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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 1)


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CAPÍTULO 24

Alhena começou a rir, saboreando a situação. Ferusa deu dois passos para trás, não conseguindo crer no que estava acontecendo. Mirava a face da irmã e não conseguia reconhecer aquela expressão fria e sádica. O olhar dela havia mudado, bem como a própria movimentação do corpo. Uma pontada de receio surgiu no peito da nereida da terra, bem como um leve desespero.


– Dinamene? Por que levantas teus punhos contra esta que tanto te ama? – questionou Ferusa, mas não obteve respostas.


– Não adianta falar com ela! – explicou Alhena docemente. – Ela está sendo controlada pelo meu “Satã Imperial” e não é mais dona de sua própria vontade. Qualquer coisa que disseres não chegará aos seus ouvidos.


Ela arregalou os olhos diante daquela informação. Não conseguia acreditar que uma nereida tão imponente quanto Dinamene poderia cair num truque destes. Queria amaldiçoar Alhena por fazer passar por aquilo.


– Dinamene, me escuta! – tentou Ferusa, sem sucessos. A irmã parecia uma casca oca


– Agora, Dinamene, acaba com a tua irmã. – ordenou Alhena.


Com o cosmo elevado, a ninfa da água agitou as mãos e lançou alguns jatos de água em direção a Ferusa. Num reflexo, a nereida da terra ergueu o tridente e várias rochas se ergueram do chão, anulando o golpe da irmã.


Sem descansar, Dinamene saltou para cima dela e desferiu-lhe golpes laterais com o tridente, todos defendidos pela arma idêntica de Ferusa, que recuou cansada.


Uma apreensão tomou conta da ninfa da terra. Por um lado, precisava se defender, mas, por outro, não queria machucar a irmã. Contudo, diante de outro jato d’água, ela não teve escolha. Apontou os braços para frente e produziu uma rajada de pedras gigantescas. Recebendo todo o golpe, a nereida da água foi arremessada em direção a uma casa, derrubando-a e desaparecendo de vista. Em seguida, ela se virou para Alhena irritada, pronta para lutar.


– Nem todos os teus perdões vão adiantar pelo que fizeste com a minha irmã. – rosnou Ferusa.


– Não devias tê-la atacado daquele jeito. – explicou Alhena, lambendo os lábios. Seus olhos estavam num tom fosco e assustador. – Agora ela virará uma máquina de batalha e não terá nenhuma piedade de ti.


– O que disseste?


Um forte cosmo foi emanado da cabana derrubada e, numa coluna d’água, Dinamene se ergueu. Seus olhos estavam vermelhos e tomados por um sadismo indescritível. Ferusa recuou preocupada. Aquela não podia ser a sua irmã.


– Agora, Ferusa, sentirás na pele a dor de teres me provocado. – grunhiu Dinamene com uma voz sinistra. – REDEMOINHO CELESTE!


Num movimento brusco, ela ergueu as duas mãos para cima, fazendo duas colunas d’água emergirem do chão e dobrarem para frente, se entrelaçando para formar o jato poderoso. Num reflexo, Ferusa ergueu o tridente para cima, elevando uma porção de terra, que formou novamente a barreira de rochas. O muro foi facilmente sobrepujado pelo jato hídrico, que a atingiu em cheio, derrubando-a.


Alhena soltou uma risada, depois se virou para ajudar seus cavaleiros negros. Enfraquecida, Ferusa se levantou, tentando se recuperar do golpe, enquanto Dinamene se aproximava com os olhos vermelhos sanguinários fitando a irmã.


– É o seu fim! – rosnou Dinamene, erguendo o tridente.


– Dinamene, espero que um dia obtenha o teu perdão, pois não há mais como me fazer hesitar. – discursou Ferusa, também erguendo sua arma. – Se eu te vencer, eu sei que te libertarei dessa rede que prende o teu cérebro e te obriga a fazer coisas indevidas.


– Silêncio! MAREMOTO SÍSMICO.


– AVALANCHE SÓLIDA!


Uma onda gigantesca surgiu por detrás de Dinamene ao mesmo tempo em que a terra rachava à frente de Ferusa, emergindo um mar de lama. Sem demorar, os dois ataques se chocaram, causando uma grande explosão.


Sem medo, Ferusa forçava o golpe para frente, enquanto Dinamene fazia o mesmo. Próximo dali, Alhena observava tudo, enquanto ajudava o Cérbero Negro a se levantar.


– É um embate terrível, mas quem será que vai vencer? – questionou o Andrômeda Negro, que já estava de pé.


– As duas parecem ter a mesma força. – comentou o Cérbero Negro, ainda cambaleando.


– As duas têm a mesma força, certamente. – confirmou Alhena com uma voz infantil, aplaudindo como se estivesse num espetáculo. – Mas só uma não apresenta nenhum grau de hesitação em ferir a outra.


Ao chão, Indru se apoiava em algumas tábuas, tentando se levantar, enquanto admirava o embate. Seguindo as previsões de Alhena, pouco a pouco, Dinamene recuperava o controle da batalha. Ela não tinha nada a perder, enquanto Ferusa, no interior, não queria ganhar a luta e matar a irmã.


Assim, num movimento brusco, Dinamene usou toda a força e avançou o braço para frente. O maremoto ganhou potência e engoliu todo o ataque de Ferusa, atingindo-a e arremessando-a a vários metros do chão.


Aparentemente inconsciente, Ferusa caiu rapidamente e ficou paralisada no chão. Sem piedade, Dinamene se aproximou dela e cravou o tridente em seu coração. A nereida da terra estava morta.


Naquele instante, um estalo atingiu Dinamene, deixando-a tonta. Ela fechou os olhos rapidamente, colocou a mão na cabeça e, em seguida, abriu, vendo o cadáver de sua irmã. Assustada, ela arregalou os olhos, respirou forte e se levantou. Não se lembrava de nada do que tinha acontecido.


– Minha irmã jaz aos meus pés. O que aconteceu? – perguntou Dinamene, se virando para Alhena.


– Esse momento é muito triste. Como é que tu não te lembras? – respondeu Alhena, com um tom amável.


Intrigada, ela se virou para Ferusa e viu três furos nas escamas da irmã, além de uma pele toda molhada. No mesmo instante, ela deixou o tridente cair ao chão. Não queria acreditar, mas tinha certeza do que ocorrera. Fora ela que havia matado a irmã.


Tremendo e tomada pelo ódio, ela se virou para Alhena com os olhos fervendo.


– Nem o maior ardor da prisão incandescente de Hades será equiparável à dor que eu vou te causar por ter me feito isso. – rosnou Dinamene, catando o tridente no chão, com lágrimas nos olhos. – Sentirás na pele toda a ira de Dinamene!


– Eu já conheço todas as tuas técnicas. – rebateu o geminiano. – Nada que tu faças poderá me ferir.


– Não contes com isso! – disse Dinamene, com o cosmo se intensificando a cada instante. – MAREMOTO SÍSMICO!


Usando toda a energia, Dinamene postou as mãos para frente e produziu a gigantesca onda, que seguiu numa velocidade incrível em direção a Alhena. Sem tempo para se defender, o cavaleiro negro foi atingido em cheio, sendo praticamente engolido pelo ataque.


Num reflexo, os seus subalternos saltaram, mas foram atingidos de relance, ficando levemente feridos.


Percebendo o sumiço de Alhena, Dinamene se dirigiu para os dois cavaleiros negros, com fúria nos olhos.


– Seu protetor já não existe mais, agora é a vez de vocês. – bradou ela, ainda com o tridente para frente.


Os dois cavaleiros apontaram suas correntes para frente, mantendo o olhar sádico, mas não escondendo certo temor por aquela ninfa. Ainda estavam completamente debilitados pelas lutas anteriores.


Entretanto, um forte cosmo voltou a ser emanado e, com um salto, Alhena surgiu por diante deles. Seus olhos estavam com um castanho mais escuro e seu cabelo estava extremamente arrepiado. Parecia ser outra pessoa. Espantada, Dinamene recuou os passos e seu queixo caiu.


– Não posso crer. Meus olhos devem estar me pregando uma peça. Como podes estar vivo? – indagou a ninfa, ainda assustada.


– Teu cosmo foi incrível, mas tua capacidade destrutiva ainda é precária. – zombou Alhena. – Agora sente a verdadeira essência de um poder exterminante. EXPLOSÃO GALÁCTICA!


O céu se abriu e, como se todas as estrelas fossem despedaçadas, Alhena lançou a supernova em direção a Dinamene. A ninfa ergueu o tridente para frente, mas não conseguiu se defender, sendo completamente vaporizada pelo ataque. O ataque dizimou parte das casas por detrás da nereida da agua, bem como algumas pessoas que ainda tentavam escapar.


Diante de tal atrocidade, Indru arregalou os olhos, impressionado, enquanto os cavaleiros negros passaram a rir sem parar. Alhena acompanhou os companheiros e se atirou nas gargalhadas.


Sem demorar, o Gêmeos Negro se virou para os dois cavaleiros negros, fechou a cara e ordenou:


– Agora, destruam esta cidade! Não quero ver mais nada em pé!


– Demorou! – sorriu o Cérbero Negro, se virando para as cabanas.


– Finalmente! – concordou o Andrômeda negro, acompanhando os movimentos do companheiro.


Com as armas em mãos, os dois elevaram os cosmos e lançaram-nas em direção à primeira cabana. Entretanto, repentinamente, elas pararam no ar. Ambos olharam assustados e seus olhos se arregalaram quando Indru saltou para frente deles, com as mãos para frente, todo ferido.


– Ousas interferir no nosso caminho? – questionou o Andrômeda Negro, com um olhar de fúria.


– Não chegarão nem perto desta cidade, ainda há pessoas por debaixo dos destroços ou tentando se esconder. Eu Indru de Compasso não permitirei.


Indru moveu as mãos para frente e, usando a telecinesia, comandou as correntes de volta para os opressores, enrolando-as no corpo de cada um. Os cavaleiros negros rosnaram de dor, enquanto o prateado continuava usando os poderes telecinéticos. Alhena observava tudo e parecia saborear a situação, enquanto Propus permanecia ao chão.


– Não sei quem ou o que são vocês, mas sei que não são pessoas dignas. Agradeço por terem eliminado as nereidas, mas não podem mais viver nesse mundo. – ameaçou Indru. – CÍRCULO DO PODER!


Um anel de energia surgiu por volta dos dois cavaleiros negros e passou a girar rapidamente. A energia logo se direcionou para o centro, atingindo os dois companheiros, que caíram logo em seguida, aparentemente mortos. Percebendo o que ocorrera, Indru se virou para Alhena, já pronto para mais um combate, apesar dos ferimentos.


– Meus parabéns! – grunhiu Alhena, ainda com os cabelos arrepiados e com os olhos escuros. – Não pensei que um cavaleiro como tu pudesse acabar com meus subalternos.


– Agora é a tua vez, Alhena! – ameaçou Indru.


– Não achas que tua parca telecinesia e teus golpes de segundo escalão possam me deter? – provocou o geminiano. – Não viste que eu acabei facilmente com as nereidas que quase acabaram contigo?


– Eu darei a minha vida, se for necessário, para proteger esta cidade. – alertou Indru, com um olhar obstinado. Ainda sofria com os ferimentos e lutava para ficar de pé.


Alhena o olhou pensativo e, de relance, apontou o dedo indicador para frente. Indru parecia já saber do que se tratava.


– Já que amas tanto a esta cidade, que tal destruí-la tu mesmo. Te farei atacá-la graças ao meu golpe demoníaco. Recebe agora o meu…


– ALHENA! – gritou uma voz ao longe, e ambos se viraram para ver a identidade.


– Mas é… Libânia de Peixes. – comentou Indru, tão espantado quanto.


Instantaneamente, os cabelos e os olhos de Alhena voltaram ao normal. Seu cosmo ficava cada vez menos agressivo conforme a amazona de ouro se aproximava. Ela estava com a pele toda vermelha, devido às queimaduras do duelo contra Eulimene, mas parecia não ter mais nenhum dano físico.


Sem demorar, foi em direção ao cavaleiro renegado e deu um longo abraço nele. Alhena retribuiu o gesto e lágrimas caíram dos seus olhos.


– Há quanto tempo, meu amigo. – começou Libânia, com uma voz doce, diferente da que usava quando se fazia passar pelo Mensageiro de Gaia. – Não sabes o quanto eu senti a tua falta!


– Eu pensei que estivesses morta. – comentou Alhena, tocando na máscara de Libânia e falando com uma voz aparentemente infantil.


– Todos pensaram, mas não era verdade. – respondeu ela. –Agora estou aqui contigo!


– Vamos voltar a formar a Guarda de Ouro. – continuou o geminiano.


Libânia deu outro abraço forte nele e, num ato surpreendente, tirou a máscara, mostrando olhos castanhos e vivos, lábios pequenos e um nariz arrebitado. Por um momento, Alhena parecia ser uma criança encantada.


– Lembras quando tu me viste sem a máscara, durante um dos treinamentos? – questionou a amazona. – Eu fiquei furiosa e quis te matar, mas em seguida tudo ficou bem e rimos sem parar. Para que seguir essa regra idiota com nossos amigos, não é mesmo?


Alhena concordou e voltou a chorar, se atirando nos braços de Libânia, que acariciava seus cabelos lentamente, como uma mãe cuidando de um filho.


– Agora seremos só nós dois, Alhena, revivendo a antiga Guarda de Ouro. – continuou Libânia e Alhena apenas concordou.


Então, repentinamente, ela tirou um frasco da capa e um leve aroma tomou conta do local. Sem perceber, Alhena adormeceu, ficando relaxado num canto, enquanto Libânia recolocava a máscara, se levantava e ia em direção a Indru, que olhou tudo impressionado.


– O que está acontecendo aqui? Eu sempre soube que Alhena estava com problemas psicológicos, mas jamais pensei em vê-lo dessa maneira. – comentou Libânia, com uma voz tensa. – Durante a guerra contra Oceano, eu senti um grande prazer dele em destruir as ilhas das Oceânides, mas parece que agora ele está muito pior. Será que Sertan o enlouqueceu?


– O isolamento te foi prejudicial, não é minha querida Libânia de Peixes? – interrompeu uma voz ao lado deles.


Era Propus, que cambaleava um pouco, mas se aproximava. Indru fez uma careta, ainda não sabendo o que estava acontecendo. Libânia apertava o dedo entre as mãos, aparentemente um pouco irritada com aquela presença.


– Alhena fugiu com Sertan, como bem sabes. Mas ele enlouqueceu e acabou preso na Ilha da Rainha da Morte graças ao “Vínculo do Destino”. – explicou Propus, ainda mancando.


Ao ouvir essas palavras, Libânia deu um passo para trás. Seus dedos tremiam e seu coração disparou naquele instante. Parecia ter entendido exatamente o que acontecera. Propus a observava por inteiro, não tirando a atenção nem sequer por um segundo. Indru, por outro lado, olhava para ambos muito confuso, não menos emocionado por ver a amiga.


– Então quer dizer que Tamuz…


– Está morto! – antecipou Propus, interrompendo a amazona. – Assim como Ras e Feres! Alhena endoidou e passou a destruir cidades. Quando o “Vínculo do Destino” se encerrou, ele conseguiu escapar da Ilha da Rainha da Morte.


Libânia se virou para Alhena rapidamente e, por um instante, deu um longo suspiro. Indignado, Indru se aproximou e colocou a mão no ombro dela.


– O que estás fazendo aqui, Libânia? – indagou o prateado, com os olhares lacrimejantes. – Eu também pensei que estavas morta. Não te vejo desde que nosso mestre Kullat faleceu. Eu fiquei ensinando a telecinesia, enquanto tu dominaste o poder de Peixes. Por onde estiveste?


– Esteve bem ao teu lado o tempo todo. – interrompeu Propus. – Não é mesmo, Libânia? Ou melhor, Mensageiro de Gaia.


Libânia abaixou a cabeça, enquanto o queixo de Indru caiu. Não conseguia acreditar no que acabara de ouvir. Principalmente porque era inconcebível ele ter sido enganado por uma de suas grandes amigas de treinamento.


– Ela fingia uma neutralidade e envenenava de alguma forma os marinas que vinham aqui consertar as escamas. – explicou Propus. – Provavelmente usando o sangue venenoso que corre nas veias dela, já que retirou o meu sangue para consertar a minha armadura e o dela para reviver o de uma ninfa.


Libânia apertou o dedo entre as mãos e respirou forte.


– Como adivinhaste tudo isso, aprendiz?– indagou a pisciana, um pouco intrigada. – Por acaso tens o poder de ler mentes?


– Estás nervosa! – continuou Propus. – Principalmente porque não sabes mais como agir. Concordavas com Sertan que era preciso fazer alguma coisa, mas não exatamente o que ele fazia. Assim, começaste a agir por contra própria e te disfarçaste para ninguém mais perceber. Foi uma ideia brilhante. E agora estás assustada porque não sabes que rumo tomares.


– Para de ler a minha mente! – resmungou Libânia, irritada. – É verdade tudo isto, Indru. Eu peço desculpas por ter te enganado. Mas se eu quisesse iludir os inimigos, era preciso começar pelos amigos. Precisava que todos aqui me odiassem para ajudar a convencer Atlântida que o novo reparador de armaduras continuava neutro, assim como o antigo.


Propus sorriu lateralmente, enquanto Indru olhou para baixo pensativo.


– E o que vais fazer agora que teu plano foi por água abaixo? – indagou Indru. – Parece que Atlântida já descobriu tudo!


– Eu sou a última membra da Guarda de Ouro que, a princípio, não enlouqueceu. – disse ela com uma voz amável, virando o rosto para Alhena. – Preciso cuidar dele e impedir que continue insano. É o meu dever como amiga!


– Por que não ficas comigo? – questionou ele se aproximando.

– É imprudente! Primeiro, tens que abandonar este local para continuar com as práticas telecinéticas. – explicou ela.– Além disso, não tenho poderes extra-sensoriais e só iria te atrapalhar.


– Mas…


– Não insista, por favor! Eu preciso fazer o que deve ser feito. – lamentou ela, cabisbaixa. – E tu, Propus, entrega as armaduras para o Grande Mestre e explica toda a situação. Ninguém sabia onde eu estava e o que eu fazia.


Propus concordou e, sem dizer mais nada, deixou Jamiel, juntando as armaduras antes. Libânia cumprimentou mais uma vez Indru, foi em direção a Alhena e o carregou no colo. O prateado se aproximou, tentando reatar a amizade, mas ela foi ríspida, se virou.


Indru observava aquele corpo se distanciar cada vez mais. As lembranças lhe dominavam pouco a pouco e, no mesmo instante em que ela deixou a sua visão, mais lágrimas caíram dos seus olhos e ele se voltou para a cidade, pronto para terminar sua missão.

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A fumaça vermelha que envolvia o ar se dissipou rapidamente revelando uma bela mulher, que olhava incansavelmente para uma pedra que portava na mão direita. Havia indignação no seu olhar, misturado com um pouco de tristeza e uma expressão chorosa. Balançava a cabeça de um lado para o outro, como se quisesse fazer alguma coisa a todo o custo.


Sua face era pequena e meiga, bem como seus olhos de cor safira. Os cabelos loiros a deixavam com um ar ainda mais belo, escorrendo pelas costas, se misturando com a manta azul que rodeava o baixo corpo. Por entre os dedos da mão esquerda, um galho de coral repousava.


Sob a manta, se escondia uma escama de média proteção. Os braceletes eram curtos e beges, indo até o pulso. As pernas eram revestidas até as coxas com uma joelheira no formato de uma concha, com uma coloração azulada. Uma pequena cinta da mesma cor cobria a cintura. O tronco ficava praticamente livre, revelando uma pele branca e macia. Somente os seios não estavam expostos, com duas conchas claras sobre eles. Findando, havia duas ombreiras semelhantes e uma tiara ondulada.


– Então mais de nossas irmãs encontraram a morte. – bradou uma voz fechada ao lado dela. – Qual de nós sofrerá o próximo ardor desse destino, irmã Actaeia?


Ao ouvir os discursos, Actaeia se virou, tentando enxugar as lágrimas. Uma mulher de cabelos negros, com parte do rosto oculto por um capuz, se aproximava. Sua presença se misturava com as paredes sombrias daquele ambiente, que se compunham num estilo arquitetônico grego, um templo gigantesco, com um trono no centro.


– Receio que sim, minha querida Spio. – respondeu Actaeia, com uma voz doce e infantil. – As quatro marquesas de Atlântida encontraram o fim agora mesmo em uma invasão a Jamiel.


Spio apertou os dedos entre as mãos e elevou o cosmo, tomada por uma raiva que se escondia na penumbra da face. Parte do chão tremeu, parecendo derreter com o calor emitido. Actaeia a fitava entristecida, não perdendo o olhar meigo, apesar de também revelar um pouco de indignação.


– Nem as ninfas mais nobres escaparam das injustiças de Atlântida. – continuou a nereida sombria. – Não tardará e encontraremos o mesmo destino, ou apodreceremos enclausuradas nessas doze casas, aguardando um ataque que dificilmente se repetirá. Receio que, depois da morte de Calipso, tenhas que dividir o fardo de ficar aqui, irmã.


– Mas nenhuma atitude está ao nosso alcance. – rebateu Actaeia. – Resta-nos apenas aceitar esse fato. São as ordens superiores.


De repente, uma fumaça emergiu da pedra vermelha de Actaeia. Um aperto surgiu no seu coração ao saber do que se tratava. Sem demoras, ela ergueu o artefato e observou as imagens que surgiam em meio à névoa escarlate. Intrigada, Spio se aproximou, tentando avistar alguma coisa, quando tudo desapareceu.


– Qual de nós encontrou seu fim, irmã? – perguntou Spio, também espantada.


– A imagem que me veio aos olhos não está clara. – respondeu ela, preocupada. – Isso indica que há o poder de um Deus bloqueando a visão. Mas nenhuma nereida morreu aqui no Santuário, e não acredito que tenham descoberto o local do refúgio.


– Então quer dizer que…


– Sim, a nossa irmã que encontrou a morte só pode ter tido seu fim… em Atlântida!

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PRÓLOGO Um vulto surgiu no horizonte e logo se revelou. Era um homem que caminhava pelas ruas lentamente, trajando um longo manto esbranquiçado, que balançava com o vento e com cada passo dado. O dia

Eu li e reli várias vezes o mesmo post e nem percebi o erro. uahsuhaushauhsua sorry, é Propos!

Como prometido, cá estou para comentar esta excelente fic! Sei que você gosta de comentar capítulo a capítulo nas outras fics, mas eu quando inicio alguma já relativamente avançada, opto por fazer u

Capítulo 24 lido

 

Que prazer doentio possui Alhena, além de ter uma dupla personalidade, uma característica marcante e típica dos Cavaleiros de Gémeos e este segue os padrões das criações oficiais, além disso, eu acho um grande psicopata (não me leves a mal, é apenas minha opinião).

 

Foi preciso muita coragem para Ferusa matar a sua irmã, Dimamene. Isso demonstra o quanto terrível e demoníaco é o Satã Imperial e além disso, provoca amnésia quando termina seu efeito de matar seu alvo de uma forma muito assustadora e sádica.

 

Os Cavaleiros Negros matam tudo à sua volta e à frente dos seus olhos, é como isso se fosse o conceito de um Berserker, matam inimigos e aliados e neste caso eliminem inimigos e inocentes. Indrus é bem poderoso ao ponto de matar sem problemas, uns Cavaleiros Negros, porém não creio que seja um adversário digno para Alhena.

 

Quem diria que havia referência, revelações, segredos e muita intriga entre Alhena e Libânia e ainda a relação amistosa com Indrus.

 

Não podia deixar de parte, o Propus não perde nenhum momento para expor e descobrir a fraqueza das mentes de quem a ler. Graças a ele é sempre possível, saber o passado e segredos profundos.

 

E por último, uma nova aparição de Nereide. A Actae e ainda a linda e conhecida Spio.

 

A última parte do capítulo deixou um bocado da sobremesa por saborear.

 

Excelente capítulo, mon ami. Abraços!

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Opa. Bom capítulo.

 

Começamos com o combate entre Dinamene e Ferusa, as Marquesas da Água e da Terra respectivamente. Gostei que o confronto foi bem elemental mesmo, nada de golpes físicos. Eu curto quando há uma mescla desses dois métodos, mas dessa vez eu curti só o conceito de golpes especiais sendo aplicados porque particularmente não vejo moças tão belas quanto as Nereidas caindo na pancada umas com as outras. Ainda mais elas, que são irmãs.

 

Por fim, gostei da morte fria que foi aplicada a Nereida da Terra. Sem sentimentalismo, sem falas bonitas, apenas a fria e cruel morte. Gostei bastante disso, pois é bem diferente do estilo de mortes convencionais que são aplicadas nesse tipo de histórias.

 

Dinamene então direciona toda sua raiva e dor em Alhena, o grande culpado de tudo aquilo. Particularmente não consigo vê-lo como Gêmeos Negro e sim como o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos mesmo. Mas voltando, a Nereida não foi páreo para o esmagador poder do irmão de Tejat, que a fulminou em um piscar de olhos.

 

Gostei de ver Indru de pé novamente para proteger o vilarejo dos Cavaleiros Negros. Facilmente o Cavaleiro de Compasso os derrotou, denotando mais ainda o abismo que separa um Argento dos exilados da Ilha da Rainha da Morte. Mas ainda bem que o Muviano não encarou Alhena, senão seria fulminado.

 

E ai que o prenúncio do combate é interrompido com a aparição de Libânia de Peixes. E foi ai que os distúrbios psicológicos de Alhena ficaram ainda mais explícitos. Ele já havia mudado sua aparência e personalidade para uma mais sanguinária quando acabou com Dinamene, mas repentinamente modificou-se para uma personalidade totalmente infantil e triste. Gosto quando há esse tipo de coisa envolvendo os Geminianos e você tá sabendo abordar isso muito bem.

 

Propuzzzzzzz chegou e estava novamente atormentando Libânia. Se eu fosse ela faria o mesmo que já tinha feito antes, usava um dos frascos e adormecia esse pirralho também. Que menino inconveniente e chato! haha

 

Mas... Se o poder dele realmente for de ler mentes, então pode ser algo realmente interessante. E ai a minha péssima impressão sobre ele acaba. Pois a impressão que dá a entender nos capítulos até o momento é de que ele simplesmente adivinha tudo isso.

 

Senti que a relação que Indru tem para com Libânia é maior que a de simples mestre e discípulo... /sex

 

E espero que Libânia não fique reclusa cuidando de Alhena durante toda a fic. Gostei dela e queria vê-la tendo uma participação mais ativa na história em si. Assim como o próprio Alhena, só que dessa vez sem a alcunha de Gêmeos Negro, apesar de achar isso quase impossível.

 

Mudando o foco, tivemos a apresentação de uma nova Nereida e o surgimento de outra que estava sumida. Actaeia e Spio. Aparentemente elas estão ainda no Santuário, certo? Protegendo o lugar após a invasão de Feres e morte de Calipso. E ao que parece, há alguém matando Nereidas em Atlântida. Quem será?

 

Muito bom capítulo. Parabéns e abraços!

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Capítulo 24 lido

 

Que prazer doentio possui Alhena, além de ter uma dupla personalidade, uma característica marcante e típica dos Cavaleiros de Gémeos e este segue os padrões das criações oficiais, além disso, eu acho um grande psicopata (não me leves a mal, é apenas minha opinião).

 

Foi preciso muita coragem para Ferusa matar a sua irmã, Dimamene. Isso demonstra o quanto terrível e demoníaco é o Satã Imperial e além disso, provoca amnésia quando termina seu efeito de matar seu alvo de uma forma muito assustadora e sádica.

 

Os Cavaleiros Negros matam tudo à sua volta e à frente dos seus olhos, é como isso se fosse o conceito de um Berserker, matam inimigos e aliados e neste caso eliminem inimigos e inocentes. Indrus é bem poderoso ao ponto de matar sem problemas, uns Cavaleiros Negros, porém não creio que seja um adversário digno para Alhena.

 

Quem diria que havia referência, revelações, segredos e muita intriga entre Alhena e Libânia e ainda a relação amistosa com Indrus.

 

Não podia deixar de parte, o Propus não perde nenhum momento para expor e descobrir a fraqueza das mentes de quem a ler. Graças a ele é sempre possível, saber o passado e segredos profundos.

 

E por último, uma nova aparição de Nereide. A Actae e ainda a linda e conhecida Spio.

 

A última parte do capítulo deixou um bocado da sobremesa por saborear.

 

Excelente capítulo, mon ami. Abraços!

 

Olá Saint, Alhena tem um prazer de destruição doentio sim e não tem dupla personaidade, tem uma multipersonalidde, principalmente devido à insanidade que possui. E ele é um pouco diferente das criações oficiais. Saga sofre de uma personalidade boa e má, Alhena não tem exatamente essa personalidade má ou boa, ele alterna momentos sãos com momentos de extrema doentia, algo assim. Eu quis fazer algo mais complexo do que simplesmente o bem e o mal.

 

Quanto à psicopatia, se referindo à ausência de emoções talvez se refira a mais um lado, mas Alhena se arrepende do que faz, então não é necessariamente um psicopata. È mais um maníaco insano.

 

 

Só trocasse os nomes, foi Dinamene que maatou Ferusa, pois foi a nereida da água que estava possuída pelo Satã Imperial. E eu quis mostrar finalmente o Satã Imperial mostrando que pode fazer a pessoa matar alguém, porque Aiolia mesmo não matou o Seiya, apenas ficou espancando ele. kkk.

 

Os cavaleiros negros são um caso à parte de Alhena, que era naturalmetne insano. Os cavaleiros negros cometiam atos questionáveis, por isso foram banidos em uma ilha, onde piraram, principalmente por influência de ALhena e Tejat. Mas eles não tem o mesmo prazer que Alhena ao destruir as cidades, não sei se me fiz entender.

 

Indru tem uma força considerável, mas ainda abaixo das nereidas. Porém, é superior aos cavaleiros negros, ainda mais quando teve vantagem porque os mesmos usavam armas.

 

Várias coisas foram destrinchadas da relação entre Alhena, Libânia e Indru. Será que mais coisas existirão? Não sei, tenho que acompanhar o que vai acontecer.

 

Propus é... Propus! kkk

 

Quanto à última parte, também estou com vontade de saber o que acontecerá!

 

 

Valeu Saint, abração e nos falamos!

 

 

Opa. Bom capítulo.

 

Começamos com o combate entre Dinamene e Ferusa, as Marquesas da Água e da Terra respectivamente. Gostei que o confronto foi bem elemental mesmo, nada de golpes físicos. Eu curto quando há uma mescla desses dois métodos, mas dessa vez eu curti só o conceito de golpes especiais sendo aplicados porque particularmente não vejo moças tão belas quanto as Nereidas caindo na pancada umas com as outras. Ainda mais elas, que são irmãs.

 

Por fim, gostei da morte fria que foi aplicada a Nereida da Terra. Sem sentimentalismo, sem falas bonitas, apenas a fria e cruel morte. Gostei bastante disso, pois é bem diferente do estilo de mortes convencionais que são aplicadas nesse tipo de histórias.

 

Dinamene então direciona toda sua raiva e dor em Alhena, o grande culpado de tudo aquilo. Particularmente não consigo vê-lo como Gêmeos Negro e sim como o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos mesmo. Mas voltando, a Nereida não foi páreo para o esmagador poder do irmão de Tejat, que a fulminou em um piscar de olhos.

 

Gostei de ver Indru de pé novamente para proteger o vilarejo dos Cavaleiros Negros. Facilmente o Cavaleiro de Compasso os derrotou, denotando mais ainda o abismo que separa um Argento dos exilados da Ilha da Rainha da Morte. Mas ainda bem que o Muviano não encarou Alhena, senão seria fulminado.

 

E ai que o prenúncio do combate é interrompido com a aparição de Libânia de Peixes. E foi ai que os distúrbios psicológicos de Alhena ficaram ainda mais explícitos. Ele já havia mudado sua aparência e personalidade para uma mais sanguinária quando acabou com Dinamene, mas repentinamente modificou-se para uma personalidade totalmente infantil e triste. Gosto quando há esse tipo de coisa envolvendo os Geminianos e você tá sabendo abordar isso muito bem.

 

Propuzzzzzzz chegou e estava novamente atormentando Libânia. Se eu fosse ela faria o mesmo que já tinha feito antes, usava um dos frascos e adormecia esse pirralho também. Que menino inconveniente e chato! haha

 

Mas... Se o poder dele realmente for de ler mentes, então pode ser algo realmente interessante. E ai a minha péssima impressão sobre ele acaba. Pois a impressão que dá a entender nos capítulos até o momento é de que ele simplesmente adivinha tudo isso.

 

Senti que a relação que Indru tem para com Libânia é maior que a de simples mestre e discípulo... /sex

 

E espero que Libânia não fique reclusa cuidando de Alhena durante toda a fic. Gostei dela e queria vê-la tendo uma participação mais ativa na história em si. Assim como o próprio Alhena, só que dessa vez sem a alcunha de Gêmeos Negro, apesar de achar isso quase impossível.

 

Mudando o foco, tivemos a apresentação de uma nova Nereida e o surgimento de outra que estava sumida. Actaeia e Spio. Aparentemente elas estão ainda no Santuário, certo? Protegendo o lugar após a invasão de Feres e morte de Calipso. E ao que parece, há alguém matando Nereidas em Atlântida. Quem será?

 

Muito bom capítulo. Parabéns e abraços!

 

Olá Gustavo!

 

Não tinha como fazer muito diferente nesse combate mesmo, que bom que gostaste e entendeste bem o porquê das nereidas não caírem na pancadaria. Difernetemente dos outros guerreiros de Poseidon, elas utilizam muito mais suas técnicas especiais, entre outras coisas. É difícil, como fazlaste, imaginá-las fazendo diferente.

 

Às vezes é interessante trabalhar com mortes frias, pois numa guerra, normalmente é isso o que acontece. Nem sempre um dramalhão apresenta o melhore resultado.

 

Com relação a Alhena, eu também confesso que o vejo bastante como cavaleiro de Gêmeos, apesar de ele não ter vestido a armadura em nenhum capítulo da minha Fic. Tejat eu já vejo bastante com a armadura de Gêmeos Negro. Porém, Alhena foi abolido de usar após ter sido banido para a Ilha da Rainha da Morte.

 

Ele fulminou a nereida com um piscar de olhos pois, como ele falou, diferente dos outros cavaleiros, ele não teve nenhum receio em eliminar as ninfas. Ele não contém o seu poder com medo que afete outras pessoas. Depois se arrepende e chora que nem uma criança, mas na hora, ataca sem piedade.

 

Indru usou as forças que restavam e conseguiu liquidar os cavaleiros negros. Como falei pro Saiint, Indru tem um grande poder e se beneficiou da maneira como os adversários atacaram, conseguindo imobilizá-los com as próprias armas para poder dar o ataque final. Sweria interessante ver quantos segundos Indru aguentaria diante de Alhena. kkkk. Acrux só não foi fulminado por Sertan porque o Canceriano... ficou com pena. kkkk. Só que duvido que o Gêmeos negro teria esse receio.

 

Que bom que estás gostando da multipersonalidade de Alhena. Ele é uma pessoa completamente instável e perigosa. Por um lado, tem prazer na destruição, por outro é amargurado, mas no fundo tem um lado infantil e carente, ávido pelo retorno da Guarda de Ouro, quando se sentiu importante.

 

Propus é divo tá. kkk Mas é chatérrimo também. Não sei se advinha ou lê, a mente dele é um mistério. kkk

 

Agora uma correção, Libânia não é mestra de Indru. Ambos foram discípulos de Kullat como Indru falou. Só que ela deixou Jamiel para assumir o posto de amazona de ouro e, quando voltou, virou o Mensageiro de Gaia, assumindo o posto de reparador de armaduras neutro que havia em Jamiel.

 

Libânia ficará reclusa com Alhena durante toda a fic? Não dá de saber agora. Mas parece que, com a preença dela, ele ao menos se acalma. Será então que ela conseguirá fazê-lo voltar à armadura de Gêmeos oiriginal? É esperar. E fico feliz que tenhas gostado da pisciana, eu também gosto muito! Aliás, dos que já apareceram, os cavaleiros já consolidados que mais gosto é Libânia, Sertan e Alhena.

 

Agora para as nereidas, sim, elas estão no Santuário, como Actaeia mesmo disse: "aqui no Santuário", nas últimas falas ali. Quanto à alguém matando as nereidas, por enquanto foi "a nereida", as outras foram em Jamiel mesmo, mortas por Libânia e Alhena.

 

Valeu então Gustavo, abração e a gente se fala!

 

 

Fui....

 

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Oi Nikos td bem ? Desculpe por demorar, aq está o q achei do cap 24

 

A luta entre duas Nereidas foi bem interessante, só acho que ficou meio estranho essa coisa de poderes iguais, quer dizer entendo que ela tenham o mesmo nível, mas os elementos que elas corrompam são diferentes isto não decrua influenciar um pouco?

 

Enfim finalmente vimos o Alhena usar a explosão galáctica, a descrição da técnica foi muito boa, realmente desta vez ficou a a altura do q ela é

 

Induz se mostrou um bom cavaleiro, venceu os dois negros com muita destreza, mas qse caiu não amardilha do Alhena mas é salvo pela amazona de peixe

 

Aliás a Liebana teve um entrada triunfal, hein? Nunca imaginais que ela iria seduzir o gêmeos negro, e ainda fazer isso só como artimanha para fazer ele dormir

 

Vimos Alhena esta cada vez mais louco, mas só gostaria de saber qual é o objetivo dele

 

Bom parece ser esta conclusão de jamiel, gostei do arco mas queria que o Propuz tivesse ganhado sua armadura

 

Agora vamos ver o vai acontecer né

Parabéns pelo cap

E até a prox

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Ola Fimbul, sem problemas, eu também to com a agenda apertada.

Quanto à luta de nereidas, é que é assim, não é Pokémon. kkk O que aconteceu foi que a avalanche de pedras possui uma força de arraste, da mesma maneira que o maremoto. Como as forças aplicadas são iguais, se for analisar o conjunto, a força resultante é igual a zero, portanto, não há alteração do estado de inércia (Estavam parados no centro, continuarão parados), isto é, não deslocarão. ;/ E corrosão e erosão das pedras devido à aágua é algo que demora muito temp, não é em poucos segundos.

Que bom que gostaste da descrição da explosão galáctica, talvez ainda não tenha ficado suficientemente detalhada, mas eu confesso que acho isos um pouco complicado, fora que é meio ruim descrever com detalhes algo que todo mundo já sabe.

Indru tem uma certa superioridade, mas, como falaste, nã daria para encarar Alhena, ao meu ver do que eu imagino da força do prateado. Na superação poderia até fazer alguma coisa, mas duvido que o geminiano negro deixaria ele chegar a tanto como foi na saga clássica das doze casas.

Libânia é ardilosa, mas ela não apenas seduziu Alhena. Ela parece realmente "gostar" (não no sentido amar) de Alhena, porque se não teria matado ele ao invés de se oferecido para cuidar. Mas claro que agiu também por prudência.

Ao que me parece, Alhena não está com um objetivo claro, apenas está vagando pelo mundo satisfazendo seus prazeres internos.

É Propus não ganhou a armadura e seria estranho ganahr em Jamiel. kkk


Mas é isso Fimbul, abração e a gente se faala



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Fantástica toda a encenação com as duas Nereidas!

 

Ferusa e Dinamene não só protagonizaram um duelo excelente como também um drama que, pela primeira vez na história, me fizeram enxergar as filhas de Nereu como mais que meros instrumentos de batalha (a interação final com Spio e Actaeia também me passaram essa agradável sensação).

 

A margem desse conflito não poderia deixar de ressaltar a perversidade mesclada a sadismo dos Cavaleiros Negros de Cérbero e Andrômeda.

 

Suas mortes nas mãos de Indru foi uma sacada genial por parte do autor.

 

Serviu muito bem para o complemento do arco e como para dar um “destino” aos personagens envolvidos.

 

Por falar em Indru, sua nobreza, presente desde sua primeira aparição, também não passou despercebida neste, tal qual Propus, só que aqui me refiro as suas, quase sempre, desagradáveis observações com toque de “vidência” a lá Nereu, com que penso ter alguma ligação (será?!)

 

Falando de Alhena e Libânia...

 

Tanto a loucura da Amazona de Gêmeos como o senso materno da Amazona de Peixes foram muito bem retratados. E ambas, em principal Libânia, já figuram, isso para mim, no rol de personagens memoráveis de Atlântida.

 

Com isso o arco em Jamiel parece ter chegado ao seu fim...

 

Mesmo não gostando do rumo que o autor escolheu para tratar da “imparcialidade” de Jamiel, este, indubitavelmente nos brindou com o melhor capítulo da história até aqui (Capítulo Vinte) e se não bastasse, com vibrantes combates e uma “humanização” pra lá de significativa de seus personagens. Não poderíamos esquecer Propus/Nereu. O protagonista de Atlântida esteve muito bem do começo ao fim do arco e até mesmo sua inesquecível companheira, Mona, acabou por ser mencionada. Enfim, me atrevo dizer que este arco tenha sido o mais significativo em termos de qualidade e evolução do autor. Meus parabéns e que muito do que tenha dado certo neste, seja levado e sirva de legado para os arcos vindouros de Atlântida.

 

Abraços!

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Olá Leandro!

Bem, Ferusa e Dinamene mostraram bem seus sentimentos, mas Spio e Galateia também se mostraram com uma perosnalidade distinta e um pouco rebeldes, tanto que a primeira voltou agora confirmando aquilo que já havia acontecido no capítulo 14.

Os cavaleiros de Cérbero e AndRômeda sáo sádicos, implacáveis, sem nenhuma questão moral. Simplemsnete obedecem Alhena por ele ser mais forte e acabam absorvendo o prazer dele em destruir. Fora que enlouqueceram na Ilha da Rainha da Morte (Tamuz, Tamuz, que falha heim?)

Que bom que gostaste desse complemento do arco. Indru realmente tinha que defender, ele não podia ficar parado, enquanto destruíam a cidade. Ele juntou até as forças que não tinha para impedir o ato.

Com relação a Propus, levantasse um ponto interessante. Será?

Fico feliz que te agradasse com Alhena e Libânia. Eles estão no rol dos meus dourados favoritos (até agora), junto com Sertan! Principalmente porque nenhum deles é "bonzinho" assim.

O arco em Jamiel chegou ao fim sim! Terça ou quarta que vem tem o capítulo 25, com um novo conto: "IMPLOSÃO", até vou por no índice para o pessoal já ter uma ideia.

Realçasse o capítulo 20 e vejo que gostaste mesmo dele. Vou tentar ao máximo acrescentar esses detalhes aos capítulos (que já estão escritos) para que eles melhorem quanto à questão das descrições. E espero que consiga ter passado o melhor para os outros.

Valeu e abração

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Ficha dos Personagens: Capítulo 24

 

Alhena de Gêmeos Negro: Antigo cavaleiro de ouro de Gêmeos, bravo lutador da Guarda de Ouro, revoltado guerreiro da Legião de Atena, louco exilado na Ilha da Rainha da Morte e por fim, perigo à solta. Invadiu Jamiel, derrotando a duas últimas Marquesas de Atlântida com certa facilidade e diversão. Terminada a tarefa, se pôs a destruir o vilarejo, quando Libânia de Peixes surgiu, devolvendo-o uma personalidade infantil e dopando-o para dormir.

 

 

Libânia de Peixes: Se passava por Mensageiro de Gaia, reparador neutro de armaduras e escamas, mas na realidade apenas envenenava aos poucos as proteções dos soldados de Atlântida. Derrotou Eulimene, uma das Marquesas de Atlântida, depois apareceu diante de Alhena, Propus e Indru, garantindo que cuidaria de Alhena e impediria a continuação de sua loucura.

 

 

Indru de Compasso: Cavaleiro de Prata, dotado de uma grande habilidade telecinética. Vive à parte do exército dos cavaleiros, treinando potenciais guerreiros para a prática das habilidades paranormais. Era, junto com Libânia, discípulo de Kullat, enquanto ela herdou a armadura de Peixes, ele herdou as habilidades extra-sensoriais. Mesmo abatido após a luta contra as nereidas, ele se levantou e venceu os dois cavaleiros negros que pretendiam destruir a cidade.

 

Andrômeda Negro e Cérbero Negro: Cavaleiros negros, subalternos de Alhena. Foram destruir Jamiel, quando Indru os venceu com facilidade, matando-os.

 

 

Ferusa: Marquesa de Atlântida, uma nereida da terra. Caiu morta pelas mãos de Dinamene, após a mesma ter sido controlada pelo Satã Imperial de Alhena.

 

 

Dinamene: Marquesa de Atlântida, uma nereida da água. Após matar Ferusa e ter o Satã Imperial anulado, ela correu para matar Alhena, que a dizimou sem muitas dificuldades.

 

Spio: Nereida sombria encarregada de proteger as doze casas de uma possível volta dos cavaleiros. Há poucos anos, se escondia nas sombras, pronta para agir caso Calipso, a detentora titular da defesa, falhasse. Matou Feres de Libra, mas não conseguiu impedir que ele resgatasse o báculo e o escudo de Atena. Foi castigada por Íchos, mas salva por Anfitrite. a Imperatriz de Atlântida.

 

Actaeia: Nereida meiga e doce, com olhos safira e cabelos loiros. Agora, divide com Spio a missão de defender o Santuário. Observou a morte das marquesas de Atlântida, demonstrando sua indignação, não maior do que a da irmã sombria. Em meio à discussão, algo lhes chamou a atenção. Outra nereida havia morrido e a morte se dera em Atlântida.

 

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CAPÍTULO 25

Um sinal de luz foi enviado ao céu e, no mesmo instante, o silêncio tomou conta de Atlântida. A bandeira que se hasteava em frente ao palácio central, no topo de um monte, estava levemente abaixada, com uma longa fita preta enrolada pelo mastro. A manifestação nada comum na ilha já indicava a todos que o pior havia acontecido. O mal esperado infelizmente havia se concretizado.


A comoção era marcante em cada uma das ruas da cidade, fazendo todos andarem cabisbaixos, como forma de demonstrarem o luto e a tristeza diante daquilo que temiam, mas que sabiam que cedo ou tarde iria acontecer. Não era raro ver um habitante ou outro correndo desesperadamente, se debruçando em lágrimas no chão, ameaçando a própria vida. Não conseguiam aceitar aquilo, era como se perdessem a figura que mais lhes trazia paz.


Nem tudo era tristeza, porém. Alguns anciões em meio à rua citavam que aquilo tudo não era motivo para causar tanta comoção. Inclusive porque havia poucos que já tinham presenciado uma cena daquelas e, portanto, já haviam sofrido o embate inicial. Alegria, porém, não se via no rosto deles. Apenas uma seriedade que refletia uma conformação diante daquilo que não poderia mais ser evitado e que, em algumas décadas ou mais, poderia ser remediado.


O dia permaneceu quieto na principal cidade do planeta e se findou com uma noite fria, escura e também silenciosa. Ninguém ousou sair de casa, ou mesmo praticar algum ato de entretenimento. Apesar da conformação de alguns, o respeito era algo que não faltava, seja pelo temor às leis da própria ilha, seja simplesmente por uma ausência de algo para se sustentar. Muitos habitantes haviam perdido a vontade de viver naquele instante.


A luz do dia não agraciou a população, mesmo com o amanhecer, pois várias nuvens preenchiam o grande azul do céu. As ruas estavam lotadas, preenchidas por uma romaria que se dirigia a um local comum. Os procedimentos eram conhecidos pela maioria, passados de geração para geração por aqueles que já haviam presenciado cenas semelhantes.


Quando as badaladas do sino principal de Atlântida soaram, as margens do Rio Atlas, o principal curso da ilha, já estavam rodeadas pela população local. Não era raro ver habitantes de algumas das colônias, trazidos às pressas após o ocorrido. A notícia se espalhou rapidamente, atingindo até as maiores extremidades do Império.


Alguns minutos se passaram e, quando as badalas se cessaram, todos olharam para o morro por onde desaguava a cachoeira que formava o Rio Atlas e onde se encontrava, ao lado, o grande palácio central. Esperaram ansiosamente, quando a porta acabara de se abrir, emergindo um homem que portava uma armadura dourada. Possuía olhos azuis claros e divinos, lábios finos e longos cabelos loiros e agitados. Sua altura era imponente, o que lhe retirava um pouco a imaturidade da face recém saída da juventude.


– SALVEM O IMPERADOR POSEIDON! – gritaram todos ao mesmo tempo.


Poseidon, por sua vez, não ergueu a cabeça como de costume. Apenas manteve-se em silêncio, com o rosto um pouco abaixado, mas sem perder a aura divina. Sabia que aquilo tudo era algo efêmero, mas não respeitar o que todo o seu povo ou ele próprio estava sentindo seria algo indigno do posto que ocupava. Por mais superior que fosse, ainda estava em um corpo humano e fadado, portanto, às intempéries da emoção, ainda que em um grau menos elevado do que a maioria dos mortais.


Uma tropa veio a seguir, formando duas filas, lideradas cada uma pelos generais marinas, ficando três de um lado e três do outro. O sétimo ainda não havia sido selecionado. Os comandantes vieram atrás, finalizando com os enviados, formando uma camada ao entorno da montanha.


A porta do palácio se fechou por dois minutos, trazendo consigo um silêncio quase que absoluto. A abertura da mesma deu à angústia um tom de desespero e de lamentação.


Uma sepultura, toda formado por bolhas emergia da entrada, flutuando em meio ao céu, trazendo consigo, o corpo de uma mulher. A beleza não era mais marca naquele indivíduo. O moreno da pele dera lugar a um branco quase vazio. A gordura existente e marcante havia desaparecido, tornando-a seca. Os cabelos brancos e longos corriam e se misturavam com as bolhas. Vestia o tradicional vestido longo e a coroa dourada sobre a testa.


Logo atrás dela, surgia uma dama de aspecto nobre, montada sobre um cavalo mitológico, com duas patas dianteiras e um gigantesco rabo traseiro. Ela vestia um longo manto, cobrindo-lhe dos pés à cabeça, deixando os braços nus. Seus cabelos eram curtos, negros, escondidos quase que na totalidade sob um lenço alvo. Uma mão carregava uma tocha, enquanto a outra movia os dedos, controlando as bolhas. Por detrás dela, dezenas de nereidas apareciam, juntamente com Nérites.


Conduzir aquele funeral não agradava àquela dama, afinal, o óbito foi de sua filha de alma e, portanto, digna do seu amor. Porém, a compostura não lhe foi perdida e, com um movimentar de mãos, fez a sepultura de bolhas flutuar sobre o rio e seguir rumo à cachoeira.


Em instantes, o corpo mergulhou e as bolhas estouraram. Os habitantes se surpreenderam quando o mesmo foi seguindo o curso do rio. Estava mais belo do que nunca, com a cor morena revigorada, os cabelos loiros vivos e uma pele macia. Estava mais condizente com o indivíduo a qual pertencia.


A sua passagem era motivo de espetáculo, todos tentavam se aproximar para se despedir pela última vez daquela que tanto lhes deu apoio e esperanças, aquela que foi uma mãe para Atlântida. Ninguém ousou tocar, ou iria estragar a magia do ritual e nenhum atlante cometeria tal sacrilégio.


O espetáculo durou por mais alguns minutos, quando o corpo deixou a vista de todos e se perdeu no mar. Ao mesmo tempo, uma figura alta, de cabelos negros e ondulados, com olhos castanhos, barbas e bigodes, saía pela porta do palácio central. Vestia trajes imponentes de luxo e olhava a todos com serenidade e imponência.


Com um movimento rápido, ele ergueu o tridente que carregava e, instantaneamente, uma grande camada de bolhas brilhantes emergiu por onde o corpo havia caído. Era a despedida final, o símbolo que consagrava o final do estado daquela alma em mais um ciclo efêmero de sua imortal vida.


– É com esse findar, que Atlântida se despede de nossa Imperatriz Anfitrite, e também minha filha. – bradou o homem moreno, erguendo o tridente, sendo saudado com uma salva de palmas de todos ali presentes, inclusive Poseidon e os generais marinas.


Com o final do funeral, aos poucos, os habitantes foram deixando as margens do Rio Atlas, começando a retornar para as suas casas. Os marinas também retornaram para o palácio, bem como as nereidas. Apenas restavam sobre a colina, ao lado da cachoeira, Poseidon, o homem moreno e a dama sobre o cavalo.


– Foi um divino funeral, digno de uma criatura importante quanto à minha amada Anfitrite. – comentou Poseidon para os dois, esboçando um ar divino – Eu quero agradecê-los meus principais aliados, Nereu, o Profeta dos Oceanos e Dóris, a Oceânide.


Com um gesto delicado e amplamente formal, Dóris desceu da sela e cumprimentou Poseidon com um gesto cordial, fitando-o com uma expressão profunda, refletida nos seus olhos castanhos. Nereu fitava os dois serenamente, aparentemente atento a tudo.


– Me é sempre agradável agraciar os últimos dias da vida provisória de uma das minhas descendentes. – respondeu ela seriamente. – Todavia é uma pena que as outras não tenham o mesmo tratamento, já que em Atlântida têm o mesmo valor que ratos.


– Poupa a tua saliva Dóris, não é hora de começar rixas com Sua Majestade. – rebateu Nereu rapidamente. – Nossos filhos já têm a graça de habitar nesta utopia maravilhosa. Apenas aceitemos isto.


– Com o seu perdão, Vossa Majestade! – bradou ela, se virando e entrando no palácio.


Com uma expressão um pouco serena, Poseidon apertou rapidamente os dedos no seu tridente dourado, elevando um pouco o cosmo. Parecendo pressentir isso, Nereu, com um ar mais velho e maduro, se aproximou do Imperador e colocou a mão no seu ombro.


– Vossa Majestade sabe que tudo isso poderia ser evitado, inclusive este belíssimo funeral. – comentou Nereu com sua voz divina.


– Dado os tempos de guerra, isto é imprudente, meu caro Nereu. – explicou Poseidon, olhando-o seriamente. – Como eu gostaria de fazer aquilo que tua esposa e filhas tanto me pedem, mas não posso correr riscos.


– Poseidon, não sei mais por quanto tempo poderei segurar o ímpeto de minha família. – continuou o Profeta dos Oceanos, agora perdendo um pouco o tom formal. – Todos sabem que Atlântida não poderá ser destruída por fora, apenas por dentro. Portanto sabes o que tens que fazer.


Parecendo ter sido tomado por uma fúria inexplicável, Poseidon ergueu o tridente e apontou para o pescoço de Nereu. O ar divino do Imperador se tornava cada vez menos marcante, sendo dominado por uma expressão humana e um pouco jovial. O Profeta dos Oceanos, por outro lado, mantinha a face séria e uma aura serena e longe da mortalidade.


– Isso é um prenúncio de uma conspiração, meu caro Nereu? – questionou o Imperador, com o cosmo cada vez mais elevado. – Nada impede a tua saída de Atlântida e de tuas filhas, caso não estejam concordando com o sistema. Mas se ousarem tomar o meu lugar, garanto que terão suas existências banidas para todo o sempre.


Parecendo alheio a tudo, Nereu, fechou os olhos e largou o próprio tridente no chão, como se demonstrasse que não tomaria nenhuma atitude ofensiva. Seu cosmo, porém, apenas demonstrava cada vez mais uma aura divina e serena.


– É engraçado como temes sempre uma conspiração, Poseidon. – comentou Nereu, parecendo agora estar falando com uma criança. – Talvez a imaturidade de teu corpo ainda não te deu o ar divino necessário.


– O que está dizendo?


– A situação com as nereidas nessa Guerra Santa criou uma bolha prestes a explodir. – explicou Nereu, enquanto Poseidon se acalmava, voltando a agir como um Deus. – Ninguém se voltará contra Atlântida, mas duvido que as coisas permaneçam como estão se não tomares nenhuma atitude. Se pelo menos não podes aceitar o meu pedido por uma prudência exagerada, pelo menos acate os desejos de Dóris.


– Nem uma coisa nem outra! – rebateu Poseidon, se virando para a cachoeira, tornando seu olhar seco e superior. – Eu reconsideraria em outros tempos o pedido de Dóris, mas agora é inviável. Os meus generais precisam estar a postos para defender Atlântida, ou encontraremos uma situação pior do que na batalha contra Hades.


– Se é esta a tua decisão, não tenho mais nada a dizer, Poseidon. – finalizou Nereu, pegando o seu tridente e andando até a porta. – Apenas tenho curiosidade para saber o quanto isto vai durar.


Parecendo desgostoso da resposta, Poseidon se virou, pronto para argumentar, quando o vulto de Nereu desaparecia no meio do palácio, deixando o Imperador sozinho.


Tomado por uma sensação inexplicável, ele se voltou para a cachoeira e viu os últimos resquícios das bolhas que emergiam após o funeral de Anfritrite. Acompanhou cada momento com um olhar entristecido, como se um pedaço de si tivesse se esvaído naquele instante.


Olhava para o mar e imaginava a figura de sua esposa, jovem, dias antes de começar a ser atingida pela doença regenerativa que acabou com o seu corpo atual em pouco tempo. Mesmo sendo um Deus, ele nada pôde fazer para evitá-la. nem mesmo Nereu ou Dóris conseguiram. Julgou ter sido outra peça de Zeus ou de qualquer outra criatura olimpiana. Confuso e triste, não conseguiu impedir que alguns fragmentos de lágrimas caíssen dos seus olhos, se secando pouco antes de caírem no chão.


Não tardou e, quase que instantaneamente, sua expressão se alterou completamente, deixando os olhos secos e divinos mais uma vez. Um grande cosmo lhe rodeava o corpo, fazendo emergir a imagem da verdadeira alma por detrás dele. A manifestação de energia foi percebida a longas distâncias, até que ela voltou a adormecer.


Parecendo cada vez mais alheio a isso, Poseidon se virou para o palácio e também tomou o seu rumo.

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Galateia observou horrorizada para aquelas mãos beges-amareladas, estando prestes a entrar em um colapso mental. Parecia não conseguir aceitar a derrota, muito menos as intempéries sofridas por um mísero cavaleiro de prata. Aquela adversidade sofrida nas mãos lhe era o símbolo do fracasso e, muito pior, representava uma quebra no valoroso equilíbrio estético que dominava-lhe o corpo..


Sua aparência, aliás, havia sido deteriorada. Com uma impossibilidade de segurar qualquer coisa, se alimentava como podia, não tendo formas de cuidar do rosto ou do restante, nem auto-estima para isso. Pensava, sobretudo, que de nada valeria ter um corpo belo, se haveria aquela maldição nas mãos, pronta para findar com qualquer tentativa de embelezamento. Para uma nereida, principalmente Galateia, era vital estar totalmente bela para ter o máximo de poder sedutor ao alcance.


Olhou-se para o próprio reflexo emitido por uma vasilha de água dourada que havia no canto do seu aposento e ficou ainda mais espantada. Fixou o olhar nos cabelos desarrumados, cheios de pontas soltas. Havia duas longas olheiras na face, resultado de noites mal dormidas. A boca estava seca e sua pele ressecada. Tudo parecia estar longe do normal.


De repente, um barulho surgiu à porta e ela se abriu como um estrondo. Num impulso, Galateia ergueu o pano, tampando o rosto e o corpo, quando percebeu quem adentrava. Era um homem com bom porte, olhos castanhos claros e uma aparência respeitável. Olhava para a nereida incansavelmente, demonstrando uma compaixão ao ver o estado dela.


– Não há vi no funeral de Sua Majestade hoje. Vim ver como estavas. – comentou Febo com uma voz sem a mesma calma tradicional. Diante daquilo, Galateia deu uma sonora risada, se aproximando dele praticamente rastejando.


– Isso é algum tipo de piada? – questionou ela, parecendo-o fulminar com o olhar, recheado de lágrimas. Pela primeira vez parecia não estar falando poeticamente. – Como pensas que eu encararia minhas irmãs e todos os atlantes com isso? – frisou erguendo a mão amaldiçoada. – Fora essa minha aparência horrorosa!


Sem se preocupar mais com a compostura, ela deu um longo grito, quebrando praticamente os objetos à mesa com um empurrão. Vendo o desespero da ninfa, Febo se aproximou e segurou-lhe o braço, mas ela continuava a se debater praticamente irritada com tudo. Parecia que aquela maldição fora a pior coisa que poderia ter-lhe acontecido.


– ME SOLTA!– gritava ela, se agitando, enquanto Febo permanecia com os braços firmes.


– Te acalma! – pedia ele com um olhar terno.


– Por que me olhas desse jeito tão carinhoso? – indagou ela, encontrando seu olhar com o dele. – Não estou mais bela, nem usando da arte da sedução.


– Talvez porque tu nunca precisaste me seduzir de verdade. – disse ele, olhando cada vez mais fundo nos olhos da nereida, que se acalmou, fechou as pálpebras e abriu os lábios.


Sem demorar, Febo aproximou sua face da dela e beijou-a como nunca, tomando-a nos braços fortemente. O contato lhe propiciou uma alegria profunda. Não havia um prazer propriamente dito característico das seduções das ninfas, mas uma grande ternura. Estava tomado pela paz, parecendo que sua alma iria se aproximar do paraíso em segundos.


Tudo ruiu no instante seguinte, quando sentiu um forte empurrão, arrastando-o para o canto do cômodo. Galateia o fitava com uma ira profunda no olhar, com o corpo todo tremendo. Não conseguia entender o que estava acontecendo, demonstrando certa insegurança nos lábios e uma pontada de decepção.


– Como ousas tocar em uma nereida, seu mortal patético? – questionou Galateia com os olhos fervendo de raiva. Febo a olhava cada vez mais incrédulo. – Pareces que não és tão nobre quanto eu imaginei, já que os efeitos da minha sedução ainda te atingem.


– Mas eu não estava…


– Então és mais patético do que eu imaginei! – interrompeu ela tomada pelas lágrimas. – Tu achas que eu me envolveria com alguém como tu sem interesse? Com um mísero general marina?


Febo não respondeu, apenas fitava a nereida, cada vez mais estupefato com as ações da mesma.


– Tu tiraste a minha glória de vingança, matando-o aquele que me causou a desgraça. – continuou a ninfa, praticamente esfregando a mão amaldiçoada no rosto dele. – E, para piorar, fugiste do campo de batalha quando um verdadeiro guerreiro chegou, deixando tudo por conta do meu irmão. Achas que eu me envolveria com alguém dessa laia? Tu és apenas mais um covarde que se esconde na estrutura do exército atlante.


Uma gota de lágrima caiu dos lábios de Febo e, como por impulso, ele se levantou e golpeou-a na face, derrubando-a no chão. Uma ponta de arrependimento lhe tomou o peito, ainda mais quando ela se ergueu tremendo. Os olhos de ódio esboçados pela ninfa se tornaram ainda mais ameaçadores, pronta para fazer alguma coisa.


Então, sem saber o que fazer, ele se virou, abriu a porta e deixou o local, parando no corredor.


Febo olhava para as mãos a cada instante, não se perdoando por ter perdido a compostura. Dando mais atenção às suas memórias, não conseguia se lembrar do porquê de estar ali, nem do motivo de ter ido salvar a nereida das mãos da Legião de Atena. Havia sido deixado levar pela emoção e isso seria imperdoável na sua função de general marina.


De repente, um grito ecoou por detrás dele e, como se esquecesse todo o drama de consciência, ele abriu a porta e seus olhos se arregalaram. Galateia jazia sobre a cama, com o peito sangrando e os olhos praticamente secos. As mãos, por outro lado, voltavam aos poucos a ter a textura normal.


Num impulso, Febo correu para perto dela e segurou-a nos braços, sendo tomado por um alívio ao ver que ela ainda estava viva.


– Agora eu findo com essa maldição terminando com essa minha vida efêmera. – bradou ela, se virando para Febo, encerrando com a tranquilidade do marina. – Mas isso não importa, porque dentro de algumas décadas ou séculos, eu reencarnarei, enquanto tu estarás padecendo nos poços mais profundos do Reino de Hades.


Terminada as palavras, Galateia tossiu uma bolha de sangue e seu pescoço entortou. Febo fitou os olhos dela, outrora verdes e naquele instante, sem cores e outra lágrima voltou a cair. A ninfa estava morta.

Editado por Nikos
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Analise Capitulo 23

Mais duas nereida apareceu nesse capitulo, ferusa e Dinamene. O propus como sempre tirando todos do serio. Gostei do novo personagem introduzido no capitulo Indru de Compasso! Agora falando do combate os atenienses foram dominados pelos seus oponentes e foram salvos pelos cavaleiros negros, que por sinal travaram um combate interessante. Acreditei que eles iriam vencer as nereidas más ai Alhena retornou e eu estava correto ao pensar que ele voltaria *-*. Simplesmente ele foi fantástico subjugou as duas de forma rápida deixando o combate a seu parecer.

 

 

Analise Capitulo 24

Alhena está conduzindo o combate do jeito que ele quer ele simplesmente está fazendo o que quer, sua sandice me conquistou gostei muito de alhena e de seu jeito. Voltando ao combate eu pensei que ferusa mataria sua irmã más não... deixou-se ser morta para não acabar com a vida de sua irmã. Dinamene não teria chances de derrotar alhena... era claro que o cavaleiro negro sairia vencedor desse combate. Indru me impressionou ao derrotar os dois cavaleiros negros de forma rápida. Libania praticamente salvou a vida de Indru ao aparecer no campo de batalha e fazer com que Alhena adormece-se eu acho que alhena tem uma pequena queda pela amazona dourada. Propus novamente usando seu dom e irritando a todos (isso é normal já, chega até ser hilário as vezes kkk ). Libania levou consigo o alhena uma atitude muito boa acho que ela irá mudar os pensamentos macabro de seu amigo.

 

 

Analise Capitulo 25

Capitulo morno sem muitas ações... Poseidon teme uma revolta de seus habitantes talvez ele esteja certo de que haja uma possível revolta!Febo e Galateia.. Foi legal o clima entre eles e acho que tu poderias trabalhar mais neles seria interessante ver eles trabalhando junto.

 

Finalmente em dia com seus capítulos :D

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Analise Capitulo 23

Mais duas nereida apareceu nesse capitulo, ferusa e Dinamene. O propus como sempre tirando todos do serio. Gostei do novo personagem introduzido no capitulo Indru de Compasso! Agora falando do combate os atenienses foram dominados pelos seus oponentes e foram salvos pelos cavaleiros negros, que por sinal travaram um combate interessante. Acreditei que eles iriam vencer as nereidas más ai Alhena retornou e eu estava correto ao pensar que ele voltaria *-*. Simplesmente ele foi fantástico subjugou as duas de forma rápida deixando o combate a seu parecer.

 

 

Analise Capitulo 24

Alhena está conduzindo o combate do jeito que ele quer ele simplesmente está fazendo o que quer, sua sandice me conquistou gostei muito de alhena e de seu jeito. Voltando ao combate eu pensei que ferusa mataria sua irmã más não... deixou-se ser morta para não acabar com a vida de sua irmã. Dinamene não teria chances de derrotar alhena... era claro que o cavaleiro negro sairia vencedor desse combate. Indru me impressionou ao derrotar os dois cavaleiros negros de forma rápida. Libania praticamente salvou a vida de Indru ao aparecer no campo de batalha e fazer com que Alhena adormece-se eu acho que alhena tem uma pequena queda pela amazona dourada. Propus novamente usando seu dom e irritando a todos (isso é normal já, chega até ser hilário as vezes kkk ). Libania levou consigo o alhena uma atitude muito boa acho que ela irá mudar os pensamentos macabro de seu amigo.

 

 

Analise Capitulo 25

Capitulo morno sem muitas ações... Poseidon teme uma revolta de seus habitantes talvez ele esteja certo de que haja uma possível revolta!Febo e Galateia.. Foi legal o clima entre eles e acho que tu poderias trabalhar mais neles seria interessante ver eles trabalhando junto.

 

Finalmente em dia com seus capítulos :D

 

Olá Kardia, quanto tempo, mas agora és o único em dia. kkkk

 

 

Que bom que gostaste de Indru e Alhena, bem como os combates. Era meio certo que Alhena voltaria, já que o mesmo havia escapado da Ilha da Rainha da Morte com o fim de Tamuz e ele não iria para o ar. kkk Alhena é extreammetne superior ás duas nereidas e pode fazer o que quisesse com elas. Já Indru apanhou, mas conseguiu vencer os cavaleiros negros ao menos, principalmente pela vantagem de controlar as armas deles.

 

 

Quanto ao capítulo 25, Poseidon não tem euma rebelião dos seus habitantes, já que Atlãntida é uma utopia e os mesmos não tem do que reclamar, ele teme uma cosnpiração de Nereu para tomá-lo o poder. Que bom que gostaste do clima, mas não dará de trabalhar muito mais, já que Galateia se matou. ;/

 

É isso então, valeu pelos comentários, pela presença e abraços

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Oi Nikos li o ultimo cap e estou aq para comenta-lo

 

O q mais se destacou neste cap foi o funeral da Imperatriz de Atlântida, toda a cena foi muito bem descrita deu para imaginar muito bem a cidade e seus habitantes. Tudo ficou bem fluido e não ficou muito cansativo. Parabéns por isso

 

A segunda parte foi focada na Galateia e na relação dela com o Febo. Vc passou muito bem toda a agustia que ela estava passando e foi comovente ver o Febo ignorando td isso porque gostava dela e não de sua beleza, pena que ela não conseguiu colocar o que sentia acima do seu orgulho, gostaria de ver os dois juntos, sempre achei que um relacionemos ajuda a humanizar os personagens. Bom mas espero que vc ainda explore esta relação mesmo com ela morta, isso ajudaria a tornar o general um personagem mais complexo

 

Só não entendi uma coisa cara, se Galateia não podia segurar nada como ela se matou, com um perfuração/ corte no peito? Quer ela não precisaria segura uma faca ou algum objeto perfuro cortante para fazer isso? Não entendi muito bem está parte

 

Parabéns pelo cap Nikos e até a prox

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Olá FImbul, seja bem vindo novamente.

Que bom que gostaste da descrição, eu pensei que talvez pudesse ficar cansativo ou algo do gênero, já que não teve nenhuma cena de ação, foi bem parada, mas não menos importante.

A beleza é tudo para as nereidas, principalmente para Galateia, é natural que ela tenha praticamente a vida psicológica arruinada quando perdeu a perfeição estética. Era muito difícil ela ceder a Febo, já que há toda a instabilidade na relação entre nereidas e generais marinas, não é só uma questão de orgulho pessoal. Fora que Galateia possui a alma imortal, enquanto Febo morre e deu. kkk

Bem, ela tem cotovelos, mas pode se matar com a própria mãod e bronze... que tal? kkkk

Então é isso? abração!

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Capítulo 7 lido...

 

Tamus trolou Nérites. Fez questão de convencê-lo a retirar a retirar o seu elmo, com isso a surpresa deve ter sido maior.

 

O deus tinha na cabeça convicto que Tamus era forte por ter acumulado cosmo durante sua longa vida, mas isso não era verdade. Era um cavaleiro normal, jovem... Apesar que não se pode dizer de alguém que cria vida ser normal.

 

Aqui eu não entendi de forma clara... O pássaro roubou a pedra de Nereu?

 

Achei legal o embate entre o GM e Ário... Mas o Capricórnio foi bem arrogante! Não concordei com a postura dele se lamentando pela morte de dois dourados, afinal enfrentaram um deus que no passado chegou a vencer a guerra sozinho.

 

Mas não se pode negar que a postura do GM é suspeita.

 

Tamuz me lembrou bastante o Shun aqui. Apesar de ele não ser do tipo piedoso com seus inimigos (Como por Exemplo, sua postura confiante contra Nérites e contra Pierce), e parecer ainda mais melancólico, ele é bem sensível, e chegou a querer dar sua vida para salvar Ras.

 

Daí o encontro com Alhena...

 

Achei curiosa a idéia do Vínculo do destino, embora ainda espere informações a respeito de como ele foi feito.

 

Alhena oscila entre seus dois "aspectos" ... (Vou chamar de aspectos porque ainda não sei a origem da dualidade) ... Aliás, é quase o tempo todo, o que faz dele um personagem caótico... KKKK... Gostei.

 

Por enquanto é só!

 

Abs.!

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Foi um capítulo surpreendente pelo seu alto teor dramático...

 

Algo assim, se bem me recordo, não havia visto ainda aqui em Atlântida o que tornou tudo uma grata surpresa.

 

Os sentimentos descritos, de tão palpáveis e bem trabalhados que foram, me fizeram imergir no drama, desencadeando um sentimento de comoção e padecimento.

 

Falo, em principal, da cena com Galateia e Febo...

 

Para mim, no que se refere ao conteúdo dramático, foi perfeito.

 

A única coisa que destoou foi que ficou meio que forçado o estado lamentável que se encontrava a Nereida pela deformidade em suas mãos causada pela técnica do Cavaleiro de Perseu.

 

Tipo, Galateia, sendo quem era, logicamente possuiria uma quantidade considerável de servos que a teriam auxiliado em suas necessidades desde as mais básicas até as supérfluas.

 

Enfim, penso eu, que algo nesse sentido deveria ter sido mostrado.

 

Ou mesmo a negação da filha de Nereu em ser auxiliada por seu séquito de subalternos por não querer que eles a vissem naquele estado tal mais ou menos foi com Febo.

 

Falando do funeral de Anfritrite...

 

Nem tanto como foi com a Nereida e o General Marina, houve uma boa dose de drama nessa passagem, e mais uma vez, o autor nos brindou com uma combinação de sentimentos que nos fizeram ser transportados para a cena onde tudo acontecia.

 

Parabéns!

 

Contudo, na minha insuportável opinião, a glória de Poseídon, Nereu e Dóris mereciam um tratamento melhor do que foi apresentado pelo autor em suas descrições dos mesmos, inclusive, faltou Nérites, por sua importância dentro da história, participar, mesmo que discretamente, da conversação entre as três divindades.

 

São detalhes, Nikos...

 

Que na minha ótica poderiam tornar tudo ainda melhor...

 

Abraços!

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Capítulo 7 lido...

 

Tamus trolou Nérites. Fez questão de convencê-lo a retirar a retirar o seu elmo, com isso a surpresa deve ter sido maior.

 

O deus tinha na cabeça convicto que Tamus era forte por ter acumulado cosmo durante sua longa vida, mas isso não era verdade. Era um cavaleiro normal, jovem... Apesar que não se pode dizer de alguém que cria vida ser normal.

 

Aqui eu não entendi de forma clara... O pássaro roubou a pedra de Nereu?

 

Achei legal o embate entre o GM e Ário... Mas o Capricórnio foi bem arrogante! Não concordei com a postura dele se lamentando pela morte de dois dourados, afinal enfrentaram um deus que no passado chegou a vencer a guerra sozinho.

 

Mas não se pode negar que a postura do GM é suspeita.

 

Tamuz me lembrou bastante o Shun aqui. Apesar de ele não ser do tipo piedoso com seus inimigos (Como por Exemplo, sua postura confiante contra Nérites e contra Pierce), e parecer ainda mais melancólico, ele é bem sensível, e chegou a querer dar sua vida para salvar Ras.

 

Daí o encontro com Alhena...

 

Achei curiosa a idéia do Vínculo do destino, embora ainda espere informações a respeito de como ele foi feito.

 

Alhena oscila entre seus dois "aspectos" ... (Vou chamar de aspectos porque ainda não sei a origem da dualidade) ... Aliás, é quase o tempo todo, o que faz dele um personagem caótico... KKKK... Gostei.

 

Por enquanto é só!

 

Abs.!

 

Olá Kagaho, que bom tê-lo aqui de novo (saudades da tua fic)

 

Tamuz também é humano, sim, e preferiu ter o gostinho da vitória sobre Nérites e revelar o plano antes. Ou seria confiança demais no pássaro que acabou de criar. Ele não é normal, é um cavaleiro com essa habilidade espetacular.

 

As pedras dee Nereu, como Nérites explicou no Capítulo 5, emitem um forte brilho quando um cavaleiro de ouro ou Atena explodem seu cosmo. Diante disso, quando esta explosão chega a um certo nível, quem tocar a pedra automaticamente se transporta para o local onde foi emitido esse cosmo. Ou seja, quando Atena de verdade nasceu, a pedra verde brilhou tanto, mas o pássaro venceu a corrida contra Nérites e foi transportado no lugar.

 

Poisé, Ário foi bem arrogante eo Grande Mestre próprio lhe aconselhou. Personalidade do próprio capricornioano. Fazer o que. Achs suspeita? Ário acha mais covarde. kkk

 

Tamuz sacrifica a vida pela amizade, principalmente Ras, que é quase um irmão para ele.

 

Alhena é o puro caos e não são só dois aspectos, kkk, é uma salada de emoções.

 

Valeu então Kagaho, te espero aqui ou em Insurrection.

 

 

Foi um capítulo surpreendente pelo seu alto teor dramático...

 

Algo assim, se bem me recordo, não havia visto ainda aqui em Atlântida o que tornou tudo uma grata surpresa.

 

Os sentimentos descritos, de tão palpáveis e bem trabalhados que foram, me fizeram imergir no drama, desencadeando um sentimento de comoção e padecimento.

 

Falo, em principal, da cena com Galateia e Febo...

 

Para mim, no que se refere ao conteúdo dramático, foi perfeito.

 

A única coisa que destoou foi que ficou meio que forçado o estado lamentável que se encontrava a Nereida pela deformidade em suas mãos causada pela técnica do Cavaleiro de Perseu.

 

Tipo, Galateia, sendo quem era, logicamente possuiria uma quantidade considerável de servos que a teriam auxiliado em suas necessidades desde as mais básicas até as supérfluas.

 

Enfim, penso eu, que algo nesse sentido deveria ter sido mostrado.

 

Ou mesmo a negação da filha de Nereu em ser auxiliada por seu séquito de subalternos por não querer que eles a vissem naquele estado tal mais ou menos foi com Febo.

 

Falando do funeral de Anfritrite...

 

Nem tanto como foi com a Nereida e o General Marina, houve uma boa dose de drama nessa passagem, e mais uma vez, o autor nos brindou com uma combinação de sentimentos que nos fizeram ser transportados para a cena onde tudo acontecia.

 

Parabéns!

 

Contudo, na minha insuportável opinião, a glória de Poseídon, Nereu e Dóris mereciam um tratamento melhor do que foi apresentado pelo autor em suas descrições dos mesmos, inclusive, faltou Nérites, por sua importância dentro da história, participar, mesmo que discretamente, da conversação entre as três divindades.

 

São detalhes, Nikos...

 

Que na minha ótica poderiam tornar tudo ainda melhor...

 

Abraços!

 

Olá Leandro, como vai?

 

Esse tom dramático se caracterizou bastante devido à própria situação. Acabaram de sair do enterro de Anfitrites, permitindo um pouco do término da ação para a abordagem desse momento mais pesado. Que bom que consegui transparecer esse drama.

 

Bem, quanto à tua afirmação, Galateia fora amaldiçoada há apenas poucos dias, se prestares bem atenção no que aconteceu em seguida: Propus partiu para Jamiel, demorou um dia ou outro, não me lembro, daí logo depois as quatro Marquesas morreram. Passou-se um dia do luto e outro do funeral! Uns tRês dias, não deu tempo de ocorrer muita coisa. Fora que Galateia não admitiria ser vista por ninugém, sejam estes qualquer membro de Atlântida.

 

Pense assim, tu te dedicaste a tua vida inteira em um negócio que lhe deu posição e status social. Ele era praticamente uma extensão do seu corpo. De repente, algo acontece e alguém lhe tira. Tu perdes toda a riqueza, entra em falência. todo mundo te conhece por ser o mais rico, não terias coragem de se mostrar de maneira diferente, derrotada. Isso foi com Galateia e com sua perfeição estética.

 

E eu poderia ter focado um pouco mais sim, faltou isso, mas é que tem muitos personagnes na fic, daí fica meio complicado tratar todos eles com todos os destaque sque mereçam. CDZ é foda nesse sentido.

 

Obrigado pelos parabéns quanto ao funeral. Nesta cena, eu quis mesmo representar as consequências da morte de Anfitrite para grande parte de Atlântida e foi uma boa maneira de inserir a população atlante.

 

É, talvez tenha faltado descrevê-los um pouco mais, mas daí poderia ficar um pouco cansativo. Nérites não tinha que participar da discussão, primeiro porque ele já havia retornado e essa não era uma discussão oficial, foi por acaso. Segundo, porque ele não teria autoridade (ele é filho de Nereu, e mesmo sendo poderosíssimo, não cabe a ele questionar ou fazer nada diante de Nereu, Dóris, ou Poseidon). Mas beleza!

 

Valeu pelos comentários Leandro e abração!

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Capítulo 25 lido.

 

Primeira Parte: destaco do modo como trabalhaste como Poseidon, foi muito soberbo e bem feito, mostrando que o deus dos mares foi sucumbido pelos sentimentos dos mortais pelas várias reencarnados que passou, afinal é uma influência grande visto o quanto passou e mesmo não deixa transparecer isso com muita facilidade.

 

O funeral da esposa dele foi muito triste e desolado, como não se bastasse ainda, Dóris adverte de uma destruição interna do seu glorioso império e parece que Poseidon não se apercebe disso.

 

Segunda Parte: Uma nova faceta de Galateia foi explorada revelando uma atitude fútil por causa da beleza, no entanto goza de uma alma imortal e tira à cara de Febo com seus argumentos divinos e furiosos.

 

Excelente capítulo, abraços mon ami.

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Capítulo 25 lido.

 

Primeira Parte: destaco do modo como trabalhaste como Poseidon, foi muito soberbo e bem feito, mostrando que o deus dos mares foi sucumbido pelos sentimentos dos mortais pelas várias reencarnados que passou, afinal é uma influência grande visto o quanto passou e mesmo não deixa transparecer isso com muita facilidade.

 

O funeral da esposa dele foi muito triste e desolado, como não se bastasse ainda, Dóris adverte de uma destruição interna do seu glorioso império e parece que Poseidon não se apercebe disso.

 

Segunda Parte: Uma nova faceta de Galateia foi explorada revelando uma atitude fútil por causa da beleza, no entanto goza de uma alma imortal e tira à cara de Febo com seus argumentos divinos e furiosos.

 

Excelente capítulo, abraços mon ami.

Oi Saint, desculpa a demora, estou meio corrido com a vida.

 

Sim, o corpo o qual Poseidon encarnou ainda é muito novo, o que não lhe deu a estabilidade divina totalmente. Porém, continua sendo um deus e isso normalmente prevalece. Dóris o alertou da maneira como ele está tratando as nereidas, mas ele acha que é sempre uma conspiração, não olhou o próprio lado. O engraçado é que toda a Atlântida vive num paraíso, ninguém tem do que reclamar, exceto... as pessoas que contribuem para o sustento do Império.

 

Galateia é imortal, mas é uma nereida e a beleza está acima de tudo para ela. Perdeu a sua principal arma, não tem mais porque viver. Se matou e obteve a beleza novamente, que permanecerá até ela reencarnar novamente. Febo morrerá e deu. kkk Imortalidade é foda!

Obrigado pelos elogios e mal pela minha ausência.

 

 

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Ficha dos Personagens: Capítulo 25

 

 

 

Anfitrite: Nereida, Imperatriz de Atlântida, faleceu com uma doença regenarativa. Defendia o máximo a boa relação entre as nereidas e os marinas.

 

Poseidon: Imperador de Atlântida, Deus imponente, que ainda guarda algumas características do humano o qual encarnou. Apesar de ter mantido o domínio por um milênio, parece sempre temer uma conspiração.

 

Nereu: Divindade oceânica aliada a Poseidon. Considerado um profeta, é o responsável pelas pedras localizadoras e pelas profecias sempre corretas a Atlântida. É a criatura com um estado divino mais pleno no Império, principalmente por ter encarnado anteriormente ao Imperador.

 

Dóris: Oceânide, esposa de Nereu. Mãe das cinquenta nereidas e de Nérites. Realizou o encerramento do funeral de sua filha, a Imperatriz Anfitrite. Se mostra indignada com o tratamento que as nereidas recebem em Atlântida.

 

Galateia: Nereida ardilosa e outrora bela. Teve sua mão amaldiçoada, impedindo-a de segurar qualquer coisa e rompendo seu equilíbrio estético. Enlouqueceu com a maldição e, por fim, após se entregar a Febo rapidamente, amaldiçoou-o por um instante e pôs fim à própria vida.

 

Febo de Dragão Marinho: General marina responsável pela interação com as nereidas. Acabou envolvido por Galateia, mas a rejeição e a humilhação o fez perder a cabeça, golpeando a ninfa covardemente.

 

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CAPÍTULO 26

Spio se encolhia diante da cachoeira que desembocava no Rio Atlas, olhando fixamente para o curso d’água com seus olhos negros e sombrios. A presença da nereida se camuflava na noite com as vestes negras que utilizava e com o capuz que lhe cobria o rosto. Por mais que um habitante forçasse a vista, não seria capaz de enxergá-la da parte inferior do morro.


Estava séria e, mais do que isso, pensativa. Por mais difícil que fosse observar a sua expressão, que se ocultava sob o capuz, era notável o grau de isolamento em que se encontrava. Parecia fixamente ligada àquela pequena manifestação fluvial, ficando estática e abaixada ao lado dela, como se aquela fosse a coisa mais importante do planeta.


Vez ou outra, mergulhava uma das mãos em meio à água gelada e erguia a cabeça. Era possível ver parte dos olhos negros emitindo um olhar distante, como se sua mente estivesse sendo transportada para os mais diferentes mundos. O silêncio contribuía ainda mais para o grau excessivo de concentração.


Um silvo, no entanto, quebrou a harmonia silenciosa, despertando Spio como um estalo para realidade. Os pequenos sons logo se intensificaram formando uma linda melodia. Diante disso, ela arregalou os olhos e sentiu coração pulsar um pouco mais aceleradamente. Sabia exatamente o que estava por vir e não acreditava que teria que repetir aquele encontro novamente.


– Então a doce Spio prefere ficar se deliciando nas águas de Atlântida ao invés de cumprir o dever. – bradou um vulto que surgia contornando o rio que emergia.


Uma pontada de ódio surgiu por entre os olhos negros da nereida ao ver aquele homem com olhos azuis brilhantes se aproximando, com um sorriso nos lábios. Não tinha mais o ar adolescente, parecendo estar deixando a juventude aos poucos. Os cabelos loiros e lisos já iam até a metade das costas. Segurava uma flauta na mão, enquanto o restante do corpo alto estava coberto por uma escama dourada.


– O que ainda está fazendo aqui, minha querida Spio? – perguntou ele com um tom irônico nos lábios. – Será que te esqueceste dos teus deveres.


– Não tenho que te dar satisfações, Íchos de Sirene. – rebateu ela com uma voz seca, se levantando rapidamente e ignorando o marina.


Ainda mantendo o ar de superioridade, Íchos segurou rapidamente o braço de Spio, impendido qualquer tentativa de fuga. Entretanto, no mesmo instante um calor lhe atingiu, fazendo-o afastar rapidamente a mão. A palma estava toda queimada, coberta por uma imensa mancha negra, que parecia ter transpassado as escamas do bracelete.


Íchos rugiu de raiva diante daquilo e mais ainda quando avistou o olhar ameaçador da nereida. Estava prestes a colocar a flauta na boca, quando recuou rapidamente, dando um largo sorriso em seguida, deixando Spio intrigada.


– Por que estás parado aí se não és uma estátua? – indagou a ninfa, tentando entender o sorriso que crescia. – Por acaso alguém roubou os teus tímpanos e não ouviste que eu não tenho que te dar satisfações?


– Estás enganada, tu me deves muitas explicações! – respondeu Íchos, tomado inteiramente pela confiança.


– O único general marina o qual eu, ou qualquer outra nereida, tem que reportar é Febo de Dragão Marinho. – explicou ela rapidamente. – Os teus miolos explodiram ou esqueceste da determinação de minha irmã Anfitrite com a retirada desta função que antes te cabia?


Íchos abaixou a cabeça e arregalou os olhos azuis, continuando a demonstrar superioridade.


– Parece que não sou eu que ando desinformado! – zombou ele, batendo palmas lentamente. – E engraçado que te aténs a uma imposição de alguém que há três dias não se encontra mais entre nós.


Ela abriu a boca horrorizada. Não conseguia entender, muito menos aceitar a indiferença com que ele falava daquela que era a tão louvada Imperatriz de Atlântida. Parecia odiar Íchos cada vez mais.


– As regras dela não pereceram, mesmo após a sua morte. – afirmou Spio, ainda com a voz seca. – Não cabe a ti julgar ou tomar as próprias conclusões. Febo foi determinado como embaixador dos dois exércitos e assim será feito até o Imperador Poseidon determinar o contrário.


– Pois foi o próprio Febo que pediu uma reconsideração do cargo que ocupava. – revelou Íchos, tendo prazer em cada palavra que dizia e mais ainda quando completou. – E, após isso, o Imperador Poseidon me indicou novamente para a função que jamais me deveria ter sido tirada.


O queixo de Spio caiu naquele instante e uma aura de ódio cresceu ainda mais no interior. As mãos tremiam, enquanto os olhos mostravam uma profunda indignação. Não conseguia acreditar em tamanho ato imprudente. Parecendo perceber todo o conflito na ninfa, Íchos lambeu os lábios e a observou, saboreando cada instante, como se aquilo representaste a maior das vitórias.


– Tal ato não me é aceito! Como o Imperador pôde cometer tamanho disparate? – rosnou ela, irritada. – E por acaso Febo enlouqueceu?


– Talvez! Após a morte de Galateia, Febo anunciou que não é capaz de lidar com as ninfas. – explicou Íchos, mexendo nos cabelos. – Ele pediu cautelosamente para não ser castigado e para ser retirado desta função antes que envergonhasse ainda mais o nome dos generais marinas. Assim, o Imperador me nomeou rapidamente, já que eu não cedo aos ímpetos das nereidas.


– O porquê da tua indiferença já é do conhecimento de toda a Atlântida, mas isto não vem ao caso. – rebateu ela, fazendo o general ranger os dentes, perdendo o ar superior pela primeira vez. – Afinal, porque atormentas tanto os meus ouvidos?


Íchos respirou fundo e passou a demonstrar uma expressão séria, retirando qualquer vestígio de ironia, ou até mesmo de nervosismo. Spio não entendeu a princípio aquela mudança de atitude. Parecia que o marina estava realmente disposto a cumprir a função que lhe fora dada, dando toda a importância necessária. A maneira inicial como ele agira deveria ter sido somente para se vangloriar da vitória parcial.


– Tu foste encarregada de proteger o Santuário. Recentemente na companhia de Actaeia. – começou ele, caminhando de um lado para o outro. – Por que então ainda estás aqui?


– A obviedade desta pergunta nem teria a necessidade de uma resposta. – resmungou Spio, cruzando os braços. – Porém, a tua mudança de atitude momentânea e a imposição de Poseidon me farão respondê-la como se deve. Eu estou aqui devido ao funeral de minha irmã Anfitrite, a Imperatriz de Atlântida.


– E que luto é esse que já demora três dias? – indagou com os olhos arregalados. – Por acaso não cogitaste a possibilidade dos cavaleiros se aproveitarem do funeral e justamente tentar recolher a armadura de Atena?


– Quanto a isto, a preocupação não deve dominar o Império. – respondeu rapidamente. – Encarreguei um grupo de enviados marinas para rodear o Santuário e proteger a estátua. Se algum cavaleiro ousar se aproximar daquela área, eu saberei imediatamente e voltarei.


Os olhos de Íchos pareciam que iam explodir após ter ouvido aquela resposta. Alguns resquícios de risadas voltaram a serem emanados pelos seus lábios, como se ela tivesse cometido a maior heresia possível. Spio olhou para aquilo intrigada, já erguendo a mão caso o general tomasse qualquer atitude.


– Que autoridade tens para ordenar marinas a tomar tais atitudes? – resmungou ele, erguendo a flauta. – Por acaso tu não te enxergas? És somente uma nereida que não tem voz alguma em Atlântida. E por isso serás castigada como se deve.


Spio apertou os dedos diante do comentário, que foi seguido por uma longa risada do marina. Indignada, ela apontou a palma da mão para Íchos, pronta para atacá-lo com toda a força. Não conseguia se perdoar por ter dado aquele voto de confiança. Afinal, o adversário continuava com a mesma imaturidade e soberba de sempre.


Dando outra risada, Íchos colocou a flauta levemente na boca. Spio tremeu os dedos antes que pudesse fazer qualquer coisa. Sabia o que viria e não suportaria receber aquele castigo novamente. A dor da sinfonia mortal já a havia atingido de forma brutal e não saberia se seu corpo aguentaria novamente.


Parecendo não ligar para isso, ele moveu os dedos rapidamente, deu o primeiro sopro e ergueu os olhos. Spio virou o rosto, pronta para receber o castigo quando se virou impressionada, Íchos estava tossindo, agitando a flauta. Nenhum som havia sido emitido.


Intrigado, ele observou o próprio artefato e seus olhos se arregalaram. Uma pequena abelha repousava na abertura externa da flauta, impedindo a saída de ar e a produção de qualquer nota musical.


Com uma manifestação cósmica rápida, a abelha explodiu, atirando Íchos ao chão e o separando da flauta, que rolou rapidamente no chão, caindo nos pés de um terceiro indivíduo que surgia no local. Também impressionada com tudo, Spio virou para o lado e seu queixo caiu ao reconhecer aquele que a salvara.


Era uma mulher, dotada de uma aparência não muito agradável aos olhos da maioria dos homens. Era baixa, com o corpo definido, o que destoava muito da estética robusta almejada na época. Dando-lhe um ar ainda mais destoante, possuía cabelos curtos, lisos e escorregadios, não passando da orelha. Os olhos eram negros, pequenos, com sobrancelhas e cílios finos. Trajava uma proteção dourada, com um grau de defesa ainda mais elevado do que o do próprio Íchos.


Intrigado, o marina a observou, com uma mistura de dúvida e de raiva. Spio a observava atônita, não sabendo o que pensar.


– O que fazes aqui… Deolinda de Scylla? – perguntou Íchos, se levantando. – O que te dá o direito de interferir na minha punição?


Deolinda o fitou rapidamente com uma expressão amargurada e entristecida, mas muito convicta. Sem dar atenção para as exigências, ela simplesmente guardou a flauta junto às próprias escamas e se aproximou de Spio, vendo se ela possuía algum ferimento. A nereida, porém, virou o rosto, aumentando ainda mais a tristeza no olhar da general.


– Viste o que fizeste, Íchos? – questionou Deolinda com uma voz grossa. – Agora a nossa relação com as nereidas está cada vez mais tortuosa. Será que não pensas em nada a não ser no teu ego?


Íchos rosnou e virou o rosto. Não parecia estar com paciência para discutir com a general naquele instante.


– Ela é apenas uma nereida e deve ser tratada como tal. – respondeu Íchos rispidamente. – Spio não está cumprindo corretamente o seu dever e deve ser punida. Porém, estou vendo que os teus sentimentos pessoais te impedem de ver a verdade como deve ser vista.


– Não é isso! – respondeu ela, com um olhar cada vez mais abatido. – Ou até seja! Mas a verdade é que eu não gosto dessas brigas e acho que não será criando atrito com as nereidas que resolveremos as coisas.


– Se elas não se colocarem no seu lugar, será assim que resolverei. – disse o marina, rindo, o que deixou tanto Spio, quanto Deolinda irritadas.


– Então resolverei as coisas do teu modo. – garantiu Deolinda, mudando a postura. – Se quiseres continuar atacando Spio, deverás me enfrentar primeiro.


– Vais por em cheque a autoridade do Imperador Poseidon? – perguntou ele.


– Não, somente findarei com tuas atitudes injustas!


Íchos colocou as mãos para frente, pronto para o combate. Deolinda agia da mesma maneira. Spio observava ambos, não sabendo como agir, ainda impressionada com toda a situação.


Sua surpresa foi ainda maior quando Íchos começou a gargalhar e, numa atitude inesperada, bateu palmas, se virou e foi em direção a porta. Deolinda abaixou os braços, aliviada, enquanto o marina caminhava para o palácio, ainda com uma expressão vitoriosa.


– Não enfrentarei uma general marina. – explicou ele, de costas para as duas. – Isso só causaria prejuízos ao Império Atlante. Mas reportarei o ocorrido ao Imperador Poseidon e espero que, ao menos, a flauta sagrada já esteja em minhas mãos quando o fizer, ou então a punição será muito maior.


Deolinda o olhou com desprezo, ao mesmo passo em que ele desaparecia da sua vista. Tranquila, ela se virou para Spio e tentou segurar-lhe o braço, que foi rispidamente retirado. O olhar da nereida parecia emitir uma dose de ódio e indignação, deixando a general mais abatida.


– Por que me tratas assim, Spio? – perguntou Deolinda, lacrimejante. – Nós duas fomos companheiras de treinamento e… mais do que isto. O que afinal aconteceu?


Spio se conteve e, pela primeira vez, o ar sombrio dava lugar a uma expressão chorosa, que misturava raiva e tristeza.


– O que aconteceu? O QUE ACONTECEU? – resmungou a nereida. – Depois do treinamento, eu fui enclausurada naquele Santuário, praticamente sozinha, vigiando Calipso, minha irmã, sem poder me revelar. Achas que eu deveria estar como? Sorrindo? Ainda mais com essa repreensão dos marinas, que não respeitam nem o luto pela minha irmã Anfitrite, a única voz ativa que nos defendia aqui em Atlântida.


Deolinda recuou. Não imaginava que a dor e a amargura de Spio fosse tão grande.


– Não trate os marinas como se fossem todos iguais a Íchos. – rebateu a general. – Eu, por exemplo, sofri muito com a tua ausência e indicação.


– Tua vida deve ter sido um martírio depois da minha saída. – ironizou Spio, o que não combinava com seu rosto. – Ficar anos no luxo de Atlântida esperando um ataque que jamais viria deve ter sido algo realmente preocupante. Não sabes a pena que eu sinto!


Spio se pôs a chorar, parecendo que ia explodir a qualquer instante. Totalmente tocada, Deolinda se aproximou, segurou o queixo dela e a olhou face a face. A nereida, por um instante, se arrependeu de tais palavras ao ver a sinceridade e o sofirmento esboçados naquele rosto que a tanto sentia falta.


– Por favor, perdoa-nos por tamanho descuido. – pediu Deolinda carinhosamente. – Eu concordo que há uma grande injustiça no Império Atlante e não sabia a que ponto ela tinha chegado. Eu prometo que moverei mundos para tentar mudar isso e… assim poder voltar a ver um sorriso nesse teu belo rosto.


Sem dizer nada, Deolinda olhou fundo naqueles olhos escuros, aproximou-se dos lábios da ninfa e os dominou com a própria boca. O silêncio tomou conta do espaço por alguns minutos, enquanto a general tomava cada vez mais a nereida nos braços. As lágrimas caíam dos olhos das duas, mas isso não parecia importar. Estavam vivendo um momento único.


De repente, Spio afastou o rosto e, rapidamente, as lágrimas secaram. Sua face voltava a ter a aparência sombria de sempre, com uma expressão fechada e decidida que deixou Deolinda impressionada. Nunca a tinha visto daquela maneira em todos os anos que a conhecia. Parecia que a solidão a havia amargurado de uma maneira irreversível.


– As tuas ações de nada adiantarão, Deolinda, por isso Spio tomará as rédeas dessa situação. – explicou a ninfa com um tom poético, afastando-se da general.


– O que pretendes fazer? – questionou a marina, novamente entristecida. – Não cometas nenhuma besteira, por favor!


– O que terá que ser feito, será feito. Só garanto que essa injustiça se findará em instantes. – respondeu a nereida, se dirigindo a porta, quando o braço de Deolinda a segurou.


– E quanto… a nós?


Spio ergueu a cabeça um pouco tocada. Parecia que sua cabeça ia explodir com o conflito que a general acabara de lhe incitar. Porém, manteve a sua postura séria e se virou, afastando o braço de Deolinda mais uma vez.


– Nós? Isso sempre representou um erro. – garantiu Spio, ainda com a voz seca. – Os lados opostos em que estamos impedem qualquer aproximação. Além disso, a imortalidade de minha alma me confere um grau diferente do teu. A vivência plena de um sentimento com uma mortal nesse instante efêmero só me causaria um sofrimento eterno que carregaria em todas as minhas próximas existências. Não posso prosseguir.


– Mas…


Antes que Deolinda pudesse dizer qualquer coisa, Spio abriu a porta e adentrou no palácio. Algumas lágrimas caíram pela face da ninfa naquele instante. Todavia, logo as enxugou e prosseguiu o caminho, percorrendo todos os corredores necessários até chegar ao aposento parcial aonde repousava.


Parecendo despertada de um sono profundo, Actaeia levantou de uma das duas camas do cômodo e deu um sorriso meigo para a irmã que acabara de adentrar. Este, por sua vez, foi completamente ofuscado pela expressão séria e fria marcante no rosto de Spio.


– Algum fato causou um aumento ainda maior na tua expressão fechada, minha irmã? – perguntou Actaeia com uma voz fina, tentando alegrá-la.


– Os nossos pesadelos se concretizaram! – começou Spio. – O retorno de Íchos de Sirene ao posto de embaixador foi confirmado. E isso veio com um ataque a mim por não estarmos no Santuário.


Actaeia repetiu a expressão horrorizada de Spio, perdendo o ar meigo no rosto. Estava indignada com tudo aquilo.


– Então a pressa é nossa guia. – comentou Actaeia, indo em direção às suas coisas. – Precisamos voltar ao Santuário antes que sejamos castigadas.


– NÃO!


– O que estás dizendo? – indagou Actaeia, incrédula.


– É o fim de tantas injustiças. – rosnou Spio, aumentando o seu cosmo incandescente. – Nenhuma nereida obedecerá mais qualquer ordem de um marina. Com o aval de todos, até o final do dia de amanhã, os filhos de Nereu estarão desligados de Atlântida!

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Li os dois capítulos, Nikos.

 

A Nereida que morreu então era a Anfitrite. Fiquei até surpreso, pois não esperava que ela morreria agora. A Matriarca dos Mares foi uma personagem que ao menos a mim, cativou em sua aparição, mostrando um lado maternal para com todos os Atlantes, sejam eles Marinas ou Nereidas, sem distinção.

 

Tivemos então apresentação de Nereu, finalmente, de Dóris, que adorei o modo como ela estava naquele funeral (ouso a dizer que foi a figura mais imponente do recinto, mal posso esperar para vê-la em ação) e do Imperador Poseidon, que apareceu também. Nérites também estava lá, mas sem um grande destaque.

 

Poseidon ainda aparenta ser imaturo, contrastando diretamente com a experiência de Nereu. Ao ler a conversa entre eles, me veio logo a ideia de uma possível rebelião ocorrer dentro de Atlântida. O Profeta dos Oceanos não parece muito satisfeito e isso se refletiu naquele diálogo.

 

E meio que alimentando minhas teorias de uma provável "guerra interna" entre os Guerreiros do Mar, no capítulo seguinte, tivemos Ichos retornando ao posto de intermediador entre Marinas e Nereidas, além de provocar uma vez mais Spio. Íchos pra mim já é tão irritante quanto Arkab. Detesto ambos.

 

Me surpreendi em ver uma General Marina mulher e de Scylla! Quando vi a abelha logo associei uma coisa com a outra. Interessante que ela e Spio tem uma relação mais "próxima" do que o normal (VELCRO, COLADORAS DE VELCRO!!!!). Gostei de ver que elas eram companheiras de treinamento e que tomaram caminhos diferentes. Uma pena que talvez elas não venham a ficar juntas. Enfim...

 

Falando de Galateia e Febo, me surpreendi em ver que a Nereida se suicidou. Mais ainda foi ver o General perdendo sua compostura pela primeira vez e dando um potente soco no rosto dela. Humanizou muito o General com isso, pois certamente é muito revoltante ser humilhado daquela forma. E como a dor foi tão grande, Febo se retirou de suas funções meio que temporariamente. Vejamos qual o destino dele...

 

Enfim, excelente gancho para o próximo capítulo, com Spio querendo quebrar o vinculo das Nereidas com os Marinas. Muito curioso para ver como isso se dará e quero muito ver uma guerra sangrenta entre eles. /sex

 

Parabéns e abraços!

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Fala Gustavo, há quanto tempo?

Aham, ela cativou a ti e a todos em Atlântida pois era o elo de ligação. Respeitava as irmãs, mas não destratava os seus outros subordinados ou qualquer um em Atlântida. Pena que ela morreu pela doença regenerativa.

Tivemos a reapresentação de Nereu, ele já havia aparecido antes, só que não tinha sido nomeado ainda. Será que te lembras um pouco??

Dóris é linda, principalmente montada em seu cavalo. Eu tirei essa imagem dela de um próprio desenho da mitologia que achei de mais ela segurar uma tocha e cavalgar.

O Imperador Poseidon também é a segunda vez que apareceu, só que a primeira nesse idade,a outra ele ainda era um bebê. Assim, dá mais ou menos de estimar quando aquele episódio aconteceu, asim espero. kkk Por essa adolescência, ele ainda é imaturo e não desperotu completamente no ser humano, por isso ainda toma atitudes questionáveis e tem esse medo de conspiração. Nereu não aparenta estar muito satisfeito, mas pelo menos se mostra com um ar de superioridade, o deus encarnou muito mais nessa era do que Poseidon, principalmente por estar mais velho. Ele está mais próximo da plenitude.

Íchos provocou Spio e ele quem está contribuindo cada vez mais para incitar a revolta particularmente de Spio. Tu viste a maneira como ele falou das nmereidas para Deolinda? Para ele, elas são meras subordinadas e eele faz de tudo para provocá-las. Cara estranho e debochado na realidade. A princípio, também não gosto muito dele.

Deolinda apareceu e confesso que na primeira versão esse relacionamente estava mais discreto, porém eu me senti preconceituoso e resolvi "escandalizar" de uma vez. kkk. Elas se davam bem, mas os própriso destinos a tornaram pessoas diferentes. Deolinda ficou triste, tomada pela saudade, enquanto Spio mergulhou numa total solidão real. Por isso, ficou tão revoltada. E ainda masi tendo que aturar deboche dos marinas.

A cena de Galateia e Febo contrastou algo semelhante à de Spio e Íchos, só que com o deboche do outro lado. Galateia preza a beleza acima de tudo e vê todos à volta (exceto a família), como objetos de seus planos. Como pessoas para servirem-na porque é inteligente é bela. Ela perdeu a beleza e enlouqueceu e ainda não sabia lidar com a atração de Febo, que não se importava com as seduções. Entrou em um conflito pois pela primeira vez ela não conseguiu comandar a situação, estava tomada pelo marina e isso, associado à quebra da beleza, a fez cometer um suicídio.

Febo se irritou mesmo com tanta humilhação. Isso nao é uma incitação à violência doméstica, o ato dele foi covarde, mas foi humano. Quanto às funções, ele retirou a principio a relação com as nereidas, será que ele terá o mesmo tratamento de Poseidon por causa disso? Íchos vem ganhando confiança porque soube lidar com elas.

Queres sangue? Que violento! kkkk


Valeu pelos comentários e nos falamos!

Abração

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Capítulo 26 lido.

 

Ichos não poupa seus esforços para humilhar e rebaixar qualquer Nereide que seja, tendo como prioridade em terminar seu trabalho interrompido contra Spio. O General de Sirene é intolerável e "racista" para com as irmãs da esposa de Poseidon, não poupa seus esforços ou palavras para rebaixá-las.

 

A Deolinda foi uma agradável na interrupção da punição dela, confesso que tinha associado a abelha ao fato do General de Scylla, esta é o oposto de Ichos e mais justa e nobre do que ele.

 

Muitos parabéns por este fantástico capítulo, abraços mon ami.

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