Pimp 895 Postado Março 19, 2013 Autor Compartilhar Postado Março 19, 2013 Excelente texto Kraken. O maior prazer de um autor é receber uma resenha tão positiva e bem feita! Aliás, você notou um erro que nem eu percebera. Sem querer no 2ª paragrafo acabei explicitando que Arthur era o cavaleiro de capricórnio. Será corrigido. Perceberam minha referência à commedia dell'arte, já digo que ela será majoritária entre os antagonistas. Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
108Specter 204 Postado Março 19, 2013 Compartilhar Postado Março 19, 2013 Oh, só mais uma pergunta que eu havia me esquecido, Pimp. O Cavaleiro de Coroa, você planejou para ser mesmo de Coroa Austral ou seria Boreal? Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Pimp 895 Postado Março 19, 2013 Autor Compartilhar Postado Março 19, 2013 Sim, Coroa Austral. Coroa Boreal me lembra o cavaleiro de cristal e isso não é legal, rss. Estou tentando ao máximo usar constelações pouco aproveitadas, como vocês puderam ver em Cassiopeia, Girafa e Coroa Austral. O capitulo 2 já está pronto, mas não sei se é a hora certa de postar. Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
108Specter 204 Postado Março 19, 2013 Compartilhar Postado Março 19, 2013 (editado) Humm, entendo. Desculpe a pergunta besta, divaguei total aqui, haha. É porque o Cavaleiro em questão parece ter o perfil físico típico de um irlandês/escocês, aí eu me lembrei de ter lido que a Coroa Boreal tem um simbolismo único na cultura dessas regiões, representando o palácio da deusa Arhianrod. Mas como não é o caso, deixo essa curiosidade de qualquer forma. Editado Março 19, 2013 por 108Specter Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Pimp 895 Postado Março 19, 2013 Autor Compartilhar Postado Março 19, 2013 (editado) Cena II: O mistério se intensifica Piccadily Circus mudara muito nos últimos anos. A energia elétrica e os automóveis transformaram a paisagem desse espaço público, que se transformara em um verdadeiro centro comercial da capital inglesa. Grandes anúncios pregados em prédios voltavam-se para os transeuntes. Várias lojas, bares e teatros surgiram naquelas ruas e atraiam a atenção das pessoas, o que aumentou deveras a popularidade do lugar.É em um desses restaurantes que nossa cena se inicia. Um restaurante chique, muito frequentado pelos burgueses e até por alguns nobres. Era um local bem requintado, recheado de candelabros a iluminarem-no, quadros espalhados pelas paredes amarelas e um piano em seu centro, onde se tocava música ao vivo. Naquele dia de julho de 1913, o pianista estava a tocar um dos noturnos de Chopin. Atualmente o estabelecimento não existe mais, e seu nome se perdeu com o tempo.Em uma das mesas era possível ver um homem não tão novo comendo risoto e bife, acompanhados de uma taça de vinho. Pelas vestes podia se julgar que não era nenhum membro da burguesia muito menos da nobreza, mas pelo visto tinha dinheiro, visto que o preço do restaurante não era nada barato. Seus modos também o denunciavam, não sabia nem pegar no garfo corretamente, e comia o bife de uma forma selvagem. Era um moçoilo bem baixinho e de curto cabelo preto, mas que já apresentava alguns fios grisalhos. Seu olhar tinha um quê de malícia, quem o visse na rua com certeza afirmaria “é um marginal”. Um marginal com dinheiro.Após tomar um gole de vinho notou a presença de dois homens à sua frente, tratava-se de Arthur de Capricórnio & John de Cão de Caça.- Que motivo leva a mim Sir. Arthur, o maior detetive do mundo, e seu fiel escudeiro John alguma coisa? – disse sarcasticamente- Temos algumas perguntas a lhe fazer – replicou Arthur – Jack de Câncer- Diabo! Sem essas formalidades de “Fulano da constelação de beltrano”, isso me irrita muito! Podem me chamar pelo meu nome de batismo, Jack Capone. Vamos sentem-se, sou todo ouvidos às suas perguntas e responderei aquilo que puder ser respondido. Querem um pouco de vinho? Safra do cometa, a melhor do mundo! Garçom por favor, mais duas taças de vinho para esses bons senhores!Eles se sentaram e então foram servidos. O leitor com certeza está necessitando de certas explicações, todavia não se preocupe, elas serão feitas agora. O dito cujo que acima descrevemos era Jack de Câncer. Americano nascido no estado do Tennessee mudara-se para o continente europeu assim que se sagrou cavaleiro, onde começou lucrativo negócio. Tornara-se um dos maiores traficantes de ópio e haxixe de toda Europa, o que não fora difícil visto que suas habilidades como guerreiro sagrado lhe permitiram eliminar grande parte da concorrência. Ele também criara uma rede de relações com outros cavaleiros corruptos, o que lhe ajudara a elevar seu monopólio. Fazia 3 anos que ele vivia em Londres, onde seu negócio rendia bastante. Vivia afastado do Santuário e pouco se importava com Atena, sendo ocasionalmente perseguido por isso. Nada que o dinheiro não pudesse resolver.- Você com certeza deve estar a par dos recentes acontecimentos, não? – disse Arthur começando o interrogatório. Importante notar que ele não tratava o outro por “senhor”, pois cria que Jack não era merecedor de tal título.- Ah, mas é claro! O atentado ao rei! Muito bonito de sua parte proteger Vossa Majestade. Mas o que a minha pessoa tem a ver com isso?Por ter nascido no sul dos Estados Unidos havia uma grande discrepância entre o sotaque caipira de Jack e o sotaque britânico dos outros dois.- Não só isso – disse Arthur - o ataque à Baker Street, o misterioso desaparecimento de grilhetas e moribundos, e também isso!Ele espalhou pela mesa as fotos do arsenal encontrado na Alemanha e continuou a falar:- O terrorista de anteontem cometeu suicídio para não ter que revelar suas origens. Esses estranhos inimigos utilizam cosmo! Existe algo acontecendo por debaixo de nossos narizes e você mais do que ninguém conhece o submundo do crime organizado. Agora me responda Jack, você sabe de algo relacionado a tais acontecimentos?John que estava mudo desde então, abriu a boca para se pronunciar:- E é bom falar tudo que sabe anãozinho. Aliás, me impressiona que a Ordem anda aceitando cavaleiros da sua estatura, que decadência!Jack pegou no braço de John e o apertou com firmeza.- Escute bem rapaz, eu sou um superior seu então é bom me tratar como tal. Posso não ligar para estas bobagens, mas você liga e é isso que importa. Se quiser arranco seu braço neste exato momento. Trate de me respeitar, seu palerma!- Podem parar com a palhaçada – interferiu Arthur – John não atrapalhe! Seu bobão!E deu um tapa na nuca do discípulo, para compensar o tapa que este havia lhe dado anteriormente.- Enfim – disse Jack agora mais calmo – Falando sério, eu realmente não sei nada que possa lhe ajudar. Eu conheço muita gente podre, é claro que meus clientes não são da melhor espécie, mas garanto que nenhum deles possa ter relação com os atentados. E caso tenham, não me demonstraram. Recomendo que mostre leve isso até o Patriarca, ele saberá o que fazer.Aquela resposta não agradou em nada os dois detetives. Entretanto sabiam que Jack não mentia, uma de suas qualidades era ser sincero demais.- Bom, é tudo – disse Arthur se levantando – obrigado por poupar um pouco de seu tempo para nós, já estamos de partida.- Sem problemas, é sempre bom servir a Atena – disse novamente usando sarcasmo - Aliás, se precisarem de mim para mais alguma coisa, ou se quiserem fazer um negócio bacana aqui está o meu cartão. Jack Capone, a melhor fumaça da Europa!- Muito obrigado, mas não mechemos com essas coisas – afirmou John pegando o cartão apenas por precaução.- Vocês quem sabem.E se retiraram do estabelecimento. Em outra parte da cidade, na Fleet Street, encontrava-se Alexander. Ele estava na Ye Olde Cheshire Cheese, um dos pubs mais antigos de Londres. Construído em 1667 esse pub era muito popular entre os turistas e também pelos habitantes locais. Diversas personalidades ilustres da literatura já passaram por lá, como Charles Dickens e Voltaire. O ambiente soturno, a decoração amadeirada a luz baixa e a tradição faziam parte da sua assinatura. Situado em um pouco mais de uma hora de caminhada da Cromwell Road, o que para Alexander não era muito. Ele sentia que enquanto Sofia estava tendo aulas dentro da Academia, ela estaria segura, portanto não se importava em sair um pouco e conhecer mais a majestosa Londres. Alexander bebia uma caneca de cerveja artesanal, não era nem um pouco ruim, mas ele sentia que nenhuma cerveja bretã superaria as cervejas alemãs. A Alemanha é bem conhecida como país da cerveja por motivos sucintos, a cerveja de lá era fina, da melhor qualidade. Esses pensamentos que rondavam o homenzinho fizeram-lhe suspirar. Sentia falta de seu país de origem, em especial de sua cidade natal Frankfurt, onde morava sua família. Indagava-se como estaria sua irmãzinha. Pretendia voltar para Alemanha o mais rápido possível, mas antes ele tinha um cumprir seu dever para com Sofia. Bebeu um grande gole da caneca quando a porta do pub se abriu. Um rapazola ruivo entrou, era o mesmo que descrevemos no capítulo passado, e que reconhecemos como sendo o cavaleiro de bronze de Coroa Austral. Alexander notou a caixa de pandora que aquele garoto carregava. - Senhor – disse o ruivo para o barman – Saberia me informar se existe algum albergue próximo? O barman coçou a cabeça. - Albergue, bem, aqui na Fleet Street não há nenhum que eu saiba. Recomendo que procure do outro lado do Tamisa, lá com certeza encontrará. - Ah sim, muito obrigado senhor. Ele já ia se retirar do pub quando Alexander o chamou. - Ei rapaz! Você mesmo venha cá! - Sim, senhor? - Reparei em seu sotaque. Você não é dessas bandas, assim como eu. Por acaso é alemão? - Sou sim. Sou natural de Gelsenkirchen. - Que bom! Não é todo dia que se encontra um compatriota! Chegue mais, vamos beber um pouco. - Sinto muito, mas estou com pressa. - Bobagem! Você está procurando um lugar para ficar, não? Talvez eu possa lhe ajudar. Porém antes vamos brindar o pan-germanismo! Aquelas palavras despertaram o interesse do viajante ruivo. Ele sentou do lado de Alexander e aceitou uma caneca de cerveja, mesmo não bebendo. Detalhe que ele era menor de idade, mas ninguém ligava para isso naquela época. - Antes de mais nada, sou Alexander, e você? – disse estendendo a mão - Wether. – respondeu apertando a mão do outro Beberam um bocado, conversaram várias coisas que não seria necessário relatar aqui nestas páginas. Adiantaremos ao ponto que nos interessa. - Olhe Wether, eu estou morando em um quarto nos alojamentos da Academia Real, em Cromwell Street. Tem uma cama sobrando e eu posso te colocar lá dentro, cobrarei pouco porque já vi que é um cara legal. - Seria uma honra, poderíamos ir então até lá para eu poder ver o lugar? - Sim, vamos de uma vez! Pagaram o barman e foram-se embora. Alexander ajudava aquele desconhecido porque sabia que ele era um cavaleiro, notara que ele estava cheio de faixas pelo corpo, o que indicava que batalhara recentemente, não iria negar a um companheiro que precisasse. Já da parte de Wether, ele sentia que aquele cara era uma boa pessoa, e sua situação não estava muito boa, tinha sido atacado há pouco tempo e não tinha lugar para ficar. Planejava ficar na capital até suas feridas cicatrizarem por completo e até sua armadura se regenerar, depois partiria até o Santuário. Não levaria mais que dois dias. Eles chegaram ao alojamento, Alexander mostrou a Wether a cama que seria dele. - Se me der licença, irei sair, voltarei dentro de uma hora. Fique a vontade. – disse Alexander. - Tudo bem. Aliás, obrigado por tudo! É muito gentil de sua parte! - Faria tudo por um compatriota. Auf wiedersehen! Alexander foi de encontro com Sofia, cujas aulas acabavam naquele horário. Ela fazia questão de que ele saísse com ela todo dia, para conversar. Ao encontrar a moça ele ofereceu seu braço a ela que aceitou de muito bom grado. Novamente adiantaremos a conversa para a parte que diz respeito ao enredo. - Encontrei um noviço cavaleiro de bronze perambulando pelas ruas da cidade. Ele estava procurando um lugar para ficar, eu resolvi o colocar no meu quarto. - Mas por acaso ele sabe de alguma coisa? – perguntou a mocinha - Não faz ideia de nada. Está tudo bem, não ficará tanto tempo por aqui. - Entendo. Muito bom você estar a ajudar um desabrigado, não conhecia esse seu lado filantropo – brincou. - Ei também não é assim! – retrucou, enfezado – Ajudei o garoto porque é um santo e também porque é alemão! Ele deve ser da sua idade, inclusive. - Você fica adorável quando fica nervoso! Pois bem, me apresente depois. Conheço tão poucos cavaleiros, um absurdo! - Se assim deseja, minha dama.Da janela do quarto Wether pôde ver os dois. Quando viu Sofia seus olhos brilharam como jamais brilharam. - Que menina linda! É tão bela que parece a própria Vênus! Trilha Sonora #3: Missa no 18 - Kyrie Agora saiamos de Londres e vamos voltar nossas atenções para a bota da Europa, mas precisamente a grandiosa Roma.É necessário antes explicar que durante a época em que se passa esta narrativa os limites territoriais entre o Estado Italiano e a Cidade do Vaticano ainda não eram bem definidos, a Questão Romana ainda estava de pé e só seria resolvida no ano de 1929, com o Tratado de Latrão. Antes disso a sede da Igreja Católica ainda pertencia oficialmente aos territórios de Roma.A Praça de São Pedro estava pacata, pois era noite, mais precisamente as vinte três horas, e o então Papa Pio X já dormia tranquilamente em seu aposento papal, no Palácio Apostólico.Na calada noturna , cinco vultos adentraram o Palácio de forma imperceptível e ligeira, dentro de poucos instantes, já estavam em frente ao aposento, cuja porta estava trancada.Ao pararem, foi possível ver como era aqueles cinco vultos. Eram cinco homens mascarados, vestindo sobretudos brancos e um manto de mesma cor que lhe escondiam a face quase que por inteira, só os olhos estavam à mostra. Na cintura de cada um deles um par de adagas e várias das bombas iguais ao que Sandrone usara no dia anterior. Entre eles havia um que possuía uma faixa no braço direito estampada o Nº 5, indicando ser o líder da operação.Um dos sujeitos já sacava uma das bombas quando o líder o impediu.- Há algo estranho aqui. – cochichou cautelosamente – Não há ninguém da guarda suíça por perto, não é normal. Eles deveriam estar aqui.De repente um poderoso cosmo começou a se manifestar, os assassinos ficaram tensos. Aquele cosmo os atraía de uma forma arrebatadora. Quando se deram conta, não estavam mais no Palácio Apostólico, tinham sido teleportados.- Mas o quê?! – disse um deles, espantado – Onde estamos?Começaram a reparar no lugar, ao olhar para frente se depararam com um gigantesco afresco de Michelangelo, “O Juízo Final” a belíssima e ao mesmo tempo assustadora pintura que retrata o fim dos tempos e a volta de Cristo. Ao olhar para o teto viram os afrescos que reproduziam a criação do mundo por Deus. Todo o lugar estava repleto de obras do grande mestre renascentista.- Este lugar... É a Capela Sistina – afirmou o líder- Correto - disse uma voz – Um bom lugar para que vós vos ajoelheis e peçam perdão ao Senhor por vossos pecados. Atentar contra a vida de Vossa Santidade, que atitude nada cristã!Um forte cheiro de incenso toma conta da capela. O dono daquela voz se mostra aos mascarados, era um padre que andava lentamente pelo lugar carregando um turíbulo que balançava pelas laterais, espalhando a fumaça de incenso. Deve-se ressaltar que não era um padre qualquer, trajava uma batina negra com traços vermelhos, era o cardeal camerlengo.- Eu ordenei que a guarda suíça se retirasse de seu posto, não queria que mais vidas fossem perdidas. – explicou o cardeal- Já sabia que nós viríamos, mas como? – perguntou um dos assassinos- Ora, fui designado especificamente para proteger a vida do Papa. Agora vamos, ajoelhem-se e orem, peçam perdão pecadores!- Não me dê ordens seu velho! – disse um deles que atirou uma bomba. Uma barreira surgiu em frente ao camerlengo, bloqueando o ataque.- Um cardeal que sabe usar cosmo, muito poderoso inclusive – observou o líder – Quem é você de fato?O cardeal sorriu. Ele não era tão velho assim na verdade, tinha 44 anos, mas a idade já se estampava em seu rosto sorridente. Seu cabelo era tipo cuia e marrom bem claro.- Tenho um compromisso com a verdade então acredito que será justo se eu revelar minha identidade, tudo bem então!Ele se ajoelhou, e assim o altar da capela ficou à mostra para os mascarados. Lá estava uma urna dourada, que se abriu e de lá saiu a estatueta de um anjo. A armadura foi em direção até o corpo daquele homem, que se pôs de pé novamente.- Eu sou Amadeus de Virgem, santo de ouro em nome da Divina Deusa Atena e servo fiel do Nosso Senhor Jesus Cristo!Eles se espantaram, não imaginaram que ficariam de frente com um cavaleiro de ouro.- Pelo visto vós não quereis vos ajoelhar. Tudo bem - disse Amadeus - farei com que a benção de Nossa Senhora Maria Mãe de Deus recaia sobre vossas almas!Ele colocou as mãos em posição de reza e uma forte energia cósmica surgiu dentre suas palmas e se expandia cada vez mais. Ele começou a recitar um cântico em latim.- SALVE REGINA! (SALVE RAINHA) Salve, Regina, Mater misericordiæ,vita, dulcedo, et spes nostra, salve.ad te clamamus exsules filii Hevæ,ad te suspiramus, gementes et flentesin hac lacrimarum valle. Aqueles homens ao entrarem em contato com a técnica de Amadeus se viam diante do próprio Paraíso, conseguiam ouvir o coro dos anjos e enxergar cada um dos círculos celestiais, assim como Dante descrevera. Sentiam seus corpos relaxados, sua consciência leve, nenhuma preocupação. Tudo estavam bem, eles estavam na paz de Deus.Caíram inconscientes ao chão da Capela Sistina.- Minha ilusão fez com que vós encontrásseis a graça divina. Vossas vidas se esvaem lentamente, os mais fortes conseguem se levantar, mas os mais fracos sucumbirão.Três deles se levantaram, os outros dois tomaram aquele Paraíso como verdadeiro e já não estavam mais no nosso mundo.- Técnica interessante, foi um bom passeio – disse o líder – Mas agora chega de desperdício de tempo! Atacar!Os três avançaram. Os dois lacaios soltaram bombas pelas laterais, que foram neutralizadas pela barreira, já o líder usou-se da própria mão estendida, que canalizando seu cosmo, conseguiu quebrar a barreira, assim atacou com outra bomba, que enfim surtira feita e explodira contra Amadeus. Tentaram outros ataques, mas o cavaleiro de ouro pulou e rodopiou para longe deles. Seu rosto estava manchado de sangue, derramando parte no chão.- Oh! Que heresia, acabo de profanar este chão sagrado! Jamais me perdoarei!- Quanta idiotice, que morra você e o seu Papa!Já iam atacar novamente, quando se deram conta de que sob seus pés havia a imagem de uma gigantesca de cruz. Uma armadilha do santo de virgem que começou a recitar outro cântico.- AGNUS DEI! (CORDEIRO DE DEUS) Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona nobis pacem. Trilha Sonora #4: Requiem - Dies Irae A imagem da cruz se iluminou e os dois lacaios começaram a pegar fogo, gritando de horror e dor e pedindo ajuda ao líder. Em pouco tempo só sobrava os defuntos, que miraculosamente, não apresentavam nenhum sinal de queimadura.- Mas que raio de habilidade é essa? – Perguntou o líder, bem assustado.- Todos aqueles que ficam na área ocupada pela cruz têm suas almas incineradas, sem causar nenhum tipo de dano físico. Suas almas flamam de acordo com o peso de seus pecados. Após o fogo cessar, esses pobres espíritos acabam por encontrar a redenção. – explicou Amadeus – Admira-me que nada aconteceu contigo. Como eu duvido muito que não exista pecado em sua alma tudo me leva a crer que...- Você está certo – respondeu com uma risada – Eu não sou um ser humano, não tenho alma!- Tu és uma aberração.- Chame-me do que quiser, não importo! Bem, já que se revelou também direi quem sou! Foi me dado o nome de Tartaglia, o Nº 5 – O HierofanteEle se transformou. O sobretudo e o manto foram trocados por um traje clerical. Seu rosto estava à mostra, era um velho barbudo. Carregava um cajado na mão direita.- Aqueles outros quatro eram apenas membros do esquadrão de assassinato – explicou Tartaglia – Nem sei o nome deles.- Pela tua indumentária posso supor que não fazias parte do tal esquadrão.- Correto, minha missão aqui era outra.Seu rosto se desfigurou e magicamente se transformou no rosto do Papa Pio X.- Que blasfêmia! – disse Amadeus indignado – Planejavas assassinar o Bispo de Roma e tomar seu lugar? Tu és um falso profeta! Não permitireis este plano profano de continuar!- Veremos.Tartaglia passa novamente por uma transformação, dessa vez se transfigurara no próprio Amadeus de Virgem e partiu para o ataque, desferindo vários socos, que eram defendidos pelo outro. Ficaram trocando golpes até que o farsante deu um chute na cabeça do santo, jogando-o para trás. Quando Amadeus se levantou, viu que a imagem da cruz estava embaixo dele.- Não pode ser... – disse o cavaleiro- AGNUS DEI! (CORDEIRO DE DEUS)Amadeus entrou em chamas. Tartaglia ria.- Eu não só posso me transformar fisicamente em uma pessoa quanto também tenho acesso as suas habilidades. Agora morra pelo seu próprio golpe.Após o ataque, Amadeus ainda estava de pé, cheio de queimaduras.- Ainda vive?!- Pelo visto meus pecados não são pesados o suficiente para me matar. Que gratificante!Tartaglia ficou sem paciência, avançou novamente, mas sua ofensiva não surtia efeito.- SALVE REGINA! (SALVE RAINHA) – gritou Tartaglia- Essa ilusão não vai funcionar comigo! – disse Amadeus, que mesmo recebendo a técnica, nada aconteceu.O inimigo tentou usar novamente o Agnus Dei, mas o cavaleiro de ouro fugiu da área de atuação da cruz.- É um dom interessante o teu, porém já percebi que só podes usar as habilidades que eu usei antes. Então, podemos acabar com o conflito agora mesmo. Trilha Sonora #5: Requiem - Confutatis Elevou seu cosmo e pôs se a recitar mais um canto gregoriano. As ombreiras da armadura de virgem se abriram e se transformaram em duas colossais asas de luz. Uma grande lança de luz surgiu entre as mãos de Amadeus, e uma aureola planava sobre sua cabeça. Tartaglia ficou muito assustado com tamanho poder.- GLORIA IN EXCELSIS DEO! (GLORIA A DEUS NAS ALTURAS) Glória in excélsis Deoet in terra pax homínibus bonae voluntátis.Laudámus te,benedícimus te,adorámus te,glorificámus te,grátias ágimus tibi propter magnam glóriam tuam, Dómine Deus, Rex cæléstis Colocou a lança no eixo horizontal e partiu em direção ao oponente. Tartaglia voltou a sua forma original e atirou feitiços que eram defendidos pelas magnânimas asas. A lança transpassou o corpo do inimigo, abrindo um grande rombo em sua barriga.Caiu morto ao chão, de olhos e boca aberta. Ainda apavorado com tamanho poder. Amadeus olhou para o chão da Capela Sistina, repleto de sangue.- Profanei este solo sagrado, agora terei que limpá-lo. Editado Março 19, 2013 por Pimp 3 Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Davi de Gêmeos 20 Postado Março 20, 2013 Compartilhar Postado Março 20, 2013 Grande capítulo, muito bom.Mais dois Cavaleiros de Ouro, as personalidades deles são muito simpatizantes.Vem melhorando a cada capítulo, parabéns @Pimp. Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Galaxian 27 Postado Março 20, 2013 Compartilhar Postado Março 20, 2013 Mais um ótimo capítulo! Você adicionou excelentes personagens. Não sei se você já visitou/morou em Londres, mas suas escolhas estão muito acertadas trazendo até o velho Ye Olde Cheshire Chees. Gostei do tipão do Jack Capone, boa referência. Um baita americano do Tennessee. Imaginei a discrepância do tom da conversa entre ele e os típicos ingleses... daria uma boa cena em vídeo haha Destaque total para Amadeus de Virgem, algo me diz que ele será um personagem chave, até pela imagem que você escolheu pra ilustrar sua fic... mais uma escolha muito boa e ousada. Um cavaleiro de virgem cristão... não caiu no óbvio e isso me agradou muito... adorei o uso dos cânticos como forma de ataque. Desenvolva-o bem, já marquei como personagem favorito! Não vou me estender muito nos comentários, só vou dizer que está muito legal ver sua dedicação nos detalhes da história! Só uma observação: Gostaria que você desse um espacinho entre os parágrafos para não ficar tudo em um bloco enorme de texto. As vezes me perco quando dou um scroll... nada que atrapalhe, só acho que ficaria visualmente mais confortável a leitura. Se não der, pode deixar assim mesmo. 1 Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
GFernandes 6.989 Postado Março 20, 2013 Compartilhar Postado Março 20, 2013 Li o capítulo, Pimp! Que maravilha! Superou o primeiro, que também foi muito bom. Dá prazer de ler a sua história, nenhum ponto do texto fica repetitivo e a leitura flui naturalmente. Gostei dos novos dourados! Principalmente o Amadeus! Os golpes dele foram incríveis! Uma pergunta, você pretende fazer um perfil dos personagens? Tá explicado o porque de ter tirado nota alta em redação, seus textos são simplesmente maravilhosos de se ler! Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
108Specter 204 Postado Março 20, 2013 Compartilhar Postado Março 20, 2013 Minha nossa. Nem sei o que comentar sobre a magnificência desse capítulo. Mas vou tentar. Gostei dos novos Cavaleiros de Ouro, que tem personalidades bem interessantes e simbolismos que caem como luvas para a realidade da fic. Você conseguiu pôr o Cavaleiro de Câncer mais uma vez com um jeito vilanesco, mas sem ficar clichê ou sem graça. E gostei muito também do Amadeus. Um Cavaleiro de Virgem cristão é completamente inovador para a temática de SS. Eu suponho que a escolha do nome Amadeus para o Cavaleiro de Virgem, além do significado evidente, seria acima de tudo uma alusão ao filme de mesmo nome cuja capa está no início do tópico? E achei interessante o fato de que os Arcanos não sejam humanos. Não sei se será o caso mas, quanto mais alto o número representante do personagem, mais poderoso ele será? Nem sei mais o que dizer. Deixarei ao Kraken o dever de expressar com mais vigor o que eu não consigo no momento, haha. Ótimo capítulo. Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Thalis Fortunato 46 Postado Março 20, 2013 Compartilhar Postado Março 20, 2013 Grande capitulo, muito bem escrito, da gosto de ler, li tudo e flui muito bem. a maneira que colocasse a musica ficou perfeita, eu tinha tido essa ideia, mas nao consegui fazer tao bem como tu, fica uma bela harmonia. os cavaleiros de virgem são por natureza fodoes, o seu não ficou atraz, pelo contrario ta muito bom, o de câncer fiz uma associação ao mascara da morte misturado com manigold. tambem estou intrigado com alexandre, ele me deu a ideia que tambem sera um cavaleiro, ansioso para ver qual sera a o final para ele. usaste um termo muito usado em portugal palerma aahahahahhaha achei um pouco engraçado pois nunca vi ninguem usar no brasil, forte abraço na espera por mais Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Pimp 895 Postado Março 20, 2013 Autor Compartilhar Postado Março 20, 2013 @Galaxian Sim, já visitei Londres, Paris e Roma - as três cidades principais no enredo da fanfic - por isso detalho ao máximo, mas é claro que também pesquiso muito. @Gustavo Você se enganou. No shoutbox eu disse que minha nota na redação do enem fora péssima, uma das piores do meu colégio E sim, farei ficha de personagem, será postada a parte. @Degel não sabia que era português, legal! E a todos obrigado pelos coments e já aviso que o capitulo 3 demorará mais a sair. Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
108Specter 204 Postado Março 20, 2013 Compartilhar Postado Março 20, 2013 Humm, demorará mais? Será então um capítulo maior? Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
GFernandes 6.989 Postado Março 20, 2013 Compartilhar Postado Março 20, 2013 Equivoquei-me então... Nem estava lendo direito, admito. Mas... se escreve tão bem as fanfics, porque foi tão mal no ENEM? Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Pimp 895 Postado Março 20, 2013 Autor Compartilhar Postado Março 20, 2013 Demorarei mais porque minhas aulas começaram, e é ano de vestibular. E nem comecei o capitulo 3 Gustavo, tem dois motivos: primeiro que texto narrativo e texto dissertativo-argumentativo são coisas completamente diferentes, não sou tão bom em redações de concurso. O segundo motivo é que essa é a minha primeira fanfic em mais de dois anos, e durante 2012 eu li muitos livros clássicos. A fanfic Belle Époque é a primeira em que testo uma técnica nova de narrativa, a do narrador subjetivo. Ao escrever os três primeiros capítulos eu fiquei impressionado o quanto minha escrita evoluiu. Mas já adianto que a Cena III se chamará Ser Santo é Sofrimento Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
108Specter 204 Postado Março 20, 2013 Compartilhar Postado Março 20, 2013 Ah sim. Uh, boa sorte no seu vestibular. Tome seu tempo! o/ Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Digo 256 Postado Março 20, 2013 Compartilhar Postado Março 20, 2013 (editado) Poxa Pimp, vamos lá, vou colocar em leticia spoiler pois colocarei algumas deduções:- Ainda to tentando entender o Jack. Ao ler e ver que ele era o Cavaleiro de Cancer, achei que fosse associa-lo a um personagem sádico, pois o relacionei com o estripador (estereotipando o Mascara da Morte), rsrsrs, e por estar em Londres etc. Mas ai vem o sobrenome Capone, que automaticamente já nos traz em mente o Al Capone (se bem que tem a ligação com a máfia), mas ai vem um caipirao do Tenesse e joga esses conceitos por água abaixo, kkkkk, esperando mais para ver o desenvolvimento do personagem...- Intrigado com a relação de Alexander e Sofia, não caiu minha ficha ainda (a não ser que ela seja Atena).- E muito bom o Cavaleiro de Virgem, excelente colocação, fugiu do obvio estereotipado dos personagens deste signo, mas também não fugiu, hehehe, entende?Coloca-lo como protetor do Papa, nada mais justo, a ligação obvia do significado de seu nome e sua devoção ligados a conotação de seus golpes, fazem dele um Cavaleiro Digno de seu Signo Protetor, e nenhum outro poderia ter tantas referencias católicas/cristãs/religiosas quanto o cavaleiro de virgem, tanto pelo seu signo já nos reverter a Virgem Maria, quanto pelo contexto destes Cavaleiros dentro do Universo de SS estarem ligados a crenças.Gostei muito do personagem, de seu leve sarcasmo, de seus golpes tão bem bolados e ligados a orações cristãs (como os de Shaka e seus Mantras). -Momento em que a proteção de Amadeus é quebrava, me veio a cabeça as cenas de Evangelion quando os Anjos ou os Evas, seguravam os AT Field de seu adversaria, e com força e dificuldade ia penetrando e espedaçando o mesmo. Vou compartilhar da opinião do Galaxian quanto ao espaçamento. Tem ora que fica confuso, dá uma atentada nisto. E tá chique em cara, menino viajado, hehehe!!! Para o @Degel_de.Aquario1992 usaste um termo muito usado em portugal palerma aahahahahhaha achei um pouco engraçado pois nunca vi ninguem usar no brasil, forte abraço Aqui onde moro, pra mim é normal este termo, sempre ouvi, meu pai vivia chamando a gente de palerma, kkkkkk!!!! Editado Março 20, 2013 por Digo Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Galaxian 27 Postado Março 20, 2013 Compartilhar Postado Março 20, 2013 Aqui onde moro, pra mim é normal este termo, sempre ouvi, meu pai vivia chamando a gente de palerma, kkkkkk!!!! Aqui também! Quando eu era menor esse termo era mais recorrente, hoje escuto pouco, mas adoro usá-lo! @Pimp, meu sexto sentido sabia que você já tinha pelo menos visitado a região... E, como no meu caso, parece que você tem um quedinha por Londres. Nada mais natural, morei lá por quase 2 anos e nunca conheci uma cidade tão legal quanto a capital inglesa! Continue usando essas referências como cenário, pois elas dão um tom muito especial para sua obra! Pena que agora os capítulos não serão tão ligeiros, mas faça com calma. Melhor algo demorado feito em esmero do que rápido e feito nas coxas haha ... Continue o bom trabalho! Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Thalis Fortunato 46 Postado Março 20, 2013 Compartilhar Postado Março 20, 2013 No estado em que eu nasci nunca ouvi falar, so vim conhecer a palavra quando me mudei para portugal mesmo ehehehehhe como o brasil e muito grande e normal Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Kraken 57 Postado Março 22, 2013 Compartilhar Postado Março 22, 2013 Pimp nos deu uma Cena II que começou novamente nos localizando e ambientando de forma incrível revelando-nos toda a pesquisa necessária e experiência real embutidas nas linhas. Nessa hora eu creio que cabe destacar os elementos do tipo de narrativa na qual a estória está se construindo, o grau de imersão que tive ao ler até agora todo o texto foi muito alto. A música e descrições nos levam a estar no meio da estória de forma mágica, porém dessa vez a medida subjetiva de narração na minha visão se subjetivou um pouco a mais do que anteriormente para trazer informações importantíssimas sobre localidade e acontecimentos históricos posteriores aos fatos relatados da narrativa, eu sou sempre a favor da informação implícita e a acho de grande valor, mas para preservar a já mencionada imersão na tua narrativa eu deixo a sugestão que suprimas alguns fatos mais “jornalísticos” e nos deixe viajar no tempo por completo trazendo essa sensação excelente que você está conseguindo nos proporcionar com esse texto tão carregado de significados. Essa é uma crítica que deixo em forma de opinião pessoal, acho que o formato da cena está ótimo, mas em termos de preferência pessoal (apesar de amar estudar e me informar sobre história) quando estou lendo seu texto gosto de esquecer do meu mundo e mergulhar nas descrições e ver os acontecimentos ali, na hora. Espero que entenda positivamente a observação. Jack de Câncer:Que figura controversa! Eu ainda estou tentando entende-lo, eu vejo aqui uma utilização a máxima potencia do desvirtuamento de um Cavaleiro de Ouro, claro que podemos ter surpresas e provavelmente teremos, ele é um dos personagens que podem se tornar um dos mais trabalhados de toda a estória, ele já nasceu com essa vocação controversa. Anti-Herói? Cavaleiro com valores deturpados? Não saberemos até ver mais das ações do Americano Capone, Jack. Engraçado observar que essa característica foi sim levantada pelo Mascara da Morte, creio que ela tenha sido nosso primeiro exemplo de um Dourado tão controverso, pena que ele não foi além (como acho que o Jack pode ir). Parabéns mesmo pela adição desse personagem, ele usa inúmeros elementos clássicos (estereótipo mesmo) completamente válidos e maravilhosos para se desenvolver. Vá fundo! Começamos a ver também uma possível formação do grupo. Alexander, Wether e Sofia. O @Digo teve o mesmo palpite que o meu sobre o papel da pomposa e linda garota na estória, e meus palpites sobre as botas de montaria parecem cada vez mais certos! O Jovem Alexander já se mostrou bem entendido dos assuntos do Santuário, seus amigos influentes e sua missão cada vez mais levam a crer serem verídicas essas suspeitas. Espero com curiosidade a revelação de seus verdadeiros papeis, sempre adoramos acompanhar os Dourados e nos deixamos levar pelo carisma solar que esses personagens sempre emanam, porém observando a construção a estrutura que o Pimp está revelando, creio muito que ele não vá deixar esse protagonismo natural dos Cavaleiros de Ouro abafar esse arco central que ele está construindo. Pelo menos inicialmente essa é a minha impressão, ele não está deixando de descrever as personalidades épicas que sempre esperamos desses personagens, mas está fazendo participações extremamente pontuais. Arthur está sim num foco e isso deve perdurar já que ele é uma espécie de sub-narrador em termos de revelar a trama para nós, mas como já falei estou satisfeito com a construção desse arco e da personalidade, humanização e posicionamento desses personagens. Agora vamos a grande Coroa Dourada da Cena! Pimp fico muito, muito contente em relação à confirmação do uso de um elemento tão interessante (para mim, como expliquei anteriormente) na personalização e personificação dos inimigos, o Tarô. Já são três os “arcanos” revelados. O Julgamento Nº 20, A Carruagem Nº 7 e o Hierofante (O Papa) Nº 5. Aliás, que referência fantástica essa de colocar esse arcano exatamente na situação envolvendo o próprio pontífice.Sobre essa relação, eu tenho buscado na personificação que você tem dado a eles, a relação entre as características que esse simbolismo carrega, creio que essa seja uma fonte repleta de referências incríveis pra você. Até então o modo ríspido e sem muitos rodeios que o Nº 20 demonstrou me remeteram de forma positivíssima a pessoa de um verdadeiro Juiz. Sobre o Nº 7 eu observei a relação sob o aspecto do uso de certa “tecnologia” em termos que a máquina, a carruagem pode representar referente à construção humana, a utilização da máquina, as bombas. Agora no Nº 5 a relação com o próprio Papa e a ambição do próprio Tartaglia em se tornar o Papa. Não sei até que ponto essas observações sejam pertinentes, mas deixo-as aqui de forma válida para aguçar a visão de todos em relação a esses aspectos. São muitos elementos que cercam seus antagonistas, reforço minha curiosidade sobre como abordará tudo isso. O Virgem, o Santo! Cara, quanto simbolismo se encaixando perfeitamente eu enxergo nesse personagem. Acho que já passou na cabeça de muita gente como seria um Cavaleiro de Virgem católico, mas a execução dessa ideia foi sensacional. Primeiro eu entro no mérito dessa incoerência divina, novamente é um elemento levantado por Kurumada quando ele trás um homem que afirma ser a encarnação de Sidarta, O Buda, colocando-o em meio à confraria de protetores de uma deusa de uma cultura tão distante como é Atena. Nesse caso, temos ainda mais acentuada essa questão, a forma como foi descrita Amadeus em contexto com a época em que a estória é passada criam uma atmosfera tão separatista de conceitos tão antagônicos que fazem o cérebro de qualquer um explodir ao menos em tentar entender essa questão. Não só o Camerlengo do Vaticano, um devoto real das tradições cristãs capaz de ter a alma julgada pelos próprios preceitos e dogmas e sair ileso de tal alto-contestação. Um ser capaz de olhar num espelho que reflete suas próprias verdades de forma incondicional e sobreviver ao próprio julgamento é alguém com convicções dignas de um verdadeiro Cavaleiro de Ouro. Eu vi assim a cena em que o Nº 5 reflete o golpe AGNUS DEI. Achei que essa foi outra adição de personagem realmente digna de nota, esse paralelismo que encontrei com alguns conceitos clássicos são muitos bem vindos e só tendem a somar na forma como estão sendo abordada, a riqueza da discussão que eles causam são um elemento que não podemos ignorar em se tratando de Saint Seiya. E que golpezinho apeloníssmo esse GLORIA IN EXCELSIS DEO! Deixo meus parabéns novamente por teu texto e pelo prosseguimento da estória que já mostrou e demonstrou a que veio. Desculpem a demora, não foi por falta de vontade.Prevejo que ainda terei muito que escrever sobre essa estória repleta de figuras e ligações riquíssimas, e parabéns também ao pessoal que está prestigiando esse trabalho do Pimp, tem muita gente de bom gosto por aqui! Continuemos acompanhando e contribuindo com os comentários, eu tenho certeza que esse feedback ajudará demais o Pimp a prosseguir e nessa estória tão interessante que ele está criando! 4 Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Pimp 895 Postado Março 22, 2013 Autor Compartilhar Postado Março 22, 2013 Se eu tiver uma resenha dessas por capítulo serei o autor mais feliz do mundo. É motivado por tal que começo a escrever o capitulo3 neste exato momento. Merci beacoup. Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Saint Mystic 231 Postado Março 24, 2013 Compartilhar Postado Março 24, 2013 Tenho acompanhado esta fic, a cada capítulo que leio noto muito simbolismo, referências, significados e ligações com as personagens que foram apresentadas e para acrescentar o ambiente da época temporal tem dado à fic uma óptima visualização descritiva da era. A escolha dos personagens não se perde, pelo contrário, identifica-se, sem dúvida apresentou-se uma boa fusão entre esta época história tendo CDZ como base para a criação desta. Vou acompanhar esta e espero que acompanhes a minha Saint Seiya Era Mitológica - Bloody War. Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Pimp 895 Postado Abril 10, 2013 Autor Compartilhar Postado Abril 10, 2013 Apenas deixando claro aos meus leitores que não abandonei a fanfic. O que ocorre é que estou no ano do vestbular e o mesmo tem me ocupado muito tempo (tem dia da semana que eu chego ficar 11 horas dentro de sala de aula!) e também que estou sem meu computador em mãos (o mesmo sempre me impede de estudar, por isso despachei-o para a casa dos meus pais) por isso não terminei o capítulo 3 até hoje. Mas não se preocupem, não perdi a vontade de escrever a fic. Quando possível, os capítulos sairão, mas será necessário tempo.Devem ter notado que eu ando me ausentando gradativamente do fórum. É pelo mesmo motivo, preciso ter foco no vestibular. Au Revoir.#projetodireito Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Davi de Gêmeos 20 Postado Abril 10, 2013 Compartilhar Postado Abril 10, 2013 Ok, no aguardo então . Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Digo 256 Postado Abril 11, 2013 Compartilhar Postado Abril 11, 2013 Opa Pimp, notamos sua ausencia!!!Mas vai ai garoto, e parabens pela extrema dedicadação! Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Galaxian 27 Postado Abril 11, 2013 Compartilhar Postado Abril 11, 2013 Sim Pimp, estávamos comentando sobre seu sumiço essa semana no shout. Fico feliz em saber que é por uma ótima causa. De qualquer forma, estamos no aguardo da continuação da sua fanfic, não precisa se preocupar! Parabéns pela dedicação e pelo tempo de vir aqui explicar sua situação! Muito legal essa atitude! Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
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