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Teikai - A Saga do Céu


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Tenkai Hen Joso ~ Overture   Prólogo e Capítulo 0   Capítulo 0.1   Capítulo 1   Capítulo 2   Capítulo 3   Capítulo 4   Capítulo 5   Capítulo 6   Capítulo 7

Valeu ae Thiago, espero que se torne um leitor dessa nova fi e que a acompanhe até o final.

Valeu Hyuuga, as postagens vão atraza um pouco mais do que eu previa, mas a história já está a cem por hora

Só neste capítulo parecia um debate filosófico entre deuses versus humanos.

 

A vida em jogo, poder, superioridade, mortalidade, eternidade e limitação.

 

Adaptação sofreu um grande impacto com muito significado por debater.

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Oi! Agora vou postar um resumo dos capítulos da fic postados até agora, já que faz muuuuito tempo que parei ela para me dedicar a adaptação do prólogo né? Ficou meio grandinha, mas é por causa do tempo mesmo que os capítulos foram lançados, então não queria deixar passar nenhum detalhezinho, boa leitura!

Resumo Tenkai – A Saga do Céu

Atena e Seiya enfrentam Apolo, nus. O deus do sol tem uma visão em que é derrotado por Seiya com uma nova armadura. O cavaleiro, porém realmente atacou o deus e este começa a sangra e desmaia. Ártemis consegue acordá-lo e enraivecido Apolo ataca Seiya, que para o golpe. Isso faz com que o deus exploda em raiva, o que faz tudo a sua volta esquentar, inclusive a energia que Seiya está segurando. Então Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki aparecem para ajudá-lo.

 

Enquanto isso Kiki enfrenta Shina, Jabu e Ichi na entrada do Santuário. Quando a derrota se aproxima, o garoto invoca a armadura que treinava para conquistar. O choque entre seus golpes e o de Shina provoca uma grande explosão. Nesse momento eles sentem a cosmo energia dos cinco cavaleiros de bronze e param de lutar, pois na realidade a própria Saori havia os mandado fazerem isso. Então o anjo de Ártemis, Órion, aparece e diz que vai matá-los por traição.

 

Apolo fica mais enraivecido com a intromissão de novos guerreiros e aumenta mais sua cosmo energia, fazendo seus cabelos virarem fogo e sua armadura se revelar. Uma grande explosão acontece. Ártemis e o irmão pensam que os cavaleiros morreram junto com Atena, mas é então que ela aparece junto deles, todos com suas armaduras divinas.

 

Shina ordena que Kiki vá procurar Geiste num lugar entre o Paquistão e a Índia. Quando Kiki se teletransporta, Órion ataca e derrota os três de uma só vez. Seiya e seus companheiros atacam Apolo, mas são rechaçados pelas flechas do deus.

 

Em Asgard, Hilda é atacada pela mensageira de Hera, Íris, a deusa do Arco-Íris, mas Bado de Alcor aparece em seu auxilio. Enquanto isso Freya cuida de Siegfried, que está em coma.

 

No Santuário, Apolo aponta seu arco dourado para Atena, mas Tohma e Marin se põem na frente dela. Um clarão toma conta do lugar e Cinco anjos aparecem, um dos quais Tohma chama de pai.

 

Tohma então começa a se lembrar de quando foi separado da irmã. Um dia enquanto eles voltavam para casa uma mulher de feições malignas, Enante de Foice, apareceu do céu e tentou mata-los, mas fora impedida pela aparição de um homem vestindo uma armadura dourada, Aiolos.

 

Enante ataca com sua “Viagem Dimensional” com a intenção de mandar o cavaleiro para Plutão, mas Tohma pula com ela para dentro da fenda dimensional para proteger Marin.

 

Inerte no Espaço, Tohma encontra um anjo, que derrota Enante com apenas um golpe e o leva para o Olimpo. Era Ícaro, que trata o garoto como um escravo. Vendo isso, Dédalo, seu pai, pede a Ártemis a posse do garoto, e ela o concede. Ícaro então fica furioso e luta com o pai, mas acaba morto. A deusa da lua então transfere o poder do anjo para Tohma.

 

De volta ao presente, Órion derrota Nachi, Ban e Geki, mas Shina, Jabu e Ichi reaparecem, agora trajando novas armaduras graças ao sangue de Atena que contém na água que está por toda parte e o mesmo acontece com os outros três. Mas quando a amazona iria desferir o golpe final é atingida por alguma coisa que faz com que ela recue, já que ela não queria mais matar o inimigo, que foge.

 

Bado é derrotado em Asgard, mas inesperadamente o corpo de Hilda é tomado pelo espírito de Odin, que derrota a deusa e avisa que ele próprio entrará em batalha.

 

Um dos anjos de Apolo, Paris, ataca Tohma e Atena, mas a deusa consegue impedi-lo. De repente o Santuário começa a voltar ao normal e Saori explica que é graças ao sangue que ela derramou e se espalhou por todo o local. Eles estão então no bosque da Fonte de Atena e esta, aproveitando a situação tenta selar os dois deuses. Apolo tenta por sua vez impedi-la, mas Shun os prende em suas correntes. Paris então atinge os selos com suas flechas e aproveitando a situação eles fogem, levando Shun.

 

Alguns dias se passaram. O Santuário voltou ao normal, mas algo de errado estraga sua bela paisagem: A grandiosa estatua onde os bravos cavaleiros de ouro estão selados. Várias vezes os cavaleiros remanescentes e até mesmo Atena tentaram destruí-la, mas nada surte efeito. Para proteger o Santuário, Saori colocou os cavaleiros sobreviventes como guardiões das doze casas.

 

No Olimpo, Hera, a rainha dos deuses, ordena que Afrodite ataque a Terra. A deusa da beleza mostra sua antipatia para com a esposa de Zeus, mas decide acatar as ordens só se Hera lhe desse sua coroa, e ela assim o fez, mas em troca quis o pomo de ouro. Afrodite aceitou, pois não precisa dela, pois todos sabiam que ela era a mais bela.

 

Kiki encontra Geiste na região da Caxemira e esta o leva para Berlim, na Alemanha após ele fazer um teste para ver se era digno para ir. Lá eles vão para a casa de Ofiuco, erguida por Shion após a segunda guerra mundial para vigiar e proteger os Alemães. A casa fica localizada atrás do Portão de Brandenburgo. Kiki então descobre que Geiste é a guardiã da casa, mas só porque Shina não quis para si tal tarefa. No interior da casa estão Kitalpha de Equuleus, Fomalhaut de Peixe Austral, Circini de Compasso, Ant de Antlia, Norma de Esquadro, Retsu de Lince e June de Camaleão.

 

Em Asgard, Bado retorna de uma missão secreta dada a ele por Odin e trazia consigo Alexei, o senhor de Blue Graad. Ele fica surpreso e enraivecido ao encontrar Sorento de Sirene e Tétis de Sereia lá, mas estes explicam que vieram propor um acordo.

 

Em Blue Graad, Hyoga, enviado para lá por Atena, encontra Natássia, que lhe diz que seu irmão está em Asgard.

 

No Olimpo, Ártemis, Apolo e Afrodite conversam sobre a invasão à Terra. A deusa da beleza está muito confiante e diz que ela também terá reforços. De repente Shun, que estava aprisionado na frente deles desaparece, e Apolo diz que foi Poseidon o responsável.

 

Hilda acorda depois de vários dias da luta contra Íris e encontra os recém chegados à Asgard. Bado explica sua missão e Sorento que ele e Tétis foram atacados por Sátiros e também que Poseidon estava livre mais uma vez, porém agora era um aliado.

 

Hyoga aparece no quarto também e percebe que quem libertou Poseidon foi Kanon, que não morreu no Inferno. Este surge das sombras trajando a Escama de Dragão Marinho e diz que foi salvo por Atena, que a levou com seu cosmo para o Salão do Mestre, onde estava a Ânfora de Poseidon e ele a abriu.

 

Então os 3 poderes se unem contra o Olimpo e Hilda entrega a Hyoga a armadura de Midgard, que ele vestira anteriormente. Esta se transforma num bracelete e encaixa no braço do cavaleiro.

 

No Coliseu do Santuário, um ser envolto em um manto negro aparece perto da prisão dos cavaleiros de ouro. Ele berra para o alto da estátua, onde está um outro homem que o chama de Demônio.

 

Próximo capítulo: O Demônio Pecador!

Editado por Lucas Teixeira
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Cap. 8: O Demônio Pecador

 

Santuário de Atena – Coliseu

 

Próximo á prisão do espírito dos cavaleiros de ouro se vê um vulto negro, que parece sugar toda a luz ao seu redor para a escuridão. O homem encapuzado observa atentamente algo que está no topo da enorme estátua, que somente ele pode ver.

 

Lá em cima, há um homem esbelto, forte, de cabelo loiro e curto, trajando uma armadura branca que protege poucas partes de seu corpo e que cotem asas douradas, assim como seu pequeno arco que leva na mão direita.

 

_Você ira ficar aí até quando? Porque não desse e vem me enfrentar? – Disse o vulto encapuzado, sua voz era rouca e emitia medo.

 

_ O que um demônio condenado ao sofrimento eterno faz aqui, no mundo da superfície?

 

_Meu senhor através de sua esposa me deu esta missão, e eu irei cumpri-la!

 

_Hummm, é verdade, esqueci que estamos no inverno... A estação da terra estéril. Você disse que quer lutar comigo? Está louco, esqueceu que sou um deus?

 

_É um deus, mas convenhamos que você não é um dos mais fortes!

 

_Ousado como sempre, por isso foi castigado ao eterno martírio, também você cometeu um terrível pecado, tentou seduzir a deusa Hera, esposa de Zeus e foi condenado a ficar preso na roda de fogo para todo o sempre. – O deus com um salto se põe na frente do vulto, que retira o manto revelando um rosto pálido com olhos amarelos de dor e cabelos grisalhos. – Íxion!

 

_Sim, Eros o deus do amor sexual. Mesmo fora do Limbo eu ainda sofro em meu interior com o fogo ardente e as chicotadas das Erinias. Mas não me arrependo, e ainda acho Hera muito bonitinha... HAHAHAHA!!! Mas não vim aqui discutir sobre minha vida, ou minha morte, mas para te matar!

 

_Mais um pecado para sua listinha pessoal? Bom que seja! Não irei ficar aqui levando desaforo de ser repugnante como você!

 

_Bom, chega de papo furado não? Eu irei te matar! – O pecador começa a girar os dois braços em alta velocidade, e duas rodas de lava aparecem ao redor deles. – Wheel of Fire!

 

Os dois círculos escaldantes avançam na direção do deus, que não move um músculo do corpo para poder se defender, apenas dá um sorriso sarcástico e com um movimento das asas de sua armadura cria uma rajada de vento que devolve o ataque.

 

_Como humanos são tolos, insistem em usar seus punhos para atacar a nós, que somos seres muito mais poderosos.

 

_Eros... Desde que fui enviado sabia que teria dificuldade para derrotá-lo! Não sou um tolo como imagina.

 

_Então por que me atacou inutilmente desperdiçando energia?

 

_Inutilmente? Tem certeza, ou os deuses são muito lerdos para distinguir a dor?

 

_O q...?! – No braço direito do deus havia um local em que a pele estava avermelhada e provocava-lhe certa ardência. – Como humano?

 

_Não vim despreparado Eros. Meu senhor me deu uma missão muito importante e desde o início sabia que você estaria aqui, por isso me deu parte de seu ser...

 

_Quer dizer que... HAHAHAHA!!! Como ele é tolo! Eu não acredito no que meus ouvidos escutam... Então o sangue dele está em suas veias é? Sabe o que significa?

 

_Sei. Agora sou um fantoche dele, e só morro quando ele morrer ou me matar. Posso perder todos os membros e restar apenas minha cabeça que ainda continuarei vivo. É grande preço há pagar, mas em troca disso eu tenho o poder para te derrotar e para destruir esta prisão de pedra criada pelos deuses!

 

_Ótimo plano, eu confesso fantochinho... Mas se pensa que irá me derrotar com uma parcela do poder de um deus, continue sonhando!

 

_Olhe de novo para seu ferimento e verá que em breve estará derrotado.

 

A mancha avermelhada no braço do deus havia aumentado alguns centímetros, assim como a dor que ela provocava aumentava. Eros ao olhar não consegue conter o riso e pega uma flecha de cor negra no cilindro que trazia as costas.

 

_Fantoche, nunca imaginei ter que atirar flechas por motivos de luta. Atira-las por aí fazendo vítimas sempre foi meu passatempo favorito, mas nunca passou disso. Íxion, você se arrependerá pelo que fez ao meu belo corpo concebido por minha graciosa mãe!

 

O pequeno arco de ouro solta a flecha com um zumbido ensurdecedor da linha. O prisioneiro do Tártaro não faz nada para desviar, apenas fica parado com os olhos fechados.

 

“Não vai desviar?” Pensou o deus do amor “Está louco?”.

 

Íxion é atingido no centro de seu tórax, porém não tem nenhuma reação.

 

_Não sente nada de diferente demônio? Huhuhu... Deve ser o medo por ver todo o meu poder em ação. Mas deixe-me explicar o que irá te acontecer: Você acaba de ser atingido pela flecha do ódio; passará a odiar tudo e todos, inclusive a si mesmo a ponto de se matar. HAHAHA!!!

 

_Ódio? Bom, isso é um sentimento que eu conheço muito bem e mesmo que sua flecha tivesse me atingido não teria efeito algum eu creio.

 

Eros estava espantado, podia ouvir a voz de seu inimigo, mas esta não vinha do ser que estava na sua frente.

 

De repente a figura atingida começou a se dissolver em forma de vapor e subir aos céus, enquanto nuvens desciam dele e assumiam os formatos de Íxion.

 

_Semblance of Confusion. Eros; nunca fui atingido por seu ataque, na verdade o que você fez foi acertar um simulacro criado a partir de nuvens, assim como todos estes outros “eu” que vês e como a imagem de Hera feita por Zeus. Agora, quem é real?

 

_Isto é muito fácil. Humano tolo, pensa mesmo que assim poderá me enganar? Atingirei todas as cópias ao mesmo tempo com o Fatal Attraction!

 

O deus estende seu braço direito para o céu, e todo seu corpo passa a brilhar com uma luz dourada, porém nada ocorre com os corpos de nuvens.

 

De repente, eles começam a se dissolver e o vapor passa a circundar o corpo de Eros, assim como as pedras do chão.

 

_Tudo que está neste local agora será atraído pela minha beleza, inclusive você brinquedo dos deuses!

 

_Tudo é? Então que tal também atrair meus filhos?

 

_Seus filhos?

 

Em seu esconderijo que o protegia do ataque do deus do amor, Íxion começa a assobiar, um fino e longo assobio.

 

Na sua frente então começam a sair do solo quatro seres humanos que tinha seus cabelos castanhos agitados pela força do vento que estava sendo atraído pelo ataque.

 

Porém após a cintura, começa a sair do solo uma espécie de dorso de um animal.

 

Eram os centauros, que assim que os cascos apareceram já saíram galopando na direção do deus, impulsionados pelo poder do Fatal Attraction levando espadas nas duas mãos.

 

Assim que percebeu o ataque Eros fez com que quatro flechas de ponta roxa saíssem do cilindro e partissem para cima dos quatro sem nem usar o arco. Mas devido à agilidade dos centauros, três deles desviaram, porém um foi atingido e morreu envenenado.

 

Quando os remanescentes se aproximaram do turbilhão de ventos e pedras que o rodeava, ele fez com a aura dourada sumisse e tudo aquilo ao seu redor fosse expelido numa grande explosão, atingindo os atacantes.

 

_Mas é um covarde mesmo. Fica se escondendo e manda esses seres imundos me atacarem! Pagará caro Íxion quando eu descobrir onde está! – Eros urrava em parte por raiva em parte pela dor em seu braço direito, que já estava todo coberto pela mancha vermelha. – Aliás... Você não foi atraído pelo brilho de meu corpo, coisa que somente deuses, e não seus fantoches, conseguem. O único deus aqui sou eu, mas há um lugar em que tem o poder dos senhores do Olimpo aqui. – Diz ele, olhando para a prisão de pedra da elite de Atena.

 

Rapidamente os três centauros formam guarda ao seu redor e empunham suas espadas para defender aquele que os invocara.

 

_Então estou certo... huhuhu... – Com um impulso de suas asas douradas o filho de Afrodite deu um salto na direção do sol, o que fez com que os seres mitológicos não o enxergasse.

 

Numa velocidade extremamente alta ele apareceu e com o punho esquerdo golpeou o chão, fazendo levantar uma nuvem de poeira ao redor deles, assustando-os.

 

_Seres inúteis, tem medo até de poeira! – Disse o deus ainda com o punho no solo. – Já cansei de brincar com vocês. Digam tchau para o papai, porque vão morrer! ÁGAPE!

 

Todo o corpo de Eros começa a brilhar em dourado, e isso faz acontecer uma grande explosão no local, desintegrando os três centauros restantes.

 

Só quando a luz baixou foi que Íxion se deu conta do poder da explosão. Ele, que havia sido arremessado longe pelo poder gerado, observou que todo o coliseu havia sido destruído, restando poucas estruturas em pé, além da prisão dos deuses.

 

Eros vinha caminhando em sua direção lentamente e com passos largos, como se estivesse cambaleando, foi então que o demônio notou o braço do deus atingido por seu ataque; estava em carne viva.

 

_Vejo que meu golpe está funcionando. – Disse ele.

 

_Hehe, sim, você está me dando trabalho e me deixando irritado! Mas essa luta não se prolongará muito, você acabou de presenciar todo o poder de um deus, o poder da ágape!

 

_Sim, não se prolongará... Mas não é por causa do seu poder. – Íxion se levantou e apontou para a grande estátua-prisão.

 

_N-não pode ser! – Eros ao se virar teve seu rosto coberto por uma expressão de espanto.

 

Na estátua estava fincada uma espada negra com o punho desenhado em forma de asas. Não demorou muito para que o deus do amor a reconhecesse.

 

_Surpreso?

 

_M-mas, por quê? O que “ele” ganharia ajudando sua maior inimiga?

 

_Derrotar Zeus.

 

_O quê?

 

_Meu senhor sabe que se Atena perder esta batalha, o que certamente acontecerá devido ao numero de guerreiros sobreviventes após a guerra santa, tudo será tomado pelo senhor dos céus. Não só a Terra, mas também o Mar e os Infernos correm perigo.

 

“Claro que eles não virarão amigos para sempre, digamos que será apenas uma trégua entre os três reinos e juntos, avançarão em direção ao céu!”

 

_Não pode ser, Hades está louco?

 

Casa de Áries

 

Seiya estava acabando de descer as escadarias para a entrada das doze casas, que ficava próximo ao coliseu, porém ele encontrou Shina, correndo para lá também com alguns soldados.

 

_Seiya! – Ela parou com sua pequena tropa em frente de uma fonte. – Volte para a casa de Áries já! O Santuário pode estar sobe ataque, nós fomos enviados á pedido de Atena.

 

_Mas, quem está lutando lá?

 

_Não sei, mas são dois cosmos muito grandes e um deles tem uma força maligna assustadora. Volte para seu posto, agora!

 

_Senhorita Shina!

 

Um dos soldados gritou ao ver a cena. Diante de seus olhos, a gigantesca estátua se trincava em milhões de pedaços e uma luz dourada confortante brilhava de dentro dela em meio a sombras, cobrindo todo o Santuário de branco e por alguns segundos, ninguém viu nada.

 

_Mas o que foi isso? – Disse a Amazona ao ver destruído aquilo que por dias ninguém conseguiu sequer arranhar.

 

Coliseu

 

_Meu trabalho aqui está encerrado.

 

Íxion se descobria de um manto negro que o protegeu durante a explosão. Viu Eros caído no chão, desmaiado. Passou por ele quando foi pegar a espada de seu senhor e riu.

 

_Que deus é esse? Venham, vamos embora agora.

 

Virando-se para trás ele deu altas gargalhadas ao ver os 14 homens, antes aprisionados, agora ali, em pé e nus. Os cavaleiros de ouro estavam com suas peles escuras e não reagiam a nada, como se fossem zumbis.

 

Vários braços negros surgiram do solo e envolveu-os, inclusive Íxion, para depois, desaparecerem.

 

Pouco tempo depois, Shina surgiu com os soldados e todos ficaram desolados com o cenário de destruição.

 

_O que diabos aconteceu aqui? – Disse ela.

 

_Ai não, mais vermes... Matarei todos! Chega! – Eros se levantou quando eles chegaram e atirou várias flechas ao mesmo tempo, matando a todos.

 

Depois ele começou a andar pelo lugar e viu apenas uma coluna de pedra que sobrou da prisão.

 

_Eles não vão gostar disso...

 

_Eles quem? – Shina aparece atrás dele, elevando seu cosmo. – Diga, o que você faz aqui, e quem é você?

 

_Ora, ora. Veja o que temos aqui... Minha mais recente “vítima”.

 

Continua...

Editado por Lucas Teixeira
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Lucas, esse capítulo que postou estava muito bom, muito bom mesmo. :D

 

Gostei muito do confronto entre Íxion e Eros, assim como a personalidade de ambos.

 

Não sei por qual motivo, mas já suspeitava que Hades era o senhor dele. XD

 

Agora, estou curioso para ver Shina em ação.

 

Parabéns pelo capítulo. :D

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  • 2 semanas depois...

Cap. 9: A Criação Pode Vencer!

_Sua mais recente vítima? Explique-se! – Shina estava explodindo em raiva, como de costume.

 

_Simples minha cara. – Eros tinha estampado no rosto um sorriso de indiferença para com a amazona. – Por que achas que não conseguiu derrotar aquele inútil do Órion?

 

_Você tem alguma coisa a ver com aquilo? – Ela já se preparou para um ataque.

 

_HAHAHA! Se tenho! Subalterna de Atena, meu nome é Eros, o deus do Amor; e naquela ocasião a atingi com minhas flechas!

 

Casa de Áries

 

Tohma vinha subindo as escadas em direção à primeira casa, agora guardada por Seiya, que estava sentado nos degraus, bocejando. O ex-anjo tirara sua Glória e vestia roupas comuns de soldados do Santuário, mas continuava a usar a máscara.

 

_Vocês cavaleiros não deveriam estar em alerta?

 

_Oh! Tohma... É, você tem razão, mas por enquanto, até que o perigo não apareça, eu estou com tédio...

 

_Tédio? Isso não é desculpa contra o Olimpo moleque!

 

_Moleque não hein! Eu já lhe disse, quando o Olimpo resolver atacar, eu luto. Alias, Eu tenho mais motivos para lutar do que você! – Vociferou ele, se lembrando do amigo raptado.

 

_Isto é você quem diz, não eu.

 

Seiya estremeceu com tal afirmação. Quais serão seus motivos?, pensava ele. Porém o cavaleiro nem pôde se aprofundar na questão, pois uma força invadiu sua mente subitamente, sem o menor aviso.

 

Seu corpo tombou para o lado, para depois rolar pelas escadarias. Tohma ainda permanecia em pé, relutando contra as mesmas forças que atacaram Seiya. Todos os seus músculos tremiam, mas ele resistia a cada investida que recebia no cérebro.

 

_Nunca pensei que atacariam deste jeito... Eu devo resistir... – Apesar de tudo, ele perdeu seus sentidos, e caiu sobre as pedras lisas da entrada do Templo de Áries.

 

Coliseu

 

_S-seu cretino! – Shina preparou seu golpe mais poderoso, armazenando o cosmo em sua mão direita, fazendo sair descargas elétricas dele. – Venha Cobra!

 

Com uma grande explosão os raios violetas atingem o deus do amor, fazendo uma cortina de fumaça e poeira aparecer ao redor dele.

 

_Amazona, você espera mesmo me vencer com este golpe ridículo? Eu sou um grande deus, esses ataques nunca me atingirão!

 

_Onde você está? Não adianta se esconder, pois vou te matar!! – O ódio já havia se apoderado do corpo de Shina por completo; foi quando um arrepio percorreu sua espinha e ela percebeu que algo estava errado.

 

_Ou o poder da flecha do amor está falhando, ou você é muito estressada mesmo. – Eros estava sussurrando no ouvido da guerreira de Atena. – Estou bem aqui atrás!

 

Ela girou seu corpo para assim tentar desviar-se, mas já era tarde demais. Quando encarou Eros seus olhos fecharam por instinto devido à uma luz que era emanada de seu corpo.

 

Essa energia liberada pelo deus gerou uma grande explosão, arremessando a amazona contra a coluna de pedra que servira como prisão para os cavaleiros da deusa da guerra.

 

Eros explodiu numa gargalhada frenética - que não combinava em nada com a beleza do corpo exposto dele -, enquanto o corpo da adversária escorregava para o chão. – Você é uma vergonha, ou melhor, um insulto para a confraria de Atena! Ai, ai; que pena aquele demônio ter fugido. Os centauros me divertiam mais que você, Criação.

 

_Do que me chamou? – A voz da amazona estava repleta de dúvida e raiva. Sua máscara havia se partido e caído e uma linha de sangue saia da sua testa e de sua boca.

 

_Hã? Você ainda consegue se levantar? – Indagou ele observando-a, enquanto uma rajada de dor cortava o seu braço em carne viva, fazendo-o soltar um gemido abafado. – Deixa pra lá, eu te chamei de minha “Criação”.

 

_E com que autoridade me diz isso?

 

_Com a de um deus sua vagabunda! Eu peguei um ser imperfeito infectado pelo ódio e o transformei na coisa mais linda e verdadeira que existe nesse mundo, um ser que vive em nome do amor! E você deveria me agradecer por isso.

 

_Obrigado então por ter me transformado numa máquina para seu deleite, obrigado mesmo. – Disse ela num tom de sarcasmo. – Eros, o amor verdadeiro é aquele que brota do coração das pessoas de modo natural, e é esse amor que move as ações de todo o mundo. Você está enganado se pensa que o poder de suas flechas são o verdadeiro amor.

 

_É mesmo? Então me responda, porque não conseguiu derrotar Órion?

 

_Porque a única coisa que suas flechas fazem é manipular os sentimentos dos outros, uma coisa tão terrível que nem os deuses deveriam ter este poder, mas saiba que o motivo não foi o amor, pois este sentimento eu tenho guardado para uma única pessoa, embora não seja correspondida.

 

_Belas palavras de uma solteirona, me emocionou. – Dizia ele enquanto fingia enxugar uma lágrima do olho. – Mas acho que você perdeu uma coisa durante este raciocínio: pouco a pouco esquecerás esse amor e em breve só irá querer Órion na sua vida, Criação.

 

 

_Cale-se! – Shina rapidamente encurtou a distância que os separava e, mantendo um espaço seguro para poder atacar, soltou suas descargas elétricas contra Eros. – Venha Cobra!

 

_O mesmo ataque? Coisa chata... – O deus estendeu seu braço machucado para parar o golpe, zombando da amazona. Porém a expressão seria que ele mostrava desde o início da investida inimiga deu lugar a uma cara de medo ao perceber que algo estava errado. – A quantidade de raios, aumentou... – A fala dele é interrompida por um grito de dor ao ser atingido.

 

Shina não conseguiu esconder o riso ao ver o espanto do deus. – Se eu fosse você não faria isso de novo, pois, caso não saiba nós humanos nos tornamos mais fortes quando o que está em jogo é o nosso amor!

 

_Você me insulta com suas palavras, é lógico que eu disso! – O braço de Eros, caso sobrou alguma coisa, estava imperceptível em baixo de uma cachoeira de sangue que saía de seu ombro.

 

_Seus atos o contradizem deus. – Com um salto ela partiu para um novo ataque. Eros tentou se esquivar , mas seu corpo não se mexeu, como se alguém o estivesse segurando.

 

O que está acontecendo... Não é apenas uma sensação, mas tem alguém me segurando, literalmente!

 

Eu luto com dignidade deus do amor, e você manchou isso ao atingi-la com suas flechas.

 

Essa voz... Eros refletiu bem aquela voz enquanto Shina dispara vários socos contra sua face. – Órion! – a resposta veio como um raio, iluminando sua mente. Ele soltou um berro, assustando a amazona, para depois cair no chão.

 

_O que aconteceu? Vamos levante-se, quero lutar de igual para igual!

 

_Você joga palavras no ar com essa boca grande com valentia, mas deveria pensar antes de cuspir bobagens. Igual para igual? OK então, sofra as consequências!

 

O filho de Afrodite pega uma flecha de sua saca. Ele a observa com uma olhar de psicopata por alguns instantes e começa a soltar uma gargalhada para depois atira-la contra a oponente sem o auxílio do arco, pois perdera este na explosão da estátua.

 

Eros a guia com o poder da mente na direção do coração de Shina e não falha. Com um pequeno ruído metálico a flecha abre a armadura e perfura o órgão dela, fazendo-a cuspir sangue.

 

O pequeno buraco feito na proteção sagrada começa a aumentar de tamanho enquanto ela perde lentamente os sentidos e desmaia.

 

_Está acabado – Disse o deus para depois sair andando pelo coliseu como um modelo quando está desfilando, mostrando toda a graça e leveza de seu corpo, embora o braço dele, agora que o sangue havia diminuído de volume, estava com os ossos a mostra. – Esses vermes me deram trabalho, mas nada como um veneno para acabar com tudo. Agora devo encontrar minha lady, ela já deve ter chegado.

 

Criação! Criação! Criação!

 

As palavras de Eros explodiam na cabeça de Shina com a força de uma bomba atômica. Ela tapou os ouvidos, com a intenção de não ouvir mais a voz do deus, mas foi inútil, uma vez que ela estoura diretamente no seu cérebro.

 

_Pare! Eu não sou sua Criação! Pare! – Ela soltava vários gritos de dor, pois as palavras ecoavam por dentro de seu corpo e causavam dores terríveis. De sua boca saia muito sangue, assim como de seu nariz, e a armadura estava totalmente destruída.

 

_Mas o que diabos é isso? – Disse Eros ao escutar uns gemidos baixos. Quando olhou para trás, viu a oponente se debatendo freneticamente, como se estivesse possuída. – Ela ainda vive?!

 

Explodindo de raiva, o deus pula e desferi um soco contra o abdômen de Shina, fazendo-a abrir os olhos, que estavam vazios, apenas uma bola verde.

 

Ainda presa pela voz estrondeante que gritava em sua cabeça, a amazona sente sua barriga abrir com um impacto.

 

_Shina, você deve esquecer Seiya, ele não o ama, ele não te compreende, ele não corresponde ao teu amor. – Agora era uma voz diferente que falava. Parecia uma mistura de mulher com demônio, a qual a amazona logo reconheceu. – Tantas horas do dia que você gasta pensando nele, horas gastas em vão, assim como toda a tua vida é em vão!

 

_Você está mentindo, está mentindo como sempre mentiu MÃE!

 

Quando a amazona deu o grito, fleshs de seu passado surgiram em meio as trevas que a cercavam. Ela se lembrou da infância difícil que teve e dos sofrimentos que aquele ser que mais devia amá-la no mundo a fazia passar.

 

O pequeno bebê, fruto de uma gravidez indesejada, era largado em qualquer canto, chorando de fome, enquanto sua mãe ia trabalhar nos bordéis e becos da cidade, para, quem sabe, ter depois outro filho dessa maneira, alguém para compartilhar o sofrimento.

 

Depois, quando este bebê cresceu e se tornou uma criança linda de cabelos verdes ondulosos, foi atraída pela lábia da mãe e foi levada para longe, para servir de escrava sexual. A mulher queria que a filha passasse pelos mesmos sofrimentos ao qual ela passara.

 

_Chega, porque isto está acontecendo! – Shina gritava, não queria lembrar de tudo aquilo.

 

_Porque... – Disse sua mãe – Não sabia que quando alguém morre, relembra toda a sua vida?

 

Um choque de dor ainda maior cortou a cabeça de Shina diante de tal afirmação. – Eu... Morri?! Sim... Eros me matou com aquela flecha...

 

Novamente as lembranças invadiram sua mente. Agora ela acabara de ter uma relação com seu senhor, a primeira que teve. Jurou que nunca iria esquecer aquele dia, a vergonha a que foi exposta, e ainda pela própria mãe.

 

O ódio cresceu no coração da criança, expulsando todos os outros sentimentos. Foi quando ela sentiu uma nova energia aparecer em seu corpo. Aquilo a renovava, era como se uma estrela estivesse explodido dentro de si e agora o poder do astro residia nela. Impulsionada por aquilo, matou o homem deitado ao seu lado, para depois ir ao encontro da mãe e fazer o mesmo.

 

Após o incidente, um homem de asas douradas apareceu na cidade e a levou dali, com a promessa de uma vida melhor.

 

_Aiolos... – Ela não precisava mais lembrar do resto, pois sabia perfeitamente o que acontecia depois, uma vez que para ela, sua vida começou verdadeiramente naquele instante.

 

_Você pecou muito minha filha. Irá arder no fogo do inferno!

 

_SHINA! – Agora era outra pessoa que falava com ela, mas esta era peculiar e diferente de todas as outras. O grito chamando por teu nome era acolhedor, emanava um cosmo quente que envolvia e a renovava por dentro. Ela já havia sentido isso antes, logo após a destruição do Pilar Principal do Reino Submarino. – Shina, não deixe que os fantasmas do passado voltem a atormentá-la! Você se redimiu aqui no Santuário e além do mais, não foi tua culpa... Vamos, levante-se e derrote o deus eu te deixou assim, levante-se e lute em meu nome!

 

_Sim, eu lutarei – Uma nova força nascia na amazona, uma que ela nunca havia sentindo mesmo quando elevara seu cosmo ao máximo que podia. – POR ATENA!

 

Eros cambaleou e cai devido ao susto. Shina gritou tão alto que ele até pensou na hipótese de ela ter acordado alguém no Olimpo.

 

Mas o que mais surpreendeu o deus do amor foi que o corpo da amazona brilhava num dourado intenso que ele mesmo concordou que ofuscava sua beleza.

 

_Eros, esse teu maldito ataque me fez relembrar de coisas que eu jurei esquecer! – Ela se levantou, e aos poucos a luz que cercava seu corpo foi diminuindo. – Eu juro, por aqueles ombros frágeis que carregam o mundo, que te derrotarei!

 

Quando a luz cessou, o corpo de Shina estava coberto por uma nova armadura. Era roxa como a versão anterior, porém espalhada agora por toda a extensão do corpo. A quantidade de detalhes dourados maravilhou Eros, assim como a cabeça de serpente que cobria o braço direito. Ela possuía um par de finas assas voltadas para fora e era tão anatômica que parecia ter sido forjada pelo próprio Hefesto.

 

_Se eu não tivesse presenciado o momento que tua armadura foi restaurada com o sangue de Atena, diria que este ferimento no braço está me deixando louco. – Disse ele, tentando manter a calma. – Mas realmente, esta é uma armadura divina.

 

_Sim Eros, é a chance de te derrotar! A chance de te mostrar que a Criação pode vencer! – O céu azul foi coberto por densas nuvens negras de tempestade das quais saiam raios violetas. – Venha Cobra!

 

Várias descargas se uniram ao punho de Shina, que as lançou contra o deus, atingindo seu coração.

 

_Eu... Venci... - A amazona cai sobre os destroços do coliseu, exausta, enquanto o corpo de Eros começa a se desfazer.

Editado por Lucas Teixeira
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Um capítulo homenageado a Shaina, além de ter sido dedicado a ela. Mostrou uma parte vital dela, seu dúvida que Eros não passa de um deus manipulado no requisito do amor.

 

Uma luta difícil por causa deste ser divino, mas no final custou imenso e ainda ganhou uma Armadura Divina.

 

Esperarei pelo próximo capítulo.

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Lucas, adorei esse capítulo. :kosumo:

 

A atuação de Shina estava perfeita, assim como a luta contra Eros.

 

Gostei muito da história que criou para a amazona de prata.

 

Capítulo nota 10. :D

 

No aguardo do próximo.

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  • 2 semanas depois...

Cap. 10: Pesadelos

 

_Ah! Desculpe-me. É que esse lugar é tão belo. – Seiya estava parado observando um lago de águas claras quando uma jovem se aproximou e o indagou o porquê dele estar ali, em sua propriedade. – Ele me dá uma sensação de nostalgia. Apesar de ser a primeira vez que venho aqui.

 

_Não precisa se preocupar. Aqui só tem eu. – Respondeu ela. Seus cabelos roxos e compridos estavam balançando com a brisa suave que soprava. – Espero que você encontre a pessoa que está procurando. *

 

Seiya ficou um longo tempo observando a moça. Seus traços delicados e as árvores atrás dela, davam a impressão de que ele observava uma obra de um pintor muito talentoso.

 

_Como sabe que procuro alguém?

 

_Foi um palpite. Sua expressão ao olhar a água... Parecia que você se lembrava de alguém, algum amor do passado?

 

_Não, minha irmã. Meu nome é Seiya, e o seu?

 

_Seiya, meu nome é Saori.

 

Eles conversaram um pouco mais à beira do lago e Seiya estava gostando muito daquilo, parecia que se conheciam desde os primórdios dos tempos. O sol já estava se pondo quando ela o convidou para entrar em sua casa para um chá. Apesar de surpreso com a proposta, ele aceitou.

 

A casa da moça era uma tradicional moradia de campo na qual as pessoas ricas passavam as férias, e ele só então percebeu que conversava com uma pessoa de grande poder aquisitivo e isto o deixou envergonhado.

 

_Está surpreso pela casa? – Disse ela percebendo a inquietação dele. – Não se preocupe, nada disso tem valor para mim, só tive a sorte de já nascer rica.

 

_Qual seu sobrenome?

 

_Kido. – Aquele nome foi como uma flecha na mente de Seiya, ele estava ali, diante da magnata Saori Kido, herdeira de uma das maiores fortunas do Japão, famosa por seu carisma e simplicidade.

 

_Desculpe-me senhorita por não te reconhecer.

 

_Não precisa se desculpar, fiquei até feliz com isso, não gosto dos vários holofotes voltados para mim. É bom não ser reconhecida de vez em quando.

 

_É estranho, sinto que te conheço muito mais do que parece. – As palavras de Seiya saltaram de sua boca simplesmente, ele não pensara naquilo.

 

_Eu também sinto isso. Acho que nos conhecemos de outras encarnações. – Disse ela com um sorriso no rosto que expôs uma fileira de alvos dentes.

 

No interior da casa, Seiya deixou a mochila em um sofá de couro que havia ali. A mobília do lugar era tão bonita quanto aquelas que Seiya via em filme e isso o deixou com a sensação de estar dentro de um.

 

A moça o guiou até a cozinha, um cômodo feito relativamente maior que os outros para poder abrigar uma longa mesa de madeira cor tabaco gigantesca, com dez cadeiras de cada lado e mais duas nas pontas.

 

Ele observou Saori encher a chaleira de água e coloca-la num fogão rústico movido de lenha – que ele ajudou a colocar e ascender. Conversaram um pouco mais sobre a irmã de Seiya e sobre como eles haviam sido separados na infância.

 

_Mas quem os separou? – Indagou ela.

 

A resposta estava na ponta da língua dele, mas algo o impedia de pronunciá-la, como se pequenos seres estivessem agarrados à sua língua e não o deixassem falar. Foram longos segundos de desespero até ele levar um susto com o apito da chaleira.

 

_Vejo que isto te incomoda, deixa pra lá. – Ela se levantou da cadeira da ponta e foi tirar a água do fogo. Pegou um par de xícaras e um de pires, assim como um saquinho contendo ervas de cheiros fortes.

 

Seiya estava levando a xícara à boca, quando escutou alguns murmúrios vindos do fundo da casa que o deixaram, mesmo ele que raramente sentia isso, com medo. Ele olhou para a porta da cozinha e assustou ao ver como o resto da casa estava escuro.

 

_Você não disse que estava sozinha? – Disse ele voltando-se para Saori, mas ela havia desaparecido e o fogo que ainda queimava a madeira se apagou, mergulhando tudo na mais completa escuridão.

 

_Mas que diabos está acontecendo aqui?

 

Seiya se levantou, foi até o interruptor na parede da cozinha e tentou acender as luzes, mas nada aconteceu. Chamou por Saori, mas a única coisa que ouvia em resposta era seu próprio eco.

 

Os pelos na nuca de Seiya se arrepiaram e ele foi tomado pelo medo quando novos murmúrios irromperam o ar. Era uma sensação muito estranha, ele queria sair dali, fugir para bem longe, mas algo o prendia ao cômodo.

 

Ele começou a chorar quando os ruídos pareciam estar mais perto. Isso era algo que nunca havia pensado fazer: chorar de medo.

 

Quando os já agora gritos explodiram em sua cabeça, um retângulo de luz apareceu ao seu e, sem pensar duas vezes, ele correu para lá.

 

Qual não foi sua surpresa ao ver Saori lá, caída em cima de uma pilha de corpos e toda ensangüentada, morta. Abaixo dela estavam várias pessoas que seu cérebro dizia que ele não conhecia, mas seu coração falava o contrário.

 

Eram cerca de 30 corpos, em sua maioria homem e duas mulheres, todos mortos e no mesmo estado que a garota, porém todos estavam usando armaduras.

 

Atrás da pilha havia ainda outras três. Uma com homens de armaduras alaranjadas e no topo um jovem de cabelos azuis também de armadura. Na outra, a mesma coisa, homens de armaduras, porém no topo era uma mulher de cabelos brancos e traços frios e delicados. Na ultima, a maior, estavam uma quantidade absurda de corpos e Seiya mal pode ver quem estava no topo desta, mas uma cachoeira de sangue vinha de lá.

 

Seiya não entendia aquilo e se perguntava o que tudo isso significava.

 

_Isso cavaleiro, é uma visão do futuro!

 

Uma voz ecoou pela sala como um estrondo de um forte trovão. No mesmo instante um homem e uma mulher aparecem acima das pilhas dos mortos. Eles vestiam armaduras semelhantes as da quarta pilha. A do homem tinha um capacete que se alongava de forma irregular até os ombros. A vestimenta terminava numa espécie de saia que se estendia até os pés. A da mulher era muito graciosa, com uma saia aberta na frente, asas no elmo e curvas que definiam bem o seu corpo.

 

_Quem são vocês e como assim isso é uma visão do futuro?

 

_Huhuhu, meu nome é Morfeus, deus dos sonhos dos heróis.

 

_E o meu é Phantasos – Disse a mulher com uma voz meiga. – A manipuladora de formas!

 

_Cavaleiro de Pégaso – voltou a falar Morfeus – Isso é o que acontecerá com aqueles que se opõem aos deuses. Aliás, boa parte desses ai já estão mortos a muito tempo, mas é uma lástima que alguns humanos ainda não aceitam seus destinos e insistem e lutar.

 

Quando terminou de falar várias flores começaram a brotar do chão atrás dele. Estas avançaram até alcançarem e amarrarem Seiya com seus ramos, enquanto mais e mais pétalas se abriam.

 

_O que é isso, porque estão fazendo isso comigo? – O jovem berrava em desespero.

 

_Porque você é um cavaleiro e merece morrer! – Respondeu Phantasos, porém algo havia mudado nela, pois sua voz agora estava grossa e aguda. Seiya olhou para ele e então percebeu: Ela havia se tornado um homem!

 

_E-eu não sou um... Cavaleiro?!

 

_Sim, você é. Mas isso não interessa mais, uma vez que sua alma já está condenada. Essas papoulas irão sugar seus sentimentos, um por um, até que você se torne um boneco inerte!

 

_Mas isso é impossível, ninguém tem tal poder!

 

_Nós temos esse poder, pois somos deuses!

 

_D-deuses?

 

Morfeus o ignorou e se virou para ir embora enquanto Phantasos, que voltara a sua forma feminina, listava os sentimentos de Seiya que iam se esvaindo.

 

_Vamos logo Phantasos, pare de brincar, ainda temos... Temos de...

 

_O que aconteceu Morfeus?

 

_As papoulas, elas não param de florescer e... estão cada vez maiores e com cores mais vibrantes. Isso... isso já aconteceu!

 

_Bom, se você acha que irá falhar, deixe-me tentar, devo estar um pouco enferrujada devido ao tempo que não luto, mas acho que dá pro gasto.

 

Phantasos suspirou fundo e juntou as mãos próximas à cintura como se fosse dançar balé. Então começaram a aparecer em volta dela espíritos que voavam de um lado para o outro. Ela fechou os olhos, enquanto seu corpo se tornava um homem novamente.

 

_Manipulação Divin... – O deus não conseguiu terminar a frase, pois uma dor percorreu seu corpo e Seiya percebeu que o mesmo acontecia com Morfeus. Os dois então caíram no chão e tudo se dissolveu na frente do jovem, até ele mesmo.

 

Seiya pouco a pouco recuperava a consciência. Parecia que haviam várias toneladas de terra em cada uma de suas pálpebras, pois elas custavam a se abrir. Entre uma piscadela e outro o cavaleiro via emaranhada junto aos silos uma quatro formas humanas envoltas em mantos de uma brancura que nem a melhor lavadeira do mundo conseguiria atingir. A do centro, que deixava escapar um volumoso cabelo loiro pelas laterais da vestimenta, trazia em sua mão um artefato curioso: Parecia a flecha da armadura de Sagitário, porém estava partida em quatro e colocada no formato de uma estrela, amarrada no centro por um selo.

 

Tohma também estava preso em, ele sabia o que era, diferente de Seiya, um sonho. Mas o dele era diferente. Não sonhava algo novo, mas revivia lembranças que jurou um dia esquecer.

 

Os flashs passavam por ele muito rápidos, mas o ex-anjo reconhecia as cenas que lhe eram mostradas: Um anjo negro abraçando e iludindo-o com suas asas escuras e tenebrosas. Eram quatro no total, pois aquele ser estava numa categoria mais alta do que ele, que acabara de se tornar um anjo pleno, digno de servir os deuses.

 

E não foi só com ele que isso aconteceu, vários anjos da corte Olímpica foram corrompidos pelo espírito maligno do Arcanjo, ser que serve somente ao todo poderoso Zeus, mas este juntou um poderoso exército, que abalou as estruturas da montanha sagrada enquanto marchava.

 

Foi uma intensa luta de anjos contra os agora chamados demônios, ou anjos caídos, Seu mestre conseguiu alcançar seu objetivo e viu Zeus ajoelhado diante de si, quase morto. Tohma assistiu a tudo o que aconteceu a seguir de perto: O Arcanjo foi desferir o golpe final, mas não conseguiu, pois fui impedido pela aparição de um semelhante. Os dois se enfrentaram numa batalha monstruosa, nunca antes vista pelos deuses, nem nas eras mitológicas, mas o resultado foi o pior que o humano podia imaginar.

 

Seu mestre sucumbiu diante do poder do segundo Arcanjo, que por muito pouco não morreu. Enraivecido, Tohma investiu contra Zeus, para vingar seu mestre, mas impedido por aquele que o derrotou que, num ultimo ato, impediu o anjo, mas sem mata-lo, pois não tinha mais forças.

 

A visão terminou com Tohma sendo preso, depois disso um deus apareceu diante dele e se apresentou como Icelus, o deus das ilusões e um dos quatro deuses dos sonhos. Os dois trocaram alguns golpes, mas o poder divino do oponente era claro, principalmente por sua habilidade de cortar dimensões.

 

Mas o improvável aconteceu, e Icelus se desfez na sua frente, gritando de dor.

 

Proximidades do Santuário.

 

Uma pequena comitiva, composta por seis pessoas trajando armaduras variadas, andava apressada rumo ao coração do local, as Doze Casas do Zodíaco. O homem a frente deles, porém, parou subitamente e esticou seu braço em sinal para que os que demais parassem.

 

_O que foi Kanon? – Perguntou o cavaleiro de Cisne.

 

_Não estamos a sós, parece que chegamos atrasados e lutaremos mais cedo do que pensávamos.

 

Todos aqueles vindos de Asgard se preparam para a batalha e elevaram seus cosmos. Bado e Alexei, acostumados com o frio das terras do norte suavam muito e estavam com a respiração ofegante devido ao calor grego. Sorento e Thétis tinham as expressões muito serias e se encontravam um pouco afastados do grupo.

 

Quando Kanon já estava cansado de esperar e se preparava para atacar, o inimigo soltou uma risada medonha, como a de uma hiena perversa.

 

_Quem está aí? – Gritou o Dragão Marinho.

 

_Não lhe interessa, humano. – A voz do ser não passava uma sensação diferente de seu riso. Quando ele apareceu em pleno ar acima deles, soltou uma gargalhada estrondeante e arremessou uma lança que trazia na direção do grupo.

 

A arma mal tocou o solo e provocou uma grande explosão, que arremessou todos pelos ares, a centenas de metros de onde estavam.

 

Kanon voou até que sua trajetória sem controle foi impedida de continuar por uma coluna grega. Mesmo quase inerte, ele percebeu que havia muito sangue escorrendo de suas têmporas e também que estava com muita dor no braço esquerdo. Quando tentou se levantar percebeu então que havia quebrado os ossos do membro e também algumas costelas.

 

_Pelos Deuses! Quanto poder.

 

_Está impressionado cavaleiro? – O homem apareceu na sua frente, agora no chão. Ele se aproximava a passos largos, como se marchasse. Usava uma amadura laranja imponente, feita especialmente para a guerra, pois era muito fortificada, cobria todas as partes do corpo e também um grandioso escudo e a poderosa lança usada no ataque. Para completar o visual da vestimenta, um par de asas douradas saía de suas costas.

 

O homem tinha um rosto que era puro ódio e suas pupilas eram de um vermelho sangue intenso. Kanon percebeu que ao seu redor haviam quatro homens ajoelhados que o veneravam, envoltos em mantos brancos manchados de sangue.

 

_Humano, não deixarei ninguém interferir enquanto minha bonequinha brinca um pouco com aquela vagabunda por quem vocês lutam, entendido? – Dizendo isso ele cravou a lâmina da lança nas costas de Kanos, soltando gargalhadas mais altas que as anteriores.

 

Casa de Áries.

 

_Ah! Pelo visto, acordaram. – Disse a mulher do centro enquanto os dois homens se levantavam. A voz era mais suave e mais confiante que Seiya já ouvira na vida.

 

_O-o que aconteceu Tohma? – O cavaleiro ainda estava confuso com tudo o que vira no sonho, principalmente com a aparição de dois deuses nele.

 

_O ataque começou. – o irmão de Marin encarava com ódio o artefato que a mulher trazia. Depois de analisá-lo bem, perguntou à Seiya: – Quem apareceu em seu sonho?

 

_Como sabe...? Tohma, apareceram dois deuses, Phantasos e Morfeus. O que isso significa? E quem são elas?

 

_Alguém já lhe falou que você faz muitas perguntas cavaleiro? – Zombou uma delas.

 

_Ora sua! – Seiya partiu para o ataque, mas foi impedido pelo ex-anjo. – Porque fez isso?

 

_Pelo que você me disse, elas não são o maior de nossos problemas, e olha que nessa matéria elas são bem grandes. – Ele estava preocupado. Olhou bem a mulher do meio e verificou toda a área a procura de algum cosmo hostil, mas não obteve resultado. – Onde “ele” está?

 

_Huhuhu, já descobriu então né?

 

_Eu não entendo, de quem estão falando? – Seiya estava confuso.

 

_Diga-me, – continuou Tohma. – porque os quatro estão a seu serviço e não ao senhor deles?

 

_É assim deste a Guerra Santa entre Atena e Hades do século XII. Enquanto esses dois bobões lutavam, eu fui a mais esperta. Aprisionei a alma dos quatro filhos de Hypnos, os deuses do sonho, na arma que os matou. Desde então, o poder deles é meu, não é mesmo, – Ela fez uma pausa, esperando o ser que saía das sombras se aproximar. Ele trajava o que Seiya reconheceu ser uma sapuris, porém de uma classe superior à dos espectros. – Oneiros.

 

O deus fez uma reverencia ao passar pela mulher e seguiu na direção dos dois rapazes. Parou à alguns metros deles e estendeu os braços para o lado.

 

_Que pena as formas temporais de meus irmãos não terem dado conta do recado, mas cavaleiros, preparem-se para sentir o verdadeiro poder dos filhos de Hypnos!

 

Três almas saíram do artefato na direção dele. O corpo de Oneiros rapidamente mudou e tomou forma de um centauro de seis braços e acima de sua cabeça aparecem projeções de seus irmãos.

 

_GUARDIANS ORACLE!

 

*Parte final do filme Prólogo do Céu

Editado por Lucas Teixeira
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  • 4 semanas depois...

Cap. 11: O Senhor das Forjas

 

_Vamos Kiki, lute! – Circini de Compasso trocava alguns golpes com o jovem discípulo de Mu. Ambos usavam suas armaduras de bronze. A de Circini era de um tom caramelo e bem simples, pois as placas de metal só protegiam o necessário mesmo. Tinha duas ombreiras quadradas, um peitoral redondo sobre a região do coração, um elmo que terminava numa forma pontiaguda, e partes no antebraço e pernas.

 

O cavaleiro era de uma aparência jovial, tinha pele clara e olhos e cabelos esverdeados. O cola azul que vestia por baixo da armadura combinava muito bem com a mistura de cores que nele havia.

 

Ele era um dos cavaleiros que treinava na Casa de Ofiucus, grupo do qual Kiki agora também fazia parte. Mesmo já tendo sua armadura ele e outros cinco cavaleiros estavam ali para aperfeiçoar seus poderes, uma vez que suas vestimentas sagradas foram-lhes entregue por Saga na sua rebelião para lutarem ao seu lado – antes disso eram míseros soldados do Santuário.

 

Kiki já estava acostumado com Circini, pois sempre treinava com ele e, em ocasiões raras, com a própria Geiste. Os habitantes da casa sempre treinavam em grupos de dois e no final da semana a própria morada os treinava, com testes em cada andar.

 

_Ah! Espere um pouco, estou exausto! – O garoto arfava grandes quantidades de ar rapidamente. Circini já havia se tornado um cavaleiro experiente e isso, somado ao peso de sua própria armadura, custava muito as energias de Kiki.

 

_Haha! Então você desiste?

 

_É... Não! Vai vam... – A voz de Kiki é abafada por um som alto. Um monte de fumaça invade a sala em que estavam e os dois começam a tossir.

 

_Cheguei! – A voz veio do meio do nevoeiro e os dois cavaleiros logo a reconheceram. Era de um homem já de meia idade que a pedido do Grande Mestre morava lá desde, segundo ele mesmo contou, 1971.

 

Ele escondia muitos mistérios por detrás de sua espessa barba negra. Ele seria confundido com um humano comum devido às suas roupas sujas de graxa devido ao trabalho na oficina próxima aos Portões de Brandenburgo, mais todos na casa sentiam que ele era um ser muito especial e extremamente forte, tanto fisicamente, pois ele tinha músculos enormes como de halterofilistas, e também cosmicamente. Ninguém sabia seu real nome, e ele também não fazia questão de dizê-lo, apenas chamavam-no de Senhor.

 

_Vamos comer, vai, chega de treinamento! – Disse com um sorriso no rosto depois da fumaça de dissipar e se dirigiu para a sala de jantar seguido pelos dois.

 

Ao chegarem viram que todos já estavam se servindo da comida feita pelas serviçais da Casa de Ofiucus – que na realidade eram amazonas que não conseguiram guardar o segredo de seus rostos.

 

“Senhor” se sentou na cabeceira da mesa e ao seu lado direito estava Geiste e do esquerdo Kitalpha. Kiki e Circini se sentaram nas ultimas cadeiras de cada lado. O garoto percebeu que faltavam ainda dois lugares no meio da mesa a serem preenchidos. Ele então perguntou a garota que estava ao seu lado, June:

 

_Quem está faltando?

 

_Norma de Esquadro e Ant de Antilha. Parece que eles querem treinar mais um pouco.

 

Depois de um tempo que estavam jantando, Kiki ouviu as portas principais da casa baterem com força, como se o vento as tivessem empurrado. Todos se assustaram e deram um pulo na cadeira com o barulho, menos o homem na ponta, que continuou comendo como se nada tivesse acontecido.

 

Enquanto todos ainda se perguntavam o que havia acontecido, os dois cavaleiros de bronze entraram correndo na sala de jantar, com o espanto nítido em seus rostos.

 

_“Senhor”, tem dois homens aqui que querem te ver. – Disse o grandalhão Ant.

 

_Eu sei, nunca pensei que veria esses dois canalhas na minha frente de novo. Mande-os entrar.

 

_De quem está falando “senhor”? E como encontraram a Casa e você? – Indagou Geiste.

 

_Acalme-se. Em breve saberão.

 

Os segundos seguintes passaram como se fossem incontáveis horas de tensão. Esse sentimento foi quebrado quando dois jovens adentraram a sala. O mais novo tinha cabelos verdes compridos, olhos da mesma cor e uma armadura rosada com detalhes dourados muito elegante. Correntes pendiam de seus braços, uma terminava em uma ponta e a outra num círculo. O mais velho tinha cabelos e olhos azuis, pele morena e trajava uma escama laranja. Trazia consigo um imponente tridente dourado.

 

Kiki logo reconheceu os dois, mais percebeu que o mais jovem estava diferente e trazia presa a cintura pela bainha uma espada negra.

 

_Você... – June estava boquiaberta com a presença de seu antigo amigo e amor. – Shun?

 

Ela não obteve resposta. O homem de meia idade cruzou os braços e encarou os recém chegados.

 

_Não se engane minha jovem, não é seu amigo ali.

 

_Haha, você é quem está enganado. Sou eu sim, Shun de Andrômeda, cavaleiro de bronze de Atena.

 

_Então me explique esta espada que trazes. Por acaso não é a lâmina do Imperador do Inferno?

 

_De fato, é. Explicações depois. Mais eu juro, pelo Estige, sou Shun. E este é Julian Solo.

 

_Pelo Estige? Como vocês humanos dizem, então está ok.

 

_Queremos te pedir um favor que somente você pode realizar.

 

_Espera um pouco! – Interrompeu Kiki. – Ele é Poseidon, deus dos mares! Não podem confiar neles. Shun, o que está acontecendo?

 

_Aquiete-se Kiki! – Disse o senhor. – Eles juraram pelo Estige e é impossível mentir sobre tal voto. Pois bem, o que querem?

 

Shun bateu palmas e uma mulher de armadura dourada entrou carregando um grande saco. Ela suava muito devido ao peso do embrulho. Depositou-o sobre a mesa e afastou-se.

 

_Porque ela está aqui? Achei que tivesse morrido.

 

_Como eu disse, explicações depois. – Shun se aproximou do pacote e abriu-o. Um brilho dourado tomou conta do local e todos se forçaram a fechar os olhos. Quando se acostumaram à claridade, ficaram desapontados. Havia apenas uma grande quantidade de pó de ouro na mesa.

 

_Precisamos que as concerte, e rápido, com o seu poder. – Disse Julian.

 

_Entendo. – O homem então estendeu sua mão direita na direção da poeira. Ela se iluminou, como se respondesse a ele e rapidamente começou a tomar forma. Ela se separou em doze montes que cresceram rápido.

 

_Não pode ser! Essas são... – Kiki se espantou ao ver o resultado final do trabalho. Na frente dele estavam todas as armaduras de ouro antes destruídas.

 

_Muito obrigado. – Shun tinha um grande sorriso no rosto. – Mais um trabalho memorável teu, Hefesto!

 

Santuário

 

Saori estava em seu templo rezando pelo destino de seus cavaleiros quando sentiu um cosmo poderosíssimo e conhecido. Ela saiu em disparada para a porta do templo involuntariamente.

 

Mal havia chegado viu que em algum lugar lá embaixo acontecera uma explosão gigantesca.

 

_Seiya!

 

Casa de Touro

 

Uma pequena parte do templo estava destruída por causa da explosão. Jabu olhava uma coluna que ainda caía assustado.

 

_Mas que diabos aconteceu na casa de Áries? E o... Seiya! Seu desgraçado, você não pode morrer! Se isso acontecer... – Ele cerrou os punhos com raiva. – Se isso acontecer a Saori vai chorar!!!

 

_O que é isso cavaleiro? – Disse uma voz feminina. – Parece até que quem vai chorar a morte do “amigo” é você.

 

_Quem está aí?

 

Uma mulher envolta num manto branco apareceu diante de Jabu. Ela olhou de cima abaixo o corpo do rapaz, parando principalmente em seus músculos e ele ficou envergonhado com isso.

 

_Humm, nada mal hein? Pena que terei de matá-lo e depois fazer o mesmo com Atena!

 

_O-o que? Pois fique sabendo que eu, Jabu de Unicórnio, guardião da Casa de Touro a impedirá!

 

Casa de Áries

 

Uma grande nuvem de poeira e fumaça pairava no ar. No chão havia blocos de pedra deslocados e pedaços do templo por toda parte. No meio desse cenário de devastação se encontrava uma bola de energia luminosa.

 

Quando a esfera se desfez, três mulheres saíram de dentro dela envoltas em seus mantos. A líder delas deu um passo à frente procurando vestígios de seu subordinado, que logo saiu de dentro da nuvem de destroços.

 

_Minha senhora, meu trabalho aqui foi comprido. Posso me retirar? – Oneiros se aproximou e tocou o coração com a mão direita em sinal de respeito.

 

_Hunf! Parece que uma de minhas servas seguiu adiante no momento da explosão. – A mulher ignorava o deus. – Vamos fazer o mesmo, venham!

 

_Sim senhora. – Respondeu as outras duas.

 

_Irei com vocês. – Disse Oneiros.

 

_Não, não irá. Você ficará aqui e terminará o que lhe foi ordenado. – Ela estava zangada.

 

_Como? – Uma luz começou a aparecer por debaixo de um monde de pedras. Não demorou muito e tudo foi pelos ares e a silhueta de um homem apareceu. – Não pode ser! PÉGASO!

 

Seiya levantara das pedras e caminhava na direção do deus e trazia nos braços uma pessoa inconsciente.

 

_Oneiros é o teu nome certo? Fique sabendo que agora darei tudo de mim para vê-lo morto aos meus pés! – Ele olhou para o corpo desmaiado e acariciou os cabelos verdes da moça. – Se não você estaria morto agora... Shina...

 

Ele andou alguns passos e repousou o corpo da amazona numa coluna caída, longe do campo de batalha. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto ferido e gotejou na armadura em pedaços da parceira.

 

_O Guardians Oracle tem o poder de destruir uma nação inteira... Como ela pode ter sobrevivido ao impacto do golpe e ainda proteger o Pégaso?

 

_Aquilo que ela veste é uma Armadura Divina, a proteção sagrada mais próxima das vestimentas originais dos deuses Olímpicos. – Seiya percebeu que ao falar isso as mulheres que passavam pela casa em direção à de Touro soltaram algumas gargalhadas, mas ele não soube explicar o porquê.

 

Oneiros começou a rir como um louco depois de alguns minutos de silêncio.

 

_Esplêndido! Esses humanos, sempre nos surpreendendo! Mas sua sorte acaba aqui cavaleiro, afinal, não vejo mais nenhuma dama disposta a se atirar na tua frente para protegê-lo!

 

_Ora seu desgraçado! Tome isto: COMETA DE PÉGASO!

 

O poder dos socos concentrados do cavaleiro atinge em cheio o peito de Oneiros, que recua alguns metros com o impacto.

 

Seiya fica muito feliz com o estrago que fez no corpo do deus com apenas um golpe. A Sapuris na região atingida estava trincada e afundada num perfeito círculo e o ombro esquerdo dele havia sido deslocado para trás.

 

O cavaleiro respirou profundamente e tomou coragem para falar:

 

_Tem certeza de eu você é um deus? Nas lutas contra Hades, Poseidon e até mesmo Apolo, por mais que eu tentasse, não conseguia atingi-los em cheio assim, quem diria deslocar um osso!

 

_Isso mesmo cavaleiro, ria e deboche o quanto quiser; o que é teu te espera. Agora, deixe-me fazer uma pergunta também: Esses deuses que você enfrentou, conseguiam fazer isto?

 

Quatro pontos luminosos surgiram no corpo de Oneiros e no mesmo instante a vestimenta e o ombro começaram a se regenerar. Alguns segundos depois o deus estava inteiro de novo na sua forma de Centauro, como se nada tivesse acontecido.

 

_Co-como? Isso é impossível!

 

_Nós deuses habitamos uma dimensão diferente da sua e podemos fazer coisas inimagináveis! Quando convoquei as almas de meus irmãos nos tornamos uma alma em quatro e quatro almas em uma, um ser invencível, com quatro almas divinas protegendo-o!

 

_É uma pena eu não ter tido tempo suficiente para matá-lo Pégaso! – A voz feminina de Phantasos encheu o ar e Seiya pode ver novamente as imagens dos três deuses derrotados acima da cabeça de Oneiros.

 

_Você! Phantasos e Morfeus brincarão com meus sentimentos para com Saori! Realmente é uma pena você não ter conseguido me enfrentar antes, seria uma boa luta, mas matarei os quatro aqui e agora!

 

_O que? O choque com o Guardians Oracle deve ter afetado seu cérebro cavaleiro! – Disse uma voz canina que Seiya nunca ouvira antes. Era Icelus.

 

_Não, pelo contrário, acho que fez ele funcionar ainda mais. Percebi logo que Oneiros falou o segredo para derrotá-los: Acertar as quatro almas de uma só vez!

 

_Huhuhu, esperto, muito esperto, mas será que você consegue? – Disse Morfeus.

 

_Já saberão! – Seiya elevou e concentrou o cosmo no punho direito. – METEORO DE PÉGASO!

 

Centenas de socos foram disparados à velocidade da luz e Seiya já comemorava a vitória quando aconteceu uma coisa surpreendente. Ele próprio foi atingido nas costas por seu ataque.

 

O cavaleiro de pégaso voou até cair perto do monstro-deus. Ele sentia que sua armadura havia se despedaçado atrás e também que o sangue começara a escorrer.

 

_M-mas o que aconteceu? – Perguntava ele, inconformado.

 

_Este é o poder de meu irmão Icelus. – Oneiros colocou a pata dianteira, que se assemelhava com a de um felino, sobre a cabeça de Seiya e pressionou-a contra o chão. – O poder de manipular as dimensões!

 

Os quatro deuses riam muito enquanto a grande pata pisoteava e chutava a cabeça do cavaleiro, fazendo com que muito sangue saísse de sua testa, lábios e têmporas.

 

_Isso Pégaso, morra e sofra diante de meus pés! – De repente Oneiros parou de rir, como se uma luz tivesse se acendido dentro de sua cabeça. Olhou para a amazona caída ali perto e voltou a gargalhar. – Você queria protegê-la não? Pena que irá falhar!

 

Algumas tiras de sua Sapuris localizada na região da cintura se alongaram e contornaram o corpo de Shina e depois se recolheram, trazendo-a consigo. Oneiros então agarrou o pescoço dela com suas mãos e começou a enforcá-la devagar para vê-la sofrer.

 

_Pare! – Gritava Seiya entre uma pisoteada e outra.

 

De repente a força exercida sobre seu crânio cessou e com dificuldade ele se sentou. O corpo de Shina caiu sobre seu colo e então ele olhou para cima.

 

De onde antes haviam aparecido os quatro pontos luminosos no corpo do deus, agora brotavam quatro lanças feitas de raios violetas.

 

Seiya ficou feliz ao vê-las e rapidamente voltou o olhar para trás. Tohma estava lá, são e salvo, ainda em posição de ataque, sem a máscara tenebrosa que cobria sua face.

 

_Precisarão de mais que isso para me derrotar, deuses!

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Lucas, desculpe pela demora em responder. :(

 

Gostei demais dos dois capítulos que você postou. ^^

 

O sonho de Seiya ficou muito bom no capítulo 10 e você aproveitou e usou o diálogo que aparece no fim do Prólogo do Céu, não foi?

 

Também gostei muito da participação dos filhos de Hypnos na história. Agora, estou curioso para ver a luta do Jabu. ^^

 

No aguardo do próximo. :D

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Esse Oneiros está a explorar muito bem, os poderes dos outros usando como seu, algo que não aconteceu em LC.

 

Os Cavaleiros das constelações modernas foram uma excelente ideia e ainda a introdução do deus Hefesto que desconfiava desde que lia.

 

Excelente capítulo, vou esperar pelo próximo.

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  • 3 semanas depois...

Cap. 12: Uma Chegada Inesperada

 

O cenário da casa de Touro havia mudado bastante. Os blocos de pedra caídos do teto da casa devido ao Guardians Oracle de Oneiros estavam cobertos por flores que neles brotaram.

 

As plantas germinavam também na armadura de Jabu, que estava muito fraco e arfava bastante. A mulher por sua vez retirara o manto e revelara seu belíssimo corpo.

 

Ela era alta e o salto alto a deixava ainda mais. A pele dela era muito branca e entrava em harmonia com sua armadura rosa e azul-clara. Seus cabelos eram de cor rosa também e avolumados, prendidos por uma tiara em forma de flor no lado esquerdo da cabeça. Os olhos eram bem negros e seus lábios carnudos de um vermelho intenso.

 

_Você lutou bem Jabuzinho, mas no final sucumbiu ao meu poder. Essas flores presas ao seu corpo irão sugar toda a sua energia até a morte! Ai, como é péssimo matar uma coisinha linda dessa... Esses músculos grandes... Ai...

 

_Quer me matar ou ficar me admirando? Alias, você nem me disse seu nome ainda. Assim não dá para começar uma relação. – Disse Jabu num tom sarcástico.

 

_Sou Aglaia, a Claridade, uma das três Graças, coisinha fofa.

 

_Graças? Quer dizer então que...

 

_Sim, quem está atacando o Santuário sou eu, Afrodite, a deusa da beleza e do amor!

 

Mais três mulheres chegaram a casa de touro. A líder delas retirou o manto que a cobria e revelou a deusa mais bela do Olimpo. Ela usava seu vestido transparente e a coroa que Hera lhe dera.

 

_A-afrodite?! Droga! Estou ferrado! – Disse Jabu baixinho. – Pelo visto terei de lutar contra as quatro né?

 

_Está louco Jabu querido? – Aglaia jogou um beijinho para ele e todas riram.

 

O cavaleiro de Unicórnio elevou seu cosmo como resposta. Uma onda elétrica começou a sair do chifre de seu elmo e percorreu todo seu corpo, fazendo as flores se incendiarem.

 

_Vamos ver quem está louco, querida! – Ele se pôs em posição de ataque, com o chifre ainda brilhando com as cargas elétricas. – GALOPE DO UNICÓRNIO!

 

Ele saltou e concentrou todo seu cosmo em seus pés, que atingiram o abdômen de Agalia em cheio. Um jato de sangue saiu da boca da Graça, que tombou para trás, morta.

 

_Quem será a próxima, vocês duas, ou a própria deusa?

 

_Huhuhu, você não deveria insultar tanto assim a senhora Afrodite cavaleiro! – As duas mulheres retiraram o manto, mas Jabu não pode vê-las, pois os tecidos se transformaram num bando de pardais que o atacaram a bicadas.

 

Casa de Áries

 

Seiya ficou feliz ao ver as quatro lanças elétricas cravadas no corpo do deus e rapidamente voltou o olhar para trás. Tohma estava lá, são e salvo, ainda em posição de ataque, sem a máscara tenebrosa que cobria sua face.

 

_Precisarão de mais que isso para me derrotar, deuses!

 

O cavaleiro de Pégaso aproveita a deixa e corre para longe do deus, levando Shina nos braços.

 

_Tohma! Como você sobreviveu? – Seiya só reparara agora, mas o irmão de Marin estava com muitas feridas abertas por todo o corpo.

 

_Eu não sei Seiya. No momento da explosão eu senti que alguma coisa me protegeu, mas não sei o que foi.

 

_Huhuhu, Precisará de mais do que descargas elétricas para me matar! – Oneiros já começara a se recompor.

 

_Eu sei muito bem disso. Dédalo foi um bom professor no Olimpo e me ensinou tudo sobre você. Isso foi apenas uma distração para poder salvar Seiya e é com o poder dele que você será derrotado!

 

_O que? – Seiya estava surpreso.

 

_Sim, eu já lutei contra você, esqueceu-se? E também vi a tua batalha contra Apolo. Seiya, eleve seu cosmo ao máximo e crie mais uma vez o milagre para derrotar um deus! Eu criarei outra brecha para você atacar.

 

_Mas e o poder dele de manipular as dimensões?

 

_Deixe que eu cuide disso, fique aqui e concentre seu cosmo!

 

_O.K.

 

_Vocês vão viçar conversando aí ou vão lutar? Estou esperando essa reviravolta toda que esse aí prometeu!

 

_Então tome Oneiros! – Tohma começa a espelhar suas descargas por tudo o solo, manipulando-as para que elas não atingissem Seiya e Shina.

 

_Mais descargas? Já disse que só isso não basta! – O poder de Icelus abre uma fenda na dimensão e a eletricidade entra nela, aparecendo ao lado de Tohma novamente, porém não o atinge. – Como?

 

_Estas descargas são manipuladas por mim e obedecem somente a mim. Assim que elas reaparecem nesta dimensão, recebem o meu comando e se voltam contra você! Não há nada que possa fazer para impedi-las de atacar. – O ex-anjo sentia a energia cósmica do companheiro se elevar atrás dele. Isso mesmo Seiya!, pensava.

 

Oneiros também sente o perigo no cosmo do cavaleiro de bronze que aumenta infinitamente e por esse momento de distração é atingido pelo ataque de Tohma, que começa a eletrocutá-lo.

 

O gigantesco corpo do deus se contorcia muito, e isso deixava Tohma feliz, mas ele não tinha mais tempo, seus ferimentos eram muito graves e o ataque lhe custara muita energia.

 

Quando estava prestes a desmaiar e por todo o plano em risco, escutou o grito que esperava em meio às lamentações de Oneiros:

 

_METEORO DE PÉGASO!

 

Seiya passara voando por cima de sua cabeça e Tohma percebeu que algo mudara nele. A armadura de bronze banhada no cosmo de Atena havia se transformado mais uma vez na milagrosa Armadura Divina de Pégaso.

 

Os socos na velocidade da luz atingiram exatamente os quatro pontos luminosos no corpo de Oneiros, que no mesmo instante começou a se desfazer.

 

_Isso é impossível! Como um simples cavaleiro pode derrotar a nós quatro?!

 

Seiya estava muito cansado e tremeu quando os quatro deuses soltaram gritos de dor horríveis de se escutar.

 

_Conseguimos Tohma! – Ele voltou correndo para o amigo, que parecia muito mal.

 

_Parabéns... Seiya... – E caiu no chão.

 

_Tohma... Me desculpem, terei que deixa-los aqui. – Disse ele voltando seu olhar para Shina, que ainda estava desmaiada. – Atena corre perigo e preciso ajudá-la!

 

Alemanha - Casa de Ofiucus

 

_Hefesto?! – Todos, menos Geiste, estavam surpresos com as palavras de Shun. Todo o mistério em torno do ilustre morador da casa havia sido explicado com apenas uma palavra.

 

A sala de jantar agora estava abarrotada de pessoas. Os doze cavaleiros de ouro agora estavam lá, vestindo suas armaduras renovadas pelo poder do deus ferreiro. Kiki chorava muito ao lado de Mu. Shion também estava lá, trajando as vestes de Grande Mestre, dadas a ele por Geiste.

 

_Bom, já que vocês dois não querem falar, começarei eu as explicações. – Disse Hefesto, se levanto e lançando um olhar fulminante para Shun, Julian e a mulher que trouxera as armaduras.

 

“Em 1971, Atena não havia encarnado como humana neste mundo ainda, deixando-o desprotegido de alguma possível ameaça. Foi pensando nisso que um dos doze deuses do Olimpo decidiu vim para o planeta, para procurar uma coisa de valor imensurável, escondida aqui por uma civilização de um passado muito distante.”

 

Shion, Mu, Aiolos e Saga assentiram. Mu era um garoto na época, mas já treinava para ser um cavaleiro com Shion e Aiolos e Saga já tinham suas armaduras de ouro.

 

_Os cavaleiros, em menor número, tiveram dificuldades com o exército deste deus. Vendo o sofrimento deles, decidi por mim mesmo vir ajudá-los. Aproveitar-se de um momento de fraqueza dos cavaleiros para atacar... O que aquele deus estava fazendo ia contra os meus princípios! No fim, saímos vitoriosos, mas eu não podia voltar ao Olimpo, eu os traíra. Shion então me aconselhou a vir para cá e ficar escondido do olhar dos deuses.

 

_E foi ele também que nos revelou sua localização, para que pudéssemos arrumar suas armaduras. – Disse Julian.

 

_Então, vocês não querem mesmo explicar o que se passa aqui? – Insistiu Hefesto.

 

_Se Atena falhar, Os reinos de Hades e Poseidon também serão destruídos pela ira dos deuses. – Shun começou as explicações.

 

_Foi pensando nisso que os dois deuses nos concederam parte de seus poderes, já que eles não podem reencarnar e lutar, para que nós lutemos ao lado de Atena. Aliás, quando recebi o poder de Poseidon, fui capaz de me lembrar de tudo aquilo que ocorreu no templo submarino... E de tudo que eu fiz...

 

_Então, tudo não passa de interesses? Típico deles dois.

 

_Hefesto, precisamos mais uma vez de seu poder. – Julian se ajoelhou diante do deus e Shun fez o mesmo. – Os cavaleiros de ouro precisam voltar para suas casas pois o Santuário já está sendo atacado, mas a barreira imposta por Atena nos impede de fazer isso. Talvez se unirmos os nossos poderes, o poder de três deuses, seremos capazes de quebrar tal empecilho.

 

_Compreendo, alguns sacrifícios são necessários no campo de batalha. Mas vocês sabem quais as consequências disso não é?

 

_Sim. – Shion tinha o semblante triste por ser o responsável por tal ato. – Qualquer um pode ir e vir através das doze casas sem ao menos cruzá-las, até mesmo nossos inimigos.

 

_E ele são bem poderosos, mas se assim o Grande Mestre deseja, assim o farei. – Hefesto estendeu então sua mão calejada pelos trabalhos na direção dos treze homens ali presentes. Shun e Julian fizeram o mesmo. Uma mistura de cosmos se formou quando todos os que ali estavam uniram-se para a realização da tarefa. Do lado de fora a Casa brilhava intensamente, iluminando o céu noturno alemão.

 

O mesmo passou a acontecer no Santuário. A energia luminosa tentava avançar, mas ainda assim era impedida pelo cosmo caloroso da deusa que protegia aquelas terras.

 

Em seu templo, Atena estava apreensiva com aquilo, pois sentia os cosmos de seus poderosos inimigos e ainda uma multidão de outros. Temendo o pior, ela concentra seu cosmo na barreira.

 

_Eu, não vou aguentar! – Gritava ela para a moça que ali estava, Marin. Saori estranhara muito a chegada da mestra de Seiya ali, num momento como esse e também porque, agora, ela não esboçava nenhum sentimento para ajudá-la.

 

Quando Marin se moveu, era tarde de mas e logo, vários feixes dourados aterrissavam no solo sagrado das doze casas.

 

Saori estava caída no chão, quando viu duas pessoas adentrarem o Salão do Grande Mestre. Ela ficou muito feliz ao ver os rostos familiares e arrependida de ter tentado impedir a chegada deles ao Santuário.

 

_Shion e... Partita!

 

Continua...

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  • 3 semanas depois...

O melhor deste capítulo foi a derrota de Oneiros, suas ligações para com LC e ainda o fim que apresentou Partita.

 

Essas Garças que referiste em cima, ou seja, no início do capítulo seriam como as "ninfas" de Afrodite.

 

A área das fics está no seu momento de crise de posts, se fores ver a minha. Vais ver há quanto tempo n tenho um post.

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  • 2 semanas depois...

Lucas, adorei o capítulo 12!!! *-*

 

A conclusão da luta contra Oneiros ficou ótima. Mas a minha parte favorita foi a conversa na Casa de Ofiucus.

 

Não vejo a hora dos cavaleiros de ouro começarem a lutar. :kosumo:

 

No agurado do próximo capítulo.

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Cap. 13: A Deusa Belicosa.

 

Seiya, que levava os dois amigos desmaiados nos braços, observava atônito à chegada de um velho conhecido na Casa de Áries, mas algumas coisas nele não reconhecia. A armadura estava diferente, mas com o padrão original ainda estabelecido. A principal mudança, conforme notara, eram as duas asas douradas que pendiam das costas.

 

Até mesmo o semblante dele havia mudado. A expressão calma e tranqüilizadora deu lugar a uma séria e preocupada, pior que aquela que o jovem guerreiro de bronze pode observar antes da Guerra Santa.

 

_Você precisa sair daqui logo Seiya. – Disse Mu.

 

_Como...?

 

_Num momento futuro você saberá o porque de me ver aqui, mas saiba que estou feliz em reencontra-lo. Agora vá, suba estas escadarias novamente para livrar o Santuário do mal que o ameaça.

 

_Sim, aquelas mulheres, percebi logo de cara que não eram adversárias comuns, principalmente a que chefiava. Você sabe quem é ela?

 

_Infelizmente, sei. Aquela é uma deusa do Olimpo, dita como a mais bela, Afrodite.

 

_A-afrodite? – Seiya ficou parado por alguns segundos, mas logo o estado de espanto acabou, e ele suavemente repousou o corpo dos amigos num canto da morada e saiu correndo.

 

Mu observou a tudo até o brilho da lua refletido na armadura divina do cavaleiro desaparecer de seu campo de visão, para depois soltar um breve riso.

 

_Seiya... Bom, só me resta agora encontrar um lugar seguro para estes dois... Talvez... Sim! É um bom lugar. – Disse o cavaleiro, acomodando Tohma e Shina num aposento dentro da Casa de Áries para depois cobri-los com seu cosmo.

 

_Acho que fiz isso bem a tempo. – Ele correu para o lado de fora, e se posicionou bem ao pé da escada. – MURALHA DE CRISTAL!

 

O choque de um ataque contra a proteção produziu um forte barulho, ao qual Mu achou particularmente estranho, ainda mais pelo fato de que o golpe não retornava para quem disparou, mas continuava avançando. Foi aí que o cavaleiro de ouro percebeu a origem do som: Milhares de corpos em decomposição e gritando diversas lamurias lutavam contra a força da muralha, tanto que ele teve de apoiá-la em seu cosmo.

 

_HAHAHAHAHAHAHA! – A risada diabólica cortou o ar e saiu tão alta que praticamente abafou o lamento dos mortos. – Que humano interessante você, consegue deter o avanço da minha Legião dos Condenados, mas por quanto tempo guerreiro de Atena?

 

_Quem está aí? – Vociferou Mu.

 

A miríade de corpos não diminuía, e o lemuriano começou a ficar preocupado, uma vez que rachaduras já podiam ser vistas na muralha. Do outro lado da colisão, se encontrava uma, das cinco pessoas, responsáveis pelo ataque ao grupo vindo de Asgard.

 

A voz, que a principio Mu pensou ser masculina, na verdade pertencia a uma entidade feminina. Seus seios avantajados podiam ser vistos nos contornos da túnica que usava. A cabeça estava adornada com um elmo que imitava um tigre-dente-de-sabre voraz, pronto para o ataque, e deixava escapar pelas laterais poucas mechas do cabelo curto, tão negro que parecia sugar a luz para si. A maquiagem era pesada, de estilo gótico, porém ao invés do preto, ela trazia um vermelho – era sangue – e usava um estranho batom verde.

 

_Sou Enyo, Generala do Batalhão do Fogo. – Enquanto falava, dispersou o ataque por vontade própria, apenas para que o cavaleiro pudesse contemplar seu rosto.

 

_Mais deuses aqui?! – Mu não agüentou e soltou uma risada abafada, em tom de deboche. Ele, ao contrário da generala, não abaixou a guarda e manteve a muralha.

 

_O que tem de tão engraçado?

 

_Nada, só que o Olimpo parece estar desesperado. Ataca primeiro com a artilharia pesada.

 

_Ora, você quer discutir sobre guerra comigo, uma generala dos batalhões de Ares?

 

_Não, claro que não. – Mu tentava se manter calmo ao mesmo tempo em que irritava a deusa. Como Shion lhe ensinara, todo inimigo, quando perde o controle da situação, perde também a peleja. E os deuses não eram exceções. Meu mestre, usarei seus ensinamentos ao máximo nesta luta.

 

_Ai que chatice. Você só fica aí falando, pelo menos lança um golpe! – Disse, numa atitude ousada.

 

_Também não, damas primeiro.

 

_Cavaleiro tolo, está se fazendo de corajoso, mas sinto o cheiro do teu medo. Está dizendo que não irá atacar, mas é porque tem medo de sair de trás desta proteção. – Enyo retirou a túnica, revelando uma armadura completa e de um lilás pálido. Era feita de várias placas de metal sobrepostas. A deusa ainda tinha um par de espadas medievais presas à cintura. – Veja o que eu faço com ela.

 

Retirou então as armas da bainha e avançou contra o cavaleiro, finalizando o ataque com um corte em “X” na muralha.

 

_Deve ter se cortado também. – Ela se virou para ter o prazer de ver o corpo do oponente, porém foi surpreendida quando os estilhaços de cristal avançaram contra seu rosto. Levou imediatamente as mãos sobre os olhos para protegê-los.

 

_Maldição! Cadê você?! – Mu não estava mais na frente do primeiro templo como a generala pode observar quando o ataque cessou. – Apareça!

 

Ela está começando a se descontrolar; pensava o cavaleiro enquanto retornava ao mundo físico. Aconteceu que, após a investida, ele havia usado sua telecinese para que a muralha em queda agisse como projéteis e depois, com a distração criada, se teleportou, de modo que ficaria atrás dela.

 

De repente, Mu sentiu o gélido toque do aço em sua garganta e logo em seguida o calor do sangue. Tudo aconteceu tão rápido que ele nem pôde se desviar.

 

_Te achei. – Ela expressava o sarcasmo pelo sorriso, enquanto uma quantidade razoável de sangue escorria pela lâmina de uma das espadas.

 

Berlim – Casa de Ofiuco

 

A penumbra da noite já cobria a capital alemã à algumas horas e as lâmpadas iluminavam toda a cidade. Uma localidade em questão chamava a atenção de todos. Na escuridão, os Portões de Brandemburgo brilhavam tanto que pareciam até ter luz própria, porém, os habitantes não sabiam quão maravilhoso era o espetáculo do outro lado do monumento, pois somente aqueles que tivessem o cosmo despertado poderiam ver.

 

Naquela noite a casa de Ofiuco brilhava devido ao acordar de um gigante. O poder do Senhor das Forjas era tão grande que, no interior da morada, deixava todos os cavaleiros ali espantados, até mesmo Geiste e Kitalpha que tinham conhecimento do segredo.

 

_Senhor, se nos der licença, precisamos ir ao Santuário também. – Shun e Julian ainda estavam em Berlim. Ambos se colocaram ao lado do trono, que antes era uma cadeira, e discursaram por algum tempo, explicando tudo.

 

_Espero que vocês tenham compreendido nossa história, principalmente você, Hefesto. – Disse a reencarnação de Poseidon.

 

_Sim, compreendo. Mesmo por motivos tão mesquinhos quanto os deles, não devemos recusar uma ajuda num momento tão critico. Se a Terra cair, tudo cairá, e o Olimpo prevalecera soberano sobre tudo e todos. Vocês dois devem tirar o máximo de proveito desse poder que lhes foi concedido, mesmo que tenha sido apenas uma pequena parcela do total. Agora vão, façam o que for preciso, não hesite em matar, Shun. – E o cavaleiro se espantou com tal declaração. Percebendo isso, o deus continuou:

 

_Venho acompanhando as batalhas dos cavaleiros, principalmente as dos cavaleiros de bronze. Aliás, acompanho vocês desde seu treinamento. Vocês são a esperança do mundo, todos nesse momento, mesmo que sem saber, confiam que alguém irá os salvar. Coisas estranhas estão acontecendo em todo mundo.

 

“Epidemias, desastres naturais, conflitos internos e externos. As pessoas sabem que tudo isto, de uma só vez, não é normal. Aqui mesmo, em Berlim, nunca houve um surto de gripe tão forte como este.”

 

_Pode deixar, já entendi o recado Senhor. – Respondeu o cavaleiro. Depois voltou-se para a antiga amiga. – Você não quer vir comigo?

 

June percorreu a distância que os separava rapidamente e o abraçou, aos soluços.

 

_Shun, estou tão feliz em saber que está bem, esse tempo todo sem notícias... Foi um período muito ruim. – E, sem que percebesse, a amazona encostou-se no cabo da espada atada à cintura de Shun. Foi um momento de tensão para ela, inexplicável, como se algo adormecido no interior de seu corpo acabasse de despertar, algo que nem mesmo ela conhecia.

 

_Você está bem June? – Indagou Hefesto, o único além dela que percebeu isso.

 

Como se despertasse de um transe, ela olhou assustada para o deus.

 

_S-sim.

 

_Então não percam tempo vocês dois, vão já para o Santuário!

 

Santuário - Casa de Áries

 

_ Como você percebeu?

 

_HA! Achou mesmo que ia me enganar com esse truquezinho barato?

 

A garganta de Mu tinha um sangramento razoável, porém péssimo para as circunstancias em que ele se encontrava: Uma batalha com uma deusa sedenta por sangue. O cavaleiro observou espantado Enyo lamber seu sangue que escorria pela lâmina da espada.

 

_Que delicioso, é tão docinho. Típico de cavaleiros, sem vida. Ficar pior ainda se levarmos em conta a sua porca origem Lemuriana, sempre tiveram um gosto amargo. Acho que é devido a tanta seriedade, ou então o isolamento de baixo da terra, de onde nunca deveriam ter saído!

 

_Cale-se! Você não tem o direito de falar assim do meu po... – Mu não consegue pronunciar a última palavra devido a dor na garganta.

 

_Ora, vamos, vamos! Nem foi tão profundo assim, não queria te matar agora, gosto de brincar com minhas vítimas antes de fazer isso.

 

_Sei disso, só que, a partir de agora, me pouparei na fala. Então só me resta dizer: REVOLUÇÃO ESTELAR!

 

O cavaleiro da primeira casa zodiacal cria a partir de seu cosmos inúmeros feixes de luz, que atacam simultaneamente a deusa. Uma grande cortina de poeira se forma ao redor de onde ela estava, porém ele sabia que só isso não seria o suficiente para matá-la. Por isso, aproveita que ela estaria com a visão diminuída devido ao pó, ele prepara mais um golpe.

 

_ EXTINÇÃO ESTELAR!

 

Dessa vez, a cosmo energia acumulada do cavaleiro se libera na forma de choques múltiplos e brilhantes, que dispersam a nuvem de poeira e atingem diretamente o corpo de Enyo. Seu rosto bravo mudou para espantado rapidamente quando percebeu o novo ataque.

 

Uma grande quantidade de luz se formou ao redor dela, enquanto era possível escutar seus gritos. A coluna luminosa pouco a pouco foi se desfazendo, e Mu pode notar que, como previsto, ela não estava mais lá.

 

Porém ele sempre foi um guerreiro sábio, admirado por todos pela sua força, conhecimento e paciência que possuía. Sabia que aquele não era o fim.

 

Aproveitou a situação para tirar dali Tohma e Shina. Envolvendo-os com seu cosmo, não foi uma tarefa difícil para ele, perito em telecinese, teletransportar os dois para o lugar certo.

 

Mu então fechou os olhos e começou a respirar profundamente, se concentrando o máximo que podia. Sua intenção era a de aumentar o seu poder telecinético, para assim poder usar mais um golpe, que aprendera quando ainda era muito jovem.

 

Não demorou muito para que a deusa aparecesse ali novamente, com muito mais raiva do que antes.

 

_Acha mesmo que pode me mandar para uma “viagem”? Pois fique sabendo que, caso ainda não tenha notado, sou uma deusa! E você conseguiu despertar algo muito perigoso seu verme. A IRA DE ENYO, A DEUSA DA GUERRA!

 

E sai em disparada na direção do cavaleiro, brandindo suas espadas, prontas para perfurá-lo. Mu, porém não reage, sendo que continua de olhos fechados.

 

_MORRA!

 

Um momento de tensão se cria, seguido pelo som do metal se rachando.

 

Em algum ponto distante do Santuário, seu senhor apenas ri, enquanto continua seu caminho pelas entranhas da montanha, sem que ninguém, cavaleiro ou soldado percebesse a sua presença e a de seus três Generais.

 

E assim, Ares seguia em frente, pelas passagens secretas da morada de Atena.

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Mais um capítulo cheio de intensidade, desta vez, gostei de ver Enyo, um dos tão clamados e famosos no mundos dos fãs ou das publicações oficiais de CDZ.

 

E ainda a preparação, estou a gostar imenso da participação de Hefesto, quero mais dele.

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  • 2 semanas depois...

É, depois de tanto esforça meu, eu tenho a tristeza de informar o fim da minha vida como fanfiqueiro. Sei lá, cansei de tudo isso, de você se matar escrevendo, pensando criando tramas e um enredo todo pra 4 pessoas lerem, isso é desgastante! Cansei disso, de verdade, talvez, se a situação melhorar, eu volto, num futuro bem distante, a escrevê-la.

 

"Mas Lucas, e o final da história?", "Ficarei curioso..." e essas coisas não precisam ser ditas (isso se alguém realmente postar aqui...) pois eu colocarei uma síntese de tudo o que já bolei, incluindo o final e alguns gaidens.

 

E não se preocupem, continuarei lendo vossas fics. Cansei de escrever, mas de ler, nunca! XD

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