Ir para conteúdo

Posts Recomendados

Pergaminho 1 – Minha Vontade Divina

 

Sou uma Deusa.

 

Nasci assim. Divina. Sábia. Justa. Guerreira.

 

Enclausurada em um lugar escuro, ouvi estalos, e um feixe de luz surgiu.

 

Logo senti o ar entrando, e bradei um grito de guerra, ou melhor, o grito de que “Estou Viva”, saltei-me, e assim senti um forte sentimento em meu peito, compaixão, amor, ainda não sabia o que sentia, porem tinha ciência de que nascia com um propósito, uma paixão, um dever, mas guardei-o dentro de meu peito, e deixei pulsando com as batidas quentes de meu coração, e assim, impregnando-se em meu ser e em minha alma.

 

Olhando a minha volta vi meu Pai, caído e com a cabeça aberta, mas ainda assim Grandioso, Esplendoroso, que em seu orgulho e no medo que sentido ao ser profetizado que minha mãe daria a luz a um filho que seria mais grandioso que o Pai, engoliu-a, fundindo seu ser a ele, e fui gerada, pois essa era manifestação da grande vontade.

 

Fixei-me em seus olhos e vi sua potencialidade, sentindo meu respeito por ele. Curvo-me diante dele.

 

Nasci, Donzela, Pura, Armada com uma lança, um escudo e uma armadura que protegia meu corpo divino. Com consciência de muitas coisas, talvez por ter sido gerada no conhecimento Onipresente de meu Pai, Já estava pronta para meu destino.

 

No momento próximo a batalha, meu Pai nos reuniu num local rodeado de uma luz celestial suprema e que viria a ser Olimpo, e Hefesto com suas habilidades com o aço, pediu nos que trouxéssemos parte de nossa alma a tona, e unindo-as com algo que eu viria a entender mais tarde o que era, deu um golpe a nossa volta com seu martelo forjador. Pude sentir um arfar nos ares, e em seguida como um abraço, algo maternal, majestoso, fui envolta totalmente, e vi que as simples partes da armadura que nasceram comigo, se tornaram divinamente protetoras, mas não só em mim, nos outros 10 Olimpianos assim como a meu Pai, e isso foi o que ele chamou de Vestimenta Divina.

 

Fui impelida imediatamente ao Campo de Batalha junto de meus irmãos Divinos e a meu favor consegui a união com a Vitória, que se dispôs sempre fiel. E junto das outras divindades Olimpianas defendemos tanto nosso domínio, como foi a primeira vez que protegi este magnífico planeta, este ser que pulsa em meu sangue, e essas almas que nele habitam e que fazem parte de mim.

 

Estabelecido o domínio dos Deuses, pude-me concentrar naquelas luzes habitantes de nossa terra, e fui ensinando e aprendendo com os seres humanos.

 

Protegi muitas dessas luzes especiais, ajudando-os a superar tarefas sobre-humanas, e assim, passando a eles a consciência desta força maior que neles habitam.

 

Despertei neles a essência da vida gerada dentro de seus corações, e consegui me surpreender com a força existente nesses corações e como eles se tornam inexplicavelmente divinos, confirmando minha paixão por estas luzes nascidas nesta terra, nesses seres, seres humanos e na sua capacidade de realizar milagres.

 

Mas senti que faltavam-lhes algo.

 

E em minha vigília por eles, e depois de ver se esvaindo algumas dessas luzes realizadoras de milagres, e de que, toda vez que isso acontecia, uma parte de mim se esvaia com eles, decidi partilhar algo mais que divino, que pudesse retribuir a proteção e lealdade dada a mim.

 

Faltava-lhes a vestimenta sagrada, que aliada a essência da alma, e da força milagrosa em seu coração, os tornasse como santos, que pudessem me auxiliar a defender essa Terra e as estrelas que nela habitam.

 

Lembrei-me de Hefesto, e busquei com o Deus Forjador os ensinamentos para conhecer aquele material sagrado que embriagando com a força de minha consciência divina pode-se tornar a vestimenta divina.

 

Hefesto me advertiu que jamais conseguiria reproduzir algo sagrado, destinado a ser de propriedade divina, e que as vestimentas eram dotadas de vida, da chama da alma divina de seu protegido.

 

E desta união com o pó das estrelas, conseguia materializar a vontade da alma na vestimenta. Vontade essa de proteger seu possuidor, que era o receptor. Era esse o verdadeiro desejo da alma divina e que era a consciência da vestimenta, e se ela fosse danificada o protegido divino não sairia ileso.

 

Dando-me por satisfeita com o Ferreiro dos Deuses, sabiamente resolvi dar parte de minha alma, se meu desejo era proteger os humanos, então este era o desejo de minha alma e Como Deusa Pura, resolvi dar a luz a estas filhas que me ajudariam a proteger meu querido planeta e as luzes que o habitavam, e como filhas da Deusa da Justiça, só seriam merecedores os leais a meus propósitos, e a quem as vestimentas subjulgassem merecedor de porta-las.

 

Essa foi minha vontade divina. Esse foi meu maior milagre.

 

 

Pergaminho 2 – Pó de Estrela (Em breve)

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Opa valeu ae pelos coments, agora sei que eles nos animam.

Nunca fui muito ligado a fics, mas resolvi soltar as ideias aqui.

Uma coisa que sempre me intrigou foi como nasceram as armaduras e isso que resolvi contar, e claro pela perspectiva da Deusa criado, afinal, como seria a visão de Atena na concepção das armaduras, então o conto foi tomando forma.

Se der mais pela madrugada já coloco o próximo pergaminho.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Pergaminho II – Pó de Estrela

 

Decisão. Sim. Já havia tomado.

 

E apoiada pela minha fiel ninfa Glauks e junto de Niké, resolvi seguir em frente.

 

Foi necessário outra visita ao Ferreiro dos Deuses. Perante a Hefesto, quis saber de onde provinha aquele ingrediente sagrado. Fui informada que a essência das estrelas, poderia estar fora do alcance até mesmo de mim, pois a Grande Matriarca era a responsável por ele.

 

Senti algo estranho aquele dia, além de conhecer a Deidade da Grande Matriarca, Hefesto me pareceu diferente. E não notando que Eros havia tocado sutilmente o coração do ferreiro, o mesmo como em um bote traiçoeiro forçou-me a defloração humana, com o membro em prostração e em minha direção.

 

Alertada por Glauks que a tudo percebia, me esguiei do assalto com um pulo, vindo seu liquido reprodutor respingar em minhas coxas. Enojada com tal ato mesquinho, pus-me rapidamente a limpa-las, sendo Gaia a receptora do infortúnio acontecido.

 

Ralhei com o Deus, pois jamais poderia deixar que nenhum ser pudesse conceber de minha límpida condição. Meu desejo era outro, precisava conceber de outra forma, como meu Pai, sem jamais desonrar minha castidade.

 

Coloquei-me a purificação e junto a Glauks e Niké parti para o distante País das Hespérides, em busca do ingrediente tão peculiar, puro, único, o Pó de Estrelas.

 

Pergaminho III – A dança das Horas.

 

Eis que chego em meu ponto de busca, um local que serve a meu irmão Apolo, e me deparo com a morada dos seres que regem a dança das horas.

 

Avisto Hemera, juntamente com Eos, a Aurora, doce, viva, trazendo consigo toda a esperança de um novo recomeço, e vejo as Hespérides indo para seu refugio, juntamente com a presença cintilante de Selene, que ilumina os céus da noite com sua face cálida.

 

Passo pelo ser de sofrimento Eterno, Atlas, sustentando ainda todo o firmamento de Uranus em suas costas, transformado em pedra por um daqueles de meus portador da luz miraculosa, que compadecido, pode prover este descanso para o titã.

 

Viro a Glauks e Niké com ar de receio.

 

Como Deusa, sabia da total importância de quem eu deveria buscar, porém tinha a ciência de quão eloquente ela poderia ser, que até meu esplendoroso Pai temia este ser, que desde os tempos de Caos, ela impera, absoluta, intocável, cumprindo sua obrigação divina.

 

Havia um local distinto de tudo em todo o vale. Um local onde os domínios de Gaia pareciam misturar-se com as entranhas de Uranus, e tudo se unia, Tudo era um, irradiando a aura acima de qualquer divindade do Olimpo.

 

Avistei próximo a mim, Íris e seu lampejo cintilante de cores, e a mesma curvando-se a mim, sorriu-me.

 

Perguntei se naquele local a Grande Matriarca repousava e ela me acenou que sim. Sorri de volta a ela, e agradeci.

 

Reparei que as Plêiades me observavam e acenei a elas.

 

Dirigi-me para aquele monte alto, onde a Grande Matriarca repousava, e senti sua presença inundar meu ser.

 

Olhei para Glauks e Niké e as mesmas pareciam partilhar de meus sentimentos.

 

Pedi as duas que me esperassem, e fui ao encontro da Matriarca, fui para a Casa da Noite.

 

Pergaminho IV – Nix Do Negro Véu

Editado por Digo
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Pergaminho IV Nix Do Negro Véu

 

O local de seu repouso era algo deslumbrante até para um Deus.

 

Ali, o firmamento nascia, o firmamento morria.

 

Um ser em vigília eterna, um ser maior que todos nós, porém parcial a tudo. Um pilar de vida, e de morte.

 

Entendi o respeito do Grande Zeus, pois ela era tudo, era nós em cada parte, era os humanos, era as Dinvindades, era toda a vida existente. Tudo começa ali, e termina ali. Deus. Mortal. Ser vivo ou não.

 

Vi primeiramente sua figura de costas. Um véu negro onde se misturavam a Luz, a Escuridão, os Domínios de Meu Pai, os Domínios de Posseidon e os Domínios de Hades, Elíseos e Tártaros se uniam, paraíso e inferno unificavam-se.

 

Um véu de penumbra, onde as estrelas nascem, uma dança de vida. De pureza porém de tristeza, de amor mas também de ódio. Que entidade única, e eu sabia que ela estava em comunhão com minha alma.

 

Em torno de sua cabeça uma coroa de papoulas onde desabrochavam uma luz ofuscante que cintilava, brilhava mais, estourava, via grandes nascimentos de universos ali, para logo em seguida irem se esvaindo e sumindo.

 

Notei que era a vida começando, chegando ao seu auge, e se apagando. Assim, sem medição de tempo para nós Deuses, e incompreensível para os humanos.

 

Vez ou outra seus cabelos negros, ondulavam como cometas percorrendo todo o Cosmo. Essa era ela. A Grande Mae, a Matriarca, O Alfa e Omega.

 

Essa era Nix do Negro Véu, a Noite.

 

Inerte naquele êxtase de existência, sua voz se uniu ao meu coração, e calorosamente ela me acolheu, se referindo a mim, como a única, Pura, Filha de Zeus dos Céus, a Justiça.

 

Ainda não avistara a face da Grande Criadora, porem a mesma, sabia o que eu buscara, e senti como uma onda de benevolência em meu interior. Virou-se a mim.

 

Me surpreendi ao vê-la, com uma expressão tênue, fios de seu negro cabelo repousavam sobre sua testa, destacando-se uma Lua Minguante em sua testa, e sua aura emanava a tudo, seus olhos eram brilhantes e cintilantes como as estrelas, como que unido ao seu ventre, ela segurava o Ovo Primordial, não como forma de proteção pois era nele que estávamos ligados, e sim como uma mãe acaricia um filho, senti então o amor materno. Percebi que abaixo dela havia um rio, que na verdade, escoria de sua face, eram suas lagrimas, mas observando, não eram lagrimas, e sim o que eu buscava, era ele, o Pó estelas.

 

Sabia que mesmo eu sendo Divina, não poderia toca-la, pois sua divindade precedia a todos os seres onipotentes já criados, e então avistei que aquele rio escorria pelo monte e que caia como uma cachoeira em outro local.

 

Em meu peito sua presença era única, e senti seu consentimento em utilizar o Pó Estelar. Falando em minha alma, ela vivenciou minha natureza e dignidade e me agradeceu pela pureza de minha alma, reconhecendo a Vitoria sempre a meu lado. Como uma de suas filhas, eu era digna de honra-la sempre, e me sentia como única junto a ela. Em meu coração porém, fui advertida da troca a ser feita, e de meu sacrifício como Deusa, mas isso eu já havia decidido e essa vontade maior já estava gravada em minha existência.

 

Fiquei demasiadamente e profundamente absorvida pela sua presença, porém senti algo me chamando, e despertei-me do invólucro transe, quando via distanciando a presença única, e me vi fora da casa da Noite, mas ainda no monte onde tudo se misturava.

 

Indo ao encontro de minhas duas companheiras, Niké disse-me que as Pleiades haviam avisado que o permanecer na casa da Noite, a casa da Criação, poderia levar ao nascimento e a morte, que a presença única da Criadora e do Ovo Primordial, acabaria por absorver qualquer ser para si, voltando ao tudo é um. Fui salva por ela, pois já caia na abissal junção de tudo.

 

Seguimos então para onde dava o rio estelar, e nos deparamos com o continente de Mu, a terra de Lemuria.

 

Pergaminho V Sacrifício de uma Deusa.

 

Eu já estava acostumada com o povo de Lemuriano, seres providos de um entendimento maior, de uma percepção diferente dos humanos comuns e de uma sensibilidade sem igual. Povo de artesão, mestres manipuladores telecinéticos, da pele alva. Era uma raça especial, e adorada e cativada pelas divindades.

 

Saudada e honrada pelos habitantes de Mu, dirigimo-nos para o local onde o Rio Estelar caía.

 

Fomos recebidas pela sacerdotisa artesã detentora da proteção divida do templo, e adentramos em um local magistral, erguido nas montanhas para receber o pó das estrelas. O sábio o povo de Mu conhecia a importância do material, e a sacerdotisa, em comunhão com a divina criadora, somente liberava passagem, quando com concepção da Noite.

 

Tendo previsto nossa vinda, senti que ela era uma das detentoras daquela luz especial e miraculosa, e por isso recebera tarefa tão importante. Me afeiçoei de imediato a ela, que como uma ovelha, se ofereceu ao sacrifício da solidão ao guardar o templo.

 

Ao entrar surpreendi-me ao ver a presença divina das Musas naquele local.

 

As 9 reunidas, com o semblante amável, como que me aguardando. E assim, as 12 mulheres se faziam unidas naquele local, para que começassem meu ritual.

 

E personifiquei Atena criadora, Atena artesã, Atena materna.

 

Sabia o que teria que fazer, e assim comecei.

 

A artesã-sacerdotisa pos-se a guardar o templo, erguendo ao seu redor uma muralha do mais fino pó de estrela, que cintilava como cristal, ciente das divindades que encontrava-se nele e da importância do que ia acontecer. Adverti a Glauks que deixasse o local, pois utilizaria de todo meu esplendor divino e mostraria minha fraqueza mais humana, poderia ser divino, mas poderia ser destruidor, e a mesma disse que não sairia de meu encalço, sempre sendo minha leal companheira.

 

A dança começou.

 

As Musas, uníssonas, entoando um cântico antigo. Majestoso. Hipnótico. Surreal.

 

Envolvida e concentrada, percebi o ar parar, uma certa viscosidade tomou conta do ambiente, e percebi minha visão ondular.

 

Eu. Deusa. Em transe. Em criação.

 

Trouxe minha alma a tona de meu corpo Divino, mostrei toda a minha resplandecência de Deusa, mostrei minha forma imortal, brilhei como uma estrela, me uni a Nix, a Criação, Voltei ao Ovo Primoridal, Nasci e Renasci em um milésimo de segundo, e no transe fiquei perceptiva a tudo no universo, e senti a perca de uma de minhas luzes estimadas, uma das mais queridas, uma das mais leais, e me dei conta do ocorrido.

 

Glauks, a Ninfa sábia e que a tudo percebe, não suportou a visão de meu esplendor onipresente e divino e foi absorvida pela minha Força.

 

Mas meu sábio Pai, observando a missão de sua Filha, transformou-a em Coruja, e a levou aos Céus, no firmamento, como Noctua, minha fiel companheira, que nem no momento mais intimo, deixou-me.

 

Entendendo meu desejo, e o que eu realizava, Meu Pai, cessou a adesão estelar de almas dignas no firmamento, encerrando a estória nos céus. Isso me ajudou, pois me unindo a Nix, percebi a energia vital guardada no firmamento e que era emanada no Pó das Estrelas, e entreguei meu ser isso.

 

As Musas dançantes, entoavam ainda o cântico divino.

 

Como Atena Deusa, me dirigi a fonte de estrelas, minhas vestes divinas, de brancura celestial, arrastam-se lentamente pelo chão, se misturando a margem do rio estelar e encharcando-se nele.

 

Fui cruel comigo.

 

Mostrando uma forma bestial, me coloquei a engolir e a beber da fonte estelar.

 

Uma forte dor se apoderou de minha alma divina. Sentia como fogo queimando dentro de mim.

 

Senti meu ventre se enchendo de força, de vida, e fui entendendo cada luz das estrelas, cada força vital presa no firmamento, cada vontade, cada sonho, e sentia-me como Nix afagando Ovo Primordial, e podia ver sua silhueta se confundindo com a minha.

 

Divinamente encontrei a fonte da criação pura, seria imaculada, mas geradora.

 

No firmamento havia ainda muitas vontades a serem cumpridas, muitas luzes da esperança iluminando a terra, e vi que muitas delas estavam ligadas ainda a luzes na terra.

Fui entendendo-as, conversando com cada uma, algumas já familiares, algumas que me serviram, acalmei muitas delas, e gratas uniram-se a mim.

 

Dei um estrondoso grito e voltando a forma corpórea, cai. Nike me segurou.

 

Minha chama se apagou por um momento.

 

Como uma Deusa, presença divina e imortal poderia parar de viver?

 

Só a Grande Matriarca conseguia tirar a imortalidade de um Deus e torna-lo humano. Será que havia sido enganada?

 

Ou será que a ela havia me julgado uma Deusa Atrevida e avaliado que o que desejara era demais até para um Deus?

 

Pergaminho VI Nascimento Imaculado.

Editado por Digo
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Olá, Digo. ^^

 

Acabei de ler a sua fic. Estou a achando muito interessante. O final do último pergaminho me deixou muito curioso para ler o seguinte.

 

Gosto de narrativa em primeira pessoa, pois dá para sentir melhor o drama do personagem.

 

O pergaminho que eu mais gostei, até agora, foi IV. Adorei ver o encontro de Atena com Nix.

Só tenho uma dica construtiva, tente evitar de utilizar a mesma palavra em frases próximas. Isso acaba deixando o texto meio travado. ;)

De resto, a fic está muito legal. =D

Parabéns ^^

Editado por MDM
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Valeu mesmo MDM

E a dica é super importante, e já havia notado, sou meio criterioso quanto a isso, e reviso sempre o texto, e sempre acho repetições e tento tirar,mas as vezes em sua cabeça soa de um jeito e para o leitor, acaba ficando estranho neh, mas isso a gente vai corrigindo sim.(até já corrigi algumas coisas no final)

Pena, que a fic acabou se tornando curta, afinal, não dá para estender muito o assunto sem deixar muito complicado etc.

Imagino que Atena tenha se inspirado em suas kamuis, foi lá e fez.

Não queria colocar nenhum Deus interferindo etc, pois era um desejo intimo de Atena, e até então, nenhum Deus sabia o que a ela planejava, e acredito que a discórdia seria inerente depois do resultado final e ao verem o que Atena fez.

Editado por Digo
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Pergaminho VI – Nascimento Imaculado.

 

No Olimpo, Zeus, Meu Pai, temeroso, ressoou pelos céus sua agitação.

 

Em meu intimo, algo acontecia. Vi a Criadora, e ela sorria. Em um abraço me envolveu no infinito universo, com a vasta penumbra formando um casulo a minha volta.

 

Dentro de meu ventre, sentia a vida nascendo.

 

Mas não iria dar a luz, como os humanos, pois como uma vez pedido ao meu Pai, quis me abster do parto, então seria algo divino.

 

Uma agitação começou em mim, e instintivamente com a mão no ventre fui retirando grandes esferas de luz, puras ainda, que em comunhão com Nix, foram tomando lugar naquele universo que me envolvia.

 

Na Dança das Horas, quem estava sob domínio da Noite e fazia seu balé nos caminhos celestes, era Hélios, que imperava supremo no céu do dia, naquele momento do nascimento de minhas filhas.

 

E unindo-se a luz que a tudo aquece, as primeiras estrelas a sair de mim, se aglomeraram no caminho percorrido pelo Sol, e foram tocadas pela resplandecente luz, com a maior pureza que ilumina e aquece nosso ser.

 

Na proteção do caminho Zodiacal as formas foram sendo moldadas, eram as estrelas mais iluminadas e que regem com destreza o caminho dos homens, as estrelas de Ouro das constelações banhadas pelo Sol.

 

Fui moldando uma a uma, primeiro a proteção das estrelas do gentil Carneiro de ouro, seguido na força do Touro de pele alva que meu pai levou aos céus, ao amor dos dois Irmãos Gêmeos, que em sacrifício pediram que nunca fossem separados, domei o Caranguejo e o Leão que enceraram suas vidas de forma a defender seus ideais, fui agraciada com as estrelas da Virgem que descansa pura nos céus, e no sétimo, a Balança que pesa a justiça, fui cuidadosa, e dei-lhe atributos que não haveria nas outras, moldei itens, para que seu portador julgasse a idoneidade de seus companheiros, e confiei as mais fortes armas criadas, capazes de cortar as estrelas, para serem usadas no momento certo em favor da paz e justiça, acalmei a ira do Escorpião que subiu ao céus para lembrar que jamais devemos ser arrogantes, acolhi com grande afeição o espírito de Centauro Arqueiro que viveu com sabedoria e treinou muitos heróis santos, e com espírito de gratidão a Cabra que protegeu o grande Zeus mostrei respeito, vi a lealdade ao Agueiro que fora encarregado de saciar nossa sede no Olimpo e que as puras águas, devolvem a vida, e nas águas, velei pelos dois enamorados que enfeitiçados pelo amor saltaram ao mar em forma dos dois Peixes unidos pelos laços eternos.

 

E nasceram minhas doze leais protetoras. As vestimentas com o brilho do sol. As que reluzem como o Ouro.

Afaguei a cada uma delas, com carinho, sentindo a gratidão que elas sentiam por mim.

 

A Grande Matriarca, sorriu mais uma vez.

E escondida entre seus negros cabelos que faziam o cosmos, aproximou-se uma luz de uma pureza cálida, e naquele momento, eu dava o sopro de vida as minhas outras filhas, que tomando forma aglomeram-se em comunhão com as outras estrelas de meu firmamento, e sendo banhadas por aquela luz cálida, tornaram-se de um brilho puro, um brilho prateado, e assim percebi que aquela luz, havia sido emanada por Selene, que curiosa, saiu de seu leito, e foi espiar no firmamento o que acontecia, deixando escapar sua pureza, que as jovens estrelas criadas por mim aceitaram e se juntaram.

 

Nascia assim as leais Vestimentas de Prata, banhadas com a pura luz que traz a esperança mesmo nas noites mais tocadas pelas trevas. Seriam as vestimentas dos Guerreiros Justos, Puros.

 

Mais uma vez, afaguei a cada uma, tendo muitas delas o desejo de muitas luzes especiais que protegi e levei no firmamento, muitas delas continuariam sua missão, antes na forma de luzes heroicas, e hoje habitariam na vontade nas armaduras.

De meu ventre retirei as ultimas esferas de luz, que já ao saírem, tomaram o local no firmamento, alojando-se em suas constelações, e foi nestas, nas ultimas, que saíram as mais especiais.

 

Na dança das horas, quem bailava nos domínios de Nix eram as Hesperides, e no brilho do entardecer, minhas filhas foram banhadas pela luz que iluminava como o Bronze, fortes, valentes e de bravura sem igual.

 

E entre elas percebi uma inquietação, sorri amavelmente ao reparar qual era. Uma das luzes mais especiais que tive na terra estava ali, agora brilhando como o bronze, e transmitindo toda a sua força, iluminada pelas luzes era Pégaso, se mostrando assim única e impaciente para jazer novamente ao meu lado. A peguei em meu colo e a acalmei.

 

Eram minhas mais queridas filhas, dentre elas, sentia muitas luzes especiais, nascia as vestimentas sagradas de Bronze, dos guerreiros realizadores de milagres.

 

Uma não foi banhada por Luz nenhuma, ou foi banhada pelas 3, ou pelo meu próprio brilho de Deusa, e uma lagrima escapou ao verificar de qual constelação se emanava a luz, e foi da mais nova, da que a tudo sabia e que a tudo via, vinha de Noctua, a Coruja, que mesmo como vestimenta sagrada, se tornou novamente minha fiel seguidora, minha eterna mensageira alada.

 

Então as 89 novas estrelas, ressoaram entre si no firmamento. E brilharam estonteantemente. Eram as Sagradas Armaduras dos Guerreiros de Atena.

 

Estavam repletas de vida, pois eu, Deusa, havia soprado para elas a dádiva da existência, e elas sabiam de seu dever, e entraram em comunhão com os detentores mortais de sua proteção.

 

Naquela altura, dançava no corpo do corredor de Uranus, ela própria, a Mãe Criadora, a Noite.

 

E nunca houve um céu noturno tão iluminado pelas estrelas como na criação das armaduras.

 

Cada uma consciente.

 

Cada uma já destinada.

 

Cada uma com seu dever encravado em suas partes.

 

Uma chuva de estrelas caiu sobre a terra humana. Todas buscando seu guardião, buscando os seres com a luz especial, com o milagre estourando dentro deles.

 

Muitos já me seguiam, me protegiam, batalhavam por mim, e foram agraciados com essa proteção divina, e em união com as armaduras, entenderam seu propósito e sua importância.

 

Duas não desceram ao encalço de seu protetor, sendo uma, minha mensageira Noctua que ficou ao meu lado, e outra Ave, a que tinha o brilho bronzeado do Fogo, a Fênix, pois julgou ainda não haver despertado na terra, nenhuma sagrada Luz que suportasse sua ardência, e permaneceu adormecida.

 

Foi dada origem aos primeiros Cavaleiros de Atena, os Guerreiros Santos, que partilhavam da vontade da Deusa da Justiça, de proteger a Terra tão querida, e trazer sempre a paz.

 

Sacrificando meu ventre, retirei minha parte reprodutora, e das trompas, fiz as peças faltantes, as peças que pudessem em um momento que minhas filhas precisassem do toque de sua mãe, ajuda-las a se transformarem, a voltarem a brilhar. Como artesã, fiz as ferramentas que, unidas com o Pó de Estrelas e o liquido vermelho da vida, devolver-nas-iam o sopro vívido.

 

O casulo de universo que envolveu minha alma se abriu, como as papoulas de Nix, e acordei do transe. Exausta.

 

Niké me recebeu com uma taça de ambrosia, e as Musas que sempre nos acompanham nos momentos de inspiração e criação, estavam alegres e maravilhadas com meu feito, e entoaram um cântico de jubilo que foi ouvido com glória por todos os céus e terras.

 

 

Epílogo.

Editado por Digo
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Epílogo.

 

A noite já se retirava dos céus, Aurora dava inicio ao seu trajeto, juntamente com Hélios, e iluminando o templo das estrelas alguém se aproximou dentre os primeiros raios do sol, pude vê-la, a guardiã do templo, que o protegeu com a parede de Cristal.

 

E fiquei extasiada de alegria, ao ver ali, se curvando, aquela que havia entrando em comunhão com uma de minhas primeiras filhas.

 

Trajando a vestimenta Dourada de Áries, estava Theofanis, ajoelhada como em reverencia e com o elmo de sua vestimenta nos braços, me olhou sorrindo, era a primeira a honrar seu destino.

 

A artesã lemuriana, guardiã nascida no povo de Mu, recebeu de minhas mãos, as ferramentas feitas de minhas entranhas para recuperar a luz de minhas filhas. E não haveria ninguém melhor que Áries para receber essa missão, e aceitou-a com graciosidade.

 

Recuperada, me preparei para retornar ao Olimpo.

 

Sabia que encontraria a reprova e inveja dos outros 10 Olimpianos por ter confiado a humanos, assim como Prometeus presenteou-os com o Fogo e foi punido, uma parte da força dos Deuses, e as divindades julgariam que tal raça não era merecedora de tal dádiva.Reconhecia o egoísmo dos Deuses, e que como senti nos domínios de Nix, todos somos um, e as luzes humanas carregam as dádivas divinas.

 

Reuniria meus santos em meu templo e enfrentaria o que fosse para o bem das luzes humanas de nosso planeta, seja Homem ou Deus, eu e meus Cavaleiros Sagrados, traríamos a Luz da Justiça à tona sempre que fosse necessário e algo ameaçasse o equilíbrio divino na terra.

 

Este planeta seria meu Ovo Primordial ao qual eu, a Deusa Palas Atena e meus Sagrados Santos Guerreiros protegeremos para todo o sempre!

Editado por Digo
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Li todos os Pergaminhos...

 

Gostei. A narrativa é bem fluente, com um tema que provavelmente seria bem longo. Mas não, você conseguiu resumir, de modo que ficou bem interessante e sem parecer repetitivo.

 

Sua Fic está de parabéns, meu caro!

  • Like 1
Link para o post
Compartilhar em outros sites
  • 8 meses depois...

Digo, só me explicar algo: são cartas?

 

Cara, como vc consegue escrever duas fics ao mesmo tempo??? Eu to penando para fazer uma só!

 

E ae Davi!!

 

Seriam tipo cartas sim. Pergaminhos de Atena, rsrsrs

 

Cara, essa foi minha primeira FIC, ja acabou faz tempo, mas ta meio esquecida aqui e pouca gente leu. Mas fica tranquilo que to penando na minha outra tb viu rsrsrs!!! Abraço!

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Engraçado que enquanto lia eu falava repetidamente pra mim mesmo: Isso não é Saint Seiya. Não é Saint Seiya.

E só no final pude aceitar que era. Porém isso de forma alguma é algo negativo.

 

Atena é incrível. Tudo que passou e sua decisão de ir contra os deuses para defender e estar ao lado dos humanos é lindo.

O potencial e amor que viu neles. E então decidiu gerar as armadura. Porém dando-as VIDA da forma literal de como se dá vida a alguém.

Do ventre feminino. E assim o fez.

 

LINDA NIX! Cara. Que LINDA! Fiquei imaginando sua descrição e fiquei bestificado o quão perfeita a fez.

 

Então o nascimento das armadura. A descrição das de ouro sendo geradas uma por uma. (dando maior enfase a Libra, safado kkkk).

Depois as armaduras puras de prata! E o mais incrivel, o tamanho da importância que deu as de bronze. Lindo! E então Pégaso *O*

 

E coruja que não entrou nas 88 e sempre fica ao lado de Atena! Partita

 

Por fim e uma das partes mais legais é quando ela encontra então o primeiro Cavaleiro de Atena. Que em choque descobrir ser uma AMAZONA!

Theofanis de Áries!

 

Não sei dizer qual gostei mais, porém achei o nascimento das armaduras e a descrição de Nix as partes mais épicas da fanfic.

 

Porém como disse pra mim foge bastante da realidade de SS e não conseguiria tomar como algo que realmente aconteceu.

Além de alguns momentos REALMENTE tensos como Hefestos... Aquela cena foi TENSA! Ou Atena comendo o pó de estrelas. Ou ela nascendo da cabeça de Zeus, dentre outros.

 

Enfim, parabéns. É uma obra prima.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.

×
×
  • Criar Novo...