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Mitologia de Saint Seiya


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Themis é uma das Titânides mais interessantes. Acho q a Sohma dela nao tem nada a ver com a personalidade da deusa, teria que ser algo menos sombrio. Quanto à ela ser a mãe de Prometeus, essa versão só aparece na peça Prometeu Acorrentado e é só uma metáfora, pois na peça Prometeu tambem chama a mãe dele de Gaia e diz que ela tem muitos nomes.

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ÁGUIA http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Jaxom-Aguila.JPG Na mitologia grega a águia era o atributo do rei dos deuses, Zeus, talvez porque voa muito alto nos céus, lugar de onde Zeus observa

Ótimo post!

 

Muito interessante saber de onde vem a associação entre Têmis e Nêmesis como deusas da justiça, a sua educação pelas moiras e tal. Eu não sabia dessa versão em que ela não foi aprisionada por Urano de volta no útero de Gaia quando nasceu.

 

E também acho que foi uma má escolha ela ser representada por uma lança, quando o mais consistente seria uma espada.

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Ótimo post!

 

Muito interessante saber de onde vem a associação entre Têmis e Nêmesis como deusas da justiça, a sua educação pelas moiras e tal. Eu não sabia dessa versão em que ela não foi aprisionada por Urano de volta no útero de Gaia quando nasceu.

 

E também acho que foi uma má escolha ela ser representada por uma lança, quando o mais consistente seria uma espada.

Eu procurei em diversos autores essa história de Nêmesis e tambem não achei nada nao. De qualquer forma é interessante uma associação entre Themis e a deusa da Indignação. Hesiodo é bem confuso, mas prefiro a versão dele de que as Moiras são filhas de Themis com Zeus, acho q demonstra melhor o papel dela como uma deusa da Ordem Cósmica.Só um adendo que a deusa romana Justitia é mais adequada à Dike e não à Themis, já que a Titânide tem uma area de influencia bem mais abrangente e as 12 Horas (Gymnasia e companhia) não são filhas de Themis, mas sim de Hélios.

 

No que se refere ao Episodio G queria que a personalidade dela fosse mais trabalhada, resumi-la a uma deusa da Justiça é diminuí-la.Aliás ainda espero que o Okada retome a temática dos Titãs e explique pq as Titãnides ficaram do lado de Kronos na Titanomakhia.

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OCEANO DAS CORRENTES

http://img2.wikia.nocookie.net/__cb20131109172346/saintseya/pt/images/d/d1/Okeanos.png

 

Oceano (do grego Ὠκεανός, Okeanós; "circular", "rodear") era um dos doze titãs, filho de Urano (o Céu) e Gaia (a Terra), personificação de um imaginário rio de água doce que rodearia o mundo habitado e que seria a fonte de toda a água doce do planeta. Oceano também foi visto como o deus que regulava o nascer e o pôr dos astros que, segundo se supunha, emergiam e submergiam em seu reino aquoso nos confins da terra. Nas antigas pinturas de vasos gregos, foi retratado um deus com corpo de homem, chifres de touro, e com a cauda de um peixe serpentino, levando nas mãos habitualmente um peixe e uma serpente. Em alguns textos, ele chegava a ser considerado uma divindade primordial da água, de onde era dito que todos os deuses surgiram.

 

Cwnhut8.jpg

 

Em períodos mais tardios, Oceano foi reimaginado como o deus dos oceanos Atlântico e Índico, cada vez mais acessíveis aos gregos, e a velha ideia cosmológica de um grande córrego de água doce foi descartada. Na arte dos mosaico dessa época, ele é geralmente representado como um deus do mar ou o próprio mar personificado, com chifres de garras de caranguejo e levando consigo uma serpente, um remo e um cardume de peixes.

 

Oceano foi o primeiro dos seus irmãos a se casar, e casou-se com sua irmã, a titânide Tétis, e com ela foi pai dos Ptamoi, os deuses de cada rio do mundo. Foi também pai de três mil filhas, as chamadas Oceânides, ninfas-deusas que regiam todas as fontes de água doce da terra, desde as nascentes aos lençóis subterrâneos, dentre as quais estava Métis, a primeira esposa de Zeus e mãe de Atena. Outros autores ainda atestam como filhos de Oceano as Auras (ninfas das brisas), as Nefelai (ninfas das nuvens e da chuva). Com Téia, uma princesa da Etiópia, ele Oceano teria sido ainda pai dos Cércopes, uma dupla de ladrões que atormentaram a Lídia. Um autor ainda atesta que por sua mãe Gaia (a Terra), ele foi pai de Triptolemo, um semideus que presidiu a semeadura de grãos e a moagem do trigo.

 

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Albiero-Oceanus.jpg

 

Quanto Gaia (a Terra), incitou seus filhos a se rebelarem contra seu pai, Urano, apenas Oceano se recusou a isso. Mais tarde, quando Zeus libertou seus irmãos do estômago do seu pai Cronos, Réia confiou Hera a Oceano e sua esposa Tétis, para que esta cuidasse da deusa e amamentasse até o fim da Titanomaquia, a guerra dos deuses contra os titãs e também abrigou suas seis irmãs, as titânide, no seus palácio durante a guerra, incluindo sua esposa, Tétis. Devido a Hera ser sua filha adotiva, Oceano mais uma vez não se uniu aos irmãos, permanecendo neutro na disputa. Porém, apesar de não ter interferido diretamente, ele enviou uma de suas filhas, Métis, para ser a primeira esposa de Zeus e incentivou outra de suas filhas, Estige, a fazer seus filhos jurarem lealdade aos deus.

 

Anos mais tarde, certa vez Oceano e sua esposa Tétis se desentenderam. Em testemunho de gratidão por a terem criado, Hera, sendo a deusa do casamento, os visitou e ajudou a reconciliá-los.

 

Como deuses do Rio Oceano, o grande rio de água doce que circundava a Terra nos mitos gregos, Oceano e Tétis regiam a distribuição de água doce a partir dele para todas as fontes do mundo, desde os lençóis subterrâneos até as nuvens de chuva. Eles também regiam o nascer e o pôr dos astros celestes, que segundo a crença grega, mergulhavam e emergiam das águas do Rio Oceano. Isso é visto em outro mito, quando conta-se que Hera, indignada com a glória conferida à sua rival Calisto e ao filho Arcas que esta tivera com Zeus, quando este os transformou nas constelações da Ursa Maior e Ursa Menor, voou para sua ama-de-leite, Tétis e para Oceano, queixando-se de que sua rival fora divinizada e sentada no Trono do Céu, sobre o próprio Eixo do Mundo, envergonhando-a a cada noite e incentivando outras rivais. Pediu então aos deuses do Rio Oceano que ao menos proibissem Calisto de mergulhar em suas águas, e os dois titãs atenderam a seu pedido, e por isso a Ursa Maior nunca “se põe” (é uma constelação circumpolar).

 

SOHMA - ADAGAS GÊMEAS

 

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Souma-oceanos.jpg

 

Adaga é o nome genérico de um tipo de lâmina curta, com duplo-glume (que pode ser serrado) e de centro forte. Nem sempre teve o mesmo comprimento. Se no início era bastante larga e curta, no século XVI media cerca de um quarto a um terço de uma espada. No século XVII media, em média, 12 cm. Seu design foi feito para ser usado para empurrar o adversário, como arma de esfaqueamento, ou ainda para ser arremessada. Enquanto que a espada era usada na mão direita, a adaga era, muitas vezes, usada pela esquerda e tinha também, por vezes, a função de destruir a ponta da espada do adversário, já que a sua têmpera era mais forte - além de que, por vezes, o seu gume era serrado.

 

As adagas existem desde os tempos pré-históricos, quando eram feitas de pedra. Os antigos egípcios já criavam adagas de cobre, bronze e ouro, mas para esses essas ferramentas eram mais um sinal de status do que uma ferramenta de batalha. As primeiras adagas de ferro foram criadas na região da Península Ibérica e do Mediterrâneo.

 

Um dos primeiros tipos de adaga de ferro foram os acinaces ou akinakes, usada principalmente no primeiro milênio a.C., na região leste região do Mediterrâneo, especialmente pelos medos, Citas e persas e depois pelos gregos. Os acinaces tinham tipicamente 35-45 cm de comprimento, dois gumes e a bainha geralmente tinha uma grande faixa decorativa, perto da abertura, que permite que seja suspenso a partir de um cinto do lado direito do utilizador. Os acinaces parecem ter sido uma arma de empurrão, e uma vez que era tipicamente usado na direita, foi provavelmente destinado a ser de sacado com a lâmina voltada para baixo para ataques surpresa e esfaqueamento.

 

No Império Romano, foram usadas dois tipos de adagas. A primeira delas foi o Pugio, que foi a principal adaga usada pelos soldados romanos. O Pugio era uma lâmina curta e em forma de folha, cuja principal função era o esfaqueamento; era muito usada em assassinatos e suicídios. O segundo deles é o Parazonium, um punhal cuja lâmina tem a forma de triângulo, e era muitas vezes visto sendo portado por deuses em suas representações, especialmente pelo deus Virtus (deus da bravura e força militar) e as vezes por Marte (deus da guerra).

 

Fonte: Theoi Project e Wikipedia

P.S.: trazendo mais um. Oceano sempre foi um titã que me despertou curiosidade, especialmente por nunca ter participado das batalhas de seu irmãos. É uma pena que a mitologia não nos diz seus motivos para isso. Além disso, gosto dele por ele ser um deus das águas distantes, que estão "além dos mortais". Quanto a sua Sohma, só posso dizer que acho adagas armas fascinantes, especialmente após ter visitado o Instituto Ricardo Brennand no Recife, um dos maiores museus de armas brancas do mundo, que tem algumas adagas que estão mais para obras de arte do que para armas (não que não possam ser as duas). Espero que gostem. Próximo: Tétis.

Editado por §agitariu§
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Oceano nao participou da Titanomaquia nem da Uranomaquia porque era sábio e gentil e preferia não se meter nas intrigas divinas. Em Prometeu Acorrentado ele demonstra isso ao tentar convencer Prometeu de que este deve aceitar as vontades de Zeus, pois este é o atual governante do Ceu e como não há o que fazer contar isso o melhor é aceitar e resignar-se para evitar conflitos. Na peça ele diz uma famosa frase : O mais sábio é aquele que não demonstra sua sabedoria.

 

Só uma correção, as Oceânides não são ninfas do Mar, mas sim da Água Doce, sendo que as mais velhas são consideradas Titânides. Acho legal mencionar que Oceano e Téthys criaram Hera protegendo-a de Kronos e que ele abrigou as Titânides no seu Palácio durante a Titanomaquia.

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Oceano nao participou da Titanomaquia nem da Uranomaquia porque era sábio e gentil e preferia não se meter nas intrigas divinas. Em Prometeu Acorrentado ele demonstra isso ao tentar convencer Prometeu de que este deve aceitar as vontades de Zeus, pois este é o atual governante do Ceu e como não há o que fazer contar isso o melhor é aceitar e resignar-se para evitar conflitos. Na peça ele diz uma famosa frase : O mais sábio é aquele que não demonstra sua sabedoria.

 

Só uma correção, as Oceânides não são ninfas do Mar, mas sim da Água Doce, sendo que as mais velhas são consideradas Titânides. Acho legal mencionar que Oceano e Téthys criaram Hera protegendo-a de Kronos e que ele abrigou as Titânides no seu Palácio durante a Titanomaquia.

Interessantíssimo isso.

 

Uma explicação que eu conhecia é pelo fato de eles terem cuidado de Hera ainda bebê quando Reia a salvou de ser devorada por Cronos. Por isso, Oceano e Tétis não combateram os olímpicos por amor à sua filha adotiva.

 

Essa relação entre os antigos deuses do mar e Hera tem importantes consequências na mitologia: além da não participação deles na Titanomaquia, Oceano e Tétis também atenderam o desejo de Hera de não permitir que as constelações das Ursas Maior e Menor mergulhassem em suas águas para descansar como a maioria das outras constelações, já que eram Calisto e Arcas, amante e filho adulterino de Zeus, forçando-os a girarem em torno da mesma posição no céu (a estrela Polaris); e também receberam carinhosamente o jovem Hefesto quando este tentou defender a mãe Hera quando ela estava sendo espancada por Zeus, e Zeus o jogou do alto do Olimpo durante a briga até ele cair no mar, ficar coxo (meio aleijado) pela queda, e ser criado a partir dali por Oceano e Tétis como uma extensão do amor que eles tinham pela filha adotiva.

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Acho legal mencionar que Oceano e Téthys criaram Hera protegendo-a de Kronos e que ele abrigou as Titânides no seu Palácio durante a Titanomaquia.

 

Deixei para falar isso no post de Tétis.

 

Essa relação entre os antigos deuses do mar e Hera tem importantes consequências na mitologia: além da não participação deles na Titanomaquia, Oceano e Tétis também atenderam o desejo de Hera de não permitir que as constelações das Ursas Maior e Menor mergulhassem em suas águas para descansar como a maioria das outras constelações, já que eram Calisto e Arcas, amante e filho adulterino de Zeus, forçando-os a girarem em torno da mesma posição no céu (a estrela Polaris); e também receberam carinhosamente o jovem Hefesto quando este tentou defender a mãe Hera quando ela estava sendo espancada por Zeus, e Zeus o jogou do alto do Olimpo durante a briga até ele cair no mar, ficar coxo (meio aleijado) pela queda, e ser criado a partir dali por Oceano e Tétis como uma extensão do amor que eles tinham pela filha adotiva.

 

E isso também.

 

Mas não sabia que Hefesto havia sido criado por eles também.

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Interessantíssimo isso.

 

Uma explicação que eu conhecia é pelo fato de eles terem cuidado de Hera ainda bebê quando Reia a salvou de ser devorada por Cronos. Por isso, Oceano e Tétis não combateram os olímpicos por amor à sua filha adotiva.

 

Essa relação entre os antigos deuses do mar e Hera tem importantes consequências na mitologia: além da não participação deles na Titanomaquia, Oceano e Tétis também atenderam o desejo de Hera de não permitir que as constelações das Ursas Maior e Menor mergulhassem em suas águas para descansar como a maioria das outras constelações, já que eram Calisto e Arcas, amante e filho adulterino de Zeus, forçando-os a girarem em torno da mesma posição no céu (a estrela Polaris); e também receberam carinhosamente o jovem Hefesto quando este tentou defender a mãe Hera quando ela estava sendo espancada por Zeus, e Zeus o jogou do alto do Olimpo durante a briga até ele cair no mar, ficar coxo (meio aleijado) pela queda, e ser criado a partir dali por Oceano e Tétis como uma extensão do amor que eles tinham pela filha adotiva.

Sim, a explicação faz sentido, mas ele tambem não se meteu na Uranomaquia, então acredito que seja mais por causa da personalidade dele mesmo ^^. Prometeu Acorrentado mostra bem essa personalidade mais pacífica de Oceanos (que muita gente chamaria de covarde)que tenta o tempo todo fazer Prometeu se redimir dizendo que ele deve abandonar seu orgulho exagerado e que se ele quiser este pedirá a Zeus que o liberte, enquanto o Coro formado por suas Filhas é bem mais enérgico dizendo o quanto Zeus é injusto. Na Dionisíaca é mostrado tambem que foi graças as súplicas de Oceano que Zeus não se vingou contra Gaia por causa de seus filhos terem matado Zagreu.

 

A questão de Hera é bem legal, e me faz suspeitar que dos filhos de Rhea só Héstia e Hades tenham sido devorados por Kronos, já que há uma versão de que Poseidon foi salvo e criado pelos Telkhynes, Deméter viveu na Sicília e de que Hera teria sido criada em Hespéria pelas Horas. A relação de Hera com esses dois Titãs é realmente muito icônica, tanto que na Ilíada a deusa usa uma briga entre os dois para pedir o cinto da sedução a Aphrodite e depois mente par Zeus dizendo que ia visitar o casal.

 

Vale destacar que na Ilíada Oceano e Téthys são ditos serem os pais dos Deuses, de onde td surgiu. Isso será usado pelo Orfismo que molda os deuses Hydros e Thesis a partir dos dois assim como retira o deus Khronos do mito do Titã Kronos.

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TÉTIS

http://img2.wikia.nocookie.net/__cb20130527232256/saintseya/pt/images/5/50/Tetasia.jpg

 

Na mitologia grega, Tétis ou Thetis (do grego Τηθύς, que significa "ama" ou "avó"), é a mais jovem das titânides, filhas de Urano e Gaia, era uma deusa da fonte primária de água doce que nutre a Terra, o grande rio Oceano. Na pintura de vasos gregos, ela aparece como uma mulher normal, acompanhada por Ilítia, a deusa do parto, e seu marido de cauda de peixe, Oceano. Na arte do mosaico, ela foi retratada com um pequeno par de asas a decorar sua testa, semelhante a chifres, provavelmente em alusão a seu papel como mãe das nuvens de chuva. Em tradições mais tardias, ela é as vezes igualada a Talassa, a deusa primordial do mar.

 

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/60/Tethys_83d40m_AntakyaMuseum_Turkey.JPG

 

Tétis foi a primeira das titânides a se casar, e casou-se com sua irmão, o titã Oceano, e com ele foi pai dos três mil Ptamoi, os deuses de cada rio do mundo; e das três mil Oceânides, ninfas-deusas que regiam todas as fontes de água doce da terra, desde as nascentes aos lençóis subterrâneos, dentre as quais estava Métis, a primeira esposa de Zeus e mãe de Atena. Outros autores ainda atestam como seus filhos as Nefelai (ninfas das nuvens e da chuva), apesar de alguns tratarem as Nefelai como um dos grupos das Oceânides.

 

Quanto Gaia (a Terra), incitou seus filhos a se rebelarem contra seu pai Urano, Tétis, assim como as outras titânides, recusaram. Mais tarde, quando Zeus libertou seus irmãos do estômago do seu pai Cronos, Réia confiou Hera a Oceano e Tétis, para que esta cuidasse da deusa e amamentasse até o fim da Titanomaquia, a guerra dos deuses contra os titãs. Tétis e Oceano ainda abrigaram suas cinco irmãs titânides no seu palácio durante a guerra. Anos mais tarde, certa vez Oceano e sua esposa Tétis se desentenderam e em testemunho de gratidão por a terem criado, Hera, sendo a deusa do casamento, os visitou e ajudou a reconciliá-los.

 

Como deuses do Rio Oceano, o grande rio de água doce que circundava a Terra nos mitos gregos, Tétis e Oceano regiam a distribuição de água doce a partir dele para todas as fontes do mundo, desde os lençóis subterrâneos até as nuvens de chuva. Eles também regiam o nascer e o pôr dos astros celestes, que segundo a crença grega, mergulhavam e emergiam das águas do Rio Oceano. Isso é visto em outro mito, quando conta-se que Hera, indignada com a glória conferida à sua rival Calisto e ao filho Arcas que esta tivera com Zeus, quando este os transformou nas constelações da Ursa Maior e Ursa Menor, voou para sua ama-de-leite, Tétis e para Oceano, queixando-se de que sua rival fora divinizada e sentada no Trono do Céu, sobre o próprio Eixo do Mundo, envergonhando-a a cada noite e incentivando outras rivais. Pediu então aos deuses do Rio Oceano que ao menos proibissem Calisto de mergulhar em suas águas, e os dois titãs atenderam a seu pedido, e por isso a Ursa Maior nunca “se põe” (é uma constelação circumpolar).

 

Outro mito sobre Tétis conta que Aisakos, um filho do rei Príamo de Tróia, amou a filha do deus do rio Cebren, Hesperia, mas quando ele foi até ela, a moça fugiu e foi picada por uma cobra, morrendo por isso. Em desespero, Aisakos tentou se suicidar jogando-se de um penhasco para o mar, mas durante a queda foi transformado em um pássaro mergulhador por Tétis. Ele continuou pra sempre tentando se matar ao mergulhar no mar, mas sempre voltava a tona, devido ser agora um pássaro, vivendo pra sempre no sofrimento de ter perdido a sua amada.

 

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Albiero-Tethys.jpg

 

 

SOHMA - MARTELO DE GUERRA

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Souma-thetys.jpg

Marreta ou martelo de forja é um martelo composto de uma base de ferro fundido e um cabo, geralmente de madeira, longo e com uma cabeça de metal uniforme.

 

A marreta ou martelo comum raramente foram usadas como armas. O martelo, como arma, é geralmente um instrumento perfurocontuso por um lado, e contuso, do outro, usado possivelmente deste a Idade da Pedra, mas que ganhou aperfeiçoamento bélico durante a Idade Média, com uso similar à maça e outras armas empunhadas pelos cavaleiros.

http://img2.wikia.nocookie.net/__cb20121012192841/elderscrolls/images/1/1a/SteelWarhammer_SK.png

O martelo de batalha foi adotado como arma na Alta Idade Média, para fazer frente ao aperfeiçoamento das armaduras, mais populares e fortes com o desenvolvimento da produção de aço durante o século XIV e XV. O martelo poderia desferir golpes mais potentes que as espadas, cujo poder diminuíra face o uso das armaduras. A grande força perpetrada com seus golpes podiam fazer penetrar a defesas do adversário, sobretudo quando usadas por um cavaleiro montado. Mesmo sem penetrar a armadura, seu impacto provocava sérios danos.

 

O lado rombudo da cabeça poderia ser usado para arrebentar a armadura do alvo, ou até mesmo seu escudo, ou poderia, quando usado o lado contrário, perfurar até mesmo as pesadas armaduras. Seu uso poderia ainda ser dirigido, contra adversários montados, às patas do cavalo, derrubando-se o inimigo ao solo onde era mais facilmente combatido.

 

Fontes: Theoi Project e Wikipedia

P.S.: não consegui postar ontem, mas aí está. Tétis é uma titânide com um dos melhores mitos, especialmente pelo seu papel na criação de Hera e como mãe dos rios. Quanto a sua sohma, não vejo nenhuma relação com a personagem, mas acho que sua escolha como uma das armas que representariam os titãs no Episódio G se deu devido ao uso de martelos de guerra para quebrar armaduras (é a única relação que consegui fazer). No caso de Oceano, que esqueci de comentar, as adagas gêmeas podem ser uma alusão aos dois chifres com os quais ele costuma ser representado. Próximo: Crios das Galáxias.

Editado por §agitariu§
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Também adoro o mito da titânida Tétis!

 

Achei o post com bastante conteúdo. Gostei ainda mais da parte sobre o martelo/marreta. Eu sempre fecho os olhos quando, num filme ou seriado, mostram um guerreiro usando isso contra os ossos de um pobre coitado... kkkk É fratura exposta seguida de morte na certa!

 

Eu particularmente não me preocupo em encontrar uma ligação entre as armas representadas pelas sohmas e os titãs (exceto Cronos com sua foice). Para mim, todas as outras foram bastante aleatórias em suas escolhas por Okada.

Editado por Fabinho
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Acho muito curiosa essa aparencia da Téthys com os olhos vermelhos, parece o Satã Imperial. Curioso (e feio) tambem é o "chapeu" de bruxa dela, o que me faz pensar no clássico Martelo das Bruxas.

 

Lamento que ela não tenha sido mais trabalhada, podiam aproveitar muito o aspecto maternal dela.

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CRIOS DAS GALÁXIAS

http://img3.wikia.nocookie.net/__cb20130527225904/saintseya/pt/images/7/7d/Crios.png

 

Crio ou Krios (do grego Krios, "Carneiro”), também chamado de Megamendes (do grego “Grande Senhor”), era um dos doze titãs, filhos de Urano (o céu) e Gaia (a Terra). Aparentemente ele foi um titã primordial das constelações, que regia a duração do ano, assim como seu irmão Hyperion - pai do sol, amanhecer e lua – regia os dias e meses. Krios teve como esposa a deusa do poder e do domínio do mar, Euríbia (do grego "Força Ampla"), filha de Ponto ("o Mar") e Gaia.

 

Incentivados por sua mãe, Gaia, Krios e seus irmãos, liderados por Cronos, conspiraram contra seu pai Urano, preparando-lhe uma emboscada quando desceu para se deitar com a Terra. Céos, Krios, Hyperion e Iápeto se puseram nos quatro cantos do mundo para segurar o deus do céu, imobilizando-o enquanto Cronos, que estava escondido no centro da Terra, o castrou com a foice forjada por Gaia. Por causa disso, esses quatro titãs ficaram conhecidos como os quatro Pilares Cósmicos que sustentavam e mantinham separados o Céu e a Terra. Crio é o Titã que rege o Sul e está associado à constelação de Áries (“Krios” significa “Carneiro”), na qual a ascensão do Sol no início da primavera, vindo do sul para o norte, marcava o início do ano grego.

 

Durante a Titanomaquia, Krios ficou novamente ao lado de Cronos, lutando com ele contra os deuses. Após os titãs serem derrotados pelos deuses, foram lançados ao Tártaro, incluindo Krios.

 

Com sua esposa Euríbia, Krios foi pai de três filhos: Astreus, titã das estrelas e dos planetas e astrologia; Perses, o titã da destruição; e Pallas, o titã dos ofícios de guerra e do período de campanha grego (que ia do fim da primavera ao início do verão). Um autor ainda o dá como filho Píton, a serpente monstruosa de Delfos. Seus netos foram Bóreas (o vento do norte), Nótus (o vento do sul), Zéfiro (o vento do oeste), os Astra (as estrelas, cujo principal era Eósforo, a estrela da manhã), Hécate (Magia), Nike (Vitória), Bia (Força), Kratos (Poder), Zelos (Rivalidade).

 

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Albiero-Crios.jpg

SOHMA - CIMITARRA

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Souma-crios.jpg

 

A cimitarra é uma espada de lâmina curva mais larga na extremidade livre, com gume no lado convexo, originada no sudoeste da Ásia (Oriente Médio). Seu nome parece ser derivado da palavra persa Shamsher que literalmente significa "pata com garra", devido ao seu design longo e curvo. O primeiro uso conhecido de cimitarras em batalha ocorreu no século IX, quando foi utilizado entre os turcos e tungusic siberianos na Ásia Central.

 

As Cimitarras foram utilizados na guerra por soldados a cavalo por causa de seu peso relativamente leve, quando comparado com espadas maiores, e seu design curvo, bom para cortar oponentes ao montar em um cavalo. O design curvo ajudava aos cavaleiros a cortar os inimigos e manter-se montados, sem ficar preso, como seria no caso de esfaqueamentos por espadas retas.

 

A Sohma de Krios parece representar, mais especificamente, uma shotel, a cimitarra da Etíopia, cuja curvatura da lâmina varia, podendo atingir uma forma quase circular. A lâmina tem geralmente 1m de comprimento, e o cabo é simples e feito de madeira.

 

http://www.oriental-arms.com/photos/items/16/005816/ph-0.jpg

Shotel

 

As técnicas com shotel incluem, entre outros, ataques em gancho, tanto contra adversários montados quanto desmontados, que tinham efeitos devastadores, especialmente contra a cavalaria montada. O shotel poderia ser usado para ligar e rasgar o guerreiro e o cavalo. Classicamente o shotel foi empregado em guerreiros desmontados, em associação com um escudo ou qualquer outro meio defensivo.

 

Fonte: Theoi Project e Wikipedia

P.S.: trazendo mais um. Crios é interessante por sua área de domínio ser, assim como os outros titãs, um pouco diferente das áreas comumente associadas aos deuses olimpianos e aos deuses primordiais. Além disso, ele é avô dos ventos e de Hécate, que são ótimos personagens. Quanto a sua arma, essa eu realmente não vejo associação, mas, como o Fabinho disse, a maioria das escolhas foi, provavelmente, aleatória. A cimitarra, e principalmente o shotel, são armas bem interessantes, pois é legal ver como a espada adquire conformações diferentes em cada cultura.Próximo: Mnemosine.

Editado por §agitariu§
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  • 3 semanas depois...

MNEMOSINE - A MEMÓRIA

http://images3.wikia.nocookie.net/__cb20120131091727/saintseiya/images/f/fb/Mnemosyne.jpg

Na mitologia grega, Mnemosine (do grego Mνημοσύνη, que significa “memória”) é uma titânide, um dos doze titãs filhos de Gaia (a Terra) e Urano (o Céu). Ela é a titânide que rege a memória e a recordação, tendo sido a inventora da linguagem e das palavras. Como filha do Céu e da Terra ela também era uma deusa do tempo, representando a memorização necessária para preservar a história e as sagas mitológicas antes da introdução da escrita. Finalmente, ela também tinha um papel como deusa oracular, assim como todas as titânides, presidindo o Oráculo de Trofônio, na Beócia.

 

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Albiero-Mnemosyne.jpg

Mnemosine nunca casou-se, mas após a vitória dos deuses contra os titãs na Titanomaquia, ela partilhou o leito com Zeus, o rei dos deuses, durante nove noites consecutivas e, um ano depois Mnemosine deu à luz nove filhas, as musas, em um lugar próximo ao monte Olimpo. As musas eram deusas da música e das artes que inspiravam os mortais e cantavam a vitória e perpetuaram a glória dos deuses olimpianos.

 

Como deusa-titã da memória, ela foi a primeira a criar uma designação para todas as coisas, criando assim a linguagem oral e depois a escrita. Ela era aparentemente cultuada por poetas, que cantavam hinos para sempre ter uma boa memória, mesmo na velhice; e atores a invocavam para não esquecerem suas falas em apresentações.

 

HO07EcN.jpg

Mnemosine instigando a memória de uma mortal

 

Como deusa oracular, ela presidia o Oráculo de Trofônio, na Beócia. Para consultar esse oráculo, um ritual era realizado. Segundo a descrição do autor grego Pausânias, o requerente era levado pelos sacerdotes para duas fontes de água próximas uma da outra, e eles tinham de beber a água da primeira fonte, vinda do rio Lethe (Esquecimento), para esquecer tudo o que tenha pensado até agora, e depois beber outra água, a água da fonte de Mnemosine (Memória), que faria com que ele se lembre o que visse depois de sua descida. Ele era então levado a caverna onde estava espírito do oráculo e dele ouvia as profecias. Após seu retorno, ele novamente era levado pelos sacerdotes, que o colocavam em uma cadeira chamada de Cadeira de Mnemosine e lá ele lhes dizia tudo o que viu e ouviu. Depois disso, aquele que ouviu a profecia ficava aturdido, e apenas depois de um tempo recuperava suas faculdades mentais.

 

Mnemosine era cultuada em Atenas e na Arcádia, onde haviam imagens dela e também Beócia, onde tinha um culto e seu próprio oráculo.

 

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SOHMA - MACHADO

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Um machado é uma ferramenta de corte, originária do martelo, sendo tem pelo menos uma das extremidades afiadas e própria para o corte. O machado de guerra ou machado de batalha era uma espécie de machado, de curta distância, projetado especificamente para o combate. É uma arma muito antiga, já sendo mostrada na obra “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu. Muitos eram adequados para uso em uma mão, enquanto outros eram maiores e utilizados com as duas mãos. Os machados projetados para a guerra, variavam em peso de pouco mais de 0,5 kg a 3 kg, e em comprimento de pouco mais de 30 cm a mais de 1,5 m.

 

Na Grécia antiga, existiam dois tipos principais de machados:

 

*Labrys: é um machado de duplo-gume, simétrico, originário da Creta, na Grécia, um dos símbolos mais antigos da civilização grega. Para os romanos, era conhecido como um bipennis. O símbolo foi comumente associado a divindades femininas. Plutarco sugere que a palavra labrys, tem a mesma raiz que Labyrinthos. Em pinturas em vasos gregos, um labrys às vezes aparece em cenas de sacrifício de animais, principalmente como uma arma para o assassinato de touros. Outra curiosidade é o fato que ("Perseus Vase", em Berlim), na ocasião do nascimento de Atena, Hefesto usou um machado de duplo-gume para abrir a cabeça de Zeus, apesar de seu símbolo ser um martelo de forja.

 

http://www.mlahanas.de/Greeks/LX/BerlinF1704Hephaistos.jpg

*Sagaris: é um antigo machado iraniano (ou persa), usado pelos antigos cavaleiros dos povos Saka e Citas. Foi usado também pelos povos ocidentais e da Ásia Central: os medos , persas , Parthayans , Indo-Saka , Kushans , Tocharians , Mossynoeci, e outros que vivem dentro do meio dos povos iranianos. Apesar do sagaris, não ser muito usado na Grécia, de acordo com Aristarco de Samotrácia, foi uma das armas usadas pelas lendárias Amazonas.

 

Fontes: Wikipedia e Theoi Project

 

P.S.: quanto tempo, mas aqui estou eu, trazendo mais um. Desde que comecei esse tópico, tomei com regra de só postar outro post após o último ter ao menos um comentário (porque um tópico só com informação, sem discussão, fica bem chato), e é a primeira vez que posto antes sem ter tido comentários. Mas peço a quem visita o tópico que comentem o post, afinal não custa nada comentar sua opinião sobre o mito postado. Bom, quanto ao post, Mnemosine é a titânide mais interessantes das seis filhas de Urano e Gaia, seu domínio sobre a memória (mais uma vez um campo bem diferente dos que os deuses e seus primordiais dominam) é bem legal, sem falar que ela é mãe das musas, aquelas que inspiram as mentes dos mortais. Quanto a sua Sohma, acho que o machado foi usado (se é que houve alguma inspiração na escolha) pelo fato de que o Labrys era associado a divindades femininas, ou ainda pelo Sagaris ter sido uma arma das amazonas. Espero que gostem (e comentem). Próximo: Céos do Relâmpago Negro.

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Excelentes personagens. Só uma correção no caso do Krios, Perses casou com a deusa AstERIA, filha de Ceos e Febe e não a AstREIA filha de Astreu ou de Themis que viveu na Idade do Ouro. Elas são deusas diferentes.

Não sei se pode ser considerada uma ligação, mas no Egito havia o oráculo de Ammom considerado um deus carneiro e famoso entre os gregos, talvez por isso a arma de Crios seja a cimitarra que é usada por muitos povos da África.

É curioso que no episodio G Krios não tenha filhos como é mostrado ele se lamentando pelos outros Titãs terem filhos e ele estar longe de Euríbia. Não sei qual a intenção do Okada com isso, mas seria bem legal explora-lo.

 

No caso da Mnemosyne, acredito que se houver motivo para a escolha do machado deve ser justamente por causa do mito do nascimento de Athena em que Hephaistos ou Prometeu usou um machado para abrir a cabeça de Zeus, assim como Mnemosyne no Episodio G interfere na cabeça dos Titãs.

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*voltando depois de semanas sem acessar aqui*

 

Hum, interessante essa história de 4 titãs servirem de pilares nos cantos do mundo para Cronos castrar o pai. Eu conhecia apenas a versão de que apenas Cronos se rebelou contra ele. Acabei de ler no Theoi Project essa história!

 

Mnemósine é de longe a titânida mais interessante, mais até do que Reia, a rainha dos titãs. Ser mãe das 9 deusas que "vivem" mais próximas de nós, mortais, é para ser honrada e muito!

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Mnemósine é, sem duvida nenhuma, a titânide mais interessante do EpG e fiquei muito empolgado ao ver sua estória e tudo que a e envolve, ainda é mãe das musas! Achei interessante isso dos 'dois rios'. Um que trás o esquecimento e outro que trás a lembrança. Ótima matéria.

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CÉOS DO RELÂMPAGO NEGRO

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Céos, Ceo ou Coeus (do grego Κοῖος, "questionamento") era o titã da sabedoria, do intelecto racional e do norte, e era tido como a personificação do eixo celeste, em torno do qual as constelações parecem girar. Seu equivalente na mitologia romana era Polus ("Eixo Celeste"). Como os outros titãs da primeira geração, Céos era filho de Urano (o céu) e Gaia (a terra); era casado com sua irmã Febe ("brilho").

 

Quando os titãs, a pedido de Gaia, decidiram depor Urano, Céos, Crios, Hyperion e Iápeto armaram uma emboscada colocando-se nos quatro pontos cardeais para agarrar o pai, Urano, imobilizando-o enquanto Cronos, que estava escondido no centro da Terra, o castrou com a foice forjada por Gaia. Por causa disso, esses quatro titãs ficaram conhecidos como os quatro Pilares Cósmicos que sustentavam e mantinham separados o Céu e a Terra. Céos é o Titã que rege o Norte.

 

Céos, como o titã do eixo celestial em torno do qual as constelações parecem girar, parece também ter sido o deus dos oráculos celestiais, enquanto sua irmã e esposa Febe estava relacionada ao eixo e centro da Terra e associada aos oráculos terrestres (Delfos). Por isso, o casal era tido como a fonte do conhecimento, nascido tanto do céu como da terra. Céos também estava associado ao "dragão celestial", a constelação do Dragão, cujas estrelas principais foram as estrelas polares na Alta Antiguidade.

 

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Céos teve, junto com sua mulher Febe, duas filhas, Leto (deusa do anoitecer, mãe dos gêmeos Apolo e Artêmis) e Astéria (deusa das estrelas), ambas também associadas à profecia:

 

As filhas de Céos parecem ter representado os dois principais ramos da profecia: Leto e seu filho Apolo presidiam a força profética da luz e do céu, enquanto Astéria e sua filha Hécate presidiam os poderes proféticos de noite, da escuridão das profundezas e dos fantasmas dos mortos.

 

Seu neto, Apolo, o deus da profecia, divida seu tempo entre Delfos, o santuário no centro da terra, anteriormente detido por Febe, e - durante os meses de inverno - Hiperbórea, a terra sob o eixo do céu no extremo norte, representado por seu avô Céos.

 

SOHMA - RAPIEIRA

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A rapieira, ou espadim, é um tipo distinto de arma branca, uma espada comprida e estreita, popular desde o período Medieval até a Renascença, que se tornou a arma mais comum daquela época, principalmente em Portugal, na Itália e na Espanha nos século XVI e XVII.

 

Rapieiras são geralmente descritas como sendo espadas com a lâmina relativamente longa e fina, ideal para golpes de perfurações e uma proteção guarda-mão com complicados filetes de metal, o que a torna uma bela arma, podendo ser usada na esgrima artística (mesmo não sendo uma arma própria para o desporte). A lâmina pode ter largura suficiente para cortar a golpe, mas o poder da rapieira vem da sua habilidade de perfuração. Rapieras podem ter gumes com fio de corte só de um lado, com fio de corte de um lado só da ponta até ao meio (como descreveu Capoferro), ou podem ter gumes completamente cegos, uma espada chamada "estoc"(estoque) por Pallavicini, um mestre de esgrima rapineira, que em 1670 propôs usar uma rapieira com dois gumes afiados. A rapieira se parece com um florete, mas é mais comprida, pesada e rija. Uma típica rapieira tem de 1m de lâmina até 1,5m, e com largura de apenas 2,5 centímetros.

 

http://www.preferredarms.com/images/weapons/large/rapiers/12-Fancy-Swept-Hilt-Rapier-.jpg

 

A rapieira começou o seu desenvolvimento em meados de 1500, nas cortes reais da Espanha, onde era chamada de espada ropera, ou espada de vestuário, porque o vestuário dum fidalgo não seria completa sem uma espada de moda ao seu lado. Espadas antes da rapieira eram usadas igualmente em guerras e em lutas civis; mas a espada ropera foi criada somente como uma espada civil de corte e perfuração, para autodefesa e para duelos.

 

Permitindo reações rápidas e com um grande alcance, a rapieira era perfeita para o combate civil dos séculos 16-17. Enquanto os estilos de espadas de corte e perfuração continuavam a evoluir para uso nos campos de guerra, as rapieiras continuaram a evoluir para uso civil e em duelos, eventualmente ficando mais leve e mais curtas e começaram a ser substituídas pelos floretes.

 

Em 1715, a rapieira tinha sido suplantada pelo mais leve florete, na maior parte da Europa, mas rapieiras continuaram a ser usadas como se pode ver nos livros de Donald McBane (1728), P. J. F. Girard (1736) e Domenico Angelo (1787).

 

Fontes: Theoi Project e Wikipedia

P.S.: trazendo mais um. Como já tenho os artigos dos titãs prontos, os posts provavelmente não irão atrasar. Céos é um titã bem legal, especialmente pelo seu papel como titã da sabedoria e por representar o eixo celeste do mundo. Mas, com certeza, sua maior fama é por ter sido avô de Apolo, Artêmis e Hécate. Quanto a sua arma, descobri só quando fiz esse artigo que um florete e uma rapieira eram duas coisas diferentes (sempre achei os dois eram um florete), e achei bem interessante sua história como "arma de moda", devido a sua beleza. Ah, e cerca de um mês atrás descobri esse site do Theoi Project (como é que não tinha visto isso antes?) e é simplesmente fantástico, muito bom mesmo. Espero que gostem. Próximo: Febe.

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Céos, meu titã favorito em CdZ!!!!!!!!!!

 

O post ficou bem completo e com muitas curiosidades legais. Muito bom os paralelos que fez mostrando como a família dele e de Febe eram voltadas aos oráculos celestes e ctônicos (terrestres).

 

Eu achei a escolha da rapieira muito interessante e de acordo com a personalidade dele em CdZ: um nobre cavalheiro, desses que a gente vê em romances do século XIX, refinado e cortês.

 

 

E você não conhecia o Theoi Project? Cara, é o melhor site de mitologia grega que eu já encontrei! É simplesmente perfeito!

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FEBE

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Febe ou Foibe (grego Φοίβη, transliteração "Phoibê", tradução "brilhante, profética") era uma das titânides, filhas de Urano e Gaia, e era conhecida como "a mais bela entre as Titânides". Seu nome está ligado aos vocábulos gregos phoibos ("brilhante" ou "radiante""), phoibaô ("purificar") e phoibazô ("profetizar"). Ela também era chamada de "a coroada de ouro". Febe era a titã da profecia e da Lua, relacionada com as noites de lua cheia.

 

Casou-se com seu irmão Céos, e com ele teve as deusas Leto (mãe de Ártemis e Apolo, que herdou o nome da sua avó, sendo também chamado de Febo) e Astéria (mãe de Hécate), que simbolizam respectivamente os oráculos da luz e da escuridão.

 

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Albiero-Phoebe.jpg

 

Febe foi a terceira a presidir o oráculo de Delfos, após Gaia (sua mãe) e Têmis (sua irmã). O santuário de Delfos ficava no centro do mundo, e por isso era associado ao eixo terrestre. Mais tarde deu o oráculo a seu neto Apolo, como presente de aniversário. Por tudo isso Febe, apesar de ser chamada de "brilhante", era considerada uma deusa de mistérios e segredos.

 

Era representada como uma bela mulher com os seios nus, voando pelo céu e levando numa das mãos um cântaro de prata.

 

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SOHMA - FALCHION

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A falchion é uma espada de uma mão e de gume único de origem europeia, cujo desenho faz lembrar a cimitarra Persa e a chinesa Dao. A arma combinou o peso e a força de um machado com a versatilidade de uma espada. Falchions são encontradas em diferentes formas de todo o século XI até, inclusive, do século XVI. Em algumas versões a Falchion mais parece a scramasax e mais tarde o sabre, e em outras versões o formato é irregular ou como um facão com um cabo em forma de cruz.

 

O desenho da lâmina das Falchions variava amplamente através do continente e através dos tempos. Elas quase sempre incluíam um único gume com uma leve curva na lâmina em direção a ponta, e a maioria era também afixada com uma guarda para o punho do mesmo modo que as espadas longas contemporâneas. Diferente das espadas de dois gumes da Europa, poucas espadas verdadeiras desse tipo sobreviveram até os dias de hoje; menos de uma dúzia de espécimes são atualmente conhecidas.

 

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Embora seja comum pensar que Falchions eram principalmente armas de camponeses, isso é certamente um equívoco. As Falchions Conyers claramente pertenceram a famílias ricas, e a arma é comumente mostrada em ilustrações de combates entre cavaleiros montados. Algumas Falchions, mais tarde, foram muito ornamentadas e usadas pela nobreza. Em particular, na Coleção Wallace há uma Falchion de 1560 banhada em ouro. Essa arma é gravada com o brasão de armas pessoal de Cosimo de'Medici, Duque de Florença.

Fonte: Theoi Project, Wikipedia e Blog Historia das Armas

P.S.: trazendo mais uma. Não há muito o que falar de Febe, mas lembro de Febe apenas como a soberana do Oráculo de Delfos e como avô de Apolo; nunca lembro dela como avô de Ártemis (apesar de ela ser gêmea de Apolo), nem de Hécate. Quanto a sua arma, a Falchion é bem interessante, mas é mais uma que não vejo a mínima relação. Penso que o autor teve um trabalho tremendo pesquisando armas e as selecionando para os titãs. Ah, e já notaram que a maioria das armas das titânides são armas que normalmente se esperaria que fossem manejadas por homens: martelo de guerra (Tétis), Machado (Mnemosine) e a grande espada Falchion (Febe). Espero que gostem. Próximo: Hypérion.

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Achei um detalhe interessante. Okada criou um contraste entre a figura feminina, que costuma ser representada como frágil, e a figura mais rústica das armas. Achei uma boa sacada da parte dele.

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Também achei legal notar essa diferença entre as mulheres e as armas pesadas que representam suas sohmas.

 

Uma coisa que sempre me vem à mente sobre o/a falchion/fauchon é que esses nomes estrangeiros e o formato da espada lembra muito o nosso facão, rsrs. Talvez até estejam mesmo relacionados.

 

Febe é uma titã interessantíssima, em especial por sua relação com o oráculo de Delfos e com Apolo, como você bem destacou.

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HYPÉRIO DE ÉBANO

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Em grego, o nome Hyperion significa "o que está no alto".

 

Na mitologia grega, Hypérion era um dos doze titãs, filhos de Gaia (a Terra) e Urano (o Céu). Era casado com sua irmã, a titânide Téia, e com ela foi pai das luzes celestes: Selene (deusa da lua), Hélios (deus do sol) e Eos (deusa do amanhecer). Hypérion representa o fogo astral. Era a divindade do Sol, da vigilância e da luz, na época dos titãs.

 

Hypérion e seus irmãos, liderados por Cronos, conspiraram contra seu pai Urano, preparando-lhe uma emboscada quando desceu para se deitar com a Terra. Céos, Crios, Hyperion e Iápeto se puseram nos quatro cantos do mundo para segurar o deus do céu, imobilizando-o enquanto Cronos, que estava escondido no centro da Terra, o castrou com a foice forjada por Gaia. Por causa disso, esses quatro titãs ficaram conhecidos como os quatro Pilares Cósmicos que sustentavam e mantinham separados o Céu e a Terra. Hypérion é o Titã que rege o Leste.

 

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Hypérion foi o primeiro a entender, por sua atenção e observação, o movimento do Sol, da Lua e das estrelas e das constelações. Também estudou as estações do ano, e como elas são causadas polos corpos celeste. Hypérion era responsável por medir os dias e os meses, enquanto seu irmão Crios media a duração do ano e o ciclo das estações.

 

Existem poucos mitos nos quais Hypérion aparece. Na Titanomaquia, guerra dos deuses contra os titãs, foi derrotado e lançado no Tártaro.

 

SOHMA - GRANDE ESPADA (GURTHANG)

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Souma-hyperion.jpg

 

No episódio G, Hypérion usa uma espada chamada Gurthang.

 

Gurthang é uma espada que aparece na obra "o Senhor dos Anéis" J. R.R. Tolkien.

 

Era uma das duas espadas que o elfo Eöl forjou com metal que caiu dos céus; esta espada foi dada a Thingol, em agradecimento (ou como uma forma de tributo) por permanecer em Nan Elmoth sem ser perturbado. Seu nome original é Anglachel ("ferro da estrela de fogo"), uma espada que pode romper qualquer metal terrestre.

 

Beleg escolheu esta espada para usar no resgate de Túrin, que havia sido capturado por orcs, mas após Beleg cortar suas algemas com a espada, Túrin, tomando-o por um inimigo, tomou posse da espada, e usou-a para matar Beleg. Túrin ficou com ela chamando-a de Gurthang (Ferro da Morte em Sindarin), e usou-a para matar o dragão Glaurung e, posteriormente, acabar com a sua própria vida. A espada se partiu em pedaços quando Túrin morreu, assim tudo o que ele possuía desapareceu.

 

Fonte: Theoi Project e Wikipedia

P.S.: Hyperion é um titã tão interessante...Pena que há tão pouco sobre ele. Gosto dele pelo seu papel como titã solar e pai dos astros, e principalmente por, segundo o mito, ele ter sido o primeiro a estudar o movimento dos astros (o primeiro astrônomo!!). Quanto a sua Sohma, além da de Cronos, é a única que tem inspiração em uma arma específica, e não apenas naquele tipo de arma em geral, e até que gostei da inspiração usada. Espero que gostem. Próximo: Téia

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Eu gostei!

 

Se Céos é o meu titã preferido em CdZ, na mitologia o meu preferido é Hipérion (até o nome dele é pura imponência!).

 

Curioso é que a "dinastia do sol" começou em Hipérion, passou para o seu filho Hélio, mas foi interrompida aí. O sucessor foi o neto de Céos, Apolo. Só uma curiosidade mesmo.

 

Aproveitando que você falou da Gurthang de Hipérion e da Megas Drépanon de Cronos, seria mais interessante se Okada tivesse usado armas famosas nos mitos ou na literatura mundial para nomear as sohmas (por exemplo, o machado poderia ser o Lábrys cretense, e por aí vai). Mas, enfim, a obra até já acabou e, como diria Magda, não adianta chorar pelo leite desmamado.

 

Voltando ao mito de Hipérion, outra coisa que me chamou a atenção foi que, no posicionamento dos 4 titãs que auxiliaram Cronos a derrotar Urano, ele ficou no leste, a posição do sol nascente, lado para onde os antigos se voltavam para orar durante a adoração ao Sol.

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Aproveitando que você falou da Gurthang de Hipérion e da Megas Drépanon de Cronos, seria mais interessante se Okada tivesse usado armas famosas nos mitos ou na literatura mundial para nomear as sohmas (por exemplo, o machado poderia ser o Lábrys cretense, e por aí vai). Mas, enfim, a obra até já acabou e, como diria Magda, não adianta chorar pelo leite desmamado.

Fiquei curioso. Quais seriam os outros possíveis nomes pras essas armas baseados nesses mitos famosos?

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