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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 1)


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Já imaginava que com o suicídio de Galateia, Febo fosse se desligar do convívio com as Nereidas. Só não esperava que o escolhido para o seu lugar no trato com as filhas de Nereu fosse ser justamente Íchos, que no passado mostrara-se bem problemático, e que isso no fim, desencadearia a revolta de Spio ao ponto desta declarar o desligamento seu e de suas irmãs perante Atlântida.

 

Um detalhe importante em relação à trama que ainda não mencionei, foi o caso de tanto Athena como Poseídon, lidarem com dissidências em suas hostes.

 

Essa aparente “desunião” pode ser decisiva e ainda aguardo o desenrolar da história para saber qual dos lados será mais prejudicado com isso.

 

Voltando ao capítulo...

 

Outra coisa que me surpreendeu, e que gostei muito, foi à maneira como os sentimentos de Scylla foram expostos.

 

Sua predisposição em combater Sirene, aparentemente por não concordar com seu jeito de agir, e depois, sua tentativa de reconciliação com Spio, demonstrando para esta, abertamente, seus sentimentos, tornaram toda essa parte muito bem construída.

 

A deixa final da Nereida, dizendo o “porque” de não poderem ficar juntas, não dando chance a General de argumentar, foi espetacular e refletiu bem o comportamento de Spio.

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PRÓLOGO Um vulto surgiu no horizonte e logo se revelou. Era um homem que caminhava pelas ruas lentamente, trajando um longo manto esbranquiçado, que balançava com o vento e com cada passo dado. O dia

Eu li e reli várias vezes o mesmo post e nem percebi o erro. uahsuhaushauhsua sorry, é Propos!

Como prometido, cá estou para comentar esta excelente fic! Sei que você gosta de comentar capítulo a capítulo nas outras fics, mas eu quando inicio alguma já relativamente avançada, opto por fazer u

Oi Nikos tudo bem? Desculpe a demora em comentar

 

Então gostei do cap por ele ter dado muito destaque a personalidade dos inimigos! Já faz uns dois caps que não vemos ninguém do lado de Atena, algo muito interessante e um tanto ousado. Mostra que vc teve cuidado em desenvolver bem tds os personagens da fic

 

A conversa entre Spio e Sirene foi interessante, os dois sempre ficam se atritando, sempre parece que vai ter uma luta de vida ou morte até alguém surge para atrapalhar a festaXD

 

Scylla ela ficou bem interessante, gostei de vc ter colocado uma general marinha. Mas não esperava que ia beijar uma ninfa( alias todo mundo faz isso aq né?XD, não uma critica só achei interessante). Espero que vc explore melhor o relacionamento entre as duas, afinal é o unico casal formado até agora onde ambas as partes estão vivas

 

Por fim terminamos com algo intrigante, vai começar uma rebelião das nereidas, será que os cav vão tomar parte, para poder assim aproveitar e destruir a Altlantida na confusão ou será que só vão ficar observado enquanto eles se matam(eu sei o que o Propus faria XD)

 

Bom acho que é isso Nikos meus parabéns pelo cap

E até a prox

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Capítulo 26 lido.

 

Ichos não poupa seus esforços para humilhar e rebaixar qualquer Nereide que seja, tendo como prioridade em terminar seu trabalho interrompido contra Spio. O General de Sirene é intolerável e "racista" para com as irmãs da esposa de Poseidon, não poupa seus esforços ou palavras para rebaixá-las.

 

A Deolinda foi uma agradável na interrupção da punição dela, confesso que tinha associado a abelha ao fato do General de Scylla, esta é o oposto de Ichos e mais justa e nobre do que ele.

 

Muitos parabéns por este fantástico capítulo, abraços mon ami.

 

Olá Saint!

 

 

Íchos considera as nereidas inferiores e ignora mais ou menos a estrutura do exército. Ele pensa que as nereidas vivem para servir aos marinas, quando as coisas não deveriam ser bem assim.

 

Deolinda é justamente o oposto, como falaste, não consegue entender a perseguição do companheiro com as ninfas do mar. Age protegendo-o e ignorando até certas regras de conduta.

 

Porém, Íchos, apesar disso, não quis lutar com ela, mostrando que, na realidade, ele se preocupa com o Império.

 

Obrigado pelos parabéns e nos falamos!

 

Abração

 

 

Já imaginava que com o suicídio de Galateia, Febo fosse se desligar do convívio com as Nereidas. Só não esperava que o escolhido para o seu lugar no trato com as filhas de Nereu fosse ser justamente Íchos, que no passado mostrara-se bem problemático, e que isso no fim, desencadearia a revolta de Spio ao ponto desta declarar o desligamento seu e de suas irmãs perante Atlântida.

 

Um detalhe importante em relação à trama que ainda não mencionei, foi o caso de tanto Athena como Poseídon, lidarem com dissidências em suas hostes.

 

Essa aparente “desunião” pode ser decisiva e ainda aguardo o desenrolar da história para saber qual dos lados será mais prejudicado com isso.

 

Voltando ao capítulo...

 

Outra coisa que me surpreendeu, e que gostei muito, foi à maneira como os sentimentos de Scylla foram expostos.

 

Sua predisposição em combater Sirene, aparentemente por não concordar com seu jeito de agir, e depois, sua tentativa de reconciliação com Spio, demonstrando para esta, abertamente, seus sentimentos, tornaram toda essa parte muito bem construída.

 

A deixa final da Nereida, dizendo o “porque” de não poderem ficar juntas, não dando chance a General de argumentar, foi espetacular e refletiu bem o comportamento de Spio.

 

 

Opa Leandro,

 

Íchos foi problemático, mas ele não cai nas seduções da nereida, como Spio mesmo confirmou. Talvez por isso tenha sido nomeado rapidamente. Ou possivelmente porque nenhum outro quis esse cargo.

 

Sim, os dois exércitos tem rebeldes, principalmente motivados por um descaso com a administração em si. AS nereidas pleitam uma melhor justiça na organização do exército (já que praticamente elas são destinadas às missões), enquanto Sertan e Libânia se revoltaram por cansarem de ficarem parados.

 

Que bom que gostaste desta parte, achei que o povo iria achar muito polêmico, mas que bom que a aceitação veio. Trabalhar essa cena foi, além de tudo isso, mostrando que a visão de Íchos não é unâmine.

 

E a deixa final do relacionamento foi real e inspirada em Senhor dos Anéis (kkk). As nereidas tem a alma imortal e conservam pate das lembranças de outras vidas. Seria muito sofrimento! Que bom que gostaste!

 

Valeu então e abraços!

 

 

Oi Nikos tudo bem? Desculpe a demora em comentar

 

Então gostei do cap por ele ter dado muito destaque a personalidade dos inimigos! Já faz uns dois caps que não vemos ninguém do lado de Atena, algo muito interessante e um tanto ousado. Mostra que vc teve cuidado em desenvolver bem tds os personagens da fic

 

A conversa entre Spio e Sirene foi interessante, os dois sempre ficam se atritando, sempre parece que vai ter uma luta de vida ou morte até alguém surge para atrapalhar a festaXD

 

Scylla ela ficou bem interessante, gostei de vc ter colocado uma general marinha. Mas não esperava que ia beijar uma ninfa( alias todo mundo faz isso aq né? XD, não uma critica só achei interessante). Espero que vc explore melhor o relacionamento entre as duas, afinal é o unico casal formado até agora onde ambas as partes estão vivas

 

Por fim terminamos com algo intrigante, vai começar uma rebelião das nereidas, será que os cav vão tomar parte, para poder assim aproveitar e destruir a Altlantida na confusão ou será que só vão ficar observado enquanto eles se matam(eu sei o que o Propus faria XD)

 

Bom acho que é isso Nikos meus parabéns pelo cap

E até a prox

 

Fimbl, nada, sem pressa.

 

Então, isso foi algo que eu vi que estava faltando na minha fic e resolvi trabalhar bastante, depois que eu tinha terminado tudo. Vi que faltava explicar o que acontecia mais profundamente em Atlântida.

 

Assim, vemos que, apesar da utopia que foi estabelecida, sempre tem alguém descontente, e normalemtne esse alguém é o que mais ajuda a manter a imponência do Império (Nereu, Dóris, Nereidas e Nérites).

 

Spio x íchos é um caso sério de batalha entre extremistas. Como se pode ver, algumas nereidas não são tão radicais assim, nem alguns generais. Ambos tem visões completamente diferente e quem sai prejudicado com isso... é Atlântida!

 

Acho que sempre tem que ter mulher nos exércitos, sei lá, fica muito estranho algo só de homens. Eu já errei isso em uma história que eu escrevi e realmente parece que há algo faltando.

 

Como assim todos beijam as ninfas? Só Febo, Acrux e Deolinda o fizeram... até agora! kkkk O relacionamente entre as duas dependerá de como ambas agirão. Spio se mantém extremista quanto á sua posição, fora que o fator imortalidade pode atrapalhar. Mas será que Deolinda entregará o ouro facilmente?

 

Spio incitou a rebelião! Vamos ver o que acontecerá e como os cavaleiros tomarão partidos. Propus ficaria só olhando? Ou daria um jeito de se aproveitar? kkk

 

Bem, é isso fimbul, abraços.

 

fui...

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Ficha dos Personagens: Capítulo 26

 

 

 

Spio: Nereida sombria, encarregada de proteger as armas de Atena no Santuário. Veio a Atlântida para o funeral da irmã e não retornou, provocando a ira de Íchos. Teve o confronto impedido por Deolinda, uma antiga companheira e amante, que conseguiu afastar Íchos rapidamente. Spio se entregou a ela por alguns instantes, mas logo se afastou, jurando maldições ao Império e anunciando uma rebelião.

 

Actaeia: Nereida infantil, companheira de Spio no Santuário após a morte de Calipso. Também sente-se indignada pela injustiça do exército atlante, mas teme tomar uma atitude mais drástica.

 

 

Íchos de Sirene: General marina do Atlântico Sul. Retomou o cargo de diplomata com as nereidas e parece ter satisfação em provocá-las. Quis castigar Spio por sua insubornição, quando foi impedido por Deolinda, se retirando para envitar um confronto entre generais, que, segundo ele, só prejudicaria o Império.

 

Deolinda de Scylla: General marina do Pacífico Sul. Treinou com Spio, sendo sua amante, antes de cada uma ser destinada a uma missão. É baixa, com o corpo definido, com cabelos curtos, lisos, escorregadios e negros, assim como os olhos. Quis se entregar a Spio, mas a nereida não lhe deu abertura.

 

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CAPÍTULO 27

Actaeia moveu os lábios, mas não conseguiu dizer nada. Seus olhos estavam arregalados com aquela nova situação proposta. Por mais injusta que considerava a estrutura do exército de Atlântida, provocar uma rebeldia dessa maneira só poria tudo a perder, tanto para as forças de Poseidon, quanto para as próprias nereidas. Sem o luxo e a proteção do Império, elas fatalmente estariam retornando às intempéries que sofriam na Era Mitológica, onde viviam a esmo pelos cantos do planeta.


Spio, por outro lado, estava tomada por uma convicção incomparável. Os olhos sombrios que possuía refletiam todo o ódio e a vontade de fazer alguma coisa. Actaeia percebera, durante os últimos anos de convivência, o quanto a irmã amaldiçoava os marinas e seus generais, que se isolavam em Atlântida, enquanto elas faziam todo o trabalho sujo. Concordava com ela em partes, já que compartilharam por um breve tempo a solidão no Santuário e a tristeza de ver as irmãs morrerem uma atrás da outra.


Porém, apesar disso, continuava cogitando a ideia de se rebelar contra Atlântida algo imprudente, temendo, inclusive alguma punição.


– Apesar de a injustiça imperar, Atlântida é o nosso lar. Como pensas em abandoná-lo dessa maneira? – interrogou Actaeia, com uma voz meiga e infantil.


– Bem, a veracidade é que apodrecemos no Santuário, então a beira de um rio será melhor do que o lugar em que nós duas estávamos, ao menos. – rebateu Spio rapidamente.


– Todavia isso é apenas com nós duas. Seria uma injustiça pensar em privar o restante de nossas irmãs do luxo desta ilha. – argumentou Actaeia, ainda temerosa.


Spio a fitou pensativa, mas ainda com a mesma convicção. Parecia que as palavras da irmã nada arranharam seus ideais ou sua tentativa de rebeldia.


– A injustiça não está só na nossa estadia no Santuário e sim na maneira como nos tratam. – continou a nereida sombria. – Pedaços de lixo possuem mais direitos do que nós aqui. A qualquer hora, podemos ser descartadas e mandadas para uma missão impossível. Nem as quatro marquesas de Atlântida foram poupadas. Enquanto isso, os generais NÃO FAZEM NADA!


Ao emitir aquele grito, a escrivaninha de pedra que estava entre as duas camas se rachou. Actaeia passava a concordar com a cabeça com tudo o que Spio dizia. Agitava o pescoço de cima para baixo num ritmo rápido, como se tudo o que a irmã falasse fizesse todo o sentido do mundo.


– Mas nossas atitudes serão suficientes? – indagou Actaeia, tentando parecer útil. – Nossas irmãs concordarão? E nosso pai Nereu não sairá prejudicado?


– Nereu acompanhará nossa decisão se assim desejar, mas Poseidon não fará nada com ele… assim espero. – garantiu Spio, se aproximando da escrivaninha e agitando a mão para restaurá-la. – Quanto às nossas irmãs, convoca-as uma a uma para um discurso que emitirei amanhã pela manhã. Quero que todas estejam presentes, além é claro, de Nérites.


Actaeia concordou novamente com a cabeça e deixou o cômodo, um pouco agitada. Spio respirou fundo, se dirigiu à escrivaninha restaurada, apanhou uma pena e um papiro e se sentou.


Escreveu durante toda a noite e madrugada, não tirando os olhos do papiro por mais que um minuto. Revisava tudo o que havia produzido a cada instante, pensando em outra maneira de dizer, de forma a tentar convencer os irmãos de que o que estava dizendo era o certo. Media cada palavra, cada frase. Sabia que precisaria de grande trabalho para quebrar o ideal pré-existente na mente de cada uma das ninfas e de Nérites. Todavia, era certo que todos compartilhavam da mesma indignação perante as injustiças do Império. Tinha convicção que bastaria incitá-los da maneira correta, que conseguiria produzir o efeito necessário.


Quando o primeiro raio de sol penetrou na abertura superior daquele cômodo pequeno, ela largou a pena sobre o tinteiro e respirou aliviada. Releu o que havia escrito mais uma vez e, percebendo que tudo estava de acordo com o que planejara, usou sua magia para enrolar o papiro, a fim de protegê-lo.


A iluminação do sol ficara mais forte, produzindo um brilho ainda maior no seu rosto, tirando-lhe um pouco o aspecto sombrio e transparecendo uma leve alegria. Sabia que em poucos minutos, toda a responsabilidade lhe atingiria e ela teria que promover a maior cisma da história do Império Atlante.


A porta do aposento se abriu em seguida e Actaeia entrou silenciosa. Spio sorriu para ela e mais ainda ao ver seu rosto intacto. Imaginou que a irmã também havia passado a noite em claro e que o fato de sua aparência estar inalterada refletia que o seu estado de ânimo estava em plenitude.


– A notícia já é fato em todos os ouvidos dos nossos irmãos, incluindo Nérites? – perguntou Spio, olhando para ela novamente com um ar sério.


Actaeia confirmou com a cabeça, enquanto Spio se virava para arrumar a escrivaninha e apanhar o pergaminho do discurso. A ansiedade lhe tomava o corpo, mas ela sabia que teria que continuar.


– Estás preparada, minha irmã? – perguntou a ninfa sombria, recebendo um sussurro de confirmação. – Espero que todos também estarão de acordo. Se tudo correr como eu espero que seja o fim de…


Antes que pudesse concluir a frase, uma bolha de sangue foi expelida de sua boca. A dor que sentiu fora tão imensa que parecia estar a ponto de explodir. Nada, porém, fora maior que a surpresa ao virar o rosto e ver Actaeia com uma expressão revoltada, com a mão direita cravada em suas costas, bem no local do coração.


Com um movimento rápido, Actaeia retirou a mão, causando uma dor ainda maior em Spio, que se virou para a irmã, se contorcendo para tentar aliviar o sofrimento. A expressão de indignação em Actaeia era imensa, deixando a nereida sombria cada vez mais espantada. Jamais tinha pensado em vê-la daquela maneira, ainda mais com a personalidade tão meiga que possuía. Já a vira revoltada, mas jamais assim.


– Por que levantaste teus punhos contra a tua irmã? – indagou Spio, tossindo uma quantidade cada vez maior de sangue.


– Por que teus atos são claras rebeldias ao Império Atlante. – argumentou ela ainda sorrindo. – E, por causa disto, receberás a punição devida. Ou melhor… já a recebeste.


Spio se contorceu mais um pouco, tentando fulminar a irmã com todo o ódio que possuía. Porém, algo lhe chamou atenção ao olhar para baixo, deixando-a perplexa e intrigada.


– Não és a minha irmã! A sombra no chão reflete uma ilusão. – afirmou Spio, cada vez mais encolhida no piso. – Desfaz essa farsa agora!


A criatura rangeu os dentes, mas logo respirou satisfeita. Em seguida, seu corpo começou a transfigurar rapidamente, tomando uma forma quase que desconhecida para Spio, que não teve um contato muito próximo com ela.


Era um homem dotado de grandes músculos e extrema beleza. Possuía longos cabelos loiros, grossos, indo até quase o quadril. Seus olhos verdes tinham uma tonalidade muito clara e fitavam a ninfa com certo desejo íntimo, mas nada que o fizesse perder a compostura. Trajava uma proteção dourada, que reluzia com os fios do cabelo, dando-lhe uma aparência angelical e quase intocável.


– Tua perspicácia me enoja, Spio. – elogiou ele, mudando o olhar para um tom cordial. – Não é todos os dias que descobrem o disfarce de Yuri de Lyminades.


– Como eu não me precavi para isso! – lamentou Spio, tentando se erguer, em vão. – Como soubeste de tudo e onde está Actaeia?


– A outra ninfa já recebeu a devida punição de morte pelas minhas mãos. – explicou Yuri, agora demonstrando um pouco de revolta. – Achaste então que tuas tentativas de rebeldia não iriam ser descobertas pelo Império Atlante? Nós estamos sempre a um passo à frente de vocês.


– Um passo à frente… Deolinda?


Spio arregalou os olhos, espantada. Não poderia imaginar que Deolinda pudesse sequer erguer a voz para revelar qualquer coisa contra ela. Não conseguiria suportar tamanha traição, mas não via outra possibilidade.


Então, como um estalo, uma grande fúria e mágoa tomou-lhe conta e ela saltou para cima de Yuri, pronta para arrasá-lo com sua magia sombria. Este, por sua vez, simplesmente apontou os braços para frente e exclamou:


– AURORA AUSTRAL!


Um espetáculo luminoso cortou o teto acima deles e Yuri lançou um tufo de ar congelante, rodeado por cristais de gelo. Com o corpo debilitado, Spio recebeu o golpe em cheio, sendo afetada pela rajada de frio e por uma corrente elétrica inerente ao golpe. Seu corpo todo paralisou-se e ela caiu no chão, praticamente sem vida.


Com o trabalho feito, Yuri se virou, pronto para deixar o aposento, quando ouviu um sussurro:


– Deolinda… por quê?


Lágrimas caíram dos olhos de Spio, deixando Yuri impressionado. Não imaginava a ligação tão forte que existia entre ela e a general de Scylla.


– Não foi Deolinda, foi Íchos. – explicou ele rapidamente, não sabendo por que tais palavras saíam de sua boca. – Ele escutou a conversa que tiveram e correu para nos avisar.


Diante de tais palavras, Spio deu um largo sorriso de alívio e virou o rosto, sem nenhum resquício de vida. Não sabendo por que havia revelado aquela informação, Yuri respirou fundo e seguiu o caminho.


Andava pelos corredores das nereidas de Atlântida e, aos poucos, sua forma ia se modificando novamente. Os cabelos loiros escureciam, se afinavam e ondulavam, até formar um negro absoluto. Os olhos verdes perdiam a cor, tomando a mesma tonalidade dos fios. As escamas douradas também cessavam seu brilho, dando lugar a uma um pouco menos revestida, com um aspecto pedregoso, coberto por um manto escuro que se findava num capuz, pronto para ocultar parte da face.


Caminhou mais um pouco pelo interior do palácio de Atlântida até chegar num imenso hall com um lago central praticamente com o mesmo diâmetro do palácio. Estava rodeado pelos mais diferentes cristais, com diversas cores e texturas. A grama verde crescia pouco, aparentando um excessivo cuidado. Ao entorno, era possível ver dezenas de colunas e portas do castelo ao fundo, indicando o restante dos aposentos.


O parque estava rodeado por dezenas de mulheres belíssimas, com as mais diferentes aparências, e por uma única presença masculina, que parecia se destacar entre todas elas. Yuri olhou para a multidão, que parecia apreensiva e tomada pela curiosidade. Algumas damas estavam impacientes, enquanto outras pareciam amplamente distraídas.


– A reunião de todas nós nereidas só ocorre em momentos extremamente sérios. – pronunciou uma ninfa, colocando a mão na boca. – Por que nosso descanso foi rompido, dando lugar a uma fala tua, irmã Spio?


Yuri respirou fundo e manteve a mesma expressão séria e sombria que Spio emitia. Aparentemente, tudo estava correndo conforme havia esperado, já que ninguém esboçava um mínimo grau de desconfiança do disfarce.


– Nossa irmã Anfitrites encontrou seu fim, deixando o trono imperial desfalcado. – começou o marina, utilizando a voz e a tonalidade de Spio. – Por isso, é hora de todos nos unirmos cada vez mais e reforçar a força do Império Atlante.


Todos se surpreenderam com as palavras. Jamais imaginariam que o discurso iria tomar aquele tom, pois conheciam muito bem as revoltas de Spio. Yuri percebeu que estava perdendo a confiança e mudou o tom:


– Eu sei que os meus embates com outros marinas foram frequentes, principalmente com relação ao general de Sirene. – continuou ele, voltando a ter a atenção geral. – Entretanto, quando meus olhos viram o funeral da Imperatriz, o arrependimento tomou-me por completo. Devemos fazer a vontade dela e evitar as intrigas o máximo possível. E para isso, devemos cumprir as exigências impostas, para manter viva a chama da nossa irmã.


Todos se entreolharam, inclusive Nérites. Todo o discurso imposto parecia ter algum sentido. Não concordavam totalmente, mas não se atreviam a contrariá-lo. Se alguém tão radical como Spio estava pronta para servir a Atlântida em prol da vontade da Imperatriz, não haveria o porquê de tentar acabar com essa tentativa de paz.


Yuri manteve a seriedade, segurando o ímpeto de sorrir com o sucesso do seu plano. Sabia que qualquer demonstração de alegria iria de encontro com a personalidade da hospedeira e que isso poderia por tudo a perder. Se Spio havia descoberto a farsa, outras também poderiam encontrar.


– Então há uma concordância de todos? – indagou Yuri, recebendo um urro unânime em seguida, para a sua satisfação. – Portanto, informarei neste instante o Imperador Poseidon e…


Uma imensa bolha rodeou todo o corpo do general e, quase que instantaneamente, sua transfiguração se desfez. Espantadas, as nereidas o fitaram tomadas pelo ódio, prontas para castigá-lo pela tentativa de ludibriá-las.


Nérites, por sua vez, tomou a dianteira e encarou o marina com seu olho bom e ar de superioridade. Por mais altura que possuísse, Yuri se sentiu completamente intimidado por aquela presença baixa e imponente.


Sem demorar, Nérites segurou o marina pelo colarinho da roupa, estando pronto para golpeá-lo. Era nítida a ira estampada nos olhos do filho de Nereu, quase com a mesma intensidade do que a das outras nereidas. Yuri sabia que, se reagisse, sentiria apenas mais dor e, portanto, apenas deixou-se sucumbir.


Outra bolha, contudo, surgiu no braço de Nérites, arrastando-o para trás, fazendo-o libertar Yuri. Intrigados, todos olharam para a entrada do hall e se curvaram. Sua mãe Dóris os olhava imponentemente, montada no cavalo mitológico, como se ele fosse uma extensão do seu corpo. Carregava uma tocha na mão direita, parecendo pronta para usá-la a qualquer instante.


O alívio inicial de Yuri se cessou por completo, principalmente quando Dóris ergueu a mão direita fazendo duas bolhas aparecerem diante do corredor. A um estalo da ninfa mãe, elas estouraram, trazendo consigo os corpos de Spio e Actaeia, completamente arrasados.


Com outro estalo, outras dezenas de bolha surgiram e estouraram, fazendo cair cristais rosados nas mãos seus filhos. Uma brilho foi produzido por cada um, revelando a todos como foi a morte de ambas.


O ódio só crescia na face dos filhos de Nereu, deixando Yuri cada vez mais preocupado, principalmente com olhar fulminante de Dóris, que parecia cada vez menos ávida ao perdão. O general sabia que, mesmo a mãe das nereidas sendo apenas uma oceânide, isto é, filha do Titã Oceano, seus poderes superavam a qualquer outro guerreiro em Atlântida, exceto os de Nereu e Poseidon. O ar de divindade que adquiriu ao lado do marido lhe conferiu o grande poder que poderia trucidar qualquer marina em pouco tempo.


– Ludibriaste duas de minhas filhas, e ainda ousaste assassiná-las e tomar o lugar delas para impedir o curso natural das coisas? – bradou a oceânide, apontando a tocha para ele, tomada pela fúria. – Sofrerás a ira maior e terás tua existência varrida em instantes!


Com um movimento rápido, o fogo que emergia da tocha cresceu de maneira infinita e se dirigiu para o marina, pronto para incendiá-lo. Ele olhou para o lado, prestes a escapar, mas sabia que seria impossível. O ambiente estava cercado por nereidas e por Nérites e, mesmo que se esquivasse de um ataque ou outro de Dóris, não resistiria a uma ofensiva em conjunto de todos aquelas criaturas.


O fogo, no entanto, desapareceu rapidamente com um jato de água. Dóris se virou enfurecida e seu queixo caiu quando viu a presença de Poseidon com o tridente apontado, pronto para defender o servo a qualquer custo. Ao lado dele, Nereu se aproximava, parecendo analisar tudo com a mais extrema cautela e racionalidade. Dentre todos os que estavam ali, era o que mais apresentava um ar de divindade.


– Então agora deste para atacar os meus generais, Dóris? – rosnou o Imperador, apontando o tridente para a oceânide. – Sabes que qualquer um que elimine um membro do meu exército particular é fadado à pena de morte?


Dóris cambaleou um pouco com aquele olhar frio e recheado de fúria, mas manteve a postura e ergueu a tocha para o Imperador. Sabia que não teria a menor chance de aguentar uma batalha por mais que alguns minutos, mas teria que manter a postura e defender as filhas a qualquer custo. Seus olhos negros demonstravam que não temia o Deus dos Mares.


Poseidon estava prestes a lançar um ataque para fulminar Dóris, quando uma mão segurou o seu punho. A fúria tomou conta do seu âmago ao ver Nereu ao lado, lhe impedindo as ofensivas. Pensou em declarar guerra naquele instante ao Profeta dos Oceanos, quando ele próprio tomou a dianteira:


– Nessas horas é necessário cautela, Vossa Majestade. Primeiro devemos ouvir o que minha esposa Dóris tem a dizer sobre isso tudo. É claro que ela não iria nos atacar sem motivo. Vamos ao salão do trono e findar com esse assunto.


Um pouco contrariado, Poseidon abaixou o tridente, tentando esconder a fúria. Não queria enfrentar Nereu naquele instante, ainda mais dadas as circunstâncias de guerra os quais se encontravam. Seria uma perda equiparável. Dóris também não estava de acordo, mas, a contragosto, aceitou a proposta do marido e, juntamente com os dois, se dirigiram ao palácio central. Yuri vinha atrás do Imperador, tentando se proteger de alguma forma.


A caminhada durou apenas alguns minutos e, logo, os três chegaram ao local do trono, quando Poseidon se aproximou dele e se sentou, imponentemente. Nereu se portava formalmente, enquanto Dóris, já desmontada do cavalo, apenas o olhava com desdém. Yuri já os havia deixado, indo direto para o seu aposento, receoso com a possibilidade de Nérites tê-lo seguido.


– Então, por que atacaste o meu general, oceânide Dóris? – bradou Poseidon, imponentemente.


– Eu poderia dizer que foi porque ele matou duas de minhas filhas, mas tal fato não é mais necessário. – respondeu Dóris rispidamente, sem nenhuma formalidade.


– O que estás dizendo? – rosnou Poseidon irritado. – Como membra da corte de Atlântida, deves te reportar sempre a mim de todas as tuas atitudes. Eu sou o Imperador, a autoridade máxima daqui.


– A situação obriga qualquer cidadão atlante a te obedecer. – continuou ela, também imponente. – Portanto, seguindo ainda as normas que regem Atlântida, Dóris declara que ela e qualquer descendente, a partir de agora, não terão qualquer ligação com o Império.


Poseidon arregalou os olhos irritado, enquanto Nereu manteve a seriedade, ainda parecendo analisar tudo da maneira mais racional e superior possível. Dóris cruzava os braços, parecendo não temer qualquer que fosse a punição imposta pelo Imperador dos Oceanos, que apontava o tridente para ela em fúria.


– Está certo! – concordou Poseidon, mudando completamente o tom, para a surpresa de Dóris e, inclusive, de Nereu. – Quando firmei a aliança com Nereu, sempre lhe garanti esta liberdade a todos os seus descendentes. Poderia considerá-los inimigos a partir de agora, mas dados os serviços prestados durante os séculos que se passaram, não os farei.


Dóris aplaudiu a atitude nobre e, sem agradecer, virou-se rapidamente para deixar o salão. Poseidon respirava de maneira serena, com um ar divino que destoava de todas as suas atitudes a partir de agora. Nereu o observava do lado e, pela primeira vez, levantou-se para pronunciar algumas palavras sobre o assunto:


– Eu avisei Poseidon, que uma hora a bolha iria explodir. Por isso não deves zombar de minhas profecias. É melhor então reconsiderar toda a estrutura do exército, há ainda a possibilidade de tê-las de volta.


– Não! Estamos em guerra e não posso por em riscos meus generais marinas. – rebateu Poseidon calmamente. – Se elas quiserem compor o exército, deverá ser da minha maneira.


– Então não me resta escolha a não ser segui-las. – comentou Nereu. – Preciso estar sempre junto com a minha família, apesar de tudo.


– Está certo! – concordou Poseidon rapidamente.


– Deixaremos Atlântida ainda hoje, bastam apenas algumas atitudes. – concluiu Nereu também com um ar de superioridade.


No entanto, Poseidon deu um largo sorriso ao ouvir aquelas palavras. O seu cosmo crescia a cada instante, deixando Nereu intrigado.


– Deixar Atlântida? – questionou o Imperador. – Quem falou que vão deixar Atlântida?


Sem entender, Nereu se virou, pela primeira vez intrigado.


– Todas as nereidas nasceram em Atlântida, bem como Nérites, tu e Dóris. – explicou Poseidon. – É do direito de vocês permanecer aqui, inclusive no castelo se desejarem. Quanto a se desligar do exército, nada posso fazer, mas mantenho a proteção a qualquer habitante.


– Qual a diferença entre isto e atender aos desejos de Dóris? – perguntou Nereu estupefato.


– A diferença consiste na autoridade e na categoria do meu exército. – respondeu Poseidon, sem deixar Nereu convencido. – Agora te apressa e avisa as nereidas de minha decisão, antes que eu mude de ideia.


Nereu olhou fixamente para o Imperador e nada conseguiu descobrir. A aura divina emanada por ele impedia qualquer previsão nas tuas atitudes. Assim, sem dizer mais nada, o Profeta também deixou o local.


– Aparece, general do Oceano Índico, Shail de Crysaor. – ordenou Poseidon rapidamente.


Uma figura se materializou por entre as paredes, mantendo sempre um estado de meditação, com os olhos fechados. Não trajava escamas, apenas uma grande manta esbranquiçada. Era levemente moreno e desprovido de cabelo.


– Por que me trouxeste aqui, Vossa Majestade? – perguntou Shail, apenas movendo os lábios.


– Nereu acha que pode zombar de mim, mas preciso dos seus filhos aqui para manter o meu trunfo. – explicou Poseidon. – Ele pagará caro por isso e, quando a vida que ele preza encontrar um fim, as nereidas não tardarão e voltarão a me seguir.


– E o que queres que eu faça?


A imagem do salão do trono logo diminuiu de tamanho até preencher todo um cristal rosado. Com um ar divino, uma figura olhava para aquela rocha, observando toda a conversa. Ao final, ela simplesmente deu um sorriso e falou consigo mesmo:


– Queres fazer um jogo, não é Poseidon? Será que conseguirás me eliminar? Pois então Nereu, o Profeta dos Oceanos, aceitará esse desafio.

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Foi mais um capítulo, se assim podemos chamá-lo, "introdutório", Nikos.

 

Acho incrível a maneira como você vem se saindo bem com relação a arcos desse tipo.

 

Merece muitos elogios essa sua performance...

 

Parabéns!

 

Falando do que aconteceu no capítulo...

 

A morte abjeta de Spio me indignou. Sério!

 

Foi só então com sua perda que percebi o quanto a personagem havia me conquistado e como sentirei sua falta.

 

(até me peguei na expectativa de que Yuri tivesse uma morte brutal por tal ignomínia, coisa que infelizmente (felizmente para ele) foi evitada por Poseídon)

 

Do meu ponto de vista a majestade envolvendo o Deus dos Mares, Nereu e Dóris ainda ficaram devendo em suas descrições dos mesmos.

 

Outra coisa, e aqui tomo a liberdade de lhe fazer uma recomendação, é que comece a mesclar pequenas tomadas com os outros dois núcleos de ação de Atlântida (me refiro aos Cavaleiros de Athena e Sertan).

 

Mesmo que modestos e curtos isso serviria para inibir uma saturação e ao mesmo tempo mostrar o que acontece "nas bandas de lá".

 

Bom...

 

Vou ficando por aqui...

 

Abraços!

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Oi Nikos como esta?

 

Li seu novo cap, foi bem interessante.

Bom primeiro temos a Spio tentando incitar uma rebelião, depois de convencer a irmã mais próxima(ou pelo menos a primeira que encontrou XD), passa a noite toda escrevendo seu discurso, só para na manhã seguinte ser morta pelo Lynandes disfarçado de nereida, algo que me surpreendeu não imaginei que vc ia matar uma personagem tão complexa e com tanto potencial(isso ta começando a parecer Game of Thornes ¬¬). Alias percebi uma coisa acho que vc não gosta de fazer casais ne? Ou pelo manter as duas partes vivas (não contar Peixes e Gemeos, pois para mim aquilo foi manipulação). Bom só quero que sabia que não tenho nada contra, só achei interessante constatar

Achei que o General foi muito honroso ao falar que não tinha sido Deolinda que contou tudo, pelo menos assim a Spio pode morrer em paz, ou pelo menos parcialmente em paz

 

O resto do cap foi cheio de reviravoltas! Adoro quando isso acontece. Bem quando eu achava que o General iria convencer a todos ou que Doris iria mata-lo ou mesmo que Poseidon iria punir Doris vc vai lá e muda tudo! Bem legal isso deixou o cap fluido. Agora vamos ver o que o Nereu vai fazer para impedir o plano de Poseidon

Será que veremos os cavs no prox? Já estou com saudade deles, não que arco exclusivo de Atlantida não esteja, muito pelo contrario na verdade, mas isso é CDZ né temos que ter cavaleiros!

 

Parabéns pelo cap

Até a prox

Editado por Fimbul
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Foi mais um capítulo, se assim podemos chamá-lo, "introdutório", Nikos.

 

Acho incrível a maneira como você vem se saindo bem com relação a arcos desse tipo.

 

Merece muitos elogios essa sua performance...

 

Parabéns!

 

Falando do que aconteceu no capítulo...

 

A morte abjeta de Spio me indignou. Sério!

 

Foi só então com sua perda que percebi o quanto a personagem havia me conquistado e como sentirei sua falta.

 

(até me peguei na expectativa de que Yuri tivesse uma morte brutal por tal ignomínia, coisa que infelizmente (felizmente para ele) foi evitada por Poseídon)

 

Do meu ponto de vista a majestade envolvendo o Deus dos Mares, Nereu e Dóris ainda ficaram devendo em suas descrições dos mesmos.

 

Outra coisa, e aqui tomo a liberdade de lhe fazer uma recomendação, é que comece a mesclar pequenas tomadas com os outros dois núcleos de ação de Atlântida (me refiro aos Cavaleiros de Athena e Sertan).

 

Mesmo que modestos e curtos isso serviria para inibir uma saturação e ao mesmo tempo mostrar o que acontece "nas bandas de lá".

 

Bom...

 

Vou ficando por aqui...

 

Abraços!

 

 

Olá Leandro,

 

 

Que bom que gostaste da abordagem desses capítulos, obrigado mesmo pelos elogios.

 

 

Quanto à Spio, se a morte te deicou tão indignado, é porque ela te cativou. Que pena mesmo que ela morreu, era um grande personagem, mas extremamente propenso a rebeliões. Para o bem do Império, Yuri fez bem em eliminá-la. kkk

 

 

Que pena que ainda não te conquistei com as descrições de Poseidon, Dóris e Nereu. Espero tentar evoluir nos próximos capítulos nesse quesito.

 

Bem, introduzir os outros talvez, é porque no jeito que eu trabalho (contos), inserir outro fato dá uma quebrada que eu não gosto na história, gosto de fazer algo redondinho, mas isso é algo para se ver também. Mas calma que os cavaleiros vão voltar. Esse foi o único conto dedicado a Atlântida até agora.

 

Valeu pelo comentário então, te espero no próximo!

 

Abração

 

 

Oi Nikos como esta?

 

Li seu novo cap, foi bem interessante.

Bom primeiro temos a Spio tentando incitar uma rebelião, depois de convencer a irmã mais próxima(ou pelo menos a primeira que encontrou XD), passa a noite toda escrevendo seu discurso, só para na manhã seguinte ser morta pelo Lynandes disfarçado de nereida, algo que me surpreendeu não imaginei que vc ia matar uma personagem tão complexa e com tanto potencial(isso ta começando a parecer Game of Thornes ¬¬). Alias percebi uma coisa acho que vc não gosta de fazer casais ne? Ou pelo manter as duas partes vivas (não contar Peixes e Gemeos, pois para mim aquilo foi manipulação). Bom só quero que sabia que não tenho nada contra, só achei interessante constatar

Achei que o General foi muito honroso ao falar que não tinha sido Deolinda que contou tudo, pelo menos assim a Spio pode morrer em paz, ou pelo menos parcialmente em paz

 

O resto do cap foi cheio de reviravoltas! Adoro quando isso acontece. Bem quando eu achava que o General iria convencer a todos ou que Doris iria mata-lo ou mesmo que Poseidon iria punir Doris vc vai lá e muda tudo! Bem legal isso deixou o cap fluido. Agora vamos ver o que o Nereu vai fazer para impedir o plano de Poseidon

Será que veremos os cavs no prox? Já estou com saudade deles, não que arco exclusivo de Atlantida não esteja, muito pelo contrario na verdade, mas isso é CDZ né temos que ter cavaleiros!

 

Parabéns pelo cap

Até a prox

 

 

Oi Fimbul,

 

Às vezes, as consequências da morte de um personagem são mais efetivas do que justamente mantê-lo vivo. quem garante que os outros irmãos iriam acompanhar Spio na rebelião? A morte a consagrou e a colocou num pedestal.

 

Destruir casais? A guerra é assim, ama-se por pouco tempo (que mal). Na real, falha minha. Ou então não. kkk Tem um casal que tá vivo até hoje. ;/

 

Yuri se cativou. Os generais não são maus, ele só quis eliminar uma "traidora", mas não que a odiasse a ponto. Só lhe deu o castigo que achava que ela merecvia. Porém, até ele se cativou.

 

Que bom que gostou do resto do capítulo. Eu também adoro reviravoltas, acho que dão um ritmo bom, fora que tira a previsibilidade.

 

Cavaleiros. Calma que é um arco de Atlântida dentre os vários de cavaleiros que tiveram. Já já eles voltam. kkk

 

Abração

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finalmente li o cap 5 meu camarada Nikos.

 

Quero deixar aqui um pedido de desculpas por ter abandonado a leitura, mas eu irei voltar =)

 

Foi um capitulo bastante longo e um pouco cansativo de se ler. O inicio morno, onde o subordinado de Poseidon apenas se gabava de suas habilidades me deixou um pouco intediado, mas o tedio foi cortado quando eles foram até o lugar onde Atena estava. E eu estava errado, a amiga do protagonista não era Atena, mas enfim, faz parte XD

 

O cavaleiro de Leão lutou bravamente, rivalizando contra um deus, mas infelizmente o diferença de porder foi ficando cada vez maior, cada vez que ele voltava parecia que ia dar, que a diferença havia sido tirada, mas logo esta era aumentada outra vez e assim foi continuando até o fim. Este capitulo incorporou muito bem o espírito de Saint Seiya.

 

No final eu finalmente pensei que iria dar, que o cavleiro de leão iria vencer, mas uma segunda vez ele foi superado e dessa vez ele foi superado e infelizmente morreu.

 

Espero que ele venha ser vingado, assim como todos que morreram pelas mãos de Nerites.

 

Forte abraço

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Oi.

 

Li o capítulo atual. Começamos com Spio e Actaeia discutindo a respeito da nova situação proposta pela Nereida sombria. Uma coisa que gostaria de perguntar e que quase sempre esqueço, é a seguinte. Os nomes das Nereidas são realmente tirados da mitologia ou são criações suas?

 

Bem, Spio estava realmente bem incomodada com as atitudes dos Generais e isso se refletia claramente em seu comportamento. Acho ela a Nereida mais bem trabalhada e a que mais gosto dentro do exército das Ninfas de Nereu e Dóris. Ela é sombria, sofre calada e quando resolveu tomar uma atitude, foi com toda a potência em busca de uma rebelião interna. Eu gostei muito disso.

 

O capítulo em si foi dela. Spio protagonizou claramente toda a primeira parte do mesmo até a sua... Morte! Cara, eu fiquei com o queixo no chão quando vi Actaeia atacando mortalmente sua irmã sem remorso. Pensei comigo mesmo que ela estava fingindo esse tempo todo e no último instante acabaria com a vida de Spio, pois considerei que ela tivesse receio de encarar de frente os Marinas. Mas surpreendentemente um novo General foi conhecido.

 

E eu já detesto ele. hahahaha

 

É estranho ver Lymnades sendo bonitão. ahsuhauhsuahsuhas Mas não vou negar que toda a tensão da cena foi muito bem construída. Não queria que Spio falecesse daquele modo, mas enfim.. Uma pena. Quero ver a reação de Ichos perante isso e principalmente a da Deolinda.

 

A cena que a Nereida alcança a paz de espírito ao perceber que a sua "namorada" não estava participando disso só coroou o quanto a participação pontual e brilhante da mesma. As outras Nereidas terão que trabalhar duro pra superá-la!

 

E por sinal, bem feito pro Yuri! Tentou se passar pela Spio e se deu mal! Queria que Nérites estraçalhasse aquele homem com toda sua força, mas o Imperador Poseidon impediu que uma tragédia ocorresse com seu batalhão pessoal. Eu acho Dóris também uma das personagens mais imponentes da fic. Quero muito vê-la em ação!

 

Depois chega Nereu e todos os comandantes de Atlântida estão presentes. Achei interessante Poseidon sentado no trono do Patriarca, realmente algo sutil, mas que tem um certo... Impacto visual diferente rs Vemos que Dóris se mostra o tempo todo como contrária a atitude do Deus dos Mares, enquanto Nereu fica bem calmo e analítico, pensando sempre antes de tomar qualquer decisão.

 

Shail de Crysaor foi o novo Marina a aparecer. E ele tem bem o estereótipo de indiano mesmo. Quero vê-lo em ação também. Mas é ai que finalmente Nereu toma uma atitude com seus poderes ainda enigmáticos. Será que teremos um confronto colossal entre o Profeta dos Oceanos e o Imperador dos Sete Mares?

 

Parabéns e abraços!

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finalmente li o cap 5 meu camarada Nikos.

 

Quero deixar aqui um pedido de desculpas por ter abandonado a leitura, mas eu irei voltar =)

 

Foi um capitulo bastante longo e um pouco cansativo de se ler. O inicio morno, onde o subordinado de Poseidon apenas se gabava de suas habilidades me deixou um pouco intediado, mas o tedio foi cortado quando eles foram até o lugar onde Atena estava. E eu estava errado, a amiga do protagonista não era Atena, mas enfim, faz parte XD

 

O cavaleiro de Leão lutou bravamente, rivalizando contra um deus, mas infelizmente o diferença de porder foi ficando cada vez maior, cada vez que ele voltava parecia que ia dar, que a diferença havia sido tirada, mas logo esta era aumentada outra vez e assim foi continuando até o fim. Este capitulo incorporou muito bem o espírito de Saint Seiya.

 

No final eu finalmente pensei que iria dar, que o cavleiro de leão iria vencer, mas uma segunda vez ele foi superado e dessa vez ele foi superado e infelizmente morreu.

 

Espero que ele venha ser vingado, assim como todos que morreram pelas mãos de Nerites.

 

Forte abraço

 

Olá Degel, há quanto tempo, que bom vê-lo aqui!

 

Primeiramente, obrigado pela sinceridade. O pessoal reclamou um pouco do capítulo 5 mesmo. Eu vou ser sincero, na vez que eu reli eu também achei um pouco cansativo. Falha minha! Mas acho que a partir do 7, começa pegar um ritmo melhor e mais acelerado. :D

 

Poisé, Atena não tinha nascido ainda!

 

Que bom que achsse que a luta incorporou Saint Seiya, Nérites é realmente muito podeoros. Agora vamos ver se será vingado!

 

Valeu e abração!

 

 

Oi.

 

Li o capítulo atual. Começamos com Spio e Actaeia discutindo a respeito da nova situação proposta pela Nereida sombria. Uma coisa que gostaria de perguntar e que quase sempre esqueço, é a seguinte. Os nomes das Nereidas são realmente tirados da mitologia ou são criações suas?

 

Bem, Spio estava realmente bem incomodada com as atitudes dos Generais e isso se refletia claramente em seu comportamento. Acho ela a Nereida mais bem trabalhada e a que mais gosto dentro do exército das Ninfas de Nereu e Dóris. Ela é sombria, sofre calada e quando resolveu tomar uma atitude, foi com toda a potência em busca de uma rebelião interna. Eu gostei muito disso.

 

O capítulo em si foi dela. Spio protagonizou claramente toda a primeira parte do mesmo até a sua... Morte! Cara, eu fiquei com o queixo no chão quando vi Actaeia atacando mortalmente sua irmã sem remorso. Pensei comigo mesmo que ela estava fingindo esse tempo todo e no último instante acabaria com a vida de Spio, pois considerei que ela tivesse receio de encarar de frente os Marinas. Mas surpreendentemente um novo General foi conhecido.

 

E eu já detesto ele. hahahaha

 

É estranho ver Lymnades sendo bonitão. ahsuhauhsuahsuhas Mas não vou negar que toda a tensão da cena foi muito bem construída. Não queria que Spio falecesse daquele modo, mas enfim.. Uma pena. Quero ver a reação de Ichos perante isso e principalmente a da Deolinda.

 

A cena que a Nereida alcança a paz de espírito ao perceber que a sua "namorada" não estava participando disso só coroou o quanto a participação pontual e brilhante da mesma. As outras Nereidas terão que trabalhar duro pra superá-la!

 

E por sinal, bem feito pro Yuri! Tentou se passar pela Spio e se deu mal! Queria que Nérites estraçalhasse aquele homem com toda sua força, mas o Imperador Poseidon impediu que uma tragédia ocorresse com seu batalhão pessoal. Eu acho Dóris também uma das personagens mais imponentes da fic. Quero muito vê-la em ação!

 

Depois chega Nereu e todos os comandantes de Atlântida estão presentes. Achei interessante Poseidon sentado no trono do Patriarca, realmente algo sutil, mas que tem um certo... Impacto visual diferente rs Vemos que Dóris se mostra o tempo todo como contrária a atitude do Deus dos Mares, enquanto Nereu fica bem calmo e analítico, pensando sempre antes de tomar qualquer decisão.

 

Shail de Crysaor foi o novo Marina a aparecer. E ele tem bem o estereótipo de indiano mesmo. Quero vê-lo em ação também. Mas é ai que finalmente Nereu toma uma atitude com seus poderes ainda enigmáticos. Será que teremos um confronto colossal entre o Profeta dos Oceanos e o Imperador dos Sete Mares?

 

Parabéns e abraços!

 

Olá Gustavo!

 

Então, TODOS os nomes das nereidas são das próprias nereidas da mitologia! A maioria não tem histórias, mas algumas poucas tem (Calipso, por exemplo). Daí tem aquelas que eu parto do zero, tem outras que tem alguam referência (Spio vivia numa caverna ;/)

 

Que bom que gostaste de Spio, ela realmente tem uma personalidade muito própria e marcante, muito causada pelo passado nessa vida, de reclusão, de não poder fazer nada.

 

 

Ela foi uma das protagonistas, tudo girou em torno de sua rebelião e, mesmo morta, conseguiu passar a mensagem adiante. Aliás, se não fosse a sua morte, nem sei se as nereidas se revoltariam tão facilmente. Agora, elas tiveram um espírito vingativo, que só foi afrouxado por Nereu, senão era capaz de Atlântida ir abaixo. kkk

 

Essa cena foi mesmo para surpreender, para o povo ficar pensando o que teria causado isso. Actaeia tem todo o jeitinho infantil, o que é um prenúncio para esconder uma personalidade forte, mas não foi ela a traidora mesmo. Então, Yuri apareceu. Por que odeias ele? auhuhauhau. Que preconceito. kkk Ele só quis salvar Atlântida da rebelião. klkkk

 

Eu quis realmente fugir do estereótipo do cavaleiro de Lymnades ser feioso. Eu achoq ue um rostinho bonito pode ser uma grande arma. kkk Apesar do que, a maior arma dele é não ficar com aquela aparência.

 

Quanto à tensão, que bom que foi bem construída. Agora vamos ver como Íchos e Deolinda reagem. Que bom ainda que Spio conquistou o seu coração, até na morte quando soube da inocência de Deolinda. Na próxima reencarnação, espero que não viva tão amargamente. Pena para ti que ela não gosta da fruta ;/

 

A partir do ataque a Spio, seguiu uma parte que eu gostei muito de fazer, pois ela morreu, Yuri se revelou, se transformou e... quando estava prestes a convencer as nereidas, ele foi destranfigurado por Dóris, causando a irritação de todo o panteão de Nereu. Eu também estava com vontade de fazer Nérites conferir-lhe uma morte brutal, ou até mesmo Dóris, para vignar Spio, só que Poseidon tinha que aparecer.

 

Essa cena do trio discutindo no salão do trono mostra a divergência da Tríade:

 

Nereu é mais velho que Poseidon, principalmente porque cuida do ritual de seu renascimento, por isso acabou desenvolvendo seu lado divino mais cedo, por isso pensa tão racionalmente e o próprio fato de ouvir uma ameaça de morte de Poseidon foi tratada quase como um jogo, e menos como "um ato de traição à parceria". O Imperador ainda tem grandes influências das emoções humanas, provenientes do homem o qual encarnou. Por isso sempre tem euma traição e muitas vezes se irrita. Por isso não consegue admitir que Dóris tem razão quando pleita os direitos das nereidas. Aliás, falando de Dóris, ela não é uma deusa, apesar de ser imortal. Por isso tem uma emoção tão forte e sua ligação com as filhas é marcante.

 

Ah! Que bom que achas Dóris imponente, como já falaste. Eu também imagino ela toda reluzente e divina, montada em seu cavalo mitológico, com uma tocha na mão:

 

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e6/Sea_thiasos_Doris_Glyptothek_Munich_239_front_n2.jpg

 

É então, Shail é a própria questão do... Oceano Índico. Não tem como fugir disso, principalmente se tratando da época (nem tinha como pegar Austrália)

 

 

Valeu pelo comentário Gustavo e nos falamos!

 

Abração

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Capítulo 27 lido.

 

É uma pena que duas Nereides tenham morrido no golpe traiçoeiro do Lyumunades, confesso ao ler que não tinha passado pela cabeça sequer nesta possibilidade que um infiltrador se tinha instalado no Santuário, isto foi mesmo uma grande surpresa e olha que adorei imenso.

 

Depois ele iria ao encontro das outras e tentou com sua "mestria" na tentativa de aniquilar a todas, porém foi descoberto e quase morto por meio de intervenção de Poseidon.

 

Os acordos não correram assim tão bem, mostrando que Poseidon ganhou alguma coisa com isso e ainda por cima conspira numa artimanha macabra contra um deus antigo.

 

Estou gostando destas reviravoltas e conspirações, dou-te meus sinceros parabéns por isso, mon mai.

 

Abraços.

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Olá Saint,

As duas morreram, estavam conspirando, Yuri teve que ir lá e acabar com elas para evitar um rombo que acabou acontecendo.

Não entendi a parada o inflitrador no Santuário?

Quanto a tentar aniquilar as nereidas, Yuri não pretendia, ele só queria mantê-las mais fiel a Poseidon, mas acabou sendo pego por Dóris, que esculaxou o escambau.

Que bom que gostaste das reviravoltas, eu adoro isso. Obrigado pelos parabéns e a gente se fala!

Abraços

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Ficha dos Personagens: Capítulo 27

 

 

 

Spio: Nereida sombria, indignada com a estrutura do exército atlante. Tentou organizar uma revolta, mas acabou morrendo por uma tramoia de Yuri de Lymnades.

 

Actaeia: Nereida infantil, companheira de Spio, mas acabou morta por Yuri.

 

Yuri de Lymnades: Homem musculoso, extremamente belo, com longos cabelos loiros e olhos verdes. Descobriu a tentativa de Spio de rebelião, matando ela e Actaeia. Tentou se passar pela nereida sombria para reconquistar as demais ninfas, mas foi desmascarado por Dóris. Quando estava prestes a ser liquidado, Poseidon apareceu e tomou seu partido.

 

Dóris: Oceânide, esposa de Nereu e mãe das ninfas e de Nérites. Tomou partido da filha Spio, revelando a morte dela para as demais nereidas e se desligando do Império.

 

Poseidon: Imperador de Atlântida e Deus dos Mares. Sempre parecendo temerário com uma rebelião interna, se mostrou racional e manteve as nereidas dentro do Palácio, mesmo retirando-as da obrigação de servir ao Império. Quando Nereu se afastou, chamou um de seus marinas, anunciando um atentado contra o Profeta dos Oceanos.

Nereu: Figura com o estado mais divino de Atlântida e racional. Dificilmente é levado pela emoção. Apaziguou os confrontos entre Dóris e Poseidon, mas não entendeu a atitude do Imperador. Desconfiado, ele o vigiou e descobriu a conspiração do Deus dos Mares.

 

Shail de Crysaor: General Marina moreno e sem cabelo.

 

 

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CAPÍTULO 28

Nereu não falou uma palavra de sua visão para quem quer que fosse. Dóris e os filhos estranhavam suas ações, cada vez mais atentas a cada mínimo detalhe. Não entendiam o porquê de o pai, apesar de ter sido dispensado dos serviços de administração de Atlântida, continuava passando a maior parte do tempo excluso dentro de seu observatório particular, em meio ao parque central das nereidas. Justificava ele que as previsões ajudariam a ocupar os momentos livres que teria, mas isso pouco convenceu os filhos e muito menos a esposa.


Aliás, o relacionamento entre eles estava cada vez mais distante. As nereidas e principalmente Dóris não conseguiram aceitar que Poseidon os deixara permanecer em Atlântida e muito menos que Nereu fora complacente com isso. Queriam se livrar ao máximo do vínculo que possuíam com o Imperador dos Mares e sabiam que a proximidade poderia fazê-los retornar uma hora. A insistência do Profeta dos Oceanos, atrelado ao luxo proporcionado pelo palácio imperial, contudo, foram decisivos para a permanência das mesmas.


Apesar disso, a relação com os outros habitantes do castelo, que já era tortuosa, piorou amplamente. As nereidas mal saíam dos aposentos e, quando os faziam, desviavam rapidamente quando viam um membro do exército de Poseidon. Vez ou outra, algumas conjuravam encantamentos, tentando se divertir, mas eram severamente punidas por Dóris. A oceânide insistia que, quanto menos aborrecessem os marinas, menos eles teriam motivos para acusá-las no final.


Quem parecia estar se divertindo com toda essa situação era Nereu, para aumentar ainda mais a confusão de sua família. Presenciar as inúmeras tentativas de Poseidon de tentar tirá-lo de cena discretamente lhe davam momentos de prazer imensurável. As artimanhas incluíam inclusive venenos colocados sorrateiramente na comida, que ele sabia que jamais lhe fariam efeito e até objetos seladores de energia divina produzidos por outros deuses.


– Poseidon parece que quer nos comprar com presentes. – pronunciou Dóris uma vez ao receber um belo colar de brilhantes que Nereu ordenou para ela não tocá-lo.


Todas essas tentativas inúteis faziam Nereu achar que Poseidon cada vez mais se distanciara dos padrões divinos. Ele sabia que Poseidon pretendia apenas selá-lo, ou a sua morte acabaria diretamente com os planos dele. Porém, devido às tamanhas imprudências, julgou inclusive que teria errado na escolha. Mas logo se conteve. O teste do peixe era algo que fora sempre usado e jamais resultou em um erro, não importava o que acontecesse. Somente o verdadeiro Imperador dos Mares poderia converter Thetis na sua forma verdadeira, porque, diferente das outras, ela era a única nereida cuja alma não estava ligada à dele e sim a de Poseidon.


A insistência nessas artimanhas, no entanto, logo cansaram o Profeta dos Oceanos. Prevendo todas as tentativas com antecedência, ele sabia que jamais seria atingido pelo que quer que fosse. Diante desse jogo, ele havia acentuado a vigilância em Poseidon, passando a maior parte do tempo observando-o pelo cristal rosado. Para cada passo que o Imperador dava, ele já havia preparado uma maneira de evitá-lo no mesmo instante. Com seus poderes de premonição e a vigia constante, sabia que seria impossível ser derrotado.


As falhas também pareciam ter cansado o Imperador. Após alguns meses de tentativas inúteis, elas começaram a simplesmente a desaparecer, se tornando cada vez mais escassas. Em algumas oportunidades, alguns marinas eram vistos viajando para a terra de deuses adversos, à procura de artefatos amaldiçoados. Porém, à maioria nem sequer retornava.


Os momentos de paz também pareciam ter contribuído para essa redução de tentativas. Fazia pouco mais de um ano que não houvera um único embate contra os cavaleiros de Atena. O Império percebera que, se não provocasse os soldados adversários, eles não teriam porque incomodá-los. Os únicos inconvenientes eram as destruições de algumas colônias, promovidas pela Legião de Atena, que, por algum motivo, se tornaram menos frequentes.


Quem mais se irritava com a paz era Dóris, que sabia que, por causa disso, a ausência das nereidas seria muito pouco sentida e que o protesto seria quase nulo. Não que almejasse o retorno ao Império, mas queria que houvesse um reconhecimento por parte de Poseidon, por mais que estivessem desligados de Atlântida.


– As nereidas serão valorizadas, minha querida Dóris. – murmurou Nereu, quando cruzou com ela durante uma das refeições. Era um dos poucos momentos em que se falavam durante o dia. – A própria paz indica que Poseidon está mais cauteloso… ou talvez que seu alvo mudou.


Dóris fez uma expressão confusa e, quando estava prestes a perguntar o que ele queria dizer com aquilo, Nereu se levantara da mesa e se dirigira para o observatório.


As nereidas também pareciam incomodadas com a paz e com a ausência de ações. Dóris nunca poderia imaginar, mas as almas de guerreiras das filhas demonstravam que, no interior, queriam voltar a agir. Todavia, tinha certeza que elas não cederiam, porque retornar para o exército de Atlântida seria simplesmente ignorar todas as injustiças e as mortes que aconteceram por causa das ações de Poseidon, que não parecia nem um pouco preocupado em sequer contornar ou se desculpar.


Após mais alguns meses, a vida dos marinas pouco mudou. A maioria dos generais permanecia em Atlântida, pois não havia nenhum embate contra os cavaleiros. Apenas Yuri de Lymnades havia deixado a ilha. Apesar de muitos jurarem que ele havia feito aquilo por temer encontrar com Nérites ou Dóris, Íchos de Sirene garantiu que ele se encontrava em uma missão especial.


– Yuri é um covarde, diferentemente de ti, Íchos! – disse-lhe Themisto, uma das nereidas, que, para a revelia de Dóris, adorava os marinas e fazia tudo para ficar perto deles.


– Eu não sou tão corajoso assim.– respondeu Íchos, olhando para baixo.


Themisto era a única nereida a qual Íchos não faltava com respeito, principalmente porque, segundo ele, a ninfa se colocava no lugar que lhe devia. Era extremamente bela, jovem, com cabelos loiros, longos e escorridos. Os olhos verdes agitavam cada vez que via o general, parecendo-o usar todas as armas de sedução para se aproximar dele. O marina, por sua vez, parecia jamais ter cedido um segundo sequer.


– Tens certeza que não queres aproveitar esse momento de paz para outras coisas? – perguntou-lhe novamente Themisto, envolvendo-os nos braços, falando com uma voz infantil. Mas o marina simplesmente ignorava.


– Há coisas mais importantes para se fazer. – justificou ele, beijando a mão terna dela.


Themisto fez uma careta diante de mais uma rejeição e voltou para os aposentos, pisando forte no chão como uma criança. Íchos a olhou firmemente e, por alguma razão, sentia-se amplamente ligado a ela, como se fosse uma irmã menor.


Entretanto, logo voltou a si e também se dirigiu ao destino. Estava pensativo enquanto andava por aqueles corredores belos e vistosos do palácio de Atlântida. O encontro com Themisto lhe fazia surgir a imagem constante de Spio na mente, dizendo-lhe que quase todos sabiam o porquê dele não cair nas seduções das ninfas.


“Não pode ser, Themisto continua atrás de mim”, pensou ele, continuando o caminho. Percorreu mais uns dois andares, quando, ao chegar a um corredor que parecia ser o fundo do palácio, se dirigiu a uma imensa porta de madeira com uma maçaneta brilhante. A textura e a cor destoavam das paredes, todas feitas de pedras e acinzentadas.


Abriu com cautela e se viu numa espécie de depósito, completamente brilhante, cheio de esculturas e pinturas. Olhava para cada uma das delas e, por alguma razão, sentia-se tomado pela paz. Pegou um pincel e tentou dar um retoque final em uma tela, sorrindo abertamente como uma criança.


Um quadro, no entanto, lhe chamava mais a atenção. Era um retrato, com um estilo bem atípico para a época. Representava um adolescente, com olhos negros, cabelos castanhos escuros e levemente longos. Sorria abertamente e, por alguma razão, Íchos não parava de tirar os olhos dele.


– Berílio… – começou ele meio choroso. – Por que tu partiste tão cedo? Treinamos juntos nos meus últimos anos até que eu virei um general e poucos anos depois te transformaste em comandante…


Lágrimas caíram no rosto de Íchos, que rapidamente pegou a flauta e começou a tocar uma melodia triste, assemelhando-se a um réquiem. A música parecia penetrar no retrato e, por alguns instantes, este parecia criar vida e se mover livremente. O general o olhava, tomado por um desejo de se aproximar, quando ergueu o braço, a melodia cessou, bem como a manifestação de Berílio.


Ele lamentou bruscamente e abaixou a flauta. Seu olhar parecia de uma criança entristecida, muito diferente da maneira como ele agia na frente dos outros habitantes de Atlântida.


– Malditas nereidas! – rosnava ele para si mesmo. – Eu sempre soube que vocês deveriam realizar as missões.


Íchos tremeu a mão e, como por instinto, voltou a tocar. A melodia ecoava por toda a sala e, dessa vez, não percorreu a pintura, dando-lhe vida, apenas pareceu relaxar o marina. Sua mente viajava nas próprias lembranças, se dirigindo a um ponto específico, há quase cinco anos.


Via um garoto com idade próxima de quinze anos, debruçado em um canto dos corredores de Atlântida, tomado pelas lágrimas. Nem a presença do seu eu mais jovem, se aproximando, parecia confortar aquele indivíduo.


– Faizel! – murmurava o garoto chorosamente. – Meu irmão morreu Íchos!


E deu mais um profundo choro, se atirando nos braços do Íchos jovem, chorando em seu peito. O olhar do futuro guerreiro de Sirene parecia estar tomado pela mais profunda indignação, enquanto acariciava os cabelos do companheiro.


– Te acalma, Berílio! – respondeu ele, também lamentosamente. – Em poucos dias eu serei aclamado um general marina e farei de tudo para o nosso exército parar de realizar essas missões. Nós temos as nereidas e elas que têm que se arriscar e não nós!


Berílio apertou o braço do companheiro fortemente, os dois se olharam, os lábios se aproximaram e as imagens desapareceram. A música continuava ao fundo, enquanto as lembranças corriam para um ponto adiante. O garoto já estava com uma aparência um pouco mais jovem e imponente, vestindo pela primeira vez as escamas de Serpente Marinha.


Íchos o olhava com alegria e mais ainda quando ele se aproximou, em meio a uma das arenas de Atlântida e ambos se dirigiram pelas ruas até chegar num campo aberto. Nunca havia visto Berílio tão feliz quanto naquele momento.


– Agora eu sou um comandante marina e já tenho a minha primeira missão. – comentou Berílio, deixando Íchos um pouco apreensivo. – Vou pegar os lucros das colônias de Atlântida e trazê-los. Eu sei que é uma missão simples, mas pelo menos me sentirei útil.


– Tome cuidado! – disse Íchos, segurando-lhe a mão e dando-lhe um abraço na sequência.


Não entendendo a preocupação do companheiro, Berílio lhe deu um sorriso, mexeu nos cabelos negros levemente longos e agradeceu por tudo o que Íchos lhe havia feito. A imagem então se congelou na mente do general de Sirene e começou a se dissipar rapidamente, ao mesmo passo em que a música se cessara. Fora a última vez que o general de Sirene o havia visto.


Completamente tomado pelas lágrimas, o Íchos atual largou a flauta e se dirigiu para a pintura, abraçando-a com a força, proferindo mais juras de vingança contra as ninfas do mar.

 

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Nereu passara a maior parte dos últimos dias no seu observatório, mais tempo do que o habitual. Por mais que Dóris ou suas filhas tentassem chamá-lo, ele permanecia enclausurado, respondendo sempre com uma frieza que as deixava um pouco magoadas. A ausência do pai sempre fora algo marcante, mas, frente à rebelião que as ninfas haviam estabelecidos, aquela situação não poderia estar mais imprópria.


O Profeta dos Oceanos, todavia, parecia estar alheio a todas essas coisas. Andava de um lado para o outro naquela sala grande, que aparentava ser muito maior por dentro do que por fora. Parecia uma grande biblioteca, misturada com um laboratório. Vários livros eram expostos em diversas estantes, enquanto o piso era de concreto, recheado de pedras preciosas. No chão, havia um alçapão que provavelmente seria a entrada para o salão.


Um objeto, no entanto, se destacava dentre todos. Era um grande tubo com uma lente pequena de um lado e uma gigantesca do outro, atravessando uma abertura no teto, pronto para mirar as estrelas. Não havia nada parecido no mundo atual, parecendo ser mais um utensílio de magia negra do que propriamente um artefato de um Deus.


– Chegou a hora! – proferiu Nereu rapidamente, quando um longo estrondo surgiu diante dele.


O teto do observatório rachou-se brutalmente, fazendo personificar uma criatura negra, gigantesca, formada praticamente por energia sombria. Possuía uma cabeça de cachorro, dentes avantajados em formas de garra e olhos amarelos que pareciam ignorar a divindade de Nereu. Seu corpo aparentava ser a mistura de um lobo com uma grande criatura aquática, tendo dois braços que se findavam em garras pontiagudas e uma nadadeira traseira que se estendia até o final da cauda. Possuía pernas pequenas, mas parecia ter plenos poderes para flutuar no céu.


– Como eu previa, parece que Poseidon finalmente mostrou a que veio. – proferiu Nereu, olhando aquela criatura como se não lhe fosse surpreendente. – E acabou libertando um dos meus irmãos que há muito não vejo. Há quanto tempo, Actaeus, um dos Telquines?


– Olá, irmão! – proferiu a gigantesca. – Por causa do uso de magias negras, eu e os demais Telquines fomos banidos para o Tártaro por Zeus. Mas agora retornamos para nos vingar dos deuses e do meu querido irmão que resolveu se aliar a eles.


– Não me convenceu! – bradou Nereu, sacando rapidamente o tridente e apontando para frente.


Um grande brilho foi emanado e logo o céu se desfez por completo, aparentando ser uma grande dimensão paralela, praticamente isolada de tudo. O espaço se distorcera, realizando grandes dobras. Apenas o observatório permanecia intacto com todos os objetos no mesmo local. Parecia ser a única ligação entre o mundo terreno e o local onde estavam.


Com outro agitar do tridente, uma grande proteção passou a lhe cobrir o corpo até tomá-lo quase que por completo. Apenas a face e o cabelo ficavam expostos. Grandes ombreiras prateadas em formatos curvos protegiam o braço e os ombros, enquanto o restante era tomado por um bracelete com duas camadas: uma dourada e a outra azulada, com pedras preciosas ao redor do pulso. As pernas seguiam um padrão adverso percorrendo dos pés à cintura com um tom esmeralda, sendo protegidos ambos por uma saia dourada. Quando juntos, os membros inferiores pareciam uma longa cauda de tritão. O tronco era coberto por uma extensão da saia, misturando uma grande quantidade de pedras preciosas, com uma espécie de cristal rosado no meio do peito. A testa e o cabelo estavam sob um elmo avermelhado, muito semelhante ao de Poseidon.


Actaeus olhou para aquela proteção e não se intimidou, continuava com sangue nos olhos e um instinto assassino. Nereu observava o irmão da maneira divina e imponente, como se não temesse nem um pouco aquela criatura.


– Aqui é um espaço onde só os deuses podem percorrer. – proferiu Nereu. – Mas como também és filho de Pontos, acho que herdaste alguma divindade para poder andar aqui livremente.


– Então quiseste poupar Atlântida? Pena que isso não te salvará, irmão!


Numa tentativa vã, Actaeus saltou para cima de Nereu, pronto para devorá-lo. Com um agitar rápido do tridente, uma pressão rápida foi produzida, fazendo o demônio soltar um urro de dor, recuando rapidamente. Em seguida, lançou uma grande energia brilhante, a ponto de torturar a criatura à sua frente.


Aproveitando-se do momento, Nereu flutuou serenamente, se afastando cada vez mais do observatório, até ficar de frente para o irmão demoníaco, que perdeu altura levemente em seguida. A criatura rosnava, parecendo que aquele golpe não o tinha afetado de fato. O Profeta estranhou tamanha resistência, mas logo deu um sorriso. O jogo parecia ter ficado um pouco mais interessante agora.


Diante disso, Actaeus soltou um uivo ainda maior. O som estridente parecia atingir os mais distantes pontos daquele espaço divino. Nereu manteve a postura, não demonstrando intimidação com a manifestação do irmão. Apenas se protegia com uma pequena camada defensiva, formada com outro agitar do tridente.


O uivo seguiu por mais alguns segundos, quando Actaeus olhou enfurecido para o irmão e bufou. Chamas, não comuns, mas negras e destrutivas começaram a se espalhar rapidamente. A intensidade era tamanha, como se formasse uma imensa cópia de si mesmo indo em direção ao Profeta dos Oceanos.


Ainda com um ar imponente, Nereu apontou a mão direita para frente. Várias gotas de suor transpareciam na face, frentes ao imenso calor produzido por aquele ataque, mesmo à distância. Apesar disso, continuava com a mesma postura divina, sem parecer nenhum pouco abalado com aquele ataque.


– TORMENTA SAGRADA! – apontou o Profeta dos Oceanos.


Água! Todas as suas formas de manifestação pareciam ter sido produzidas por detrás de Nereu. Uma grande nuvem obscura surgiu em meio aquele espaço vazio, lançando uma tempestade gigantesca. Uma grande quantidade de vapor se condensava, atingindo Actaeus por baixo, enquanto uma onda avassaladora percorreu o caminho, engolindo completamente as chamas e atingindo o Telquine.


Nereu deu um leve sorriso, que se dissipou em seguida. A criatura continuava intacta diante de tal golpe, parecendo, inclusive ter se fortalecido a partir dele. Uma grande quantidade de vapor era emanada da boca dela, enquanto um ódio fulminante era percebido no olhar. O Profeta observou tudo impressionado, mas sem perder um pingo da serenidade.


Esbravejante, Actaeus deu outro salto em direção ao irmão, lançando chamas ao redor. Nereu produziu mais uma vez a barreira, arremessando-o para longe. A criatura recuou um pouco estando novamente abaixo do Deus, sem perder a compostura, quando o Profeta apontou a mão para frente e produziu um largo brilho:


– DIVINA PROFECIA!


O brilho se espalhou rapidamente, praticamente engolindo a criatura. O uivo de dor foi o maior que já produzira. A cada instante, se via em meio a maremotos, explosões, tornados e todas as manifestações naturais destrutivas que poderiam existir. O destino parecia estar sido traçado frente às catástrofes e a criatura permaneceu flutuando, quase inconsciente.


Aproveitando o momento rapidamente, Nereu girou o tridente, produziu uma grande energia ao redor dele e o arremessou para liquidar o Telquine.


Como um raio, o tridente perfurou a criatura e um grito imenso foi produzido. Actaeus se dissipou no ar, bem como todas as chamas ao redor. Nereu arregalou os olhos e seu queixo caiu ao olhar para baixo. Dóris chorava, com a arma cravada no peito.

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Esperava algo cósmico (vindo a propósito do próprio Poseídon), e não mundano, em relação a aparente imunidade do General Marina de Sirene, ante a beleza e sensualidade indescritíveis e inerentes das Nereidas.

 

Apesar de óbvio (já que o fato de Íchos ter sentimentos por outro de seu próprio sexo inibiria indubitavelmente qualquer possível atração pelo sexo oposto), e para mim, mesmo assim, foi inesperado, como já disse, achei muito bem trabalhada a situação.

 

Muito disso se deu pela inserção de uma Nereida pela qual Íchos sente algum afeto e o complemento de lembranças com Berílio.

 

Ambos deram o toque decisivo para o bom desenvolvimento do argumento.

 

Particularmente, achei bastante legal, e de agradável tom, o fato do autor mencionar, mesmo que brevemente, Spio, já que essa sabia de tudo, e na trama, anteriormente, havia declarado “saber”.

 

Só acho desmedido, em relação ao ponto de vista da “razão”, Íchos culpar veemente as Nereidas, que no seu ponto de vista, sendo elas a “ponta da lança” do exército de Atlântida, teriam perecido no lugar do seu amado Comandante. Entendo, que o ódio maior deveria ser endereçado diretamente por quem matou Berílio, mas como o “ódio” em si, assim como o próprio amor, tem seus moldes com contornos na insanidade, acabo meio que aceitando isso que foi mostrado. Só acho, como já disse, desmedido.

 

Enfim...

 

Concluindo minha opinião em relação ao capítulo...

 

O confronto de Nereu com o suposto Telquine foi também algo inesperado e surpreendente, tanto como seu desfecho.

 

E aqui, penso eu, que para a rápida assimilação do leitor quanto ao que seria um “Telquine”, faltou ao autor, inserir no próprio conteúdo da história, algo a mais em relação a essas criaturas do que ter tido que esse era filho de Pontus; ou ter dito o que eram num Apêndice no final do capítulo; mesmo para um conhecedor de mitologia o significado pode a vir escapar, eu mesmo confesso que não me lembrava do termo, e nem tenho a certeza de já tê-lo visto, e tive que parar a leitura da fic para uma breve pesquisa nesse sentido; o motivo pelo qual foram banidos por Zeus para o Tártaro — o uso de Magia Negra — também me soou bastante vago já que nós leitores — entenda eu — não sabemos o significa realmente “Magia Negra” no conteúdo de Saint Seiya mesclado ao universo de Atlântida.

 

Mais uma vez esbarramos em detalhes, Nikos...

 

Detalhes que para leitores insuportáveis como eu, são imprescindíveis.

 

Outra coisa com o qual esbarramos nesse capítulo foi sua descrição, ou a falta de sentido dela, em torno da majestade de um ser divino como Nereu.

 

Vou ser mais direto dessa vez...

 

Seu erro, na minha concepção, e aqui me desculpe à pretensão em apontá-lo, é que se serve dos mesmos parâmetros para descrever um mortal e um Deus.

 

Veja bem...

 

A descrição da vestimenta de Nereu estaria apropriada se ele fosse um Marina, agora, para um ser com sua natureza divina, deixa bastante a desejar.

 

Bom...

 

Essa foi a ultima vez que toquei nesse ponto...

 

Não desejo de forma alguma ficar sendo repetitivo e até mesmo, chato.

 

Abraços!

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Oi Nikos tudo bem ? Gostei do capitulo

 

Ele serviu basicamente para mostrar como o Nereu é, ele foi o destaque principal, se mostrando muito ardiloso e poderoso. A luta dele com o Lobo marinho foi interessante, mas um pouco simples se é que entende, foi uma simples troca de golpes.O que me surpreendeu mesmo foi o final, nunca imaginei que a fera fosse na verdade Doris, ou que a deusa estava dentro dela, não sei exatamente que aconteceu, só sei que Poseidon finalmente conseguiu enganar Nereu. Agora que ele aparentemente matou sua mulher vamos ver como ficará. To ansioso para ver a repercussões disso!

 

Qto ao resto do cap, parece que vc gosta mesmo de destruir casais né(brincs cara só te provocandoXD) este foi destruído antes mesmo de conhecermos, quer dizer Icchos gostava do Berílio,, o comandante morto por Sertan. Mas mesmo assim é estranho o general culpar as Nereidas, quer dizer, ok era a missão delas proteger as colonias, mas mesmo assim elas foram enganadas pelo cav de cancer, e não tinham como saber sobre a emboscada. Os verdadeiros culpados são os cavs na minha opinião, mas vai entender a logica do Icchos

 

Enfim acho que é isso cara

Parabéns pelo cap

E até a prox

Editado por Fimbul
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Impressionante esse capítulo!

 

Gostei demais! Começando pelas atitudes estranhas de Nereu, que parece mais misterioso e distante das suas filhas e de sua esposa Dóris. Legal que Poseidon estava tentando matá-lo das formas mais sutis possíveis, usando de venenos e artefatos divinos, mas o Profeta sempre se mostrava um passo a frente.

 

Mas me explica uma coisa. Thetis é uma Nereida? Gostei da explicação para o fato dela ser um peixe e de estar intrinsicamente ligada a Poseidon, mas estranhei ela ser uma Nereida, caso tenha entendido certo. Não sei, pra mim ela funcionaria melhor como uma Comandante Marina.

 

Íchos pelo visto nutria amor por Berílio. Tinha me esquecido que esse último era irmão de Faizel, que enfrentou Ário na Palaestra. Gosto de quando você introduz relações amorosas na fic, pois humaniza bastante os personagens, mostrando nuances que geralmente são ignoradas em Saint Seiya. O General de Sirene ser homossexual meio que explica o motivo dele nunca ceder aos encantos das Nereidas, além de ficar provocando-as quase sempre.

 

Sobre o Telquine que surgiu, eu gostei de sua inclusão no universo da fic, mas concordo que seria mais legal caso desse mais embasamento mitológico a essa criatura quando ela surgiu. Torço para que no próximo haja uma maior explicação a respeito desse ser. E concordo com o Leandro a respeito da descrição da veste de Nereu. Ficou muito bem escrita e descrita, consegui visualizar perfeitamente as peças, mas acho que faltou aquela sensação de emanar... Aquela aura típica de divindade que um traje sagrado vergado por um Deus geralmente emana.

 

De resto, o confronto foi bem mágico, com poderes pra lá e pra cá, até que a revelação final me deixou pasmo. Dóris com o tridente encravado no peito. As possibilidades são imensas e estou muito curioso para o que possa vir a seguir.

 

Abraços!

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Esperava algo cósmico (vindo a propósito do próprio Poseídon), e não mundano, em relação a aparente imunidade do General Marina de Sirene, ante a beleza e sensualidade indescritíveis e inerentes das Nereidas.

 

Apesar de óbvio (já que o fato de Íchos ter sentimentos por outro de seu próprio sexo inibiria indubitavelmente qualquer possível atração pelo sexo oposto), e para mim, mesmo assim, foi inesperado, como já disse, achei muito bem trabalhada a situação.

 

Muito disso se deu pela inserção de uma Nereida pela qual Íchos sente algum afeto e o complemento de lembranças com Berílio.

 

Ambos deram o toque decisivo para o bom desenvolvimento do argumento.

 

Particularmente, achei bastante legal, e de agradável tom, o fato do autor mencionar, mesmo que brevemente, Spio, já que essa sabia de tudo, e na trama, anteriormente, havia declarado “saber”.

 

Só acho desmedido, em relação ao ponto de vista da “razão”, Íchos culpar veemente as Nereidas, que no seu ponto de vista, sendo elas a “ponta da lança” do exército de Atlântida, teriam perecido no lugar do seu amado Comandante. Entendo, que o ódio maior deveria ser endereçado diretamente por quem matou Berílio, mas como o “ódio” em si, assim como o próprio amor, tem seus moldes com contornos na insanidade, acabo meio que aceitando isso que foi mostrado. Só acho, como já disse, desmedido.

 

Enfim...

 

Concluindo minha opinião em relação ao capítulo...

 

O confronto de Nereu com o suposto Telquine foi também algo inesperado e surpreendente, tanto como seu desfecho.

 

E aqui, penso eu, que para a rápida assimilação do leitor quanto ao que seria um “Telquine”, faltou ao autor, inserir no próprio conteúdo da história, algo a mais em relação a essas criaturas do que ter tido que esse era filho de Pontus; ou ter dito o que eram num Apêndice no final do capítulo; mesmo para um conhecedor de mitologia o significado pode a vir escapar, eu mesmo confesso que não me lembrava do termo, e nem tenho a certeza de já tê-lo visto, e tive que parar a leitura da fic para uma breve pesquisa nesse sentido; o motivo pelo qual foram banidos por Zeus para o Tártaro — o uso de Magia Negra — também me soou bastante vago já que nós leitores — entenda eu — não sabemos o significa realmente “Magia Negra” no conteúdo de Saint Seiya mesclado ao universo de Atlântida.

 

Mais uma vez esbarramos em detalhes, Nikos...

 

Detalhes que para leitores insuportáveis como eu, são imprescindíveis.

 

Outra coisa com o qual esbarramos nesse capítulo foi sua descrição, ou a falta de sentido dela, em torno da majestade de um ser divino como Nereu.

 

Vou ser mais direto dessa vez...

 

Seu erro, na minha concepção, e aqui me desculpe à pretensão em apontá-lo, é que se serve dos mesmos parâmetros para descrever um mortal e um Deus.

 

Veja bem...

 

A descrição da vestimenta de Nereu estaria apropriada se ele fosse um Marina, agora, para um ser com sua natureza divina, deixa bastante a desejar.

 

Bom...

 

Essa foi a ultima vez que toquei nesse ponto...

 

Não desejo de forma alguma ficar sendo repetitivo e até mesmo, chato.

 

Abraços!

 

Olá Leandro, tudo certo?

 

Primeiramente, já quero pedir desculpas pela falha minha em não conseguir fazer o que me pedes. Pode ser limitação minha, pois não estou conseguindo dar esse ar divindo para Nereu, Poseidon. Tentarei ao máximo superar isso e continue dando um toque para que enfim eu possa melhorar. Agradeço por essa crítica.

 

 

Que bom que gostaste da parte de Íchos, vejo que o povo tá mais mente aberta aqui. Muitos iriam achar bem polêmico (se bem qie na Grécia antiga podia tudo). Que bom que gostasse que eu mencionei Spio. Te aténs bastantes aos detalhes e à menção de outros personagens. Bem, meus personagens, mesmo depois de mortos, se tiveram alguam relevância, continuam a aparecer, serem citados.

 

 

Bem, Íchos, desde quando Faizel (o irmão mais velho de Berílio) morreu em combate, ele fez de tudo para as nereidas realizarem todas as missões, fez de tudo para que os marinas só protegessem. Sempre imaginou as nereidas como escravas e o fato de seu amado morrer realizando a missão que, segundo íchos, não deveria se dele, fez ele jogar toda a culpa nelas. Claro que isso tudo é elocubração, mas, como falasse, o ódio e o amor são muito instáveis e irracionais. Ele tinha que culpar alguém e achou o elo mais fraco.

 

Quanto aos Telquines, peço paciência. Aliás, com tudo peço paciência, às vezes o que não é explicado diretamente num capítulo pode ser explicado no próximo, ou mais tarde, dependendo de quando for exigido. Não jogo todas as explicações de uma vez, é legal ir construindo aos poucos.

 

É isso então? Valeu pelo comentário e abraços! Nesse finde termino o Gaiden da tua fic!

 

Abração

 

 

Oi Nikos tudo bem ? Gostei do capitulo

 

Ele serviu basicamente para mostrar como o Nereu é, ele foi o destaque principal, se mostrando muito ardiloso e poderoso. A luta dele com o Lobo marinho foi interessante, mas um pouco simples se é que entende, foi uma simples troca de golpes.O que me surpreendeu mesmo foi o final, nunca imaginei que a fera fosse na verdade Doris, ou que a deusa estava dentro dela, não sei exatamente que aconteceu, só sei que Poseidon finalmente conseguiu enganar Nereu. Agora que ele aparentemente matou sua mulher vamos ver como ficará. To ansioso para ver a repercussões disso!

 

Qto ao resto do cap, parece que vc gosta mesmo de destruir casais né(brincs cara só te provocandoXD) este foi destruído antes mesmo de conhecermos, quer dizer Icchos gostava do Berílio,, o comandante morto por Sertan. Mas mesmo assim é estranho o general culpar as Nereidas, quer dizer, ok era a missão delas proteger as colonias, mas mesmo assim elas foram enganadas pelo cav de cancer, e não tinham como saber sobre a emboscada. Os verdadeiros culpados são os cavs na minha opinião, mas vai entender a logica do Icchos

 

Enfim acho que é isso cara

Parabéns pelo cap

E até a prox

 

E aí Fimbul, que bom que gostaste do capítulo. Eu achava que o pessoal ia achá-lo diferente então tive medo de não gostarem.

 

Nereu foi o foco, mostrar um pouco do Profeta dos Oceanos, da divindade marinha. A luta dele contra Actaeus foi simples porque Nereu é muito superior, não tem como fugir muito disso! Ainda mais dadas as circunstâncias.

 

E, falando nas lutas, talvez sejamos bem opostos, haua. Eu sei que gostas bastante de desenvolver as batalhas, eu sou mais direto mesmo. É claro que tem umas que exigirão uma continuidade maior, um monte na realidade. Porém, eu sempre prefiro privilegiar a história do que meramente os combates. Espero que isso não te afaste.

 

Aliás, esse capítulo foi feito depois de toda a fic, ele foi inserido, bem como todo esse arco, então eu já tava meio cansado de fazer muitas lutas. Achei que tava cansativo de mais. Por isso talvez elas ficaram mais curtas e esse conto ficou bem mais na trama.

 

O final é o final, adoro surpreender e que bom que vocÊs surpreenderam. Poseidon conseguiu enganar Nereu? Será? Não sei, naõ dá de saber ainda. Vamos ver a repercursão, espero que Dóris ainda escape.

 

Adoro destruir casais, o amor que se exploda. kkkkk. Tá, to zoando. Na realidade, isso é uma guerra, as pessoas morrem, é o que eu canso de dizer. Ainda mais uma guerra santa, em que o número de sobreviventes sempre é diminuto. Mas tais certo em me provocar, talvez eu exagere. kkk. Poderia deixar os relacionamentos mais duradouros.

 

Quanto a culpar, foi o que eu falei pro Leandro. Íchos viu o "cunhado" morrer em uma missão e ele quis evitar ao máximo que isso ocorresse com Berílio, queria que as nereidas fossem no lugar dele mas não conseguiu. Ele tinha que culpar alguém. Os cavaleiros não tem porque, eles são inimigos. Ele preferiu direcionar seu ódio para quem estava mais perto, para quem poderia realmente ter evitado isso, no caso as nereidas. Mas ódio é complicado mesmo.

 

Valeu então pelos comentários Fimbul, abraços e a gente se fala

 

 

Impressionante esse capítulo!

 

Gostei demais! Começando pelas atitudes estranhas de Nereu, que parece mais misterioso e distante das suas filhas e de sua esposa Dóris. Legal que Poseidon estava tentando matá-lo das formas mais sutis possíveis, usando de venenos e artefatos divinos, mas o Profeta sempre se mostrava um passo a frente.

 

Mas me explica uma coisa. Thetis é uma Nereida? Gostei da explicação para o fato dela ser um peixe e de estar intrinsicamente ligada a Poseidon, mas estranhei ela ser uma Nereida, caso tenha entendido certo. Não sei, pra mim ela funcionaria melhor como uma Comandante Marina.

 

Íchos pelo visto nutria amor por Berílio. Tinha me esquecido que esse último era irmão de Faizel, que enfrentou Ário na Palaestra. Gosto de quando você introduz relações amorosas na fic, pois humaniza bastante os personagens, mostrando nuances que geralmente são ignoradas em Saint Seiya. O General de Sirene ser homossexual meio que explica o motivo dele nunca ceder aos encantos das Nereidas, além de ficar provocando-as quase sempre.

 

Sobre o Telquine que surgiu, eu gostei de sua inclusão no universo da fic, mas concordo que seria mais legal caso desse mais embasamento mitológico a essa criatura quando ela surgiu. Torço para que no próximo haja uma maior explicação a respeito desse ser. E concordo com o Leandro a respeito da descrição da veste de Nereu. Ficou muito bem escrita e descrita, consegui visualizar perfeitamente as peças, mas acho que faltou aquela sensação de emanar... Aquela aura típica de divindade que um traje sagrado vergado por um Deus geralmente emana.

 

De resto, o confronto foi bem mágico, com poderes pra lá e pra cá, até que a revelação final me deixou pasmo. Dóris com o tridente encravado no peito. As possibilidades são imensas e estou muito curioso para o que possa vir a seguir.

 

Abraços!

 

Olá Gustavo, estava bem apreensivo que não gostarias do capítulo por causa do final, já que te mostraste desde o começo fã da Dóris (eu também sou fã dela, kkk). Mas fiquei bem feliz que gostaste.

 

Nereu é um Deus e, como na minha visão dos deuses gregos, eles adoram esses joguinhos entre eles. Com um breve momento de paz externas e com a tirada de sua responsabilidade contra os cavaleiros, ele pode se dedicar inteiramente em vencer Poseidon. Era tipo uma miniguerra santa interna, só que só entre eles. Esse foi o pensamento de Nereu.

 

E Poseidon estava tentando se livrar dele de maneira sutil, porque se acabasse diretamente, ele não conseguiria o apoio das nereidas de volta.

 

Não te explicarei essa coisa. kkkk. Tenha paciência com Thetis que ela logo reaparecerá. Assim como as explicações sobre o Telquine.

 

Íchos nutria amor, paixão, obscessão, tudo. kkkkk. Ele praticamente pirou, como você pode ver. Até fez um "ateliê" em homenagem ao comandante. E olha que ele já quase beijou ele quando o mesmo era novinho, o clássico pederasta da Grécia antiga. kkk.

 

Bem, as relações amorosas eram bem menos acentuadas antes, eu dei uma pincelada bem maior por própria sugestão do Bizzy indiretamente, e eu acabei aceitando. E, como eu falei pro Leandro, achava que isso seria bem mais polêmico, a questão do homossexualismo, mas o pessoal tá mente aberta por aqui. kkk. Me surpreendi.

 

Quanto à falta de divindidade, é uma pena, eu me esforçarei ao máximo na próxima para tentar dar esse ar.

 

 

O confronto foi bem mágico, eu tava relendo os 7 livros do Harry Potter na época e a gente acaba pegando uma influência ou outra. Fazer o quê? kk

 

A reveleção final que ainda não foi revelada também me deixou Pasmo. O que vai acontecer? AAH! Amanhã ou Sábado provavemente teremos a resposta.

 

Abração.

 

P.S. Tu não se lembrava que Faizel era irmão de Berílio porque isso não havia sido dito ainda.

Editado por Nikos
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Ficha dos Personagens: Capítulo 28

 

 

Nereu: Divindade oceânica até então aliada a Poseidon. Quando flagrou o Imperador anunciando que iria acabar com sua vida, começou uma guerra psicológica e interna, tratando tudo como se fosse um jogo onde sempre vencia. Se afastou das filhas e da esposa apenas para se dedicar a vigiar o Deus dos Mares. Esteve diante de Actaeus, um Telquine, seu irmão, o qual derrotou facilmente. Após o seu fim, tudo desapareceu e o Profeta se surpreendeu, havia acertado Dóris.

 

Dóris: Oceânide, esposa de Nereu. Mãe das cinquenta nereidas e de Nérites. Tomou partido das filhas, pondo fim à servidão das nereidas ao Império Atlante.

 

Themisto: Nereida infantil. A única que parece se dar bem com Íchos de Sirene.

 

Íchos de Sirene: General marina do Atlântico Sul. Culpou as nereidas pela morte de Berílio, comandante de Atlântida. Após a morte dele, construiu uma espécie de santuário, dedicado apenas a obras e pinturas que ele mesmo fazia de seu amado.

 

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CAPÍTULO 29

O espanto de Nereu não foi maior do que o de Dóris. O olhar divino do Profeta dos Oceanos aos poucos se dissipava, dando lugar a uma expressão levemente humana. A oceânide lamentava, parecendo sofrer bruscamente a cada segundo que passava. A arma do marido era certamente fatal, até mesmo para uma entidade com uma resistência como a dela.


Sem perceber que a dimensão paralela desaparecia quase que instantaneamente, Nereu voou para a direção de Dóris, desfazendo-se das escamas e a segurando-a no braço. Arrancou o tridente rapidamente e conjurou algumas palavras a fim de estancar a hemorragia, mas nada parecia fazer a oceânide revitalizar. Ela respirava forte, lacrimejava sem parar e seu cosmo diminuía numa velocidade inimaginável.


Parecendo gastar as últimas energias que lhe restavam, ela ergueu a mão e acariciou o rosto do marido. Nereu abriu e fechou os olhos rapidamente, aparentemente não tocado com aquele gesto. Apenas se preocupava com o estado de saúde dela, enquanto várias coisas fervilhavam em sua mente.


– Chegou aos meus ouvidos através de Themisto… que a maldição de Zeus havia se desfeito e que teu irmão havia escapado. – revelou Dóris, com muitas dificuldades de falar. – A lógica me ateve e eu sabia que serias a primeira entidade a qual ele tentaria se vingar. Então eu parti para vir te ajudar… quando uma sombra me atacou… e eu acordei aqui.


Dóris pronunciou as últimas palavras e, no instante seguinte, uma grande luz foi emitida por toda Atlântida. No mesmo momento em que a escuridão voltou ao observatório, o cosmo divino da oceânide se extinguiu, bem como qualquer manifestação sonora ao redor. Nereu permanecia calado, olhando-a sem parar, praticamente ainda tratando-a como se estivesse viva.


O silêncio continuou e uma gota de lágrima caiu de seus olhos, quando, de repente, evaporou antes de tocar na oceânide. O cosmo de Nereu elevou-se bruscamente, de uma forma mais intensa do que havia se manifestado inclusive na batalha contra o suposto Actaeus. A sua imagem verdadeira se manifestava por detrás do corpo provisório o qual se encontrava, dando-lhe ainda mais imponência. Por fim, ergueu os olhos, estavam secos e amplamente divinos.


– Eu perdi! – rosnou Nereu com uma voz grossa, olhando para uma escrivaninha. – Desde o começo o alvo não era eu e sim Dóris, mas as tuas tentativas de me selar eram apenas modo de me distrair.


Um silêncio tomou conta por alguns segundos do observatório, quando uma voz aguda começou a soar a partir de um cristal rosado sob a escrivaninha:


– Ah! Nereu, como eu gostaria de ver a tua expressão derrotada! Pelos meus cálculos e pelo pequeno observador que havia naquela criatura das trevas, penso que já assassinaste Dóris.


Nereu deu alguns passos curtos em direção à escrivaninha de pedra e passou a observar o cristal com atenção. A imagem de Poseidon surgiu rapidamente, mantendo uma expressão séria. Estava sentado no seu trono, com o tridente em uma mão e colocando a mão nos ombros de outro guerreiro, que o Profeta reconheceu rapidamente como Shail de Chrysaor. O marina brilhou com o poder do Imperador e uma pequena esfera de energia negra começou a ser emanada à frente de Nereu.


Como se um estalo surgisse na mente, Nereu arregalou os olhos rapidamente. Parecia já ter entendido tudo o que havia acontecido.


– Sempre soubeste que eu estava te observando! – exclamou Nereu, olhando fixamente o cristal. – Por isso me davas pistas falsas, para me iludir cada vez mais. Bem que eu desconfiei que Actaeus estava fraco de mais. Era apenas um envoltório ao redor da possuída Dóris.


– Parabéns Nereu! – elogiou Poseidon, com sua voz saindo do cristal. – Graças a essa massa negra à frente, posso ouvir o que dizes, mas, como eu falei antes, é uma pena que não possa ver a tua expressão!


– Usaste teu cosmo para ampliar drasticamente o poder de criação do teu servo. – continuou Nereu. – Ao usar a imagem de Actaeus ao redor do corpo de Dóris, tu distraíste a minha atenção, pois jamais imaginei que seria falso.


Poseidon sorriu no trono, ainda segurando as costas de Shail, a fim de manter a esfera negra sobre o corpo. Nereu fitava o Imperador e não se mantinha menos atento.


– Agora, tu lavaste completamente as mãos. – constatou Nereu, abaixando as mãos. – Ao ser avisada do ataque de Actaeus, Dóris teria sido morta tentando enfrentá-lo e, se eu não sustentar essa versão e te acusar, usarás as marcas do corpo da oceânide, comprovando que fui eu que a golpeei. Ficarei sem o apoio das minhas filhas e tudo estará acabado.


– Eu venci Nereu! – concluiu o Imperador, rindo. – Agora…


Antes que pudesse ouvir o que Poseidon dissera, Nereu apontou o tridente para frente e explodiu o cristal rosado em diversos fragmentos, todos desintegrados com outro ataque. Em seguida, apontou o outro braço para cima e fez um movimento em arco, destruindo a bola de energia negra, impedindo, assim, que o Imperador pudesse ouvi-lo.


– Meus parabéns, Poseidon! – exclamou Nereu para si mesmo. – Finalmente começaste a agir como um Deus de verdade nesta era, tentando manter ao máximo o teu Império, pensando de forma fria e calculista. Parece que me enganei ao julgar que teu lado humano continuava forte. Porém, não cederei aos teus joguinhos. Mesmo sem Dóris, não moverei um músculo para convencer as nereidas a voltarem a servi-lo. E, diante deste novo estado divino em que te encontras, eu também tomarei as precauções. Se tentares te livrar de mim, quem será excomungado serás tu.


Sem dizer mais nada, Nereu atenuou o cosmo divino, se abaixou para pegar Dóris e ambos desceram pelo alçapão.

 

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A morte da oceânide teve uma repercussão por toda Atlântida, só não maior do que a de Anfitrite. Não havia outro assunto na cidade e todos lamentavam profundamente a perda de mais uma entidade no seio do Império. Comentavam sobre a invasão de Actaeus, como Themisto havia divulgado, e imaginavam das mais diferentes formas, como o demônio marinho poderia ter assassinado Dóris.


Nereu, por sua vez, parecia ter sido o grande herói da batalha. A história de que o Profeta dos Oceanos lutara ferozmente para aniquilar com o invasor se espalhou em um instante, tornando-o uma figura ainda mais admirada em Atlântida. Contavam as lendas de que ele mostrara seus grandes poderes, afim de salvar Dóris no último instante, mas que não conseguiu chegar a tempo de impedir a morte da esposa.


Ele tinha certeza que foram os próprios subordinados de Poseidon que geraram o boato, a fim de fazê-lo ficar cada vez mais ligado a Atlântida e retornar logo ao posto que ocupava. Todavia, não quis agir para ofuscar. Achava que essa versão seria a suficiente para convencer as filhas e impedi-lo de dar-lhes qualquer explicação sobre o ocorrido.


O funeral de Dóris foi extremamente semelhante ao de Anfitrite, exceto, naturalmente, a parte com que a oceânide utilizava-se das bolhas. A magia de alguma das nereidas foi o bastante para produzir um espetáculo parecido, não tão belo quanto o do da Imperatriz, mas suficientemente agradável. Poseidon havia se dedicado em todo o dia anterior para promover o evento da melhor forma possível. Anunciava que, mesmo separados, essa não seria a hora de manter os ressentimentos e que a posição que Dóris um dia ocupou lhe dera o direito de receber uma solenidade de grande nível.


– Antes do meu domínio e de Nereu, havia duas entidades marinhas que governavam o elemento: Pontos e Oceano. – proferiu Poseidon para todos, logo após o corpo de Dóris se esvair em meio ao Rio Atlas. – Pontos era o Deus-Primordial, praticamente meu antecessor. De sua união com Gaia, surgiu o grande Nereu, nosso aliado e regente de Atlântida, com poderes e feitiçarias implacáveis, cujo futuro é praticamente um livro aberto.


O povo de Atlântida aplaudiu o Imperador, enquanto Nereu e as nereidas apenas mantiveram uma postura distante. Não se encontravam ao lado de Poseidon, mas ao canto. Não queriam desrespeitar Dóris com pequenas rivalidades.


– Já Oceano representava toda a massa de água salgada. Era praticamente uma entidade móvel e onipresente. – continuou o Imperador, erguendo o tridente para cima. – De sua união com a titã Tétis, que não é a nossa comandante marinha, nasceram as primeiras ninfas do mar, as oceânides. Dentre elas, emergiu outra figura importante de Atlântida… Nossa querida Dóris, cuja vida eterna encontrou uma pequena parada nesses dias.


Poseidon fez um breve silêncio, agitando o tridente para agitar o rio, produzindo um grande espetáculo de bolhas. Não tinha a habilidade de Dóris, mas conseguia fazer algo de encher os olhos. Nereu e as nereidas permaneceram parados e sem se impressionarem, diferentemente do restante do povo, que se debruçava em lágrimas. Os marinas faziam expressões tristes, mas nenhum parecia estar realmente sofrendo.


– Além de Nereu, Pontos teve outros filhos, dessa vez com Talassa, uma entidade marinha primordial. – declarou Poseidon, cabisbaixo. – Além do gigante Eagon, outras criaturas que deveriam ter sido esquecidas brotaram dessa união. Os nove Telquines. Inicialmente habilidosos, eles tinham uma grande capacidade cósmica, dedicada muito mais à feitiçaria. Com essa magia, conseguiam transformar as mais simples armas em algo extremante poderoso… e sagrado. Como isso! – frisou Poseidon mostrando o tridente a todos. – Porém, eles fizeram outras coisas. Produziram a foice que Chronos usou para castrar Uranos e criaram outros artefatos malignos, além de usarem a magia para fins que até os deuses abominaram. Irritado com isso, Zeus baniu todos para o Tártaro, impedindo a continuidade de suas ações maléficas.


Poseidon respirou fundo, olhou para baixo e voltou a falar:


– Porém, Actaeus, um deles, escapou do tártaro. Querendo se vingar dos deuses, ele logo quis atacar seu “irmão-perfeito”. Por um azar, acabou atacando sua esposa Dóris primeiro, pondo fim ao seu estado de vida nesta era. Para a sorte nossa, Nereu tratou de liquidar como Telquine e nos devolver a paz. Eu lamento muito a morde da nossa querida companheira e declaro um luto de dois dias em Atlântida. Ninguém deverá sair de casa em homenagem a ela.


Uma chuva de aplausos cortou o ar, no mesmo momento em que Poseidon se calara e se virava, declarando o fim do enterro e voltando para o palácio, juntamente com os marinas.


As nereidas não se comoveram com nenhuma palavra do Imperador, mas também não realizaram objeções, muito menos Nérites. Mantinham as posições de rebeldia, apesar de estarem claramente mais atenuadas do que antes. Sem a liderança de Dóris, sentiam-se menos aptas a protestarem ou fazerem qualquer coisa. Apenas permaneciam nos aposentos, esperando que um dia as exigências lhes seriam atendidas.


Quem mais estava sofrendo era Themisto, que rogara centenas de maldições a Íchos, ao flagrá-lo beijando a pintura de Berílio, poucas semanas depois da morte de Dóris. Julgou-se uma fraca para si mesmo, gritando como uma criança a cada instante, jurando que jamais olharia para um marina novamente. As irmãs tentaram acalmá-la, mas parecia ser inútil conter aquele ímpeto infantil.


Nereu, por sua vez, se aproximava ainda mais das filhas, parecendo abandonar o isolamento que havia feito nos últimos meses. Ainda mantinha o ar divino, com a mente aparentemente distante, mas a simples presença dele confortava as nereidas e Nérites, mesmo que não os desse a atenção necessária.


O ar pensativo, porém, o dominava cada vez mais e todas sabiam que não se tratava apenas da morte de Dóris. Algo realmente parecia incomodar o Profeta dos Oceanos.


Tomando coragem, uma de suas filhas se aproximou enquanto ele olhava para o lago, cochichando-lhe no ouvido:


– Algum problema tira o sorriso do nosso adorado pai?


Nereu se virou rapidamente e colocou as mãos no ombro da nereida, com um ar sereno.


– Minha adorada filha Psâmate, que bom que dentre todas, alguém resolve tomar a iniciativa de falar comigo. – começou ele. – Os últimos acontecimentos exigiram medidas drásticas. Preciso da tua ajuda.


Psâmate concordou com a cabeça, praticamente pronta para servir o pai.


– Tu deves ir atrás de um poder que finalmente nos consagrará. Será a peça final de um grande quebra-cabeça que nem mesmo Dóris jamais soube que poderia existir.

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O grande bar de Atlântida era o local mais frequentado entre os solteiros da grande Ilha. Localizava-se há duas quadras da margem direita do Rio Atlas, alguns minutos depois de ele ter desaguado da cachoeira que margeava o palácio. Era uma construção de pedra, rústica, com uma aparência externa cheia de detalhes. Por dentro, era possível ver uma grande mesa central, iluminada apenas por poucas tochas, fazendo com que a penumbra gerasse um ar misterioso e agradável.


Dezenas de guerreiros e outros homens se esbaldavam com as bebidas e cantavam as mais diversas músicas. A maioria se vangloriava de atos heroicos que teriam cometidos, bradando aos quatro cantos os seus feitos. Ninguém, exceto quem falava, acreditava nessas palavras, mas aceitavam apenas pelo prazer de se divertir. Todos pareciam amigos e nenhum demonstrava qualquer desafeto por outro.


A presença feminina, praticamente inexistente, se resumia, naquele dia, a uma mulher baixa, com o corpo definido e cabelos negros muito curtos. Nenhum dos homens parecia mostrar um interesse por ela, principalmente por destoar dos padrões de beleza almejados. Apenas a deixavam sozinha, se entupindo com mais uma dose de vinho.


Não estranhavam nem um pouco a presença dela naquele local, principalmente porque já havia sido um fato marcante nos últimos meses. Todos os dias, ela chegava mais cedo, começava a beber até de madrugada e se debruçava na mesa, tomada pelas lágrimas. Os funcionários do bar não se arriscavam a perguntar nada ou a incomodá-la. Todos tinham um certo medo da ameaça que ela poderia representar caso se enfurecesse.


A solidão, contudo, não parecia ser do agrado daquela mulher. Queria continuar sofrendo e se martirizando devido a tudo o que ocorrera, mas, ao menos, esperava que alguém fosse ao seu encontro para confortá-la. Sentia que a companhia de alguém poderia ajudá-la de alguma forma, ajudá-la a esquecer o que ocorrera, afogar toda a tragédia, mas ninguém se aproximava para conversar.


Parecendo cansada de ter que suportar tamanho fardo sozinha, ela engoliu mais uma dose de vinho. As imagens daquele rosto belo, fechado e com uma dose de simpatia não lhe saíam da cabeça. Chorava a cada vez que se recordava dele e lamentava por tudo o que poderia ter ocorrido. Perdera a única pessoa com quem se envolvera, com quem tivera, um dia, um contato mais próximo; Ninguém parecia entender isso naquele local. Apenas bebiam para se divertir e a fitavam discretamente, voltando para si logo depois.


Um som estridente, no entanto, a tirou de seu delírio profundo. Um homem grande, gordo e com os olhos virados a fitava de uma maneira penetrante e tomada pela luxúria. Completamente embriagado, ele cambaleou e se aproximou dela, segurando-lhe o braço, querendo forçar um ato. Estava numa situação em que a beleza não importava, apenas queria saciar seu desejo. Estado este, que era tão forte que nem a reconhecera e muito menos sabia o perigo que poderia estar sujeito.


A mulher, contudo, se calou e voltou para o vinho, ignorando completamente os avanços. Nada mais lhe importava. Poderia exterminá-lo em poucos segundos, mas isso não lhe traria a paz. Preferia deixá-lo atender os seus desejos, para tornar alguém feliz, já que se sentia como uma casca oca, sem nada mais para atordoar ou acrescentar.


Assim, tomou mais um gole da taça, fechou os olhos e tombou na mesa. Ouviu ruídos, barulhos e, enfim, adormeceu, permitindo que a situação a levasse.


Acordou algumas horas depois com a luz do sol batendo em seus olhos. Sua cabeça fervilhava, impedindo que raciocinasse direito, ou sequer reconhecesse o local onde se encontrava.


Era uma casa pequena, aparentemente para um morador, toda feita de mármore, como a maioria das residências de Atlântida. Havia uma lança no canto e uma pequena proteção, menor do que a de qualquer soldado raso do Império.


Um vulto emergiu na porta e a observou carinhosamente com seus olhos castanhos, estendendo-lhe uma pequena vasilha. Ela o reconheceu de imediato. Era um rapaz com aparência adolescente, não devendo passar dos dezesseis anos. Era baixo, com a pele branca e um cabelo extremamente curto, só se destacando por uma franja negra.


– Gale, o que eu estou fazendo aqui? – perguntou ela, colocando a mão na cabeça para aliviar a dor, enquanto o rapaz lhe entregava a vasilha e se voltava para uma pequena estante ao lado.


– Mestra Deolinda, o que estavas fazendo naquele bar? – indagou ele, falando rapidamente, com uma clara apreensão. – Um homem bruto estava prestes a violá-la. Sorte que um dos funcionários do bar mandou-me chamar antes que acontecesse o pior. Por que não reagiste?


Deolinda não respondeu de imediato. Apenas bebeu a vasilha de água, escutando levemente o que o rapaz dizia. Sua atenção estava distante, ainda pensando em Spio. Por mais tempo que tivesse passado longe dela, por pior que tenha sido a recusa da nereida, não conseguia esquecê-la. Nem o um ano passado foi suficiente para lhe apagar a memória.


Gale parecia sentir a dor da mestra e a olhou com receio. Queria fazer alguma coisa, mas se sentia completamente impotente. Era apenas um rapaz, que nem sabia se tornaria ou não um marina.


– Mestra…


– Eu não reagindo e deixando aquele homem se satisfazer, pelo menos estaria sendo mais útil do que qualquer general marina um dia foi. – respondeu ela secamente, olhando para a janela atrás da porta.


– Mas…


– Os generais estão fadados a viver aqui, esperando um ataque que jamais chegará. – continuou Deolinda, sem tirar as palavras de Spio da cabeça.


– Não é verdade… Yuri está agora cumprindo uma missão. – rebateu Gale, pouco convicto.


Deolinda o fitou e sua expressão amargurada e depressiva ficou ainda mais fechada.


– Eu acompanho diariamente as notícias de Atlântida e sei que Yuri jamais enviou um relatório do que está fazendo. – informou a general, fechando os olhos. – É claro que ele não está em uma missão e sim fugindo de Nérites. Yuri sabe que o Imperador Poseidon precisa do filho de Nereu, ainda que ele tenha se rebelado com as nereidas. Mesmo que Nérites o mate, Sua Majestade não fará nada.


Gale suspirou e abaixou a cabeça. Sabia que o que Deolinda dissera era verdade, mas não podia aceitar essa situação. Como um potencial candidato a marina, queria ser útil, fazer alguma coisa, ajudar Atlântida a difundir sua utopia.


Percebendo a aflição do garoto, Deolinda suspirou bruscamente e voltou a olhar para a paisagem através da janela. Sua expressão continuava abatida e amargurada.


– Eu… vou fazer… alguma coisa! – afirmou Gale, também entristecido. – Também não aguento ficar parado.


Deolinda deu um sorriso, ao mesmo passo em que o rapaz saltou em cima da cama e lhe abraçou em prantos. Ela retribuiu o gesto e acariciou-lhe os cabelos, como se fosse um filho. Em seguida, se levantou e, lentamente se dirigiu à porta, deixando o local.

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Libânia repousava em uma das duas camas de palha que havia naquele aposento velho, sem nenhuma quantidade de luxo. A madeira escura que formava as paredes estava com uma tonalidade apodrecida, tomada pelo mofo e pelo mau cheiro. O odor, aliás, parecia ser somente aliviado por uma espécie de fragrância emitida por um frasco, que se situava em cima da única mesa da cabana.


Quase que por um estalo, os olhos da pisciana se abriram rapidamente e ela se levantou da cama de palhas. Vestia uma roupa de treinamento feminina bege clara, que cobria praticamente todo o corpo, deixando apenas os braços nus. Seu rosto estava descoberto e seus cabelos loiros claros permaneciam soltos.


Parecendo tomada por uma leve apreensão, ela olhou para o lado e respirou aliviada ao ver Alhena repousando na outra cama de palha. Ele estava completamente adormecido, utilizando uma roupa de treinamento semelhante à dela, mas um pouco mais masculina e com uma coloração clara e acinzentada.


Sem demorar, ela se dirigiu à caixa dourada ao lado da própria cama, puxou a alavanca e a armadura de Peixes montou-se quase que instantaneamente no seu belo e baixo corpo. Vestida, moveu-se rapidamente para a mesa, pegou alguns fracos e colocou a máscara branca e fantasmagórica, ocultando de vez seus olhos castanhos. Por mais que abominasse aquela regra imposta pelo Grande Mestre, não ousava desrespeitá-la totalmente.


Com um andar confiante, ela deixou o aposento e cruzou os braços. Meia dezena de guerreiros rodeavam o aposento, todos com a perna presa em uma espécie de cipó que emergia do chão. Libânia correu o rosto por cada um deles e um espanto surgiu no seu peito. Eles urravam de raiva e a fitavam com um ódio indescritível no olhar, parecendo serem tomados por uma insanidade gigantesca.


– Quem são vocês? – perguntou ela olhando para as armaduras negras. – Não acredito que sejam espectros, apesar dessas proteções escuras.


– Nós somos os cavaleiros negros! – respondeu um deles. – Viemos resgatar o Grande Alhena!

 

Fim do conto: Implosão! Próximo conto: Ligações! Saímos um pouco de Atlântida e voltamos aos cavaleiros

Editado por Nikos
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Capítulo 28 lido.

 

Por fim, após as minhas três semanas de serviço terminaram e posso comentar este capítulo.

 

Nereu combateu de todas as formas possíveis contra as artimanhas e planos ardilosos de Poseidon, estando um passo em frente como se estivessem a jogar xadrez. Porém, nada disso satisfez as suas filhas e esposa a estarem bem na odiável Atlântida, fazendo com que fosse sua prisão.

 

Por fim, descobri a razão e as atitudes de Ichos, o General Marinha de Sirene e também pelo facto de não estar encantado pela beleza delas e seu amor pelo Berílio, coisa que não me incomodou. Há sempre uma que seja excepção à razão e refiro à Nereide Themisto, a única que seja "amiga" de Ichos.

 

A última parte do capítulo deixou-me intrigado e inquieto por saber mais sobre esta nova personagem mítica.

 

Parabéns e que saudades tinha dela. Abraços.

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O desfecho da trágica morte de Dóris, culminando em seu funeral, ressaltou um dos pontos que vem se destacando gradualmente aqui em Atlântida que é o de mesclar “política” com o universo de Saint Seiya, algo que pelo menos a mim, agrada bastante.

 

A explicação e abordagem sobre os Telquines dentro da trama, algo tão cobrado por mim no meu comentário anterior, se deu neste, e aqui peço desculpas a você Nikos pela minha impaciência em não aguardar por tal desfecho.

 

Gostei da vertente mitológica que escolheu para o Tridente de Poseídon, atribuindo a concepção do mesmo, não pelos Ciclopes, e sim pelos Telquines.

 

Só não apreciei ter feito a mesma coisa com a Megas Depranon de Cronos.

 

Gosto de vê-la mais como sendo uma dádiva de Gaia.

 

Apesar de que sua “visão” sobre o assunto não seja de toda ruim e tem lá o seu sentido.

 

Outra coisa de grande destaque neste capítulo foi Poseídon...

 

A cena com ele tendo ao seu lado Chrysaor ficou fantástica tanto como sua maquinação que inclusive chegou a impressionar Nereu.

 

E por falar nele...

 

Estou curioso para saber o que o Profeta dos Mares tem em mente e como sua filha Psâmate o auxiliará.

 

Para encerrarmos...

 

Não poderia de mencionar, e elogiar, as participações de Deolinda, a General Marina de Scylla... de Themisto, mesmo que em menor escala e claro de... Libânia!

 

Abraços!

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Esse capítulo foi interessante, Nikos...

 

Gostei de ver a expressão de Nereu diante do falecimento de sua esposa. Poseidon, mesmo ainda estando inexperiente, consegue ter lampejos de sua personalidade divina ardilosa e calculista para conseguir o que quer. Pelo que entendi, ele ampliou as capacidades ilusórios de Shail para criar aquele envoltório no corpo de Dóris com a aparência do Telquine para enganar o Profeta, certo? Mas Dóris estava sendo controlada? Não entendi muito bem. Porque, se Nereu estava sendo enganado por Poseidon e ataca seu irmão, achando que ele tinha se libertado do Tártaro e este na verdade era Dóris, o que estava acontecendo com ela?

 

Realmente, como o Leandro disse, curto esses momentos de política misturados com Saint Seiya. A falsidade de Poseidon no funeral de Dóris foi de matar rs. Mas adorei a explicação dada sobre os Telquines e sua inclusão na mitologia do universo da fic. Parabéns por isso!

 

Psâmate e Nereu formam a nova dupla dinâmica. Seria muita ousadia prever eles enfrentando a dupla Shail e Poseidon respectivamente? Seria titânico haha

 

Olha, fiquei com pena de Deolinda. E sei como ela se sente, totalmente despreocupada com si mesmo, depois de perder quem amava. Natural que ela haja desse jeito. Bem humano, por sinal. E essa é uma das grandes características de sua fic, pois todos os seus personagens tem, no mínimo, uma faceta humana que os distingue uns dos outros. Isso é excelente!

 

E até que voltamos a focar em Libânia que, em Jamiel, recebe a visita inesperada dos Cavaleiros Negros, dispostos a resgatar Alhena. O que vai acontecer? Vamos aguardar!

 

Parabéns Nikos e abraços!

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Capítulo 28 lido.

 

Por fim, após as minhas três semanas de serviço terminaram e posso comentar este capítulo.

 

Nereu combateu de todas as formas possíveis contra as artimanhas e planos ardilosos de Poseidon, estando um passo em frente como se estivessem a jogar xadrez. Porém, nada disso satisfez as suas filhas e esposa a estarem bem na odiável Atlântida, fazendo com que fosse sua prisão.

 

Por fim, descobri a razão e as atitudes de Ichos, o General Marinha de Sirene e também pelo facto de não estar encantado pela beleza delas e seu amor pelo Berílio, coisa que não me incomodou. Há sempre uma que seja excepção à razão e refiro à Nereide Themisto, a única que seja "amiga" de Ichos.

 

A última parte do capítulo deixou-me intrigado e inquieto por saber mais sobre esta nova personagem mítica.

 

Parabéns e que saudades tinha dela. Abraços.

 

Olá Saint,

 

Sem problemas, a gente sempre tem compromissos pessoais.

 

Nereu x Poseidon realmente foi como uma partida de xadrez, só que Nereu não prestou atenção que o alvo de Poseidon na realidade era outro. E Atlântida não é "odiável", kkk. É um paraíso. As nereidas só sentiam-se incomodadas de encontrar com os marinas. Porém, como foi dito, o luxo de Atlântida foi um dos motivos de elas não reclamarem tanto da permanência.

 

Íchos revelou o seu motivo interno, nada melhor que um amor para causar ódio. Sentimentos tão opostos e, mesmo assim tão próximos.

 

Quanto à última parte. Nunca comento. kkk.

 

Valeu por tê-lo aqui e abração!

 

 

O desfecho da trágica morte de Dóris, culminando em seu funeral, ressaltou um dos pontos que vem se destacando gradualmente aqui em Atlântida que é o de mesclar “política” com o universo de Saint Seiya, algo que pelo menos a mim, agrada bastante.

 

A explicação e abordagem sobre os Telquines dentro da trama, algo tão cobrado por mim no meu comentário anterior, se deu neste, e aqui peço desculpas a você Nikos pela minha impaciência em não aguardar por tal desfecho.

 

Gostei da vertente mitológica que escolheu para o Tridente de Poseídon, atribuindo a concepção do mesmo, não pelos Ciclopes, e sim pelos Telquines.

 

Só não apreciei ter feito a mesma coisa com a Megas Depranon de Cronos.

 

Gosto de vê-la mais como sendo uma dádiva de Gaia.

 

Apesar de que sua “visão” sobre o assunto não seja de toda ruim e tem lá o seu sentido.

 

Outra coisa de grande destaque neste capítulo foi Poseídon...

 

A cena com ele tendo ao seu lado Chrysaor ficou fantástica tanto como sua maquinação que inclusive chegou a impressionar Nereu.

 

E por falar nele...

 

Estou curioso para saber o que o Profeta dos Mares tem em mente e como sua filha Psâmate o auxiliará.

 

Para encerrarmos...

 

Não poderia de mencionar, e elogiar, as participações de Deolinda, a General Marina de Scylla... de Themisto, mesmo que em menor escala e claro de... Libânia!

 

Abraços!

 

Olá Leandro!

 

Bem, tratar da maior potência da época, diga-se Atlântida, é impossível sem que haja uma discussão política. Principalmente por ser comandada por um Deus que tem outro ser divino como aliado. Que bom que te agradou.

 

Sem problemas Leandro. Às vezes a gente fica assim com algo que não foi explicado, mas é bom ter paciência, porque não quer dizer que JAMAIS será explicado. È claro que sempre é bom cobrar também, porque eu expliqui um pouco mais sobre a magia.

 

Quanto à foice de Cronos, daí são as várias versões mitológicas, eu preferi abordar essa, mas acho a sua muito interessante também.

 

Que bom que gostaste das ações de Poseidon, veremos o que acontecerá a partir daí, inclusive com Nereu.

 

 

E obrigado pelos elogios a essas participações. Como esse foi um capítulo de transição, quis abordar mais personagens, para por um fim a esse arco de Atlântida.

 

 

Valeu pelos comentários...

 

Abração

 

 

Esse capítulo foi interessante, Nikos...

 

Gostei de ver a expressão de Nereu diante do falecimento de sua esposa. Poseidon, mesmo ainda estando inexperiente, consegue ter lampejos de sua personalidade divina ardilosa e calculista para conseguir o que quer. Pelo que entendi, ele ampliou as capacidades ilusórios de Shail para criar aquele envoltório no corpo de Dóris com a aparência do Telquine para enganar o Profeta, certo? Mas Dóris estava sendo controlada? Não entendi muito bem. Porque, se Nereu estava sendo enganado por Poseidon e ataca seu irmão, achando que ele tinha se libertado do Tártaro e este na verdade era Dóris, o que estava acontecendo com ela?

 

Realmente, como o Leandro disse, curto esses momentos de política misturados com Saint Seiya. A falsidade de Poseidon no funeral de Dóris foi de matar rs. Mas adorei a explicação dada sobre os Telquines e sua inclusão na mitologia do universo da fic. Parabéns por isso!

 

Psâmate e Nereu formam a nova dupla dinâmica. Seria muita ousadia prever eles enfrentando a dupla Shail e Poseidon respectivamente? Seria titânico haha

 

Olha, fiquei com pena de Deolinda. E sei como ela se sente, totalmente despreocupada com si mesmo, depois de perder quem amava. Natural que ela haja desse jeito. Bem humano, por sinal. E essa é uma das grandes características de sua fic, pois todos os seus personagens tem, no mínimo, uma faceta humana que os distingue uns dos outros. Isso é excelente!

 

E até que voltamos a focar em Libânia que, em Jamiel, recebe a visita inesperada dos Cavaleiros Negros, dispostos a resgatar Alhena. O que vai acontecer? Vamos aguardar!

 

Parabéns Nikos e abraços!

 

Olá, Gustavo.

 

Nesse ponto, houve um contraste do que normalmente acontece. Nereu, ao ver o corpo da esposa morta, teve sua personalidade humana aflorada durante alguns isntantes. Em contrapartida, Poseidon se mostrou amplamente ardiloso, finalmente agindo como um verdadeiro Deus.

 

Nota-se que Poseidon passou a ter Nereu praticamente sobre o seu controle, por enquanto. Ele não poderia falar nada, nem incitar uma rebelião, nem abandonar Atlântida ou então ele seria acusado da morte de Dóris e as nereidas iriam ficar contra ele.

 

Entendesse certo, foi isso que aconteceu. Dóris estava desacordada. Seu corpo estava envolvido pelas ilusões e, inclusive, alimentando ela. Desculpa se não ficou tão claro. Ela só despertou quando a ilusão se cessou.

 

Poseidon tinha que manter a sua postura. Ele não iria arquitetar o plano tão bem feito para jogar toda a culpa no Telquine (como salvaguarda em Nereu), se se mostrasse contente com a morte de Dóris. Mas as nereidas não acreditaram. kkk. Claro que não sei se desconfiam da participação de Poseidon, mas se ele não fizesse isso, com certeza desconfiariam.

 

Que bom que gostaste da mitologia. No capítulo passado seria um quebra-clímax explicar tudo, preferi deixar para esse, além de deixar o discurso de Poseidon mais bonitinho. kkk. Além disso, foi explicada a origem de Nereu e Dóris.

 

A nova dupla dinâmica? HUAhaua! Gostei. kkk!

 

Deolinda tem um quê de depressão muito acentuado. Ela viveu longe da sua amada e, quando a reencontrou, foi ignorada. Para piorar, Spio ainda morre em seguida, nessa situação de briga. A general de Scylla praticamente absorveu os pensamentos de Spio, de que os generais são inúteis e é assim que ela está se vendo. Por isso deixou se entregar. Sem a nereida, a vida dela perdeu o sentido, já que nem servir Atlântida ela serve.

 

Quanto à humanidade dos meus personagens, se os mesmos tem algum destaque, eu tento sempre por uma personalidade própria, trabalhá-lo um pouco mais. É claro que não dá para fazer isso com os 88 cavaleiros, 50 nereidas, 14 genereais e comandantes e por aí vai. Mas dá de fazer com uma boa parte. Obrigado pelo elogio e espero continuar aseguindo assim.

 

O final não comento. kkk. Mas o próximo capítulo sai no meio de semana. Deu uma pausa porque trocou o conto.

 

Abração.

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