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Saint Seiya - Insurrection


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Poderia ser apenas mais um capítulo de transição, mas em se tratando da Insurrection, as coisas mais simples e corriqueiras, que sequer deveriam ser tão notórias, acabam saltando aos olhos.

 

Capítulo estupendo!

 

Quase dois meses depois e cá estou eu para responder seu comentário... :\ ... Então devo primeiro agradecer e depois pedir desculpas...

 

Esse capítulo tinha uma importância relativamente alta para a história, por que aqui teria que fazer justamente a transição de duas fases da fic, e mostrar certas coisas que deveriam acontecer antes dessa passagem de tempo.

O comentário poderia parar por aqui, mas sou impelido a falar de toda a encenação com Kal e o Mentor, aquilo que mais me agradou em um capítulo que beirou a perfeição literária.

 

O quadro em si (Kal e Mentor) foi pintado magistralmente:

 

Cenário, diálogo, personagens, emoções...

 

Me senti, na ocasião, como a personagem Sara: um mero expectador, ou no meu caso, apreciador.

 

Confesso que cheguei a me emocionar com a determinação de Kal e porque não, com sua fraqueza e claro, a maneira como ele não se deixou sucumbir diante dela. Quantos de nós mesmos, durante o percurso de nossas vidas, não nos vimos como aquele menino, sozinho, sem nada para nos agarrar que não fosse nós mesmos, diante de uma situação onde nossa insignificância parece se agigantar diante de nós e nos impelir a recuar?!

Uma das minhas maiores metas e tornar as coisas coerentes e verossímeis, mas sem deixar de lado a emoção (Que é realmente o ponto forte de CDZ).
Saber que Insurrection conseguiu produzir tais efeitos que você citou é muito envaidecedor.
Kal era alguém sem qualquer expectativa na vida. Vivia a vida por viver, num misto de indiferença e tédio... Mas de repente tudo mudou.
Ele precisava fazer tudo o que estivesse ao alcance se não jamais conseguiria seguir em frente... Mesmo que tudo desse em nada... Ele sabia que seria difícil, ou melhor, quase impossível, mas mesmo assim estava preparado para trilhar seu caminho... Mesmo que sozinho.

Enfim...

 

Kagaho, parabéns e o aplaudo de pé pelo seu trabalho e sensibilidade.

 

Muito obrigado por vir Leandro! Não mereço tamanha congratulação mas mesmo assim fico muito contente em ouvir.

 

 

Abraço!

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Enfim, capítulo lido. Sem mais, vamos aos comentários!

 

Vamos a eles! ^^

 

Temos a continuidade direta da conversa entre Kal e o Mentor. Apesar da sequência dos eventos ter seguido uma linha característica de SS, logo ligeiramente previsível (os motivos da não aceitação por parte do Mentor e sua posterior mudança de ideia, a teimosia de Kal e tudo mais), foi bem articulada, com uma boa alternância de frases de impacto com ligeiras descrições dos sentimentos de Kal, bem como da postura do Mentor. Gostei bastante do teste de resistência imposto ao final, bem como das lições que foram passadas. Esta é uma parte da essência de Saint Seiya que nunca irá deixar de me agradar!

 

Com certeza. Esse tipo de cena é algo bem da essência de CDZ mesmo. Também serviu para mostrar um pouco da ideia que Mentor tinha, e de como seu exército se formou. Ele não quer só poder, ele quer também várias outras qualidades e Kal só precisou mostrar ter uma faísca... Mas o caminho ainda é longo e árduo.

 

 

A cena entre Bill e Saul foi bem intensa. Os sentimentos de ambos foram muito palpáveis, e consegui me colocar no lugar de ambos. Não dá para dizer que há certo e errado ali, apenas pontos de vista diferentes que se chocam diretamente. Uma amizade desmorona, dando lugar a uma rivalidade que deve render eventos bem interessantes no futuro da fic. Fico com bastante expectativa nisso, até por envolver o Saul, meu personagem preferido. Sua postura ao final mandando "outros covardes que pensem como o Bill" sumirem dali foi digna demais. Saul ganhou mais inúmeros pontos comigo depois dessa. XD

 

Pois é. Quantos ali não pensariam como Bill? Eu diria até que a maioria. É difícil se levantar contra algo como o Mégalo. E a história tinha que mostrar isso. Não é algo fácil chegar numa molecada e dizer: "Eae? Vamo entrar numa guerra?" ... E além disso não basta para mim simplesmente o antagonismo. As duas faces tem que ser bem fundamentadas e, provocar a duvida no leitor de quem está certo, é um prêmio.

 

Sabia que ia gostar dessa do Saul hehehe... Ele é alguém que dá muita importância para a missão e não pensa duas vezes em desfazer uma amizade se necessário for.

 

 

 

Retornamos a um breve diálogo entre o Mentor e Sara, momentos após a saída de Kal, presumo. Mas apesar de breve, duas pontas são lançadas: uma quanto ao real propósito de Sara, e outra quanto a tudo aquilo ser indiferente. /pensa

 

Na sequência da conversa entre Sara e o Mentor, ela o questiona do porque não ter revelado "toda a verdade". Segundo o que foi respondido, foi para não assustar os garotos logo de cara e fazê-los desistir do treinamento. Qual seria a tal verdade? Por enquanto, poucas pistas e muito mistério. /pensa

 

 

Esse questionamento de Sara (Acho que eu errei o nome dele uma ou outra vez na fic XD) é justamente o real propósito dela ali... Desculpa se dei a impressão que era algo bem maior...

 

E aí é que está... O segredo é algo grande, mas que pode ou não fazê-los desistir.

 

 

Em seguida, uma interação entre Kal, Glenn e Aeryn. Sempre dá gosto de ver estas interações casuais entre os protagonistas. Isso dá corpo aos personagens e sempre faz com que eu me afeiçoe mais a eles. Claro, isso só tem efeito graças ao seu estilo de escrita, do qual eu destaco a qualidade dos diálogos, sempre muito humanos. Parabéns por isso, Kagaho! ^^ E confesso que quando Glenn classificou os grupos entre tolos e covardes, me perguntei se ele acabaria por virar um coringa nessa história toda, que não atua em "time" algum. Mas com a sequência do diálogo isso se diluiu.

 

Acho essa interação fundamental. E isso que você citou é justamente o proposito disso. E sobre os diálogos, é um dos meus maiores objetivos, tentar torná-los o mais natural e fluído possível.

 

 

 

 

E é isso! Vi que o capítulo foi postado há quase dois meses, então peço desculpas pela demora em passar por aqui! Espero que a sequência já esteja ao menos sendo produzida e que não demore muito a postá-la!

 

 

Abraço, e até a próxima!

 

 

Nem tem que se desculpar. Eu que tenho que me desculpar por demorar tanto.

 

Sim a sequência está sendo produzida. Estou arranjando espaços de tempo para escrever, e tentando seguir seu exemplo de se programar, como você comentou com alguém na Breaking Down.

 

Mas o que posso dizer é que Insurrection continua, não será cancelada. Não deixarei que tenham a sensação de tempo perdido

 

 

Grande abraço!

 

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  • 1 mês depois...

SAINT SEIYA – INSURRECTION

Capítulo 7

Interlúdio 2

A garota na chuva - Parte I

 

Uma tempestade desabava dos céus de forma inclemente, e a noite estava mais escura que o normal. Apenas uma ou outra tocha, ou os frequentes relâmpagos, quebravam ocasionalmente o breu estabelecido.

 

As ruas da Quinta Vila, que pertencia a Província de Vóreia, estavam vazias até aquele instante, exceto por uma pessoa que se ocultava nas sombras.

 

Sob a marquise de um templo, ela se abrigava da chuva. Sentada em um banco de madeira.

 

Uma garota.

 

Seus cabelos eram loiros, mas pareciam mais escuros, pois estavam encharcados. Caiam sobre os ombros, escorridos. Com o corpo curvado à frente, e de cabeça baixa, apertava e esfregava os braços com suas mãos delicadas em uma vã tentativa de manter o calor do corpo.

 

As suas vestes brancas estavam também molhadas, marcavam-lhe o corpo magro, quase sem curvas, e não protegiam do imenso frio que sentia. A temperatura não era tão baixa aquela época, mas a combinação da chuva que tomou e o vento fazia sua pele gelar e se arrepiar.

 

Havia corrido por quilômetros até cansar e pausar para tomar mais fôlego e fugir do aguaceiro.

 

Mas o alto som da precipitação sobre os telhados, somado ao total desligamento da realidade impediram que a jovem percebesse que a sua solidão estava prestes a terminar.

 

Uma carroça puxada por um cavalo castanho se aproximava. Internamente, arcos de madeira, sustentavam uma lona branca que a cobriam completamente protegendo da chuva e do vento.

 

O veículo parou em frente ao templo.

 

- É, é uma moça!

 

- EI GAROTA! O que está fazendo aí? Você vai congelar nessa chuva! – As vozes vinham de um casal de idosos que estavam dentro da carroça. O senhor colocava a cabeça para fora da cobertura, onde havia uma abertura na parte frontal. Tentou falar alto com sua voz rouca. Mas a menina pareceu se assustar e num sobressalto se pôs atrás do banco. Seus cabelos caíram sobre o rosto cobrindo seus olhos.

 

- Vá até lá! - A velha, de dentro da carroça, disse num misto de sugestão e ordem.

 

Desajeitado e lento, o idoso saia da carroça evitando movimentos bruscos. Afinal, escorregar naquele chão de pedras não era difícil, e poderia ser mortal.

 

- Você mora na rua meu bem? – O idoso tinha um tecido sobre a cabeça, que se agitava muito com a ventania.

 

A menina não parecia querer conversa... Colocou as mãos sobre o encosto do banco, como se buscasse apoio para sair correndo a qualquer momento.

 

- Venha com a gente meu bem! Não vamos te fazer mal... Se ficar aqui pode ficar muito doente! – Chamou o velho, que aos poucos se aproximou, tocando o ombro da jovem. A voz era abafada pelo som da tempestade.

 

A adolescente nada disse e levantou o olhar, jogando os cabelos para trás. Encarou o senhor por alguns segundos e abaixou a cabeça. A desnutrição lhe fazia parecer ter menos que os seus treze anos. Tremia de modo involuntário, pernas, joelhos e maxilar.

 

- Traga ela, Joaquim, rápido antes que você também se encharque.

 

O velho a tomou pelo braço. Agora ele podia admirar um rosto angelical com lábios azulados pelo frio. Mas a adolescente não parecia perceber exatamente o que se passava, surpreendentemente não ofereceu mais resistência.

 

Talvez apenas quisesse desesperadamente sair dali.

 

Ao entrarem na carroça, a idosa lhe deu um pano seco.

 

- Vamos, se enxugue ou vai ficar doente.

 

Só o fato de não estarem expostos á água e ao vento já tornou o clima mais ameno.

 

A menina enxugou os cabelos, o rosto e um pouco por cima da roupa ainda molhada que vestia.

 

- O que aconteceu com você meu anjo? – Disse a idosa.

 

Mas a menina continuou sem abrir a boca.

 

- Deixe ela! Ela não quer falar! – O velho brigou.

 

- Vamos levá-la para a nossa casa. Ela precisa de um banho quente e roupas secas. – Completou a senhora.

 

A loirinha parecia agora notar os velhos senhores, apesar da quase total escuridão dentro da carroça.

 

O homem era gordinho, tinha um enorme nariz vermelho e grandes bochechas. Seus poucos cabelos se concentravam nas laterais da cabeça, e um pouco no topo penteados para trás.

 

A mulher era mais magra, tinha um nariz pontudo e adunco. Sua boca mais muchinha fez a menina pensar que a senhora não tinha mais muitos dentes.

 

- Por que estão me ajudando? – Por fim a voz doce da loira se fez escutar.

 

- Ah, então você fala? – Gracejou a idosa. - Não poderíamos deixar você ali tremendo de frio. Não é? Poderia até morrer.

 

A loira sentiu uma palpitação. Por que eles estavam se preocupando com ela? Eles nem a conheciam...

 

Eles sorriram para ela que ficou sem graça e olhou para o chão da carroça.

 

 

Por um instante ela esqueceu tudo o que tinha acontecido naquele dia.

 

 

---

 

 

Cerca de quarenta minutos depois, eles chegaram à casa dos idosos. Era uma casa humilde, sem qualquer luxo, mas agradável. Paredes e piso de madeira, com alguns buracos. Mas era o lugar mais aconchegante que a garota já havia visto. Não era tão pequena, tendo vários cômodos, cadeiras, um sofá, uma mesa e quatro camas.

 

A velha esquentou água no fogão e lhe preparou um banho.

 

- Tome um banho quente e depois vista estas roupas. Estão limpas. São da minha neta, ela de vez em quando me visita e sempre deixa algumas coisas para trás.

 

Depois de se lavar a garota sentou no sofá, que notava agora ter alguns remendos. O velho já esquentava um chá no fogão a lenha.

 

- Coma! - Disse a senhora, entregando a ela um generoso pedaço de pão.

 

- Muito obri-gada... – Ela respondeu timidamente.

 

A jovem segurou por alguns instantes o pão entre as duas mãos. Vagarosamente levou até a boca e mordeu... Só agora percebia como estava faminta.

 

- Qual é o seu nome menina?

 

- Er... É... – Ela olhou para os lados, pensando. – Jasmin... –

 

- É um nome bonito, né Joaquim? O meu nome é Arminda. – A idosa sentada em uma cadeira de balanço, falava de boca cheia. Também tinha nas mãos um pedaço de pão, que rasgava com seus dedos longos e ossudos, e depois colocava na boca.

 

- Você não tem família, não? – Prosseguiu a senhora. Ela tinha vestes simples. Como de todas as pessoas que ali viviam. Tecido rústico e pardo, cortes simples e retos.

 

- N-não... Eu não tenho... Não mais.

 

A senhora encarou o seu marido, que devolveu o olhar. Fizeram uma pausa e depois da troca de olhares ele confirmou.

 

- Você pode ficar aqui com a gente, o tempo que precisar. – Disse o velho enchendo uma caneca de chá e dando-a para a jovem.

 

- Eu poderia?... Mesmo? – Disse a adolescente sem parecer acreditar.

 

- Claro que pode! – A velha lhe deu um afago no rosto. Depois voltando o olhar ao idoso. – Ela é linda, e tão doce... Né, Joaquim?

 

A menina sentiu o toque áspero da mão calejada da velha. Mas lhe pareceu como algodão. Nunca tivera tanta atenção, tanto cuidado. Deram-lhe, roupas, comida, bebida... Até um teto.

 

- Você não tem medo de aceitar uma estranha na sua... casa? – Disse a jovem, um pouco confusa. Parecia um martírio para ela ter que dizer tantas palavras em sequência.

 

Mas o casal de idosos se entreolhou... Seriamente.

 

Para depois desatarem a rir.

 

- Claro que não, o que um anjo como você poderia fazer? – Disse Arminda entre risos.

 

A adolescente tomou o chá. Sentia o corpo gelado se aquecer... O aroma e vapor entravam pelas suas narinas fazendo-a viajar...

 

Relaxando...

Era como se tudo se dissolvesse.

 

Seus olhos chegaram a marejar de emoção. Estava tudo tão bom.

 

A conversa continuou por cerca de uma hora. Eles contaram muitas histórias.
Eram inúmeras sobre o passado, os percalços e desafios da vida. Mas a garota se divertia mesmo, ao ver o casal brigando quando divergiam sobre o que realmente tinha acontecido em algumas delas. Conseguiram tirar risos da loira, mesmo que fossem disfarçados com as mãos sobre a boca.

 

Aos poucos o cansaço caia sobre ela. Os músculos da adolescente iam se descontraindo, as pálpebras ficaram pesadas e uma sensação de leveza e sono tomaram seu corpo. Estava adormecendo sem perceber...

 

 

Nunca dormira tão bem e profundamente em toda a sua vida.

 

 

E despertou suavemente.

 

 

Foi difícil se lembrar de onde estava e o que tinha acontecido antes de pegar no sono.

 

 

Aos poucos as memórias foram voltando, e ela se dava conta do que havia passado.

 

 

Então se deparou com algo que não fez sentido algum.

 

 

Ela estava deitada no chão.

 

 

Acorrentada.

 

 

 

 

Próximo Capítulo: Terça - Feira que vem.

 

A garota na chuva - Parte II

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Antes de começar a comentar, poderia me esclarecer uma coisa? Isso é um capítulo da história corrente da fic mesmo ou é um interlúdio, como se fosse um Gaiden? O título meio que me deixou em dúvida a respeito rs.

 

Mas bem, falando dele. Foi um capítulo bem curto, que introduziu bem uma personagem que estava solitária em um ambiente deserto e que fora salva por dois anciãos. O que ocorreu com ela? Será que era uma prisioneira dos Chacais e com muita sorte conseguiu escapar?

 

Tudo estava parecendo estar bem. Jasmin estava em choque com os acontecimentos misteriosos que a permeam, mas aos poucos vai quebrando isso com a companhia carismática e agradável do casal de idosos, que conseguiram lhe tirar alguns poucos sorrisos.

 

Ela começa a dormir e se vê acorrentada. Essa parte muito me deixou intrigado pela continuação. Seria isso em tempo real e os velhos são, na verdade, pessoas totalmente diferentes do que aparentavam? Será que são as lembranças de um passado não tão distante que surgiram em sua mente neste instante?

 

Muitas perguntas! E isso é excelente pois deixa a expectativa para o próximo lá no alto. Parabéns pelo capítulo que, mesmo curto, conseguiu me prender até o fim e um grande abraço!

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Antes de começar a comentar, poderia me esclarecer uma coisa? Isso é um capítulo da história corrente da fic mesmo ou é um interlúdio, como se fosse um Gaiden? O título meio que me deixou em dúvida a respeito rs.

 

 

Eae GF! Meu caro! =)

 

Bom, é um capítulo corrente da história. O fim dessa história vai desaguar diretamente na história principal.

 

Mas bem, falando dele. Foi um capítulo bem curto, que introduziu bem uma personagem que estava solitária em um ambiente deserto e que fora salva por dois anciãos. O que ocorreu com ela? Será que era uma prisioneira dos Chacais e com muita sorte conseguiu escapar?

 

Seria um capítulo só, ao invés de dois esse "Gaiden de Jasmin". mas ele acabou ficando meio grande então preferi dividir em dois menores.

 

Bom... Heehehehehe... /evil

 

Tudo estava parecendo estar bem. Jasmin estava em choque com os acontecimentos misteriosos que a permeam, mas aos poucos vai quebrando isso com a companhia carismática e agradável do casal de idosos, que conseguiram lhe tirar alguns poucos sorrisos.

 

Ela começa a dormir e se vê acorrentada. Essa parte muito me deixou intrigado pela continuação. Seria isso em tempo real e os velhos são, na verdade, pessoas totalmente diferentes do que aparentavam? Será que são as lembranças de um passado não tão distante que surgiram em sua mente neste instante?

 

Queria fazer esse contraponto... Uma surpresa no finalzinho... Talvez não tenha surpreendido tanto, afinal, é claro que não seria só alegria né hehehehe

 

Muitas perguntas! E isso é excelente pois deixa a expectativa para o próximo lá no alto. Parabéns pelo capítulo que, mesmo curto, conseguiu me prender até o fim e um grande abraço!

 

 

Sério que te prendeu? Que bom! fico feliz... Eu tenho uma idéia de que este capítulo poderia gerar uma repercussão negativa.

 

Mas eu achava ele necessário.

 

 

 

Muito obrigado por vir!!!

 

Abraços!!!

 

 

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Capítulo 7 e interlúdio 2 lido.

 

As saudades que tinha da tua fic, Kagaho.

 

A escrita foi bem fluída como sempre e simples no modo como visualizei a cena, eis que uma nova criança surgiu na fic e também a apresentação de uma casal idoso.

 

Esta parte lembrou de uma anime recente como Akame Ga Kill, em que o personagem foi acolhido por uma menina de uma família rica que usava os menos afortunados na tortura e morte.

 

Abraços e parabéns por este capítulo.

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Olá Kagaho!

Um dos capítulos mais curtos que vi aqui no fórum, mas memso assim ele teve o seu charme. Falo isto porque eu li isso muito rápido, não só por ter sido pequeno.

Os pequenos detalhes, a emoção, a graduação da história, tudo isso foi interessante e fez o texto ficar bem corrido, até que no final, uma cena surpreendente, quebrando tudo o que havia se passado anteriormente.

Teria sido um sonho? Onde estaria os limites do real e do fictício? Será que os velhos traíram ela? Há várias indagações.

Algo que me chamou a atenção foi que as conversas se dirigiram ao passado. Mas ao passado de quem? Será que eram manifestações de seus pais, já que imaginou ambos brigando?

Há váarias teorias e aguardo a continuação. Não acredito que realmente postes terça que vem, kkk, mas seguirei esperando mesmo assim.

Valeu Kagaho e abração

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Dentro do contexto da Insurrection o que aqui foi mostrado, parece não se encaixar, ou simplesmente paira em desconexo. Tal confusão (que pelo menos a mim sobreveio) me fez reler os últimos dois capítulos para confirmar se algo estava me escapando. Contudo, de fato, não havia qualquer ligação, ponto de referência ou mesmo uma pequena alusão...

 

Tal sensação, que se estendeu quase até o final da leitura deste capítulo, foi bastante desconfortável, Kagaho...

 

Ao ponto de quase me fazer desistir da leitura por algumas vezes.

 

Só não o fiz pela qualidade textual e pela maneira positiva como conseguia me imergir na história mesmo sem uma “bússola” para me orientar.

 

Todo o tempo eu tentava associar o que estava lendo com o que já havia sido apresentado de Insurrection e tirando apenas o estilo da narrativa e a apresentação “miserável” do cenário e dos personagens (talvez, as maiores virtudes de Insurrection, diga-se de passagem), pouca coisa me serviram nesse propósito.

 

Uma lástima...

 

Penso eu que a segunda parte faça a ligação de que tanto falo e senti falta...

 

Contudo, não posso inseri-la nessa análise já de antemão, apenas faço essa conjectura me baseando no óbvio e claro, na sua competência e talento já amplamente comprovados.

 

Para encerrarmos, atrevo-lhe a sugerir uma recomendação...

 

Quando for abordar algo, que a principio se mostra, totalmente desprendido da trama, tenha o cuidado de apresentar, pelo menos, um ensejo deste no capítulo que o antecede.

 

Sei que este capítulo foi um Interlúdio e tudo mais...

 

Mas, ou algum elo tinha que ser apresentado já logo nessa primeira parte ou o autor procedido como o sugerido logo acima.

 

Pelo menos para mim, o sentido de continuidade em uma história se faz importante.

 

Assim como o de associação.

 

Essas compreendem a “bússola” que ajuda nós leitores (entenda, eu) a não se perderem dentro do contexto.

 

Abraços!

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Capítulo 7 e interlúdio 2 lido.

 

As saudades que tinha da tua fic, Kagaho.

 

A escrita foi bem fluída como sempre e simples no modo como visualizei a cena, eis que uma nova criança surgiu na fic e também a apresentação de uma casal idoso.

 

Esta parte lembrou de uma anime recente como Akame Ga Kill, em que o personagem foi acolhido por uma menina de uma família rica que usava os menos afortunados na tortura e morte.

 

Abraços e parabéns por este capítulo.

 

 

Sentiu saudades? Que bom, quer dizer que gostava! XD

 

 

Não conheço esse anime (Aliás, conheço muito poucos, eu deveria conhecer mais) mas com a continuação do capítulo saberá se as semelhanças se encerram por aí ou ainda persistem.

 

Muito obrigado por vir, Saint!!! Abraços!!!

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Olá Kagaho!

 

Um dos capítulos mais curtos que vi aqui no fórum, mas memso assim ele teve o seu charme. Falo isto porque eu li isso muito rápido, não só por ter sido pequeno.

 

Os pequenos detalhes, a emoção, a graduação da história, tudo isso foi interessante e fez o texto ficar bem corrido, até que no final, uma cena surpreendente, quebrando tudo o que havia se passado anteriormente.

 

Teria sido um sonho? Onde estaria os limites do real e do fictício? Será que os velhos traíram ela? Há várias indagações.

 

Algo que me chamou a atenção foi que as conversas se dirigiram ao passado. Mas ao passado de quem? Será que eram manifestações de seus pais, já que imaginou ambos brigando?

 

Há váarias teorias e aguardo a continuação. Não acredito que realmente postes terça que vem, kkk, mas seguirei esperando mesmo assim.

 

Valeu Kagaho e abração

 

 

E ae Nikos!!!

 

Ah vá, nem foi tem curto assim... A média dos meus capítulos é de 1800, 1900 caracteres, e esse tem por volta de 1500...

 

Mas deve ter sido rápido para ler mesmo...ehhehehe

 

Aquelas conversas se dirigiam ao passado do casal. Eles contaram a Jasmin muitas histórias, do passado do casal, e viu os mesmos brigando quando discordavam sobre elas... Desculpa se não ficou claro.

 

O propósito era esse mesmo!!! /evil ... causar muitas dúvidas e pulgas...

 

A idéia era postar hoje mesmo... Mas acho que não vai rolar ... :/ ... Mas dessa semana não passa...

 

 

Espero que tenha gostado.

 

 

Abraços!!!

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Dentro do contexto da Insurrection o que aqui foi mostrado, parece não se encaixar, ou simplesmente paira em desconexo. Tal confusão (que pelo menos a mim sobreveio) me fez reler os últimos dois capítulos para confirmar se algo estava me escapando. Contudo, de fato, não havia qualquer ligação, ponto de referência ou mesmo uma pequena alusão...

 

Tal sensação, que se estendeu quase até o final da leitura deste capítulo, foi bastante desconfortável, Kagaho...

 

Ao ponto de quase me fazer desistir da leitura por algumas vezes.

 

Só não o fiz pela qualidade textual e pela maneira positiva como conseguia me imergir na história mesmo sem uma “bússola” para me orientar.

 

Todo o tempo eu tentava associar o que estava lendo com o que já havia sido apresentado de Insurrection e tirando apenas o estilo da narrativa e a apresentação “miserável” do cenário e dos personagens (talvez, as maiores virtudes de Insurrection, diga-se de passagem), pouca coisa me serviram nesse propósito.

 

Uma lástima...

 

Penso eu que a segunda parte faça a ligação de que tanto falo e senti falta...

 

Contudo, não posso inseri-la nessa análise já de antemão, apenas faço essa conjectura me baseando no óbvio e claro, na sua competência e talento já amplamente comprovados.

E aê Leandro, obrigado por vir!

 

Bom, sabe, eu até sabia que estava correndo um risco com esse capítulo. Eu esperava por críticas negativas, como talvez você tenha lido no comentário que respondi do Gustavo, mas eu acho que subestimei um pouco o que viria! /evil

 

Eu entendo o que você quis dizer... E você está certo em toda a análise que fez sobre este aspecto. Imaginei que eu causaria um efeito ruim, mas não imaginei que chegasse a esse nível. Tal qual o primeiro capítulo de Insurrection esse este interlúdio parece meio fora do universo inserido, porém, entendo que como não se trata de um primeiro capítulo, o que se espera dele é algo diferente do que foi apresentado.

 

Como você bem observou, tudo, ou quase tudo o que você esperava encontrar nesse capítulo está na sua continuação.

 

Na verdade na concepção original era um capítulo só, porém, eu havia achado que ele estava muito grande, por isso eu dividi ele em dois.

 

Ao deixar os dois divididos, acho que as informações ficaram polarizadas entre as metades causando esse efeito.

 

Seu comentário é um indicativo de que eu posso ter errado ao fazer essa divisão.

Para encerrarmos, atrevo-lhe a sugerir uma recomendação...

 

Quando for abordar algo, que a principio se mostra, totalmente desprendido da trama, tenha o cuidado de apresentar, pelo menos, um ensejo deste no capítulo que o antecede.

 

Sei que este capítulo foi um Interlúdio e tudo mais...

 

Mas, ou algum elo tinha que ser apresentado já logo nessa primeira parte ou o autor procedido como o sugerido logo acima.

 

Pelo menos para mim, o sentido de continuidade em uma história se faz importante.

 

Assim como o de associação.

 

Essas compreendem a “bússola” que ajuda nós leitores (entenda, eu) a não se perderem dentro do contexto.

 

Abraços!

 

Valeu pela dica Leandro, está anotada.

 

 

Grande abraço!

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  • 3 semanas depois...

SAINT SEIYA – INSURRECTION

Capítulo 8

Interlúdio 2

A garota na chuva – Parte II

 

Em uma residência humilde, dois idosos comem pratos de sopa de legumes e galinha. A comida ainda está quente e partículas de vapor se desprendem da superfície.

 

- Quando que eles vêm?

 

- Acho que depois de amanhã. – Responde o velho, que tem uma gota de sopa a escorrer pelo queixo.

 

- Vamos nos dar bem dessa vez! – A velha sorriu. – Vamos conseguir bastante dinheiro.

 

- Não sei se o tanto que merecemos... Aquele tal de... Sir Bastian é um tipo bem estranho.

 

- Shhh... – Repreende Arminda. – Não podemos ficar falando esses nomes...

 

- Baaahhh! Acha mesmo que esse é o nome dele? Tá na cara que Ele faz parte do Mégalo, - Disse o velho com um olhar confiante - Eu já vi, de longe as roupas finas dele, o belo Cavalo e os óculos! – O velho aponta pros próprios olhos, como se a velha também já não tivesse visto. – E se ele faz algo nas costas do Império Sagrado, com certeza não iria ficar revelando o nome dele por aí.

 

 

---

 

 

“O que está acontecendo?”

 

A ficha não caiu de imediato. Parecia que ela ainda não tinha se dado conta do que aquilo significava e da gravidade de sua situação...

 

Onde estou?”

 

E isso por que, talvez... Não fizesse qualquer sentido!

 

Ela havia adormecido na companhia de dois senhores amáveis e de repente acordou em um lugar desconhecido com os pulsos acorrentados.

 

“Foi tudo um sonho?”

 

Será que a noite tão agradável fora fruto de sua imaginação?

 

A jovem loira se debateu. Com força puxava os braços, mas era inútil. Grilhões oxidados adornavam seus pulsos. Presos a correntes grossas que na outra extremidade se prendiam a chapas metálicas parafusadas no chão de madeira.

 

Tentou identificar o ambiente que a rodeava, mas estava escuro. Não havia luz direta, apenas um pouco de iluminação entrava por frestas no teto, como linhas de luz de tamanhos variados e todas no mesmo sentido. O que a levou a pensar que o teto era feito das mesmas tábuas de madeira que revestiam o solo.

 

- Joaquim! Arminda! – Estava preocupada com o casal de idosos. Onde eles estavam? Será que eles haviam vindo atrás dela? Será que fizeram algum mal para aquele casal?

 

- Por favoooor! Alguém me ajude! – Sacudia os braços com força, tentando se soltar, mas era inútil. O máximo que conseguia era ferir sua pele forçando-a contra o metal.

 

Chamou e não obteve qualquer resposta.

 

Até que gastou grande parte de suas energias e cedeu ao cansaço deitando-se no solo, ofegante.

 

Foi nesse instante que sua espera terminou. Escutou um som de dobradiça ranger, e ergueu-se num ímpeto de esperança.

 

Uma porta abriu-se no teto. Era um alçapão.

 

Ao se abrir a luz proveniente de cima invadiu o salão escuro e iluminou uma escada. Era apenas um lance de escadas que descia em uma linha reta.

 

Uma silhueta apareceu na abertura.

 

Silenciosa e cuidadosa.

 

- ARMINDA! – Assim que reconheceu a figura, a jovem sentiu uma injeção de ânimo. – Estou presa! Me ajude, por favor!

A velha desceu devagar, degrau por degrau, apoiando-se na parede que dava a sustentação para a escada.

 

Arminda se aproximou vagarosamente, mas sua expressão era...

 

PPAAAAAFFFTTT.

 

- CALA A BOCA! – Bufou a velha com um olhar transfigurado.

 

Um tapa deslocou o rosto da jovem loira para o lado...

 

- O que? ... – Disse Jasmim em um choramingo. Era como se uma onda de choque passasse por todo o seu corpo.

 

PPAAAAAFFFTTT.

 

- Já falei para calar a boca! – Disse a velha em um sussurro, logo depois de dar outro tapa, desta vez na face oposta.

 

- O que você está fazendo comigo? – Disse a menina, trazendo a destra até o rosto e sentindo o rubor em suas bochechas pelos golpes recebidos. Agora ela sentia os calos na mão da velha com se fosse uma rocha a acertar-lhe o rosto. A força não era tão grande.

 

A dor física era menor que a dor na alma.

 

- Humm! - Na boca da velha se formou um sorriso. Afastou-se balançando a cabeça.

 

- Nosso anjinho acordou finalmente! – O som da voz veio de um ponto mais distante, acompanhado de passos.

 

Joaquim chegara.

 

- Ela dormiu quase dois dias inteiros... – Disse a velha olhando jocosamente para a jovem.

 

“Dois dias?!”

 

- O chá ficou muito forte, da próxima vez vou fazer mais fraco. – Disse o velho, se referindo ao chá que a jovem loira tomou, enquanto esfregava as mãos sujas em um pedaço de tecido e descia pelas escadas.

 

- Me soltem, por favor! Eu imploro! – Jasmin mirava suplicante o casal de idosos que outrora lhe deram abrigo.

 

- Vamos te soltar... – A senhora tocava o queixo enquanto olhava para o alto. - Aliás... Não sei, depende de quem vai te comprar, dependendo, ele pode querer manter você presa... Isso aconteceu com a Sam né, Joaquim? Pelo menos foi o que eles nos disseram.

 

- Me comprar? – A garota suava frio...

 

- Tava achando o que garota? Que era só bem bom? Nós te ajudamos, te demos casa, comida e bebida, e agora você vai compensar a gente.

 

- Mas vocês me... – As lágrimas começavam a escorrer pelo rosto.

 

- Ah, não comece! É sempre assim, Joaquim. Elas sempre vêm com esse papinho e depois começam a chorar – Disse a velha bufando – Eu não tenho mais saco para isso, faz ela se calar!

 

Não podia ser verdade. Não podia. Chorava copiosamente. De soluçar. Não conseguia aceitar que tinha sido enganada desta forma.

 

Não depois de tudo que tinha vivido.

 

Por que cedeu tão facilmente? Por que se entregou nas mãos dessas pessoas!

 

Ela se martirizava por ter confiado.

 

Por ter achado que pessoas poderiam ajudá-la por pura generosidade.

 

- Enquanto a gente não a leva para vender... Eu acho que... – Disse o velho com um olhar tão malicioso que fez o sangue de Jasmim gelar.

 

- O que você vai fazer? Você não tem mais o que fazer com ela seu velho caduco...

 

O idoso ignorou a velha e aproximou-se em passos débeis... Era uma garota bonita apesar de tão franzina.

 

Seus olhos azuis e cabelos loiros ondulados. Parecia mais um anjo caído aprisionado.

 

O terror no rosto da garota fazia tudo parecer ainda melhor aos olhos de Joaquim.

 

- Você tem um rosto perfeARRRRRGGGHHHHHH...

 

Joaquim havia tentado tocar o rosto da garota, mas ela desviou a face e cravou seus dentes com toda a força que tinha no dedo dele... Sentiu a carne lacerar e se partir. Foi com tanta força que quase o decepou o polegar direito de Joaquim.

 

- AH VADIA! OLHA O QUE VOCÊ FEZ? – Repreendeu o velho desferindo um soco no estômago da loira.

 

A garota inclinou a cabeça para frente. Sentiu a dor e falta de ar pelo soco...

 

- Já falei para parar, seu velho!... Eu vou te enfiar essa panela na sua cabeça.

 

Desferiu, mais um soco, e mais um... Só foi contido quando Arminda segurou-o.

 

Longe de ter piedade, ela só queria assegurar a integridade da escrava que venderia.

 

- Olha o que essa desgraçada fez? – Disse o velho mostrando o dedo destruído. - Vamos embora! Deixaremos ela aí sem água e sem comida, para pensar no que fez! – Vociferou o idoso.

 

Jasmin tossia e respirava com dificuldade. Sentiu uma forte ânsia de vômito, mas se segurou.

 

O alçapão se fechou e Jasmin se viu novamente mergulhada na quase completa escuridão.

 

 

 

TRINC...

 

 

 

 

 

 

No dia seguinte.

 

 

 

Que dia quente!

 

Joaquim estava sentado em sua cadeira de balanço, enquanto pitava um cachimbo. Olhava pela janela enquanto pensava no quanto iriam ganhar com a garota no porão. No dia seguinte os homens viriam buscá-la.

 

No interior da casa a velha despejava um pouco de água em uma tigela de barro. Sentia as costas grudarem pelo suor. O calor estava anormalmente intenso.

 

- Joaquim, leve um pouco de água para a ratinha.

 

Não poderia deixar a garota sofrer demais. Ferimentos e doenças poderiam diminuir o valor de venda.

 

- Os nobres são muito exigentes! – Disse a velha, temendo um pouco por dizer aquelas palavras.

 

Paralelamente as capturas de escravos para a servidão no Império Sagrado Mégalo Vouno Theia, havia um mercado obscuro que também roubavam pessoas que tinham variados destinos.

 

Fossem para Barões e Duques que não tinham influência suficiente ou contatos para receber escravos diretamente do Mégalo.

 

Ou até mesmo para comerciantes e vilões que pudessem pagar.

 

Ou simplesmente aqueles que queriam mais.

 

Para todos os tipos de vontades e destinos.

 

Era só pagar. Geralmente chacais aposentados ou mercenários faziam o trabalho sujo.

 

- JOAAAQUIIIIM!

 

O berro assustou o velho que até derrubou o cachimbo no chão!

 

– Já vou velha fedorenta, já vou! – Respondeu ele enquanto se atrapalhava buscando o fumo no chão.

 

O senhor deu as costas para Arminda e se dirigiu para a escada. Abriu o alçapão e desceu.

 

 

Ele escutou som algum. Estava um silêncio fúnebre.

 

- Menina?!

 

Não obteve qualquer resposta.

 

Aos poucos sua pupila se dilatou e sua visão se acostumou com a pouca luminosidade. Foi nesse instante que vislumbrou a garota sentada no chão.

 

Imóvel como uma estátua.

 

Inexplicavelmente sentiu um arrepio subir a sua espinha.

 

- Ora essa, o que é isso seu velho caduco? – Disse para si mesmo.

 

Aproximou-se lentamente controlando a tigela de água em suas mãos.

 

A garota permanecia imóvel.

 

“Teriam exagerado na punição?”

 

- Anjinho?!

 

Ao se aproximar notou que a corrente que prendia o pulso esquerdo estava cuidadosamente escondida sob as pernas da jovem. Mas isso não o preveniu para o que aconteceria em seguida.

 

Seu cérebro não conseguiu conjecturar qualquer teoria para as informações que tinha.

 

- AAAAAARRRGGGGGHHHHHHH!

 

Mal pode ver o que o atingiu, mas sentiu seu rosto se rasgar com o impacto de um golpe. Totalmente desprevenido e desorientado, quando se deu conta estava no chão, vertendo sangue por um enorme corte na face.

 

- AAAAHHHHHH! Socoooorro!!! – Disse o velho tremendo olhando para a destra ensanguentada ao tocar o rosto maculado.

 

- ARMINDA!

 

Alguns segundos depois a velha desceu as escadas em um sobressalto. Não demorou a socorrer seu marido.

 

Ela viu Joaquim sobre uma poça de sangue... Havia um enorme e profundo corte em seu rosto. Imediatamente imaginou que a garota tinha alguma lâmina escondida, mas ao ver a destra de Jasmin, tudo o que viu foram seus dedos ensanguentados.

 

- Joaquim! O QUE FOI ISSO? – Gritou a velha agachando-se ao lado do corpo caído de seu marido, procurando ajudá-lo – Precis...

 

O idoso se ergueu num ímpeto de coragem. Apressou-se e, atrás num dos cantos do porão, pegou uma barra de ferro. Eles usavam para castigar os escravos.

 

- Você vai pagar pelo o que fez!

 

Havia recobrado a postura. Nesse momento, tomado pela dor, não pensou que poderia perder sua valiosa escrava.

 

Ele só queria descontar seu ódio.

 

Era a segunda vez que ela o feria e seria a última, ele pensou.

 

Mas ele estava completamente errado.

 

- JOAQUIM, NÃO!

 

Seu golpe com a barra de ferro não atingiu Jasmin.

 

Ela segurou com a mão esquerda. De fato, as correntes que prendiam as mãos da jovem estavam soltas, caídas no solo. Apenas os grilhões ainda permaneciam em seu pulso.

 

- Hãn!? - Ela velha paralisou. Ao mirar Jasmim, um terrível medo parecia se alojar dentro de si como um parasita.

 

A garota tinha os olhos acesos!

 

Rubros, incandescentes.

 

A boca, com os dentes rangendo chegava a espumar...

 

- E-e-ela está... - A ao ver aquela cena surreal Joaquim tentava se afastar... Mas não pôde.

 

Seu braço estava sendo segurado pela jovem de rosto doce e olhos azuis.

 

Que agora mais parecia um demônio.

 

A loira grunhia, e respirava tão fundo, que parecia sufocar.

 

- ARRRRGGHHHH! ME LARGA!!!

 

O velho tremia, suas pernas ficaram moles. Ainda assim tentava acertá-la de novo. Mas a garota segurava-o com tanta força que seu braço parecia que ia quebrar.

 

- SAIA DAÍ! – Gritou Arminda.

 

Mas era tarde para tentar qualquer coisa.

 

Com uma força sobre humana a jovem e doce Jasmim, com apenas um braço arremessou o senhor contra o teto, e depois contra o chão. Era como um animal selvagem que parecia brincar com sua presa.

 

Nos locais dos impactos no solo e no teto, manchas de sangue surgiram.

 

A velha não se mexia.

 

Aquela garota, ela... Transbordava ódio. Arminda podia sentir!... Era algo que não cabia na jovem e saia por seus poros.

 

- De-de-mônio... – A velha tentava falar, mas as palavras mal saiam de sua boca.

 

A velha, depois de uma palpitação, desfaleceu e caiu de costas ao chão. Pálida, sem forças, não conseguia falar e nem se mover direito.

 

Ela não viu o que aconteceu ao seu marido Joaquim.

 

Tampouco tentou imaginar ao ouvir os gritos de desespero e os sons dos ossos a se partir.

 

Mesmo sem olhar diretamente, de início, ela notou uma luz refletir no teto e nas paredes do porão...

 

Era uma luz púrpura.

 

Gastou suas forças derradeiras e ergueu a fronte para olhar. Aos pés da jovem a silhueta do idoso sem vida.

 

E em torno da jovem um halo de luz que bruxuleava como fogo...

 

Envolvia-a por completo e emitia pulsos de luz mais intensa...

 

Pequenas esferas flutuavam e explodiam, fagulhas e faíscas elétricas se desprendiam.

 

Era a coisa mais aterrorizante e linda que ela já havia visto em sua vida.

 

Jasmim endireitou a postura. Ergueu a cabeça. Os cabelos voavam sobre sua face, mas Arminda podia ver ali... Mesmo parcialmente ocultas, as duas brasas ainda queimavam sob os fios dourados...

 

Seria a última coisa que veria. E que ficaria gravada em sua retina.

 

A luz tomava forma... Eram...

 

- Asas!

 

---

 

 

Nove anos depois.

 

 

 

Um lindo e espaçoso quarto.

 

Sobre uma cama alta, grande, toda trabalhada em madeira clara, com cabeceira estofada em couro branco, repousava uma jovem mulher.

 

Ela acabara de acordar.

 

Esticou o braço para ligar o abajur que estava sobre um criado-mudo de três gavetas feito da mesma madeira clara da cama.

Espreguiçava-se entre os lençóis de seda. Apreciava a textura do tecido sobre sua pele, surpreendentemente sem marcas, por isso dormia sem qualquer roupa.

 

- Miriam? – A voz doce da mulher sobre a cama chamou.

 

- Às suas ordens Senhorita... – Dizia uma moça jovem com roupas simples, um avental e um lenço sobre os cabelos negros. Ela acabara de entrar pela porta do quarto. - Perdoe-me, eu te acordei?

 

A jovem não respondeu, e nem pareceu se importar. Levantou e enrolou-se com um dos lençóis cobrindo seu corpo nu. Nem de longe parecia a adolescente franzina de outrora. O tecido moldava-se sobre seu corpo torneado e curvilíneo.

 

Sua pele, alva, era quase do mesmo tom dos lençóis.

 

Dirigiu-se até uma cômoda que estava do lado oposto. Com delicadeza pegou uma escova e passou a pentear suavemente seus cabelos dourados em frente a um espelho na parede, ovalado e com uma moldura com detalhes em ouro.

 

- Chegou uma correspondência para a Senhorita. – Disse Miriam entregando-lhe um envelope.

 

A loira desviou por um momento os olhos azuis do espelho. Arrumou todos os fios de seu cabelo sobre o ombro direito e pegou o envelope. No mesmo havia um lacre de cera cor de vinho.

 

Calmamente retirou o lacre, abriu o envelope e retirou a carta. Dando uma olhada rápida.

 

- Miriam.

 

- Sim, Senhorita Jasmin.

 

A jovem mulher lembrava-se de seu passado. Vez ou outra sonhava com aqueles dias. Era curioso como, mesmo depois de tanto tempo, ainda doía.

 

Ainda significava tanto.

 

- Prepare-me um banho e arrume meu vestido esmeralda. – Disse a loira voltando a mexer nos cabelos e a olhar o próprio reflexo no espelho. – Fui convocada para uma Reunião Dourada.

Editado por Kagaho de Benu
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Sabe, Kagaho (saudações)...

 

Lendo agora a segunda parte do Interlúdio 2 com Jasmin, percebo como meu comentário anterior não teria razão de existir caso eu observasse a história como um todo, e não em partes como acabou sendo.

 

Peço desculpas e que o desconsidere...

 

Tipo, li ambas partes de uma vez só e toda aquela desagradável sensação de não estar lendo Insurrection por falta de uma “bússola” no texto, não apareceu.

 

E fico estupefato como você trabalha bem seu cenário “miserável” dando enfoque, por exemplo, na violência, sem que essa comprometa o texto.

 

Toda vez que você atinge o limite tolerável, sabe contornar bem a situação mostrando que aquilo sendo mostrado tem toda uma razão de ser.

 

A revelação final com Jasmin, supostamente, pertencendo à elite das Confrarias de Athena como uma Amazona de Ouro serviu para dar os contornos finais de genialidade e talento literal.

 

Parabéns e abraços!

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Muito bom capítulo, Kagaho!

 

Achei sua narrativa um pouco menos densa e mais simples nesse capítulo. Foi impressão mesmo? Ou tem alguma explicação? Não que eu não gostei, só uma observação mesmo. rs

 

Então, falando da história... Curioso que Joaquim e Arminda tenham sido tão malignos. Eles me enganaram direitinho! Achei que fossem gente de bem. Na verdade, foi mais pela aparência deles de velhos do que por qualquer outra coisa. Foi inesperado que um casal de idosos tivessem feito essa atrocidade com a garota.

 

Parece que quando a menina crescer, ela vai se tornar uma pessoa fria e que não vai acreditar em qualquer um... Esse evento deve ter marcado muito ela negativamente falando. Ouso a dizer que tenha até a traumatizado, acima de tudo.

 

A revelação de que ela, nove anos depois, se tornou uma Amazona de Ouro foi realmente impactante. Sob qual Constelação ela está sendo regida? Chuto que seja Escorpião ou Virgem, não sei porque.

 

Curioso agora para ver como tudo se desenrolará a partir daí. Aliás, pra ela ter sido convidada a uma Reunião Dourada, quer dizer que ela teria que ir ao Santuário. Mas ele não está sob os domínios de Mégalo? Muito curioso mesmo! O mistério que ronda sua fic é mesmo uma das maiores qualidades de Insurrection.

 

Abraços!

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  • 2 semanas depois...

Kagaho, que capítulo ótimo!

Li de uma vez, sem parar para fazer comentários parte a parte. A história me envolveu bastante e parabéns por isso!

Desde então, quero declarar a minha raiva aos casais de velhinhos. Eles me ludibriaram, me enganaram e abusaram de minha confiança. Olha, eu geralmente suspeito de tudo e de todos, mas eu realmente não cogitei a hipótese dos velhinhos serem realmente serem uns pnc do caramba!

Sério, que ódio deles e fiquei bem feliz (Sim, sou rancoroso e vingativo, kkkkkk) que a garota lhes deu o que eles mereciam. Apanharam e apanharam feio. Bem feito! Que casal nojento.


As cenas, como eu falei, foram bem rápidas, o texto fluiu bastante, talvez pelo excesso de diálogos e pelas frases rápidas. Porém, neste capítulo, não senti falta de descrições mais apuradas. Eu consegui perceber e me envolver com as cenas, com as emoções, foi tudo feito de uma grande maneira. Parabéns!


O final, novamente surpreende, com ela revelando que pertence à classe dourada (ou não, pode só ir para a reunião). Se o palpite do Gustavo estiver correto, prevejo o Bizzy te exterminando compleetamente. kkk

Bem, é isso Kagaho,

Espero muito pela continuação


Abração

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  • 2 semanas depois...

Sabe, Kagaho (saudações)...

 

Lendo agora a segunda parte do Interlúdio 2 com Jasmin, percebo como meu comentário anterior não teria razão de existir caso eu observasse a história como um todo, e não em partes como acabou sendo.

 

Peço desculpas e que o desconsidere...

 

Leandro, hehehe... Você não tem que desculpar, afinal você não tinha como observar a história como um todo naquele momento. E toda crítica construtiva é válida.

 

 

Tipo, li ambas partes de uma vez só e toda aquela desagradável sensação de não estar lendo Insurrection por falta de uma “bússola” no texto, não apareceu.

 

E fico estupefato como você trabalha bem seu cenário “miserável” dando enfoque, por exemplo, na violência, sem que essa comprometa o texto.

 

Toda vez que você atinge o limite tolerável, sabe contornar bem a situação mostrando que aquilo sendo mostrado tem toda uma razão de ser.

Fico muito satisfeito de ter conseguido reverter a reação negativa! E como eu disse, as informações acabaram polarizadas e no texto completo as sensações de estranheza sumiriam.
Tento sempre dar uma razão de ser para as coisas... Acho que é importante.

 

A revelação final com Jasmin, supostamente, pertencendo à elite das Confrarias de Athena como uma Amazona de Ouro serviu para dar os contornos finais de genialidade e talento literal.

 

Parabéns e abraços!

Bom, vou adiantar! Jasmin é uma Amazona de Ouro sim!

 

Muito obrigado pelos elogios e te aguardo no próximo!

 

 

Abraços!!!

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Muito bom capítulo, Kagaho!

 

Achei sua narrativa um pouco menos densa e mais simples nesse capítulo. Foi impressão mesmo? Ou tem alguma explicação? Não que eu não gostei, só uma observação mesmo. rs

 

Olha, eu não tinha reparado, mas dando uma refletida acho que você tem razão... Mas não foi intencional conscientemente hehehehe... Acredito que foi influência de livros que li ultimamente.

 

Então, falando da história... Curioso que Joaquim e Arminda tenham sido tão malignos. Eles me enganaram direitinho! Achei que fossem gente de bem. Na verdade, foi mais pela aparência deles de velhos do que por qualquer outra coisa. Foi inesperado que um casal de idosos tivessem feito essa atrocidade com a garota.

 

Parece que quando a menina crescer, ela vai se tornar uma pessoa fria e que não vai acreditar em qualquer um... Esse evento deve ter marcado muito ela negativamente falando. Ouso a dizer que tenha até a traumatizado, acima de tudo.

Sabia que ia pegá-los direitinho!!! Hahahaha... Então, até Jasmin caiu né? A idéia foi justamente essa, enganando os leitores, traria uma compreensão muito melhor da situação de nossa loirinha...
Eles simplesmente são absolutamente egoístas... Não são sádicos, nem cruéis, apenas querem viver e não se importam de ferir alguém para isso.
Com certeza essa passagem vai marcá-la muito... Mesmo... Não só essa como uma que veio antes dessa, mas que vai ficar pro futuro.

A revelação de que ela, nove anos depois, se tornou uma Amazona de Ouro foi realmente impactante. Sob qual Constelação ela está sendo regida? Chuto que seja Escorpião ou Virgem, não sei porque.

 

Curioso agora para ver como tudo se desenrolará a partir daí. Aliás, pra ela ter sido convidada a uma Reunião Dourada, quer dizer que ela teria que ir ao Santuário. Mas ele não está sob os domínios de Mégalo? Muito curioso mesmo! O mistério que ronda sua fic é mesmo uma das maiores qualidades de Insurrection.

 

Abraços!

 

Então hehehe... O santuário como instituição, personalidade jurídica ehehehe... está sob os domínios de Mégalo realmente... /evil

 

 

Mano, se você for muito curioso e quiser saber qual é a Constelação de Jasmin, há como descobrir... Tem uma pista no capítulo, mas ela está um pouco escondida...

 

 

Abraços mano, obrigado por vir!!!

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Kagaho, que capítulo ótimo!

 

Li de uma vez, sem parar para fazer comentários parte a parte. A história me envolveu bastante e parabéns por isso!

 

Fala Nikos!!!

 

Obrigado primeiro pelos elogios! Que bom que gostou!

 

 

Desde então, quero declarar a minha raiva aos casais de velhinhos. Eles me ludibriaram, me enganaram e abusaram de minha confiança. Olha, eu geralmente suspeito de tudo e de todos, mas eu realmente não cogitei a hipótese dos velhinhos serem realmente serem uns pnc do caramba!

 

Sério, que ódio deles e fiquei bem feliz (Sim, sou rancoroso e vingativo, kkkkkk) que a garota lhes deu o que eles mereciam. Apanharam e apanharam feio. Bem feito! Que casal nojento.

Kkkkkkkkkkkkkkk... Mano, e logo você que curte uma reviravolta...
Eu imagino o ódio... Pois é, a idéia era realmente colocar o leitor ao lado de Jasmin, e fazê-lo ser enganado junto com ela... Ela também sentiu um ódio enorme.
Realmente ela se vingou. Eu preferi não dar muitos detalhes sangrentos...

As cenas, como eu falei, foram bem rápidas, o texto fluiu bastante, talvez pelo excesso de diálogos e pelas frases rápidas. Porém, neste capítulo, não senti falta de descrições mais apuradas. Eu consegui perceber e me envolver com as cenas, com as emoções, foi tudo feito de uma grande maneira. Parabéns!

 

Que bom que dessa vez achou bom nesse sentido...

O final, novamente surpreende, com ela revelando que pertence à classe dourada (ou não, pode só ir para a reunião). Se o palpite do Gustavo estiver correto, prevejo o Bizzy te exterminando compleetamente. kkk

 

Bem, é isso Kagaho,

 

Espero muito pela continuação

 

 

Abração

 

Sim, ela pertence a elite dourada... Com relação ao palpite, não vou dizer nada, por que tem uma dica oculta no capítulo... Se achar saberá qual é a constelação dela.

 

 

Muito obrigado por vir!!!

 

 

Abraços!!!

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Oi kagaho td bem ? Então acabo de ler toda sua fic e estou aq para deixar minha impressão

 

Bom primeiro gostaria de falar do contexto, o qual foi apresentado de forma muito interessante, ficamos alguns episódios sem saber direito o estava acontecendo, somente com pistas sobre o mundo onde os personagens, o que deixou um clima de mistério muito interessante e envolvente.

E por fim quando o contexto foi apresentado eeste foi surpreendente! Colocar os cavs de Atena como opressores, foi algo muito deferente e legal! Fiquei até um pouco decepcionado ao saber que na verdade a deusa não estava do lado dos opressores, isso seria ainda mais ousado!

Diante desse contexto acabei por criar hipóteses, adoro qdo uma história me induz a isso

- Bom a primeira é que os cav se corromperam com o poder e agora fizeram um novo império e toda a historiei se passa no passado da terra sendo uma realidade completamente diferente do original

 

- Minha segunda hipótese é que estamos no mesmo universo do original, mas com uma pequena diferença, Saga conseguiu triunfar sobre Saori( matando-a quando era bebe ou mesmo durante a primeira fase do clássico, ao vencer os Seiya e cia). Então ele instaurou um império do santuário que fez o mundo regredir para se adequar ao modo de vida mais rústico dos cavs

 

- a terceira hipótese é que na verdade a fic se passa depois e não antes da série clássica, num futuro onde a humanidade se tornou tão mais corrupta onde os sucessores dos cav e do clássico, ou quem sabe eles mesmos. Se virão forçados a inteferir na terra

 

Só o fato de sua história me levar a fazer estas hipóteses mostra a qualidade que ela possui, ela foi muito bem construída e me deixou ancioso para ver a continuação ! Parabéns

 

Falando um pouco dos personagens: Eles também sai bem interessantes! Parecem bem desenvolvidos e cada um possui seus próprios conflitos e suas próprias personalidades. Gostei muito deles! Temos um jovem misteriosos com um poder oculto como Jochua o qual estou ansioso para ver novamente! Outra menina esperançosa com um grande potencial ainda adormecido. E ainda alguém como Kal, que não tem potencial nenhum mas tem muita força de vontade! Fora a primeira dourada a ser apresentada! Jasmim ela também foi muito desnvolvida!( meu palpite é que ela vete a armadura de capricórnio )

 

Só tenho uma crítica cara, eu sei que quer fazer um mistério e sei que o fato de você não ter apresentado isso me deu inspiração para minhas hipóteses . Mas gostaria mesmo de saber em que época se passa sua fic, assim o contexto ficaria um pouco menos confuso

 

Bom é isso to ancioso pelos prox caps!

A te convido para dar uma olhada na minha fic- A Era do ragnarok, ela não é tão intricada qto a sua mas ainda acho que tem uma boa história e gostaria de ter sua opinião sobre ela

 

Parabéns e a até a prox

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Oi kagaho td bem ? Então acabo de ler toda sua fic e estou aq para deixar minha impressão

 

Bom primeiro gostaria de falar do contexto, o qual foi apresentado de forma muito interessante, ficamos alguns episódios sem saber direito o estava acontecendo, somente com pistas sobre o mundo onde os personagens, o que deixou um clima de mistério muito interessante e envolvente.

E por fim quando o contexto foi apresentado eeste foi surpreendente! Colocar os cavs de Atena como opressores, foi algo muito deferente e legal! Fiquei até um pouco decepcionado ao saber que na verdade a deusa não estava do lado dos opressores, isso seria ainda mais ousado!

Diante desse contexto acabei por criar hipóteses, adoro qdo uma história me induz a isso

 

 

Olá Fimbul! Como vai?
O começo foi realmente para criar um clima de mistério. Não consegui ir diretamente para o main plot propriamente dito... Ou talvez eu não achasse tão interessante. Por isso coloquei o leitor meio perdido mesmo, para aos poucos ir mostrando o que acontecia, como muitas outras obras que costumamos ver. Gosto deste estilo e resolvi usar.
Mas ainda há muito por vir.

- Bom a primeira é que os cav se corromperam com o poder e agora fizeram um novo império e toda a historiei se passa no passado da terra sendo uma realidade completamente diferente do original

 

- Minha segunda hipótese é que estamos no mesmo universo do original, mas com uma pequena diferença, Saga conseguiu triunfar sobre Saori( matando-a quando era bebe ou mesmo durante a primeira fase do clássico, ao vencer os Seiya e cia). Então ele instaurou um império do santuário que fez o mundo regredir para se adequar ao modo de vida mais rústico dos cavs

 

- a terceira hipótese é que na verdade a fic se passa depois e não antes da série clássica, num futuro onde a humanidade se tornou tão mais corrupta onde os sucessores dos cav e do clássico, ou quem sabe eles mesmos. Se virão forçados a inteferir na terra

 

 

Gostei das hipóteses!!! Muito boas sacadas!

 

Bom, não posso dizer muito... Senão seria estragar uma porção de surpresas hehehe... Mas tem coisa aproveitável nesse meio aí...

 

 

Só o fato de sua história me levar a fazer estas hipóteses mostra a qualidade que ela possui, ela foi muito bem construída e me deixou ancioso para ver a continuação ! Parabéns

 

Falando um pouco dos personagens: Eles também sai bem interessantes! Parecem bem desenvolvidos e cada um possui seus próprios conflitos e suas próprias personalidades. Gostei muito deles! Temos um jovem misteriosos com um poder oculto como Jochua o qual estou ansioso para ver novamente! Outra menina esperançosa com um grande potencial ainda adormecido. E ainda alguém como Kal, que não tem potencial nenhum mas tem muita força de vontade! Fora a primeira dourada a ser apresentada! Jasmim ela também foi muito desnvolvida!( meu palpite é que ela vete a armadura de capricórnio )

 

 

Cara, o fato de você ter se pego pensando nessas possibilidades já me deixa muito satisfeito, sério. Fico muito feliz de saber que estou conseguindo fazer isso. Com certeza era um efeito que eu queria que acontecesse.
Pois é... Temos alguns personagens apresentados já, do lado dos excluídos. Fico feliz que tenha gostado deles, e no futuro saberá ainda mais. E conhecerá outros tantos, que espero que tragam todos os tipos de sentimentos, como de amor e ódio!
Capricórnio? Será? XD

Só tenho uma crítica cara, eu sei que quer fazer um mistério e sei que o fato de você não ter apresentado isso me deu inspiração para minhas hipóteses . Mas gostaria mesmo de saber em que época se passa sua fic, assim o contexto ficaria um pouco menos confuso

 

Bom é isso to ancioso pelos prox caps!

A te convido para dar uma olhada na minha fic- A Era do ragnarok, ela não é tão intricada qto a sua mas ainda acho que tem uma boa história e gostaria de ter sua opinião sobre ela

 

Parabéns e a até a prox

-

 

 

Fimbul, essa crítica foi bondade sua... Não posso nem considerá-la uma crítica. Eu sei que é um sentimento estranho e passa confusão mesmo. Mas acredito firmemente na proposta de que isso seja revelado aos poucos... Detalhe, a idéia é que vocês vão montando o quebra-cabeças e descubram antes das revelações...

 

E pode deixar que em breve comentarei na sua fic! Cheguei a ler alguns capítulos.

 

Se fosse em outros tempos eu já teria feito, mas com o meu tempo escasso, estou pastando para postar, e comentar na fics que estou lendo... Inclusive estou devendo tarefas para muita gente... Hehehe...

 

Muito obrigado por vir!!! E um grande abraço!!

 

 

 

Editado por Kagaho de Benu
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Reli o capítulo. E acho que descobri qual é a Constelação da Jasmin...

 

...

 

 

Vou querer saber a resposta...

Câncer?

 

 

 

 

Releu Gustavo? *-* ... Consegui despertar sua curiosidade né! XD...

 

 

Maninho... Bom... Digamos...

 

 

 

Não é Câncer...

 

E não é relendo o que você já leu que vai descobrir... Para descobrir, vai ter que ler o que ainda não leu...

 

Nesse momento você terá a certeza de ter descoberto, pois não haverá dúvidas...

 

Agora você só precisa achar o que não leu.

 

 

Te dei a dica por que é sacanagem fazer você ler o capítulo de novo... rsrs... Não é necessário.

 

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  • 2 meses depois...

Fala, Kagaho. Como prometido, e com algum atraso, cá estou para comentar o Interlúdio 2!

 

Cara, digo desde já que o que mais me agradou nas duas partes foi o "clima" que você criou. Sim, meu fator preferido foi algo subjetivo. Foi tudo muito bem ambientado, e o clima desde o início, antes de Jasmin ser resgatada, até o final, quando ela recebe o comunicado da Reunião Dourada, foi muito bem desenvolvido.

 

Isso, e a forma como você desenvolveu as cenas sem pressa, dando tempo ao tempo para os eventos amadurecerem, me lembrou muito o ritmo que vemos mais em livros do que em fanfics. Eu curto isso.

 

Bem, sem mais enrolar, vamos aos fatos em si.

 

Na primeira parte, somos jogados em uma cena totalmente diferente de tudo o que vínhamos vendo nos capítulos anteriores. Mas você nos alertou no título que se tratava de um Interlúdio, então isso era esperado. Vi alguns leitores dizerem que não se sentiram lendo Insurrection, mas discordo totalmente. Não é porque estamos em uma fanfic de Cavaleiros que tudo o que acontece precisa envolver cavaleiros, batalhas épicas, tramas mirabolantes - antes de herdarem suas armaduras, eles eram "meros humanos". E tivemos aqui a jornada da pequena Jasmin.

 

Bem, apesar de ser um Interlúdio, não é uma trama fechada. Tanto em seu início, por não sabermos exatamente o que ocorreu para ela se encontrar na situação em que se encontrava quando encontrada pelo casal de idosos, como pelo final, por não entendermos os caminhos que a levaram ao exército dos cavaleiros. Estou bastante curioso para os dois eventos se esclarecerem futuramente.

 

Falando no casal de idosos, olha... Nitidamente foi sua intenção trollar os leitores com a bondade e solidariedade deles durante toda a Parte 1. E preciso dizer, você conseguiu com sobras. Eu já estava gostando dos dois - mais do homem do que da mulher (ele era bochecudo! Como não ser gente boa?! >

 

E que mudança na Parte 2. Os dois são exímios atores, na real. São completamente desprovidos de caráter e não enxergam nada além de seus próprios benefícios. Até odeiam um ao outro, pelo que interpretei, mas se aturam em prol do benefício mútuo.

 

A cena do velho tentando se aproveitar do corpo de Jasmin foi muito tensa! Por um breve momento fiquei com receio de que ele conseguisse algo (o capítulo estava bem dark, então não duvidei que fosse possível), mas por sorte não rolou, e ele sofreu o que merecia. A cena em que a garota se liberta e desconta sua fúria em cima dos seus sequestradores foi brutal, mas ao mesmo tempo muito satisfatória. Apesar da violência, achei totalmente aplicável, e gostei que isso tenha acontecido desta forma.

 

E chegamos ao trecho final. Muito curioso para saber qual armadura ela traja. Independente disso, a principal questão é: em nome de quem ela luta? /pensa

 

É isso, Kagaho. Espero que tenhamos a sequência de Insurrection o quanto antes!

 

Abração. ^^

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  • 4 semanas depois...

Fala, Kagaho. Como prometido, e com algum atraso, cá estou para comentar o Interlúdio 2!

 

Também estou atrasado!!! XD

 

Cara, digo desde já que o que mais me agradou nas duas partes foi o "clima" que você criou. Sim, meu fator preferido foi algo subjetivo. Foi tudo muito bem ambientado, e o clima desde o início, antes de Jasmin ser resgatada, até o final, quando ela recebe o comunicado da Reunião Dourada, foi muito bem desenvolvido.

 

Isso, e a forma como você desenvolveu as cenas sem pressa, dando tempo ao tempo para os eventos amadurecerem, me lembrou muito o ritmo que vemos mais em livros do que em fanfics. Eu curto isso.

 

 

Obrigado. Sabe, criar o clima acho que foi um dos principais objetivos nesse Interlúdio. Só assim ele teria o efeito desejado.
Fico feliz que tenha gostado.

Bem, sem mais enrolar, vamos aos fatos em si.

 

Na primeira parte, somos jogados em uma cena totalmente diferente de tudo o que vínhamos vendo nos capítulos anteriores. Mas você nos alertou no título que se tratava de um Interlúdio, então isso era esperado. Vi alguns leitores dizerem que não se sentiram lendo Insurrection, mas discordo totalmente. Não é porque estamos em uma fanfic de Cavaleiros que tudo o que acontece precisa envolver cavaleiros, batalhas épicas, tramas mirabolantes - antes de herdarem suas armaduras, eles eram "meros humanos". E tivemos aqui a jornada da pequena Jasmin.

Bem... Isso é verdade. Não limitarei a história a retratar os personagens como apenas guerreiros... Eles são humanos, e como tal definirão os rumos da história.
Claro que também vai ter um pouco de tudo que você comentou aí... /evil

Bem, apesar de ser um Interlúdio, não é uma trama fechada. Tanto em seu início, por não sabermos exatamente o que ocorreu para ela se encontrar na situação em que se encontrava quando encontrada pelo casal de idosos, como pelo final, por não entendermos os caminhos que a levaram ao exército dos cavaleiros. Estou bastante curioso para os dois eventos se esclarecerem futuramente.

Exato, não é uma trama fechada. Será mostrado tanto o antes, como o depois. Acabei usando o termo Interlúdio para avisar mesmo. Mesmo o outro interlúdio também não era fechado, e terá sua continuação muito em breve.

Falando no casal de idosos, olha... Nitidamente foi sua intenção trollar os leitores com a bondade e solidariedade deles durante toda a Parte 1. E preciso dizer, você conseguiu com sobras. Eu já estava gostando dos dois - mais do homem do que da mulher (ele era bochecudo! Como não ser gente boa?! >

 

Mano, era exatamente isso o que eu queria. Como até já comentei, a intenção era colocar o leitor do lado de Jasmin e fazê-lo ser enganado, e depois sentir o mesmo que ela sentiu.

E que mudança na Parte 2. Os dois são exímios atores, na real. São completamente desprovidos de caráter e não enxergam nada além de seus próprios benefícios. Até odeiam um ao outro, pelo que interpretei, mas se aturam em prol do benefício mútuo.

É bem isso mesmo... Eles podem ter se gostado um dia, mas hoje quase não se suportam... Embora possa existir um pouco de sentimento, talvez seja só costume também.

A cena do velho tentando se aproveitar do corpo de Jasmin foi muito tensa! Por um breve momento fiquei com receio de que ele conseguisse algo (o capítulo estava bem dark, então não duvidei que fosse possível), mas por sorte não rolou, e ele sofreu o que merecia. A cena em que a garota se liberta e desconta sua fúria em cima dos seus sequestradores foi brutal, mas ao mesmo tempo muito satisfatória. Apesar da violência, achei totalmente aplicável, e gostei que isso tenha acontecido desta forma.

Tentei tomar cuidado com essas cenas, pois eram importantes. Sim, a tensão criada também me afetou, mas ele jamais conseguiria nada.
A violência foi fruto das circunstâncias mesmo... E a capacidade de liberá-la e o ódio absoluto vieram de seu passado.

 

 

E chegamos ao trecho final. Muito curioso para saber qual armadura ela traja. Independente disso, a principal questão é: em nome de quem ela luta? /pensa

 

É isso, Kagaho. Espero que tenhamos a sequência de Insurrection o quanto antes!

 

Abração. ^^

 

 

Em nome de quem ela luta? Bela pergunta... /pensa ... E mais profunda do que parece.

 

 

 

Quanto a armadura que ela veste... A resposta está no próprio capítulo... É só selecionar o texto bem perto do final antes de "nove anos depois" ... Há um texto de cor clara escondido ali.

 

 

Acho que escondi por muito tempo! XD

 

 

 

 

Grande abraço!!!

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  • 3 semanas depois...

SAINT SEIYA – INSURRECTION

Capítulo 9

Dois anos depois.

 

 

- Aeryn! ...

 

... Aeryn! ...

 

... Me ajude!...

 

- KAL!!??

 

A garota ruiva não acreditava no que estava vendo! Seu amigo de tantos anos estava a sua frente, caído.

 

Ensopado em sangue.

 

- KAL!!! – Ela gritava apavorada. Tentava socorrê-lo, mas não conseguia se mexer.

 

Estava completamente paralisada.

 

-Ae...ryn...

 

O sangue que escorria do corpo do jovem alimentava uma poça se sangue que crescia. Ele rastejava pelo chão deixando um rastro vermelho escuro...

 

Havia fraturas por todo o corpo. Seu braço direito parecia estar quebrado em várias partes, e seu olho direito estava absurdamente inchado e roxo...

 

Com mais sangue vertendo pelas pálpebras, nariz, ouvidos e pela boca...

 

O garoto esticava o braço esquerdo em direção à moça... Mas ela estava fora do seu alcance.

 

- Fica calmo Kal, eu vou te tirar daqui... Eu vou te ajudar... Ahhh... –

 

Ela forçava, mas seus músculos e nervos não reagiam.

 

- Alguém!!?? Me ajuda por favor!!! - Olhava para os lados procurando...

 

Uma névoa apareceu e em poucos segundos começava a cobrir tudo...

 

A garota via a imagem de seu amigo desaparecer na névoa...

 

-KAALL!!!!

 

- Aeryn!!! Me perdoe!!!

 

A névoa se afastava levando seu amigo para longe!

 

- Aeryn!

 

-Espera, não vá embora!!! – Ela desviou por um instante o olhar e viu uma sombra no horizonte...

 

Um vulto.

 

- AERYN! – A voz vinha da realidade. Uma voz feminina.

 

- NÃO!!! – Grita Aeryn.

 

Tudo some e o que a ruiva agora vê é sua amiga e Tutora Trisha... Sua face era preocupada e ela segurava-a pelos braços. Parecia fazer força, pois sentia seus braços doerem.

 

- Calma! Calma foi só um pesadelo! – Disse a Jovem Trisha.

 

Aeryn estava ofegante... Era como se tivesse acabado de sair de um dos treinamentos.

 

- O que aconteceu? – Aeryn quês estava deitada em seu beliche, sentava-se amparada por Trisha.

 

O quarto era bem grande, mas extremamente simples. Não havia literalmente nada além dos beliches. Eram vinte ao todo, mas cerca de metade deles estava vazio. As paredes de pedra lisa o chão de barro batido e o teto de madeira reforçada... E nada mais.

 

- Você estava chorando e gritando... Acordou todas nós...

 

Quando percebeu e se deu conta, várias outras garotas estavam ao redor... Algumas cochichavam e outras tinham faces preocupadas.

 

- Eu... Eu?

 

- Sonhou com seu irmão outra vez? – Trisha perguntou. Era uma jovem negra de cabelos crespos cheios. Estatura mediana entre as garotas. Seu corpo era magro e forte.

 

- Não sei, eu não me lembro... Aeryn olhava para o nada, absorta.

 

- Tudo bem... Agora volte a dormir, amanhã será um grande dia. - Trisha sorriu e afagou-lhe o rosto retirando-se em seguida.

 

Aeryn sequer respondeu. Tampouco foi capaz de reagir ao carinho de sua amiga.

 

A ruiva virou-se e voltou a deitar.

 

Mas aquela noite não pregaria mais os olhos.

 

Ela não se lembrava de seu sonho, mas sentia seu coração apertado.

 

 

---

Não muito longe dali.

 

 

3 horas da manhã.

 

 

Dois garotos estavam sentados no solo. Era uma extensa planície com uma grama baixa, cortada sempre. Apenas algumas árvores espalhadas pela vastidão. E de som de fundo o agitar manso de um riacho. Ele corria suave contornando os pedregulhos as suas margens, e atraia os olhares dos dois garotos.

 

- Conseguiu? – Perguntou o primeiro. Tinha olhos claros, pele pálida, e cabelos lisos e bagunçados.

 

- Mas, é claro, duvidava de mim? – Disse o outro, com um sorriso e atirando uma pedra no rio. Seus olhos eram castanhos escuros, e seus cabelos muito curtos, mas bem arrumados. Era mulato e tinha a pele queimada pelo sol. Retirou um maço de papeis do bolso e entregou para o primeiro.

 

Os dois tinham a mesma idade, altura muito próxima e vestiam-se de forma idêntica. Calça e camiseta sem mangas de algodão cru, cobertos por uma armadura de metal e couro.

 

- Claro que não, Sean, não conheço ninguém mais esperto que você. – Disse o primeiro.

 

- Hehehe – Sean riu. – Mas então, vai amanhã mesmo, Kal? – O rapaz de olho escuros questionou.

 

- Isso mesmo. Como eu tinha te dito... É a minha chance.

 

- Sim! Você tem razão, não saberemos quando terá outra. – Confirmou Sean.

 

- Com essas localidades e nomes eu terei uma boa chance de encontrá-la.

 

Um momento de silêncio se fez e os dois só ouviam o som das pedras que Sean atirava ao rio.

 

- Mas você tem certeza? Sabe que se for agora, antes do fim do treinamento, não poderá voltar... – Questionou Sean.

 

- Certeza eu não tenho... Estou arriscando. – Disse Kal olhando para o céu noturno.

 

Havia uma regra para os discípulos do Mentor: A fuga antes do fim do treinamento era proibida e em casos extremos punida com a morte.

 

Herança de tempos antigos.

 

Mas havia uma justificativa. A fuga era interpretada como traição e potencial delação do esconderijo. Porém isso não queria dizer que a estadia deles era imposta e obrigatória. Era permitido desistir do treinamento ou voltar a sua família...

 

No entanto, para isso você precisaria “esquecer” de tudo.

 

- Não consigo dormir. – Prosseguiu Kal mostrando agora certo cansaço. Era possível realmente notar olheiras sob seus olhos. – Sonho com minha mãe muitas vezes... Não consigo ficar em paz.

 

- Entendo... Mas cuidado com os chacais! – Disse Sean. - Eles são perigosos! Até mesmo Saul evitou enfrentá-los.

 

- Sim, vou me cuidar. – Respondeu Kal.

 

Sean olhou de soslaio. Talvez ele não acreditasse tanto assim no amigo que fez durante os treinamentos.

 

- Está certo. - Pigarreou Sean - Vai se despedir da Aeryn?

 

- Não... Melhor não...

 

Apesar de treinarem em grupos diferentes, Kal e Aeryn ainda tinham contato e eram grandes amigos.

 

Sean dá um tapinha no ombro de Kal e sorri. Eles se encaram por um instante.

 

- Boa sorte, amigo! – Diz Sean enquanto aperta firmemente a destra de Kal. Há uma ponta de preocupação nas palavras do jovem.

 

- Obrigado! – Responde Kal com um meio sorriso.

 

 

---

 

 

No dia seguinte.

 

 

- Essa é a Quinta Vila de Voreios! – Exclama Zach. A praça central se aproximava no horizonte.

 

Já era possível escutar os gritos dos comerciantes a tentar vender seus legumes e frutas e o barulho dos animais.

 

Naquele dia estava ocorrendo uma feira de comércio.

 

E um grupo de garotos se aproximava do centro da Vila.

 

Depois de dois anos de duríssimos treinamentos muitos desistiram, outros tantos ficaram para trás, acabaram sendo superados pelos companheiros e foram desligados do grupo principal.

 

Naquele dia todos os discípulos restantes foram distribuídos em oito grupos de cinco, liderados por um líder. Eles deveriam se espalhar pelo território do Império buscando encontrar postos avançados de observação e verificar a possível existência e quantidade de soldados nas quatro Províncias periféricas que cercam o Centro do Mégalo.

 

Para muitos deles seria a primeira missão. Que embora simples, não era pouco importante.

 

- Cadê o Kal, Sean? – Questiona Aeryn, enquanto espichava o pescoço procurando o velho amigo. Estava sentada com outra companheira de treinamento, Iselin, em uma carroça puxada por dois cavalos negros.

 

- Que... Quem? ... – O garoto, montado em outro cavalo a direita de Aeryn, coça a cabeça e gagueja.

 

- O Kal. Eu pensei que ele viria no nosso grupo. – Diz a garota num bocejo. A noite foi longa e insone.

- Eu... Eu... É... – Sean gagueja de novo, um pouco nervoso por ter que mentir.

 

- Hahahaha! Esse Sean! – Brinca Zach, que estava montado em outro cavalo a esquerda – Tá tímido por falar com uma garota, né?

 

- Ahn? O que? Que nada! – Enfurece-se Sean... Franzino o cenho... – Não é nada disso... Eu só... Eu só... é... é...

 

Todos os presentes riram. Sean coçou a cabeça sem graça. E levou um aperto na bochecha de Aeryn que sorriu para ele, tentando descontraí-lo.

 

- Ele está com o grupo da Maêva. – Mentiu, agora tranquilamente, o garoto de olhos pretos. Era melhor que pensassem que a engasgada na resposta é pelo motivo que Zach deu.

 

Isso desviaria a atenção.

 

Saul era o líder, e o grupo era formado por Aeryn, Iselin, Sean, Zach e Glenn. Glenn e Saul estavam em outra carroça. Ambas traziam verduras e legumes. Estavam todos vestidos de civis comuns. Gastaram cerca de duas horas para trocar a mercadoria e depois iniciaram a missão.

 

Os garotos se espalharam dividindo-se novamente em duplas, e se misturaram a multidão. Uns se passavam por comerciantes, outros por empregados de algum Barão, enquanto vasculhavam cada metro quadrado da Província.

 

 

Duas horas depois.

 

 

Aeryn e Iselin

 

- UAAAHHHH! Que droga! Não achamos nada! – Resmunga decepcionada Iselin. Ela também era uma das recrutadas. Possuía longas madeixas lisas castanhas até o meio das costas e olhos pretos.

 

- É claro que achamos! – Contesta Aeryn – Só não foi nada importante. – A ruiva ri enquanto ajeita os fios do cabelo. Ela ainda tinha um olhar vago. Seus pensamentos ainda estavam confusos por conta de seus sonhos na noite anterior.

 

O dia estava quente, mas batia uma brisa refrescante tornando o clima agradável. As duas haviam encontrado postos avançados de observação depois de percorrer extensos caminhos entre campos e plantações, mas estavam completamente vazios e abandonados. E agora rumavam novamente a praça central da Vila, que era o ponto de encontro de todos marcado às dezoito horas.

 

- Eles estão tão seguros que nem se preocupam mais com nada. – Zomba a morena.

 

Mas Aeryn se distrai quando uma garotinha não aguenta o peso de algumas sacolas de frutas e raízes e tomba no chão.

 

- Deixa eu te ajudar! – Diz Aeryn se aproximando

 

- Brigada moça... – Agradece a menina com os joelhos ralados e sangrando. Ela coleta as frutas que havia deixado cair. Ela, que tinha a pele negra e cabelos amarrados se abriu em um sorriso, mostrando que lhe faltava dois dentes da frente. Tinha seis anos.

 

- Volte Aeryn! Temos que ir! – Rebate Iselin.– Saul disse que...

 

-Espere um minuto! Eu já volto! – Diz Aeryn correndo atrás da menina com parte das frutas que ela não aguentava carregar.

 

- Ei Aeryn!!!

 

 

Saul e Glenn

 

 

Os dois estavam parados em uma das ruas na parte residencial da Vila. Pedestres dividiam o espaço com carroças e cavalos. Dali era possível ver a torre do templo. O som dos cascos dos animais concorriam com o chacoalhar das rodas de madeira.

 

- Nada mudou aqui fora, não é? – Bufa Glenn.

 

- E não vai mudar... – Completou o garoto de olhos castanhos e cabelos dourados. – A menos que o mudemos a força.

 

O resultado da missão para eles não foi diferente. Os pontos avançados, geralmente torres altas nos limites das vilas não passavam de esqueletos sem utilidade, afinal, são séculos de paz.

 

Não havia conflitos ou guerras há centenas de anos.

 

- Vamos voltar para o ponto de encontro... Já esta na hor... – Saul é interrompido por um berro.

 

- VAAAAIII ACAABAAAR!!! O MUUUNDO VAAAI ACCAAABAAR!!!

 

- O que é isso? – Surpreende-se Saul, localizando a fonte do grito, não mais que há 100 metros dali.

 

Era aparentemente uma mulher, vestida com um manto que cobria todo o corpo, deixando parcialmente a mostra seu rosto. Ela batia com os punhos no chão e gritava alto. Algumas pessoas olhavam em volta por pouco tempo, mas logo voltavam a fazer seus afazeres. Ela estava no centro de um cruzamento de duas largas vias.

 

Glenn sorri por um instante e corre em direção da mulher e questiona um senhor de bigode que estava assistindo.

 

- O que está acontecendo?

 

- Não é nada meu jovem, é só uma doida que fala um monte de bobagens. Faz alguns dias que ela fica aqui gritando no meio da rua e depois some. Sempre na mesma hora.

 

- O MUNDO VAI ACABAR!!! VAI ACABAR!!! – Berrava a mulher coberta de um manto cor púrpura.

 

- Não disse? Ela tá louca! – O senhor que cabelos grisalhos e encaracolados saiu rindo e meneando a cabeça.

 

O jovem de cabeça raspada e cicatriz sobre os olhos ficou intrigado. Não é qualquer um que tem roupas daquelas... Não com uma cor tão forte e viva.

 

Pelo menos não entre o povo.

 

- Olá! – Cumprimenta Glenn.

 

- Uaaahhhh!!! – A senhora se assusta e se afasta rastejando. Seus olhos eram castanhos escuros e seus cabelos que escapavam do manto eram quase pretos e levemente ondulados.

 

- Por que está dizendo isso? Que o mundo vai acabar.

 

- Você não é muito inteligente não é?

 

- O que?! – Surpreendeu-se Glenn.

 

- É por que o mundo vai acabar mesmo, haveria outro motivo para dizer isso?

 

- Não se faça de idiota! - Diz Glenn irritado. – O que você sabe? Do que está falando.

 

Ele se aproxima e a senhora esbugalha os olhos e deixa escapar uma face apavorada.

 

Glenn recua, mas não foi ele que causou a alteração no semblante da mulher...

 

O olhar dela focava o vazio.

 

- Er... Eles virão, e acabaram com tudo!!! Este mundo vai ser destruído!

 

- Eles quem? – Insistiu o garoto.

 

- As trevas... AS TREVAS!! ELAS COMEÇARAM TUDO!

 

- Mas o que signifi...

 

A senhora se levanta rapidamente e empurra Glenn... Pondo-se a correr na direção oposta em seguida. Para a surpresa dele, ela conseguiu ter força para desequilibrá-lo. Ela era rápida, mas não escaparia dele. Mas antes que ele pudesse correr, alguém o segurou pelo braço.

 

- Mas, o que? – Espanta-se Glenn.

 

Era Saul.

 

- Onde pensa que vai?

 

- Atrás daquela mulher. Ela parece saber de alguma coisa.

 

- Esqueça. – Disse Saul. – Ela é só uma louca. E mais, ficar discutindo assim no meio de um lugar movimentado como esse não é o que chamo de ser discreto.

 

Glenn olha ao redor e o grupo de pessoas ao redor havia aumentado significativamente. Encarando-o.

 

- Vamos embora. Não devemos ficar chamando atenção. – Diz Saul virando as costas. - Temos que ir ao ponto de encontro.

 

- Está certo. – Ele parte, mas não sem antes dar uma última olhada para onde teria ido a mulher. Ela havia sumido ao correr por uma viela entre duas casas.

 

 

Sean e Zach.

 

 

Eles foram os primeiros a chegar ao ponto de encontro. Estavam sentados em um banco em frente à praça central do templo em honra aos deuses.

 

Talvez de longe não fosse possível ver, mas para eles, que viveram aquilo de perto, era fácil notar. O olhar vazio e perdido da maioria das pessoas. Sean fecha o semblante e baixa a cabeça.

 

- Aquele Saul é um chato. – Diz Zach mexendo nos próprios cabelos, que costumeiramente desgrenhados e ensebados, estavam perfeitamente alinhados em um curto rabo de cavalo. – Nem para me deixar em dupla com uma das gatas! Hahaha! Tinha que me deixar com um moleque feioso! – Complementa ele, dando soquinho no braço de Sean.

 

- Há há ha! Ele te conhece, isso sim... – Sean fingiu forçar o riso, pois achou engraçado. Mas no instante seguinte encarou Zach e viu que seu semblante mudou de repente. Estava estranho.

 

–Tá tudo bem cara?!

 

Zach levanta-se do banco e começa a correr.

 

- ZACH! Enlouqueceu? Arrh... – Sean sente um estranho mal estar e vai atrás de seu companheiro.

 

- Sentiu? – Pergunta Zach.

 

- Sim, o que é isso?

 

- Parece uma fonte sinistra de cosmo...

 

- Seria um cavaleiro? – Surpreende-se Sean.

 

- Não... Isso não parece ser... Uma pessoa.

 

Eles seguem correndo, se distanciando do centro, até chegar a um campo aberto no limite a vila... E lá encontram todo o restante do grupo.

 

Iselin, Aeryn, Zach, Sean, Glenn e Saul.

 

 

- Mudaram o ponto de encontro? – Zomba Zach.

 

Estavam em uma grande faixa desabitada entre duas das províncias. Ainda havia algumas plantações nas divisas e depois um gramado extenso. Mais ao longe havia muitas árvores, principalmente pinheiros.

 

- Todos sentiram? – Pergunta Iselin empolgada, apertando uma mão contra a outra - O que é isso?

 

- Não há nada aqui. – Sean verifica, olha ao redor e não há nada além da própria natureza.

 

- Ocultem seus cosmos agora!!! – Saul ordena de voz baixa, mas incisivo.

 

- Mas... – Glenn ficou confuso, mas notou no instante seguinte. Eles haviam elevado suas cosmo-energias em resposta àquela fonte de cosmo oculta.

 

- Tem alguém se aproximando? – Aeryn diz preocupada.

 

No horizonte uma silhueta humana toma forma... Não é possível ver qualquer detalhe sobre sua aparência naquele instante. Ainda era apenas um vulto que se aproximava rapidamente cruzando a relva...

 

Diretamente na direção deles.

 

Mas mesmo assim é possível saber do que se tratava.

 

- Aquilo é... – Zach balbucia.

 

- Sim... – Saul sussurrava nervoso - É um cavaleiro!

 

 

Próximo Capítulo de Saint Seiya – Insurrection:

 

 

 

Encontro inesperado.

 

 

PS: Como homenagem a uma fic antiga que está paralisada a muito tempo, utilizei um pouco de sua formatação, apenas neste capítulo.

 

 

 

Saudosa Guardiões de Gaia!

 

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