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GAIDEN: Jabu de Unicórnio – Jurassik Battle


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Olá pessoal sou novo no fórum e esta é minha primeira fanfic! Espero que me ajudem com suas opiniões, com críticas e sugestões! Grande Abraço a todos!

 

PRÓLOGO:

 

Era noite de lua cheia, uma brisa fria se fazia sentir pelas ruas do santuário grego.
Iluminado apenas pela luz do luar, Jabu de Unicórnio, cavaleiro de bronze sob ordens do grande mestre, fazia a ronda noturna.

Descendo agora por um beco estreito próximo ao centro da cidade situada aos pés do santuário de Atena.
Caminhava tranquilo, perdido em seus próprios pensamentos, confiante de que nada nem ninguém ousaria perturbar a paz dos cidadãos atenienses.

O santuário agora passava por um período de paz, após as últimas batalhas entre os deuses do olimpo e a deusa Atena.

Enquanto caminhava perdido em pensamentos, Jabu sentiu algo que o fez estremecer, uma onda violenta de cosmo energia aproximava-se do centro do vilarejo.

Recuperando-se da surpresa, Jabu correu por cerca de uma quadra e então o avistou caminhando pela rua principal.

O homem vestia uma espécie de túnica negra que lhe cobria quase que totalmente o corpo, seu rosto estava encoberto por um capuz e agora encontrava-se estático frente ao cavaleiro de bronze, acumulando sua cosmo energia em ambas as mãos.

- Quem é você para perturbar a paz do santuário? – Gritou Jabu.

Suas palavras ecoaram no vazio, e logo o silêncio se fez presente novamente.
Jabu começou a concentrar seu cosmo e uma explosão em forma de raio foi disparada da altura de seu elmo contra o invasor.

- HORN LIGHTNING – Exclamou o cavaleiro de bronze.

Uma pequena explosão ocorreu no local onde a figura encapuzada se encontrava.
Quando a poeira baixou, Jabu percebeu que o ser continuava estático apenas o observando.

Novamente o cavaleiro de bronze colocou-se em posição de combate, teria agora que partir para uma luta corpo a corpo.
Concentrando fixamente olhos em seu oponente o jovem cavaleiro, acumulou seu cosmo e correu em direção do inimigo.

- UNICORN GALLOP – E com um Grande salto disparou seu golpe principal, uma rajada de chutes violentos rasgaram o céu de cima para baixo, até que encontraram o invasor.

Em fração de segundos a poeira baixou e Jabu viu todo o poder de seu golpe ser barrado por apenas um dedo.
Pela primeira vez a voz do inimigo se fez audível na escuridão parcial. Jabu ficou horrorizado ao perceber que a voz era Familiar.

- Inseto! – Falou calmamente o oponente.

Com o dedo indicador ainda em riste suspendendo Jabu no ar, o ser encapuzado lançou o cavaleiro de bronze aos céus.
Enquanto subia Jabu sentiu a cosmo energia do ser misterioso explodir. A voz do visitante ecoou por todo o santuário: - ANOTHER DIMENSION!

Quando começava a cair Jabu foi lançado novamente para cima, sentia perder o controle sobre seu próprio corpo enquanto via o céu a sua frente se abrir e inúmeras galáxias, cometas e estrelas brilharem e girarem, sentiu-se tonto enquanto imagens de diversas épocas da história passavam em frente aos seus olhos, seu corpo era sugado por todos os lados, logo começou a perder a consciência, até que em determinado momento apagou.

Editado por Yato de Unicórnio
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História Um: O homem que galopa nas estrelas

 

Capítulo 1: A Profecia

Ano 10.000 A.C

 

Já era tarde naquele intenso dia de verão, logo o sol estaria se pondo e as estrelas mostrariam novamente seu brilho.

 

Zandor, profeta do povo do norte de Tamus encontrava-se em sua pequena tenda feita de pele de animais, caminhava aflito de um lado para o outro, suava frio e mantinha o desespero no olhar, os astros nunca haviam falhado em lhe mostrar o futuro e revelar os antigos mistérios.

Leu e releu novamente os pergaminhos antigos em busca de uma possível explicação para seu erro, até que encontrou novamente a profecia em um pequeno pedaço de pergaminho já corroído e manchado pelo tempo, sua mensagem ainda era clara:

“Quando a carruagem dos astros cruzar o firmamento
trará consigo aquele que galopa nas estrelas.
Ele será como a mão de um deus entre os homens e
guiará o povo de Tamuz ao encontro da paz...”

 

Como pode ser? – Pensou Zandor atônito – A carruagem dos astros (Cometa) cruzou na noite passada o firmamento, onde estará aquele que galopa nas estrelas?
Onde estará o salvador do povo de Tamuz?

Tamuz era uma região magnífica, rica em vida e alegria, repleta de vales, lagos, cachoeiras e animais diversos, situada em um vasto continente de um mundo que ainda haveria de ser muito explorado.

 

Conta-se que há muitas luas atrás o povo de Tamus vivia em harmonia e felicidade, quase como uma sociedade utópica, o Rei Nadur liderava o povo e o levava a prosperidade, dizia-se que seus antepassados foram os primeiros a usarem o ferro para forjar ferramentas e facilitar seu trabalho.

Nadur era um homem de bom coração, firme e valente, aparentava estar na casa dos 29-30 anos, possuía cerca de 1,85m de altura e pesava 76 kg, seus cabelos eram curtos e desgrenhados de uma cor ruiva, sua barba já estava quase completa.

Mas sua expressão denotava tristeza. Mesmo diante do fato de ter sido escolhido pelos deuses para guiar o povo do norte a vitória e ser agraciado por Radijha (Athena em sua mitologia) deusa do amor e da justiça com uma poderosa armadura, ele ainda carregava em seu coração toda a dor e amargura pela morte de sua esposa e filho no primeiro grande ataque dos Hunters do povo do Sul de Tamuz.

O povo do sul era liderado por Neil irmão mais novo do rei Nadur, dizem que Neil fora condenado ao exílio ao sul de Tamuz após a tentativa de assassinar o próprio pai e tomar o trono do reino do norte pela força.

Neil era um homem forte e egoísta, ensinado na arte do combate e leitura das estrelas desde muito cedo, desenvolveu seu fascínio pela guerra e pela batalha.
Alguns anciãos afirmam que este fascínio levou-o a ser agraciado por Dhojiha deus da destruição (Ares em sua mitologia) com o dom dos deuses.

Na última chuva de estrelas, muitas delas caíram sobre um antigo vale místico onde se encontravam enterrados os ossos de grandes animais semelhantes à lagartos.

Dhojiha veio a Neil através de sonhos e o guiou ao local místico onde ali ele encontrou o dom dos deuses: o grande tesouro dos ossos!

Dizem que os ossos ganharam vida e fundiram-se com alguns dos Hunters do sul de Tamuz, concedendo-lhes grande poder para batalha. Era algo que ambos os povos do Norte e do Sul jamais haviam visto, era a primeira vez que um ser humano vestia um traje de metal.

Pouco tempo depois o povo do sul de Tamuz declarou guerra ao povo do norte.
Agora após meses de guerra o povo do norte havia sido quase dizimado, pouco mais de 3000 pessoas ainda sobreviviam protegidas por um pequeno exército remanescente liderado pelo rei Nadur.

 

****

 

O sol forte aos poucos ia sumindo no horizonte, o Jovem cavaleiro Jabu de Unicórnio começou a despertar, havia caído diretamente no rio de Radijha, o rio que alimentava e provia a vida de ambos os povos de Tamuz, a correnteza o fez parar na margem.

 

Aos poucos seus olhos iam se abrindo, a forte dor de cabeça só acentuava sua débil situação, começou a levantar-se com dificuldade. Ao colocar-se de pé Jabu olhou o vale a seu redor, contemplava admirado a beleza da paisagem, mas antes que pudesse dar forma as inúmeras dúvidas que começavam a surgir em seus pensamentos, uma flecha passou zunindo por seu ouvido esquerdo.

Jabu virou-se rapidamente e viu um homem vestindo roupas toscas, de pele de crocodilo, tinha aparência de um guerreiro com o arco e flechas em mãos, o homem deu um grito de guerra e em segundos mais de vinte e cinco outros homens vestidos de forma semelhantes a ele apareceram,
Jabu colocou-se em posição de combate.

Ao longe, do outro lado da margem Sara observava atenta o cenário a sua frente, via um jovem vestindo um traje de metal, totalmente diferente do que já havia visto, ela mesma era uma mulher guerreira e possuía uma armadura, conhecia os inimigos muito bem e jamais havia visto vestimenta semelhante durante toda a guerra, do outro lado os soldados do povo do Sul de Tamuz prontos para abatê-lo.

O jovem cavaleiro concentrou todo seu cosmo, e partiu em disparada em meio a uma chuva de flechas e lanças, Sara observava a tudo assombrada, ela também havia sido informada sobre a profecia antiga, quando viu o cosmo do jovem cavaleiro tomar a forma de um Grande Cavalo Branco com um Chifre, Jabu disparou seu golpe:

- UNICORN GALLOP – Bradou o cavaleiro.

Acertando a todos os adversários e os derrotando com um único ataque, Jabu passou sem ter sido tocado uma única vez por eles.

 

Sara não tinha mais dúvidas, ela havia visto a carruagem dos astros cruzar o firmamento, finalmente havia encontrado aquele que galopa nas estrelas.

Editado por Yato de Unicórnio
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Capítulo 2: Hunters
Groh tentou levantar-se, mas novamente tombou batendo com a cabeça no solo, seu corpo já não respondia, ele não conseguia entender o que estava acontecendo, girou o corpo para o lado em posição quase fetal, agora começou a tossir, o sangue escorria de sua boca, seu traje de pele de crocodilo já não existia mais.

Alguns instantes atrás ele tinha aquele homem estranho em sua mira, mas derrepente o homem sumiu e um furacão passou sobre eles, Groh tentou erguer a cabeça e novamente seu corpo pendeu ao solo, teve apenas um rápido vislumbre da situação, seus companheiros encontravam-se agora todos mortos ao seu redor.

Jabu de unicórnio aproximou-se lentamente, sua sombra agora encobriu a luz dos olhos de Groh, o guerreiro encontrava-se em pânico.

- Quem é você? Porque me atacou? Que lugar é esse? – Indagava o jovem cavaleiro.

- Você ... não .. você .. é .. – Groh encontrava-se em um misto entre pavor e perplexidade, antes que pudesse esboçar mais alguma palavra, seu corpo contraiu-se e logo relaxou, os olhos cederam e sua vida expirou.

Jabu não percebeu que outro guerreiro havia ficado para trás e não participara do ataque, esse guerreiro havia conseguido escapar.

Sara começou a caminhar na direção onde o cavaleiro se encontrava, distante talvez cerca de 400 a 500m, Jabu sentiu o pequeno cosmo aproximando-se quando virou na direção de onde vinha o cosmo, teve uma agradável surpresa.

- Sa .. Saori? – indagou o cavaleiro, perplexo ao ver aproximar-se a bela jovem.

Ele não tinha duvidas, olhos, cabelo, altura, era realmente ela!

Jabu correu na direção de Sara, o sorriso em sua face reluzia mesmo diante do anoitecer.

- Estavamos esperando por você! – Disse a jovem – Rápido, não podemos ficar parados aqui. Preciso leva-lo até Zandor e o Rei Nadur, você é nossa última esperança!

Jabu não conseguia entender o que estava acontecendo, não sabia onde estava e nem mesmo como aquela jovem parecia saber tanto sobre ele.

- Você é exatamente igual a ela! – Disse Jabu

- Desculpe-me acho que está me confundindo – Respondeu Sara – Me chamo Sara, sou a última das mulheres guerreiras do povo do norte de Tamuz, detentora de um dos tesouros entregue por Radijha, sou Sara de Parassauro.

- Tamuz? Parassauro? – indagou o cavaleiro.

- Não temos tempo para maiores explicações no momento, preciso que você me acompanhe agora, antes que os Hunters retornem, você deixou um deles escapar, logo eles estarão aqui novamente – Disse Sara.

Ela parecia aflita, Jabu sentiu a sinceridade no cosmo da jovem e resolveu acompanha-la.
***
O guerreiro que havia conseguido escapar, chegou correndo ao acampamento dos Hunters, uma clareira em meio a mata fechada, cercado por altos carvalhos, tendas armadas em fileiras, fogueiras acesas, guerreiros afiando espadas, outros tentando empenar arcos, um cheiro forte de vinho inebriava o local.

Esbaforido e alarmado, o guerreiro seguiu direto a tenda do lider dos Hunters, não conseguia descrever o que havia acontecido, atrapalhava-se com as palavras e contradizia-se quando indagado, quando finalmente conseguiu se acalmar foi logo dizendo:

- Ele chegou! Aquele que galopa nas estrelas! O Grande cavalo com chifre!

Neste momento todos se entreolharam sem saber o que dizer, e antes que alguém pudesse pronunciar mais alguma pergunta, Rikhun líder dos Hunters entrou tenda a dentro, seus olhos flamejavam de raiva mesclados a um sorriso insano.

- Aquele que Galopa nas estrelas? O grande cavalo com chifre? - Esbravejou com o pobre homem.

- Sim - disse o homem agora trêmulo de medo - ele possui uma vestimenta de metal igual a sua mestre.

- Armadura! Isso é uma arma de guerra! Uma armadura! - vociferou o lider dos Hunters.

O homem não conseguia parar de tremer frente a seu líder, também pudera, Rikhun ja estava na casa dos 27 anos e era líder dos Hunters desde que atingira a maioridade entre os povos de Tamuz. A maioridade era marcada por um ritual de passagem que ocorria quando o garoto completava cerca de 13 anos de idade.

Rikhun desde que havia se tornado "homem" perante os povos de Tamuz inspirava o terror em seus companheiros, era violento e sádico, seu porte físico era uma vantagem a mais, possuia cerca de 2,10m e pesava cerca de 120kg, agora fora agraciado por Dhojiha com o dom dos deuses, o tesouro dos ossos! Ele Rikhun líder dos Hunters e detentor da armadura de Alossauro.

Quando o pobre coitado terminou de relatar como todo o grupo de reconhecimento havia sido dizimado pelo homem que galopa nas estrelas, a ira de Rikhun explodiu!

Agarrando o homem pelo pescoço com a mão direita e o suspedendo do chão, Rikhun deu-lhe um golpe fatal.

- Não existem covardes entre os Hunters! - Gritou o Líder, atirando o corpo sem vida de encontro a uma fogueira acesa.

Saindo para fora de sua tenda Vociferou para os soldados:

- Vamos homens! O Grande dia chegou! Temos uma presa que devemos abater! Preparem-se pois vamos caçá-lo agora!

Ouve uma comoção geral, os homens erguiam seus arcos e espadas e gritavam em meio a uma festa doentia:

- Por Rikhun! Por Neil! Vitória! Vitória!
Editado por Yato de Unicórnio
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Capítulo 3: Caçados

 

A lua refletia no céu toda sua formosura, brilhava resplandecendo uma luz dourada, iluminando o caminho do cavaleiro de bronze e da amazona de Tamuz.

Sara conduzia Jabu por uma trilha aberta no meio da mata, ainda faltava muito para chegarem ao local onde o povo do norte de Tamuz agora encontrava-se refugiado.

O barulho do rio de Tamuz era audível na direção de onde o sol havia se posto.

No decorrer da trilha o pío das corujas misturava-se aos grasnados de pequenos animais desconhecidos.

 

Jabu continuava apreensivo. A garota com o rosto da Saori não era de conversar muito, falava apenas o necessário, estava concentrada em não perder o caminho na noite.

- Porque não acendemos uma tocha? – Perguntou Jabu.

- Não! Eles nos encontrariam mais rápido – Respondeu Sara.

- Eles quem? – insistiu ele.

 

- Os Hunters! – Respondeu Sara de forma impaciente.

- Hunters? – Continuava Jabu, cada vez mais confuso com tudo o que estava acontecendo.

 

- Hunters – Disse ela - são os guerreiros mais fortes do povo do sul de Tamuz.

São os guerreiros que combatem por Neil, alguns deles foram agraciados por Dhojiha com o dom dos deuses! O tesouro dos ossos! Uma vestimenta de metal diferente da sua, uma vestimenta que lhes deu poderes sobre-humanos para destruírem o povo do norte de Tamuz e governarem toda a região.

 

No primeiro ataque Neil e seus 6 guerreiros mais fortes, aqueles que foram agraciados, exterminaram quase todo nosso povo. Poucos de nós sobreviveram, até mesmo o filho e a esposa de Nadur nosso rei, foram mortos neste ataque.

 

Enquanto Sara continuava com sua explicação Jabu sentiu um cosmo violento aproximando-se com certa velocidade.

 

- Tem alguém nos seguindo – Disse o cavaleiro – vamos ficar e lutar!

 

Sara agarrou sua mão e tentou persuadi-lo a continuar, porém foi em vão. O cavaleiro não fugiria da batalha.

 

 

****

 

Os hunters encontravam-se em número de cerca de 150 guerreiros, trajados com suas vestes de guerra, sendo liderados por Rikhun de Alossauro, o grande líder do bando.

Movendo-se rapidamente eles iam se aproximando cada vez mais dos fugitivos.

 

Rikhun aparentava ser mais assustador ainda quando vestido com sua armadura, um elmo grande e forte com o formato da cabeça de um Alossauro, ombreiras largas e levemente curvadas para cima, um peitoral completo que se estendia da altura do inicio do pescoço até o umbigo deixando uma pequena parte desprotegida na região do apêndice, um pequeno cinto protegia-lhe a região pélvica, braços e pernas que se estendiam das pontas dos membros até os joelhos e cotovelos,

era uma bela armadura cor de um verde acinzentando com relevos e retoques em um vermelho vivo, cor de sangue. Carregava em sua mão direita uma grande lança, formada principalmente pelo que seria a cauda da armadura.

Rikhun gritava com os homens para que acelerassem seus passos, afim de não ficarem para trás e deixassem as vitimas escaparem.

 

Sabia que Uzuy logo os alcançaria e se ele demorasse um pouco mais, seu homem de confiança acabaria rapidamente com sua divertida caçada.

 

Rikhun queria ter o prazer de ele próprio arrancar a cabeça daquele que galopa nas estrelas.

 

 

****

 

Jabu encontrava-se firme em posição de combate em uma pequena clareira aberta no meio da mata, Sara ao seu lado tentava sem sucesso persuadi-lo a seguir em frente!

- Eu sei que você é poderoso, vi como derrotou os guerreiros do sul com apenas um golpe, mas estes eram apenas guerreiros comuns – Insistia Sara – Os que se aproximam são Rikhun e Uzuy os dois foram agraciados por Dhojiha, você não poderá enfrenta-los sozinho!

 

Jabu parecia não lhe dar ouvidos, com seu jeito arrogante, não se deixaria abater por alguns guerreiros inferiores, guerreiros que em seu pensamento não chegariam nem mesmo aos pés dos pequenos aprendizes do santuário grego.

 

- Não adianta mais falar! Ele já chegou – Disse o cavaleiro.

 

Jabu o avistou no alto de um galho do grande carvalho, cerca de 100 metros ao leste, sorrindo ameaçadoramente.

Sara ficou séria e colocou-se em posição de combate.

Em menos de um segundo, ele pulou do galho lançando um ataque surpresa.

Jabu e Sara pularam para trás e o chão onde estavam explodiu, abrindo uma pequena cratera.

- Pobre garoto – Disse o inimigo, encarando Jabu - deveria ter fugido enquanto tinha chances!

Agora eu Uzuy dos Hunters do povo do sul de Tamuz irei arrancar sua cabeça e entrega-la pessoalmente a Neil.

Editado por Yato de Unicórnio
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Olá....

Estou gostando de sua Fanfic. O jeito que você elaborou a estória foi sensacional!!!

Só quero lhe dar uma dica construtiva: Elabore mais os títulos de cada episódio...

 

Parabéns; Estou na espera do próximo capítulo

 

Olá Eduardo, que bom que está gostando de minha Fic!

É a primeira vez que tento algo do tipo, nunca fui muito bom com redação e tal, mas espero conseguir

realizar um bom trabalho! :)

 

Com relação aos nomes dos episódios, me faltou criatividade mesmo, porque não tenho um roteiro fixo,

então prefiri colocar um título curto afim de não centralizar completamente o capítulo (vou mudando ou não, dependendo

do meu humor! kk) mas valew a dica, vou dar uma caprichada a mais nos títulos daqui pra frente!

 

Grande abraço!

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Capítulo 4: Batalha no meio da noite – Parte 1

 

As estrelas brilhavam intensamente naquele momento.

A luz do luar iluminando a clareira aberta no meio da mata, era o toque de grandeza que faltava para o palco da batalha iminente.

 

Jabu de Unicórnio observava com espanto a pequena cratera formada em sua frente,

seu agressor fora extremamente rápido. Por pouco ele e Sara não foram atingidos pelo golpe de Uzuy.

 

O inimigo também os observava, sentia-se seguro de seu poder.

 

Enquanto as nuvens sumiam no céu e as estrelas aumentavam seu brilho, Jabu pode perceber um pouco a forma do inimigo.

 

Uzuy tinha cerca de 1,80m e 70kg, era forte e ágil, era considerado o mais rápido dos Hunters.

Seus cabelos negros desgrenhados e espetados faziam contraste com seus olhos claros e sua pele branca e pálida. Possuía uma pequena cicatriz vertical no lado esquerdo da face pouco abaixo do olho esquerdo. Por ser ágil, forte e mortal, Uzuy fora agraciado por Dhojira com parte do tesouro dos ossos, agora ele era Uzuy o Velociraptor.

 

Sua armadura esverdeada com detalhes em dourado era composta por um elmo com a forma mais afinada semelhante à cabeça de um velociraptor, a armadura cobria-lhe grande parte do corpo, seus punhos possuíam garras afiadas, e as pernas eram fortes e leves, o peito e a região do abdômen eram totalmente protegidos, possuía um pequeno cinto que lhe cobria a região pélvica.

 

Com um sorriso maligno em seus lábios Uzuy moveu-se na direção do cavaleiro de bronze mais uma vez.

O choque entre ambos foi estrondoso, no primeiro golpe seus punhos se acertaram.

Com uma agilidade fora do normal, Uzuy continuou golpeando.

 

Mesmo sendo rápido, não era capaz de encontrar abertura entre a defesa do cavaleiro de bronze.

Ele continuava investindo e golpeando, Jabu apenas defendia-se e com as mãos dos socos desprendidos por Uzuy.

 

Em um esforço absurdo, Uzuy girou seu corpo desferindo um chute com a canela na altura do rosto de Jabu,

o cavaleiro conseguiu defender-se movimentando os braços em forma de “X”.

Com o impacto do golpe, Jabu foi empurrado para trás, seus calcanhares afundaram no solo e foram rasgando o chão.

 

Sara observava a batalha espantada, ela havia visto Uzuy em ação durante a guerra entre os povos de Tamuz

e mesmo assim não conseguia crer que o Hunter não houvesse acertado nem mesmo um único golpe em Jabu.

 

Vejo que você realmente é o guerreiro da profecia de Zandor e dos velhos – Disse Uzuy – Agora mais do que nunca devo enterrá-lo aqui.

 

- Enterrar-me aqui? Não me faça rir, você é rápido, mas mesmo assim não é rápido o bastante para me derrotar – Devolveu o cavaleiro.

 

Com um sorriso malicioso nos lábios Uzuy começou a queimar lentamente seu cosmo.

Dobrando sua velocidade, acertou com seu punho direito o cavaleiro de bronze no estômago, fazendo-o quase dobrar-se ao meio.

 

A boca de Jabu começou a expelir sangue, o cavaleiro sentiu-se tonto e logo recebeu o segundo golpe. Um chute violento foi desferido em seu rosto.

O cavaleiro foi lançado longe rodopiando até colidir de costas com uma enorme pedra.

 

Sara não perdeu tempo. Queimando seu cosmo deu dois socos em direção ao céu, dois raios de luz rasgaram a noite, fazendo com que os astros brilhassem mais fortes, neste momento uma pequena chuva de estrelas ocorreu e a armadura de Parassauro uniu-se ao corpo da Jovem.

 

No momento em que ia investir contra o Hunter, Sara sentiu o cosmo do cavaleiro de bronze se elevar.

Jabu levantou-se aos poucos, limpando o sangue da boca e elevando seu cosmo ao máximo explodiu:

- HORN LIGHTNING – Disse o cavaleiro.

Um raio de energia lançado da altura do elmo de Jabu foi cortando o ar até encontrar Uzuy, o Hunter desviou do golpe com certa facilidade.

Porém antes que pudesse se gabar, Uzuy foi atingido por uma explosão de milhares de chutes.

- UNICORN GALLOP – Bradou o cavaleiro de bronze.

Os milhares de golpes acertaram Uzuy em cheio, partindo seu elmo ao meio, e lançando-o longe.

 

Com dificuldades para respirar o Hunter teve que fazer um grande esforço para levantar-se, suas condições já não eram as melhores para a batalha.

 

Jabu também arfava, respirando com certa dificuldade. Os dois oponentes estavam novamente um de frente para o outro.

 

A próxima investida seria fatal.

Editado por Yato de Unicórnio
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Sua fic é interessantíssima. Como o Davi disse, o jeito que você elaborou a história ficou bem legal. Na minha Fanfic, eu preferi pôr em primeira pessoa, portanto a narrativa fica meio estranha, e eu penso em mudar. Porém, agora que eu comecei de um jeito tenho que terminar do mesmo jeito. Para não ficar tão Off-topic, estou no aguardo do próximo capítulo.

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Oi, Yato de Unicórnio. ^^

Li o prólogo e os dois primeiros da fic. Gostei muito deles. Fiquei curioso para ler os outros dois que já foram postados e a continuação.

Gostei do modo como você desenvolve e conta a história.

 

Só tenho uma observação. Tente colocar um travessão antes de começar a frase dos personagens. Pelo contexto, dá para saber que é uma fala. Mas fica melhor com o travessão. ;)

Enfim, gostei da fic. =D

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Sua fic é interessantíssima. Como o Davi disse, o jeito que você elaborou a história ficou bem legal. Na minha Fanfic, eu preferi pôr em primeira pessoa, portanto a narrativa fica meio estranha, e eu penso em mudar. Porém, agora que eu comecei de um jeito tenho que terminar do mesmo jeito. Para não ficar tão Off-topic, estou no aguardo do próximo capítulo.

 

Valew Gustavo! Fico feliz em saber que está curtindo minha Fic, eu li dois capítulos de sua Fic até agora e tenho curtido!

Assim que tiver um tempinho mais livre pra ler com calma prometo deixar meus comentários!

Grande abraço!

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Oi, Yato de Unicórnio. ^^

 

Li o prólogo e os dois primeiros da fic. Gostei muito deles. Fiquei curioso para ler os outros dois que já foram postados e a continuação.

 

Gostei do modo como você desenvolve e conta a história.

 

Só tenho uma observação. Tente colocar um travessão antes de começar a frase dos personagens. Pelo contexto, dá para saber que é uma fala. Mas fica melhor com o travessão. ;)

 

Enfim, gostei da fic. =D

 

Olá MDM :)

Obrigado por seu comentário! Fico feliz em saber que você tem curtido minha Fic!

Tenho tido pouco tempo pra net e pra ler com calma, estive dando uma olhadinha por cima de suas fics e me interessei,

assim que conseguir mais tempo para ler de forma tranquila e conseguir apreciar a estória, prometo deixar meus comentários!

Mas assim, como disse a outro brother, é a primeira vez que tento escrever alguma coisa que não seja uma redação de facul! kkk

então fico feliz em ter um bom retorno. Valew por sua dica, vou procurar destacar mais os diálogos afim de deixá-los mais

fáceis de serem entendidos.

 

Grande abraço!

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Sai quando o proximo episodio? Estou acompanhando e gostando, esta entrando todos os dias para ler, ate pk eu gosto e bastante de ler fanfic e escrever, principalmente quando se trata de cdz.

Sem duvida e muito boa a historia, muito bem escrita, otima ideia, continue assim!

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Capítulo 5: Batalha no meio da Noite – Parte 2

 

O Golpe em forma de raio lançado anteriormente pelo cavaleiro de Unicórnio havia acertado em cheio uma grande arvore que agora ardia em chamas, o fogo alastrou-se por outras arvores e arbustos principiando um pequeno incêndio na mata.

O palco armado da batalha agora encontrava-se totalmente iluminado.

 

Ambos os adversários estavam chegando ao limite de suas condições físicas, eram adversários que se equivaliam em força e agilidade.
Concentrados queimavam lentamente seus cosmos tentando aumentar seu poder.

Sara correu em direção ao rio de Radijha , que se encontrava a pouco mais de 500m de distância na expectativa de que com seu cosmo pudesse lançar água para contornar o incêndio que se formava.

Uzuy investiu novamente contra o cavaleiro de bronze. Uma troca de socos rasgava o ar, chutes passavam no vazio, e as vezes os membros de ambos se chocavam.

Jabu acertou um soco no lado esquerdo da face de Uzuy que revidou acertando-lhe um soco de volta. Uzuy acertava um chute e recebia outro, Jabu acertava um soco e recebia outro de volta. A luta estava parelha, ambos os oponentes se equivaliam, não havia domínio de um sobre outro.

Até que Uzuy conseguiu acertar um soco violento em Jabu lançando-o para trás cambaleante, Uzuy investiu novamente acertando outro soco no cavaleiro de bronze que foi ao solo. Uzuy firmou o pé esquerdo sob o peito do cavaleiro de bronze.

Levantando a mão direita disparou seu punho contra o pescoço do cavaleiro. Deveria ser o golpe fatal.

 

***

 

Sara chegou a margem do rio, sua armadura de cor azul safira com detalhes amarelos reluzia sob a superfície da água iluminada pela luz da lua.
Entrando na água até esta chegar a sua cintura, Sara elevou seu cosmo ao limite e começou a chutar a água em direção ao incêndio que agora ganhava força.

Tentava com todas as suas forças mas a quantidade de água era insignificante perto do calor das chamas.

- Preciso apagar o incêndio antes que se alastre e destrua tudo em seu caminho – Pensava a Jovem guerreira.

 

Elevando seu cosmo ao limite, num último esforço Sara chutou.
A água do rio agitou-se e uma onda se formou inundando parte da floresta e apagando o incêndio.

 

Antes que pudesse se sentir aliviada Sara percebeu o inevitável, sentindo todas as cosmo energia ao redor, ela teve certeza. Eles já estavam cercados de todos os lados.

 

***

 

As garras do Velociraptor desceram violentamente de encontro ao pescoço do cavaleiro de bronze, parando a pouco menos de 1cm.

Uzuy percebeu que uma corrente com uma bola grande com espinhos em sua ponta havia se enroscado em seu braço na altura do bíceps e do cotovelo.

A corrente se estendia até um ponto alto distante cerca de uns 50m. Alguém se escondia nas sombras. A corrente foi forçada e Uzuy começou a ser puxado, fazendo força para não sair de cima do cavaleiro e não ser puxado para trás Uzuy gritou:

- Quem é o maldito que se atreve a interromper meus assuntos?

 

O homem misterioso deu um salto caindo quase que em sua frente. Sua aparência era grande e sua força era descomunal.

 

- Sou Jack o Anquilossauro – Disse o oponente – Estou aqui para providenciar uma passagem segura do escolhido até a tribo do norte de Tamuz.

 

Com um assobio alto, Jack fez com que inúmeros guerreiros da Tribo do norte surgissem logo atrás de si. Sem esperar por esse ataque surpresa e por reação alguma, Uzuy descuidou-se por alguns segundos cruciais. O cosmo explodiu e a perna direita de Jabu subiu encontrando o queixo do Velociraptor que acabou lançado para cima.

 

- UNICORN GALLOP! – Berrou o cavaleiro de Bronze erguendo-se novamente.

 

Uzuy foi lançado acima porém enquanto subia o Anquilossauro puxou novamente sua corrente fazendo-o voltar, quando o corpo de Uzuy voltou ao seu encontro Jack acertou-lhe um soco em cheio na face, fazendo o sangue escorrer desde a testa até o queixo do Hunter.

Uzuy novamente foi lançado longe, quando iria ser puxado por Jack novamente, uma enorme lança partiu a corrente ao meio cravando-se no solo.

Rikhun o líder dos Hunters e seus homens finalmente haviam chegado ao campo de batalha.

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Capítulo 6: Retratos da guerra

 

A batalha era feroz, soldados de ambos os povos do Norte e do Sul de Tamuz cruzavam espadas, uma média de 150 guerreiros de cada lado.

 

Lanças eram jogadas e flechas disparadas, o sangue dos filhos de Tamuz regava o solo.
Espadas rasgando a noite, braços que voavam, corações transpassados pela lâmina fria, gritos sádicos e gritos de terror, misturavam-se em meio ao inferno do campo de batalha.

Não havia ali espaço para dúvidas ou hesitações, era matar o inimigo ou ser abatido por ele.

Corpos iam ficando pelo caminho. Homens outrora pacíficos agora lutavam por seus ideais.
Lutavam pela esperança de um futuro melhor.

Ambos os lados haviam proferido discursos, ambos os lados haviam feito promessas e ambos os lados haviam dominado o coração de seus guerreiros.

Sonhos, mágoas, alegrias, tudo ia se perdendo na negra noite, apenas poucos restaram de pé.

 

Rikhun e Jack mediam forças no centro da batalha. Eram dois grandes homens vestindo suas armaduras de guerra.

A lança do Alossauro contra a corrente do Anquilossouro uma luta que seria lembrada nas rodas de fogueira.

 

Enquanto combatiam, socos chutes e raios dourados se anulavam.

Os guerreiros que combatiam ao seu redor foram tendo suas vidas tomadas pelo impacto dos golpes de ambos os guerreiros.

O Anquilossauro era um inimigo a altura, Rikhun sorria insanamente enquanto lutava, nunca havia encontrado alguém que lhe proporcionasse tamanha emoção em combate.

 

****

 

Sara segurava Jabu que se encontrava enfraquecido por causa de sua luta contra Uzuy o velociraptor.

Uzuy encontrava-se jogado em um canto. A lança de Rikhun havia partido uma das correntes de Jack fazendo com o corpo esgostado e fatigado de Uzuy seguisse seu curso em direção ao ar. Ele havia parado depois de chocar-se com uma arvore e estava agora quase sem forças, jogado ao chão.

 

- Precisamos ajuda-lo – disse Jabu apontando com a cabeça para Jack.

- Ele ficará bem – Respondeu Sara – Jack é um dos mais fortes de nossos guerreiros.

 

Jabu estava sendo amparado por Sara, a garota segurava seu braço direito por cima do pescoço.

Por alguns instantes o cavaleiro parou no tempo, apreciando a bela fragrância dos cabelos de Sara.

Ela por sua vez sentia-se segura em meio a toda a guerra sentindo o cosmo quente do cavaleiro que se encontrava ao seu lado.

 

****

 

Um dos poucos guerreiros sobreviventes encontrou o corpo de Uzuy jogado ao solo.

- Vou tomar sua vida maldito – Disse o guerreiro levantando sua espada.

 

Porém antes que a espada encontrasse seu destino o guerreiro teve seu coração transpassado pelo punho de Uzuy.

 

O Velociraptor agora estava enlouquecido, levantando-se com dificuldade começou a queimar o pouco de cosmo que ainda lhe restava.

Olhou ao redor procurando entre os poucos focos de luta que teimavam em não se deixar vencer. Procurava pelo cavaleiro de bronze.

 

Jabu sentiu mais uma vez o movimento do raptor e novamente queimou o pouco de cosmo que ainda lhe restava.

 

Sara tentou detê-lo, mas foi inútil. Antes que pudesse dizer algo ambos os guerreiros se encontravam combatendo novamente.

 

Uzuy enlouquecido estava disposto a matar Jabu de qualquer forma. Sua ira era tanta que ele começou a deixar espaços em sua defesa,

 

O cavaleiro encontrou uma abertura e despejou toda sua força em um último golpe.

 

****

 

O tempo parou.

O silêncio se fez presente no palco da batalha, Jack e Rikhun pararam de lutar, ambos estavam espantados com a cena.

Sara não entendeu o que havia acontecido, ela se encontrava as costas de Jabu e sua visão era limitada.

 

Dando alguns passos para o lado, percebeu que O Unicórnio havia sido golpeado em sua face, o punho de Uzuy ainda estava colado ao seu rosto.

Ambos os guerreiros estavam imóveis.

Sara ficou chocada ao perceber que o punho direito de Jabu havia destroçado a armadura do Hunter e seu braço havia se enterrado em seu peito.

 

O Hunter jazia morto em pé. O cavaleiro mantinha ainda um olhar frio em sua expressão.

Editado por Yato de Unicórnio
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Capítulo 7: Lágrimas ao amanhecer

 

O silêncio foi quebrado quando o corpo sem vida de Uzuy veio ao chão. Estático, imóvel, ali permaneceu.

Sara correu ao encontro de Jabu e o segurou antes que este caísse desmaiado de exaustão. Lágrimas rolavam do rosto da Jovem.

 

- Pobre senhor, porque ainda tão novo teve que enfrentar tamanha batalha?

Porque terá de carregar tamanha dor em seu coração por haver tirado a vida de um homem valente?

Quem irá consolar-te dos horrores e da dor da guerra? – Perguntava-se Sara entre lágrimas.

 

Em lágrimas Sara teve outro pensamento repentino.

 

- Porque sinto a dor do coração deste homem? Eu mal o conheço...

Porque sinto que de alguma forma estamos ligados?

 

Apesar de ser uma mulher guerreira, Sara conservava a doçura e ingenuidade de uma criança, seu coração era puro e gentil.

Mesmo sendo considerada uma guerreira experiente esta era sua primeira participação em uma batalha.

Durante o primeiro ataque ela nada pode fazer se não se esconder entre algumas rochas e chorar enquanto o massacre ocorria ao seu redor.

 

****

O sol já dava pistas de que estava nascendo, aos poucos a escuridão da noite foi dando lugar ao cinza e logo a chuva começou a cair,

a princípio fraca, aos poucos foi se fortalecendo.

 

Guerreiros ajuntavam seus feridos, o sangue misturado à água da chuva se infiltrava no solo sagrado de Tamuz.

Jack e Rikhun haviam ordenado que seus homens recuassem, mas não antes de trocarem ameaças e promessas de vingança.

 

- Malditos sejam! bastardos! Iniciaram uma guerra que destruirá ambos os povos de Tamuz! – Gritava Jack enfurecido.

 

- Hahahaha! Tolo! Você não enxerga a beleza da batalha? Não o fascina o vermelho vivo do sangue jorrando?

Eu Rikhun o Alossauro não desistirei enquanto não fizer eu mesmo seu sangue verter sobre esta terra!

 

- Maldito! Acabaremos com você e Neil e traremos a paz novamente ao povo do Norte de Tamuz! – respondia Jack.

 

Sem mesmo se importar com seus homens Rikhun virou-se para voltar ao seu acampamento.

Nem mesmo se dera o trabalho de buscar o corpo de Uzuy afim de dar-lhe um enterro digno.

Caminhou alguns passos, quando percebeu que uma figura familiar movia-se em sua direção.

 

Nem se deu o trabalho de lhe dirigir uma palavra, apenas apontou com a cabeça em direção ao local onde se encontrava o corpo sem vida de Uzuy,

seguindo tranquilamente seu caminho, Rikhun ouviu um grito desesperado.
Ele conhecia muito bem aquela voz feminina, só não entendeu o que ela fazia ali naquele momento.

 

****

 

Khara era irmã mais nova de Rikhun. Era ela uma jovem esbelta e sorridente, seus cabelos ruivos brilhavam como fogo quando banhados pelos raios do sol.

Era a perfeição esculpida em forma de mulher. Seu rosto ingênuo e atraente escondia uma determinação terrível e um gosto apurado para a batalha.

Tamanha determinação e Habilidade lhe renderam as graças de Dhojiha, e agora ela também possuía parte do tesouro dos ossos.

Era agora conhecida como Khara a Barionix.

 

Khara desde cedo já havia sido prometida por sua família a Uzuy.

Era ele seu verdadeiro amor, o primeiro e único homem de sua vida. O homem a quem ela se entregara.

O homem que a transformara em mulher.

 

Os gritos de Khara ao encontrar o corpo sem vida de Uzuy, eram ensurdecedores.

Agarrada ao corpo de seu amado, ela o apertava junto ao peito e chorava as mais dolorosas e profundas lágrimas que brotam da alma humana.

 

Não conseguia entender porque aquilo tinha acontecido quando estava tudo tão próximo da felicidade.

Ela e Uzuy já haviam feito planos de casamento e filhos quando a guerra terminasse. Ele lhe jurara amor eterno.

 

Ela agora viera ao acampamento trazendo ordens expressas de Neil para que Rikhun e Uzuy se reapresentassem no local

onde se encontrava o povo do Sul de Tamuz. Seu mundo viera abaixo.

Perdendo a noção de compostura, apenas gritava e chorava.

 

- Porque o mataram? Quem foi o bastardo que lhe ceifou a vida?

Devolvam-me o homem que amo! Malditos sejam! – Gritava histérica Khara, em meio a lágrimas e dor.

 

Rikhun passou o braço ao redor da cintura da irmã e a trouxe para junto de si.

Se ele possuía nem que fosse um único sentimento, este era por Khara.

 

Dando ordens aos poucos sobreviventes para que cobrissem o corpo de Uzuy e o carregassem para o acampamento.

Rikhun carregou Khara apoiada em seu braço e juntos voltaram para seu acampamento.

 

****

 

Lágrimas foram o que sobrou naquela manhã chuvosa. Jack carregava o exausto caveleiro em suas costas.

Sara caminhava ao seu lado. Alguns poucos guerreiros os acompanhavam.Todos caminhavam em silêncio.

 

Não tinham motivos para sorrir porque mesmo sendo inimigos, haviam derramado o sangue de seus próprios irmãos do povo de Tamuz.

 

Em seus corações carregavam apenas a esperança de que Aquele que Galopa nas Estrelas pudesse acabar com a guerra e fizesse nascer um novo tempo de paz.

O povo do norte encontrava-se próximo agora.

A Lenda do Unicórnio estava apenas começando.

 

Fim da Primeira História

Editado por Yato de Unicórnio
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Yato de Unicórnio, li todos os capítulos que faltavam.

Adorei todos eles, principalmente os que mostraram o conflito entre Jabu e Uzuy. Gostei bastante da ambientação da fic.

 

No aguardo dos próximos capítulos.

 

Parabéns =D

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  • 1 mês depois...

Ola pessoal!

 

Primeiramente gostaria de agradecer o apoio, carinho e compreensão dos amigos em minha primeira aventura como Escritor de FANFIC! :)

 

Estive afastado durante algumas semanas, além das férias em família, minha esposa está grávida de 5 meses e requer cuidados e atenção constante.

Meu trabalho também exige muito de mim fora do meu horário, além é claro dos estudos da faculdade e a preparação para concursos em andamento! Affs!

 

Mas estou voltando a ativa nessas próximas semanas, dando continuidade a este pequeno trabalho.

Um abraço a todos!

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História dois: O homem que controla o Cosmo

 

Capítulo 1: O Povo do Norte de Tamuz

 

O dia estava cinzento, uma forte neblina impedia a visão total das planícies ao redor, o vento frio cortava o ar, fazendo com que os homens tivessem os pelos do corpo eriçados.

Jack o guerreiro Anquilossauro regressava agora do campo de batalha, pensativo e um tanto cansado.

 

Poucos guerreiros continuavam vivos após a batalha que fora travada nas últimas horas da noite.

Jabu cavaleiro de bronze de Unicórnio caminhava ao lado de Sara a bela guerreira Parassauro,

alguns poucos guerreiros os rodeavam, marchando em silêncio de volta a sua terra. Era uma pequena comitiva, não mais que 15 pessoas.

 

- Já estamos quase chegando a nossa tribo! – Disse Sara de forma inesperada – Zandor e Nadur terão suas esperanças revividas quando ouvirem de seus feitos!

 

- Realmente não existem palavras para descrever os diferentes tipos de aflição que continuam a recair sobre nosso povo!

Você é nossa última esperança para encontrar a paz – Completou Jack.

 

- Mas como e por quê? Que sou eu para salvar todo este povo? – Perguntava-se Jabu atônito com a situação toda.

 

A cabeça do cavaleiro ainda era um completo emaranhado de questões, tudo estava acontecendo de forma tão rápida.

Na noite passada, ele fazia tranquilamente a ronda do Santuário, realizava seu trabalho de forma até mesmo desleixada

devido a paz que se instalara no santuário após as inúmeras batalhas.

 

Em questões de segundos tudo havia mudado, Jabu lembrou-se do cosmo invasor, lembrou-se de correr ao seu encontro,

lembrou-se de tentar pará-lo e como tudo se desenrolou. Ele fora atingido e enviado para “Outra dimensão” viajou entre o espaço-tempo,

caindo diretamente no meio de uma guerra que ele não conhecia, causada por povos os quais ele nunca ouvira falar.

 

Todas essas informações eram difíceis de serem digeridas, restava apenas a dura realidade e uma pergunta indigesta:

 

- como voltar para casa? - Pensava atônito.

 

De repente um assovio alto fez o cavaleiro voltar a realidade, um dos guerreiros assoviou em tom de resposta e uma águia gritou alto,

voando ao encontro da pequena comitiva, em segundos, ela pousou sobre o braço estendido de Sara,

trazia em sua perna uma pequena mensagem de Zandor o profeta.

 

- As noticias chegaram a nossa frente – Disse Sara sorrindo – Zandor e Nadur nos esperam,

os feitos daquele que Galopa nas Estrelas e a forma como derrotou o terrível Velociraptor Uzuy correm pelo povo como fogo que corre pela pastagem seca!

 

Jabu não se deu conta, mas alguns passos adiante e a neblina se dissipou, mostrando o grande e belo vale a sua frente,

uma pequena cachoeira desembocava em um riacho que alimentava toda uma congregação de pessoas.

 

Barracas e tendas se encontravam espalhadas ao longo da planície, os barulhos de crianças correndo e o cheiro de comida inebriavam o local, o clima era festivo.

 

Mulheres com vestes estranhas e cabelos trançados carregavam bebês em suas costas, homens vestindo peles de animais e com rostos pintados empunhavam espadas e lanças,

outros empenavam seus arcos, cavalos corriam livres pelos campos ao redor.

 

Ao descerem a colina e entrarem no vale, uma comitiva veio recebê-los, as crianças queriam tocar na armadura do cavaleiro, mulheres riam e gritavam,

outros recebiam com lamento e tristeza os relatos sobre a batalha. Era um misto de alegria e tristeza, choro e riso se misturavam no local.

 

Jabu olhou a sua frente e viu um homem de cabelos e barba tingidos em parte pela brancura do tempo, devia estar na casa dos 50 e poucos anos,

era forte e de compleição firme, olhar determinado, uma testa larga denotava grande intelecto, fazendo-o ter ao seu redor uma aura de imponência e respeito.

Antes que Jabu pudesse esboçar alguma forma de comprimento o homem fitou-lhe os olhos de forma profunda e disse:

 

- Radijha ouviu nossas preces, eu, Zandor, Profeta do povo do norte de Tamuz lhe concedo as boas vindas!

Nós o aguardávamos Senhor! Seja bem-vindo a vossa humilde casa.

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Capítulo 2: O Retorno dos mortos

 

O choro do bebê havia se tornado insuportável, Dália constatou que ele devia estar com fome, levantou-se indo em direção ao pequeno berço de madeira,

já passavam das 3 da madrugada. Ainda sonolenta pegou seu bebê nos braços e trouxe para perto de si, dando-lhe de beber de seu leite materno.

Sentando novamente em sua cama, embalava o corpo afim de que seu bebê novamente adormecesse.

 

Aos poucos seus olhos foram se acostumando a pequena luz do luar que entrava pelas frestas da janela de sua humilde choupana de madeira.

Quando estava quase voltando ao mundo dos sonhos, ouviu alguém gritando,

não entendeu a princípio do que se tratava até ver o forte clarão invadindo parte de sua cabana.

 

- Estão atacando o Santuário! – Pensou ela assustada – Atena nos ajude! Eles estão lutando aqui perto!

 

Mal terminou de raciocinar e viu um clarão seguido de uma grande explosão.

Dália correu trêmula e desatinada procurando encontrar um local seguro para esconder seu bebê.

Olhando assustada entre as frestas de sua janela, percebeu que o vigilante da noite tentava sem esforços derrotar um estranho encapuzado.

 

Em seu coração ela entendeu, que o unicórnio por mais corajoso que fosse não poderia derrotar aquele ser estranho.

 

Durante muito tempo ela havia servido na corte do santuário, sabia sobre os cavaleiros,

conhecia as histórias e até mesmo conhecia o grande mestre.

 

Sentindo ela o enorme cosmo que se acumulava na praça central em frente a sua pequena morada, não teve dúvidas.

 

Era ele.

 

Acompanhando o rápido embate, ela viu o vigilante atacar o homem parado,

viu o ser estranho lançar o vigilante aos céus e depois ela viu por reflexo parte do seu rosto.

 

Um grito de terror saiu de seu íntimo enquanto o vigilante era enviado rumo à outra dimensão.

 

****

 

Hichi de Hidra perdeu o rastro do cosmo de Jabu de Unicórnio,

o cosmo familiar que havia sentido também se evaporou no ar ao mesmo tempo em que o cosmo do cavaleiro de bronze.

A única coisa que ainda lhe servia como guia eram gritos histéricos de uma mulher.

 

Ao chegar a praça central, Hichi encontrou-se com Ban o cavaleiro de bronze de Lionete,

ambos faziam a ronda noturna juntamente com Jabu quando se separaram ao perceber traços de cosmos invadindo o santuário.

 

- Onde está o Jabu – Disse Hichi de forma apressada.

 

- Não sei, ele simplesmente sumiu – respondeu Ban surpreso – quando cheguei aqui vi apenas uma pobre mulher histérica que não conseguia falar coisa com coisa ..

 

- Ela viu alguma coisa do que aconteceu com Jabu? – Insistiu Hichi

 

- Ela está em choque, parece que viu o mundo dos mortos – Devolveu Ban

 

Enquanto conversavam no meio da noite, Hichi e Ban foram surpreendidos por um poderoso cosmo.

Virando-se encontraram o mesmo ser que havia lutado com Jabu.

 

Hichi não teve dúvidas ou temores, por instinto lançou-se contra o ser misterioso, que moveu-se tranquilamente para trás.

 

As garras da hidra acertaram o manto rasgando-o quase totalmente.

Horrorizados Hichi e Ban viram a sua frente Saga, o antigo cavaleiro de ouro de Gêmeos.

 

- O mundo dos mortos não existe mais! Hades foi destruído e não há ninguém que possa nos impedir de retornar a vida quantas vezes desejarmos! – Disse Saga calmamente.

 

- Não .. não poder ser .. – disse Ban apavorado – Você não pode voltar para cá!

 

- Deixe-nos em paz maldito – disse Hichi – saia do santuário ou iremos destruí-lo!

 

- Hehehehahaha!!! Me destruir? – Saga ria abertamente – sumam de minha frente, cavaleiros inúteis!

 

Queimando e elevando seu cosmo Saga fez com que Ban e Hichi fossem jogados para trás como se fossem folhas caindo de uma árvore.

 

Seus braços arquearam para cima e para trás, sua mãos carregadas com seu cosmo, estavam prontas para explodir.

 

- ANOTHER DIMENSION! - Bradou Saga

 

Hichi e Ban foram lançados para o céu, o espaço se abriu e eles foram puxados para dentro,

seus corpos eram chacoalhados e sugados para todos os lados possíveis, galáxias, estrelas e planetas brilhavam e rodopiavam, seus corpos aos poucos foram se afastando um do outro, indo por direções diferentes,

 

Hichi desmaiou de terror, Ban sentiu náuseas e também apagou.

 

Olhando para os cavaleiros de bronze que sumiam em meio as infindáveis eras e dimensões, o antigo cavaleiro

de ouro de gêmeos apenas esboçou um leve sorriso.

 

- Ainda faltam dois – pensou Saga – ainda faltam mais dois para que sua vontade seja cumprida minha senhora.

 

---------------------------------------//---------------------------------------------------//-----------------------------------------------

 

O Capítulo acima também é o prologo dos Gaidens de Ichi de Hidra e Ban de Lionete

Ichi de Hidra - Reptilians: http://www.cdz.com.b...idra-reptlians/

Editado por Yato de Unicórnio
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Li todo o gaiden sobre a aventura de Jabu para o passado e gostei muito apesar de achar cada capítulo pequeno.

 

Tens talento para isto, com a orientação certa e adequada vais longe.

 

Para isso terás de ver as outras fics para aproximares do talento dos outros.

 

Gostava de saber a origem por detrás dos nomes dos deuses que mencionaste e porque armaduras na inspiração dos dinos.

 

Agora peço que dês uma olhada pela minha fic Saint Seiya Era Mitológica - Bloody War

 

Fica bem

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  • 8 meses depois...

Li todo o gaiden sobre a aventura de Jabu para o passado e gostei muito apesar de achar cada capítulo pequeno.

 

Tens talento para isto, com a orientação certa e adequada vais longe.

 

Para isso terás de ver as outras fics para aproximares do talento dos outros.

 

Gostava de saber a origem por detrás dos nomes dos deuses que mencionaste e porque armaduras na inspiração dos dinos.

 

Agora peço que dês uma olhada pela minha fic Saint Seiya Era Mitológica - Bloody War

 

Fica bem

 

Olá Brother obrigado pela sugestão e pelo incentivo, estou retornando agora ao convívio do fórum

então vou tentar dar uma esticada em cada capítulo ;)

 

As origens dos nomes dos deuses que usei (Radhija e Dhojiha) foi mera pesquisa ...

 

Radhija vem do idioma Eslavo (Radija) e significa: Esperta - Por isso aludi a Athena deusa da Sabedoria

 

Dhojiha vem da palavra árabe Jihad que significa: Esforço ou Ação.

Para o ocidente Jihad é considerado uma guerra santa, por isso Dojihad - Usei disso para fazer alusão

a Ares deus da guerra ;)

 

Me inspirei nos dinos porque como queria ambientar minha fic num passado remoto (achei legal o filme 10.000 a.c)

Então precisa de personagens inovadores num ambiente selvagem e como sou fã de dinossauros resolvi unir o útil ao agradável!

 

Estou preparando agora novos capítulos pra lançar essa semana,

peço que continuem me acompanhando e mais uma vez perdão pelo tempo de ausência do fórum rsrsrs

Editado por Yato de Unicórnio
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Capítulo 3: A caminho do vale da Luz

O Sol despontava ainda tímido em meio aos flocos de neve que teimavam em cair sobre Tamuz embranquecendo e acinzentando ainda mais a paisagem.

Já havia se passado quase um mês que Jabu de Unicórnio havia sido enviado ao passado e se encontrado com Sara e Zandor. Agora tentava acostumar-se ao local.

O cheiro forte de carne seca defumada fez seu estômago revirar pela manhã,

Jabu pegou algumas frutas e um pouco da carne seca, junto a uma pequena vasília com água e realizou seu desjejum.

Sua cabeça girava em pensamentos rápidos e estimulantes, fazia um mês que estava entre eles, o povo do norte de Tamuz e ainda assim não conseguia compreender o objetivo de ter caído entre eles.

- Como posso voltar para o santuário!? – Pensava aflito – Esta guerra não é minha! Essas pessoas que não conheço e essas lutas mortais para mim não fazem sentido algum...

- Bom dia guerreiro! Conseguiu descansar nesta noite? – Perguntou Sara com um leve sorriso no rosto.

- Sim, apesar de não estar acostumado ao clima e a comida, estou conseguindo sobreviver – Disse ele com um sorriso melancólico enquanto coçava a cabeça com uma das mãos!

Sara o fitou com uma expressão agradável sorrindo para ele e concordando com a cabeça!

Quanto mais conversavam mais Jabu sentia a atração aumentar por aquela bela jovem, não era apenas o fato de ela ser idêntica a Saori Kido, mas ela possuía um coração puro e gentil, era carinhosa e compreensiva, estava sempre por perto para ajudá-lo a se ambientar, e também conseguia ser rude e firme quando precisava tomar alguma decisão.

Sara também, não conseguia negar a seu próprio coração o fascínio que sentia pelo guerreiro da profecia, ele era diferente de todos os homens que ela conhecera, era valente, confiante (um pouco arrogante na maioria das vezes) e seu cosmo denotava uma pureza e um calor aprazível.

Perdidos em seus devaneios seus olhos se encontraram por um momento, ambos sentiram o calor subir e o rosto ferver, a vermelhidão subiu por suas faces, o que acabou fazendo com que se virassem rapidamente para direções opostas com vergonha um do outro.

Logo o silêncio constrangedor foi rompido por passos apressados.
Um dos guerreiros de confiança de Nadur acabava de chegar frente à tenda onde os jovens se encontravam.

- Nadur e Zandor os aguardam no centro do vilarejo para saírem em missão – disse o guerreiro já dando meio volta e saindo em outra direção.

Jabu e Sara seguiram até onde Nadur e Zandor se encontravam.

Ao chegarem perceberam que ambos estavam trajando suas armaduras, os guardas empenavam arcos e lanças, espadas eram afiadas e o vilarejo encontrava-se agora em silêncio, todos em estado de alerta

- Aconteceu alguma coisa? – Disse Jabu

- Vamos nos encontrar com Radhija no altar dos deuses no vale da luz Disse Nadur

- Ravina a sacerdotisa nos aguarda – completou Zandor

Nadur apenas observava o jovem cavaleiro, desde que ele fora trazido ao acampamento a quase um mês ainda não havia tido a oportunidade de conversar com ele de forma direta, ele estivera muito ocupado resolvendo as situações e embates no meio do povo.

Jabu parou para observar ambos os homens a sua frente...

Zandor fora agraciado com a armadura de Estegossauro, a armadura era de uma cor bege escura meio amarronzada composta de uma pequena tiara, que parecia minúscula em contraste com sua testa larga, as ombreiras curtas e o peito fechado até a altura do estômago salientavam a musculatura de seu corpo os braços eram bem protegidos com espinhos saindo pelos pelo pulso em direção ao cotovelo, a cintura era protegida por um pequeno cinto que lhe cobria a região pélvica e as pernas protegidas desde os pés até as coxas, carregava em suas mãos uma espécie de tridente que seria parte da cauda da armadura.

Nadur trajava uma das mais poderosas armaduras concedidas por Radhijha, ele o poderoso Nadur de Triceratops. Sua armadura era completa, possuía uma mistura de cores azul, preto e verde, o elmo consistia num pequeno capacete com dois chifres, os ombros e o peitoral lembravam em muito aos ombros e peito da armadura de ouro de Leão, trazia no braço esquerdo um grande escudo com 4 lâminas que se projetavam como a cabeça do triceratops, a cintura protegida por um pequeno saiote e as pernas que cobriam dos pés aos joelhos, com pequenos chifres saindo das rótulas.

Jabu percebeu que ambos os homens eram imponentes e pareciam ser muito fortes, então começou a se perguntar se eles próprios juntos a Sara e Jack o anquilossauro não seriam suficientes para derrotar o exército do sul.

Continuaram seguindo em silêncio durante horas por uma pequena trilha na mata fechada, até que aos poucos a floresta foi ficando mais aberta, a luz do sol começou a inundar toda uma grande clareira e uma sensação nostálgica encheu o coração do cavaleiro, até mesmo o barulho dos animais, o soprar do vento, as folhas das árvores, estavam conectado acentuando o ar de santidade que emanava daquele local.

Os 4 viajantes caminhavam lado a lado quando Zandor apontou com o dedo o horizonte, apontando para uma pequena montanha onde Jabu pode perceber que uma pequena gruta parecia sair do chão, e uma bela mulher de meia idade os aguardava na porta.

- Chegamos ao vale da luz – disse Zandor o profeta – Ravina já nos espera na porta, com certeza jovem guerreiro hoje você conhecerá seu destino, se Ravina veio ao nosso encontro é porque Radhijha ouviu nossas preces!

 

*****

 

Conta á história que nos primórdios do mundo existiam grandes animais que estavam em conflito, alguns dóceis e fortes, pacíficos por natureza e outros violentos e assassinos devoradores vorazes por natureza.

As duas espécies de animais (Herbívoros e Carnívoros) vivam em guerra por sua sobrevivência.
Uma guerra que estava impregnada em seu DNA, algo que não fugia de sua natureza, algo que mutilava a ambos.

Desenvolvendo táticas e manobras diferentes, este animais evoluíam mais e mais a cada dia. Durante a parte mais ferrenha desta batalha as bestas devoradoras quase dizimaram aqueles que eram pacíficos, os poucos que fugiram refugiaram-se em um pequeno vale no fim de toda aquela região habitável.

O vale da luz estava situado ao extremo norte do reino de Tamuz, este vale havia se tornado o local de paz dos seres pacíficos.

 

Em contra partida ao extremo sul do reino de Tamuz, localizava-se a floresta negra, lar das grandes bestas violentas que matavam e devoravam umas as outras, o odor e o cheiro da morte estavam impregnados neste local.

Quando a carruagem dos astros cruzou o firmamento na primeira vez, uma chuva de estrelas destruiu a ambas as espécies em conflitos, selando-as para sempre.


*****

Nos confins da floresta negra o exército do sul de Tamuz liderado por Neil havia montado seu quartel-general.

O cheiro de morte, o odor da carnificina mexia com a cabeça de cada um dos guerreiros, estavam fadados a lutar até a morte para encontrar um sentido para suas vidas, o tempo da investida final se aproximava, não havia mais oportunidade para reconciliação, não havia mais tempo para lamento, não tinha mais volta, a guerra seria o fim de tudo!

Na grande tenda no meio do acampamento Neil dava instruções a seus homens:

- O tempo de nossa glória esta chegando! Vamos recuperar nossa casa, nossa terra! Vamos fazer com que o povo de Tamuz seja um novamente! Mesmo que tenhamos que estraçalhar a todos e dizimar a nós mesmos, ainda assim não recuaremos nessa guerra!

Seu discurso “motivacional” era ouvido por seus “generais”. Khara a Barionix, Rikhun o Alossauro, Thor o Espinossauro e Enos o Dilofossauro.
Uzuy o velociraptor, Bill o oviraptor e Rule o Dinonichus já haviam sido mortos em batalha.

Derrepente um vento soprou forte fazendo a tenda arquear para o lado os guerreiros taparem os olhos com um dos braços, para não serem pegos pela poeira.

- Ele chegou – disse Thor o espinossauro – Dhojiha está aqui!

Um clarão enorme inundou a tenda quando o próprio deus da guerra entrou no local, Neil e os guerreiros se curvaram e o saudaram com a cabeça.

- Mas o que temos por aqui – Disse Dhojiha com um sorriso malicioso e um olhar frio e calculista.



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