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Saint Seiya: A Saga do Olimpo


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Após o corpo de Hades morrer, Hera convocou o Conselho Divino para decidir sobre o destino de Athena e dos seres humanos. Depois de um longo debate, delegaram a Deméter a tarefa de declarar guerra a Athena e exterminar os cavaleiros remanescentes.

Dessa forma, enquanto a deusa da agricultura dirigia-se ao templo de Athena, uma de suas servas, Selena de Carvalho, Dríade do batalhão da primavera, atacou os sete cavaleiros que se encontravam na entrada das doze casas. Shina, que tinha decidido lutar sozinha contra a adversária, fora surpreendida pelo golpe secreto da inimiga, Casulo Mortífero, e quase morreu. Mas foi salva pela vinda de Asterion de Cães de Caça, que também derrotara Selena. No entanto, uma nova inimiga surgiu: Sofia de Planta Carnívora, do batalhão do Outono.

Asterion de Cães de Caça conseguia ler a mente da oponente frequentemente, fato que fez com que ele sempre estivesse em vantagem na luta. Ele, aproveitando-se que a inimiga perdeu a vontade de lutar, usou uma combinação de técnicas para matá-la (Ataque de um milhão de fantasmas e Explosão Centrípeta).

Enquanto isso, Athena e os cavaleiros de bronze chegaram ao salão do Grande Mestre e se encontram com Deméter. A deusa da agricultura revelou o motivo pelo qual invadira o santuário e apontou seu cetro no coração de Saori Kido. Quando estava prestes a matá-la, Shun colocou-se ao lado de sua deusa e assustou Deméter, que resolveu sair do santuário. Os demais cavaleiros percebem o que fez a deusa da agricultura se retirar. Andrômeda estava sendo possuído, mais uma vez, por Hades.

Hades possuiu, mais uma vez, o corpo de Shun. Mas, dessa vez, com a finalidade de propor uma aliança com as tropas de Athena. O deus dos mortos revela que deseja se vingar do Olimpo e, para mostrar que os cavaleiros podem confiar nele, fez um juramento pelo rio Estige que não atacaria a Terra assim que a Guerra Santa contra o Olimpo terminasse e também ressuscitaria os inocentes que morressem na batalha. Além do mais, trouxe à vida todos os guerreiros da deusa da guerra que pereceram nos confrontos passados.

Depois de Athena ter retirado o selo da terra enclausurada e libertado as estrelas maléficas, Hades partiu para a Ilha de Lemnos, onde se encontra a oficina de Hefesto. O senhor do inferno convence o deus das forjas a construir um novo corpo para ele. Enquanto Hades sente que sua chance de concretizar o seu objetivo aumentou, Deméter passou a executar o seu plano para castigar a espécie humana, tirando a fertilidade dos solos.


Capítulo 5: O castigo vem da terra! Rumo ao Oriente





Um mês se passou desde que a deusa da agricultura deu seu veredicto. As sementes pararam de germinar e o gado, sem ter comida, passou a perecer. Em questão de vinte dias, a espécie humana já tinha gasto grande parte dos alimentos que estavam no estoque de reservas.

Países como a China e a Índia, os quais possuem a maior concentração de população do globo, enfrentavam grandes problemas, como, por exemplo, proliferação de doenças. O governo de ambos os territórios asiáticos, com a finalidade de amenizar o problema pelo qual passavam, passaram a organizar os seus exércitos para atacar países que ainda possuíam comida. O primeiro alvo deles era o Brasil.

Os Estados Unidos prometeram ajudar os brasileiros, caso o ataque fosse decretado, já que planejavam adquirir produtos em troca dessa aliança. Dessa forma, o mundo poderia mergulhar na Terceira Guerra Mundial.

Tudo ocorria conforme os planos de Hera.


Santuário


No dia em que Hades ressuscitara todos os cavaleiros, houve uma grande festa no santuário, apesar do Olimpo ter declarado guerra, Os guerreiros prateados, que morreram durante a rebelião de Saga, juraram fidelidade a Athena e se arrependeram de seus atos passados.

A deusa da guerra tomou uma atitude importante para seu exército. Nomeou Aiolos de Sagitário para ser o mestre do santuário, como deveria ter acontecido anteriormente. Seus demais colegas aprovaram a decisão.

Desde que Deméter fez com que a Terra se tornasse um planeta sem terras férteis, os cinco cavaleiros de bronze ficaram no templo de Saori Kido para protegê-la de um possível ataque surpresa. Além disso, a neta de Mitsumasa Kido mobilizou todos os recursos da Fundação Graad para tentar localizar o templo da deusa da agricultura. Mas o resultado não foi aquele que esperava.

Hoje, passado um mês desde que o Olimpo declarara guerra, Camus de Aquário entrou eufórico no salão do Grande Mestre e se ajoelhou próximo do trono.

― Senhor, tenho um palpite onde sobre a localização do templo de Deméter!

Aiolos abriu um grande sorriso. Ele já esperava que o protetor da décima primeira casa zodiacal, o cavaleiro mais inteligente do santuário, fosse capaz de encontrar os inimigos.

― Pode falar, Camus. Athena ficará grata com a sua informação.

― A Ucrânia, antes que a deusa da agricultura agisse, possuía a terra mais fértil do mundo. Os humanos a denominam como tchernozión. Depois que eu li essa informação em um dos meus livros, percebi que existe uma grande concentração de cosmos naquele país. Portanto, acredito que seja lá o local onde ela está.

A pessoa que está cima dos 88 cavaleiros levantou-se do trono.

― Agora que você falou, pude senti-los. Não há dúvidas de que seja os cosmos das ninfas e de Deméter.

“Precisamos agir, o quanto antes para impedir uma possível guerra nuclear. Por isso, Camus, ordeno que se prepare para invadir o templo de Deméter! Escolha um cavaleiro de ouro para auxiliá-lo nesta missão e alguns cavaleiros de prata para invadirem o templo! Por Athena, não podemos falhar.”

— Às suas ordens, Grande Mestre.


Monte Olimpo
Palácio de Zeus
Sala do Trono


O local onde se encontrava a rainha do Olimpo era um dos ambientes mais luxuosos do céu. Um extenso tapete vermelho persa dividia o chão, recoberto de ouro, em duas partes. Uma grande cortina transparente, a qual estava pendurada próxima aos dois tronos de cristais, servia para afastar as duas realezas do resto do mundo celestial.

― Hades, quem diria, você não gostou de perder seu título e, por um motivo tão besta, decidiu se aliar a Athena, ressuscitando todos aqueles inúteis que morreram. Além do mais, conseguiu convencer meu filho horrível a ajudá-los. Talvez esse seja o significado de parte do quinto e sexto versos da profecia. “Traições, uniões inusitadas e lutas sangrentas/ Marcarão o confronto entre olimpianos e cavaleiros.” Ultimamente estou preocupada com a parte que menciona traições. Se mais deuses resolverem ficar contra o Olimpo, podem concretizar aquilo que eu mais temo... ― pensava enquanto observava a porta que estava atrás de sua cadeira. O lugar estava repleto de selos. Ela abriu um sorriso ao ver que tudo permanecia normal. ― Bem, é melhor não me preocupar com isso, já que as profecias podem apresentar vários significados antes de acontecerem.

Nesse instante, a porta do salão se abriu. Hera, ao ver o deus que entrava, levantou-se de sua cadeira. Ela usava um longo vestido branco com detalhes rosa na borda. Na sua cabeça estava a coroa dourada que informava que era a rainha daquele reino.

Conforme a única entidade que tinha acesso àquele salão, desde os tempos mitológicos, aproximava-se, a divindade do matrimônio sorriu.

― Alguma novidade? ― perguntava curiosa.

O recém-chegado se ajoelhou. Ao contrário de sua senhora, estava com a armadura cinza claro. O sorriso, que sempre gostara de mostrar, nos últimos dias, fora substituído por um semblante sério.

― Não. ― disse lentamente. ― As coisas permanecem bem tranquilas na Terra. Deméter ainda não tomou nenhum outro movimento na batalha.

“Vossa Majestade, se me permite dizer, acho que foi uma decisão equivocada ter delegado uma tarefa tão importante para ela.”

Hera, usando seu cosmo, abriu a cortina que separava os dois. Assim, a rainha poderia olhá-lo melhor.

― Meu caro Hermes, você sabe muito bem que, no momento em que Zeus se retirou da Terra, ele criou uma barreira com seu cosmo para impedir que os humanos, sem a proteção de um dos moradores do céu, pudessem entrar no Olimpo. Infelizmente isso acabou sendo uma faca de dois gumes, pois o nosso exército de anjos não consegue atravessá-la, já que não apresenta a benção de Athena.

“Como as ninfas de minha irmã estão na Terra, dei essa tarefa a ela. Nenhuma das outras divindades, com exceção de Ares, seria capaz de atacar o santuário agora. Mas ainda não chegou a hora dos berserkers brincarem... A nossa grande investida, aquela que reduzirá todas as esperanças dos humanos vencerem essa batalha, só acontecerá no instante em que a filha nascida da cabeça de Zeus decidir invadir nosso mundo.”

― Eu sei disso, Vossa Majestade. ― afirmava descontente. ― O problema não é esse... Deméter está demorando demais para investir contra as forças do santuário! Se a senhora permitisse que eu fosse até a Grécia, acredito que já teria matado grande parte dos cavaleiros.

A divindade do matrimônio ficou feliz com a dedicação que o mensageiro possui. Antes de responder, ela olhou para trás e viu, mais uma vez, a porta que possuía vários selos.

― Hermes, fico grata por se mostrar tão prestativo. Mas prefiro que permaneça no Olimpo. ― ela voltou a observar o deus. ― Afrodite, que votou contra a decisão do Conselho, desapareceu. Ninguém mais a viu desde aquele dia. Tenho medo de que ela planeje algum tipo de ataque surpresa. Por isso, preciso de você aqui. Afinal, é um dos poucos olimpianos em quem realmente confio.

Aquele comentário fez com que sorrisse, pois aquilo mostrava que a deusa que tanto admira também nutria por ele esse mesmo sentimento.


União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
República da Ucrânia
Proximidade de Kiev


Os cavaleiros de Athena designados para executarem um plano de ataque caminhavam por uma extensa área rural, seguindo o local em que podiam sentir um grande cosmo. Eles, sendo guiados pela claridade da Lua, estavam confiantes que, em breve, encontrariam a entrada do Templo de Deméter.

― Estamos perto! ― comentava Camus, ao ver uma grande barreira verde clara cobrindo uma área considerável. ― Acho melhor nos dividirmos para termos uma investida mais eficaz.

― Sim! ― berravam os outros guerreiros que, depois de pedirem a proteção de Athena, espalharam-se.

Entre todos, Aquário era o homem que estava mais tranquilo. Ele, que sempre pretendeu viver racionalmente, não queria deixar transpassar sua verdadeira emoção: Felicidade.

Era isso que passava por seu gélido coração, já que poderia servir, dignamente, sua deusa.

― Hyoga, meu valioso discípulo. ― comentava seriamente quando entrou na área protegida pelo cosmo de Deméter. ― Dessa vez, eu desempenharei seu papel. Lutarei, dando minha vida, se necessário, para derrotar os oponentes que ameaçam a paz da Terra.

― Então, pode nos entregá-la! ― um berro feminino passou a ecoar de baixo da terra, surpreendendo-o, pois imaginava que o inimigo não esperava por aquela invasão.

Vários troncos de árvore, com a parte de cima pontiaguda, passaram a sair do solo, pretendendo, unicamente, perfurar o corpo do guerreiro de Athena. Ele não teve muita dificuldade para se esquivar de todos os golpes, pulando, rapidamente, de um lado para o outro.

― Não me subestime! ― afirmava, conforme congelava a parte do solo que estava ao seu redor, neutralizando a investida da inimiga. ― Apareça e venha enfrentar Camus de Aquário!

Uma mulher começou a dar risada depois de escutar aquelas palavras.

― Ouvimos falar muito de vocês, os cavaleiros de ouros, a elite do exército da deusa da guerra. Não podíamos esperar menos do que isso. ― informava no instante em que um buraco se abria no chão, que ficava entre dois caules pontiagudos. ― No entanto, aqueles que mais erraram foram vocês, já que tiveram a estúpida impressão de que não saberíamos que viriam nos atacar. Todo nosso exército está posicionado para impedi-los.

Em questão de segundos, a serva de Deméter surgiu. Sua orgânica, o traje protetor que vestia, tinha a coloração marrom escura nas pernas e verde nos outros lugares. Os cabelos dela, azulados, balançavam por causa de uma correnteza de ar.

― Eu, Lorena de Pinheiro, Dríade do batalhão do Inverno, irei detê-lo!

Antes que o cavaleiro pudesse tomar a iniciativa, a guerreira de Deméter passou a elevar o cosmo, fazendo com que a terra toda tremesse. Mesmo assim, aquilo não o impressionou.

― CONTRÔLE DE LA NATURE (Controle da Natureza)!

Os troncos das árvores, ao entrar em contato com aquela energia, mexeram-se. O ápice delas começou a perder forma. Em seu lugar, surgiram vários galhos pontiagudos, os quais só esperavam uma ordem para se locomoverem.

― HAHAHA! Mal vejo a hora de vê-lo virando um espeto de churrasco. ― dizia enquanto juntava as duas mãos verticalmente e fechava os olhos.

― Isso não vai acontecer! ― afirmava, tentando avançar na direção da inimiga. Mas, assim que deu um passo, todas as partes afiadas do vegetal sentiram o seu movimento e tentaram perfurar a armadura de Aquário.

Camus saltou o mais alto que pôde, pensando que não corria mais chances de ser atacado. No entanto, os galhos mais resistentes subiram. Como ele não conseguia se movimentar no ar, foi envolvido nos braços e nas pernas.

Aquelas partes dos vegetais apertavam os membros superiores e inferiores do cavaleiro, provocando dor.

— ARGGHHH!

— Aposto que não contava com essa. Agora que está imobilizado, irei perfurar o seu coração. — comentava a Dríade. — Realmente esperava mais da elite de Athena...

A aura esverdeada da ninfa voltou a se intensificar. Ela estendeu o braço direito, mantendo os dedos juntos. Antes de desferir o golpe de misericórdia, olhou uma última vez o rosto do adversário. Aquele olhar calmo a incomodava, pois se lembrou do dia mais vergonhoso de sua vida.

No passado, um guerreiro vindo do norte da Europa a abordou e a desafiou para uma batalha. Por um pequeno descuido, a ninfa saiu derrotada. Em troca de permanecer viva, teve que ensinar sua técnica mais poderosa para o vencedor do confronto.

— Maldito... — sussurrava com ódio. — Diga a relação que você tem com Alberich XIII!

— Não o conheço. — afirmava quando gotas de sangue escorriam de seus braços e pernas.

— Acha que sou estúpida? Sei muito bem que você deve ser um descendente dele... Sua postura racional o denunciou!

— Não tenho ideia do que esteja falando... — mencionou enquanto elevava o cosmo. — No entanto, não deixarei que me vença por um golpe tão sem graça!

— Sem graça? Como ousa falar que algo relacionado à natureza não tem graça! — a energia cósmica da ninfa voltou a crescer. — Seu fim já é inevitável, cavaleirinho tolo!

No instante em que Lorena iria avançar, algo estranho passou a acontecer. Em pleno verão do hemisfério Norte, uma rajada de frio percorreu o ambiente da luta. Neve passou a cair das nuvens e cobriu, em questão de segundos, todo o cenário da luta.

— Como? — perguntava-se, surpresa.

Todos os pinheiros que tinha invocado estavam congelados, assim como os galhos que imobilizam Camus.

— Meu cosmo pode congelar qualquer coisa! — afirmava à medida que pisava em terra firme.

A ninfa, ao escutar aquelas palavras, ficou nervosa. Não havia mais dúvidas, ela estava diante de um descendente de Alberich.

— Você vai ver só!!!!

— Desculpe, mas essa luta já terminou.

— Não diga algo tão absurdo!

— A diferença entre nossos poderes é muito grande. Por exemplo, nem reparou que te imobilizei.

Nesse instante, a ninfa olhou para baixo. Finalmente, descobriu que seus pés, assim como grande parte de suas pernas, estavam congelados. Ela, que nasceu no território que atualmente faz parte do Canadá, ficou surpresa com o ar frio do inimigo.

— Essa temperatura é muito mais baixa do que a do inverno canadense... Nunca imaginei que existisse um humano capaz de realizar tal feito.

Camus não respondeu. Apenas ergueu a palma da mão direita e passou a concentrar sua energia cósmica naquele local. Partículas brancas surgiram ao redor de seus dedos.

— PÓ DE DIAMANTE!

Uma tempestade de gelo partiu em direção a ninfa que, apesar do esforço, não conseguiu desviar. Ao ser envolvida por aquele terrível turbilhão gélido, o corpo dela ficou inteiramente congelado. A face da pobre mulher estampava medo, sentimento que sofreu ao perceber a força do oponente.

— Se o exército de Deméter apresenta o mesmo nível de Lorena, venceremos facilmente.

— Não tire uma conclusão precipitada, humano! — provocava uma voz extremamente amargurada.

No topo de um pinheiro, uma mulher soltava uma grande gargalhada. Ao contrário das outras guerreiras de Deméter, vestia um traje diferente, o qual protegia todas as partes de seu corpo. Ele era azul claro e, nas costas, estava pendurado o símbolo do gelo.

— Quem é você?

— Vejo que foi um erro crucial ter mandado Lorena te enfrentar. — afirmava no instante em que saltara. Quando seus pés tocaram no chão, seus cabelos brancos balançaram por causa do vento. Ela possuía olhos intimidadores. — Por isso, resolvi sair do meu posto para eliminá-lo de uma vez por todas.

“Eu, Despina, general do batalhão do inverno, irei lhe mostrar o verdadeiro poder de seus inimigos!”

Continua...


Próximo capítulo: Uma guerreira astuciosa

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Exército de Deméter

 

 

Estrutura

 

 

As tropas da deusa da agricultura são divididas em quatro batalhões. São eles: verão, outono, primavera e inverno. Cada um desses pelotões é comandado por uma general, a figura mais poderosa de todo o exército.

 

No interior de cada batalhão, pode-se encontrar quatro guerreiras. Uma general, que é o cargo de maior respeito dentro das tropas de Deméter; uma Melíade, ninfas que possuem uma grande vontade de guerrear e, por esse motivo, são conhecidas como a vanguarda do exército; uma Alseíde, guerreiras que representam as flores (parte da natureza que é muito amada pela deusa da agricultura); e uma Dríade, ninfas associadas a florestas.

 

Assim, hierarquicamente, temos:

 

- Deméter

 

http://1.bp.blogspot.com/_Q4FQ_K0OvKA/TFjQAXwN5jI/AAAAAAAAAe4/1m59sN663XM/s1600/S3.1Demeter.jpg

 

- Generais

 

- Melíades

 

- Alseídes

 

http://3.bp.blogspot.com/_yQIEqZl7PcY/S_RNziUyXxI/AAAAAAAACsU/gg3kDixrjHM/s1600/CAM.jpg

 

- Dríades

 

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0f/Dryad11.jpg/220px-Dryad11.jpg

 

 

Vestimentas

 

 

Dentre todos os membros que compõem o exército, as Melíades, Alseídes e Dríades possuem trajes protetores que simbolizam seres da natureza. Por essa razão, a espécie de armadura que vestem é conhecida como Orgânica.

 

As Orgânicas, em comparação as armaduras de Athena, apresentam uma resistência equivalente aos trajes dos cavaleiros de prata. No entanto, possuem uma particularidade que acaba lhes dando uma vantagem. Por representarem a natureza, quando são danificadas, não precisam de um terço de sangue para voltar ao normal. Elas apenas precisam ficar soterradas em um solo fértil. E, então, em menos de um dia, já estarão reconstituídas.

 

Por sua vez, as generais de cada batalhão apresentam uma proteção muito distinta das ninfas. Como representam uma estação do ano, suas armaduras são chamadas de Solis (Sol em latim). Assemelham-se, no quesito de resistência, às armaduras de ouro. No entanto, a Solis de cada uma das generais apresenta uma certa particularidade. Por exemplo, o traje protetor daquela que simboliza o Verão Poe agüentar a altíssimas temperaturas (mais de 3000 graus Celsius).

 

 

Observação

 

 

Ao se converterem em servas fiéis a Deméter, as mulheres param de envelhecer. Dessa forma, por mais que se passem dez anos, dois séculos ou um milênio, ficam com a mesma aparência que tinham no momento em que se tornaram ninfas.

 

Apesar de possuírem a dádiva da juventude eterna, as guerreiras da deusa da agricultura não são imortais. Elas só morrem se forem derrotadas em uma batalha.

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Otimo capítulo, ver um cavaleiro de ouro em ação é sempre bom demais. ADOREI a parte do Alberiche XIII e de como a técnica fora aprendida. Uma pergunta, na fic Camus será mesmo descendente dele?

 

Gostei também da explicação sobre as tropas de Demetér, ainda mais a parte que para restaurá-las basta enterrar no chão XD. O exército da deusa é composto por 20 guerreiras?

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Há muito tempo que postavas nada, seja como for estou a adorar esta fic.

 

O capítulo em si, parece que deve uma tendência para mostrar a origem da técnica da serva de Demeter, quando foi descrita, imaginei tal igual.

 

Sobre a explicação da estrututa do exercito dela, adorei ainda mais.

 

Ainda me deves várias leituras na minha fic de Ares.

 

Fica bem, man.

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Otimo capítulo, ver um cavaleiro de ouro em ação é sempre bom demais. ADOREI a parte do Alberiche XIII e de como a técnica fora aprendida. Uma pergunta, na fic Camus será mesmo descendente dele?

 

Gostei também da explicação sobre as tropas de Demetér, ainda mais a parte que para restaurá-las basta enterrar no chão XD. O exército da deusa é composto por 20 guerreiras?

 

Obrigado, Lucas. ^^

 

Não, ele não será descendente do Alberich XIII. Lorena pensou que era, por conta da postura racional que o cavaleiro de Aquário possui.

 

O exército de Deméter é composto por 16 guerreiras: 4 Dríades, 4 Alseídes, 4 Melíades e 4 generais.

 

Abraços.

 

Há muito tempo que postavas nada, seja como for estou a adorar esta fic.

 

O capítulo em si, parece que deve uma tendência para mostrar a origem da técnica da serva de Demeter, quando foi descrita, imaginei tal igual.

 

Sobre a explicação da estrututa do exercito dela, adorei ainda mais.

 

Ainda me deves várias leituras na minha fic de Ares.

 

Fica bem, man.

 

Obrigado, Mystic. ^^

 

Demorei para postar porque não tinha tempo para terminar esse capítulo da forma como eu queria. Agora, que estou em férias, conseguirei escrever mais e ler os capítulos que devo. ^^

 

Que bom que gostou da estrutura do exército da deusa da agricultura!

 

Amanhã posto o próximo capítulo.

 

Abraços

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Deméter, a deusa da agricultura, finalmente deu a punição aos seres humanos. Todos os solos da humanidade perderam a fertilidade. China e Índia, em busca de encontrar comida para as suas populações gigantescas, estão prestes a declarar guerra ao Brasil, país que conta com a proteção dos Estados Unidos. Se as coisas continuarem dessa maneira, a Terceira Guerra Mundial será declarada. Para impedir isso, alguns cavaleiros adentraram a barreira cósmica que protege os arredores do templo de Deméter.

Camus de Aquário, líder da missão de invasão, enfrentou Lorena de Pinheiro, que tinha a habilidade de controlar as árvores com seu golpe secreto: Contôle de la Nature. O defensor da décima primeira casa não teve grandes dificuldades e venceu a adversária rapidamente. No entanto, antes que ele pudesse se aproximar mais do templo, uma nova inimiga surgiu: Despina, a general do batalhão do inverno.

Enquanto isso, os outros guerreiros de Athena encontravam dificuldades.


Capítulo 6: Uma guerreira astuciosa




Arredores do Templo de Deméter
Flanco Leste


Perto de uma rocha, que se assemelhava com o Sol, vinte ninfas impediam o avanço de um cavaleiro de prata o qual possuía cabelos ruivos. As Orgânicas delas eram todas iguais. Os protetores de pernas e o cinturão eram verdes. O peitoral tinha a coloração amarronzada. Os protetores de braço e elmo eram amarelos. No meio das costas delas, havia um botão de rosas douradas fechadas.

― HAHAHA! Pensaram que iriam ter facilidade para chegar ao local onde está nossa querida deusa?

― São realmente uns tolos.

― Tolos? ― repetia o homem. Ele tinha um olhar sério.

― Isso mesmo. ― respondia uma das guerreiras. ― Por acaso ficou bravo com o comentário?

― Não... Eu não ligo para as palavras de míseras sombras!

― Como ousa? ― berraram nervosas.

As ninfas passaram a correr na direção do prateado. Ele fechou os olhos e cerrou os dedos. Uma aura rubra emanava de seu corpo.

― Cuidado! Ele vai nos matar se a gente se aproximar.

Por estarem com medo, elas tentaram recuar. Mas não tiveram tanta sorte. Várias chamas saíram do punho direito do cavaleiro. Quando as chamas tocaram nas adversárias, elas, em um primeiro momento, brilharam intensamente e, logo em seguida, explodiram.

― Pronto... ― afirmava enquanto mantinha a postura de ataque. ― Agora que eliminei as suas sombras, você pode sair de seu esconderijo!

Uma risada doce passou a ecoar pelo campo de batalha.

― Interessante. ― uma voz feminina veio de trás da rocha. ― Vejo que adivinhou que aquelas guerreiras faziam parte de uma das minhas técnicas: Germinação Artificial. Como percebeu?

― Foi fácil! Elas, além de terem o mesmo traje protetor, apresentavam um cosmo muito baixo. Por isso, pensei que não eram guerreiras verdadeiras.

Nesse instante, a pedra com formato de Sol se quebrou em vários pedaços. Do interior dela, surgiu uma mulher de cabelo longo e alaranjado. Ela apresentava um belo e tranquilo olhar e a sua Orgânica era igual a das outras ninfas que morreram.

― Vou te confessar uma coisa. Estou muito feliz por encontrar um adversário forte. ― dizia com um grande sorriso no rosto. ― Assim, poderemos ter uma luta emocionante, não acha?

O cavaleiro não respondeu. Ele, que ganhara uma nova oportunidade de viver, não queria perder seu tempo conversando com uma inimiga. Seu único objetivo era poder honrar a verdadeira Athena.

Por isso, movimentou o punho direito novamente. Uma nova correnteza de chamas foi criada e partiu rumo ao corpo da serva de Deméter. No entanto, quando o ataque tocou o traje protetor dela, a mulher não sofreu nenhum ferimento. Misteriosamente o corpo dela brilhou e algumas pétalas, da parte de trás de seu traje protetor, abriram-se.

― Quanta descortesia atacar sem se apresentar! Vamos, fale o seu nome! ― pedia conforme se aproximava dele.

― Por que eu faria isso se você ainda não o fez?

― Verdade. Por causa da minha felicidade, me esqueci de demonstrar boas maneiras. Peço perdão por isso. ― dizia com um pequeno sorriso. ― Eu sou Vivian de Girassol, Alseíde do batalhão do Verão.

O prateado não mudou a postura ofensiva nem por um instante.

― Meu nome é Babel de Centauro!

— É uma honra, cavaleiro.— afirmava com um sorriso à medida que elevava o cosmo. — Saiba de uma coisa, faz muito tempo que não enfrento ninguém. Dessa forma, espero que tenhamos uma ótima batalha.

O guerreiro da hierarquia intermediária do exército do santuário fechou os olhos e se lembrou do seu último confronto. Na época, acreditava que estava lutando a favor de sua deusa, mas, um pouco antes de morrer, tinha descoberto que fora enganado pelo mestre do santuário.

— Athena, juro que vencerei essa ninfa por você! — afirmava enquanto a aura vermelha, emanada por seu corpo, ficava ainda maior. As chamas, que rodeavam seus dois braços, tornaram-se ainda mais intensas. — DESSA FORMA, IREI CUMPRIR O MEU DEVER DE CAVALEIRO!!!!

Babel, mais uma vez, disparou uma nova correnteza de chamas a qual era muito mais potente do que a outra. Por isso, acreditava que sua investida teria resultado. Mas tudo foi em vão.

Assim que o fogo tocou a Orgânica de Vivian, de novo, o corpo dela voltou a brilhar e mais pétalas foram abertas. Agora, cerca de metade delas tinham florescido.

— Isso é impossível! Por que meus golpes não surtem nenhum efeito? — perguntava-se conforme se recordava do nome do traje protetor da guerreira de Deméter. — Girassol... É isso, finalmente entendi o que está acontecendo!

“Você tem a habilidade de absorver qualquer tipo de onda térmica!”

A ninfa abriu um pequeno sorriso.

— Já não era sem tempo! — comentava ao estender os braços. — Sim, é exatamente isso que disse, cavaleiro. A minha Orgânica tem essa particularidade. Ela pode absorver qualquer energia luminosa ou térmica. Conforme isso vai acontecendo, as pétalas do Girassol, que estão em minhas costas, vão se abrindo. E, quando elas estiverem completamente abertas, terei energia suficiente para disparar meu golpe mais poderoso em você.

— Entendo. — dizia Babel. — Se eu fosse você, não ficaria tão contente, pois você não absorverá mais as minhas chamas e não conseguirá ter energia suficiente para lançar seu golpe.

Neste instante, ele deu um salto e concentrou todo o como em suas pernas, as quais passaram a brilhar vermelho. Ao se aproximar de Vivian, o cavaleiro de prata chutou a região do abdômen da inimiga, fazendo com que ela voasse cinco metros para trás.

Infelizmente, para o guerreiro do santuário, aquela investida não causou grandes danos para a Alseíde. A região em que sua Orgânica tinha sido atingida trincou-se. Era verdade que sua barriga estava doendo, mas não era nada que a comprometesse seriamente.

— Muito bom. — comentava calmamente. — No entanto, eu também tenho outros modos de conseguir obter a energia que preciso para disparar a minha investida mais poderosa!

A mulher ergueu seus dois braços para o céu e, da maneira mais calma do mundo, exclamou.

— A PIECE OF SUN!


Arredores do Templo de Deméter
Flanco Sul


A nova oponente que apareceu não se assemelhava, em nada, com a outra ninfa. Esse pensamento percorreu a mente de Camus de Aquário enquanto ele observava uma forte aura envolvendo o corpo da inimiga. Até mesmo parecia que ela era uma deusa.

― Eu, Despina, general do batalhão do inverno, irei lhe mostrar o verdadeiro poder de seus inimigos!”

Várias gotas de suor escorreram pelo rosto do cavaleiro de ouro. Uma vez, no tempo em que frequentava a escola, lera algo relacionado a uma divindade que tinha aquele nome. Ela era muito temida pelos outros, tanto é que todos a chamavam de “senhora”.

― Então, você é a outra filha de Deméter?!

A recém-chegada riu. A risada dela era semelhante a voz. Expressava apenas amargura, tristeza e ódio.

― Vejo que tem um pouco de cultura... Sim, está certo. Eu sou a filha da deusa da agricultura. No entanto, sou o extremo oposto dela. Enquanto minha mãe ama a primavera e as flores, eu adoro destruí-las com o meu ar frio!

Só de falar sobre Deméter, seu ódio aumentou. Camus percebeu isso e tentou se lembrar da informação que lera sobre a divindade.

Quando se recordou da história, percebia o porquê da inimiga sentir tanta raiva. Assim que nasceu, Deméter, preocupada em encontrar Perséfone, abandonou Despina. Chegando ao cúmulo de se esquecer de dar um nome a filha recém nascida.

— Perséfone... PERSÉFONE!!!! — resmungava a general como se estivesse lendo a mente de Aquário. — Desde os tempos mitológicos, ela só sabe dizer esse maldito nome... VOCÊ NÃO SABE O QUANTO ODEIO ISSO!!!!!

— Se detesta tanto sua família, por que a está apoiando? Eu simplesmente não te entendo.

Ela, ignorando-o completamente, levantou o braço rapidamente. Por um momento, via a figura da irmã mais velha no lugar em que deveria estar Aquário. Movida pela fúria, disparou uma forte correnteza de ar frio que partiu, ferozmente, para a direção de Camus.

Ao ser atingido, o corpo dele deu duas piruetas no céu e caiu, violentamente, no chão.

— Finalmente acabei com o meu serviço. — mencionava no instante em que recobrou a razão.

A general ficou de costas para o inimigo e começou a se distanciar. No entanto, não foi muito longe, já que pôde sentir a energia cósmica do cavaleiro de ouro.

― Esperava um ar mais frio da mulher que representa inverno. — afirmava enquanto ficava de pé. Aparentemente ele não sofreu nenhum dano sério.

Despina voltou a observá-lo e deu risada. Nunca imaginou que existiria alguém que sobreviveria a uma de suas investidas.

― Era só um aquecimento! ― naquele momento, colocou o capacete na cabeça.

“Venha, me ataque com todas as suas forças! Vamos brincar um pouco!”

Mantendo a postura racional, Camus ergueu o braço direito e passou a elevar a energia cósmica. A gigantesca aura dourada emanada por seu corpo fez com que mais parte do solo se congelasse.

― Esse foi o mesmo golpe que usou para derrotar Lorena! ― comentava com um bocejo. ― Isso não me fará nenhum mal, afinal, é uma técnica muito amadora.

PÓ DE DIAMANTE!

A tempestade de gelo, criada pelo cosmo de Aquário, seguiu rumo a direção da oponente. Quando a rajada gélida estava bem próxima dela, Despina permaneceu parada e recebeu todo o impacto do golpe. Aquilo, para ela, era uma mísera brisa refrescante.

Ela não sofreu nenhum dano e seu sorriso, que expressava tristeza e raiva, ficou ainda mais resplandecente.

— Não pode ser! — exclamava um Camus surpreso.

— Os humanos não passam do reflexo daquilo que os deuses são. — afirmava conforme erguia o braço direito e concentrava todo o seu cosmo alvo nele. — Um mero objeto, que depende da existência das divindades para poder viver, jamais poderá superá-los ou ter a ousadia de tentar matá-los.

A alguns metros acima de seus dedos, surgiu cinco figuras que se assemelhavam a espinhos de gelo. No entanto, todos eles eram grossos e eram pontiagudos na extremidade de cima.

— Portanto, morra por esse seu devaneio sem sentido... ICE STALACTITES!

Despina abaixou, rapidamente, o braço direito. Ao fazer isso, as estalactites, que criou com o seu cosmo, foram lançadas na direção do cavaleiro de Aquário.

— Desculpe, “senhora”, mas isso não será o suficiente para me derrotar. — afirmava enquanto desviava-se dos cinco objetos.

A general do batalhão do inverno riu com a afirmação. Mal sabia seu oponente que esquivar do Ice Stalactites não era assim tão fácil.

— Humano, seu destino já está traçado. — dizia conforme dava as costas para seu adversário e caminhava, lentamente, para a direção do Templo de Deméter. — A morte já é algo inevitável para você.

— Está fugin...

Camus não conseguiu terminar a frase, pois percebeu que as estalactites, disparadas por Despina, fizeram uma curva no ar e voltavam a avançar em sua direção. Mais uma vez, quando a parte pontiaguda estava prestes a perfurar sua armadura, ele se esquivou, saltando.

— Não adianta. Seus esforços serão inúteis. — afirmava a filha da deusa da agricultura no instante em que as estalactites quicavam na terra e seguiam o protetor da décima primeira casa. — Se eu fosse você, humano, me conformaria com o meu destino e pararia de resistir. Aceite, de bom grado, aquilo que uma deusa determinou. Não existe honra maior do que isso.

— “Senhora”, a única divindade que respeito é aquela que prometi defender com minha vida. — afirmava no momento em que caía no chão e tentava se afastar das estalactites, correndo para frente. — Athena... Eu prometi lutar pela deusa da guerra e da sabedoria como um verdadeiro cavaleiro. Por isso, não me entregarei ao destino que outro deus estabeleceu para mim... Não enquanto Athena precisar de mim!!!

Nesse momento, Camus parou de correr, pois, caso continuasse se movimentando daquela forma, era bem provável que os ferimentos provocados por Lorena seriam abertos. Despina, ao ver a cena, sorriu.

— Tolo, ficando parado não irá concretizar o seu objetivo e será perfurado... De fato, está lutando como um verdadeiro cavaleiro! — ironizava. — Ou seja, um covarde que não consegue transformar palavras em ações.

A irmã de Perséfone continuou caminhando rumo à entrada do templo de Deméter, pois, depois de ver a atitude de Aquário, sabia que ele morreria. No entanto, quando as estalactites deveriam atingir o corpo de Camus, a inimiga não escutou um grito de dor, e sim um barulho que não lhe agradara.

Por isso, ela virou-se para ver o que acontecera. E, quando fez isso, ficou ainda mais nervosa.

— IMPOSSÍVEL!!!!!


Arredores do Templo de Deméter
Flanco Leste


Vivian de Girassol, a ninfa que batalhava contra Babel, ergueu seus dois braços para o céu e, calmamente, murmurou o nome de seu trunfo para conseguir energia suficiente para executar a sua investida mais forte.

A PIECE OF SUN!

Uma aura alaranjada passou a envolver a palma de suas duas mãos. Em questões de segundos, no céu noturno da Ucrânia, uma esfera incandescente, de coloração alaranjada, acabava de aparecer.

Aquela pequena esfera, que fora criada com o cosmo da ninfa, era uma pequena réplica do Sol.

— Droga! — afirmava Centauro ao se dar conta da estratégia da inimiga.

— Isso mesmo, cavaleiro. — afirmava conforme mais pétalas abriam-se. — Eu te falei. Mesmo que não use mais as suas chamas, graças ao Sol que criei, posso absorver as ondas luminosas que ele emana. E, dessa forma, terei a energia suficiente para lançar o meu ataque mais forte.

— Eu não deixarei que tenha sucesso nisso!

Babel começava a avançar rumo a ninfa, mas parou. A expressão facial da inimiga, que demonstrava muita confiança, estava muito suspeita. Até mesmo parecia que ela já tinha previsto tudo aquilo.

— O que foi?

— Centauro, assim que começamos a batalhar, te disse uma coisa muito importante. Estava muito feliz por encontrar um adversário forte, já que faz muitos anos que não tenho uma luta contra ninguém. — afirmava enquanto deixava os braços perpendiculares com o resto do corpo. — O ponto principal, na minha opinião, para ser um grande guerreiro é sempre se antecipar ao inimigo. Primeiro, fiz você lutar com minhas “sombras” para perceber seu estilo. Assim, assumi o combate já conhecendo as suas habilidades com a manipulação de chamas e tirei proveito disso.

Vivian fez uma pausa e abriu um grande sorriso. Estar no campo de batalha, depois de várias décadas, era excelente. Essa sensação era muito boa e, agora, para deixá-la ainda melhor, tinha que vencê-lo para honrar Deméter, a sua querida deusa.

— Eu já sabia que descobriria o meu poder de absorver as ondas térmicas. Por esse motivo, já tinha planejado usar o A Piece of Sun há muito, muito tempo.

— E daí? — perguntava o cavaleiro impaciente.

— Meu golpe tem uma desvantagem e sei que percebeu isso também. Para absorver o máximo de ondas luminosas possíveis, tenho que ficar parada. Dessa forma, fico desprotegida e me torno um alvo fácil.

— Sim — afirmava Babel concentrando cosmo em seus dois punhos. — E, por esse motivo, você irá sentir a força de meus punhos.

— Não dessa vez, meu caro. — afirmava com um sorriso ainda maior. — Lembra-se, estou sempre um passo a sua frente... Desde que você me atacou com as suas chamas pela primeira vez, preparei o terreno para ganhar tempo. Fiz com que várias sementes se desprendessem de minha Orgânica.

Vivian, mais uma vez, voltou a elevar seu cosmo. E percebeu que Centauro ainda não tinha notado o que estava por acontecer.

— Valoroso cavaleiro de Athena, apresento-lhe as suas novas inimigas. — nesse momento, todo chão começou a tremer. Babel, com receio, assumiu uma postura defensiva. — Mais uma vez, minhas irmãs, peço para que surjam da terra para servirem a poderosa deusa da agricultura.

“GERMINAÇÃO ARTIFICIAL!”

Nesse instante, vários buracos foram abertos. E, em cada um deles, surgiu uma mulher que tinha o mesmo traje protetor de Vivian.

Continua...

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Um destaque para Babel de Centauro e sua nova atitude mais sua adversária táctica.

 

Mas gostei ainda mais foi da surpresa, a filha de Demeter que mal comecia. Poderosa e impediosa como a estação que representa.

 

P.S.: Não te esqueças de ler a minha fic que deves.

 

Abraços.

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Capítulo excelente MDM! Despina ésta uma personagem ótima, assim como as duas lutas que se desenrolam. E olha, Camus chamando ela de 'senhora' como na mitologia foi TUDO!!!!!!!!

 

E, como é inevitavel, mais uma vez utilizamos dos mesmo elementos mitologicos nas nossas fics (E também, deméter não tem muitas opções mitológicas né? Ainda bem que você pensou nas ninfas, na minha fic só vai ser as filhas dela mesmo XD). Gosto disso, posso ver o personagem que eu pensei de uma outra maneira XD. Eu até já fiz uns esboços da armadura de Despina, já que ela aparecerá nos próximos capítulos da minha fic.

 

Ei, me add no msn? É sempre bom ter alguém com quem trocar idéias, e o Byshe, que me ajudava, sumiu... :unsure:

Editado por Lucas Teixeira
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  • 5 semanas depois...
Deméter, a deusa da agricultura, finalmente deu a punição aos seres humanos. Todos os solos da humanidade perderam a fertilidade. China e Índia, em busca de encontrar comida para as suas populações gigantescas, estão prestes a declarar guerra ao Brasil, país que conta com a proteção dos Estados Unidos. Se as coisas continuarem dessa maneira, a Terceira Guerra Mundial será declarada. Para impedir isso, alguns cavaleiros adentraram a barreira cósmica que protege os arredores do templo de Deméter.

Babel de Centauro estava enfrentando Vivian de Girassol no flanco leste do templo de Deméter. A ninfa tem o poder de absorver qualquer tipo de onda térmica ou luminosa. E, quando todas as pétalas da parte de tás de sua Orgânica forem abertas, terá a energia necessária para liberar seu golpe mais forte. Como Babel percebeu essa situação, ele parou de usar as suas chamas. Mas Vivian, mostrando estar sempre um passo a frente do oponente, criou um pequeno Sol com o seu cosmo e, para conseguir absorver o máximo possível de luz, invocou várias guerreiras com a Germinação Artificial.

Por outro lado, Camus de Aquário, o líder da missão de invasão, está enfrentando a terrível Despina, general do pelotão do inverno e filha mais nova de Deméter. A deusa, que guarda um grande rancor de sua própria mãe e de sua irmã, atacou Camus usando um de seus golpes mortais: Ice Stalactites. As estalactites, que criou com o seu cosmo, perseguem o oponente eternamente. Por causa disso, achou que a luta já tinha sido terminada que seu oponente, o protetor da décima primeira casa zodiacal, tinha morrido. No entanto, ao virar-se para o local onde Camus estava, teve uma péssima surpresa.



Capítulo 7: Coração Gélido




Arredores do Templo de Deméter
Flanco Sul

Despina estava desacreditada, além de ficar um pouco mais nervosa. Ela nunca imaginou que um humano se livraria do Ice Stalactites daquela forma.

— IMPOSSÍVEL!!!!

Na sua frente, no lugar onde deveria estar o cavaleiro de Aquário, havia um enorme caixão feito de gelo. E, em seu interior, as cinco estalactites, produzidas pelo cosmo da general do pelotão do inverno, estavam presas e completamente imobilizadas.

— Vejo que apreciou o meu golpe, “senhora” — afirmava Camus, enquanto saía de trás do enorme bloco congelado. — Este é meu Esquife de Gelo. Nada irá derretê-lo ou quebrá-lo. Portanto, seus preciosos objetos foram inutilizados totalmente.

— Não me importo. — dizia com mais rancor em sua voz. — Pior para você, humano, escolheu adiar a sua morte. E, por conseqüência, sofrerá muito mais.

O grande cosmo de Despina voltou a se elevar. As regiões que estavam próximas dela foram congeladas automaticamente. Uma grossa camada de neve passou a cobrir o solo e os pinheiros que Lorena tinha criado anteriormente.

Camus também começou a elevar a sua cosmo-energia. Lentamente, ergueu os dois braços e juntou as mãos de tal maneira que elas até mesmo pareciam um pequeno vaso. Embora um grande vento gélido rondasse o local da luta, duas gotas de suor escorriam pelo rosto do protetor da décima primeira casa zodiacal. Ele tinha que vencê-la. Afinal, dessa vez, estava disposto a entregar a sua própria vida para derrotar os oponentes que ameaçavam a paz da Terra. E, além do mais, pretendia honrar a sua deusa.

— Prepare-se para sentir o golpe mais potente da filha da odiosa Deméter.

— Eu não consigo entender. Desde que começamos a lutar, você já disse várias vezes que a odeia. Se for isso mesmo que acontece, por que continua combatendo ao lado da deusa da agricultura?

A general do batalhão do inverno sorriu. Ela, na verdade, não estava disposta a contar os seus sentimentos para um mortal. Mas, como ele em breve morreria, decidiu falar.

— Faço isso porque, caso os cavaleiros sejam exterminados, usarei o meu poder para congelar toda a superfície terrestre. — fez uma pequena pausa enquanto concentrava sua energia cósmica em sua mão direita. — Assim, o planeta viverá uma nova era do gelo e eu serei a divindade mais respeitada na Terra!

— Isso é um absurdo! Do que adianta governar algo que vai estar completamente destruído? — questionava Camus.

— Não me importo com os seres ridículos que habitam a superfície da terra. Desde os tempos remotos, meu lema é destruir a fortalecer!

Aquário, ouvindo tais palavras, ficou indignado com o posicionamento da divindade que enfrentava. Para ele, era inadmissível, ver um deus lutando para destruir as próprias formas de vida que criaram no passado. Sim, era verdade que os homens, muitas vezes, cometem atos desprezíveis. Mas existem muitos seres bons e inocentes no mundo. E, por essas pessoas, era contra a ideia de punição da humanidade, pois nada tinha o direito de tirar as suas vidas ou atrapalhá-las. Esse sentimento que nutria aumentava as suas forças para combater Despina.

Quando estava prestes a disparar a sua investida, lembrou-se de algo importante.

— Deméter adora a primavera e as flores. Por isso, duvido que ela colabore com um mundo coberto de tundra e gelo!

Ao ouvir tais palavras, Despina gargalhou. Mais uma vez, o som de sua risada expressava fortemente a indignação e a amargura que possuía por ter sido abandonada pela mãe.

— E quem disse que sirvo Deméter? Humano tolo, ainda não reparou a verdade? Minha mãe não passa de um mero peão. A minha verdadeira senhora, aquela pela qual luto, é muito mais poderosa do que a odiosa deusa da agricultura.

— Se não é Deméter, quem é a sua senhora?

A líder do batalhão do inverno fechou os olhos. A fina camada de neve, que já estava presente em todo o campo de batalha, ficou muito espessa. O pé de ambos os guerreiros estavam completamente cobertos por ela.

— Ninguém em sã consciência seria louco o bastante para enfrentá-la... Uma luta, contra ela, simboliza, inegavelmente, a morte! — Despina abriu as pálpebras. — Agora, chega de conversa. Humano, você será o primeiro, de muitos, que morrerá por causa do meu ar frio!

A filha da deusa da agricultura movimentou, rapidamente seu braço direito para frente. Por conta de tal movimento, um vendaval de gelo passou a avançar rumo ao adversário.

“STORM OF ICE!”

— Não! — exclamava Camus enquanto abaixava seus braços. — Em nome do futuro da raça humana, é você quem morrerá!

“EXECUÇÃO AURORA!”


Arredores do Templo de Deméter
Flanco Leste


A situação de Babel não estava favorável. A alguns metros acima de sua cabeça, em plena noite de Lua cheia, uma pequena esfera laranja brilhava como se fosse a réplica do próprio Sol. Ela estava fornecendo ondas luminosas para Vivian, que, em questões de minutos, já poderia disparar seu golpe mais forte.

Para piorar, várias guerreiras novas surgiram da terra. Elas tinham sido conjuradas por Girassol para que Centauro não a impedisse de coletar o máximo de energia possível.

— Existem mais de 50 sombras dessa vez! — exclamou o cavaleiro de prata assumindo uma postura ofensiva.

A alseíde do batalhão do Verão apenas riu. Sim, tudo aquilo que estava acontecendo já tinha sido planejado por ela mesma há muito tempo. Só de ver que nada fugia ao se controle, sua felicidade ficava cada vez maior.

— Minhas irmãs, — dizia para as mulheres que invocou com sua técnica Germinação Artificial. — aquele homem será o adversário de vocês. Por isso, até que eu tenha a energia suficiente para disparar minha investida mais forte, quero que o entretenham.

As mulheres berraram e, rapidamente, avançaram na direção do inimigo. Babel, em um primeiro momento, apenas preocupou-se em desviar dos ataques para analisar melhor os movimentos das “sombras”.

— A força delas é a mesma daquelas guerreiras que eu derrotei anteriormente. — pensava conforme dava um soco em uma das réplicas de Girassol, que voou muitos metros. — Se for assim, não terão a mínima chance contra mim!

Centauro quase recebeu um soco, mas, rapidamente, ele saltou e disparou suas chamas em 10 inimigas que estavam próximas a ele. Como da outra vez, o corpo delas brilharam intensamente e, logo em seguida, explodiram.

— Maldito!

— Você nos paga!

Cinco guerreiras cercaram o cavaleiro de prata, que, sem perceber, recebera uma voadora no peitoral com a investida surpresa de uma sexta mulher. Babel agarrou a perna dela e girou o corpo dela, derrubando, assim, as outras cinco.

— Chega! — exclamava seriamente. — A brincadeira terminou agora!

Mais ondas térmicas saíram de seu braço direito e atingiram as seis “sombras”, que, antes de explodirem, também brilharam.

— Acho que entendi. — dizia com um sorriso no rosto. — Já sei como derrotar a inimiga!

Ele passou a elevar o cosmo. Ao redor de seu corpo, uma forte aura rubra se expandia. Aquilo era tão forte que a demais guerreiras, invocadas pela Germinação Artificial, ficaram paralisadas.

No entanto, a felicidade que sentia desapareceu quase que instantaneamente. Ao virar-se para a região onde estava Vivian, teve uma péssima surpresa. Todas as pétalas de sua Orgânica estavam abertas. Ou seja, aquilo significava que ela já poderia atacá-lo.

— Droga!!! — exclamava enraivecido porque pensava que demoraria mais tempo para aquilo acontecer. — Não morrerei aqui.

Babel estava avançando para a direção da adversária.

— Tarde demais cavaleiro. Essa luta já acabou e a vitoriosa fui eu! — afirmava conforme estendia seus braços para frente e juntava suas mãos, como se fosse agarrar uma bola. — Por isso, aceite a sua derrota e morra pela força do Sol.

“SOLAR EXPLOSION”

A explosão, criada pelos braços finos da ninfa, atingiu tudo que estava em seu caminho, sem ter piedade de nada. Segundos depois, uma grande fumaça encobriu todo o campo de batalha.


Arredores do Templo de Deméter
Flanco Sul


STORM OF ICE!

EXECUÇÃO AURORA!

Um gigantesco ar frio surgiu das mãos dos dois guerreiros. Em poucos segundos, os raios chocaram-se. O impacto fez com que pequenas partículas brancas se desprendessem e congelassem, ainda mais, o chão do confronto.

Um, dois, três minutos se passaram. A energia congelante, gerada pela investida dos dois oponentes, ainda permanecia em equilíbrio. Aquela situação, no entanto, irritava Despina. A deusa, que simbolizava o inverno, não admitia que um humano pudesse competir com ela desta forma.
Por isso, a filha de Deméter voltou a elevar seu cosmo. Não poderia perder, ainda não. O desejo de transformar a Terra em um grande planeta gélido a motivava a seguir em frente. Além do mais, havia duas pessoas contra as quais queria se vingar.

— Mamãe, sua tola. — pensava. — Nos tempos mitológicos, você acreditou nos humanos e os ensinou a cuidar da terra e das plantações, transmitindo, para eles, as técnicas da agricultura. Graças a isso, a civilização humana conseguiu prosperar e evoluir. Ou seja, não é só Athena que merece uma punição por apoiar esses seres errantes. Prometeu e você, Deméter, também são igualmente culpados nisso!

“Em nome de minha senhora, usarei todos os meus poderes para destruir tudo isso que você ajudou a criar, mamãe. Criarei um planeta completamente soterrado pela neve, no qual ninguém terá condição de viver. Dessa forma, você e minha odiosa irmã também sofrerão, pois as flores, que tanto amam, sumirão completamente... Ficarão sozinhas, abandonadas...” lágrimas escorreram de seus olhos. “assim como me deixaram na era mitológica.”

Nesse instante, aconteceu algo que alimentou a raiva de Despina. A energia congelante que, até então estava em equilíbrio, começava a se aproximar dela numa velocidade considerável.

— Isso é impossível!!!! —afirmava com muita frustração. — Como eu, que represento o inverno, posso estar perdendo?

Camus, ao contrário de sua oponente, não esboçou nenhuma emoção.

— “Senhora”, você nunca irá me vencer! — exclamou conforme aumentava o cosmo.

Agora o raio congelante estava a apenas três metros da filha de Deméter.

— Ora, como se atreve a falar algo assim? — perguntava ainda mais indignada. — Meu ar frio atinge o zero absoluto! Um humano, que não consegue chegar a essa temperatura, não pode me derrotar!

— O que disse é, em partes, verdade. Em um combate envolvendo guerreiros que usam técnicas congelantes aquele que conseguir chegar mais próximo do zero absoluto vence. No entanto, está se esquecendo de uma coisa fundamental. O segredo em um confronto é sempre se manter calmo e racional!

“Felicidade, raiva, inveja, ou seja, todos esses sentimentos baratos prejudicam, e muito, uma batalha. E você é a prova disso... O ódio que nutre para com sua mãe e irmã atrapalhou o seu desempenho. Assim, seu ar frio, que pode alcançar o zero absoluto, não chegou nem um pouco perto dos 273,15°C negativos!”

Neste instante, todo aquele raio de frio já estava a pouco mais de um metro de distância da representante do inverno.

As palavras de Aquário irritaram-na ainda mais.

— Não, humano, não irei perder... — afirmava enquanto elevava o cosmo. — EU AINDA TENHO QUE CRIAR UM NOVO MUNDO PARA QUE ELAS SINTAM COMO É RUIM ESTAR ABANDONADA!


“ICE STALAGMITES”

Espinhos pontiagudos surgiram do chão congelado perfurando os pés do cavaleiro que guarda a décima primeira casa zodiacal. A dor era muito forte e uma grande quantidade de sangue saiu das regiões que foram machucadas.

— Incrível. — pensava Camus enquanto soltava um grito por causa do ferimento. — Mesmo tentando revidar o raio frio, ela conseguiu disparar outro golpe. No entanto...

A expressão de Despina era aterrorizante. Ela pensou que aquela investida desestabilizaria o oponente. Mas, ele ainda mantinha a mesma dedicação e força de vontade.

— Humano teimoso, se ainda quer lutar, sofrerá com o meu outro truque.

A filha de Deméter ergueu seu braço esquerdo, que não estava sendo usado para repelir o raio de frio.

— ICE STLACTITES!!!

A seis metros acima de seus dedos, surgiu cinco figuras que se assemelhavam a espinhos de gelo extremamente pontiagudos. Ao movimentar seu braço para baixo, todos os objetos perfuraram, certeiramente, as costas de Camus.

A dor gerada por aquele golpe era terrível. Sangue não parava de correr por dentro de sua armadura. A visão do mestre do Hyoga começava a falhar, assim como seus outros sentidos. No entanto, seu cosmo dourado, ficava cada vez mais intenso.

— Maldito, era para você estar se contorcendo de dor! — berrava Despina, surpresa ao ver que a onda de frio ainda se aproximava dela.

— No passado, os cavaleiros de bronze, para defenderem Athena, arriscaram suas vidas, inúmeras vezes, em combate... Eu, Camus de Aquário, como um dos doze cavaleiros de ouro, não posso me entregar por causa desses míseros ferimentos. Afinal, eles não são nada perto do que meus companheiros e minha deusa sofreram!

A energia cósmica do protetor da décima primeira casa estava ainda maior, o que fez Despina ficar surpresa com a obstinação daquele guerreiro.

— POR ISSO, NÃO SEREI DERROTADO!!!!!

— Maldição!!— berrava a filha de Deméter, vendo toda aquela energia congelante bastante próxima de seu corpo.

O raio de frio, produzido pela Tempestade de Gelo e pela Execução Aurora, chocou-se com o corpo da representante do inverno, congelando-o completamente. A sua face, que mostrava um misto de amargura e surpresa, ficaria à mostra para sempre.

Assim que fora derrotada, os espinhos de gelo, que estavam perfurados no corpo de Aquário, desapareceram. Consequentemente, uma grande quantidade de sangue passou a escorrer.

— Finalmente acabou! — exclamou Camus, caindo de joelhos, quando pôde ver, em um ponto mais distante, uma grande explosão.

O mestre de Hyoga usou seu ar frio para conter, momentaneamente, a hemorragia.

— Isso vai me dar alguns minutos. — afirmava com dificuldade por causa da dor. — Agora, preciso ajudar o cavaleiro que está lutando naquela direção.

Neste instante, o protetor da décima primeira casa zodiacal pôde sentir um cosmo próximo dele.

— Camus de Aquário, você fez um bom trabalho. — a voz da recém chegada era doce e suave.
Ao ouvi-la, o guerreiro do santuário ficou surpreso, pois nunca imaginou que ela apareceria, pessoalmente, no campo de batalha.

— Athena!?


Continua...

Próximo capítulo: Gaiden 1: Aquela que aceita a proposta
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Um ótimo final para uma luta impressionante como foi essa e, ao que tudo indica, o combate de Babel e Vivian se dirige para o mesmo caminho.

 

Fiquei curioso pra saber quem é essa senhora a quem Despida servia, e o motivo de Atena ter ido pra luta.

 

PS: Vc não leu o ultimo capítulo da adaptação!!! XD

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Interessante foi este desfecho, Camus sempre fiel à sua atitude e comportamento guerreiro.

 

Agora, a filha menor de Demeter, tem um profundo ódio que jamais irá entender, enquanto não desabafar permanecerá assim para todo o sempre.

 

Bom capítulo, espero mais da tua escrita.

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Um ótimo final para uma luta impressionante como foi essa e, ao que tudo indica, o combate de Babel e Vivian se dirige para o mesmo caminho.

 

Fiquei curioso pra saber quem é essa senhora a quem Despida servia, e o motivo de Atena ter ido pra luta.

 

PS: Vc não leu o ultimo capítulo da adaptação!!! XD

 

Lucas, obrigado pelo comentário! ^^

 

O capítulo 8 terá o desfecho da luta da Vivian.

 

A identidade da senhora de Despina só será revelada no final da fic, mas, até lá, ela aparecerá em algumas passagens.

 

Interessante foi este desfecho, Camus sempre fiel à sua atitude e comportamento guerreiro.

 

Agora, a filha menor de Demeter, tem um profundo ódio que jamais irá entender, enquanto não desabafar permanecerá assim para todo o sempre.

 

Bom capítulo, espero mais da tua escrita.

 

Obrigado pelo comentário, Mystic! ^^

 

É muito bom saber que gostou do final da luta e do comportamento de Camus! :D

 

Amanhã, posto o primeiro Gaiden da fic.

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Saint Seiya: A Saga do Olimpo

Gaiden 1: Aquela que aceita a proposta

 

 

Groelândia

1981

 

 

Neve, gelo e um grande vazio. Essa era o cenário que eu visualizava desde os tempos mitológicos... Absolutamente nada acontecia nesse lugar. Sob esse ponto de vista, acabava sendo um recinto perfeito para mim, uma deusa esquecida pelos humanos e abandonada pela própria família.

 

Uma grande corrente gélida fez com que meus cabelos brancos balançassem. Meus olhos, esverdeados e intimidadores, observavam, sem descanso, toda ilha que poderia chamar de “casa”.

 

Infelizmente, esse local tinha uma péssima desvantagem. Como nada acontecia, acabava me recordando de tudo pelo que passara antes de ser aprisionada na Groelândia. E, de certa forma, estou aqui por causa da minha odiosa mãe e permaneço, até hoje, por meu orgulho.

 

Deixe-me explicar. Há muito tempo, quando nasci, Deméter, extremamente preocupada em resgatar Perséfone, minha irmã, abandonou-me, sem sequer me dar um nome! Isso tudo, em minha opinião é um grande absurdo! Onde já se viu uma mãe, para resgatar sua filha, entregar a outra à própria sorte...

 

Nem meu pai, Poseidon, o imperador dos sete mares, quis saber de mim. Naquela época, fiquei muito abalada... Extremamente abalada! Afinal, é muito triste descobrir que seus genitores não dão a mínima para a sua existência.

 

Amargura, raiva, descontentamento, inveja, tudo isso passava — e ainda passa — por meu coração. Desde aquele dia, prometi a mim mesma que não confiaria em mais ninguém e que destruiria tudo aquilo que meus queridos parentes tanto amavam.

 

Assim sendo, comecei a congelar, desenfreadamente, as flores que mamãe e Perséfone adoravam. E também usava o meu ar frio nos lagos favoritos de Poseidon. No fundo, desejava apenas privá-los daquilo que idolatravam, para que, dessa maneira, pudessem ver o quão ruim é se sentir sozinho, abandonado, rejeitado e excluído.

 

Em pouco tempo, os seres humanos ridículos também passaram a me temer, pois ficavam assustados com a fúria da neve criada por mim. Por causa disso, nos tempos antigos, ninguém tinha a audácia de pronunciar o meu nome, porque acreditavam que, com isso, corriam o risco de serem congelados também... Pobres criaturas insignificantes! Às vezes, eles acreditam em coisas tão absurdas que chega a ser hilário.

 

Em decorrência dos meus atos, Deméter, contanto com o auxílio de Zeus, condenou-me. Ela diminuiu a minha zona de influência para as regiões polares e fez com que eu ficasse aprisionada aqui, na Groelândia. Naquela ocasião, fiquei tão nervosa, mas tão nervosa, que minha ira congelou toda essa maldita ilha e criou vários icebergs!

 

No entanto, há dois milênios, minha mãe me fez uma proposta. Até hoje, nunca me esqueci dessa conversa.

 

— Despina, se quiser sair dessa sua “prisão”, prometa-me que lutará ao meu lado, sendo a general do batalhão do inverno, cargo que, desde sempre, foi seu. Caso aceite, cumprirei com a minha palavra e permitirei que desfrute, novamente, a liberdade.

 

— Posso saber o motivo de tanta benevolência? — perguntei.

 

— Athena e Hades iniciaram uma guerra pelo controle da Terra. Como odeio o imperador do inferno, decidi me aliar a deusa da guerra e sabedoria... — a divindade da agricultura iria falar uma coisa, mas mudou de idéia e ficou, por poucos segundos, em silêncio. — Não posso permitir que ele mate todos os seres vivos da superfície, nem as flores que tanto amo.

 

— Compreendo... — falava sem ânimo. — Então o senhor da morte finalmente vai iniciar o plano de expandir seus domínios. No entanto, não vejo motivo nenhum para contar com minha ajuda! Você, mamãe, tem as ninfas para te ajudar. Além disso... — nesse instante, meus olhos brilhavam por causa da raiva. Só de pensar no nome daquela pessoa, o sentimento de fúria ardia em meu peito. — Além disso, PERSÉFONE pode te ajudar!

 

— Sua irmã ainda está com Hades... — sua voz falhou. A deusa da agricultura estava muito triste e parecia que desejava manter essa informação escondida, mas, por conta da situação, não poderia mais fazer isso. — Eu pretendo ajudar Athena, pois quero resgatar, de uma vez por todas, minha querida Perséfone!

 

JÁ ESPERAVA POR ISSO! — gritava, indignada. Lembro-me de que, naquele dia, uma grande tempestade castigava toda a Groelândia. Hoje, penso que isso aconteceu por minha causa. — SERIA DIFÍCIL VOCÊ CONVERSAR COMIGO, PELO MENOS UMA VEZ, SEM MENCIONAR O NOME DE SUA QUERIDA FILHA? NUNCA, MAS NUNCA MESMO, LUTARIA PARA SALVÁ-LA!!!!! AGORA, FAÇA O FAVOR DE SAIR DESSA MALDITA ILHA E ME DEIXE SOZINHA!!!!

 

Minha mãe deu as costas para mim quando escutou essas palavras.

 

— Saiba que, — a voz dela estava diferente. Por conta da raiva que estava sentindo, não tinha percebido isso. —, se você quiser mudar de idéia, o posto de general do batalhão do inverno sempre será seu por direito.

 

Como vocês podem ver, recusei a única oportunidade de sair da minha cadeia por conta da raiva que tenho. Por vários séculos, sempre fiquei pensando na decisão que tomei e não me arrependi por um único instante. Afinal, minha querida mamãe só foi falar comigo por querer salvar a filha predileta dela! Isso é algo totalmente inaceitável, intolerante e indigno!

 

Bom, hoje estava pensando nisso tudo e acreditava que ficaria presa na Groelândia por mais 2 milênios. No entanto, estava muito enganada.

 

Por volta das duas horas da tarde, algo extraordinário aconteceu. O céu do hemisfério Norte tinha ficado completamente escuro. Os animais, que estavam próximos de mim, fugiram quase que instantaneamente.

 

Se um ser humano patético visse isso, pensaria que se tratava de um fenômeno natural. Mas eu sabia que não o era, pois senti um cosmo gigantesco. Essa energia transmitia, em si, muita amargura e incredulidade.

 

— Quem está aí? — perguntei assumindo uma postura defensiva.

 

O ser que veio me visitar não respondeu. Por um instante eu tinha ficado brava. Porém, antes que pudesse repetir a minha questão, o recém chegado se materializou.

 

Mesmo o vendo frontalmente, não conseguia dizer quem era. O estranho vestia uma túnica preta, que lhe cobria o corpo inteiramente. Na mão direita, segurava uma espada dourada a qual possuía vários rubis gravados na parte metálica. Na mão esquerda, trazia consigo penas de pavão.

 

— Despina, há muito tempo pretendia conversar com você. — a voz do ser misterioso era fria e feminina.

 

No entanto, aquela voz não me era estranha. Depois de alguns segundos, lembrei-me de que, nos tempos mitológicos, já tinha encontrado aquela divindade em uma ocasião... Sinceramente, nunca imaginei que alguém tão poderosa, astuta e cruel apareceria, um dia, aqui.

 

— Posso saber o motivo de vossa presença? — perguntei ao me ajoelhar. Não conseguia me ver, mas tinha certeza que estava suando frio.

 

— Filha de Deméter, sua mãe, melhor, vários deuses, ao longo dos milênios, acabaram se corrompendo. A arrogância deles é algo assustador, chegando a ser tão ruim, ou até mesmo pior, do que a dos humanos. — dizia conforme derrubava, uma a uma, as penas de pavão que estavam em sua mão. — E, em breve, isso fará com que uma guerra ecloda no Olimpo!

 

— Olimpo? — perguntava incrédula.

 

— Isso mesmo. — respondia friamente. — Toda instituição ou pessoa, que se desvirtue de seus propósitos e pratique atos ilícitos, no final, tende a ser destruída pelo poder da Justiça!

 

— De fato! — respondi aterrorizada. Nunca, na minha vida, senti tanto medo de alguém. A divindade, com a qual estava falando, conseguia impor a sua presença de maneira perfeita. Eu, comparada a ela, parecia uma criança indefesa.

 

Depois de derrubar todas as penas de pavão, a mulher da túnica negra deu uma observada panorâmica do lugar.

 

— Despina, eu preciso de sua ajuda.

 

Fiquei muda, não sabia o que falava. No instante em que abriria a boca, a deusa que veio me visitar voltou a tomar a palavra

 

— Deméter foi injusta quando a abandonou no momento em que você nasceu. — dizia lentamente. — Aquela tola receberá a pior punição pelo ato que cometeu... No entanto, antes que isso aconteça, você terá que aceitar a proposta dela e fingir que se tornou a general do batalhão do inverno. Se fizer isso, conseguirá sair dessa ilha e poderá lutar no campo de batalha.

 

— E por que faria isso? — indaguei.

 

— Minha cara, você não me escutou quando disse que toda instituição desvirtuada acaba sendo destruída? Pois bem, é justamente isso que acontecerá com o Olimpo! — fez uma pausa para encarar a filha da divindade da agricultura. — Assim que eu virar a deusa que regerá o mundo celestial, saberei recompensar todos aqueles que lutaram por mim. Dessa forma, Despina, prometo que deixarei com que transforme a Terra em um planeta coberto de gelo. Permitirei com que todo globo terrestre fique igual a Groelândia.

 

“Dificilmente as flores, que sua mãe ama, sobreviverão em condições tão desfavoráveis. Sabe o que isso significa? Ela ficará abandonada e sentirá o mesmo que você. Verá o quanto foi ruim ter partido sem te dar um nome! Verá o quão errado foi ter ensinado a agricultura à humanidade. E, principalmente, verá o quanto foi péssimo ter colocado Perséfone no topo do pedestal!”

 

“Caso faça o que pedi, poderá realizar todos esses seus desejos! Vamos diga o que pretende fazer?”

 

Não respondi nada, apenas sorri, coisa que, diga-se de passagem, não faço há muitos milênios. As palavras daquela deusa traduziam tudo aquilo que gostaria de concretizar.

 

— Eu, Despina, aceito a vossa proposta. — afirmava enquanto me levantava. — Fingirei lutar por Deméter apenas para poder sair da prisão e ter uma armadura poderosa para proteger meu corpo. No entanto, vossa excelência será a verdadeira pessoa por quem luto. E digo mais, podes ficar tranqüila, pois sempre serei fiel aos teus propósitos... — No instante em que disse o nome da mulher que foi conversar comigo, uma grande rajada de vento percorreu o lugar.

 

A minha senhora, a única divindade que eu realmente temia, abriu um sorriso e desapareceu da mesma forma como apareceu.

 

Graças a ela, poderia fazer a minha mãe experimentar como é bom se sentir abandonado!

 

Muitos devem estar pensando que lutarei por vingança. Aos que acreditam nisso, digo que estão completamente enganados, pois meus atos são movidos, unicamente, pelo desejo de fazer Justiça!

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  • 1 mês depois...

Deméter, a deusa da agricultura, finalmente deu a punição aos seres humanos. Todos os solos da humanidade perderam a fertilidade. China e Índia, em busca de encontrar comida para as suas populações gigantescas, estão prestes a declarar guerra ao Brasil, país que conta com a proteção dos Estados Unidos. Se as coisas continuarem dessa maneira, a Terceira Guerra Mundial será declarada. Para impedir isso, alguns cavaleiros adentraram a barreira cósmica que protege os arredores do templo de Deméter.

 

A luta entre Babel de Centauro e Vivian de Girassol continua. A ninfa, para absorver mais rápido a energia que precisa para disparar seu golpe mais forte, invoca, com a Germinação Artificial, novas guerreiras. O cavaleiro de Athena batalha contra elas ferozmente. Ao observar o que acontecia com as “sombras” da Alseíde no momento em que lançava suas chamas nelas, descobriu um modo de derrotar a Vivian. No entanto, foi tarde demais. Girassol já tinha o poder necessário e disparou, contra Babel, sua investida mais poderosa, Solar Explosion.

 

Enquanto isso, Camus de Aquário, o líder da missão de invasão, está enfrentando a terrível Despina, general do pelotão do inverno e filha mais nova de Deméter. A inimiga revelou a sua motivação: deseja criar um mundo totalmente coberto por gelo para destruir, assim, todas as espécies viventes. Como as flores, que Deméter e Perséfone tanto amam, deixarão de existir, acredita que, com isso, elas sentirão o mesmo que Despina passou quando foi abandonada.

 

Depois de Camus descobrir que a general do inverno não batalha por Deméter, ambos os guerreiros usam suas investidas mais poderosas: Storm of Ice e Execução Aurora. Em um primeiro momento, as duas energias congelantes ficam em equilíbrio. Mas, com o passar do tempo, o raio de gelo passa a se aproximar de Despina, que não consegue deixar o ódio que tem para com sua mãe de lado na batalha. Desesperada para alcançar a vitória, ela perfurou o corpo do cavaleiro de ouro com seus Ice Stalagmites e Ice Stalactites. O cosmo de Camus não diminuiu e, movido por sua obstinação, conseguiu fazer com que a deusa recebesse o impacto combinado da Execução Aurora com o Storm of Ice.

 

O corpo de Despina congelou-se. Enquanto isso, Aquário sofria por causa das dores e hemorragias.

 

 

Capítulo 8: Por Athena!

 

 

 

Arredores do Templo de Deméter

Flanco Sul

 

 

Assim que Despina fora derrotada, os espinhos de gelo, que estavam perfurados no corpo de Aquário, desapareceram. Consequentemente, uma grande quantidade de sangue passou a escorrer.

 

— Finalmente acabou! — exclamou Camus, caindo de joelhos, quando uma grande explosão, em um ponto mais distante, podia ser vista.

 

O mestre de Hyoga usou seu ar frio para conter, momentaneamente, a hemorragia.

 

— Isso vai me dar alguns minutos. — afirmava com dificuldade por causa da dor. — Agora, preciso ajudar o cavaleiro que está lutando naquela direção.

 

Neste instante, o protetor da décima primeira casa zodiacal pôde sentir um cosmo próximo dele.

 

— Camus de Aquário, você fez um bom trabalho. — a voz da recém chegada era doce e suave. Ao ouvi-la, o guerreiro do santuário ficou surpreso, pois nunca imaginou que ela viria ao campo de batalha.

 

— Athena!?

 

A deusa da guerra e sabedoria estava parada diante de seu guerreiro. Ela trajava a sua armadura e, por sua expressão, estava pronta para entrar em combate com as inimigas que ameaçavam a paz na Terra.

 

Ao vê-la, o mestre de Hyoga ficou confuso, pois nunca tinha imaginado que ela viria, pessoalmente, ao campo de batalha.

 

— Não pode ser possível. — pensava conforme a estudava. — Isso deve ser alguma ilusão!

 

— Camus, não precisa se preocupar comigo, o Grande Mestre permitiu que eu viesse até aqui para que, juntos, possamos derrotar Deméter! Graças a sua vitória, o caminho para o templo de nossa inimiga está aberto. — afirmava, calmamente, conforme apontava, com o cetro, para frente.

 

Não, não havia dúvida. Aquele tom de voz, aquela presença bondosa e onipotente... Não, ninguém poderia copiar tudo aquilo com uma ilusão. Ela, com certeza, era a filha de Zeus.

 

— Minha deusa, — dizia Aquário ajoelhando-se. — quais são às vossas ordens?

 

— Em nome do bem da raça humana, devemos seguir em frente e lutar contra todos aqueles que desafiam a paz de nosso lindo planeta. — dizia lentamente. — Vamos nos encontrar com Deméter!

 

 

Arredores do Templo de Deméter

Flanco Leste

 

 

Solar Explosion, o golpe mais poderoso de Vivian de Girassol, gerou uma grande explosão em todo o campo de batalha. Uma densa fumaça, uma das conseqüências de sua investida, cobria tudo. Por causa disso, a ninfa não era capaz de visualizar o estrago real que fez.

 

Apesar disso, ela estava muito feliz. Seu sangue de guerreira ardia em seu corpo. Fazia muito tempo que não entrava em um campo de batalha. Agora, que Deméter lhe deu essa oportunidade, não iria falhar. Faria de tudo para cumprir o desejo da deusa da agricultura em punir os humanos; que tratavam, nos dias atuais, o solo e a natureza de uma forma muito mal; e Athena, a deusa que insiste em apoiar a humanidade.

 

— Minha senhora, pode ficar tranqüila. Os cavaleiros não chegarão perto de seu templo. — pensava conforme sua visão melhorava. — Para defendê-la, sou capaz de ir até o inferno. Por isso, não precise se preocupar. Eu, Vivian, não deixarei que nenhum de nossos inimigos siga em frente.

 

Uma forte corrente de vento passou a percorrer a região. Por causa disso, toda a fumaça, em questão de segundos, afastou-se do campo de batalha.

 

A ninfa abriu um sorriso, pois tudo aconteceu segundo o planejado. Ao redor dela, vários corpos estavam estendidos no chão. As guerreiras que tinha convocado com a técnica Germinação Artificial também estavam mortas. Mas, sua felicidade não fora abalada, já que Babel de Centauro, aquele que queria impedir os desejos de Deméter, também estava caído.

 

A armadura de prata, que o protegia, estava completamente destruída. Várias gotas de sangue escorriam de suas pernas e braços. Provavelmente, pensava a Alseíde, ele tentou, inutilmente, repelir o ataque.

 

— Valoroso cavaleiro, você lutou bravamente até o fim e o admiro muito por isso! — afirmava conforme andava rumo ao templo de sua deusa. — A sua derrota, no entanto, mostra que os planos de minha senhora simbolizam a justiça.

 

Quando a ninfa daria mais um passo para frente, ela parou de se movimentar. A cerca de dois metros do lugar onde estava, a terra foi dividida em duas partes.

 

— Não deixarei que fuja! — a voz grossa do recém chegado veio a alguns metros de trás do local onde estava.

 

A guerreira do batalhão do verão, ao virar-se, descobriu a identidade de quem tinha realizado aquele feito. Do lado do corpo de Babel, um homem, de cabelos curtos e verdes, encarava-a com o braço direito estendido. O que mais lhe chamou atenção foi a cor do traje que o inimigo estava usando: dourada.

 

— Cavaleiro de ouro! — exclamava com muita felicidade, afinal, teria a chance de lutar contra uma das doze pessoas que são consideradas as mais fortes dentro do exército de Athena. — Nunca, na minha vida, senti tanta felicidade na vida... Eu sou Vivian de Girassol, alseíde do batalhão do Verão.

 

— Quero saber apenas uma coisa. — dizia secamente. — Diga-me, foi você que derrotou Centauro?

 

— Sim...

 

— Se for assim, eu, Shura de Capricórnio, não permitirei que continue viva!!

 

O protetor da décima casa zodiacal abaixou o seu braço direito rapidamente. Dessa vez, Vivian saltou e conseguiu desviar-se. No entanto, o chão, mais uma vez, dividiu-se em dois pedaços.

 

— Incrível, realmente incrível!!! — dizia extasiada. — Cavaleiro de ouro, se você não tivesse usado esse ataque anteriormente, possivelmente já estaria morta. A correnteza de ar que cria com o movimento de seu braço é realmente muito poderosa. Até mesmo parece uma espada afiada, capaz de cortar tudo aquilo que esteja no seu caminho!

 

“Eu estou com muita vontade de enfrentar alguém com tanto poder!”

 

O protetor da décima casa zodiacal não respondeu. Apenas ficou encarando a adversária.

 

— Adorei ter a chance de visualizar suas habilidades, mas você não poderá me derrotar! — afirmava enquanto as pétalas de sua Orgânica voltavam a desabrochar. — Enquanto eu viver, nunca deixarei que ninguém se oponha a minha deusa, a bondosa senhora Deméter!

 

Shura permaneceu em silêncio e ergueu, novamente, o braço direito.

 

— Não tenho o a mínima vontade de saber seus motivos de querer batalhar. — respondeu friamente. — Na verdade, pouco me importo com eles. Minha missão é derrotar Deméter e suas ninfas. Tudo o que esteja fora dessa questão, não me interessa.

 

Vivian sorriu ao ouvir aquelas palavras.

 

— Cavaleiro, se for assim, eliminarei aqui e agora!

 

— Duvido que seja capaz disso.

 

Quando o homem que pertence a alta hierarquia do exército de Athena iria atacar, ele sentiu um cosmo que o impedia de seguir adiante. Não era um cosmo maligno. Muito pelo contrário, tratava-se de uma energia bondosa.

 

— Espere, Shura... Ainda tenho condições de lutar... Não admito que você... interfira numa batalha que eu comecei.

 

Os dois lutadores ficaram surpresos com a voz que escutaram e, por causa disso, olharam, imediatamente, para o local em que vinha o som. Pra a surpresa de ambos, Babel de Centauro, estava de pé.

 

— Impossível!!! — exclamava Vivian, surpresa. — Ninguém nunca conseguiu sobreviver a meu ataque mais forte. Como realizou esse feito? Vamos, responda-me!!!

 

O cavaleiro de Athena, lentamente, caminhou, com dificuldades, na direção da inimiga. Suas pernas e braços doíam de mais. Suas mãos, com as quais tentou repelir o Solar Explosion, sangravam. Seus cinco sentidos estavam falhando. Já não era capaz de ver nem ouvir direito.

 

No entanto, apesar de tudo isso, algo não mudara. Seus olhos continuavam possuindo aquele brilho que o motivava a seguir em frente.

 

— Como uma guerreira, você deveria saber a resposta. — afirmava lentamente. — Por Athena... Foi graças a minha deusa que eu sobrevivi... E vai ser por ela que a derrotarei.

 

No fundo, algo estremeceu o pensamento da mulher. Desde o começo da batalha, Babel tinha demonstrado uma grande dedicação à divindade que apóia a humanidade. Por esse motivo, possivelmente, ele não fora derrotado por sua investida mais poderosa.

 

— Será que Athena realmente representa a justiça... —pensava. — Não, não posso pensar nisso. Deméter está querendo fazer algo justo!!!

 

A ninfa deu dois passos para frente, tentando esquecer seu pensamento.

 

— Duvido que alcance seu objetivo. — falava com desdém. — Seus ataques não conseguem me ferir. Além disso, você já não tem condições de lutar. É melhor desistir! Isso não irá manchar suas habilidades de cavaleiro.

 

Mesmo sofrendo por causa da dor, Babel sorriu.

 

— Desistir? Logo agora que eu descobri um modo de derrotá-la!

 

— O quê?

 

Vivian, num primeiro momento, ficou com medo. Em todas as lutas que travara, nunca perdera a confiança, por causa de seus planos e de sua própria personalidade. No entanto, dessa vez, a situação estava diferente. Seu atual adversário foi o primeiro homem que sobreviveu após ser atingido pelo Solar Explosion, se não bastasse isso, ainda afirmava que tinha descoberto um modo de vencê-la.

 

Aquilo, de certa forma, a irritava, pois ela, que sempre se gabara por estar um passo a frente de seus inimigos, não sabia o que deveria fazer.

 

— Não pode ser! — pensava, conforme a analisava Centauro. — É verdade, não acredito que me esqueci de considerar esse pequeno detalhe quando disse que me derrotaria. Ele está bastante machucado e não tem condições físicas de continuar lutando por muito tempo. Não preciso me preocupar.

 

“Porém, aquilo que me deixou intrigada anteriormente não pode ser ignorado. Os cavaleiros têm feito coisas impossíveis em nome de Athena e conseguiram, por esse motivo, derrotar deuses como Poseidon e Hades. Será que a deusa da guerra e da sabedoria representa realmente a justiça? Será que realmente estou lutando do lado certo?”

 

Aquele questionamento a irritou novamente. Nem ela acreditava que estava duvidando, indiretamente, dos atos de Deméter. A divindade da agricultura, no passado, salvara-a de um incêndio e a treinara para que pudesse se tornar uma ninfa. Desde então, em nome de sua senhora, enfrentara vários guerreiros porque acreditava, cegamente, que estava do lado da justiça. Agora, que estava diante de homens como Babel, ficou em dúvida consigo mesmo.

 

Lute, apenas siga em frente. Essas palavras ecoavam em sua mente. Uma guerra só acontece porque os dois lados acreditam em sua justiça. E, no fim do confronto, aquele que vence acaba mostrando que sua versão era a verdadeira.

 

— A MINHA VITÓRIA DEMONSTRARÁ QUE ESTOU DO LADO CERTO!!! — dizia a si mesma para poder acalmar seu espírito. — Vamos, cavaleiro, — voltou a afirmar. —, ataque-me que eu mostrarei que não conseguirá me derrotar!

 

O guerreiro da hierarquia intermediária do santuário começou a elevar seu cosmo. A aura vermelha que era emanada de seu corpo estava mais intensa e radiante do que a última vez. Aquele poder fazia com que o chão, próximo do local em que se encontrava Centauro, tremesse.

 

— Como ele pode ter tanto poder mesmo depois de ter sido atingido por meu golpe? — Vivian estava bastante surpresa.

 

— A ninfa perderá. — afirmou Shura.

 

Babel, no entanto, não ouviu o que os dois falaram. Sua audição estava péssima e ele sabia que, em breve, perderia a consciência. A única coisa que lhe dava energias e o motivava a seguir em frente era Athena.

 

— No passado, lutei contra ela porque acreditei na versão que o Grande Mestre tinha me contado. — pensava. — Quando fui derrotado e descobri a verdade, desejei lutar, pelo menos uma única vez, do lado de minha deusa... O momento finalmente chegou!

 

“Meu corpo está doendo demais e sinto que, em breve, eu morrerei por conta da hemorragia. Mesmo assim, me sinto bem. Estou em paz comigo mesmo e essa sensação é maravilhosa.”

 

Neste instante, a aura emanada por Babel se transformou em chamas.

 

— Seu tolo, isso não vai funcionar comigo. — afirmava a alseíde quando estendia os dois braços, fazendo com que ambos formassem um ângulo de 90 graus com seu tronco. — Afinal, você sabe muito bem que posso absorver ondas térmicas ou luminosas.

 

“Esse seu último esforço será inútil!”

 

O guerreiro da hierarquia intermediária apenas concentrou sua energia cósmica em seu braço direito e o movimentou, rapidamente, para frente.

 

— Por Athena e pelo futuro da humanidade, derrotarei você, Vivian!!!

 

FOTIA ROUFIHTRA!!!!

 

Várias bolas de fogo saíram da mão direita de Babel e se dirigiram para a direção da ninfa. A alseíde do batalhão do verão foi atingida em cheio. E, em questões de poucos segundos, todo seu corpo estava rodeado por chamas.

 

— Eu já disse, isso não me fará nenhum mal. — as pétalas de sua Orgânica estavam se abrindo rapidamente. — Tolo, a única coisa que você vai conseguir com isso é me dar energias para disparar meu Solar Explosion de novo!

 

A guerreira de Deméter começou a dar risada. No entanto, logo parou. Havia algo errado. Por mais que ela absorvesse as chamas de Babel, seu corpo continuava rodeado pelo fogo.

 

— Isso não é possível! — afirmava, preocupada. — Cavaleiro, não me diga que...

 

Sim, seu temor estava realizado. Babel, em nenhum momento, tinha parado de lançar seu golpe. A cada segundo, mais e mais raios térmicos eram disparados contra Vivian.

 

— Em breve você morrerá. — afirmava Centauro, enquanto uma grande quantidade de sangue saía de seu braço direito. — Descobri como conseguiria te vencer quando enfrentei as suas sombras. Ao lançar meus golpes, o corpo delas brilhava e, logo em seguida, explodia. Isso acontecia porque absorviam mais energia do que podiam suportar... O seu destino será o mesmo!

 

— Não... Isso é impossível!!! — berrou no momento em que todas as pétalas de sua Orgânica foram abertas. — Não acredito que você tenha descoberto isso em tão pouco tempo. Isso quer dizer que Deméter não é...

 

A guerreira parou de falar. Como seu traje protetor já tinha absorvido o máximo de energia que consegue suportar, ela voltou a sentir o calor das chamas. Pela primeira vez, em anos, voltou a se ferir por causa do fogo. Várias queimaduras graves surgiam em diversos locais de seu corpo. Aquela dor era terrível e aterrorizante, pois se lembrou do dia em que quase morrera por conta de um incêndio.

 

— Naquela ocasião, Deméter me salvou... — dizia, ignorando a presença do inimigo. — Mesmo assim, morrerei queimada. Essa deve ser uma das ironias da morte.

 

O calor estava cada vez mais insuportável. Agora, a Orgânica começou a brilhar muito forte. Em breve explodiria, juntamente com o corpo da mulher que a trajava. Vivian queria chorar, mas, por conta da temperatura, nenhuma lágrima saiu de seus olhos.

 

— No final, lutei do lado errado. — disse tristemente.

 

O brilho ficou ainda mais intenso e, em um pequeno intervalo de tempo, o corpo da ninfa explodiu.

 

Babel não tinha mais forças nem para abrir um pequeno sorriso. Seu corpo estava bastante dolorido, sem falar que perdera uma grande quantidade de sangue durante a batalha. Ele apenas olhou para a direção em que estava a inimiga e ficou com um semblante tranqüilo, como se tivesse cumprido seu dever.

 

— Finalmente acabou. — dizia Babel, exausto. — Athena... eu venci... por você.

 

O cavaleiro de prata caiu no chão. Shura, que tinha se espantado ao ver o nível de luta do companheiro, não conseguia mais sentir a energia cósmica de Centauro.

 

Continua...

Editado por MDM
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Muito bom! Babel mostrou o valor dos prateados nessa batalha, classe tão esquecida pelo Kurumada... Pra varia! :lol:

 

E como sempre, o inimigo só descobre o erro quando morre. Eu até gosto desse clichê, chega a ser engraçadona minha opinião.

 

Ótima ideia você ter juntado a terceira guerra com a fic. Eu tinha isso em planos mas, achei que seria muito cedo dentro do universo CDZ. E a segunda guerra, como anda?

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Muito bom! Babel mostrou o valor dos prateados nessa batalha, classe tão esquecida pelo Kurumada... Pra varia! :lol:

 

E como sempre, o inimigo só descobre o erro quando morre. Eu até gosto desse clichê, chega a ser engraçadona minha opinião.

 

Ótima ideia você ter juntado a terceira guerra com a fic. Eu tinha isso em planos mas, achei que seria muito cedo dentro do universo CDZ. E a segunda guerra, como anda?

 

Lucas, obrigado pelo comentário. :D

 

Um dos meus objetivos em criar esse arco contra a Deméter foi justamente desenvolver alguns cavaleiros que o clássico não trabalhou muito bem. Como o que aconteceu com Asterion e Babel, por exemplo. Claro que outros também serão desenvolvidos, mas não irei falar para não estragar a surpresa.

 

Também gosto dessa atitude e achei que Vivian faria justamente isso. Ela adora batalhar e combateu do lado de Deméter por dois motivos: gratidão por ter sido salva quando era pequena e porque acreditava nos ideais da deusa. No entanto, ao ver o comportamento e a determinação de Babel, a ninfa passou a se questionar se realmente estava lutando do lado certo.

 

Sobre a Segunda Guerra, eu terminei o capítulo 39 e não gostei muito do resultado. Vou ver se consigo adaptá-lo. Senão, começarei de novo. :(

 

Abraços.

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  • 2 semanas depois...

Tal como Lucas, achei o título do prateado e atitude brm honrada para o cargo que usufrui.

 

Saber que ele lutou por uma causa maior e recheada de boa vontade, determinação e orgulho fora completamente diferente no mangá e anime.

 

Agora, resta saber e esperar como irá desenrolar as outras lutas.

 

Bom trabalho.

 

P.S. : Não te esqueças de ler a minha fic e os gaidens.

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  • 1 ano depois...
Gostaria de me desculpar por não ter conseguido postar mais capítulos da fic neste intervalo de tempo. Estou muito ocupado na faculdade e passei por um período em que não consegui escrever absolutamente nada, por falta de criatividade e uns outros problemas que estão sendo resolvidos. Antes de postar o capítulo atual, resolvi fazer uma pequena síntese de tudo que aconteceu até agora na história. Tentarei postar os próximos capítulos mensalmente (não consiguirei produzi-los numa periodicidade menor até dezembro chegar).

 

Saint Seiya: A Saga do Olimpo

Resumo

 

Após o corpo de Hades morrer, Hera convocou o Conselho Divino para decidir sobre o destino de Athena e dos seres humanos. Depois de um longo debate, delegaram a Deméter a tarefa de declarar guerra a Athena e exterminar os cavaleiros remanescentes.

 

Dessa forma, enquanto a deusa da agricultura dirigia-se ao templo de Athena, uma de suas servas, Selena de Carvalho, Dríade do batalhão da primavera, atacou os sete cavaleiros que se encontravam na entrada das doze casas. Shina, que tinha decidido lutar sozinha contra a adversária, fora surpreendida pelo golpe secreto da inimiga, Casulo Mortífero, e quase morreu. Mas foi salva pela vinda de Asterion de Cães de Caça, que também derrotara Selena. No entanto, uma nova inimiga surgiu: Sofia de Planta Carnívora, do batalhão do Outono.

 

Asterion de Cães de Caça conseguia ler a mente da oponente frequentemente, fato que fez com que ele sempre estivesse em vantagem na luta. Ele, aproveitando-se que a inimiga perdeu a vontade de lutar, usou uma combinação de técnicas para matá-la (Ataque de um milhão de fantasmas e Explosão Centrípeta).

 

Enquanto isso, Athena e os cavaleiros de bronze chegaram ao salão do Grande Mestre e se encontram com Deméter. A deusa da agricultura revelou o motivo pelo qual invadira o santuário e apontou seu cetro no coração de Saori Kido. Quando estava prestes a matá-la, Shun colocou-se ao lado de sua deusa e assustou Deméter, que resolveu sair do santuário. Os demais cavaleiros percebem o que fez a deusa da agricultura se retirar. Andrômeda estava sendo possuído, mais uma vez, por Hades.

 

Hades possuiu, mais uma vez, o corpo de Shun. Mas, dessa vez, com a finalidade de propor uma aliança com as tropas de Athena. O deus dos mortos revela que deseja se vingar do Olimpo e, para mostrar que os cavaleiros podem confiar nele, fez um juramento pelo rio Estige que não atacaria a Terra assim que a Guerra Santa contra o Olimpo terminasse e também ressuscitaria os inocentes que morressem na batalha. Além do mais, trouxe à vida todos os guerreiros da deusa da guerra que pereceram nos confrontos passados.

 

Depois de Athena ter retirado o selo da terra enclausurada e libertado as estrelas maléficas, Hades partiu para a Ilha de Lemnos, onde se encontra a oficina de Hefesto. O senhor do inferno convence o deus das forjas a construir um novo corpo para ele. Enquanto Hades sente que sua chance de concretizar o seu objetivo aumentou, Deméter passou a executar o seu plano para castigar a espécie humana, tirando a fertilidade dos solos.

 

Deméter, a deusa da agricultura, finalmente deu a punição aos seres humanos. Todos os solos da humanidade perderam a fertilidade. China e Índia, em busca de encontrar comida para as suas populações gigantescas, estão prestes a declarar guerra ao Brasil, país que conta com a proteção dos Estados Unidos. Se as coisas continuarem dessa maneira, a Terceira Guerra Mundial será declarada. Para impedir isso, alguns cavaleiros adentraram a barreira cósmica que protege os arredores do templo de Deméter.

 

Camus de Aquário, líder da missão de invasão, enfrentou Lorena de Pinheiro, que tinha a habilidade de controlar as árvores com seu golpe secreto: Contôle de la Nature. O defensor da décima primeira casa não teve grandes dificuldades e venceu a adversária rapidamente. No entanto, antes que ele pudesse se aproximar mais do templo, uma nova inimiga surgiu: Despina, a general do batalhão do inverno e filha mais nova de Deméter.

 

A deusa, que guarda um grande rancor de sua própria mãe e de sua irmã, atacou Camus usando um de seus golpes mortais: Ice Stalactites. As estalactites, que criou com o seu cosmo, perseguem o oponente eternamente. Por causa disso, achou que a luta já tinha sido terminada que seu oponente, o protetor da décima primeira casa zodiacal, tinha morrido. No entanto, ao virar-se para o local onde Camus estava, teve uma péssima surpresa. O cavaleiro utilizou o Esquife de Gelo para proteger-se do golpe.

 

Despina decidiu revelar a sua motivação: deseja criar um mundo totalmente coberto por gelo para destruir, assim, todas as espécies viventes. Como as flores, que Deméter e Perséfone tanto amam, deixarão de existir, acredita que, com isso, elas sentirão o mesmo que Despina passou quando foi abandonada.

 

Depois de Camus descobrir que a general do inverno não batalha por Deméter, mas sim por uma misteriosa deusa que apareceu na Groelândia, vinte anos atrás, ambos os guerreiros usam suas investidas mais poderosas: Storm of Ice e Execução Aurora. Em um primeiro momento, as duas energias congelantes ficam em equilíbrio. Mas, com o passar do tempo, o raio de gelo passa a se aproximar de Despina, que não consegue deixar o ódio que tem para com sua mãe de lado na batalha. Desesperada para alcançar a vitória, ela perfurou o corpo do cavaleiro de ouro com seus Ice Stalagmites e Ice Stalactites. O cosmo de Camus não diminuiu e, movido por sua obstinação, conseguiu fazer com que a deusa recebesse o impacto combinado da Execução Aurora com o Storm of Ice.

 

O corpo de Despina congelou-se. Enquanto isso, Aquário sofria por causa das dores e hemorragias. No entanto, teve uma surpresa agradável. Athena, a deusa da guerra e da sabedoria, vai até o campo de batalha. Juntamente com o protetor da décima primeira casa zodiacal, avança rumo ao Templo de Deméter.

 

Por outro lado, Babel de Centauro estava enfrentando Vivian de Girassol no flanco leste do templo de Deméter. A ninfa tem o poder de absorver qualquer tipo de onda térmica ou luminosa. E, quando todas as pétalas da parte de trás de sua Orgânica forem abertas, terá a energia necessária para liberar seu golpe mais forte. Como Babel percebeu essa situação, ele parou de usar as suas chamas. Mas Vivian, mostrando estar sempre um passo a frente do oponente, criou um pequeno Sol com o seu cosmo e, para conseguir absorver o máximo possível de luz, invocou várias guerreiras com a Germinação Artificial. O cavaleiro de Athena batalhou contra elas ferozmente. Ao observar o que acontecia com as “sombras” da Alseíde no momento em que lançava suas chamas nelas, descobriu um modo de derrotar a Vivian. No entanto, foi tarde demais. Girassol já tinha o poder necessário e disparou, contra Babel, sua investida mais poderosa, Solar Explosion.

 

Enquanto isso, finalmente a batalha de Vivian e Babel chega a um desfecho. A ninfa absorve mais energia do que é capaz de resistir e acaba explodindo. O cavaleiro de prata, por outro lado, que já estava esgotado conseguiu realizar o seu maior sonho: lutar, dignamente, do lado da deusa que prometeu proteger. Shura de Capricórnio, que assistia o final do confronto entre os dois, ainda não tinha percebido que uma inimiga o estava observando.

Editado por MDM
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Deméter, a deusa da agricultura, finalmente deu a punição aos seres humanos. Todos os solos da humanidade perderam a fertilidade. China e Índia, em busca de encontrar comida para as suas populações gigantescas, estão prestes a declarar guerra ao Brasil, país que conta com a proteção dos Estados Unidos. Se as coisas continuarem dessa maneira, a Terceira Guerra Mundial será declarada. Para impedir isso, alguns cavaleiros adentraram a barreira cósmica que protege os arredores do templo de Deméter.

 

Saint Seiya: A Saga do Olimpo

Arco: Deméter

Capítulo 9: Capricórnio

 

 

Arredores do Templo de Deméter

Flanco Leste

 

Shura assistiu o final da luta entre Babel e Vivian. Na opinião do guerreiro da alta hierarquia da tropa do santuário, Centauro foi um dos maiores cavaleiros que já conheceu.

 

— Você lutou por Athena até o último instante. — dizia conforme se aproximava do corpo do companheiro. — Apesar da dor e da hemorragia, não perdeu o controle nem o foco uma única vez. O máximo que eu, Shura de Capricórnio, posso fazer é enterrá-lo num túmulo digno.

 

O dourado ergueu o braço direito e, com a força de seu cosmo, criou um buraco no chão. Depois, o protetor da décima casa zodiacal observou, mais uma vez, Babel.

 

— Isso é estranho! — pensava. — Enquanto observava a sua luta, lembrei-me de mim mesmo. No passado, depois que enfrentei Aiolos há 14 anos, passei a acreditar, cegamente, que a justiça só conseguia ser mantida através da força... Refiz o meu treinamento e prometi a mim mesmo que protegeria Athena no lugar do meu amigo e que jamais seria derrotado por nenhum inimigo. Infelizmente, estava apoiando o lado errado durante a batalha do santuário...

 

“Seguia as decisões do Grande Mestre, mesmo suspeitando de muitos atos dele, pois achava que, com o seu poder, a justiça e a paz do mundo poderiam ser mantidas. Além do mais, também acreditava que Athena estava no santuário e apoiava as atitudes do mestre. No entanto, foi um homem como você, Babel, que acabou mudando o meu ponto de vista e me fez abrir os olhos!”

 

Santuário

Casa de Capricórnio

Alguns meses atrás

 

Após Shiryu utilizar o Último Dragão, o golpe que o mestre ancião proibira seu discípulo de usar, tanto ele quanto Shura subiam, rapidamente, rumo a atmosfera terrestre. Conforme isso acontecia, o corpo de ambos os guerreiros sofriam sérios danos.

 

— Eu não posso acreditar! Estamos subindo a uma velocidade incrível. — afirmava Capricórnio, surpreso. — Essa velocidade está queimando a armadura de ouro, que é a mais poderosa dos cavaleiros! O meu corpo está prestes a se despedaçar... O Último Dragão é realmente terrível!

 

“Shiryu, você sabe o que está fazendo? Se continuarmos subindo desse jeito, queimaremos por causa do atrito e nos transformaremos em poeira cósmica! Eu posso resistir muito mais porque estou usando a poderosa armadura de ouro. No entanto, você morrerá antes de mim, Dragão!”

 

O cavaleiro de bronze não acreditava que o oponente tinha feito aquela pergunta, pois pensava que ele já tivesse entendido isso enquanto lutavam no chão.

 

— Eu não tenho medo de morrer! Eu disse que te levaria comigo e não tenho receio de nos queimarmos na atmosfera.

 

— Você é realmente tolo, Shiryu. — respondia, incrédulo. — De que adianta vencer se vai perder a sua vida? O que o estimula tanta para isso?

 

— Deveria saber se fosse mesmo um cavaleiro! — falava com dificuldades. — É por ATHENA!

 

Aquela afirmação deixou Shura intrigado. Há muitos anos, Aiolos tentou raptar e assassinar o pequeno bebê que era a reencarnação da deusa da guerra. O cavaleiro de Capricórnio tentou resgatá-la, mas Sagitário conseguiu escapar com a criança. O Grande Mestre, após alguns minutos, noticiou a todos que o traidor tinha sido assassinado e que a pequena Athena voltou em segurança.

 

Durante todo esse tempo, o protetor da décima casa zodiacal acreditou que sua divindade encontrava-se no santuário e que apoiava o mestre. No entanto, enquanto lutava contra o discípulo de Dohko, pôde sentir que uma gigantesca cosmo-energia protegia o jovem Dragão. Isso só significava que ela...

 

— Shiryu, quem é essa Athena em que você acredita?

 

— O bebê por quem Aiolos arriscou a sua vida para proteger. O bebê que ele conseguiu tirar do santuário e que o confiou aos cuidados de Mitsumasa Kido. Ou seja, Shura, ela é a jovem que recebeu uma flechada no peito na entrada das doze casas... Saori Kido é Athena!!!

 

Lembranças do passado voltaram a atormentar o guerreiro da alta hierarquia. Os olhos puros de Aiolos no dia que o enfrentou; o túmulo vazio, feito por ordem do comandante das forças da deusa da guerra, na nona casa zodiacal; e a armadura de ouro falsa de sagitário.

 

— O quê!? Então, o Grande Mestre realmente enganou todos nós durante esse tempo?

 

— Exato, nós lutamos até agora acreditando na Saori sendo Athena. E, através das batalhas das doze casas, a crença tornou-se maior.

 

“Dizem que Athena nasce em tempos em tempos para lutar contra as forças do mal. Saori é a pessoa que lutará contra o mal daqui para frente. É uma pessoa tão importante que, quando ela cumprir seu objetivo, a paz voltará ao mundo. Não existirão crianças nem adultos sofrendo.”

 

Neste instante, uma grande cosmo-energia, extremamente bondosa e confortante, estava rodeando o corpo dos dois guerreiros.

 

— Shiryu, você não deve morrer! — dizia uma voz feminina. — Você me prometeu que voltaria comigo independente do que acontecesse.

 

Ao ouvir essas palavras, o jovem Dragão ficou triste, pois não conseguiria cumprir a sua palavra.

 

— Ah, por favor, me perdoe, Saori! Fiz o melhor que pude. — respondia com certo sofrimento. — Estou certo que Seiya e os outros vão salvá-la mesmo que eu morra.

 

Por outro lado, Shura de Capricórnio, ao sentir o cosmo da deusa da guerra e da sabedoria, não tinha mais dúvidas. Para ele, a situação estava bem evidente.

 

— Este é o cosmo de Athena na qual Shiryu acredita. — afirmava tranquilamente. — É o mesmo cosmo que senti bem fraco naquela vez em que enfrentei Aiolos. Além do mais, é o mesmo poder gigantesco que passei a sentir momentos antes da batalha das 12 casas começar... Ninguém pode fazer isso a um cavaleiro de ouro, exceto nossa deusa.

 

“Shiryu, acabei cometendo um grande erro.” Respondia com certa tristeza. “Acreditei cegamente nas palavras do Grande Mestre de que Athena estava no santuário. Por causa disso, acabei apoiando-o, apesar de suspeitar de alguns atos dele... Também cheguei a pensar, nesse intervalo de tempo, que uma vitória obtida à força bruta poderia simbolizar a justiça.”

 

O protetor da décima casa zodiacal, neste instante, passou a se lembrar do dia em que enfrentara o seu companheiro há 14 anos.

 

— Agora, depois de sentir o cosmo de Athena e ver sua atitude, finalmente entendi as palavras de Aiolos. Os cavaleiros devem priorizar Athena, mesmo que isso signifique perder a própria vida...

 

“Eu cometi um erro imperdoável! Não mereço o título de cavaleiro, muito menos de ouro... Perdão Shiryu... Perdão Aiolos.”

 

— Shura!

 

Capricórnio fechou os olhos. Neste momento, ambos estavam perto de sair da Terra.

 

— Shiryu, você tem que viver! Homens como você precisam lutar e defender Athena! — ele fez uma pequena pausa. — Não quero deixá-lo morrer, mas parece que já é tarde demais. As chamas das nossas vidas logo desaparecerão e se transformarão em poeira cósmica para flutuarem em volta do universo. O que restar de nós poderá ser para proteger Athena... JUNTOS.

 

Arredores do templo de Deméter

Flanco Leste

 

Várias pétalas amarelas passaram a rodear o local onde estava o guerreiro da alta hierarquia do exército do santuário. Shura, entretanto, não reparou muito nisso. Ele apenas colocou, cuidadosamente, o corpo de Babel dentro do buraco e passou a cobri-lo com terra. Enquanto fazia isso, outra lembrança passou a tomar a atenção de sua mente.

 

Santuário

Salão do Grande Mestre

Minutos atrás

 

As portas do recinto foram abertas lentamente. Shura de Capricórnio, andava, rapidamente, em direção ao novo Grande Mestre, Aiolos, o amigo que sempre admirou, mesmo depois da luta que travara contra ele há 14 anos.

 

— O senhor mandou me chamar? — perguntava, enquanto ajoelhava-se.

 

— Sim. — respondia o cavaleiro de Sagitário. — Há alguns minutos, Camus nos informou a localização do templo de Deméter e está preparando uma tropa para invadi-lo. Gostaria que você o acompanhasse nesta tarefa. Sei que com a sua ajuda e poder poderemos derrotar mais rápido as ninfas e impedir a terceira guerra mundial.

 

“Posso contar com o seu auxílio para proteger a paz da Terra?” perguntava, esperançoso.

 

O protetor da décima casa zodiacal ergueu-se do chão. O olhar dele estava determinado.

 

— Grande Mestre, — dizia conforme abria um pequeno sorriso. —, não permitirei que nenhuma ninfa sobreviva. Prometo ao senhor e a Athena que a minha Excalibur cortará todas as inimigas em nome da paz do planeta.

 

Arredores do templo de Deméter

Flanco Leste

 

Shura já tinha terminado de cobrir o túmulo com terra quando finalmente percebeu a presença das pétalas amarelas. Ele, ignorando-as, ergueu o braço direito e, com a força de seu membro superior, gravou algumas palavras na lápide.

 

“Aqui jaz Babel de Centauro, um dos maiores cavaleiros que Athena já teve!”

 

— Uma vez que prometo alguma coisa, sigo com a minha palavra até o final. — afirmava com determinação. — Por isso, meu companheiro, prometo que pode ficar tranqüilo. Eu derrotarei as ninfas e impedirei os desejos de Deméter!

 

Neste momento, uma intensa correnteza de ar percorreu o local onde o guerreiro estava. As pétalas amarelas passaram a flutuar cada vez mais depressa. Havia algo de estranho, pensava Capricórnio quando passou a sentir um cosmo na redondeza.

 

— Então você nunca quebra uma promessa! — uma voz feminina e intimadora passou a ecoar no local. A mulher que falou isso estava escondida. — Interessante, realmente interessante.... Bom, agora que você já terminou de enterrar seu amigo, acredito que já podemos começar o confronto!

 

Todas as pétalas amarelas, neste instante, aproximaram-se e começaram a girar a cinco metros de distância do guerreiro do santuário. Aquilo era muito belo, pois parecia um furacão dourado.

 

— Há quanto tempo você está aqui? — perguntou Shura.

 

— Desde que a Vivian foi derrotada. — agora já era possível localizar a direção de onde vinha a voz da inimiga. O som estava sendo produzido no centro do furacão, que, neste momento, estava emanando uma aura verde.

 

Capricórnio acreditava que ela, de alguma maneira, apareceu naquele local e que aquela energia esverdeada era o cosmo de sua atual oponente.

 

— Então, se teve oportunidade, por que você não me atacou antes?

 

Não houve uma resposta imediata. A ninfa estralou os dedos e as pétalas pararam de flutuar. Em questão de segundos, todas elas passaram a cair suavemente, revelando, assim, o seu corpo.

 

A guerreira de Deméter era uma mulher que possuía longos cabelos loiros dourados. Seus olhos eram azuis e serenos. A Orgânica que vestia lembrava muito uma árvore. Os protetores dos membros inferiores, a cintura e metade do abdômen tinham a coloração marrom escura. As outras partes do traje eram amarelas.

 

— Cavaleiro, por uma questão de honra não pude fazer isso. — respondia calmamente enquanto colocava o elmo. — Todos os mortos têm direito a um túmulo digno para que, assim, possam voltar a ser um só com a natureza. Agora que já terminou o seu trabalho, eu, Airya de Ipê Amarelo, Dríade do batalhão do Outono, lutarei contra você.

 

A serva da deusa da agricultura cruzou os braços. As pétalas amarelas, que estavam caídas no chão, voltaram a flutuar. Dessa vez, elas estavam paradas na altura do coração dos combatentes.

 

— Capricórnio, essas minhas preciosas pétalas não são normais, pois possuem um grande poder de corte. — dizia pausadamente. — Em termos de poder, diria que se comparam com as rosas negras que os cavaleiros de Peixes usam.

 

— Rosas Negras? — perguntava surpreso com aquela informação. — Como você sabe sobre essa técnica secreta?

 

A ninfa sorriu.

 

— Pelo visto, o santuário ainda não sabe que a verdadeira amazona de ouro sobreviveu e, há 14 anos, está lutando do nosso lado. — pensava. — Graças à presença dessa mulher, descobrimos algumas coisas importantes sobre nossos inimigos.

 

“Sinto muito,” voltava a falar “mas nunca falarei o motivo para você!”

 

Airya passou a elevar seu cosmo ao nível máximo. Shura não quis mais pensar sobre a razão pela qual a inimiga conhece as Rosas Negras. Para ele, distrair a mente com outras questões significava dividir o foco do objetivo principal. E, assim, a pessoa sempre tenderia ao fracasso e à derrota.

 

— Você não irá me vencer. — afirmava o protetor da décima casa zodiacal. — Seu nível de luta é muito baixo.

 

A oponente não se preocupou com o insulto e apenas concentrou-se no ataque.

 

— Seu corpo ficará cheio de buracos, cavaleiro!

 

“Tesouro Afiado!!!!”

 

Movidas pela corrente de ar produzida pelo movimento dos dois braços da Dríade, as pétalas avançaram, rapidamente, na direção do inimigo.

 

Shura, no entanto, apenas ergueu o braço direito.

 

— Tola, saiba que meus braços e as minhas pernas são os membros mais afiados entre os guerreiros do santuário!

 

— E daí? — perguntava sem entender.

 

Infelizmente, para a ninfa, a resposta veio quase que imediatamente. Assim que Capricórnio abaixou o braço direito, uma forte correnteza de ar foi criada. Ela era tão intensa que fez as pétalas mudarem a direção de sua trajetória. Ou seja, agora estavam aproximando-se do corpo de Aiyra.

 

— Maldito! — exclamou enquanto saltava para não ser atingida.

 

A mais de cinco metros do solo, não conseguia ver mais o inimigo. De repente, a serva de Deméter passou a suar frio, pois passou a sentir uma grande cosmo-energia vindo de suas costas.

 

— Não me diga que...

 

Ipê Amarelo não conseguiu completar a frase. Shura acabara de imobilizar a ninfa, prendendo o abdômen dela com as suas duas pernas. Quando isso aconteceu, mais gotas de suor passaram a escorrer de sua face, pois já imaginava o que viria a seguir.

 

— Maldito!

 

— EXCALIBUR!!!

 

Usando a força de suas duas pernas, Capricórnio cortou o corpo da inimiga em dois pedaços, fazendo com que o protetor dos membros inferiores da armadura de ouro ficassem sujos de sangue.

 

Em questões de segundos, os dois pedaços do corpo da ninfa caíram no chão.

 

— Você nunca foi uma adversária capaz de me derrotar! — afirmava o protetor da décima casa zodiacal quando voltou a pisar no solo.

 

— Isso é óbvio... — a ninfa respondia com muita dificuldade. A dor estava muito intensa e aquilo era horrível, pois sabia que, em breve, morreria por conta da hemorragia e do ferimento letal. — Minha missão apenas era... ver as suas habilidades de luta.

 

Shura, nesse momento, passou a se aproximar de Aiyra.

 

— Não vejo nenhuma utilidade nisso, afinal, em breve você morrerá!

 

— Tolo! — afirmava enquanto cuspia sangue. — Nós, ninfas, somos muito unidas à natureza... Por isso, podemos nos comunicar com... plantas, árvores, animais, ou seja, qualquer ser vivo. — ela fez uma pequena pausa. A dor estava cada vez mais intensa. — As minhas amigas, com certeza, já devem saber sobre o seu poder... Agora, sua próxima adversária será uma guerreira que poderá... vingar a minha...

 

A Dríade não conseguiu completar a frase. Apesar da grande dor que agüentou, seu rosto, depois da morte, conservava um grande sorriso. Apesar da limitação, conseguira cumprir o objetivo que lhe fora dado. Agora, o exército de Deméter poderia escolher a guerreira mais capacitada para derrotar o cavaleiro de ouro.

 

Shura, por outro lado, estava indignado. Com raiva, ele deu um forte soco no chão, criando, assim, uma grande cratera.

 

— Maldição!!!! Então todas essas lutas não passaram de um entretenimento para elas?

 

Continua...

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  • 3 meses depois...

Parabéns li o Prologo e o 1° capítulo e está fantástico fazia muito tempo que não lia uma fanfic com tamanha qualidade e por favor continue lançando mais caps /o/ pq para mim sua Fanfic é um exemplo de qualidade etc... /o/

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