templo, os Cavaleiros de Athena juram proteger as duas deusas, enquanto em Rozan, Shiryu descobre a identidade de seu suposto adversario, que por fim se mostra um aliado de belos concelhos.

No castelo de Oceano uma divindade aparece diante de Aqueloo lhe dando informações sobre a movimentação da terra.

No Hades, Astrea é bem recebida até se ver presa em seu prórpio refugio

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Capitulo VIII

 

Revolta

 

Santuário de Athena

 

A brisa quente, incomum aquela época do ano, pouco balançava a veste pesada da deusa, sentada solitária, perto do 13º templo.

Aquele local estava realmente diferente do que se lembrava. Mas havia algo que não poderia ter sido modificado: aquela imagem da deusa responsável pelo local: armada – Athena Prómachos(1).

 

Não que gostasse da imagem em si, apenas achava, que mais do que a imagem Athena Crisoelephantina(2), combinava com aquele local.

Suspirou ao pensar que tempos dificeis viriam.

 

Temia não apenas pelos deuses olimpicos, mas também pelos mortais. E ao pensar neles seu olhar voltou-se para além dos Propileus(3), para as escadas que levavam até os templos guardiãos.

 

Dali, teve a visão privilegiada dos Cavaleiros de Athena, que subiam desordenados. Com certeza a mando do homem que sentava no belo trono do Parthenón.

 

Mais uma vez a brisa quente soprou, brincando com seus cachos escuros e, fazendo-a fechar os olhos de leve. Quando voltou a abri-los vira aquele que defendia a primeira casa se separar do grupo e vir em sua direcção.

 

Mu, que desde a chegada das duas deusas sentia um forte aperto no peito e uma angustia que lhe tirava o sono, vira aquela que representava a Paz sentada sozinha perto da estátua de Athena, decidindo averiguar.

 

Sabia que mal saira de perto dos companheiros, havia sido notado. Não se incomodou. Eirene, sempre de rosto tranquilo, sorriu com a chegada do rapaz.

 

- Não sabia que as Horas se separavam por tanto tempo – Mu disse após a devida reverencia.

 

A mulher continuou sorrindo.

 

- O que lhe faz pensar, que na solidão me encontro, por tanto tempo?

 

Mu corou. Estaria ela pensando que era vigiada?

 

A verdade é que já se passara uma semana desde o comunicado de Athena, mas mais nada fora dito. Apenas sabiam que algo grande estava por vir, mas não sabiam com o que contar.

 

- Não deixe que a vergonha cale o que te vai na alma, Cavaleiro – Eirene disse com sua voz melodiosa, chamando a atenção de Mu – O que me queres perguntar, é o que povoa o pensamento de todos. Acompanhai-me – Disse levantando, ainda com o rosto sereno – Veremos se o que Athena Glauca diz, voz satisfaz, aquietando por agora seu coração.

 

Mu nada disse. Apenas se ergueu e escoltou a deusa para dentro do templo.

 

Saori ficara satisfeita por ver Mu com Eirene. Uma semana na presença das deusas para os ânimos se acalmarem. Tanto Eirene como Eunomia estavam fazendo bem para o Santuário.

 

Suspirou. Era chegada a hora de dizer a verdade.

 

Hades – Castelo

 

No ponto mais alto, sentado no único trono que imperava no recinto, estava Hades, que com os olhos fixos na entrada via a figura que caminhava em sua direcção, com desagrado.

 

Ao seu lado, de pé, Perséfone, Ninfa de Demeter, se encontrava.

 

- É chegada a hora – Uma voz estridente e alegre tomou conta do recinto.

 

- Em má hora vens Eurídano, Filho do Grande Titã. Recordo, ora, grande guerra que se deu contra os teus, no qual com a Grande Caçadora lutaste e, na qual ao Tartaro Obscuro o fez baixar, sem clemencia. Por tal, grande ódio as filhas de Zeus Cronida tens guardado na alma.

 

Eurídano, que nos labios finos trazia um sorriso, uma expressão seria na face faz aparecer.

 

- De que se trata tal agressividade, Grande Hades? – Disse parando ante as escadas que antecediam o belo trono – A caso ao pacto quer por fim e contra os titãs se por contra? De longe vim e, mui me desagrada voltar de mãos abanando. A prenda de batalha nos avisaram que já a tinha, para o grande castelo de Oceano, o Velho do Mar eu levar. Agora falharás, Imperador do Submundo?

 

Ergue-se indignada, Perséfone Vistosa:

 

- Não se revolte, Eurídano Funésto, que não voltara atrás a palavra, Hades, O Grande Imperador dos Mortos. Ao que vieste buscar, no quarto cativa se encontra, esperando a hora em que as portas se abram, para uma falsa liberdade lhe dar. De desagrado, nosso coração é tomado, se enchendo de remorso que nos atormenta a alma. – E com um gesto altivo se voltou para Aiacos, que estava ao lado da grande porta lateral – Juíz, vá buscar a prenda de guerra.

 

Aiacos ao ouvir tal ordem, o coração pesa, mas obedece, entrando no recinto obscuro. Seus passos ecoaram pelo enorme corredor tanto na ida como na volta, quando apareceu com a Deusa de Belas feições desacordada nos braços.

 

Euridano ao avistar aquela que enfeitiçara Alfeo, sorriu de forma clara.

 

- Não perdeis vosso tempo preocupando com a veracidade da palavra dos titãs, Nobre Imperador – Disse isso tirando a deusa de mal jeito dos braços do moreno, que hesitara em lhe dar a mulher em seus braços. Eurídano lhe fitou com o olhar estreito antes de voltar a fitar o Deus dos Mortos – O reino dos Mortos em nada será atingido, pois que todos saberão da bela colaboração prestada.

 

Hades nada disse. Fitou o outro que lhe reverenciou de forma desleixada e se retirou pela grande porta de saída.

 

O silencio tortuoso tomou conta do local, até se ouvir o soluçar baixo e Persefone.

 

Hades estreitou os olhos se erguendo, fazendo com que os espectros presentes se reunissem diante deste, a espera das ordens.

 

- Não há tempo para lamentações. De nada nos serve o remorso. – Virou-se então para Persefone Chorosa – De todas as que são nascidas da Titã Valorosa, Dike foi escolhida por Eros Insano, que com suas setas enfeitiçou Alfeu Obscuro. E para a morte funesta, as Moiras decidem que esta é merecedora. Sigamos os planos, pois que assim que da morte da deusa Justiça souberem, virão ao meu encontro.

 

Santuário de Athena

 

No salão do Grande Mestre, Athena falava em voz alta e clara, relatando alguns acontecimentos dos últimos tempos, que ficara sabendo pela boca de Hermes, Mensageiro dos deuses. Vez em quando Eunomia se pronunciava com seu tom técnico.

 

De comum acordo e, com tudo esclarecido, já estavam prontos a se retirar, quando uma luz forte entrou no recinto, vindo da lateral esquerda do belo trono , mostrando que uma presença divina se fazia presente.

 

Afrodite sentiu um arrepio na pele, que subiu e desceu suas costas em uma velocidade estrondosa.

 

A deusa que acabara de aparecer, causou um certo desconforto entre o cavaleiro e o Grande Mestre que estreitou os olhos ao deslumbra-la. Mas a deusa se quer prestou atenção nos mortais. De forma gracioso caminhou para o lado de Athena e lhe disse algo de modo a que só esta pudesse ouvir, em uma língua incompreensível aos mortais.

 

Apenas puderam perceber que a Deusa da Sabedoria não ficara satisfeita, mas resignou-se. Contrariada, saiu do salão, sob a curiosidade de todos, voltando com um objecto já conhecido, que surpreendera a todos.

 

Castelo de Oceano

 

No centro do enorme salão, no chão: figuras estranhas em mosaico. No teto: correntes se estendiam, com grilhões nas pontas. Fazendo um barulho irritante, moviam-se de forma frenética, pelo cosmo que emanava da outra divisão, onde o clima tenso aumentava a cada minuto de espera.

 

Aqueloo, sentado no trono pertencente ao seu pai, estava inquieto, olhando vez sim, vez não para o pequeno grupo do outro lado do salão.

 

Cochichavam entre eles, provavelmente tramando algo. Mas não era isso que irritava o Deus-Rio. Mais a direita, um tanto a frente, em um grupo menor: Alfeo e Asia se mostravam impacientes.

 

- Não sei se Euridano, fora de todo, a melhor escolha – Asia disse olhando com desdem para Alfeo, que estreitou os olhos – Pois contigo ela viria de bom grado, estou certa? – Provocou.

 

- Guarde sua língua venenosa, Asia Maldizente – Disse Alfeu, que a mão levou a espada negra – Ou um triste fim, ainda lhe espera.

 

- Não cure de ameaças, Enamorado Sandeu – A mulher riu – Em nada me assusta com esta espada desfeita.

 

Em um gesto rápido, a espada, Alfeo tirou da cintura, passando no local onde Asia se encontrava. Mas esta fora mais rápida, aparecendo diante do Deus-Rio, onde, com um soco no estômago, fez Alfeo se curvar para frente, com um pequeno gemido. Rolou pelas costas do irmão e do outro lado deste, dera uma joelhada em seu rosto, jogando-o alguns passos para trás.

 

Na sala todos que viam a discusão, se surpreenderam. Estaria Ele deixando-se levar?

 

"O que está acontecendo com Alfeo?" – Prometeu estava prestes a intervir, porem assustou-se com o corpo de Asia, que passara rapidamente na sua frente, indo atingir uma das pilastras do outro lado da sala, caindo pesadamente, de bruços, no chão.

 

Alfeo havia lhe jogado longe apenas com um simples levantar de cosmo. A risada deste tomou conta do recindo, chamando a atenção de todos, que não se atreviam a se meter.

 

- Grande desonra aos gerados por Thetis acometes, ao verem que são comparados com seres insignificantes. No Tartaro Obscuro, deve remoer-se Oceano Grandioso, por haver como filha tal ser.

 

Ao ouvir tais palavras Asia ergue o rosto com dificuldade, fazendo Aqueloo, que via tudo calado, sorrir.

 

Alfeo, em posição de superioridade, ainda parado no mesmo lugar, coloca as mãos para frente com as palmas viradas para cima, acendendo novamente seu cosmo.

 

Asia não teve tempo de se recompor, seu corpo fora jogado violentamente contra o teto, fazendo-a soltar um gemido.

 

- Basta, Alfeo! – Epimeteu falou imperioso, mas o moreno não lhe deu ouvidos.

 

Com um passo, prosseguiu olhando Asia.

 

- De agua fomos gerados, de agua somos feitos. Quanta imprudência e ignorância, Asia Degenerada da raça, ao baixar a guarda ao me ver no chão – Fez seu cosmo aumentar, espremendo o corpo da Oceanide sobre a pedra fria, causando uma dor insuportável.

 

Alfeu deu mais uma passo, chamando com o cosmo a espada que estava no chão. Agarrou-a com força e suspirou sonoramente.

 

- O que pretende? – Prometeu não estava gostando da forma com era conduzida a disputa.

 

Alfeu sorriu.

 

- Vou lhe mostrar porque deve temer esta espada – Disse. E rapidamente o corpo de Asia foi tragado para junto de Alfeo, que saltou em direcção a irmã, de espada em punho.

 

- ALFEO!

 

O grito de Dione fora abafado pelo enorme cosmo que se apoderou do local. Alfeo apenas teve tempo de parar o ataque. Alguns fios negros de seu cabelo cairam de mancinho para o chão, enquanto o corpo de Asia era atirado contra outro pilar.

 

Segundos depois, a porta principal era destruída meio a uma enorme explosão.

 

Alguns momentos de perplexidade se passaram, até que os olhos se moveram ao homem loiro sentado tranquilo no Grande Trono.

 

Aqueloo fitava sem emoção a porta destruída. Na mão direita Cieńnaduszy, que acabava de ser infincada no chão, diante de seu dono.

 

Alfeo estreitou os olhos, enquanto Asia tentava se erguer.

 

- Porque me fazem isso – O loiro disse em tom cansado, causando estranheza nos demais – Simierc Torna-se penosa ao não conseguir seguir seu instinto, de ir ao encontro a carne inimiga. – Disse isso levando a mão ao cabo da espada menor.

 

Alfeo resignou-se, fitando o irmão, ainda com raiva a peleja interrompida.

 

- Guarde sua fúria, Obscuro filho de Oceano – Iniciou parecendo recomposto – De nada lhe servirá acabar com os teus. – Ouvindo tais palavras, Alfeo levou a espada a cintura, parecendo descontrair.

 

- A ti, Asia, Filha detestável de Thetis – Reiniciou olhando a irmã já recomposta – Guardai seu veneno para os inimigos. De certeza, assim, será mais útil.

 

Ergueu a cabeça e estufou o peito, Asia, que a resposta estava pronta a dar, mas a risada penetrante e incomoda do recém-chegado que passava pelos escombros, a fez desistir.

 

- Encontrai diversão destruindo o castelo, Nobre Alfeo – Eurídano que carregava Astrea desacordada no braços se voltou ao irmão – Impaciente pela prenda de Guerra...

 

- Não tombes de gracinhas – Aqueloo que o olhar estreitou ao ver a deusa desacordada sobre a atenção de Alfeo, disse – Levai tu, ao recinto que é dela. Que o filho Obscuro do Velho do Mar tome as honras na hora certa – Disse fitando os olhos escuros do irmão que nada disse – Para que desforra encontrai no sangue de Virgo!

 

Continua...

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(1): Athena Protetora dos guerreiros

(2): Athena em Ouro e Marfim que se encontrava dentro do Parthenon - Kurumada colocou a estatua em pedra fora do templo

(3): Entrada da Acrópole.

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Capitulo IX

 

 

A movimentação dos peões

 

 

 

 

 

 

Santuário de Athena

 

Os olhos atentos, muitos, levemente arregalados ao avistar tal objecto odiado: a arca em tamanho pequena, ladeada em dourado com fundo verde escuro, alguns detalhes se estendiam nesse fundo na mesma cor amarelada do restante. Reparavam na Deusa da Sabedoria que caminhava de encontro a Eos, que pareceu por instantes, a Afrodite, um tanto ansiosa.

 

Athena decidira não entrega-la directamente. Segurando a arca com uma mão, abriu a tampa com a outra. O brilho dourado da adega que lhe degolara durante a Guerra Santa, reflectiu nos olhos da deusa que "secou" o objecto com fervor.

 

Saga sentiu o corpo estremecer. Mal batera os olhos na adega que parecia segui-lo junto de seu destino, e conseguia visualizar e até sentir o ultimo suspiro de Athena antes de sua queda, para baixar ao Hades.

 

Era pena não estar ali para ver sua destruição, pois que em breve estaria em sua nova missão.

 

- Athena... – A voz de Shura encheu a sala. Mas o gesto desleixado da deusa o fez se calar.

 

- Mas Athena...

 

- Já a muito que essa arma existe. Se cair em mãos erradas poderá nos dar problemas. – Saori interrompeu Shion.

 

- Deve ser destruída – Eunomia se aproximou – De certo O Grande Deus sabe o que deve ser feito.

 

- Ela será destruída assim que as ordens de Zeus, Grande Deus, vierem ao meu encontro – Eos falara naquela língua tão estranha para os mortais, sendo os deuses presentes os únicos a compreenderem – Nos juntemos na prenda de Poseidon a cidade gloriosa de a tempos. Lá deuses se reunirão para o consumo destrutivo do poder de Hefesto dar fim a arma maldita.

 

Castelo de Oceano

 

Os passos determinados, se opunham ao passo leve e hesitante da deusa que tinha as mãos amarradas, seguindo entre dois deuses. No corredor escuro, os passos de Alfeo eram os que melhor se escutavam.

 

Euridano, apesar de distraído, percebia a situação existente. O ar tenso era desconfortável, fazendo o deus-rio olhar de soslaio, vez sim vez não, para Alfeo que seguia em frente, sem hesitar.

 

Imaginava o que poderia passar pela cabeça do mais violento dentre os filhos de Oceano. Era ridículo a forma como Eros havia brincado com o interior do deus-rio.

 

Astrea nada dizia. Apenas limitava-se a seguir o caminho ordenado. Sabia que jamais iria escapar do seu fado. Era assim que as Moiras haviam determinado o termino de sua existência? Seu sono eterno viria para a desgraça dos Olímpicos?

 

Provavelmente era essa a resposta, mas não poderia se queixar. No seu intimo, algo dizia que tempos difíceis estavam por vir e não queria rever a desgraça da humanidade.

 

Por esse motivo não deu luta quando Euridano lhe deu um pequeno empurrão para entrar em uma ampla sala de correntes que se estendiam pelo tecto. A mesma sala que continha figuras estranhas em mosaico no chão, aparentemente sem qualquer significado.

 

Seus olhos claros se prenderam nos grilhões pendurados mais ao centro, onde vira Euridano apenas com um erguer de mãos traze-los para mais próximo.

 

Com rapidez e descuidado, colocou os grilhões em cada pulso da deusa e com um gesto firme fez a corrente retroceder, erguendo o corpo frágil de Astrea que soltou um pequeno grunhido, chamando a atenção de Alfeo que permanecia imóvel na porta escancarada.

 

Euridano lhe fitou com um pequeno sorriso.

 

- Não haveis por mal se fizer as pazes com a filha da Justiça – Disse com uma ponta de desprezo fazendo o filho obscuro de Oceano serrar os pulsos. Euridano não ligou – Ou preferis deixa-la em raiva para o golpe ter menos peso…

Estancou. Quando deu por si, Alfeo estava a centímetros de distância, intimidando o irmão, que se calou e rapidamente retrocedeu alguns passos.

 

- Esperai, Obscuro!!! – O outro ainda recuava devido ao pequeno avanço que Alfeo dera – Não achais que sou teu inimigo por tentar facilitar ao que prestes vai suceder?!

 

Alfeo nada disse, se pondo de lado, esperou que o outro, ainda acanhado, se retirasse. Euridano não hesitou. A passos largos se dirigiu para a saída seguido pelo irmão que não olhara para trás enquanto ordenava que a porta se fechasse.

 

Ilha de Créta – 20 Km de Knossos

 

Os olhos atentos já estavam cansados de procurar por algo que ainda não sabiam o que era. A dúvida estava estampada na cara e, Saga percebia que Mu já não estava muito disposto com todo aquele calor incomum aquela época do ano, principalmente, aquelas horas.

 

Seus olhos verdes miraram o sol baixo, lhe indicando que já deveria ser próximo das 17h. Suspirou.

 

Estavam em Creta desde a noite do dia anterior, como Shion havia ordenado, se instalando em uma pequena pensão em um vilarejo ainda dominado por uma vida rudimentar, explorando sem grande descanso as vizinhanças. Mas não encontraram nada de incomum.

 

A caixa de sua armadura, também, começava a pesar, assim como a do Cavaleiro que lhe acompanhava.

Mu nunca fora de contestar ordens de Shion, principalmente, depois do que acontecera durante a Guerra Santa, mas estava achando inútil estar ali se o Santuário estava em perigo de ataque.

 

- Os outros cavaleiros ficaram aqui para qualquer eventualidade – Shion dissera com firmeza, enquanto olhava por de trás da mascara, os dois Cavaleiros ajoelhados dois degraus a baixo de seu trono – Vocês precisam ir até Creta, ainda hoje.

 

Mu suspirou pesadamente fazendo o mais velho lhe fitar.

 

- Está de facto calor – Saga comentou vendo um suor correr pela face já rubra de pele delicada do Cavaleiro de Aries. – Acho melhor descansarmos um pouco antes de continuar.

 

- ... – foi a única resposta.

 

Foi quando, de repente, um grande barulho estremeceu o solo e um clarão se mostrou no horizonte norte.

De imediato os dois homens se voltaram para fitar o que era. Não estavam muito longe de onde havia insurgido tal acontecimento.

 

Algo apertou no coração de Mu, ao ouvir de longe uma gritaria que acabara de cessar com o segundo estrondo, seguido do mesmo clarão.

 

Seus pés sentiram o impacto, mas não se detiveram, assim como os do companheiro. Rapidamente se puseram a correr. A adrenalina dos corpos subiu de tal forma, que já não sentiam o desconforto do calor e do cansaço.

Algo grave se passava e, poderia ser a resposta ao que procuravam.

 

Não demorou para começar a passar por pessoas que corriam desordenadas em um euforismo barulhento, atropelando umas as outras, com vista a fugirem do que quer que fosse que estivesse acontecendo.

 

Mu e Saga não tinham tempo de perguntar o que acontecera, pois que estando a correr pelo lado contrario, sentiam os corpos impulsionados para trás, tendo que fazer força para passar entre a multidão que corria desorganizadamente aos gritos.

 

Com alguma persistência conseguiram escapar da parte mais critica da entrada do vilarejo, encontrando mais a frente uma imagem aterradora: Casas semi destruídas ou destruídas por completas estavam em chamas, enquanto alguns corpos se espalhavam pelo caminho sobre ou entre os escombros. Saga pensou ter ouvido um choro de criança vindo de dentro de uma das casas, porem quando apurou a audição não conseguiu ouvir mais nada.

 

Por toda a rua principal se espalhavam escombros que escondiam as pedras originais da calçada . Mu tentou ficar atento a qualquer movimento inesperado, enquanto Saga tentava ouvir alguma coisa...uma pista de algum sobrevivente. Mas isso não aconteceu.

 

Seus olhos, então, miraram mais a frente, onde a poeira espessa não havia assentado totalmente, mas começava a abaixar. Ergueu o queixo e estreitou os olhos.

 

- Algo está ali – Disse convicto, atraindo a atenção de Mu que rapidamente acompanhou o olhar do outro.

- Não vejo ou sinto nada – Mu estranhou.

 

Mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, vira Saga recuar alguns passos.

 

- Prepare-se!!! – Alertou.

 

Não deu tempo. Mu virou o rosto para o caminho novamente, mas quando conseguiu focar seus olhos uma enorme mancha negra estava tão próxima que teve uma leve tontura. O que pode ver foi uma luz forte de tom amarelado vir ao seu encontro.

 

- Mu!!!!

 

O impacto em seu rosto o projectou para longe. A alça que segurava a caixa em suas costas arrebentou, projectando o objecto para longe de seu dono. Seu corpo ainda encontrou o chão, mas continuou a deslizar, destruindo os obstáculos causados pelos escombros das casas. Conseguiu parar a poucos metros.

 

Saga voltou-se para fitar o adversário, porém, ele já não estava mais lá.

 

Começou a procura-lo com atenção. Se sentia ridículo por não ter visto se quer como ele era. Fora tão rápido que apenas distinguiu um flash de cosmo que desaparecera logo quando atingira Mu. Logo avistou-o se recompondo.

 

- ESTÁ BEM ?!

 

- E...eu estou bem – Levantou cambaleante para cair novamente de joelhos – “O que era aquilo?” – Tentava se concentrar. Seus olhos ardiam de forma quase insuportável, não conseguindo abri-los por muito tempo.

 

- Apareça!!! – Ordenou Saga imponente enquanto seus olhos ágeis percorriam os arredores.

 

Se arrepiou com a risada que invadiu seu ouvido, enchendo o local como um prenuncio de destruição.

 

O queixo de Saga não se baixou. Sua pose altiva era irredutível.

 

- Reconheço aquele que, dentre mortais, é considerado como um deus – Disse com impafia, ainda sem se mostrar ao adversário – Porém é só pose, presumo...

 

Um estalo veio de dentro de uma das casas semi-destruídas a direita do Cavaleiro, fazendo-o voltar-se. Desta vez conseguia ve-lo. Seu enorme corpo era revestido por uma brilhante armadura de tom escuro que, com luminosidade do fogo trepidante, fazia uma alternância de tons que não deixava identificar com precisão a cor.

 

O rosto quadrado mas comprido era adornado por um nariz afilado que se estendia sem a natural “quebra” no fim da testa. Os lábios um tanto carnudos se abriam em um sorriso limpo de dentes perfeitos, que fizeram Saga congelar na imagem por alguns instantes, reflectindo sobre a beleza incomum da figura a sua frente, que agora parado fitava-o com seus olhos azuis claros que se destacavam de todo o resto em contraste com a pele morena e cabelos encaracolados, compridos até os ombros, negros.

 

Uma beleza exótica. Tão diferente que Saga se descuidara do avanço deste que agora se encontrava a poucos metros.

 

- O que foi Cavaleiro de Athena? – A voz grave o fez sair do seu transe, percebendo seu descuido.

 

Saga rapidamente voltou a si, serrando os punhos.

 

- Quem é você? – Indagou entre dentes. Estava irritado mais consigo mesmo, por haver se impressionado com o adversário, do que com facto da provocação naquela pergunta

 

- O solo que pisas é meu território – Iniciou enquanto perdera o sorriso – Em nada te adiantara reservar o nome, pois que derrotado pelas minhas mãos, logo saberei pela boca de seu amigo.

 

- Ridículo – A calma habitual de Gémeos retornava com seu olhar audacioso, formando um pequeno sorriso no canto direito dos lábios.

 

Com um gesto rápido retirou a caixa que estava sobre as costas, fazendo esta cair ao encontrar o chão com um som seco.

 

Estreitou os olhos e morou o outro ainda imóvel, acendendo o cosmo que chamava pela armadura dourada. Esta respondeu rapidamente revestindo o corpo do Cavaleiro.

 

O brilho dourado fez o adversário sorrir. Já havia ouvido falar da elite da Deusa da Sabedoria, mas era a primeira vez que via de perto um deles. De facto, aparentemente, eram tudo o que se dizia entre céus e terra. Mas até que ponto?

Perante Saga não pareceu se abalar. Adquiriu uma pose altiva.

 

- Amniso – Decidiu por fim se apresentar – Segundo filho do Velho do Mar, Oceano.

 

O geminiano fechou os punhos. Então de facto era um deus-rio. Fez um barulho estranho com a gargante antes de decidir se pronunciar.

 

- Saga, Cavaleiro Ouro de Gémeos – Disse por fim.

 

- De bom grado lutarei contigo, Cavaleiro de Ouros – Amnisos iniciou elevando seu cosmo. As pedras soltas dos escombros começaram a flutuar com leveza, enquanto Saga se preparava para um eventual ataque. Ele era rápido e tinha que ter cuidado dobrado.

 

O cosmo que emanava do enorme corpo crescia a cada momento, mas o deus-rio não se movia, fazendo Saga pensar que poderia estar tentando intimida-lo. Mas foi nesse raciocinio que com um gesto rápido a entidade menor agarrou em uma pedra que flutura naquele momento a sua frente e com força atirara no adversário. Saga no mesmo momento desviou o rosto deixando o projectio passar, mas assim que focou novamente o inimigo ele já estava muito próximo, agarrando atrás de sua cabeça e puxando-a de encontro ao joelho dobrado para frente.

 

Saga sentiu a dor intensa que começara no centro do nariz e se alastrou para a extremidade fazendo uma dormência incómoda. Sua garganta soltou um rosnado enquanto fechava os punhos com força. A visão turva não lhe permitiu focar o alvo, tentando a sorte. Empregou no punho a força que lhe sobrara naquele momento, enquanto ainda sentia a mão do inimigo ainda em sua cabeça e desferiu um soco que alcançou a costela de Amniso, que se curvara um pouco para o lado serrando os dentes.

 

Saga ainda não esperou pela reacção do inimigo desferindo mas três golpes repetitivos na mesma altura do primeiro. Um...dois... o terceiro fora defendido com alguma dificuldade, com a mão que estava segurando sua cabeça. Dessa forma conseguiu se afastar um pouco.

 

Sua visão estava voltando, já conseguia visualizar a cara retorcida do outro que grunhia de forma estranha.

Os olhos azuis voltaram na sua direcção , parecendo decifrar seu pensamento: voltou-se para o lado encontrando a figura confusa de Mu que esfregava os olhos com frenetismo, enquanto apoiava um joelho no chão.

 

Ardiam de forma terrível, como se tivesse olhado durante horas para o sol do meio dia.

 

O olhar do deus-rio virou novamente para Saga que retribuiu com uma ponta de duvida.

 

- Será que se trata também de um cavaleiro de Ouro? – Indagou rindo. – Veremos – Completou elevando o cosmo e saindo rapidamente de encontro a Mu, antes que o Cavaleiro de Gémeos pudesse ter qualquer reacção.

 

- MU!!!!!

 

Athenas – Arredores do Santuário

 

Uma grande movimentação nas ruas atrapalhava a visão de muito dos soldados que vagavam no local. Por ordem de Athena todos se dispuseram em posição estratégica nas vilas que rodeavam o Santuário.

 

As pessoas pareciam alheiras ao que se avizinhava e, esse facto, irritava muitos dos que estavam ali para protege-las.

 

Era uma honra acatar a uma ordem directa da deusa que raramente viam e estavam anciosos para mostrar o seu valor.

 

Conversavam imponentes enquanto caminhavam entre as pessoas.

 

- Desta vez não deixaremos que nada aconteça – Disse o mais alto que caminhava na frente de três homens.

 

- Temos que mostrar que, também, somos digno da confiança Athena, Absirto – Crespi responde meio convencido.

 

Damiano, o mais velho, apenas sorriu.

 

Sim, esse era o espírito geral. Eles lutavam parar a protecção dos mais fracos e nada os iria deter.

 

Foi quando uma gritaria se iniciou mais a frente e, algumas pessoas corriam na direcção do evento.

 

Os olhares dos soldados se encontraram por segundos. Seria agora que mostrariam o que valiam? Correram, apesar das pernas bambearem.

 

O tempo de reacção de ambos demorou o suficiente para que a gritaria aumentasse. Toda aquela confusão mais a frente fizera um entusiasmos vencedor lhes tomar o espírito, dando agilidade as pernas que corresponderam ao estimulo com avidez.

 

Porém fora abrandado pela visão do que estava no centro da confusão. Desanimo misturado com uma ponta de alivio abrasou o euforismo ao verem um homem armado com uma grande faca ameaçar aqueles que passavam.

 

“isso só poderia ser comigo!” – Damiano pensou desanimado.

 

- MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI!!! – Gritou enquanto avançava.

 

- NÃO SE APROXIMEM!!! – O homem gritara, fazendo os guardas pararem bruscamente. Seus olhos vidrados mostravam um pânico invulgar a situação actual. Ninguém além dos que viviam no Santuário sabiam o que estava por vir, então qual era o problema daquele homem.

 

- Acalme-se!!! – O guarda mais velho dissera com autoridade dando um passo em frente enquanto o outro recuara, os outros dois recuaram entrando para o meio daqueles que se aglomeravam para ver a confusão – Não há motivo para tanto pânico...

 

- NÂO...!!! – De um salto fora agarrado e desarmado por Absirto e Crespi. – N-não!!!

 

- Seu louco – Crespi falara entre dentes enquanto tentava segurar o homem que se contorcia tentando se libertar.

 

- Segure-o com força – o outro reclamou agarrando no outro braço do sujeito em fúria.

 

- Não sejam moles – Damiano se aproximou irritado, mas parou a alguns passos, como que congelado no tempo.

 

O outro que antes se contorcia para se libertar parou de repente.

 

- O que há!? – Absirto que segurava o corpo já imóvel perguntou para o mais velho enquanto a multidão começava a murmurar indagações do mesmo género. Foi quando viram o guarda soltar um pequeno gemido. Tremelicou os membros e caiu pesadamente para frente, batendo a cabeça com força no chão.

 

De imediato os murmúrios deram lugar para exclamações de espanto e receio. Os dois guardas de imediato soltaram o homem ainda imóvel, que caira sentado pesadamente no chão. Um homem da multidão, de roupas simples e um pouco sujas se aproximou para ver o que tinha se passado.

 

Examinara o corpo estendido no chão juntamente com os outros dois que não conseguiam proferir nenhuma palavra. Seria possível que Damiano estivesse com algum problema de saúde que resultara naquele ataque fulminante?

Foi quando, com uma mão que tremia descontroladamente , o homem que se aproximou apontou para um pequeno orifício negro no topo da cabeça.

 

Os dois guardas se entre olharam estranhamente. Com certo nojo Absirto se aproximou. Um pequeno buraco muito fundo mas calterizado tão forma que a volta formava uma crosta enegrecida.

 

“por isso não sangrou”

 

Seus labios mexeram para proferir uma palavra de baixo calão, mas foi detida por um pensamento crucial.

 

- O que pensa que é? – Crespi indagou a alguns passos. Na verdade não tinha estômago para se aproximar e, sabia que fora isso que lhe dera apenas aquele lugar no escalão mais baixo dentre os protectores de Athena.

 

Algo no estômago revirou, não deixando que respondesse a pergunta do companheiro. Sentiu os dentes baterem um pouco. Mordeu os lábios para trava-los e não dar a entender seu sentimento aos outros que ainda murmuravam alto.

As mulheres, após a esteria inicial, agora só conseguiam tapar a boca com as mãos e falar umas com as outras rogando aos deuses que não fosse algo epidémico.

 

Não queria prestar atenção a isso. Seus olhos, teimosos para seguir o percurso que a lógica lhe jogava, mirava as sombras desformes e assustadoras pelo seu próprio pânico. Moviam-se conforme o desenrolar a cena a sua volta...mas ali, como temera, estava uma única que não se movia, com uma forma um tanto menor e desforme que as outras, porque não se encontrava no mesmo nível.

 

Apesar do medo, não pode resistir em olhar para cima...para o céu, onde encontrou um corpo flutuante.

 

Arregalou os olhos chamando a atenção do companheiro que acompanhou seu olhar.

 

- Por Athena!!!! – Exclamou recuando enquanto a multidão tomava consciência do que acontecia.

 

- Hmmmm!!!! Já não era sem tempo. Não queria atacar novamente pelas costas...ou seria pela cabeça?

 

Castelo de Oceano

 

Os passos duros se aproximaram com determinação. Uma simples ordem e os dois lacaios de aspecto duvidoso abriram as pesadas portas para mostrar a deusa pendurada sobre o mosaico de figuras estranhas.

 

Suas mãos já estavam dormentes pela posição que os grilhões lhe forçavam estar. O corpo, pendente pelas correntes que lhe prendiam no teto, começava a doer.

 

O desconforto era tanto que não dera pela porta que acabava de ser aberta para mostrar a figura que tanto temia.

 

Os olhos escuros fitavam a cena com interesse, enquanto fechava a porta desconfiado. Parou quando a porta foi encerrada atrás de si, esperando ouvir algo do outro lado, porém nada se ouviu.

 

Sorriu fracamente voltando-se para a deusa presa no centro da sala.

 

- Sabeis o que está por vir? – Sua voz fez ecoou chamando a atenção da deusa. Alfeo sorriu debochado – Claro que não. Apenas o Preceito sabe o que há de vir.

 

Astrea nada disse. Limitou-se a fitar o homem que começou a se aproximar.

 

- Deveis estar assustada, Grandiosa, pois explicarei o que vai suceder – Recomeçou pondo a mão na bainha da espada que estava em sua cintura – Recordo ora aquele que é nascido de Zeus e, que por obrigação leva recados dos deuses. A luta equilibrada em nada me deixava a dever – Começou a baixar a voz enquanto suas palavras saiam entre dentes.

 

Sua mão segurou firme a bainha da espada, enquanto seus olhos se perdiam nos olhos da mulher presa por correntes.

 

Mas não era ela que via e, sim, um passado tão vivo em sua memória. – Até sua chegada. – Estreitou os ohos retirando a espada da cinta.

 

Esperou alguma resposta daquela que parecia irritantemente calma a sua frente. Como podia não estar receosa pela sua vida...pela sorte daqueles insectos que gostava tanto?

 

Se aproximou com a espada negra apontada para a garganta da mulher agrilhoada. Evitava reparar na espada danificada que lhe fazia sentir tão mal.

 

Roçou a ponta da sua espada no pescoço branco fazendo a deusa fechar os olhos de leve. Astrea sentiu o objecto descer até o centro de seu peito. Não iria implorar. Estava conformada com seu destino e isso começava a irritar Alfeo que tinha em seu peito esperança que esta suplicasse pedindo desculpas e jurando que permaneceria ao seu lado.

 

Mas ela nada dizia e isso começava a lhe corroer or dentro. Retorceu os músculos da cara enquanto serrava os dentes.

 

Suspirou.

 

- Então é esse seu futuro – Disse ainda entre dentes. Mirou mais uma vez a mulher erguendo a espada – Então que assim seja!!!!

 

O golpe seco veio com fúria, dando apenas tempo da deusa arregalar os olhos claros.

 

Continua...

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Mais uma fic ressuscitada, toda a vez que leio é como um épico, uma verdadeira tragédia grega.

 

Sem dúvida, fora uma boa inspiração ao introduzir deuses menos populares.

 

Continua assim, com fé e garra.

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  • 2 semanas depois...

Mais uma fic ressuscitada, toda a vez que leio é como um épico, uma verdadeira tragédia grega.

 

Sem dúvida, fora uma boa inspiração ao introduzir deuses menos populares.

 

Continua assim, com fé e garra.

 

Obrigada por não abandonar a leitura da fic, Saint Mystic. Eu sei que demorou mas peço desculpas!!!

 

Muito obrigada pelo comentário.

 

Fica bem.

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Resumo do capitulo anterior: A chegada de Eos no Santuário é explicada. Eos vem dar a noticia que a Adaga dourada deve ser destruida, marcando onde deverá ser esse evento. Astrea é acorrentada por Euridano e Alfeo em uma sala preparada para ela. Enquanto isso Saga e Mu já se encontam em Creta onde encontram um poderoso inimigo que se apresenta com o nome de Amniso, um dos filhos do titã Oceano. A luta é feroz e Saga e Mu estão tendo trabalho em derrota-lo.

Já nos arredores do Santuário três soldados querem provar seu valor, mas são pegos por uma força superior que acaba matando um deles.

Alfeo volta a sala onde Astrea está e decide acabar com tudo de uma vez.

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Capitulo X

Quando no tabuleiro não tem apenas 32 peças.

 

 

 

Tartaro

 

Trevas infinitas, de sofrimento e odio fazem o ambiente desse lugar tão longinquo... tão esquecido de deuses e humanos.

 

De suas sombras, apenas três figuras se movimentam entre as rochas negras e os pesados portões que guardam os inimigos de Zeus.

 

Nada ali trasnpassa. Não saem, nem entram qualquer ser, ao menos que as três criaturas horrendas deixe passar.

 

Da escuridão, dentro dos gigantescos muros, murmurios vagam com a ira dos Titãs aprisionados. Por vezes o silencio retorna, aguçando a curiosidade dos três seres que levaram o nome de Hecatonquiros. De grandes corpos musculosos de onde se estendiam cem potentes braços e cinquenta cabeças sempre alertas. Coto que de determinação era o mais atento; Giges, aquele que intigara os irmãos na guerra dos Olimpicos e Titãs a ficarem do lado de Zeus e, Briareo, de pensamentos tortuosos, talvez, enlouquecido pela escuridãos do Ser Primordial.

 

Suas funções nunca passaram do simples acto de guardar aquele local e, apesar de ouvir os murmurios do interior da grande fortaleza, não se atreviam a entrar. Mas, mais uma vez, quando a voz potente de Chronos transpassara o obstaculo ao encontro de Briareo que, no momento, estava só ao portão, o grande mostro inclinou as suas cabeças para prestar mais atenção.

 

- Filho de Gea Poderosa, o que te pesa na alma, que não o deixa cumprir funsão dada por Zeus Impiedoso? Estaria o Tartaro alimentando insanidade, por falta de compaixão daquele a quem ajudaste?

 

Ouviu um grunhido retorcido e baixo, das cabeças do poderoso monstro.

 

- Ouve essa profecia com atenção, Poderoso Briareo. Que de minha boca nunca falte a verdade. Que se de tempos, injustiça cometi para irmãos que somos, do mesmo erro não cometerei de futuro. – Tentava entre a fraqueza de seu pesar, parecer amavel – Abre os portões funestos do Poderos Tartaro e, deixe que o resto esteja nas mãos dos demais que do nosso lado se encontram. Grato serei e, da luz do sol o deixarei se banhar, sem mais ter que passar pela provação das sombras.

 

Ao ouvido do grande monstro, as palavras de Chronos pareciam pesar, pois de facto sua sorte e de seus irmãos nada alterara desde a derrota dos malfadados filhos de Gea. Permaneciam no mesmo local onde Urano os quisera prender e, Zeus apenas havia dado uma falsa esperança. Tomado de ira, erguesse o gigantesco Briareo, caminhando ruidosamente até os pesados portões. Todos seus olhos miram uma pedra ao lado do portão e, com uma de suas mãos poderosas, fecha o punho e investe sobre o muro, estilhaçando uma pequena parte da rocha negra.

 

Como era previsto, Tartaro nada deixaria sair daqueles muros, aguentando o golpe.

 

Briareo fitou o pequeno buraco, efeito de seu golpe, soltando um retorcido urro que abafara os passos dos outros dois, que se aproximaram rapidamente.

 

A principio nada perceberam do que se passava mas, ao mirarem a indignação do irmão, não restou duvida. Rapidos, sercaram Briareo tentando deter o segundo golpe.

 

Uma luta confusa começara, onde os braços de Coto e Giges tentavam vencer a furia e violencia do outro que passava a se contorcer. Um baixar de um punho e Giges conceguira atingir o abdomem de Briareo, jogando-o para trás, alguns passos. Este desequilibrou pelo golpe inesperado e caíu.

 

O estrondo do impacto estremeceu dentro da fortaleza, assustando os que nela estavam presos sem saber o que se passava.

 

Coto mirou o irmão que se levantava com furia.

 

- O que se deve tamanha ousadia, Briareo? – As cinquenta bocas proferiam ao mesmo tempo, causando um som insurdecedor. - Não vê tamanha traição em seu acto.

 

- Como pode o mais forte dentre nós, se voltar contra os Olimpicos? – Fora as vozes retorcidas de Coto a invadirem o escuridão. – O engano do Tortuoso Chronos te persuadiu? Nada que venha da boca infame do Senhor do Tempo, mudará nosso fado.

 

O outro urrou, fazendo o muro negro estremecer. De imediato tomou balanço e avançou contra os irmãos que se colocavam diante de seu alvo.

 

Coto, vendo que em nada que dissesse conseguiria trazer a sanidade do irmão de volta, decidira o que tinha de ser feito. Se preparou para avançar de encontro ao outro. Giges vacilou.

 

O impacto dos corpos dos irmãos estremecia o chão, fazendo um som explosivo ecoar por todo o local. A cada golpe aplicado de ambos os lados e, os urros de dor das cem bocas, faziam os prisioneiros ficarem atordoados. Nada se via, apenas se ouvia, para pequenas deduções...confusas...rapidas como cada golpe aplicado, pois que se umas mãos acabavam de aplicar o gospe, outras já entravam em acção.

 

Por onde passavam destruiam rochas, ferindo Tartaro que se enfurecia apertando sua escuridão... judiando ainda mais daqueles que nele se encontravam.

 

Giges por fim decidira, em meio ao seu sofrimento, que havia de acabar com aquilo. Rapido como um relampago fabricado para Zeus pelos Ciclopes, passou para trás do irmão raivoso e e prensou cada braço deste nos seus.

 

Coto rapidamente ergueu dois braços livres e, com força, jogou-os contra o peito do irmão. As mãos atravessaram seu peito, fazendo-o gritar. O buraco feito na pedra do grande muro rachou.

 

Querendo acabar com sofrimento do irmão, Coto arrancou seu coração, fazendo o cem olhos se fecharem de imediato.

 

O silencio voltou a reinar na escuridão do Tartaro, que parara de torturar seus habitantes na mesmo hora.

 

Ilha de Créta – 20 Km de Knosso

 

O deus-rio com velocidade surpreendente, segue em direção do Cavaleiro de Áries, enquanto o mesmo freneticamente esfrega seu olho, afim de diminuir a irritação e poder abri-lo.

 

- Vamos ver o quão bom é um cavaleiro de ouro.

 

Próximo a Mu, Amniso dispara um potente soco, mas antes de seu punho alcança-lo, o Cavaleiro de Áries some.

 

- Onde ele foi par... – Antes mesmo de concluir seus pensamentos, Mu reaparece por de trás do deus-rio na altura de sua cabeça e lhe desfere um potente chute na nuca arrancando seu elmo e, o arremessando de cabeça ao encontro de alguns escombros. Porém, Amnisofinca sua mão direita no chão, provocando um pequeno rastro onde passa, conseguindo impedir o impacto. Com avidez, se impulsiona para cima, dando um mortal no ar e caindo de pé no chão. A fraca tontura o fez cambalear um pouco.

 

- hmmm! Teletransporte! – Indagou o deus-rio que agora sentira uma pequena dor em sua nuca.

 

Mu que estava de frente para o adversario, à alguns metros de distância, fitou Saga que não tirava os olhos de Amniso. Não demostrava, mas estava surpreendido com Mu, que desistira de manter os olhos abertos e se mantinha firme, apesar do incomodo.

 

Mas seus olhos abriram por segundos ao ouvir aplausos do adversario, juntamente com uma risadinha irônica.

 

- Realmente vocês são bons guerreiros, foram bem treinados para qualquer tipo de situação, mas será que podem com isso? – Amniso começa a fazer movimentos com seus braços, lembrando um pouco o guerreiro de Cisne, enquanto seu cosmos se eleva a um nível bem acima da de um Cavaleiro de Ouro.

 

- O cosmos dele é algo surpreendente, nunca presenciei algo assim. – Indaga Mu.

 

- Prepare-se, Mu! – Diz Saga, com um olhar atento para o que poderá vir.

 

Mu dá um salto e se aproxima de Saga. O guerreiro de Áries emana, também, seu cosmos ao limite, chamando assim sua armadura que o reveste por completo. Saga, também, emana seu cosmos ao máximo, esperando algum movimento do adversário.

 

- Preparem-se ! – Diz Amniso. – Agora não escapará guerreiro ! – Disse erguendo cada mão na direcção de Saga e Mu, que em principio pensaram que seria algum ataque.

 

Mas este não veio.

 

Com uma incrível velocidade, ele se aproxima de Mu.

 

Com grande surpresa, Aries tenta se desviar, mas sente os pés preso ao chão, levando um golpe em seu estômago com tamanha força, que inclina seu tronco para frente. De sua boca saiu um grunhido que fora abafado por uma joelhada no queixo, destruindo o chão onde ele se encontrava preso. Os estilhaços de pedra pareceram a Saga, que não podia se mecher, moverem-se em camera lenta, junto com pó que se erguia com os fragmentos.

 

O corpo de Mu é projectado para o ar de forma desgovernada. Amniso acompanha o movimento com um sorriso, dando um giro, seguido de um chute, que arremessa Mu entre os escombros das casas.

 

O barulho ressoa no ar, chamando a atenção do Cavaleiro de Gemeos, que tenta se mover sem sucesso.

 

- MU! – Saga tenta se remexer, olhando para os seus pés. A frustração o faz retorcer os músculos de seu rosto e estreitar os olhos claros, elevando ainda mais seus cosmo. Foi quando conseguiu verque seus pés estavam presos por uma espessa massa de cosmos.

 

"Então é isso." – Pensa com pouca surpresa.

 

- Agora é sua vez, Guerreiro de Gêmeos. – Amniso reveste suas mãos com seu denso cosmos, formando uma espécie de soqueira e,indo de encontro a Saga, desfere múltiplos golpes no Cavaleiro que tenta se defender como ça a tentar deter os socos, mas parecia inútil diante da força e velocidades aterradoras do adversário.

 

- Estou muito rápido pra você?

 

Amniso aumenta ainda mais sua velocidade, de forma que Saga já não conseguira mais o acompanhar.O Sangue em seu rosto escorria do nariz e da boca, assim como de pequenos cortes que iam se abrindo ao longo do rosto, tingindo a armadura dourada de pingos vermelhos. Mas antes mesmo que o deus-rio desferisse um golpe mortal, Saga, com destreza, desvia sua cabeça para trás, conseguindo ver o punho de Mu que veio da direita, passando a centímetros de seu rosto. Esboça um pequeno sorriso, que se perde com a ação rápida de Amniso, que segura o braço do Cavaleiro de Áries com a mão direita e com o braço esquerdo dá uma cotovelada no tórax de Mu, fazendo-o retroceder alguns metros para trás.

 

Nesse momento, Amniso perde a concentração e, o cosmos que estava prendendo Saga, some, deixando o Cavaleiro de Gêmeos livre, dando tempo do mesmo dar um mortal pra trás, desferindo um chute no queixo de Amniso.

 

O deus-rio cai de costas no chão e, antes mesmo de pensar em se levantar, vê Saga que se aproxima do alto, com o punho fechado em direção ao seu rosto. Amniso desvia, fazendo com que Saga acerte o chão onde o deus-rio está, abrindo um enorme buraco. Saga, ao perceber que falhara, retrocede o braço, ainda abaixado, ambos os olhos sedentos de ódio se entrelaçam, enquanto Saga se encontra em cima de Amniso, mas antes de uma nova reação do Cavaleiro de Gemeos, o deus-rio segura com força seu rosto, invertendo rapidamente a situação, fazendo Saga bater a cabeça no chão. Um pequeno estrago no solo se forma em volta da cabeça de Saga, que tem sua exclamação abafada pela mão do adversario.

 

Com o outro braço livre, Amniso acende seu cosmos, porém leva um chute de Mu em suas costelas girando no ar horizontalmente. Ainda durante essa acção, Mu dá um salto, junta suas mãos e dá um golpe tipo martelo em Amniso, fazendo o corpo do deus-rio ir violentamente de costas contra o chão. Saga fita com dificuldade a cena. Nunca imaginara ver Mu de Aries em um tipo de combate como aquele. Mas o ariano, não satisfeito com isso, ainda com o punho fechado com força, vai na direção de Amniso, mas o deus-rio ergue seus dois braços em direção a Mu e, com as palmas das mãos abertas, lança uma grande quantidade de rajada cósmica, que lança o ariano para cima, lhe arrancando o elmo e causando algumas pequenas fracturas em sua armadura.

 

Amniso rapidamente dá um salto de onde estava e se reergue, colocando-se em posição alerta, mas se defronta com uma joelhada de Saga no meio de sua testa, fazendo-o rolar no chão por metros, batendo em uma árvore solitaria, uma das poucas que sobrevivera ao ataque anterior, perto de um portão preto, gradeado, de uma casa ainda inteira, a derrubando. O tronco grosso destruira parte do pequeno muro que sustentava o portão, fazendo este se amolgar um pouco.

 

"Como posso levar golpes desses mortais? Será que, realmente, os Santos de Ouro são o que os boatos dizem? Matadores de Deuses !" – Pensa com raiva enquanto se reergue.

 

– Muito bem cavaleiros, agora verá o verdadeiro poder de um Titã – Disse entre dentes enquanto se levantava.

 

Saga, ainda ofegante, tentava respirar pela boca, visto que sei nariz inchado não permitia que o ar passasse. Mu se preparou...

 

Amniso estreita os olhos, elevando seu cosmos novamente, mas dessa vez com mais ferocidade . Levantando um de seus braços, concentra uma parte do cosmos, em uma grande bola de energia, a arremessando em direção a Saga.

 

- Big Bang !

 

Com velocidade alta, a energia se aproxima rápidamente de Saga. Os olhos verdes se arregalam.

 

- Crystal Wall !

 

Uma barreira aparece entre Saga e Amniso e detém a grande bola de energia.

 

Mas esta não parece retroceder como se era de esperar, fazendo com que Mu serre os dentes e empregue muita força para manter sua barreira, que aos poucos vai se enfraquecendo diante da tamanha força do adversário.

 

- N-não é possivel! – Mu diz entre dente, puxando por seu cosmo.

 

Saga serra os punhos ainda surpreso.

 

"Como pode a tecnica de Mu não retroceder o golpe de Amniso. Isso..."

 

Não pode completar o raciocinio. Um estrondo é ouvido e o Crystal Wall vira somente estilhaço,s não sendo o suficiente para deter a trajetória da técnica de Amniso.

 

A bola de energia continua sua trajectória, com a mesma intencidade do principio. Saga da uma passo atras, surpreso com o que acabara de acontecer.

 

Rapido o Cavaleiro de Áries aparece ao lado de Saga, com tele-transporte, segura seu companheiro pelo ombro e se tele-porta para longe da trajectória da energia inimiga.

 

O golpe de Amniso vai fazendo um estrago no solo por onde passa e se colide com uma montanha ao fundo, causando uma grande explosão e levantando uma imensa cortina de fumaça.

 

- Você está bem, Saga? – Indaga Mu, já muito ofegante, depois de utilizar seu Crystal Wall com tanta energia concentrada.

 

- Sim, obrigado ! – Saga leva a mão ao nariz quebrado e com um gesto rapido e doloroso coloca-o no lugar. Mesmo sentido dores, não poderia demonstrar nenhum sinal de fraqueza, que pudesse denegrir a sua imagem de Santo Dourado, de modo que aguentou a dor sem se quer fazer um ruido. – Mas ainda temos que derrubar nosso adversário e concluir nosso objetivo. Vejo que já está com os olhos abertos, isso nos ajudará muito.

 

- Derrubar nosso adversário? – Indaga Amniso – Hahahaha, mas que imprudência esses dizeres guerreio. Devo confessar que vocês lutam muito bem, tem me dado muito trabalho derrotá-los, mas sinto que vocês não conseguirão agüentar por mais tempo.

 

- Não diga asneiras titã – Saga elevou seu cosmos, novamente.

 

Não daria mais tempo de racção.

 

- Galaction Explosion !

 

Amniso fecha seus olhos, como se não se importasse com a técnica mais poderosa de Saga. Com o esticar de um de seus braços a frente de seu corpo e o abrir da palma de sua mão, Amniso, absorve a técnica de Saga com pouca dificuldade.

 

- Como é possível? – Diz Mu, com os olhos arregalados.

 

- Minha técnica...o que aconteceu com ela? – Saga não crê no que vê.

 

- Impressionados com isso? Vejam o que ainda posso fazer, vou lhe devolver na mesma moeda. Experimente sua própria força Cavaleiro de Ouro... Galaction Explosion ! – Diz com tom brincalhão

 

Amniso devolve a técnica de Saga, na qual atinge os dois Cavaleiros de Ouro em cheio, os arremessando pra longe e estraçalhando suas armaduras.

 

O grito de ambos os guerreiros, ao serem envolvidos por uma das técnicas mais poderosas das doze casas, ecoa no vazio que se forma a volta deles. Uma explosão surge, envolvendo os santos de Athena.

 

Os guerreiros agora se encontram caídos ao chão e muito enfraquecidos. Amniso com um pequeno sorriso de satisfação em seu rosto, começa a ir de encontro aos Cavaleiroscom um olhar bem fixo e convicto de sua vitória.

 

"Realmente eles são temíveis guerreiros, seus poderes e velocidade me deram muito trabalho" – Pensou.

 

Chegau próximo de seus adversários caídos, para ter certeza de que ambos sucumbiram, porem quando já estava suficientemente perto, a imagem de Saga e Mu começa a se dirtorcer em sua frente.

 

"O que é isso? Uma ilusão?" – Pensou.

 

Uma voz vem por de trás do titã, causando arrepios e surpresa.

 

- Starlight Extinction !

 

A técnica de Mu se colide em cheio com o adversário causando grandes danos ao mesmo e criando uma imensa coluna de luz.

 

- Acabou, argh. – Mu sente muitas dores, mas fica feliz diante de sua vitória junto de Saga.

 

Saga esboça um sorriso e cai de joelhos no chão, exausto.

 

- Eu extingui ele do universo, sua alma agora se encontra no Tártaro.

 

Uma gargalhada ecoa no ar fazendo os dois presentes arregalarem os olhos.

 

- Achas mesmo que poderia se livrar de mim guerreiro?

 

- Como? – Indagaram ao mesmo tempo.

 

Um passagem dimensional se abre e, calmamente, Amniso sai por ele. Saga serra os dentes e punhos, enquanto se levanta, pois vê que seu adversário é mais forte do que o imaginado. . Mu não esboça nenhuma reação, além da seriedade que encontra-se em seu semblante.

 

- Ele possui o controle das dimensões, será muito difícil vencê-lo assim . – Pensou Mu.

 

- Preparem-se guerreiros de Athena !

 

Amniso corre em direção de seus adversários. Chegando rapidamente ao encontro destes, o deus-rio coloca suas mãos no abdômen de ambos e dispara uma esfera densa de energia que projeta Saga e Mu para trás, além de destruir suas armaduras por completo na região atingida. Enquanto os corpos dos Santos de Athena são arrastados, uma dimiensão se abre e Amniso entra nela, logo após a mesma se fechar. Rapidamente, uma outra surge, agora por de trás dos guerreiros de ouro.

 

Amniso sai pela fenda espacial e agora aplica a mesma técnica nas costas de Saga e Mu, destruindo por completo suas armaduras na parte das costas, além, de causar grandes danos aos corpos dos guerreiros.

 

Novamente arrastados, deixando no solo um rastro no chão destruido, foram chocar-se com um monte de escombros a alguns metros do primeiro embate com Amniso, causando um pequena explosão, que projectara estilhaços de pedra e, levantando ainda mais pó fino, que subira rapidamente.

 

Amniso observava seu feito um tanto ofegante. Parecia mais cansado do que os dois adversario.

 

Minutos depois, Mu conseguira sair de baixo de um grande pedaço de muro que lhe caira em cima.

 

- Urgh, droga, como ele não usou essas técnicas antes? Será que esse tempo todo estava brincando conosco? – Indaga Mu sentindo um gosto forte de sangue em sua boa. Seu corpo dolorido tremelicou antes que pudesse estabilizar e se equilibrar.

 

- Ahgh, a-acho que ele estava nos estudando. Não nos preparamos o suficiente para essa situação tão imediata. – Diz Saga surgindo por entre os escombros. Sua aparencia, muito pior que a de Mu, assustara o companheiro. Um olho fechado, pelo inchasso que se fazia presente do lado direito do rosto, o deformando um pouco, era banhado de vermelho escuro e sujo pelo pó, que surgia de um grande corte na testa. Em seus braços, também, se espalhavam cortes e carne viva, que Mu não conseguia ver a gravidade pela sujeira da poeira misturada com sangue.

 

Um esforço maior e Saga se colocara de pé, fazendo algumas pedras menores que estavam em cima de si, rolarem, fazendo um pequeno barulho que Mu nem notou, fitando a perna esquerda do companheiro, que se encontrava no mesmo estado dos braços. Se perguntava se a direita, também, se encontrava assim, posto que não conseguia ve-la. Da armadura de gemeos, apenas a protecção desta perna revestia o Cavaleiro, que estava já com o tronco nu e a calça em muito mal estado. Mu se perguntava como Saga conseguia ainda se manter de pé.

 

O Cavaleiro de Aries não demorou para perder esse pensamento e se levantar também.

 

Amniso se afasta dos guerreiros, pois sabe que são muito perigosos a curta distância. Mu e Saga se viram em direção ao deus-rio e, ficam em modo de ataque, esperando qualquer movimento do inimigo.

 

- Saga ! – Diz Mu, por meiodo cosmo – Temos que deter qualquer movimento que ele possa fazer, para criar tais dimensões.

 

- Tudo bem, eu sei exatamente o que fazer. Prepare-se !

 

Saga corre em disparada na frente de Mu, que logo segue atrás. O Cavaleiro não profere qualquer palavra.

 

Amniso se prepara para se defender. Esperando qualquer movimento inesperado de seus adversários, da um passo atras.

 

Não que não visse a proximação do inimigo, mas por segundos, o homem de cabelos azuis desapareceu e, quendo deu por si, este já estava em sua frente pronto para lhe golpear. Mas Amniso desvia facilmente, revidando com um soco no rosto do adversário. Seu punho atravessa a imagem de Saga, que desvanesse de imediato à sua frente.

 

Arregala os olhos um frustrado deus-rio.

 

- Uma ilusão de novo? – Pensa alto, entre dentes.

 

Após concluir suas palavras, Saga o agarra por trás, travando seus braços e pernas.

 

- MALDITOS, me enganaram novamente com uma ilusão. – Grita se retorcendo.

 

- Se engana, eu não sou uma ilusão ! – Indaga Mu, que agora se encontra a um metro de Amniso.

 

Este arregala os olhos.

 

- Tome isso ! – Ergue a mão direita com furia e a joga de imediato para frente, na direcção do adversário -Stardust Re... – Uma fenda dimensional se abre, engole o ariano, se fecha rapidamente.

 

-MU! – Se espanta Saga que continua prendendo Amniso como pode.

 

"Mas como? Eu inibi qualquer chances dele poder utilizar qualquer técnica!"

 

Amniso utiliza seu cosmos ao máximo, fazendo uma força impressionante, na qual Saga não consegue detê-lo por mais tempo. Quando o geminiano o solta, rapidamente Amniso vira-se, pega-o pelo rosto e desfere vários socos em seu estômago, finalizando com uma rajada de cosmos que arremessa Saga para longe, arrastando consigo algumas árvores que ali por perto se encontravam.

 

- Arghhhh, como, como é possível? – Saga caído ao solo, com os braços abertos, olha o céu sem entender como perdera seu amigo tão repentinamente.

 

Serra os punhos , com tal pensamento, com tanta força, que faz os musculos contraídos tremerem.

 

- Eu sou o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos – Se levantando com determinação, sem se quer vacilar no equilibrio. – Não voltarei a cair diante de meus inimigos – O orgulho de Saga é maior que a dor que sentia. Podendo ser maior mesmo que o titã que se encontra a sua frente.

 

- Sentirá a força suprema de Gêmeos, não me importo se é um titã ou um deus, você nunca poderá derrotar Athena e seus protetores. – Falava mais para si mesmo que para o outro, no qual teve o prazer de constatar que não estava com melhor aspecto que o seu.

 

A ombreira esquerda escura da Sohda estava danificada. Sangue divino escorria de cortes no rosto. As mãos, já nuas, estavam emporcalhadas de pó e sangue. Apenas não soube dizer se aquele era seu sangue. E esse pensamento fez crescer sua ira.

 

Saga, em um último elevar de cosmos, aquele que talvez poderia extinguir sua vida, se coloca na posição que costuma utilizar para sua maior técnica ofensiva.

 

O cosmo do guerreiro de ouro chega ao seu limite extremo, talvez, como última esperança de acabar com aquele combate.

 

- Como ainda possui tanta energia? – Pensou Amniso, enquanto começa a suar frio e um arrepio lhe toma conta do corpo. - Não posso deixar ! – reflecte assustado, correndo em direção a Saga com toda sua velocidade.

 

- O seu e o meu tempo acabaram por aqui. – Abre os braços esticados com violencia. Uma nevoa cosmica começa a se aglomerar diante de si. - Galatic Explosion ! - Fecha as mãos fazendo uma pequena explosão luminosa, para abrir novamente os braços e com força atacar a massa de energia em suas mãos na direcção do inimigo.

 

Rapidamente Amniso pára e ergue suas braços a frente.

 

- Cosmic absorption !

 

O deus-rio começa a absorver a técnica de Saga.

 

- Não pode ser. – Pensou Amniso.

 

Diferente da outra vez, a técnica de Saga começa a se intensificar e aos poucos transpassar pela técnica do Deus-Rio. Feixes de luz, começam a lhe cortar a armadura e a carne fazendo-o gritar de dor. Seu enorme corpo de imediato cai pesadamente no chão.

 

O poder do geminiano cessa aos poucos e o mesmo cai de joelhos para em seguida,cair pesadamente de rosto ao solo. Sua respiração forçada é cada vez mais fraca, até que chega o momento que seus olhos se fecham para a escuridão.

 

- Finalmente acabeu, urghhh. – Inclina um pouco seu corpo dolorido, cuspindo uma grande quantidade de sangue. – Agora preciso ir até o templo de Gea. – Diz se levantando com dificuldade. - Se eu não tivesse brincado com os humanos desta ilha, teria completado meu objetivo há tempos e não teria de ter que lutar contra os guerreiros de Athena, urghh. – Mais sangue lhe escapara da boca quando conseguiu se por em andamento.

 

Amniso vira-se e começa a andar em direção ao Templo cituado na montalha que destruira durante o combate pelo seu golpe, deixando o corpo estendido do geminianopara trás.

 

Sabia que o que procurava estava escondido algures ali.

 

Tudo era tão silencioso que se ouvira somente o andar do deus-rio e nada mais além disso. Todas as formas de vida que um dia existiram ali, sucumbiram diante do poder aterrador de Amniso.

 

Por vezes chutava algumas pedras que tapavam o que restava do chão de marmore.

 

- Tudo tão calmo agora, nem parece que acabara de acontecer uma guerra aqui. – Dissera com um sorriso.

 

Foi quando sentiu uma presença se aproximar, virando sombra muito grande surge do nada sobre Amniso, fazendo-o olhar para cima. Essa mesma luz vai diminuindo em questão de segundos.

 

- Mas o que ... – Se surpreende.

 

A palma de uma mão cobre sua visão, pois estava bem próximo de seu rosto.

 

- Stardust Revolution !

 

O poder esmagador de Mu de Áries pega em cheio o deus-rio sem que dê chances do mesmo pensar o que poderia significar tudo aquilo.

 

O corpo e armadura de Amniso foi sendo destroçado por centenas de estrelas. Seu grito ecoa no local destruido.

 

O clarão cessa e Amniso cai de braços abertos no solo. Cobre-lhe a sombra da morte.

 

Mu, muito exausto, não diz nada, só fixa seu olhar para o corpo ali presente.

 

- Saga! – Pensou.

 

O ariano vai em busca de seu companheiro e não crê no que vê.

 

- SAGA ! – Corre de encontro ao corpo imóvel

 

 

Athenas – Arredores do Santuário

 

A imagem parecia congelada como uma foto para Crespi. Todos os olhos voltados para cima, ao encontro daquela figura feminina. Era pequena e a armadura verde escuro combinava com os olhos felinos. Seus cabelos curtos, negros, eram emoldurado por uma tiara pontiaguda.

 

Sorriu para os humanos que estavam boquiabertos.

 

"Alfeo tinha razão" – pensou enquanto mirava cada rosto pasmo, divertida – "Simples ratos"

 

Com rapidez sumira e reaparecera diante de Crespi que não teve tempo se quer para respirar. Fora atingito com um chute no rosto, sendo jogado, arrastando duas pessoas consigo, de encontro ao muro de uma casa.

 

Demorou segundos para a esteria voltar, com pessoas a tentarem correr...tropeçando umas nas outras.

 

Absirto, congelado do lado do corpo Damiano, fitava aquela criatura que parecia uma criança armada, gargalhando com o que havia feito.

 

Pensara que ela estava tão entretida, que se quer lhe tinha percebido ali abaixado. Engano. Virou de repente e com uma mão ergueda em sua direcção, fez surgir uma bola de energia avermelhada.

 

- Não se preocupe, que Clitía não se esqueceu de você – Disse pronta a disparar.

 

Mas seu ataque foi desviado na hora que o laçara, indo atingir uma casa atras de Absirto. O Estrondo fora tão grande que o soldado se jogara de frente, deitando no chão, se safando de um projectio que passou rente a sua cabeça. Esse pedaço de pedra caiu no chão e rolou para perto do pé da moça, que se quer prestara atenção no que havia acontecido.

 

O pó que subira com a explosão do ataque, não deixava Absirto ver o que havia acontecido ao certo.

 

Clitía perdera a graça rapidamente, estreitando os olhos e fechando o punho que era preso por uma corrente.

 

Seus olhos verdes seguiram a corrente por entre o pó branco que começava a baixar. A silhueta de um homem alto e loiro ia se tornando nitida.

 

A mulher riu.

 

- E é essa correntinha que vai me travar da próxima vez? – Indagou com deboche.

 

- Não – Uma voz doce, do outro lado de Clitía,se fez presente, chamando a atenção desta – Talvez isso te impedirá.

 

Aos ouvidos de Absirto um som triste e harmonioso tocava, não deixando que os gritos que vieram logo a seguir da boca da Oceanide ser ouvido. A poderosa cosmo energia invadia o corpo de Clitía, desfazendo sua armadura. Sua cabeça parecia querer explodir, mas era seu corpo que se deteriorava.

 

A luz do cosmo da oceanide esvanecia enquanto o som doce decrescia de vagar.

 

Santuário de Athena – 13º Templo

 

Athena parecia reflectir sobre as palavras de Eos. Andando se uma lado para outro, diante do trono do Grande Mestre, onde sentado estava Shion, também, absorto em seus pensamentos, tentava não ficar nervosa com o que estava para acontecer.

 

Diante dos dois, Shaka e Aioros, que estavam ali a pedido de Athena, para acompanha-los até a fonte de agua salgada, que Podeidon havia oferecido a cidade, pensando que esta poderia ser sua.

 

Um movimento brusco do Cavaleiro de Virgem fizera Shion despertar e fitar o loiro.

 

- O que houve Shaka? – Indagou por de tras da mascara azul.

 

- Um cosmo desaparecera em detrimento de dois cosmos poderosos – Disse ainda de olhos fechado.

 

Athena, até então calada, fitou os dois Cavaleiros.

 

- Não podemos perder tempo. – Dissera seria – Que os outros cavaleiros cuidarão disso. Nós temos que ir.

 

 

Castelo de Oceano

 

As correntes ainda penduradas no teto, com seus grilhões na ponta, moviam-se frenéticamente, causando um tilintar irritante aos ouvidos dos dois seres de aparencia asqueroza, que guardavam as pesadas portas. Temendo por suas vidas, viam a imagem altiva de Aqueloo se aproximar pelo enorme corredor.

 

O trajecto tinha como objectivo justamente aquela grande sala guardadas por esse dois seres criados da lava dos rios da Arcadia, para servir os filhos de Oceano.

 

O corpo esguio, deixava ver as costelas e os ossos finos do rosto comprido. As escamas escuras que cobriam todo o corpo cinzento, causavam nojo naquele que se aproximou rapidamente da porta, fazendo os dois seres tremerem.

 

Sabiam que tinham cometido grande erro em deixar Alfeo passar sem ordem de Aqueloo e, agora, temiam pelas suas vidas ,mas não poderiam se mover dali até que o deus-rio assim o permitisse.

 

O semblante serio de Aquello, deixava adivinhar o que muitos supeitaram desde o principo. Não dissera nada ao chegar na porta que pretendia, ficando entre os dois seres medrosos. Seu cosmo oscilava rapidamente, acompanhado pela movimentação do objecto por de tras da porta.

 

Em um gesto descuidado, virou de frente para as pesadas porta. Os dois seres, abaixaram para reverencia o deus-rio, não conseguindo terminar o gesto, pois erguendo cada mão na direcção destes, diparara uma rajada de energia que perfurara o corpo esguiu de cada um, tomando em seguida o movimento inverso, que consumiu o cosmo de ambos e se expandiu para o exterior de seus corpos, desintegrando-os por completo, não dando tempo se quer para um grunhido.

 

Nenhum som, alem das corrente que ainda caminhavam de forma frenetico no recinto que aparecia com um empurrão violento da porta dupla, se ouviu.

 

O cenario não mudara: Limpo e vazio como da primeira vez que entrara ali logo que despertara. Serrou os punhos e franziu duas vezes o nariz involuntariamente.

 

- Como pudestes, Obsucuro...

 

- De nada te adianta lamentações, Grandioso filho de Oceano – Uma voz potente tomou o local, ecoando pelas paredes e chamando atenção do loiro, que virara na hora para encontrar Dione na porta na companhia de Boreas – Do desfecho do feito de Alfeo deverias saber, pois que as flechas de Eros, Ser Primordial, são infaliveis e traiçoeiras.

 

- Descansa sua ira para mais logo , Aqueloo, Sabio filho de Tethys– Era boreas com sua voz grossa a proferir – Astrea Filha da Justiça era apenas mais uma – E dito isso sorri.

 

Aqueloo, que as palavras do deus compreende, devolve-lhe um pequeno sorriso, enquanto no recinto entram aquela que tanto o avisara, Asia, irmã detestavel e Euridano de Sarcasmo sempre presente.

 

Sobe-lhe os olhos Aqueloo e se aproxima de vagar e, ao chegar perto dos dois irmãos fala baixo e determinado.

 

- Nada devemos a aquele que nos trai de forma vil – Diz causando alegria ao peito dos irmãos – Oceano muito se alegrará se bom exemplo dermos aos de mais.

 

Ao que foi dito, sorri Asia, que com Euridano reverenciam o mais velho e saem na mesma hora.

 

Volta-se o filho mais velho de Oceano para as outras duas divindades que nada disseram, pois acertados estavam. Uma perda grande de um aliado,seria o regozijo do inimigos.

 

- Busquem o que é nosso por direito – Dissera em alto e bom som – Levai aqueles que mais lhes agrada e tirai do caminho aqueles que se opuserem. Que não mais tarde a volta dos preciosos filhos de Gea.

 

Athenas – Santuário

 

Como o profetisado por Eos, Tudo estava pronto para a destrução da arma maldita, quando Athena chegara junto da fonte salgada, com Shion, Shaka, Aioros, Eirene e Eunomia.

 

Saori passou os olhos pelos presentes. Diante da fonte estava Hefesto barbado e cabelos encaracolados negros. Sua pele mais escura que o normal nas divindades, lhe dava destaque. Tinha um ar serio enquanto segurava com as duas mãos a adaga dourada. Poderoso, emanava um cosmo que surpreendera os mortais presentes.

 

No seu lado direito Demeter de corpo vistoso. Cabelos encaracolados a cima dos ombros, castanhos escuros, combinavam com seus olhos da mesma cor, mirou os convidados sem muito interesse, assim como Poseidon que se encontrava na forma de Julian Solun.

 

Athena achou entranho Hermes não se encontrar presente para reportar o acontecido a Zeus.

 

- Hermes não fora convocado – Eos dissera de forma clara. Estava do lado esquerdo de Hesto a dois passos atras. – Para tal temos os mortais – completou sem olhar os recém-chegados.

 

Eunomia e Eirene se aproximaram das outras divindades.

 

- Fiquem aqui – Ordenara Athena, se afastando dos Cavaleiros.

 

O cenario banhado por um céu tingido de vermelho, era mal iluminado. O gramado de um verde forte se amolgou com os passos da Deusa da Sabedoria, enquanto Hefesto se voltava e caminhava para a fonte.

 

Os outros deuses, aos poucos, iam se colocando do lado um dos outros, rodeando a fonte.

 

Viram a adaga ser colocada com cuidado dentro das aguas que jorravam, sem nunca sair das mãos do deus ferreiro.

 

Aos poucos o cosmo dos deuses começaram a se elevar. O contraste de sensações que chegava até os mortais lhes dava mal estar.

 

- Aguentem – Shion ordenou – Somos testeminhas na falta de Hermes.

 

Os outros dois nada disseram, apenas continuaram a fitar a cena.

 

A agua que jorrava abundantemente, começara a esquentar de forma a formar burbulhas nos pontos onde estagnava.

 

Hefesto começara a proferir palavas que não faziam sentido aos mortais. Prexionou com as mãos o objecto cortante e levou-o para debaixo da agua estagmada, fervente. Os outros deuses estenderam a mãos sobre a fonte e um levantar mais forte de costo, ao mesmo tempo que uma palavra mais alta e, a agua jorrara com força para fora da fonte, molhando o gramado e as vestes divinas. Junto com ele pedaços dourados.

 

Um clarão tomou o local envolvendo os deuses por segundos, fazendo as três figuras que acompanhavam a cena estreitarem os olhos e colocar as mãos na frente do rosto.

 

Quando tudo pareceu passar, envolto em um silencio sepulcral fitaram a imagem dos deuses que estavam voltados naquela direcção com ar atónito.

 

Shion fora o primeiro a perceber e a se voltar para tras. Logo os outros dois fizeram o mesmo. Arregalando os olhos ao verem as duas imagens precarias.

 

- MU? Saga!

 

Continua...

Editado por Danda
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