Mitologia de Saint Seiya

[§agitariu§ 333]

THANATOS – O DEUS DA MORTE

 

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Na mitologia grega Thanatos ou Tânato (do grego antigo “morte”), chamado de Mors ou Letum pelos romanos, era o deus ou daimon de morte não-violenta. Seu toque era gentil, e era comparado à de seu irmão gêmeo Hipnos (Sono). A morte violenta era o domínio das irmãs de Thanatos, as Keres, espíritos do abate, dos homicídios e doenças.

 

Thanatos era filho de Nyx (a Noite), segundo Hesíodo. Segundo Higíno, era filho de Nix e Érebo (a Escuridão). Tinha vários irmãos, entre eles Hipnos (deus do sono), os Oneiros (deuses dos sonhos), Keres (morte violenta), Oizus (miséria), Moros (desgraça), Geres (velhice) e vários outros. Segundo Homero, em sua Ilíada, Hipnos e Thanatos eram irmãos gêmeos.

 

Na pintura de vasos gregos, Thanatos foi retratado como um homem alado, com grandes asas de penas negras nas costas. Tinha uma grande barba preta, era mostrado como um homem mais velho, ou mais raramente como um jovem imberbe. Em relevos esculturais romanos ele foi retratado como um jovem segurando uma tocha virada para baixo e um coroa de flores ou borboleta (que simbolizava as almas dos mortos). Hesíodo diz que ele e seu irmão Hipnos moram no Mundo Inferior e que Thanatos tem um coração de ferro, sem piedade.

 

Durante a Guerra de Tróia, Thanatos e Hipnos foram enviados por Zeus para buscar o corpo de seu filho Sarpedon, rei da Lícia, quando este morreu. Eles pegaram seu corpo e o levaram de volta a Lícia, onde sua esposa e compatriotas lhe deram um enterro digno.

 

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Thanatos e Hipnos carregando o corpo de Sarpedon, com Hermes os guiando

 

Thanatos aparece também no mito de Admeto. Segundo o mito, Admeto, rei de Pheras, estava para morrer. Apolo fez um acordo com Thanatos, e Alceste, esposa de Admeto, ofereceu-se para morrer em lugar do marido. Thanatos foi então buscar Alceste quando esta estava prestes a morrer. Apolo, que estava em seu leito, tenta convence o deus da morte a deixar a esposa do seu amigo, mas Thanatos diz que levará sua alma de qualquer maneira. Após a morte de Alceste, Herácles passava pela casa de Admeto, e este o hospedou. Pensando em uma maneira de retribuir sua bondade, Héracles esperou ao lado da tumba de Alceste, durante seu enterro, e assim que viu Thanatos, que viria beber o sangue dos animais sacrificados, ele o segurou, e só o soltou após o deus da morte lhe devolver alma de Alceste. Neste mito, Apolo diz que Thanatos é odioso para a humanidade e detestado pelos deuses.

 

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Thanatos, Alceste e Héracles

O mito mais importante do qual Thanatos participa é a história de Sísifo, filho de Éolo, o rei da Tessália, e Enárete. Foi o fundador e primeiro rei de Éfira, depois chamada Corinto, onde governou por diversos anos. Casou-se com Mérope, filha do titã Atlas e uma das sete Plêiades. Mestre da malícia e dos truques, Sísifo entrou para a tradição como um dos três maiores ofensores dos deuses da mitologia grega.

 

Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Égina, filha de Asopo, um deus-rio. Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade ele contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene. Assim, ele despertou a raiva do grande Zeus, pois havia sido ele a levar Égina. Zeus enviou o deus da morte, Thanatos, para levá-lo ao Mundo Inferior. Sísifo elogiou a beleza do deus e lhe pediu para adornar seu pescoço com um colar. Thanatos concedeu seu desejo, mas Sísifo pegou as correntes a acorrentou o deus da morte.

 

Com a Morte acorrentada, ninguém mais morreu. Isso irritou os deuses, especialmente Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas. Tão logo teve conhecimento do paradeiro de Thanatos, Ares o libertou e o deus da morte trouxe Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo. Já no Mundo Inferior, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a Morte pela segunda vez.

 

Sísifo permaneceu escondido dos deuses por muitos anos. Hades lembrou-se de Sísifo e enviou Hermes para arrastar sua alma ao Mundo Inferior. No Tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo: por toda a eternidade Sísifo foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível. Por esse motivo, a tarefa que envolve esforços inúteis passou a ser chamada "Trabalho de Sísifo".

 

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Sísifo carrega sua rocha, observado por Hades e Perséfone

Poucos lugares cultuavam Thanatos. É dito que perto da estátua de Pausanias, ao lado do templo de Athena na casa de bronze, em Esparta, existiam imagens de Afrodite, Geras (a velhice), Hipnos e Thanatos. Na cidade de Olympia, havia uma estátua de Nix segurando dois bebês, um branco e um negro, representando, respectivamente, Hipnos e Thanatos. Pausanias ainda nos diz que em Gadeira (atualmente Gilbatra, na Espanha), os habitantes, diferentes de todos os outros povos, cantavam hinos em honra a Thanatos.

 

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Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo o deus da morte. Thanatos é um personagem mitológico muito interessante. Apesar de vários heróis e deuses o taxarem como tendo um "coração de ferro" ou sendo "odioso para a humanidade e detestado pelos deuses", Thanatos não me parece ser um personagem mal. Ele me parece muito com a forma que Neil Gaiman criou a Morte nos quadrinhos de Sandman, onde ela diz "não ser piedosa ou misericordiosa, ela tem apenas um trabalho, e o cumpre". Da mesma forma Thanatos não me parece mal, ele apenas tem um trabalho que é importante para o mundo, e ele o cumpre, mesmo que s pessoas não gostem disso. Já como personagem de CDZ eu achei que ele podia ter sido mais explorado. Ele é o deus da morte, com o poder de tomar a alma de qualquer ser vivo, então eu o achei bem mal explorado pelo Kurumada. Mesmo Shiori, que o abordou mais, não o explorou tão bem. Quem sabe ainda veremos os gêmeos em Next Dimension? Espero que sim. No próximo terminamos os deuses do clássico. Próximo: Hipnos.

[Cardian 14]

Essa relação mitológica do Sísifo e do Tânatos serviu para a Shiori desenvolver parte do arco do sagitariano, desde de sua busca pelos deuses gêmeos antes da guerra santa até o seu aprisionamento no mundo dos sonhos. O Sísifo mitológico deve se um dos maiores malandros da mitologia

Acho difícil Kurumada abordar o Tânatos em ND. Há vários núcleos no mangá e a tropa de Hades junto com Alone foram deixados de lado para abordar a subida dos bronzeados, distorções temporais e o Ofiúco.

 

Entidades relacionadas ao mundo dos mortos ou a morte dificilmente são bem vistas, mesmo que tenham boa índole.

[§agitariu§ 333]

HYPNOS – O DEUS DO SONO

 

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Hypnos ou Hipnos (do grego “sono), chamado pelos romanos se Somnus ou Sopor, era o deus ou espírito (daimon) do sono. Era retratado como um jovem com asas em suas costas ou nos lados da cabeça, e às vezes nos pés. Seus atributos incluíam um chifre de ópio indutor do sono, uma haste de papoula, um ramo que gotejava água do rio Lete (o rio do esquecimento), ou ainda um tocha invertida. Hipnos tinha poder sobre deuses e homens, e alguns mitos o chamam de “o conquistador dos deuses”.

 

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Hipnos era filho de Nyx (a Noite), segundo Hesíodo. Segundo Higíno, era filho de Nix e Érebo (a Escuridão). Tinha vários irmãos, entre eles Thanatos (deus do sono) e os Oneiros (deuses dos sonhos) Segundo Homero, em sua Ilíada, Hipnos e Thanatos eram irmãos gêmeos. Segundo Ovídio, os mil Oneiros, deuses dos sonhos – incluindo Morpheus, Icelos e Phantasos – eram seus filhos, não seus irmãos. Era casado com Pasithea, uma das Carites (deusas da graça), a deusa do descanso e relaxamento.

 

Junto com os Oneiros, ele residia em uma caverna do Mundo Inferior, em Érebo, a terra da escuridão eterna, além dos portões do sol nascente. Sua caverna ficava ao lado do rio Lethe (rio do esquecimento), e a entrada era coberta de papoulas; a caverna não tinha portas e no meio dela ficava um grande sofá de ébano onde dormia Hipnos, rodeado pelos Oneiros que viviam na caverna. A caverna era guardada por Hesikya (a daimona da calma, descanso, silêncio e quietude), Aergia (daimon da ociosidade, indolência e preguiça), Lethe (daimona do esquecimento) e Acratus (daimon do ato de beber vinho puro). Da sua caverna, ele levantava-se para o céu a cada noite no comboio de sua mãe Nyx (a Noite). Hesíodo nos diz que Hipnos passava pelo mundo em silêncio e era gentil com os mortais, diferente de seu irmão Thanatos, que não tinha piedade em seu peito.

 

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Certa vez, Dionísio, o deus do vinho, atacou a Índia. Hera, que sempre levava desgraça aos filhos de Zeus com suas amantes, ajudava os indianos a derrotar Dionísio, mas Zeus, seu marido, estava do lado do filho. Então Hera enviou sua mensageira, Íris, a deusa do arco-íris, para ir até Hipnos e pedir-lhe que fizesse Zeus dormir, para que ela pudesse ajudar os indianos a derrotar Dionísio. Irís vai até Hipnos e se disfarça com a aparência de sua mãe, Nix. Através de apelos, e lembrando que Hera era a senhora das Carites, uma das quais ele amava, Irís convenceu Hipnos. O deus do sono colocou Zeus para dormir, e com a ajuda de Hera os indianos venceram Dionísio. Ao acordar, Zeus ficou furioso e quis jogar Hipnos no Tártaro, mas foi impedido por Nix, que tinha poder sobre deuses e homens, e que nem Zeus ousava contrariar.

 

Mais tarde, durante a Guerra de Tróia, Hera veio a Hipnos, pedindo-o para fazer seu marido, Zeus, dormir, para que assim pudesse ajudar os gregos que perdiam a guerra. Hipnos nega, lembrando que Zeus quase o jogou no Tártaro na última vez que o fez dormir. Porém, Hipnos concorda em colocar Zeus para dormir após Hera prometer-lhe dar-lhe a mais jovem das Carites (também chamadas de Graças), chamada Pasithea, como sua esposa. Hera usou o cinto mágico de Afrodite para seduzir Zeus, e Hipnos o fez dormir com ela. Enquanto Zeus dormia, Poseidon ajudou os gregos a recuperarem a vantagem na guerra. Ainda na Guerra de Tróia, Thanatos e Hipnos foram enviados por Zeus para buscar o corpo de seu filho Sarpedon, rei da Lícia, quando este morreu. Eles pegaram seu corpo e o levaram de volta a Lícia, onde sua esposa e compatriotas lhe deram um enterro digno.

 

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Hipnos e Thanatos carregando o corpo de Sarpedon

 

Hipnos aparece também no mito de Alcione e Ceix. Após a morte de Ceix, rei da Tessália, durante um naufrágio, Hera mandou Íris (deusa do arco-íris), sua mensageira, ir até Hipnos e pedir-lhe para enviar um de seus filhos, os Oneiros, aos sonhos de Alcione, esposa de Ceix, para avisá-lo de sua morte. Hipnos escolhe Morpheus, aquele que melhor imita as formas humanas, para ir até Alcione e avisá-la.

 

No mito de Jasão, Medeia invoca o poder de Hipnos para fazer o dragão que guarda o Velocino de Ouro dormir. Também ajudou Dionísio, o deus do vinho, a seduzir a ninfa Nikaia, colocando-a para dormir.

 

Durante a Guerra dos Sete de Tebas, Hipnos, a pedido de Hera, faz todos os habitantes de Tebas dormirem, pois estes estavam acordados por três noites em vigília, mas ele também leva o sono aos seus adversários.

 

Poucos lugares cultuavam Hipnos, porém eram mais do que os do seu irmão Thanatos. É dito que perto da estátua de Pausanias, ao lado do templo de Athena na casa de bronze, em Esparta, existiam imagens de Afrodite, Geras (a velhice), Hipnos e Thanatos. Na cidade de Olympia, havia uma estátua de Nix segurando dois bebês, um branco e um negro, representando, respectivamente, Hipnos e Thanatos. No santuário de Asclépio (deus da medicina) em Sícion, havia também estátuas de Hipnos e dos Oneiros, pois dizia-se que Asclépio visitava os doentes em seus sonhos. No salão de Troizenos, na cidade de Argolis, haviam imagens das musas e Hipnos, pois dizia-se que Hipnos era o deus mais importante para eles, pois as Musas inspiravam os mortais em seu sono.

 

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo o último dos deuses do clássico. Hypnos é um ótimo personagem em CDZ, pena que teve uma participação tão mínima; mesmo em LC ele não apareceu muito. Seu papel como a voz da sabedoria para com seu irmão é ótimo, e a dualidade entre os dois é muito bem construída. Já na mitologia, ele era um deus calmo, que passava o dia dormindo, saindo de sua caverna apenas a noite para levar sono aos mortais. Mas o mais interessante é seu poder até mesmo sobre os deuses, podendo incapacitar até os imortais. Enfim, espero que gostem. Próximo: Oneiros.

[Cardian 14]

Sempre curtir a personalidade calma e prudente do Hipnos contrastando com seu irmão. Não é de se espantar que Tânatos é sempre o primeiro a ser derrotado

 

Hera adorava meter o deus dos sono em encrenca quando queria aprontar com Zeus

[§agitariu§ 333]

ONEIROS DOS SONHOS

 

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Os Oneiros (do grego “sonho”) eram as daimones (espíritos ou deuses menores) que regiam os sonhos. Os pesadelos eram chamados de melas Oneiros (do grego “sonho preto”). Eles eram descritos como homens com grandes asas de penas negras nas costas. Segundo Ovídio, os Oneiros são filho de Hipnos, o deus do sono; segundo Hesíodo, são filhos de Nix (a noite), sem pai, irmãos de Hipnos; e segundo Higíno, são filhos de Nix e Érebo (a escuridão). Segundo alguns autores, o líder dos Oneiros era Morpheus, um deus que aparecia nos sonhos de reis e governantes sob o disfarce de homens, e entregava mensagens dos deuses.

 

Existem mil Oneiros, dos quais apenas quatro são nomeados. O primeiro deles é Morpheus, que segundo Ovídio, era o Oneiro que melhor imitava a forma humana, seus recursos, suas roupas e suas falas. O segundo era chamado pelos deuses de Icelos e pelos mortais de Phobetor, e era o que melhor imitava os animais. O terceiro era Phantasos, que era o que melhor imitava as plantas e as coisas inanimadas, como o solo, a água e as rochas. Esses três levavam sonhos a reis e líderes, enquanto os outros Oneiros levavam sonhos ao povo comum. O quarto Oneiro nomeado era Epiales, que era um melas Oneiros, ou seja, um Oneiro que levava pesadelos aos mortais.

 

 

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Os Oneiros emergiam a cada noite como um bando de morcegos de sua casa cavernosa no Érebo, a terra da eterna escuridão além do sol nascente, onde vivem junto com Hipnos, o deus do sono. Para chegar ao mundo mortal, os Oneiros passam através de um dos dois portões (pylai). O primeiro deles, feito de chifre, era a fonte dos sonhos proféticos enviado pelos deuses, enquanto o outro, construído de marfim, era a fonte dos sonhos comuns e sem significado. Aletheia, a deimona da verdade e sinceridade, vivia próximo ao portão de chifre, para garantir que só a verdade passasse por ele. As vezes, os Oneiros apareciam nos sonhos segurando um chifre, para que sonhador soubesse que aquele era um sonho profético

 

Os Oneiros não aparecem muito na mitologia. Segundo Esopo, Apolo, deus dos oráculos, ficou arrogante após receber o dom da profecia, então Zeus trouxe os primeiros Oneiros, que só traziam profecias verdadeiras aos sonhos, de modo que os homens não precisassem das profecias de Apolo. Apolo pediu perdão a Zeus e esse o perdoou, e então trouxe vários outros Oneiros, que levavam sonhos falsos. Assim, as pessoas veriam que não podiam confiar em seus sonhos e recorreriam mais a Apolo.

 

Os Oneiros aparecerem também na Guerra de Tróia. Zeus comanda um dos Oneiros para levar um sonho profético a Agamenon, dizendo-o para armar rapidamente os Aqueus e avançar sobre Tróia.

 

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Fonte: Theoi Project

P.S.: A mitologia dos sonhos é uma das partes mais legais da mitologia grega, pena que é tão pouco explorada nos mitos. Os Oneiros e suas passagens a partir dos portões de osso e chifre, que determinam o tipo de sonho são extremamente interessantes,e é legal ver como, apesar de estarem sempre a margem das histórias, eles estão presentem em todo o mundo grego. Em LC Shiori fez uma boa representação dos Oneiros como um único deus, especialmente no desfecho, onde todos se uniram a ele. Espero que gostem. Próximo: Morfeus dos Sonhos dos Heróis.

[Libra 285]

Interessante Oneiros não ser "um deus em si" mas uma espécie de classe de deuses responsáveis pelos sonhos, se é que entendi certo.

 

Estranho a Shiori resolver separar Icelus de Phobetor no gaiden do El Cid em vez de representar o Epiales. Ele sendo um Oneiros do pesadelo teria sido bem representado como vilão e não teria desencontro com a mitologia.

 

 

E é engraçado como os gregos gostavam de aumentar as coisas. "Gigantes de milhões de braços", "Mil Oneiros"... temos mil oneiros mas apenas 3 são de fato importante, uma pena.

[Chemist Black 1.474]

Também fiquei super curioso quanto a isso. Kuori separou Icelos e Phobetor em duas entidades individuais e deixou o Epiales de fora. Fiquei super curioso por vê-lo em ação e como ele seria retratado. No LC, fica a impressão de que o Oneiros realmente existe apenas para unir os outros deuses e formar o besourozord.

[Libra 285]

Kuori?

[Cardian 14]

Os Oneiros foram umas da melhores adições da Shiori ao exército de Hades. Pena que não duraram muito, dava para terem mais destaque durante a guerra santa.

 

Também acho que a Shiori deveria ter nomeado o Oneiro do gaiden do El Cid como Epiales ao invés de Phobetor.

 

Edit: Dando uma pesquisada rápida, o Epiales é escanteado mesmo, dificilmente ele é citado quando se fala dos Oneiros. Talvez por que ele não foi citado por Ovídio ou Homero, apenas por Alcaeus /Alceu de Mitilene segundo a Theoi. Então é compreensível que a Shiori não tenha o citado, é um personagem bem obscuro.

Editado Janeiro 20, 2017 por Cardian

[§agitariu§ 333]

MORPHEUS DOS SONHOS DOS HERÓIS

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Morpheus era o líder dos Oneiros, os deuses ou espíritos (daimones) de sonhos. Ele manifestava-se nos sonhos de reis e governadores na forma de homens, como um mensageiro dos deuses. Seu nome significa “forma” ou ainda “moldador”. Morpheus, assim como os outros Oneiros, é descrito como um homem com grandes asas de penas negras nas costas. Segundo Ovídio, é filho de Hipnos, o deus do sono; segundo Hesíodo, é filho de Nix (a noite), sem pai; e segundo Higíno, e filho de Nix e Érebo (a escuridão).

 

Morpheus, segundo Ovídio, era o Oneiro que melhor imitava a forma humana, seus recursos, suas roupas e suas falas. Ele formava um trio com dois de seus irmãos: o primeiro chamado pelos deuses de Icelos e pelos mortais de Phobetor era o que melhor imitava os animais. Outro irmão, Phantasos, era o que melhor imitava as coisas inanimadas, como o solo, as árvores, a água e as rochas. Os três levavam sonhos a reis e líderes, enquanto os outros Oneiros levavam sonhos ao povo comum.

 

Após a morte de Ceyx, Hera, a rainha dos deuses, enviou sua mensageira Íris (deusa do arco-íris) até a caverna de Hipnos, o deus do sono. Chegando lá, Íris usou sua luz para acordar o deus dorminhoco e lhe disse que Hera havia pedido para ele enviar um de seus filhos, os Oneiros, até Alcione, esposa de Ceyx, para avisá-la de sua morte. Hipnos escolheu Morpheus, pois este era o que mais sabia imitar a forma humana. Com suas asas negras, ele voou até a cidade de Tracis e se postou ao lado da cama de Alcione. Morfeu tomou a forma do fantasma de Ceyx, de forma e rosto, pálido e nu ao lado da cama de Alcione. Sua barba estava encharcada e ele pingava água do mar, em seguida, inclinando-se sobre ela e chorando contou-lhe como ele havia morrido afogado e que não alimentasse sua esperança, pois ele não voltaria. Ainda dormindo, Alcione esticou os braços para abraça-lo, mas abraçou o vazio. Ela acordou, mas não vê nada a sua volta. Mas lembra do sonho e sabe da morte de seu marido.

 

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Morfeu e Alcione

 

Morpheus provavelmente foi o Oneiro que Zeus enviou para visitar Agamenon na Ilíada. Junto com seus irmãos, ele residia na terra dos sonhos (Demos Oneiros), uma parte do Mundo Inferior.

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Fonte: Theoi Project

P.S: trazendo o segundo dos deuses dos sonhos. Morfeus é um ótimo personagem, mas que acabou sendo muito mal aproveitado pela Shiori, tendo a pior morte dentre os deuses dos sonhos. Já sua mitologia é bem legal, com ele sendo o principal dos Oneiros, e aquele que melhor imita a forma de seres humanos. Mais uma vez é uma pena ver que os Oneiros são tão mal explorados na mitologia. Ó curioso é que, já que Morfeu é o que melhor representa humanos, era de se pensar que ele, e não Phantasos, mudasse seu gênero em Lost Canvas. Próximo: Icelos das Ilusões/Phobetor.

[Libra 285]

Interessante saber que a terra dos sonhos realmente ficava no Mundo Inferior, sendo este domínio de Hades na mitologia né? Então faria certo sentido sim eles acabarem sendo parte e trabalharem para os planos de Hades em LC, além de seu pai ser Hypnos.

 

Legal também que já na Antiguidade existia uma forte "segregação", por assim dizer, da sociedade. Temos deuses nomeados que só atendem a elite como reis e heróis e deuses sem nome e importância que atendem a população em geral. Bem legal.

[§agitariu§ 333]

ICELOS DA ILUSÕES/PHOBETOR

 

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Na mitologia grega, Phobetor (do grego "assustador") ou Icelos (do grego “aparência”) era um dos Oneiros (do grego “sonho”), que eram daimones (espíritos ou deuses menores) que regiam os sonhos. Os pesadelos eram chamados de melas Oneiros (do grego “sonho preto”). Os Oneiros eram descritos como homens com grandes asas de penas negras nas costas. Segundo Ovídio, os Oneiros são filho de Hipnos, o deus do sono; segundo Hesíodo, são filhos de Nix (a noite), sem pai; e segundo Higíno, são filhos de Nix e Érebo (a escuridão).

 

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Segundo Ovídio, esse deus era chamado pelos deuses de Icelos, seu nome verdadeiro, e pelos mortais de Phobetor. Dentre os Oneiros, Icelus era o que melhor imitava os animais, em sua forma e comportamento, e era assim que se manifestava nos sonhos das pessoas. Icelus formava um trio com dois de seus irmãos: Morpheus, que era o Oneiro que melhor imitava a forma humana, seus recursos, suas roupas e suas falas; e Phantasos, que era o que melhor imitava plantas e coisas inanimadas, como o solo, a água e as rochas. Os três levavam sonhos a reis e líderes, enquanto os outros Oneiros levavam sonhos ao povo comum.

Junto com seus irmãos, Phobetor residia na terra dos sonhos (Demos Oneiros), uma parte do Mundo Inferior.

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PHANTASOS DAS FORMAS TEMPORAIS

 

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Na mitologia grega, Phantasos (do grego antigo "aparição", no sentido de “fantasma”) era um dos Oneiros (do grego “sonho”), que eram daimones (espíritos ou deuses menores) que regiam os sonhos. Os Oneiros eram descritos como homens com grandes asas de penas negras nas costas. Segundo Ovídio, os Oneiros são filho de Hipnos, o deus do sono; segundo Hesíodo, são filhos de Nix (a noite), sem pai; e segundo Higíno, são filhos de Nix e Érebo (a escuridão).

 

Dentre os Oneiros, segundo Ovídio, Phantasos, que era o que melhor imitava plantas e coisas inanimadas, como o solo, a água e as rochas. Parece formar um trio com seus Phantasos formava um trio com dois de seus irmãos: Icelos, que era o que melhor imitava os animais; e Morpheus, que era o Oneiro que melhor imitava a forma humana, seus recursos, suas roupas e suas falas. Os três levavam sonhos a reis e líderes, enquanto os outros Oneiros levavam sonhos ao povo comum.

 

Junto com seus irmãos, Phantasos residia na terra dos sonhos (Demos Oneiros), uma parte do Mundo Inferior.

 

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Fonte: Theoi Project

P.S.: com o post dos dois deuses dos sonhos restantes eram bem pequenos, resolvi trazê-los juntos. Icelos é um ótimo personagem, gosto como Shiori deu uma característica bestial a ele, em referência a sua habilidade de imitar animais na mitologia. Já Phantasos é um ótimo personagem também, e gosto como foi representado em uma dualidade de masculino/feminino. Mas não gostei do uso de Phobetor no gaiden de El Cid, achei muito repetitivo da parte da autora. Enfim, espero que gostem. Próximo: Kairos.

Editado Fevereiro 2, 2017 por §agitariu§

[Cardian 14]

Morpheu é o mais famoso dos Oneiros, diria até que é mais famoso que o próprio Hipnos (se tratando de livros e animações). Ele e seus irmãos deveriam ter sido melhor explorados pela Shiori, pois apareceram e morreram em um único arco.

 

Quanto ao Phantasos mudar de gênero e não o Morpheus, acho que é por que possui o nome que aparenta soar mais "feminino" dos três. Que chute...

 

Um detalhe que senti falta foi das asas na sobrepeliz do Icelos quando ele a veste, já que se tornam parte do saiote dele. Até porque os Oneiros na mitologia eram alados e trajar armaduras aladas quase sempre é importante em SS (sinal de status ).

[Leandro Morus 76]

Morpheu é o mais famoso dos Oneiros, diria até que é mais famoso que o próprio Hipnos (se tratando de livros e animações). Ele e seus irmãos deveriam ter sido melhor explorados pela Shiori, pois apareceram e morreram em um único arco.

 

Quanto ao Phantasos mudar de gênero e não o Morpheus, acho que é por que possui o nome que aparenta soar mais "feminino" dos três. Que chute...

 

Um detalhe que senti falta foi das asas na sobrepeliz do Icelos quando ele a veste, já que se tornam parte do saiote dele. Até porque os Oneiros na mitologia eram alados e trajar armaduras aladas quase sempre é importante em SS (sinal de status ).

Pela logica Phantasos deveria controlar dimensões e não o Ikelos ja que ele imita a realidade.Acho que a Shiori tem algum interesse por androginia vide Veronica. Tambem nao gostei da armadura do Ikelos, parece que destoa dos outros irmãos.

[Hunter Amaral 475]

Pela logica Phantasos deveria controlar dimensões e não o Ikelos ja que ele imita a realidade.Acho que a Shiori tem algum interesse por androginia vide Veronica. Tambem nao gostei da armadura do Ikelos, parece que destoa dos outros irmãos.

Na verdade nem e mano. Quem estuda mitologia grega a fundo sabe que a mitologia era influenciada pelos costumes sociais. E os gregos eram altamente granolados.... Shiori colocar personagens androginos por incrivel que pareca da ainda mais fidelidade a sua obra. Pois pega influencias gregas da raíz.

[Leandro Morus 76]

Na verdade nem e mano. Quem estuda mitologia grega a fundo sabe que a mitologia era influenciada pelos costumes sociais. E os gregos eram altamente granolados.... Shiori colocar personagens androginos por incrivel que pareca da ainda mais fidelidade a sua obra. Pois pega influencias gregas da raíz.

Bem , talvez Dionysios tenah sido uma inspiração pra ela, mas eu discordo, os gregos embora aceitasse a "homossexualidade" condenavam ferrenhamente a androginia e os homens efeminados.

[§agitariu§ 333]

KAIROS

 

Kairos ou Caerus (chamado de Tempus pelos romanos) foi o daimon (espírito ou deus menor) da oportunidade, o mais jovem filho divino de Zeus.

 

Kairos era representado como um homem jovem e bonito, pois a oportunidade nunca envelhece e a beleza é sempre oportuna. Ele tinha uma mecha de cabelo, que caia sobre seu rosto, enquanto a parte posterior de sua cabeça era calva. Kairos sempre anda nas pontas do pés, porque está sempre correndo e ele possui asas nos pés e nas costas para voar. Ele leva nas mãos uma balança, sustentada por uma lâmina afiada, objeto que representa o pequeno instante em que as oportunidades aparecem e desaparecem.

 

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É dito que, se alguém o visse, poderia agarrá-lo por sue mecha de cabelo, pois se alguém o agarrasse de frente poderia segurá-lo, mas depois que ele fosse embora, nem mesmo Zeus poderia trazê-lo de volta.

 

Segundo Pausanias, na entrada do estádio de Olympia, existiam dois altares, um de Hermes e outra de Kairos. Callistratus nos diz que em Sícion existia uma estátua do deus, e que essa foi a mais bela estátua esculpida por Lysippos, na qual representou Kairos como um jovem, da cabeça aos pés resplandecente com a flor da juventude. Usava uma barba felpuda, tinha a cabeça careca, exceto pela mecha frontal, que lhe descia abaixo das sobrancelhas, e asas nos pés, indicando que a oportunidade passa rápido.

 

 

Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: Chronos e Kairos. Chronos se refere ao tempo real e inexorável, cujo passar nos leva inevitavelmente a morte, é o é o tempo dos homens, que pode ser medido. Já Kairos refere-se ao tempo interior de cada um, ao tempo dos sonhos, do espírito, o qual continuamente nos devolve a vida; é o tempo que não pode ser medido, o tempo divino, onde algo especial acontece.

 

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Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo o último dos deuses gregos de The Lost Canvas. Kairos é um personagem fantástico, um dos melhores criados pela Shiori, e foi o verdadeiro vilão da obra. Fez tudo que quis e usou todo mundo pra alcançar seu objetivo, e ainda ria de tudo isso. Na mitologia, ele tem um representação incrível, acho que uma das melhores entre os daimons, representando realmente a "oportunidade" e como ela passa rápido. Espero que gostem. Próximo: Hécate.

[Chemist Black 1.474]

A Shiori revela no LC o motivo do Chronos ter banido Kairos? Isso me veio a mente esses dias e eu não recordo.

[Hunter Amaral 475]

Bem , talvez Dionysios tenah sido uma inspiração pra ela, mas eu discordo, os gregos embora aceitasse a "homossexualidade" condenavam ferrenhamente a androginia e os homens efeminados.

Não é que eles condenavam, e que eles "descriminavam" o que tem lah suas diferenças. Por exemplo, você sabia que na Grécia antiga havia prostíbulos homossexuais e mesmo alguns filhos de Afrodite eram andróginos e afeminados neah? Ou Aquiles por incrível que pareça na illiada ele era muito afeminado.

Mas na prática quem "trabalhava" nesses prostíbulos sexuais ou já trabalhou não tinha o direito de cidadania, que era de "chamar a polícia" e votar,entre outras coisas. Mas androgenia era aceitável na sociedade deles. Diria até necessário

Editado Fevereiro 16, 2017 por luciano amaral

[GFernandes 6.741]

A Shiori revela no LC o motivo do Chronos ter banido Kairos? Isso me veio a mente esses dias e eu não recordo.

Não. Apenas é dito que Chronos selou Kairos e o obrigou a reencarnar como um humano e estar sujeito a isso toda vez que reencarnasse.

[Cardian 14]

Legal essa percepção dualista dos gregos de Chronos representando o tempo "externo" e Kairos como o tempo "interno". Agora compreendi porque o Kairos tem as mechas frontais tão destacadas pela Shiori, mais até do que o próprio rosto que nunca foi mostrado.

 

O plot da contenda entre os irmãos e suas consequências nas guerras santas foi uma boa sacada da Shiori e até pode ser trabalhado mais, principalmente expondo os motivos da rixa entre eles.

[Chemist Black 1.474]

Não. Apenas é dito que Chronos selou Kairos e o obrigou a reencarnar como um humano e estar sujeito a isso toda vez que reencarnasse.

 

Ela não diz isso nem o seu motivo de querer que o Hades vença a guerra santa. Bem que poderiam pergunta-la quando possivel.

[GFernandes 6.741]

Não se preocupe, ela não responde perguntas sobre a trama que os fãs fazem. O máximo que ela diz é: "Deixo a interpretação dos leitores". Foi assim quando perguntaram a ela sobre o que Myu fez em LC, se Krest guardou o Selo de Poseidon até a sua morte, etc.

[Hunter Amaral 475]

Ela não diz isso nem o seu motivo de querer que o Hades vença a guerra santa. Bem que poderiam pergunta-la quando possivel.

Creio que o motivo por isso seja que Athena jamais ajudaria Kairós,ainda mais com sage e hakurei ali, que de bobos não tem nada. Com Hades ficaria mais fácil manipular aquele povo "Se Alone enganou a todos ali Xddd"

E o motivo principal dele era lutar com o Pégaso e extrair a alma dele pra matar os deuses. Se você parar pra pensar, bem macabro. Mas entendível lendo a mitologia grega raiz. Tem coisa bem pior lah "como o fato de Zeus comer a mãe de Athena com medo dá filha".

Editado Fevereiro 19, 2017 por luciano amaral

[§agitariu§ 333]

HÉCATE

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Hécate (do grego “trabalhadora a distância”, chamada pelos romanos de Trivia) era a deusa/titã da magia, feitiçaria, das encruzilhadas, noite, lua nova, fantasmas e necromancia. Ela era a única filha dos titãs Perses e Asteria, de quem ela recebeu o seu poder sobre o céu, terra e mar. Apollonius diz que ela era uma deusa virgem e, portanto, não tinha filhos. Outros autores, no entanto, a dão como mãe do monstro Skilla e das feiticeiras Circe e Medeia.

 

Hécate era geralmente representada nas pintura de vasos gregos como uma mulher segurando duas tochas. Às vezes, ela estava vestida de saia de donzela na altura do joelho e botas de caça, bem como Artêmis. Em estátuas, Hécate foi muitas vezes representada na forma tripla, como a deusa da encruzilhada. Hécate representava as encruzilhadas no sentido de “escolha”, pois ao chegar em uma encruzilhada na vida, você teria três opções para onde seguir (por isso era representada como uma deusa tríplice); quatro, se considerasse a opção de voltar atrás.

 

Sobre Hécate é dito que ela foi honrada por Zeus acima de tudo. Conta-se que ela deu a ela poder sobre a terra, o mar e o céu. Durante a guerra dos deuses contra os gigantes, ela enfrentou o gigante Clítio, e o matou com suas tochas.

 

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Hécate matando Clítio

Quando Perséfone, a deusa da primavera, foi sequestrada por Hades, apenas Hécate, em sua caverna, escutou seus gritos. Quando Deméter passou a procurar a filha, Hécate a ajudou, iluminando o caminho à noite com suas tochas. Após o resgate de Perséfone, por ter comido algumas sementes de romã no Mundo Inferior, foi dito que ela não recusou Hades inteiramente, e portanto Zeus decretou que a partir de agora ela passaria dois terços do ano com sua mãe, Deméter, na superfície e um terço com Hades no Mundo Inferior. A partir disso Hécate, que havia ajudado em seu resgate, tornou-se ministra e companheira de Perséfone, acompanhando-a em suas viagens entre a superfície e o mundo dos mortos.

 

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Perséfone sendo trazida superfície por Hades, acompanhada de Hermes e Hécate

Como deusa dos fantasmas e das encruzilhadas, Hécate era as vezes tida como um ser espectral, que enviava fantasmas para a terra durante a noite e estes habitavam encruzilhadas. Daí pode ter surgido a lenda que relaciona encruzilhadas com locais de aparição de seres demoníacos.

 

Hécate era acompanhada por dois animais familiares: uma marta e um cão preto, que eram considerados seus animais sagrados. Há mitos sobre sua origem:

 

O primeiro nos conta a história de Galíntia. Galíntia era ajudante de Alcmena, e a estava ajudando durante o parto de Héracles. Quanto Alcmena estava prestes a dar a luz, Zeus, o rei dos deuses, anunciou que o Perseida (descendente de Perseu) que estava prestes a nascer devia ser rei de Micenas. A pedido de Hera, a deusa Ilítia (deusa do parto) e as Moiras (deusas do destino) retardaram o parto de Alcmena, e Hera foi até Eurema, mulher de Sthenelos, que assim como Alcmena, era neto de Perseu. Eurema estava grávida de sete meses, e Hera a fez ter o parto de forma prematura. Assim Euristeu, que também era um Perseida, nasceu uma criança de sete meses, antes Héracles, e herdou o reino de Micenas. Enquanto isso Alcmena ainda sentia muitas dores. Foi então que sua ajudante, Galíntia, foi até Ilítia e as Moiras e disse que Zeus havia ordenado o nascimento do seus filho e que elas não deviam mais interferir. Elas concordaram, e na mesma hora Héracles nasceu. As Moiras, percebendo que Galínthia as havia enganado, transformaram-na numa marta. Hécate sentiu pena da sua transformação e a transformou em sua serva. Outra versão conta que a marta de Hécate era uma bruxa chamada Gale, que tinha péssimos habitos e desejo sexual anormal, o que deixou Hécate com raiva, pois isso dava má fama as bruxas, suas seguidoras, e por isso a deusa a transformou numa marta.

 

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Sobre o cão negro, conta-se que era Hécuba, uma rainha troiana. Na guerra de Tróia, Hécuba assistiu a morte de todos os seus filhos e seu marido. Após o fim da guera ela e outros troianos sobreviventes foram transformados em escravos e levados por Odisseu para a Trácia. Lá ela fugiu e arrancou com os dedos os olhos do rei Polimestor, que mandara matar seu filho Polidoro. Foi condenada ao apedrejamento, e os habitantes da cidade começaram a atacá-la com paus e pedras. Ela se virou e rosnou para as pedras, mas quando tentou falar, soltou um latido. Ela havia se transformado num grande cão negro, que depois foi tomado como familiar pela deusa Hécate.

 

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Hécate e Hécuba

Como uma deusa da lua, Hécate foi identificada com as deusas Artêmis e Selene. Alguns textos o tratam como uma deusa tripla, chamada por Artêmis-Hécate-Selene.

 

Hécate tinha vários templos no mundo grego. Em Atenas, é dito que os habitantes tinham altares para Hécate no lado de fora de suas casas. Na cidade de Eleusis, ela era uma das principais deusas, junto com Deméter e Perséfone. Várias outras cidade tinham templos, imagens ou altares para a deusa.

 

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo Hécate! Dentre as deusas não-olimpianos, Hécate é a minha favorita na mitologia. Como deusa da magia e das escolhas, ela tem um simbolismo e misticismo muito interessante. Ela é a inspiração clássica para os mitos da bruxas, com seus familiares, magia e relação com sobrenatural e a lua; além de ser a origem das nossas superstições sobre encruzilhadas. Sua importância era grande na mitologia, e isso se reflete por ela ter sido a única deusa, além dos 14 principais e das Moiras", que lutou diretamente na Gigantomaquia, matando um dos gigantes de Gaia. Em CDZ, ainda não está claro qual a intenção de Kurumada ao representá-la. Ele não parece ter lhe dado o status de deusa, parecendo mais uma bruxa poderosa que vive no Olimpo. Espero ver mais dela na obra. Espero que gostem. Próximo: Éris, a deusa da Discórdia.