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Saint Seiya Omega x Heartcatch Pretty Cure: A Fúria da Deusa da Primavera


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Meu atual projeto relacionado a CDZ, que eu venho desenvolvendo há certo tempo. Como dá pra ver, se passa no universo de Omega, ignorando os eventos da saga de Pallas, e é um crossover com Heartcatch Pretty Cure, retratando a união de forças entre Cavaleiros e Pretty Cures durante a guerra contra uma ameaça mútua: Perséfone, deusa da primavera e Rainha do Submundo, que desperta tramando se vingar de Atena, e seus Cavaleiros, pela derrota de seu marido Hades no século XX.

 

Capítulos:

  1. Cornichão ~ Quando Perséfone Tumultuou o Natal
  2. Flor de Cerejeira ~ As Guerreiras da Árvore dos Corações
  3. Flor de Romã ~ Cavaleiros de Bronze Juntos Outra Vez
  4. Girassol ~ Sol de Verão e Neve de Inverno
  5. Pelargônio ~ Bem-Vindos à Buquê de Esperança
  6. Lírio ~ Corações Solitários na Luz do Luar
  7. Tremoço ~ Um Ataque Surpresa Voraz
  8. Íris ~ Novos Caminhos Se Abrem

 

Links Externos:

Nyah! Fanfiction

Fanfiction.net

 

Outros links relacionados à fic:

Coleção do Polyvore com as novas roupas casuais dos Cavaleiros de Bronze, Pretty Cures, e mais alguns personagens;

A série inteira de Heartcatch Pretty Cure legendada, para que os leitores se situem.

Editado por MarineDynamite
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Meu caro Perseu, Pretty Cure pode parecer bobo à primeira vista, mas na verdade é uma ótima série, que, como eu já disse em vários tópicos deste fórum, mistura toda a fofura e femininidade dos animes mahou shoujo com as cenas de luta intensa de shounens como CDZ.
Agora, sem mais delongas, que comece a fic!

 

...

 

Capítulo 1: Cornichão ~ Como Perséfone Tumultuou o Natal

Haviam se passado poucos meses desde a derrota de Apsu, e desde então, os Cavaleiros de Bronze decidiram seguir caminhos distintos, mantendo contato sempre que podiam. Após tantas batalhas, Saori estava certa de que Kouga finalmente poderia viver uma vida normal, como ela sempre quis que fosse – e o retorno de Seiya, seu Cavaleiro mais fiel desde o século passado, tornava as coisas ainda melhores.

Mas uma noite, faltando poucos dias para o Natal, Kouga não pôde dormir tranquilo, e, na manhã seguinte, acordou menos tranquilo ainda, tudo por causa de um sonho estranhamente real que teve, envolvendo um jardim florido, a cabeça de Saori saindo de dentro de uma flor gigante, e uma moça ruiva desconhecida, que não parecia ter boas intenções, e trajava uma armadura que parecia ser feita de pétalas e folhas.

- Está vendo, Atena? – dizia a ruiva, segurando o queixo de Saori com o dedo indicador – É isso que você ganha por matar meu Hades. Agora, você e seus míseros Cavaleiros não tem mais chance... Vocês e o resto do mundo estão, a partir de hoje, à minha mercê.

Noite após noite, mesmo se tentasse pensar em outra coisa, Kouga continuava tendo aquele mesmo sonho. Isso se prolongou até a véspera do Natal. De manhã, Saori, preocupada, pediu a Seiya, por telefone, que fosse falar com ele, para descobrir o motivo de sua inquietude. E assim foi feito.

– Tá tudo bem aí?

Kouga, estava sentado na areia perto da casinha de praia aonde morava com Saori e Tatsumi, foi pego de surpresa pela chegada de Seiya, que sorria calorosamente, quase não parecendo o centrado Cavaleiro de Sagitário com o qual o jovem Pégaso estava acostumado.

– Vamos ter um papo de Pégaso pra Pégaso. – disse Seiya, se aproximando de Kouga e sentando-se ao seu lado. – A Saori me contou tudo. Disse que você ficou estranho de repente, não quer tomar mais seu café, o que aconteceu? Cadê o Kouga risonho, cheio de energia que eu conheço?

Kouga respirou fundo. – Posso ser sincero com você?

– Claro, sem problema!

– Esses dias... Eu ando tendo um sonho estranho... Não me lembro direito de como era, mas a senhorita Saori tava lá, dentro de uma flor, com uma mulher ruiva falando sobre um tal de Hades... Acha que é algum tipo de premonição?

Enquanto escutava Kouga, Seiya arregalou os olhos ao ouvir o nome do Deus dos Mortos. Do modo que o jovem Pégaso havia descrito o tal sonho, realmente parecia um presságio de uma nova Guerra Santa... Mas porque Saori estaria dentro de uma flor? O que flores tinham a ver com Hades? E quem era aquela ruiva? Tudo aquilo soava muito estranho.

Seiya respirou fundo e desviou o olhar de volta para Kouga. – Dá pra ver porque você tá tão preocupado... – disse o Sagitário, se levantando – Mas acho melhor não pensar nesse tipo de coisa agora. Afinal, é véspera de Natal! Esse seu baixo-astral não combina com uma época tão alegre!

Kouga deixou escapar um suspiro, lembrando-se de que nunca havia celebrado um Natal de verdade, por causa do treinamento árduo que Shina sempre o submetia. Quem sabe, agora que Marte não existia mais, ele poderia participar de sua primeira festa de Natal como um garoto normal.

– Acho que você tem razão... – disse o jovem Pégaso, abrindo um pequeno sorriso, o primeiro em bastante tempo.

Também sorrindo, Seiya se afastou de seu sucessor, dirigindo-se a uma moto vermelha estacionada perto dali. – Vem comigo, Kouga! – exclamou, colocando um capacete tão vermelho quanto a moto e jogando outro capacete, um branco, para o jovem Pégaso. – Quero te mostrar uma coisa.

Encolhendo os ombros, Kouga colocou o capacete e se juntou a Seiya na moto, e os dois partiram enquanto Saori os observava carinhosamente de longe. Porém, pouco depois dos dois Pégasos saírem de seu campo de visão, um desconforto tomou conta da deusa. Ela tinha um pressentimento de que essa noite de Natal não seria tão feliz quanto ela esperava...

...

Bem longe dali, em um belíssimo mas tenebroso jardim de papoulas, uma mulher em um longo vestido negro, com uma coroa de flores na cabeça, estava sentada em um imponente trono coberto por vinhas. Passando uma mão pelos cabelos ruivos, ela olhava para o céu, com um grande pesar no coração.

– Malditos... Cavaleiros de Atena... Humanos pecadores... – murmurava, respirando fundo para tentar controlar o ódio que sentia. Fazia mais de vinte anos que tudo aquilo aconteceu, mas as lembranças da derrota de Hades nas mãos de Atena e seus guerreiros protetores ainda estava clara na memória de Perséfone. – Só porque meu marido era deus dos mortos, não queria dizer que ele não sabia amar. Se fosse assim, ele não seria meu marido.

Suspirando, Perséfone se levantou do trono, ainda olhando para a imensidão do céu. – Hades... – ela sussurrou, enquanto memórias do deus dos mortos voavam por sua cabeça – Você não sabe o quanto eu sinto sua falta...

De repente, a deusa percebe o som de passos, que parecem se aproximar mais e mais. Ela guia o olhar para a direção dos passos, e se depara com uma mulher de longos cabelos negros, trajando uma armadura rubra que parece ser feita de pétalas de rosas. – Minha cara Rhodope. Só você para me ajudar a esquecer as dores do passado. – disse Perséfone, cruzando os braços – O que quer aqui?

Rhodope de Rosa, Ninfa protetora de Perséfone, se ajoelha diante da deusa. – Madame Perséfone, já está tudo pronto para a execução de sua vingança. Já mandei um de meus melhores Guerreiros Brotos para dar conta dos Cavaleiros. Quando menos esperar, terá Atena aos seus pés.

Ao ouvir isso, Perséfone abriu um sorriso, se aproximando da Ninfa e acariciando o topo de sua cabeça. – Esplêndido. Dá pra ver porque você é a mais leal de minhas Ninfas. Pode ir agora.

– Sim, madame. Tudo pela minha deusa. – Rhodope responde, se levantando e deixando o jardim, enquanto tentava esconder o leve rubor em seu rosto. Desde os tempos mitológicos, ela se orgulhava de servir uma deusa de tão bom coração, a única que pôde aceitar Hades do jeito que era e amá-lo verdadeiramente, apesar do que é narrado no mito.

...

Enquanto isso, Kouga e Seiya chegaram a seu destino: o orfanato Filho das Estrelas, moradia de Seiya durante sua infância. Enquanto descia da moto, o Cavaleiro de Sagitário olhou para o orfanato com um largo sorriso – mesmo sem tempo de visitar o local desde sua promoção a Cavaleiro de Ouro, ele ainda mantinha contato com os moradores sempre que podia. O orfanato, decorado para a ocasião, estava ainda mais colorido e vibrante do que Seiya lembrava, e havia uma mulher de cabelos azuis varrendo a entrada.

– Oi, Mino!

Ao ouvir a voz do Sagitário, a mulher, Mino, virou o olhar para os dois e abriu um largo sorriso. – Seiya! Há quanto tempo! – ela exclamou, se aproximando de Seiya e dando-o um forte abraço, em meio a risos. Kouga, contagiado pelo clima de alegria, não pôde evitar sorrir também.

Após o abraço, Seiya virou o olhar para seu sucessor. – Kouga, esta aqui é a Mino, uma amiga minha de infância.

– Então você é o tal Kouga de quem o Seiya tanto fala... – disse Mino, se abaixando ao nível do Pégaso e acariciando sua face. – Você é tão fofo quanto eu imaginava! Até parece um pouco com o Seiya!

Ligeiramente envergonhado, Kouga desviou o olhar pra trás e deixou escapar uma risadinha. – O-Obrigado, eu acho... – respondeu o jovem Pégaso, que na mesma hora deu um puxão na camisa de Seiya e sussurrou em seu ouvido, – Ô, Seiya, nada não, mas você ainda não me disse o porquê de estarmos aqui.

– Pois bem – o Sagitário explicou –, alguns dias atrás, eu combinei com a Mino que ia a ajudar a terminar de decorar a árvore de Natal daqui do orfanato, e achei que isso te deixaria mais animado pra ocasião. E aí, tá a fim?

– Não vejo porque não! – Kouga respondeu, encolhendo os ombros.

Com isso, os três adentraram o orfanato, que estava tão decorado por dentro quanto estava por fora. Enquanto eles se dirigiam ao pátio, a presença de Seiya e Kouga chamou a atenção de alguns dos novos órfãos que moravam por lá, que se aproximaram dos dois Cavaleiros e abraçaram suas pernas.

Finalmente, chegaram ao pátio, aonde, em meio às várias crianças brincando, estava uma enorme árvore de Natal, com algumas decorações feitas de cristal, proporcionadas pela fundação GRAAC, cada uma delas representando algumas das 88 constelações existentes. No topo da árvore, em ouro puro, um ornamento que lembrava o báculo de Atena. Era belíssima, parecia brilhar sob a luz do sol. Embaixo desta, havia uma caixa de papelão com o resto das decorações.

Não demorou muito para que começassem a terminar a decoração da árvore, com uma pequena ajuda dos órfãos. A cada decoração colocada, cada vez mais bela a árvore ficava. Deixaram por último, mas não menos importante, as decorações de Sagitário e Pégaso, colocadas o mais perto possível do topo. Ao final, Kouga, Seiya e Mino desceram para apreciar o trabalho bem-feito, e Mino abraçou Kouga por trás, deixando o jovem Pégaso encabulado.

Pouco depois, enquanto Seiya e Mino botavam a conversa em dia, Kouga decidiu tentar conhecer melhor as crianças do orfanato, e notou que uma delas, uma menininha de cabelos verde-oliva trançados, que estava sendo maltratada por alguns meninos maiores, e se afastou dos outros órfãos para chorar em um canto. Sentindo pena da menina, Kouga se aproximou dela.

– Com licença...

Ao vê-lo, a menina apenas se afastou, escondendo o rosto com as mãos. – Tudo bem, não vou te fazer nenhum mal. – disse o Pégaso, se abaixando e acariciando a cabeça dela – Qual é o seu nome?

– Chisato... – ela deixou escapar entre soluços.

– Então, por que aqueles garotos estavam implicando com você?

– Eles não me deixaram brincar com eles... Só porque sou menina...

Kouga imediatamente lembrou de Yuna, e de como esta era tratada pelos outros alunos de Palaestra quando ele a conheceu, ao ouvir isso. – Ô, Chisato, posso te dar um conselho? Não dê ouvidos a eles. Eles não sabem de nada. Tanto você quanto eles são seres humanos, e só porque você é menina, não quer dizer que você seja inferior. Aliás, só de olhar pra você, acredito que tem potencial pra ir tão longe quanto eles, talvez até mais. Agora, enxugue essas lágrimas, erga essa cabeça, vá brincar, e tenha um feliz Natal.

Se sentindo melhor, Chisato se levantou, deu um forte abraço em Kouga, e correu de volta ao pátio, enquanto o Pégaso a olhava com um sorriso.

– “Tanto você quanto eles são seres humanos, você não é inferior”... Que bonitinho. – disse uma voz desconhecida de repente.

Surpreendido, Kouga olhou ao seu redor e notou um homem estranho sob as sombras. – Menino ingênuo. Não sabe que todos os seres humanos são seres inferiores? Vocês todos são seres patéticos, um bando de pecadores.

– Quem é você? Apareça!

– Com prazer. – E assim, o homem se revelou para Kouga; era alto, com músculos definidos, pele escura e cabelos loiros platinados bem curtos, e usava uma armadura anil que, bem como a armadura da mulher ruiva do sonho, parecia ser feita de pétalas de flores – Sou Linné, guerreiro Broto de Larkspur, servo da deusa Perséfone. Vim aqui a mando da Ninfa Rhodope de Rosa para acabar com os Cavaleiros de Atena. E você, Cavaleiro de Pégaso, será o primeiro.

Com um olhar perverso, Linné retirou uma das pétalas de sua armadura e a atirou em direção a Kouga, que se esquivou enquanto a pétala atingiu o chão com uma enorme explosão, que assustou os órfãos, incluindo Chisato, que se escondeu atrás do escorregador.

– Pois eu não tenho tanta certeza disso! – exclamou Kouga, puxando seu Cristal de Armadura para fora de sua camisa – ARMADURA DE PÉGASO!

Um clarão depois, lá estava Kouga, trajando sua Armadura de Pégaso, pronto para a batalha. O clarão chamou a atenção de Chisato, que saiu de trás do escorregador para dar uma espiada, e ficou maravilhada ao ver Kouga, cuja Armadura, bem como os enfeites da árvore, brilhava sob o sol, fazendo-o parecer uma dádiva dos céus.

– Garotinho metido a besta. – disse Linné com uma risada de desprezo – Um mero Cavaleiro de Bronze como você não é páreo para um servo da Rainha do Submundo!

– Você também não me parece grande coisa... – respondeu Kouga, preparando os punhos para a luta.

Após um breve silêncio, Kouga, com um grito, correu até Linné disposto a socá-lo, mas Linné se esquivou e atingiu o Pégaso com um chute que o fez colidir com uma parede. Sem desistir, Kouga se levantou e avançou em direção a Linné, que se desviava de todos os socos que o Pégaso o disparava. Então, Linné juntou suas mãos, cobertas por energia anil e cercadas por pétalas, ao nível do abdome do Pégaso.

- RAJADA TÓXICA!

Foi aí que uma forte rajada de vento atingiu Kouga em cheio, levando o aos ares e logo ao chão, com o rosto para cima. Com os membros tremendo, Kouga começou a se levantar, enquanto Chisato assistia tudo, torcendo em silêncio pela vitória do Pégaso.

Com um sorriso malicioso, Linné ergueu o já enfraquecido Kouga pelo colarinho de sua Armadura, apontando outra pétala, bem mais afiada do que a anterior, para o peitoral do Pégaso. – Você é teimoso mesmo. Mesmo já tendo avisado que você não é páreo, você ainda insiste em lutar. Aposto que todos os Cavaleiros de Atena são assim.

– Isso... Não é teimosia... – Kouga conseguiu dizer – Mesmo se caírmos... Não desistiremos... De proteger este mundo... E de proteger Atena...
– Garoto ingênuo! – rosnou Linné, prestes a atingir Kouga com a pétala – Morra!!

FLECHA DA JUSTIÇA!

De repente, a inconfundível Flecha de Sagitário passou rapidamente pelos dois, fazendo um corte no rosto de Linné, que, surpreendido, soltou Kouga, que caiu sentado no chão. Era exatamente o que Kouga estava pensando: Seiya, também trajando sua Armadura e segurando seu arco, acabava de adentrar o pátio. – E aí, Kouga? Precisando de ajuda?

Kouga sorriu enquanto Seiya se aproximava dele, e os dois viraram o olhar para Linné, que não fazia ideia do que estava acontecendo. – Um Cavaleiro de Ouro? Aqui?! Não é possível! Pensei que estivesse no Santuário!

– Nós saímos de vez em quando, sabia? – perguntou o Sagitário, preparando os punhos e desviando o olhar para Kouga – Você não faz ideia do quanto eu esperei por este momento...

Após uma breve troca de olhares, os dois sorriram, sabendo exatamente o que fazer. Eles se concentraram, começaram a queimar seus Cosmos ao máximo, se posicionaram, e finalmente...

METEORO... DE PÉGASO!!

Depois de tantos anos, Sagitário e Pégaso juntaram forças e dispararam seus Meteoros em conjunto pela primeira vez. A força dos dois Cavaleiros combinada foi suficiente para desestabilizar Linné, e o guerreiro Broto foi atingido em cheio, os rápidos socos o impedindo de se mover. Finalmente, os Meteoros cessaram, e Linné caiu no chão, enfraquecido, agarrando o peito como se estivesse tendo um infarto.

– Não é possível... – ele murmrura – Minha Flor Interior...

Com as pernas trêmulas, Linné tentou se levantar em vão, e olhou, furioso, para Kouga e Seiya. – Seus... Insolentes! – ele conseguiu dizer, antes de desaparecer em um vulto anil.

Enfim, a luta terminou. Kouga e Seiya sorriram um para o outro mais uma vez, e Chisato, aliviada e contente, correu até eles, rindo e abraçando Kouga, deixando o Pégaso encabulado, enquanto Seiya soltou uma risada e Mino, assistindo tudo com os outros órfãos, apenas sorriu.

Certo tempo depois, quando a noite caiu, começou a festa de Natal no orfanato. Foi uma noite de pura alegria e confraternização, com música, uma ceia satisfatória, brincadeiras com os órfãos, e Chisato nunca desgrudando, nem um minuto sequer, de Kouga, sue novo ídolo. Aquela noite só não foi completamente feliz porque agora, depois do ataque-surpresa de Linné, Kouga e Seiya sabiam muito do que o sonho do jovem Pégaso se tratava.

Era hora dos Cavaleiros voltarem à ativa.

 

Continua...

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Capitulo lido.

 

Gostei do que li, para mim, fazeres um crossover dai seria estragar uma historia muito interessante.

 

Eu escrevo um, por vezes teres que escrever nos dois universo é bem complicado, pois normalmente eles não têm nada haver um com o outro, visto CDZ e Anjos da Noite no meu caso.

 

Bem aqui só mostrasse um dos lados, gostei da mulher de Hades, caramba alguém gosta dele XD

 

Outra coisa que gostei foi a maneira que escolhes-te para denominar os guerreiros de Persofone, foi bem interessante.

 

Mas notei que repetes de mais Pegaso, é muitas vezes essa palavra repetida, toma cuidado, isso enjoa.

 

Ja agora, se quiseres ler a minha fic e Crossover Anjos da Noite, Saint Seiya a Batalha Contra os Imortais.

 

Beijinhos miuda

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Bem aqui só mostrasse um dos lados, gostei da mulher de Hades, caramba alguém gosta dele XD

 

Outra coisa que gostei foi a maneira que escolhes-te para denominar os guerreiros de Persofone, foi bem interessante.

 

Pois é... Tentei seguir certas versões do mito que dizem que Perséfone se apaixonou por Hades após este a raptar e confessar que a amava. Desse jeito, a história de vingança faria mais sentido. Á propósito, o design da minha Perséfone é o mesmo que foi utilizado no Saint Seiya Online.

 

Sobre os guerreiros, fiz algo parecido com os Pallasites, só que um pouco mais diversificado. Existem duas classes de guerreiros de Perséfone: as cinco Ninfas (as mesmas ninfas que, em tempos mitológicos, foram mandadas por Demeter para tomar conta de Perséfone antes da abdução por Hades), que são mais próximas de Perséfone e têm poder equivalente aos Cavaleiros de Ouro, e os Brotos, que são criados pelas Ninfas a partir das Flores Interiores ("Heart Flowers") dos mortais.

 

Mas notei que repetes de mais Pegaso, é muitas vezes essa palavra repetida, toma cuidado, isso enjoa.

OK, no próximo capítulo com os Cavaleiros (capítulo 3), vou tentar maneirar.
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Marine...

 

Então. Me surpreendi bastante com o capítulo. Particularmente quando comecei a ler, inevitavelmente pensei: Iih, aquelas fics de Crossover aleatório e infantil...

 

Mas não. Particularmente, você escreve muitíssimo bem. Não sabia e nem podia imaginar que tinha tanto talento assim! Gostei bastante, texto fluido e bem prazeroso de se ler.

 

Tratar os Cavaleiros como sendo mais humanizados foi bom, embora eu tenha estranhado Seiya andando de moto e eles comemorando o natal. Mas veja bem, não é uma crítica, é que a gente tá tão acostumado em vê-los em batalhas incessantes que acabamos estranhando quando eles mostram ter 'vida social' fora do campo de batalha.

 

Não conheço Pretty Cure, vamos ver como você vai trabalhar esse CrossOver, pelo menos talento eu vi que você tem.

 

Gostei da denominação escolhida para os Guerreiros de Perséfone, bem como sua esquematização. Agora, só teremos seis capítulos mesmo? Não acha que é pouco, não? rss

 

Enfim, pra um primeiro capítulo, você me surpreendeu positivamente bem. Conquistou mais um leitor!

 

Beijos. /sex

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Obrigada pelos comentários, Gus! Que bom que esteja curtindo a "Saga de Perséfone" do mesmo jeito que estou curtindo sua Saga de Pallas!

Agora, só teremos seis capítulos mesmo? Não acha que é pouco, não? rss


Na verdade, os seis primeiros capítulos são os únicos totalmente definidos até agora. Ainda estou planejando o resto da história, pensando em como serão os "arcos", vendo se posso dar foco a todos os personagens principais e a alguns secundários (ao contrário da segunda temporada oficial de Omega, em que Souma e Yuna praticamente viraram mobília), essas coisas.

 

 

Do que está definido pra acontecer mais tarde, já adianto que teremos um capítulo situado inteiramente nos Cinco Picos Antigos, com uma breve participação de Shiryu (já recuperado de suas Feridas da Escuridão) e Shunrei, e focado principalmente em Ryuho (como já era de se esperar), Erika/Cure Marine, e um personagem de minha criação (Suzume, pupilo do Genbu e auto-proclamado herdeiro da Armadura de Libra).

 

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Já terminei o segundo capítulo! Colocarei quando voltar do cinema!

Bem, já que voltei do cinema, é hora do segundo capítulo! Espero que gostem!

...

Uma nova jornada acaba de começar para Kouga de Pégaso. Durante a véspera de Natal, o orfanato Filho das Estrelas é atacado por um guerreiro conhecido como Linné de Larkspur, que diz ser servo da Rainha do Submundo e deusa da primavera, Perséfone. Porém, os Cavaleiros de Atena não são os únicos guerreiros da justiça a voltarem à ativa...

Capítulo 2: Flor de Cerejeira ~ As Guerreiras da Árvore dos Corações

Era a primeira manhã do ano novo na pacata cidade de Buquê de Esperança, Japão, e a maioria das pessoas, que ficaram acordadas até tarde por causa da virada de ano, ainda estavam dormindo. Entre elas, Tsubomi Hanasaki, que ainda estava se acostumando com a vida de irmã mais velha, e, em alguns meses, começaria seu último ano de ensino médio no Colégio Myoudou.

Mas nem tudo parecia tranquilo –– desde o final do ano que havia se passado, todas as noites, Tsubomi andava tendo um estranho sonho, que envolvia um belíssimo jardim, mais do que qualquer jardim que ela havia visto ou cultivado, uma mulher de cabelos roxos e uma ruiva em uma armadura que parecia ser feita das pétalas de uma flor de romã. No sonho, ela também podia ver a Árvore dos Corações, lentamente morrendo.

E mesmo com a virada do ano, o sonho continuava o mesmo, mas desta vez, Tsubomi conseguiu acordar antes do fim. Respirando fundo, ela se levantou da cama, se aproximou da janela, e abriu as cortinas. Podia ver sua vizinha, colega de classe e melhor amiga, Erika Kurumi, ainda dormindo, esparramada na cama, por ter festejado até demais a virada do ano. Tsubomi pensou em acordá-la para contá-la sobre o sonho, mas preferiu não interromper o soninho da amiga.

O dia prosseguiu como qualquer outro. Após ajudar os pais com a irmãzinha Futaba e com a floricultura da família -- devido à celebração da virada, eles tiveram poucos clientes naquele dia -- Tsubomi decidiu que já era hora de falar com alguém sobre o sonho. Com isso em mente, foi com Erika ao jardim botânico do qual Kaoruko, avó de Tsubomi, tomava conta. A própria Kaoruko foi pega de surpresa ao ver as jovens entrando tão de repente. – Me desculpe pela interrupção, vovó!

– Tsubomi, o que houve? – perguntou Kaoruko, se sentando ao lado de sua neta, preocupada.

Respirando fundo, Tsubomi finalmente tirou aquele peso de seus ombros. – Recentemente, comecei a ter um sonho bizarro... – ela explicou – Pelo que eu me lembro, parecia que a Yuri estava dentro de uma flor, enfraquecida, de frente para uma mulher ruiva, que parecia uma flor de romã. O céu estava escuro... E a Árvore dos Corações... Estava morrendo.

Arregalando os olhos, Kaoruko colocou uma mão no ombro da neta, e as duas se entreolharam. – Está claro que este é um sinal de que a Terra está em perigo novamente. Essa mulher de quem você fala é Perséfone, deusa da primavera e mãe da Árvore dos Corações. – ela disse, se levantando.

– Perséfone? – perguntou Tsubomi – A mesma da mitologia grega?

– Essa mesmo. Diz o mito que ela foi raptada por Hades para se tornar sua rainha. A princípio, ela não aceitou a ideia, mas logo foi se acostumando com o Mundo Inferior e se apaixonando por Hades. Não demorou muito para que ela começasse a concordar com seus ideais e traísse a Árvore dos Corações. Finalmente, Demeter, mãe de Perséfone, não teve escolha ao não ser colocar a filha e suas Ninfas protetoras em sono profundo. Mas agora, ela despertou... E não sei por que.

Tsubomi se mostrou preocupada -- tinha certeza absoluta de que Perséfone, a tal mãe da Árvore dos Corações, era bastante poderosa. Não sabia se elas tinham chance contra ela...

De repente, Erika se levantou, com as mãos nos quadris e o peito erguido. – Não tem problema! – ela exclamou, com um largo sorriso, cheio de confiança – Nós, Pretty Cures, belas adolescentes, já derrotamos um rei alienígena do deserto no meio do espaço sideral! Lutar contra uma deusa deve ser bem mais fácil! Se é pra salvar o mundo, nós enfrentamos até coisa pior!

Tsubomi sorriu ao ver a determinação de sua amiga. Já era de se esperar de Erika, que sempre gostou da ideia de ser uma heroína, de defender os inocentes e lutar contra o mal e a injustiça em uma roupinha fofa. Mesmo que às vezes ela usasse seus poderes de forma irresponsável -- como da vez em que ela se transformou só para dar uma faxina no quarto e acabou perdendo seu Bastão Oceânico -- Erika tinha o coração no lugar certo e sabia que tinha uma missão a cumprir.

– A Erika tem razão. Salvamos o mundo uma vez, não vejo por que não de novo.

...

Enquanto isso, no jardim de papoulas de Perséfone em Sicília, enquanto a deusa relaxava em um lago salpicado com pétalas de flores de lótus, suas cinco Ninfas protetoras estavam reunidas em seu canto particular, tomando chá e conversando sobre os eventos recentes. – Quer dizer que o seu Linné foi derrotado por dois Cavaleiros de Atena? – perguntou a mais jovem, Admete de Margarida, olhando curiosa para Rhodope.

A Ninfa de Rosa deixou escapar um suspiro. – Não só isso. Um deles era um Cavaleiro de Ouro, creio que era o tal Seiya de Sagitário de quem tanto se fala. Tenho que admitir que ele é bem mais crianção do que eu pensava, mas não menos poderoso.

Leucippe de Hieracium, a intelectual de olhos sempre fechados, levantou o dedo mindinho. – Não falam tanto dele por nada. Ele é um dos cinco Cavaleiros Lendários que triunfaram sobre Poseidon e Hades, e pelo que me parece, o único deles que ainda está ativo.

Cyane de Aloe, a paranoica de cabelos tão azuis quanto seu nome, botou uma mão no ombro de Leucippe, enquanto colocava sua xícara, que tinha cubos de açucar em excesso, na mesa. – De qualquer modo, parece que esses Cavaleiros de Atena não serão tão fáceis de enfrentar. – ela adicionou, mordendo o lábio inferior.

Foi aí que Ianthe de Violeta, sentada do lado oposto ao de Rhodope deixou escapar uma risada de deboche. – Já era de se esperar do Linné. – ela disse – Se eu tivesse mandado um de meus Brotos, Atena já estaria aos pés de nossa deusa. Mas você se antecipou demais, e de todos os seus Brotos de quinta categoria, mandou justamente um Broto patético que se acha mais poderoso do que realmente é.

Se sentindo ofendida, Rhodope virou um olhar repleto de ódio para Ianthe, que retornou o olhar. Apesar das duas estarem do mesmo lado, havia uma forte rivalidade entre Rhodope e Ianthe. Ambas eram extremamente devotas de Perséfone, e uma sempre queria mostrar para a outra que era a mais querida pela deusa. Enquanto as rivais se entreolhavam, Admete encolheu os ombros e olhou para Leucippe e Cyane; em momentos como esse, as três sempre sentiam que estavam boiando, e Leucippe sentia um certo desconforto.

Após um longo silêncio, Rhodope, à flor dos nervos, se levantou e deixou a mesa, se dirigindo a uma fonte coberta por vinhas, enquanto Ianthe sorria confiante. – Vou te mostrar quem é de quinta categoria aqui. – ela disse, tocando a água com as pontas dos dedos – Deve ter algum mortal, o mais longe possível desses Cavaleiros, cuja Flor Interior esteja murcha o suficiente para despertar seu potencial como Broto. Tenho certeza.

...

No dia seguinte, em Buquê de Esperança, o comércio estava voltando à ativa, e todos estavam tão ocupados que não notaram dois pontinhos brancos que voavam em direção à floricultura Hanasaki e à loja de moda Gota Mágica, cada um indo para um dos dois estabelecimentos. Na residência dos Hanasaki, enquanto os negócios iam de vento em popa no primeiro piso, Tsubomi estava em seu quarto, costurando a última de três coroa de flores e fitas, quando...

– Tsubomi!

A ruivinha interrompeu seu trabalhinho quando ouviu uma voz aguda e familiar chamar seu nome, e um largo sorriso se formou em seu rosto ao ver Shypre flutuando em frente a sua janela. – Shypre! Há quanto tempo! – exclamou Tsubomi, deixando que a fada da Árvore dos Corações entrasse pela janela para segurá-la em seus braços e abraçá-la.

Após o abraço, Shypre notou a coroa de flores incompleta e as outras duas coroas e enfeites espalhadas pela cama. – Flores de abacaxi e folhas de carvalho... – disse a fada, fluente na língua das flores – Chegou alguém?

– Exatamente. É um presente para os novos moradores da casa do outro lado da rua. – Tsubomi respondeu, pegando a coroa e uma das folhas de carvalho e continuando a costurar – Eles se mudaram para cá durante o dia da véspera do Ano Novo. As fitas são sugestão da Erika. Ela disse que era para dar um “tchan” a mais.

Sorrindo, Shypre se segurou no ombro de Tsubomi, interessada em vê-la terminar a coroa. Quando a tal coroa finalmente ficou pronta, e muito bonita por sinal, Shypre se pôs em seu modo-boneca de pelúcia enquanto Tsubomi ia com ela e com as três coroas de flores para fora do quarto e até o primeiro piso. Após avisar os pais que estava de saída, Tsubomi deixou o estabelecimento segurando Shypre em um braço e as coroas ao redor de outro. Logo que saíram, Tsubomi e Shypre avistaram Erika na entrada da Gota Mágica, segurando seu parceiro Coffret, também em modo-boneco de pelúcia, em um braço, e no outro, uma sacola com o logotipo da loja.

Juntas, as duas se dirigiram, com suas fadas, à casa do outro lado da rua. Elas foram muito bem recebidas pelos novos moradores da casa, Masaharu e Hitomi Beppu, que aceitaram os presentes de cara, e ofereceram suco de frutas e biscoitos caseiros. Por outro lado, a filha adolescente do casal nem deixou seu quarto, o que levou Tsubomi e Erika a entrarem no quarto por conta própria e tentarem se aproximar dela. Junko, como a jovem era chamada, estava sentada em sua cama abraçando os joelhos, olhando pela janela. Tinha longos cabelos acaju desarrumados e usava um suéter e calças largas.

Ao verem Junko, Tsubomi e Erika viram que ela parecia entristecida e se entreolharam. – Com licença... Junko? – Tsubomi chamou gentilmente.

– Quem são vocês? – perguntou Junko em voz baixa – O que querem? –

Com um leve sorriso, Tsubomi se aproximou de Junko e se sentou junto dela. – Sou Tsubomi Hanasaki, e aquela é Erika Kurumi. Nossas famílias são donas das lojas do outro lado da rua, e viemos trazendo presentes de boas vindas.

Junko virou o olhar – ou, pelo menos, o que ela poderia ver pelas mechas de cabelo que ocultavam seu rosto - para Tsubomi, que colocou a coroa de flores em sua cabeça. Também sorrindo, Erika se aproximou das duas e pegou Junko pelas mãos. – Só queremos que você se sinta bem aqui! – ela exclamou, levantando a nova vizinha com uma mão enquanto socava o ar com a outra – Sei que vamos ser grandes amigas!

O entusiasmo extremo de Erika claramente assustou Junko, que se afastou das duas o quanto fosse possível. – S-Saiam daqui! Por favor! – ela pediu, colocando a cabeça dentro do suéter – Me deixem em paz!

Após uma breve troca de olhares, Tsubomi e Erika, preocupadas, saíram do quarto, deixando os presentes lá dentro, esperando que ela se interessasse mais tarde. – Vixe... O que há com ela? – perguntou Erika, encucada.

Masaharu se aproximou das garotas e se abaixou ao nível delas. – Bem, a Junko é muito tímida, cheia de inseguranças, – ele explicou, tirando do bolso uma dobradura de coelho e a dando para Tsubomi – e muito apegada a Fukuoka, de onde nós nos mudamos. Ela está com medo de que a vida aqui em Buquê de Esperança não seja tão boa quanto lá. Está mal-acostumada com o novo ambiente. A única coisa que a acalma é fazer origamis.

– Tímida, insegura, e acabou de se mudar? Parece alguém que eu conheço... – disse Erika, dirigindo o olhar para Tsubomi.

Porém, Tsubomi não respondeu. Ficou quieta. Ela sabia bem o quanto Erika estava certa. Se lembrou de seu primeiro dia no Colégio Myoudou, e da péssima primeira impressão que teve de Erika. Para ficar assustada com o pouco que elas fizeram, com certeza Junko tinha que ser pior do que Tsubomi era naquela época.

– É verdade...

...

Certo tempo depois, tarde da noite, Junko tentava dormir, mas não parava de pensar no que tinha acontecido. Nas garotas estranhas que entraram em seu quarto sem aviso. A insegurança dela só aumentava. Ela se contorcia na cama, e quanto mais ficava de olhos fechados, mais marejados eles ficavam. E o pior era que ela nem desconfiava de que estava sendo observada.

Pobre garotinha. Olhe só para você. Sua Flor Interior está começando a murchar. Uma pena, porque é tão bonita... E você sabe o que dizem... Tudo que é bonito... Merece ser mostrado.

De repente, Junko deixou escapar um gemido, sentindo uma dor aguda em seu peito, como se estivesse tendo um infarto. O que realmente estava acontecendo era bem pior: uma flor de dormideira estava brotando de seu peito, e vinhas começaram a se prender a todo seu corpo.

...

TSUBOMIII!

O grito estridente de Shypre acordou Tsubomi, que logo se levantou, confusa. – Algo está acontecendo na casa do outro lado!

Desconfiando que podia ser um Desertoide ou algo parecido, Tsubomi pegou seu Perfume Floral e deixou sua casa com Shypre, e tomando cuidado para não acordar mais ninguém, foi correndo até a casa de Junko, se encontrando com Erika, também segurando seu Perfume, e Coffret no caminho. Quando chegaram, se depararam com uma visão inesperada: Junko estava acordada, cabelos ao vento, sem brilho algum no olhar, vestindo uma armadura que parecia ser feitas de pétalas de flores de dormideira, com uma longa capa.

– Eu sou Junko, guerreira Broto de Dormideira, serva de Perséfone. – disse Junko, em uma voz robótica – Vocês, humanas mesquinhas, que não reconhecem os sentimentos alheios, seram destruídas. E nenhum Cavaleiro de Atena me impedirá.

Tsubomi ergueu uma sobrancelha. – Cavaleiro... de Atena?

– Isso não importa! – exclamou Erika, segurando firme seu Perfume, e olhando determinada para Tsubomi – É hora das Pretty Cures voltarem a ação! Vamo lá, Tsubomi!

Uma troca de olhares depois, os Perfumes Florais foram abertos, e Shypre e Coffret, como sempre, materializaram as Sementes de Transformação de suas respectivas parceiras. Foi a deixa para a já conhecida frase:

Pretty Cure, Hora de Semear!

Com as Sementes Sagradas colocadas em seus devidos lugares, Tsubomi e Erika começaram a borrifar perfume cintilante uma na outra, e pouco a pouco, seus vestidos e acessórios de Pretty Cures foram se formando, e seus cabelos cresceram e se tingiram, magicamente, de tonalidades mais claras.

– Florescendo em meio à brisa de primavera! Cure Blossom!

– Florescendo em meio à brisa do mar! Cure Marine!

– Nós somos... Heartcatch Pretty Cure!

Após o fim da transformação, Junko olhou fixamente para as duas guerreiras. – Heartcatch Pretty Cure... Vamos ver do que são capazes. – ela disse, abrindo a janela do quarto e saindo de dentro, seguida por Blossom e Marine.

A dupla de Cures avançou até Junko para socá-la, mas Junko revidou criando um escudo de pétalas de dormideira, se protegendo do ataque. O escudo dissipou, e Marine tentou dar um chute, mas Junko conseguiu se esquivar e atingir Marine na barriga com seu cotovelo. Porém, Marine não se desestabilizou; segurou Junko pelo pulso, a girou no ar e a jogou para longe.

Aterrissando de pé, Junko olhou para Blossom e Marine e deu um sorriso. – Quem diria, hein? Vocês são mais fortes do que eu pensava. Mas vamos ver se aguentam isso... – ela disse, produzindo pontiagudas pétalas de dormideira das palmas de suas mãos – AGULHAS MIMOSAS!

As agulhas foram disparadas, mas Blossom e Marine puderam se desviar. – CEREJEIRA... – exclamou Blossom, formando um círculo de pétalas de flor de cerejeira em frente a si – ...AOS VENTOS!

Com uma forte rajada de vento, Blossom disparou as pétalas, que atingiram Junko, a desestabilizando. Foi aí que Blossom se deslocou para trás de Junko e a segurou pelos pulsos, colocando seus braços para trás. – O que está fazendo? Me solta! – gritou Junko, tentando se soltar – Você não entende!

– Muito... Pelo... Contrário! – respondeu Blossom, quando Junko se soltou e a empurrou para longe – Junko, por favor, me escute. Você está se equivocando. Sei que está insegura por ter que começar uma vida nova em uma cidade nova. Também passei por isso. Quando me mudei para cá, era muito tímida e reservada, bem como você. E mesmo não tendo uma boa primeira impressão da Erika, pude conhecê-la melhor e descobri nela uma grande amiga. Tente não se deixar levar pelas aparências e se abrir mais!

– Bobagem! – Junko rosnou.

– A Blossom tá certa! Você só acha que é bobagem porque está fora de si! Está agindo... como uma marionete! – exclamou Marine, se aproximando de Junko – IMPACTO TROPICAL!

Atingida pelo clarão azul produzido por Marine, Junko foi arremessada até uma parede, com um impacto tão forte que ela começou a voltar a si, evidente pela volta do brilho em seus olhos. – Agora, meninas! – Shypre e Coffret disseram simultâneamente.

Foi a deixa para que Blossom e Marine materializassem seus respectivos Bastões Florais. – Poder floral, se manifeste!

– Bastão Primaveril!

– Bastão Oceânico!

Com as pontas dos Bastões brilhando, as duas traçaram ondas de luz ao seu redor. – Nós somos duas, florescendo como uma! – elas exclamaram, as pontas dos Bastões tocando – Pretty Cure... FORTISSIMO DUPLO FLORAL!

Após traçarem Fs em sua frente, Blossom e Marine foram cercadas por auras esféricas e alçaram voo até Junko. As esferas se uniram no formato de um coração, e Junko foi atingida em cheio. Blossom e Marine reapareceram por trás dela, com seus Bastões erguidos. – Heartcatch!

Finalmente, com uma explosão de pétalas, a armadura foi destruída, e Junko, de volta ao normal, desmaiou. A flor de dormideira no peito dela, a que começou tudo, se fechou e voltou para dentro dela. Com Junko em seus braços, Blossom olhou para Marine, e as duas sorriram aliviadas.

...

Na manhã seguinte, Junko acordou, em sua cama, como se nada tivesse acontecido. Se lembrava um pouco do que tinha acontecido naquela madrugada, mas pensou que fosse apenas um sonho. Porém, o que ela conseguia lembrar incluía o que Cure Blossom havia a dito.

“Tente não se deixar levar pelas aparências e se abrir mais!”

– Me abrir mais... – Junko sussurrou para si mesma. Olhou para a coroa de flores, deixada em cima de um criado-mudo, e à sacola com o presente de Erika, e deu o primeiro sorriso desde que chegou à cidade.

Naquela tarde, Tsubomi e Erika podiam ver Junko, feliz e confiante, com os cabelos arrumados em um rabo de cavalo, a coroa de flores na cabeça, e usando um lindo vestido verde com estampa floral, dividindo seu talento de origami com as pessoas que passavam. – Parece que a armadura que ela estava usando naquela hora era a Flor Interior dela! – disse Shypre.

– Uma dormideira! Significa modéstia na língua das flores! – Coffret adicionou.

De repente, Shypre sentiu algo. – Semente Sagrada vindo aí! – ela exclamou, sacudindo seu traseiro e produzindo uma Semente Sagrada magenta, que foi logo colocada na Vasilha Sagrada, fortalecendo um pouquinho a Árvore dos Corações.

Agora que Tsubomi e Erika sabiam do que Perséfone era capaz, estavam mais do que prontas para enfrentar a deusa da primavera e seus servos. Mas uma coisa sobre aquilo tudo deixava Tsubomi bastante encucada...

Quem eram, afinal, os tais Cavaleiros de Atena?

 

Continua...

...

Glossário

Tradução escolhida = Termo/frase original (Tradução literal)

  • Buquê de Esperança = Kibougahana (Flor de Esperança)
  • Árvore dos Corações = Kokoro no Taiju (Grande Árvore dos Corações)
  • Gota Mágica (isso mesmo, como o primeiro estúdio de dublagem de CDZ!) = Fairy Drop (Gota de Fada)
  • Flor Interior = Kokoro no Hana (Flor do Coração)
  • Desertoide = Desertrian
  • Perfume Floral = Kokoro Perfume (Perfume do Coração)
  • Semente de Transformação = Pretty Cure no tane (Semente de Pretty Cure)
  • "Pretty Cure, Hora de Semear!" = "Pretty Cure, Open my Heart!" (Pretty Cure, Abra meu Coração!)
  • "Florescendo em meio à brisa de primavera!" = "Daichi ni saku ichirin no hana!" (Uma única flor que se abre por toda a terra!)
  • "Florescendo em meio à brisa do mar!" = "Umikaze ni yureru ichirin no hana!" (Uma única flor que flutua na brisa do mar!)
  • Cerejeira aos Ventos = Blossom Shower (Chuva de Blossom)
  • Impacto Tropical = Marine Impact (Impacto de Marine)
  • "Poder floral, se manifeste!" = "Atsumare, hana no power!" (Se reúna, poder da flor!)
  • Bastão Primaveril = Blossom Tact (Bastão de Blossom)
  • Bastão Oceânico = Marine Tact (Bastão de Marine)
  • Fortissimo Duplo Floral = Floral Power Fortissimo (Fortissimo do Poder Floral)
  • Semente Sagrada = Kokoro no tane (Semente do Coração)
  • Vasilha Sagrada = Kokoro Pot (Pote do Coração)
Editado por MarineDynamite
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Olha Marine, vou te ser bem sincero e dizer que achei razoável.

 

Mas, não é pela qualidade da escrita, que achei que ficou muito boa, exceto por algumas repetições de termos aqui e acolá e nem pelo roteiro, que está me agradando de forma que não imaginei que fosse possível.

 

Aqui vai os pontos que não gostei:

 

1 - O visual dos personagens. Você é fã de HeartCatch Pretty Cure obviamente, mas eu não. XD Então quando comecei a ler um capítulo voltado para essa série, fiquei boiando quanto a como é a aparência dos personagens da dita série. Achei que você descreveria para ambientar melhor os leitores que não conhecem, mas não o fez e fiquei um pouco confuso.

 

2 - A apresentação das Ninfas. Tipo, você também não descreveu o visual delas e novamente fiquei meio que ... Boiando. Espero que melhore esses fundamentos nos próximos.

 

Agora vamos as partes boas?

 

As Ninfas. Particularmente estou gostando bastante da Classe de inimigos, bem como os nomes escolhidos para os personagens e principalmente suas personalidades. Você procurou dar personalidade a todas elas logo na sua primeira aparição e isso é muito bacana, pois já ficamos sabendo como qual personagem age antes mesmo de momentos mais intensos.

 

E estou gostando da ideia das rosas. Gosto muito de plantas e poderes/personagens baseados nisso, então você está ganhando pontos comigo por isso. Não me decepcione!

 

Então, é isso. Não gosto da série em que o capítulo se baseou, mas até que gostei por exemplo das cenas de luta. Achei bem desenvolvida. Só se atente aos pontos que eu citei para que a leitura fique um pouco mais agradável.

 

Beijos. /sex

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Dois Capítulos lidos e um novo leitor se apresenta-se.

 

A ideia de um crossover para mim é sempre bem vindo na premissa de um bom entendimento e equilíbrio entre dois universos distintos que não se desequilibram para dar destaque ou mérito a uma obra para sua superioridade ou popularidade entre os fãs.

 

Sobre a fic cross, tou a gostar imenso, apresentando um dos lados em cada capítulo e gostei particularmente da versão do mito de Persefone em relação a Hades que desconhecia e os aspetos humanamente descritos em Seya e Kouga.

 

Sobre este capítulo atualmente postado, o anime bishounen é alvo do meu desconhecimento e ignorância, tanto que penso que tiveste mais empenho, dedicação e esforço em demonstrado o porquê de tanto gostares deste, não fiques com a ideia de uma crítica, é uma observação minha. Creio que sempre temos mais inclinação para um do que para o outro.

 

Os meus parabéns e continua e já agora, espero que gostes da minha fic violenta Saint Seiya Era Mitológica - Bloody War.

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Aqui vai os pontos que não gostei:

 

1 - O visual dos personagens. Você é fã de HeartCatch Pretty Cure obviamente, mas eu não. XD Então quando comecei a ler um capítulo voltado para essa série, fiquei boiando quanto a como é a aparência dos personagens da dita série. Achei que você descreveria para ambientar melhor os leitores que não conhecem, mas não o fez e fiquei um pouco confuso.

 

2 - A apresentação das Ninfas. Tipo, você também não descreveu o visual delas e novamente fiquei meio que ... Boiando. Espero que melhore esses fundamentos nos próximos.

 

Você até que tem razão... Vou pensar nisso no próximo capítulo com as Cures (capítulo 4, mais focado na Itsuki/Cure Sunshine).

 

Também me alegro de ter gostado das Ninfas! Caso não tenha notado, a Leucippe é, mais ou menos, equivalente a um Cavaleiro de Virgem (mais especificamente, o Shaka).

 

Sobre este capítulo atualmente postado, o anime bishounen é alvo do meu desconhecimento e ignorância, tanto que penso que tiveste mais empenho, dedicação e esforço em demonstrado o porquê de tanto gostares deste, não fiques com a ideia de uma crítica, é uma observação minha. Creio que sempre temos mais inclinação para um do que para o outro.

 

Pois é, até eu notei que este capítulo ficou um pouco mais longo (seis páginas no Word) que o primeiro (cinco páginas).

Editado por MarineDynamite
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  • 1 mês depois...

Tenho como hábito ler toda história nova que pinta por aqui no Fórum, nem sempre as comento, em vista que só o faço quando minha opinião acrescerá algo ao autor seja para enaltecer o seu esforço ou apontar críticas.

 

Nesses dias me deparei com essa fic (Saint Seiya Omega x Heartcatch Pretty Cure: A Fúria da Deusa da Primavera, eita nominho longo...rsrsrs)

 

Mas então...

 

A princípio torci o nariz, mesmo porque não sou apreciador do Ômega e nunca tinha ouvido falar de Heartcatch Pretty Cure.

 

E, portanto antes de ler, tive que me situar por meios de uma breve e irritante pesquisa.

 

Já começava a me perguntar se o esforço desprendido valeria o prazer pela leitura da fic; para o bem da autora (rsrsrs) eu

esperava que sim...

 

Fui arrebatado logo no primeiro capítulo:

 

E aqui abro um parênteses com relação ao estilo literário da autora: há nele certa magia que me envolveu do início ao fim. Não é nada sofisticado, nem tem ares sedutores, fatalista ou mesmo lúgubre, no entanto é permeada com a singeleza de uma tarde de outono. Sua despretensão desconcerta, isso pelo menos a mim. E se reflete nos cenários, situações e principalmente personagens.

 

Ah os personagens!

 

Mesmo os distorcidos de Ômega me agradaram como Kouga em sua interação com Seiya, que não sei por que cargas d’água aparece vivo em Next Dimension e no Ômega quando de fato foi morto no manga clássico tendo seu coração transpassado pela espada de Hades (enfim... não vou entrar nesse demérito, mesmo porque teríamos que debater também Athena e os outros quatro do quinteto principal de Bronze e acredite, já estou um tanto farto dessa discussão...rs ) o caso é que a interação dos dois Pégasos foi bem retratada e eu gostei muito, assim como foi de meu apreço as participações de Perséfone e de uma de suas Ninfas.

 

No segundo capítulo vem à explicação da autora quanto ao fato da ausência de Perséfone no episódio da derrocada de Hades para Athena e seus Cavaleiros e mais uma vez eu fiquei surpreso com a maneira simples, contudo convincente, que resolveu o impasse. O envolvimento de Deméter, não era tão óbvio assim em relação a essa questão, apesar de não surpreender. Aliás, do meu ponto de vista, acho que as guerreiras e guerreiros de Perséfone seriam mais adequados a própria Deméter, mesmo que seja até certo ponto justificáveis pela ligação maternal entre elas. Bom, talvez uma explicação futura na história possa embasar melhor isso (fica a sugestão...rs)

 

Ainda falando do segundo capítulo...

 

Achei fantástica a cena do chá com as cinco Ninfas e a retratação das mesmas beirou a perfeição despertando em nós leitores muita empatia.

 

Para encerrar o comentário...

 

A parte dolorosa da leitura para mim é ter que aguentar os “Pretty Cure, Hora de Semear!” ou “Nós somos... Heartcatch Pretty Cure!”... fatalmente isso me remete as Sailors de Sailormoon ou a Equipe Rocket de Pokemom e seu “chavões” que me davam vontade de desligar a TV. O bom é que a qualidade da fic e o talento da autora me são mais que suficientes para aguentar esse martírio e desde já me encontro ansioso pelo terceiro capítulo e continuações.

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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  • 4 semanas depois...

Engraçado como este capítulo demorou bem mais (leia-se: quase uma eternidade) pra ficar pronto do que o anterior... Espero que gostem!

...

As consequências do despertar de Perséfone, pouco a pouco, começam a surgir. Após a chegada do Ano Novo, Tsubomi Hanasaki e Erika Kurumi conhecem uma nova vizinha, cuja insegurança a transforma em uma guerreira Broto, serva de Perséfone. Enquanto a combatem, elas a convencem a se abrir mais, resolvendo seu problema. Mas uma dúvida paira na mente de Tsubomi: afinal, quem eram aqueles tais Cavaleiros de Atena?

Capítulo 3: Flor de Romã ~ Cavaleiros de Bronze Juntos Outra Vez

Em Sicília, no jardim de papoulas de Perséfone, a deusa estava em seu trono, enquanto Rhodope, ajoelhada diante dela, a contava sobre a luta entre Junko e as Pretty Cures. – Exatamente, madame Perséfone. Duas delas, rosa e azul, se me lembro bem. Elas apareceram do nada e tiraram minha guerreira Broto de meu transe.

Cyane, atrás de Rhodope, parecia mais preocupada que o normal, de braços cruzados e cabeça baixa. – E o pior é que, ao contrário dos Cavaleiros, os poderes delas estão diretamente ligados à Árvore dos Corações. Elas sabem como derrotar nossos guerreiros Brotos por completo e diminuir nosso exér...

– Espere aí, Cyane. – Perséfone interrompeu – Você disse... Árvore dos Corações?

– Ahã! Aquela mesma que você criou depois que se casou com Hades, para que todos os seres humanos sempre tivessem um pedaço da primavera em seus corações. – Cyane confirmou – Ao trair o Olimpo, você também traiu a Árvore.

Lentamente se lembrando do que havia acontecido em tempos mitológicos, Perséfone sorriu e colocou uma mão no queixo. – Ah, entendo... Sempre soube que a Árvore revidaria mais cedo ou mais tarde.

– Mais alguma coisa, madame Perséfone? – perguntou Rhodope, se levantando.

Após um longo silêncio, Perséfone finalmente deu sua ordem. – Rhodope, Cyane, avisem às outras Ninfas que agora... Teremos trabalho dobrado.

...

– Psiu! Kouga! Kouga, acorda! – A voz de Seiya no pé do ouvido acordou Kouga, que havia passado a viagem de barco inteira dormindo. – Olha só, chegamos! – o Lendário exclamou, sacudindo Kouga pelos ombros.

Confuso, Kouga olhou pela janela do barco e viu que este havia chegado a um porto bem lotado. De fato, Kouga, Seiya, Saori e Tatsumi finalmente chegaram ao seu destino: Atenas, na Grécia, aonde estavam localizados o Santuário e a Palaestra. Ao saber de Perséfone dias antes, Saori planejou que fossem para a escola de Cavaleiros avisar a todos sobre a notícia. Mesmo com sono, Kouga estava animado para ver seus amigos de novo e saber das novidades.

Pouco depois, os quatro já haviam chegado à Palaestra, que havia sido reconstruída com a ajuda da Fundação GRAAC depois do final desastroso da última Batalha dos Cavaleiros. Ao entrarem, viram vários alunos espalhados pelo pátio, alguns já recuperados do incidente com a Torre de Babel. Kouga, surpreso ao notar que quase nenhuma das garotas estava usando máscara, desviou o olhar para Saori. – Não sabe, Kouga? – Saori perguntou, com um sorriso sereno – Aboli a lei das máscaras por causa inciativa da Yuna de tirar a dela e seguir seu próprio destino. E falando nela... Yuna!

A Amazona de Águia, que estava botando a conversa em dia com Komachi e Arné em um canto, interrompeu a conversa ao ouvir a voz de Saori. Estava praticamente a mesma, só que seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo. – Atena! Seiya de Sagitário! Há quanto tempo! – exclamou Yuna, abraçando Atena e o Sagitário.

Não demorou muito para que seu olhar virasse para Kouga, ganhando um pouco mais carinho. – Você também, Kouga. Esse seu jeito cabeça-dura fez falta aqui. – disse Yuna, colocando a mão na cabeça do Pégaso e levemente assanhando seus cabelos ruivos.

– Também senti sua falta, Yuna! – Kouga deixou escapar uma risada ligeiramente envergonhada.

Então, Yuna virou o olhar de volta para Saori. – Então, Atena...

– Pode me chamar de Saori mesmo. – respondeu a deusa.

– Então, senhorita Saori, – Yuna se corrigiu – Posso ficar um tempo com o Kouga? É importante.

– Claro que pode. Sei que você é uma Amazona incrível e que você e Kouga são grandes amigos. Só não demorem muito, está bem?

– Está bem. Vamos, Kouga. – disse Yuna, segurando a mão de Kouga e se dirigindo até o prédio principal de Palaestra com ele.

Lá dentro, foram observados por muitos outros alunos, -- Kouga podia ouvir sussurros ocasionais de coisas como “eles salvaram o mundo” ou “herois de Palaestra”, e sentiu um breve orgulho. Finalmente, chegaram a uma das salas de aula, que estava praticamente vazia, ocupada por apenas duas pessoas, que Kouga logo reconheceu: eram Souma e Haruto, que conversavam enquanto Souma estava encostado em um pilar.

– Ah, Kouga! Finalmente chegou, hein? – disse o Leão Menor, se aproximando de Kouga e colocando um braço ao redor do companheiro – E aí, cara, como anda? Aproveitou bem o Natal?

Kouga deixou escapar uma risada. – Mais ou menos... – ele respondeu – Meu Natal até que foi bom. Fui a uma festa em um orfanato e fiquei amigo de alguns dos órfãos. Só não foi perfeito por causa dessa história de Pers...

– Perséfone. A gente já sabe. – Haruto o interrompeu – Soubemos de tudo pelos Cavaleiros de Ouro. Tive que interromper as atividades de minha banda pra me focar nessa guerra que está começando.

– Você tem uma banda agora? – perguntou Kouga.

– O clã Fuji não existe mais, fazer o que?

De repente, Kouga pôde ouvir o som de passos rápidos vindos de fora da sala. As portas se abriram, e lá entrou Ryuho, com uma lancheira pendurada no ombro, seguido por Kiki, em suas vestes casuais.

– Me desculpem pelo atraso! Tive que me encontrar com o Kiki pra combinar o conserto das Armaduras. Meu Cristal de Armadura já está com ele. – disse o jovem Dragão, se aproximando de seus amigos.

– Eu ouvi direito ou vocês estavam falando de Perséfone? – perguntou Kiki, mostrando interesse.

Yuna sorriu, dirigindo o olhar ao lemuriano, enquanto os garotos continuavam a conversar. – Exatamente, senhor Kiki. – disse a Amazona de Águia, já removendo sua gargantilha e a entregando a Kiki – Você foi crucial para nós na batalha das Doze Casas, então sei que fará um bom trabalho consertando nossas Armaduras para essa nova guerra.

Colocando a gargantilha de Yuna em seu bolso, Kiki virou o olhar para os rapazes e clareou a garganta, chamando a atenção deles. – Rapazes, por favor me entreguem seus Cristais de Armaduras. – ele pediu, estendendo a mão livre – Enquanto conserto suas Armaduras, peço que se dirijam à sala do diretor. Tem alguém muito especial esperando por vocês.

...

Com os Cristais de Armadura entregues, os cinco Cavaleiros de Bronze seguiram até a sala do diretor. Ao chegarem, se depararam com uma visão inesperada: uma bela mulher de cabelos alaranjados, usando o uniforme anteriormente trajado por Ionia. Também usava um Cristal de Armadura dourado ao redor do pescoço. – Ah, jovens Cavaleiros de Bronze. É um prazer conhecê-los. – ela disse, se aproximando dos cinco, com o olhar fixado em Kouga.

– A nova diretora... – murmurou Kouga.

– Isso mesmo. Eu sou Marin, nova Amazona de Ouro da constelação de Peixes. Atena me contou tudo o que aconteceu durante a guerra contra Apsu, enquanto eu estava debilitada. Tenho que admitir que vocês lutaram muito bem. Principalmente você, Kouga. Pelo que Atena descreveu, é digno de ser sucessor do Seiya.

Sentindo sua face corar, Kouga deu um leve sorriso encabulado, enquanto Marin desviou o olhar para Yuna. – E você, Yuna de Águia, não fica atrás. Estou muito orgulhosa em ter uma guerreira exemplar como você como herdeira de minha antiga Armadura. – disse a Amazona de Ouro.

Yuna ficou sem palavras ao ouvir aquilo. Já havia ouvido falar de Marin -- fora dela que sua mestra Pavlin havia conseguido a Armadura de Águia. Não podendo acreditar que estava sendo elogiada por uma Amazona tão nobre e sábia, deixou escapar um único suspiro, com um brilho em seus olhos.

– Senhora Marin, – perguntou Ryuho, se aproximando da Amazona – você sabe alguma coisa sobre Perséfone?

– Como não iria saber? – respondeu Marin com um sorriso, desviando o olhar para a estátua de Atena erguida no pátio – Perséfone, deusa da primavera e esposa de Hades, o mesmo que foi derrotado por Atena e pelos Cavaleiros Lendários anos atrás. Perséfone, filha da deusa Demeter, possuia o coração mais puro entre todos os deuses do Olimpo. Era a única que podia amar a Hades de verdade, independente de ele ser deus dos mortos. Porém, esse amor lentamente começou a corrompê-la, até se tornar uma bela mas inescrupulosa rainha dos submundo, temida até pelo próprio marido. Perséfone e suas Ninfas protetoras começaram a ter a mesma opinião que Hades sobre os humanos, e traíram o Olimpo juntos. Quando Hades foi derrotado, Perséfone caiu em um sono profundo, do qual só acorda quando Hades encontra um coração puro para possuir. E parece que nós, Cavaleiros de Atena, não somos os únicos que podem derrotá-la.

Os olhos de Kouga arregalaram ao ouvir o sonoro ‘não’ no meio da frase dita pela Amazona de Peixes. – ...Como assim não somos os únicos?

Como resposta, Marin acariciou a cabeça de Kouga, e voltou a olhar para a estátua de Atena. – Há muito mais sobre Perséfone do que a maioria das pessoas acha. – ela respondeu – Pouco antes de se mudar para o mundo dos mortos, para que todos tivessem um pedaço da primavera dentro de si, Perséfone criou uma árvore lendária conhecida como a Árvore dos Corações, e deu a cada coração humano uma flor diferente. Quando Perséfone e suas Ninfas traíram os outros deuses, elas também traíram a Árvore, que foi automaticamente desconectada do Olimpo, e as fadas que habitavam a Árvore conseguiram revidar, colocando Perséfone em seu sono, e desde então se empenham em proteger a Árvore de forças do mal.

– Deixa eu ver se eu entendi... – disse Yuna, com uma mão no queixo – Então vamos ter que pedir ajuda dessas tais fadas pra podermos derrotar Perséfone por completo?

Ao ouvir falar nas fadas, Souma deu um sorrisinho, já imaginando belas moças voando ao redor de uma árvore florida. – Até que tô começando a gostar dessa história de Perséfone... – ele comentou, virando para os colegas – Não acham, pesso--

– Cuidado!

Marin avistou um rápido vulto branco se direcionando aos Cavaleiros de Bronze, um vulto que Haruto conseguiu pegar entre seus dedos antes que pudesse atingir alguém. Era um pedaço de papel dobrado, que foi entregue a Marin e desdobrado, revelando uma pequena mensagem, acompanhada de algumas pétalas brancas. – Parece que isto foi mandado por Perséfone ou um de seus servos. Aqui diz...

Cavaleiros de Atena, venham até o Coliseu. Uma belíssima surpresa os aguarda.

– Se é mesmo de Perséfone, não deve ser nada ‘belíssima’. – comentou Ryuho – Ainda assim, temos que descobrir o que é.

Kouga concordou com um movimento da cabeça. – Vamos ver se o Kiki já terminou de consertar nossas Armaduras e ir ao Coliseu! – ele disse, erguendo um punho.

Com todos de acordo, os cinco rapidamente saíram da sala, sob o olhar atento de Marin, que deixou escapar um breve sussurro. – Tomem cuidado.

...

Ao fim do conserto das Armaduras, Kiki as entregou a seus respectivos donos, e os Cavaleiros de Bronze se dirigiram ao Coliseu de Palaestra. O local estava completamente deserto, muito diferente de como estava da última vez que estiveram lá, durante a Batalha dos Cavaleiros. Belas camélias brancas japonesas estavam espalhadas por todo o Coliseu, e diante dos jovens Cavaleiros, bem no centro, estava um homem esguio, de cabelos longos e loiros, vestindo uma armadura que lembrava as pétalas das tais camélias. Era, sem dúvida, um dos Brotos de Perséfone. – Saudações, jovens Cavaleiros! – disse o estranho homem, fazendo gestos teatrais – Eu sou Gwendolyn, guerreiro Broto de Camélia Branca, servo...

– De Perséfone, já sabemos. – Yuna interrompeu.

– NÃO SE META, PIRRALHA! – rosnou Gwendolyn, irritado – Agora, Cavaleiros de Bronze, rendam-se imediatamente para terem sua vidas poupadas.

Kouga deu um passo á frente, empunhando seu Cristal de Armadura, bem como seus companheiros. – Você deve estar com a cabeça nas nuvens pra achar que nós nos renderíamos tão facilmente! – disse o Pégaso.

– Como eu senti falta desse momento! – exclamou Souma, seu Cristal já brilhando.

Foi aí que cinco clarões de Cosmo encheram o Coliseu, chamando a atenção de alguns alunos, bem como de Seiya, Saori e Marin. Em pouco tempo, os cinco jovens já estavam devidamente equipados com suas Armaduras. Devido aos danos causados pela batalha final contra Apsu, Kiki, que não sabia até onde o poder de Perséfone poderia chegar, optou por usar seu sangue para reparar as Armaduras, fazendo com que elas mudassem de forma. Todas elas pareciam mais resistentes e cobriam menos que antes, principalmente as de Leão Menor e Águia -- esta, por sinal, apresentava o mesmo esquema de cores, mas havia adquirido uma forma semelhante a que tinha quando ainda era usada por Marin.

Mas o que importava mais naquele momento não eram as novas Armaduras -- era acabar com Gwendolyn. Este, por sinal, tirou algumas pétalas menores de sua “armadura”, se esse era mesmo o termo correto, criando dois leques, um em cada mão. – Vamos ver do que são capazes, Cavaleirinhos...

Enquanto a luta começava, alguns alunos entraram no Coliseu, sem serem notados, para assistir tudo. Entre eles, tanto alguns novatos, como alguns mais conhecidos dos jovens Cavaleiros, incluindo Spear e sua gangue e Komachi e Arné. As coisas não pareciam muito boas para o lado dos Cavaleiros; eles golpeavam o quanto podiam, mas Gwendolyn sempre desviava. – Ele é rápido demais... – disse Kouga, parando para respirar.

Haruto, que havia desaparecido de novo, reapareceu atrás de Gwendolyn por meio de seu jutsu de manipulação da terra, e o segurou por baixo dos braços. Confuso, o guerreiro Broto começou a olhar de um lado para o outro, e notou Souma, por cima dele, com os punhos envoltos em fogo. – Em chamas! CHAMA FLAMEJANTE DE LEÃO MENOR!

– Que fofo... – Gwendolyn deixou escapar uma risada, estendendo os braços enquanto redemoinhos de pétalas se formavam ao redor destes – NEVASCA DE PÉTALAS!

O guerreiro Broto de Camélia estendeu os braços para os lados, disparando uma forte ventania que jogou Souma e Haruto para longe. Tomando fôlego, Gwendolyn dirigiu seu olhar ao Leão Menor e, erguendo o braço para golpeá-lo de novo, avançou em direção a ele, mas foi surpreendido quando Ryuho se meteu entre os dois, com seu Escudo erguido.

Komachi, que assistia atenta ao confronto, não se controlou e se inclinou para frente para ter uma visão melhor. – Aguenta firme aí, Ryuho! – gritou a Amazona de Grou a plenos pulmões de onde estava com Arné.

A Lebre respondeu com um leve tapa na nuca da amiga. – Ô, Komachi, assim ele perde a concentração. – ela censurou.

Ainda assim, muito pelo contrário, Ryuho se manteu focado, tentando manter Gwendolyn no lugar com o Escudo. – Então... Está com calor? – perguntou em voz baixa, olhando nos olhos do Broto, esperando o momento certo.

– Mas como...

Antes que Gwendolyn pudesse terminar, Yuna saltou por cima de Ryuho, com a perna direita estendida, e os dois brevemente trocaram olhares, já sabendo o que fazer.

FURACÃO EXPLOSIVO!

ESPELHO D’ÁGUA!

Em um piscar de olhos, Gwendolyn foi arremessado para o outro lado do Coliseu pela união entre a rajada de Yuna e o jato d’água de Ryuho, colidindo com um dos pilares. Cercado por pétalas que se soltaram de sua armadura, o Broto se levantou, retirando sua ombreira esquerda e segurando-a como um leque. – Impressionante... Mas vocês ainda não sabem do que eu sou capaz... NÉVOA INVERNAL! – ele exclamou, rodopiando enquanto girava ombreira de um lado para o outro, criando uma espessa névoa branca, atrapalhando a visão dos Cavaleiros.

Perdidos em meio à névoa, os Cavaleiros começaram a ser atingidos, um por um, por golpes-surpresa de Gwendolyn. – Impossível... – murmurou Haruto, caído de joelhos, sem acreditar no que presenciou – Nem com minha agilidade de ninja posso alcançá-lo...

Foi aí que Souma arregalou os olhos, se lembrando de ter passado uma situação parecida há certo tempo atrás. – Espera aí... Kouga! – ele chamou, lembrando de quando ele e o Pégaso lutaram contra Mantis Ordykia, pouco após se conhecerem – Queime seu Cosmo! Faça sua luz brilhar que nem daquela vez!

Após um breve silêncio, Kouga acenou com a cabeça, fechou os olhos e os punhos, e começou a queimar seu Cosmo até o limite, emitindo uma forte luz que ajudou seus amigos a encontrarem Gwendolyn em meio à névoa.

– Agora!

Ao sinal de Kouga, todos os cinco avançaram até Gwendolyn e o golpearam de uma só vez, um atrás do outro para evitar que ele escapasse. Quando a névoa se dissipou, Gwendolyn estava bastante enfraquecido, mas tentava se manter de pé. – Isso... Já está... Passando... Dos limites! – ele disse, já irritado, estendendo os braços mais uma vez – NEVASCA--

LAMPEJO DA ÁGUIA!

Antes que pudesse fazer qualquer coisa, para a surpresa dos jovens Cavaleiros, Gwendolyn foi atingido pelo poderoso chute de Marin, que agora trajava a Armadura de Peixes, adaptada para encaixar em seu corpo e adornada com um cachecol branco em lugar do preto usado por Amor. O Broto, atordoado pelo golpe, caiu deitado no chão, e os Cavaleiros de Bronze se aproximaram de Marin, ainda com o pé na barriga dele. – Vá embora. – ela disse em voz baixa, franzindo as sobrancelhas – Ou quer experimentar o poder de uma Amazona de Ouro?

– Está bem... – Gwendolyn relutantemente respondeu, deixando que Marin tirasse o pé de cima dele – Erva daninha... – E com isso, o Broto desapareceu em um vulto branco.

Quando a poeira baixou, todos puderam ouvir palmas enlevadas, ecoando por todo o Coliseu; era Komachi, cujo olhar, repleto de orgulho, esteve grudado nos Cavaleiros de Bronze pela luta inteira. Seu olhar se encontrou com o de Ryuho, e o jovem Dragão deu um leve sorriso que fez as bochechas da Grou corarem.

...

Certo tempo depois, enquanto Saori e Marin davam um discurso alertando os outros alunos sobre Perséfone e seu exército no Coliseu, os cinco Cavaleiros de Bronze estavam reunidos no pátio, com Seiya e todos os outros alunos que haviam assistido o confronto contra Gwendolyn. – Mandou bem, Yuna... – disse Spear, se aproximando da Águia junto a Gray e Rudolph – Tenho que admitir, quando nos enfrentamos naquele dia, não esperava que iria tão longe. Você é uma das Amazonas mais fortes que conheci... Me parece justo.

Yuna deixou escapar uma risada. – Vejo que amadureceu desde aquela vez, Spear. – ela comentou – Fico feliz que aprendeu a lição.

Por outro lado, Ryuho conversava com Komachi e Arné, enquanto a Grou mantinha o olhar grudado nele. – ...e por isso, aproveitei a época do Natal pra tentar conhecê-lo melhor. Ele até que é legal, mesmo que um pouco esquentadinho... – ele contou, se interrompendo ao notar o olhar perdido de Komachi – Está tudo bem, Komachi?

Que olhos... – ela murmurou, distraída, pouco antes de um beliscão de Arné a trazer de volta à realidade – Q-Quer dizer, estou ótima!

Enquanto os outros botavam a conversa em dia, Kouga estava encostado na base da estátua de Atena, admirando seu Cristal de Armadura, que agora apresentava um esboço de sua constelação protetora em sua superfície. – O Kiki fez um ótimo trabalho, não acha? – o jovem Pégaso perguntou, virando o olhar para Seiya.

O Sagitário não tinha como discordar. – Como já é de se esperar de um Lemuriano. – ele respondeu – Mas você não me parece tão feliz... Se lembrou daquele sonho de novo?

– Não é bem isso... É sobre o Éden. – disse Kouga, com um ar de preocupação – Não vi ele em lugar nenhum hoje. O que será que houve com ele?

Com um sorriso cálido, Seiya colocou seu braço ao redor de Kouga. – Talvez ele não queira se juntar a vocês ainda... Só quando a situação for realmente difícil. Confia em mim, conheço bem gente do tipo dele. – disse o Sagitário, se lembrando de um de seus companheiros de outrora, um certo Cavaleiro de Fênix.

Pouco tempo se passou até que Saori e Marin terminaram seu discurso. O sol estava começando a se pôr, e os cinco Cavaleiros de Bronze, Seiya e Saori já estavam de malas prontas para deixarem a Palaestra, enquanto Marin decidiu ficar para ajudar a proteger a escola. – De acordo com Marin, devemos encontrar alguns reforços na cidade de Buquê de Esperança, no Japão. – disse Saori para seus Cavaleiros acompanhantes.

– Buquê de Esperança? – repetiu Kouga, levantando uma sobrancelha – Que nome gozado.

– Tem certeza que essa cidade não fica no País dos Unicórnios Encantados e das Árvores de Pirulito? – Souma brincou.

Saori deixou escapar uma leve risada com a piadinha. – Certeza absoluta. – ela respondeu, e mudou para um tom mais sério – Mas brincadeiras à parte, está na hora de irmos. Nossos reforços estão nos esperando.

Enfim, com o destino do mundo e a vitória sobre Perséfone em mente, Saori, acompanhada por seus Cavaleiros e por Tatsumi, deixaram Palaestra em meio às despedidas dos vários alunos e professores, e começaram a jornada até Buquê de Esperança. Marin, em frente a todos, simplesmente sorriu, deixando o vento soprar pelo seus cabelos ruivos e seu cachecol. – Boa sorte, jovens Cavaleiros. Estarei torcendo por vocês.

Continua...

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Após me manter afastado do Fórum nesses dias de carnaval onde os aproveitei estudando (fala sério... Ù.Ú) me deparei com o retorno dessa fic que em mim tinha causado tão boa impressão. Minha satisfação com isso é imensa e espero de coração que a autora continue em frente com o seu projeto.

 

Bom...

 

A espera valeu à pena já que foi um capítulo bem movimentado e nostálgico (até tivemos um breve combate).

A princípio estranhei bastante ver Marin como Amazona de Ouro de Peixes e fiquei a conjecturar qual seria a razão usada pela autora para tal escolha, só depois de certo tempo, e pesquisa, foi que me veio o esclarecimento que o signo da moça é Peixes.

 

Percebi neste capítulo todos os bons ingredientes dos seus antecessores: escrita singela, personagens bem apresentados, e soberba interação com o cenário em volta.

 

Só posso dizer que continuo fascinado e ávido por mais e por favor, Marine...

 

Não nos faça esperar tanto pelo próximo.

 

Abraços!

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A espera valeu à pena já que foi um capítulo bem movimentado e nostálgico (até tivemos um breve combate).

A princípio estranhei bastante ver Marin como Amazona de Ouro de Peixes e fiquei a conjecturar qual seria a razão usada pela autora para tal escolha, só depois de certo tempo, e pesquisa, foi que me veio o esclarecimento que o signo da moça é Peixes.

 

Pois é, desde que descobri que Marin é do mesmo signo que eu, comecei a pensar que faria sentido ela ser promovida a Amazona de Ouro, e já que Amour está morto, achei que seria uma oportunidade perfeita pra fazer com que isso se concretize, mesmo que seja apenas no universo da fic. CDZ precisa de mais piscianos lutando do lado do bem!

Editado por MarineDynamite
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Marin como Amazona de Peixes foi uma sacada da autora para sanar sua vontade em ter uma Amazona representando seu signo. /sex

 

Gostei do capítulo. Gostei bastante de abordar com mais afinco a personalidade de Komachi e seu contraste com a sua amiga Arné ficou muito bem bolado. Agora, curioso é que Grou esteja afim do Ryuho. Aqui eu estou captando certa semelhança entre você e ela. /sex

 

O combate foi bem leve e gostei da referência ao confronto que Leão Menor e Pégaso tiveram contra Ordykia lá no início de Ômega. Muito bom.

 

Curioso quanto ao próximo!

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Gostei bastante de abordar com mais afinco a personalidade de Komachi e seu contraste com a sua amiga Arné ficou muito bem bolado. Agora, curioso é que Grou esteja afim do Ryuho. Aqui eu estou captando certa semelhança entre você e ela. /sex

 

/tim Bem...

 

Na verdade, a quedinha da Komachi pelo Ryuho veio de uma breve cena durante o episódio 4, quando o Ryuho ajuda a Komachi a se levantar após atingí-la com um golpe durante o treinamento elemental. Achei que ela ficaria interessada por causa do cavalheirismo dele.

 

http://media.tumblr.com/381b5e8d891a1cbeb02866bd9c04b1ca/tumblr_mrwlvy5MS21r2qdjeo1_1280.png

 

Falando nela e na Arné, as duas vão aparecer mais um pouco junto a Spear, Gray e Rudolph. Estou planejando transformar eles em um novo quinteto de Bronzeados secundários.

Editado por MarineDynamite
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Pois é, desde que descobri que Marin é do mesmo signo que eu, comecei a pensar que faria sentido ela ser promovida a Amazona de Ouro, e já que Amour está morto, achei que seria uma oportunidade perfeita pra fazer com que isso se concretize, mesmo que seja apenas no universo da fic. CDZ precisa de mais piscianos lutando do lado do bem!

 

 

Fazer sentido até pode fazer se olharmos pelo lado da astrologia, querida. O problema aqui, isso há meu ver, é que Marin não tem poder para ascender até o posto de Cavaleiro de Ouro, bom, isso é levando em conta aquilo que foi mostrado dela nas franquias de Saint Seiya que pude acompanhar onde a personagem deu as caras.

 

Levando em conta seu argumento seria o mesmo que pegar o Jabu, que só por ter o signo de escorpião, o colocar como Cavaleiro de Ouro dessa constelação.

 

Percebe a inconsistência deste argumento?!

 

Contudo, talvez você posso trabalhar em capítulos futuros o poderio da Amazona de Prata de Águia criando alguma justificativa para seu aumento de poder.

 

Abraços.

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Marin não tem poder para ascender até o posto de Cavaleiro de Ouro, bom, isso é levando em conta aquilo que foi mostrado dela nas franquias de Saint Seiya que pude acompanhar onde a personagem deu as caras.

 

Levando em conta seu argumento seria o mesmo que pegar o Jabu, que só por ter o signo de escorpião, o colocar como Cavaleiro de Ouro dessa constelação.

 

Percebe a inconsistência deste argumento?!

 

Contudo, talvez você posso trabalhar em capítulos futuros o poderio da Amazona de Prata de Águia criando alguma justificativa para seu aumento de poder.

 

Entendo... Isso será explicado da próxima vez que ela aparecer, e estará ligado à ausência dela do Omega oficial.

Editado por MarineDynamite
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