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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 1)


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Ficha dos Personagens: Capítulo 38


Pítia de Áries: Cavaleiro de ouro dotado com o dom da premonição. Após prever uma desgraça realizada por Alhena, ele foi atrás da onde o antigo geminiano estaria, mas acabou encontrando três enviados marinas no caminho. Após derrotá-los com Safiya de Escorpião, que o seguira sem que percebesse, ele descobriu a crise que estava em Atlântida. Com uma informação valiosa, ele retornou ao refúgio e informou ao mestre, que nada fez. Se retirando ao sono, ele teve mais uma premonição estranha, com um lobo destruindo seu mundo. Acordando assustado, ele pediu ajuda à Atena, que lhe fez ver seu irmão Narceu. Preocupado com o irmão, ele retornou para o local onde vivia, acabando por vê-lo atacado por um lobo gigante, comandando pela Nereida Psâmate. Após vencer os dois, ele roubou a pedra que a nereida carregava, fato que a fez brilhar fortemente, revelando que ele era o filho ilegítimo de Nereu

 

 

Safiya de Escorpião: Amazona de ouro com origens egípcias. Amiga de Pítia, é uma guerreira capaz de torturar os inimigos para conseguir informações. Ficou indignada ao saber que o mestre não agiria perante a crise em Atlântida.

 

 

Psâmate: Nereida arenosa, portadora de um galho de coral. Capaz de converter seu corpo e qualquer matéria em areia, ela se mostra impenetrável. Anda sempre acompanhada por um lobo, que vingou a morte do seu filho Foco na Era Mitológica. Veio ao vilarejo onde Narceu moravam, justificando que ele seria fundamental para os planos de Nereu. Acabou sendo interrompida por Pítia e vencida pela Extinção Estelar. Quando o cavaleiro de Áries pegou a pedra, ela finalmente conseguira o que procurava: o filho ilegítimo de Nereu.

 

 

Narceu: Jovem forte alto, com cabelos negros longos e olhos negros. Irmão de Pítia, acabou sendo atacado por Psâmate e seu lobo, que procuravam algo que, segundo a nereida, somente ele poderia fornecer.

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PRÓLOGO Um vulto surgiu no horizonte e logo se revelou. Era um homem que caminhava pelas ruas lentamente, trajando um longo manto esbranquiçado, que balançava com o vento e com cada passo dado. O dia

Eu li e reli várias vezes o mesmo post e nem percebi o erro. uahsuhaushauhsua sorry, é Propos!

Como prometido, cá estou para comentar esta excelente fic! Sei que você gosta de comentar capítulo a capítulo nas outras fics, mas eu quando inicio alguma já relativamente avançada, opto por fazer u

Analise capitulo 26

 

É evidente que Ichos odeia as nereidas eu gostaria de saber o porque de ele odiar tanto elas, ichos é temido pelas nereidas kkk. Spio foi salva por deolinda pois a raiva que Ichos estava ele iria matar a nereida. Me impressionou a atitude de deolinda em querer enfrentar ichos, nunca vi o poder de ichos más acho que ela não duraria muito tempo enfrentado-o. Spio tem uma grande magoa de sua companheira devido o cargo lhe dado de vigiar sua irmã e agir como uma “sombra”. Pelo jeito ela pretende mover uma revolta contra poseidon e os generais marias

 

Analise capitulo 27

 

O plano tramado por Spio e Actaeia era bom más acabo não dando certo, Ichos escutou tudo e como um belo delator foi lá e contou tudo. Yuri agiu como um marina mesmo e matou Actaeia, no combate entre Spio e Yuri foi claro a superioridade de Yuri que com um único golpe desferido venceu a nereida. Yuri também usou um bom plano passando-se por spio tentando mudar os pensamentos dos demais, pensei que nerites entraria em colisão com yuri más não... Yuri foi salvo por poseidon pois seria facilmente derrotado por doris. Agora poseidon tramou um plano para trazer de volta nereu e seus filhos.

 

Analise capitulo 28

 

Poseidon tenta retomar a aliança junto com nereu más pelo visto é quase impossivel, pelo fato de ele estar decidido a não voltar....... Ichos não odeia tanto assim as nereida tem amizade com uma delas até huehueuheue. Ela parece gostar dele, já ichos, parece que gosta dela como uma irmã. O que ocorreu com Berilio??? A revolta de ichos contra as nereidas é por causa dele. Nereu em ação contra Actaeus, não pensei que nereu entraria no campo de batalha más fui surpreendido !

 

Analise Capitulo 29

 

Parece que doris foi usada como uma marionete, Poseidon foi muito frio e calculista ao tramar tal plano contra nereu que sempre esteve ao seu lado, nereu estava num tabuleiro onde poseidon previa a cada movimento até a hora que lhe deu o xeque-mate. Libania agora parece que será confrontada pelos soldados negros de alhena !

 

Analise capitulo 30

 

Era claro que libania era superior a eles e o confronto entre alhena e libania eu pensei que alhena deixaria de lado os sentimentos e iria matar a amazona de ouro, por sua vez a propria tentou usar a poção para poder “apagar” alhena más não deu certo o cavaleiro negro conseguiu fugir. Propus e Mona parecem ser um bonito casal e eu ficaria feliz em ver os dois juntos.

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Analise capitulo 26

 

É evidente que Ichos odeia as nereidas eu gostaria de saber o porque de ele odiar tanto elas, ichos é temido pelas nereidas kkk. Spio foi salva por deolinda pois a raiva que Ichos estava ele iria matar a nereida. Me impressionou a atitude de deolinda em querer enfrentar ichos, nunca vi o poder de ichos más acho que ela não duraria muito tempo enfrentado-o. Spio tem uma grande magoa de sua companheira devido o cargo lhe dado de vigiar sua irmã e agir como uma “sombra”. Pelo jeito ela pretende mover uma revolta contra poseidon e os generais marias

 

Analise capitulo 27

 

O plano tramado por Spio e Actaeia era bom más acabo não dando certo, Ichos escutou tudo e como um belo delator foi lá e contou tudo. Yuri agiu como um marina mesmo e matou Actaeia, no combate entre Spio e Yuri foi claro a superioridade de Yuri que com um único golpe desferido venceu a nereida. Yuri também usou um bom plano passando-se por spio tentando mudar os pensamentos dos demais, pensei que nerites entraria em colisão com yuri más não... Yuri foi salvo por poseidon pois seria facilmente derrotado por doris. Agora poseidon tramou um plano para trazer de volta nereu e seus filhos.

 

Analise capitulo 28

 

Poseidon tenta retomar a aliança junto com nereu más pelo visto é quase impossivel, pelo fato de ele estar decidido a não voltar....... Ichos não odeia tanto assim as nereida tem amizade com uma delas até huehueuheue. Ela parece gostar dele, já ichos, parece que gosta dela como uma irmã. O que ocorreu com Berilio??? A revolta de ichos contra as nereidas é por causa dele. Nereu em ação contra Actaeus, não pensei que nereu entraria no campo de batalha más fui surpreendido !

 

Analise Capitulo 29

 

Parece que doris foi usada como uma marionete, Poseidon foi muito frio e calculista ao tramar tal plano contra nereu que sempre esteve ao seu lado, nereu estava num tabuleiro onde poseidon previa a cada movimento até a hora que lhe deu o xeque-mate. Libania agora parece que será confrontada pelos soldados negros de alhena !

 

Analise capitulo 30

 

Era claro que libania era superior a eles e o confronto entre alhena e libania eu pensei que alhena deixaria de lado os sentimentos e iria matar a amazona de ouro, por sua vez a propria tentou usar a poção para poder “apagar” alhena más não deu certo o cavaleiro negro conseguiu fugir. Propus e Mona parecem ser um bonito casal e eu ficaria feliz em ver os dois juntos.

 

Olá Kardia! Há quanto tempo? Fico feliz em vê-lo novamente e vejo que adiantaste bastante as leituras! Que bom mesmo :)

 

Agora vamos parte a parte. kkkk

 

Capítulo 26:

 

Deolinda não poderia aceitar tamanha injustiça com sua amada e por isso atacou. Não sei também o poder de Íchos e nem ao menos de Deolinda. Mas contando que os dois pertencem à mesma classe, talvez o duelo fosse um pouco mais equilibrado, mas isso é só uma suposição, ainda não dá de afirmar nada.

 

Já o fato de Íchos odiar as nereidas... bem, já lesse os capítulos seguintes, então a resposta já está ali. kkkk

 

 

A mágoa de Spio não é só o fato de vigiar a irmã como uma sombra e sim todas as injustiças com relação às nereidas, que tem (ou tinham) que resolver todas as missões enquanto os generais marinas permaneciam no luxo de Atlântida. O Fato de ela ter vigiado corroborou ainda mais por essa visão radical.

 

 

Capítulo 27:

 

O plano foi bem articulado, mas não contavam que Íchos saberia de tudo. Quanto ao duelo entre Yuri e Spio, a nereida estava com o peito perfurdo. Seria muito difícil fazer qualquer coisa. Lembrando que Spio matou Feres (ele estava destruído também. kkk) e que ela não pode ser subestimada.

 

Ia ser legal um duelo entre Nérites e Yuri, não? Mas Dóris chegou para tomar partido e foi impedida de agir por Poseidon, confirmando a cisma de ATlântida.

 

 

Capítulo 28:

 

Nereu estava querendo jogar com Poseidon, mostrar que não seria sucumbido tão facilmente ao Imperador, mas a rixa mesmo estava por parte de Dóris e as nereidas. Eram elas os principais pivôs da separação.

 

Íchos é amigo de Themisto porque ela se põe no lugar dela (admite a inferioridade, segundo o marina. kkk. Berílio morreu no ataque de Sertan ao barco de Anfitrites (Provavelmente Capítulo 16). Era a primeira missão dele. Oirmão de Berílio, Faizel (que Ário derrotou no capítulo 4) morreu, fazendo com que Íchos fizesse o possível para que as nereidas realizassem as missões no lugar dos marinas. Porém ele não conseguiu impedir a morte de Berílio pelas mãos de Sertan, o que o fez odiar ainda mais as nereidas.

 

 

Capítulo 29

 

Dóris era a principal peça contrária à reunião de Poseidon e Nereu. O Imperador sabia que, se ela morresse, não demoraria muito para as nereidas voltarem ao seu poder. Ele também garantiu a permanência de Nereu com uma chantagem, pois foi o Profeta mesmo que a matou, no final das contas.

 

Exatamente isso, Nereu ficou tão preocupado em se proteger, que nem se deu conta que o "rei" do xadrez não era ele e sim a própria Dóris. Bem, Poseidon foi "divino" ao tramar tal plano contra Nereu, que também estava agindo friamente, tomando tudo por um jogo. Mas os dois são deuses e adoram jogar, tanto que o Profeta nãos e rebelou completamente, admitindo a boa jogada do companheiro.

 

 

Capítulo 30

 

Libânia é forte demais, nãos eria tão simples para Alhena matá-la, ainda mais que ela estava com armadura de ouro e ele não. Tem toda essa questão. Fora que ele é muito instável e emotivo, consegue matar várias pessoas mas não sei se, no final, seria capaz de desferir o golpe fatal.

 

Mona não se entregou totalmente a Propus, fazer o quê?

 

 

 

Bem, é isso Kardia, valeu pela presença e aos poucos me alcanças. kkk

 

 

Abração

 

Editado por Nikos
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CAPÍTULO 39

Pítia arregalou os olhos, não digerindo a informação que acabara de ouvir. Como poderia ser filho de Nereu, sendo um cavaleiro de ouro? Julgou rapidamente ser um truque da nereida para continuar viva. Narceu ouviu de longe e ergueu as sobrancelhas, também não entendendo o que estava acontecendo. Psâmate, por outro lado, sorriu e lágrimas caíram dos seus olhos.


Num ar distante, ela limpou as lágrimas e assoviou. O lobo gigante, mesmo sangrando, apareceu diante dela e começou a chorar sobre o seu corpo, curando todas as feridas superficiais, mas não anulando as dores internas e os músculos distendidos. Ainda em choque com a informação, Pítia nada fez, apenas ficou observando como se estivesse paralisado.


– O que queres dizer com isso, ninfa do mar? – perguntou Pítia, tentando retomar a razão aos poucos.


– Tudo no seu tempo. – explicou ela, acariciando o seu animal. – Agora que o meu objetivo foi concluído, não há mais a relevância de manter ocultas todas as minúcias desta minha missão.


Pítia a fitou e as dúvidas continuavam a lhe dominar. Por um lado, o tom convincente e seguro dela lhe davam a certeza de que estava falando a verdade. Por outro, conhecia a capacidade persuasiva e hipnótica das ninfas e isso lhe deixava com muitas dúvidas.


– Fala logo! – exigiu Pítia, com um tom inseguro na voz. – Ou então te exterminarei agora mesmo.


– Tal fúria é semelhante à de Nereu, por conseguinte, não hesitarei mais em dizer-te tudo. – explicou ela. – Há mais de uma década, Nereu se desprendeu de Atlântida e se enamorou de uma dama solitária que residia neste vilarejo. Com a morte de Dóris, Nereu se concentrou mais em poções e descobriu a existência de um filho perdido próximo a essas redondezas. Portanto, decidiu localizá-lo. Pelas descrições da residência, achamos facilmente a morada e encontramos o teu irmão. Através de informações, descobrimos que ele vivia com a mãe aqui até ela morrer. Não demoramos para concluir que era ele o filho mas…


– Não sabiam que eu também encaixava nessas descrições. – concluiu Pítia, um pouco receoso.


– Exato! – sorriu – Achamos que ele era a peça que faltava no nosso quebra-cabeça. Iríamos descobrir e levá-lo para Atlântida, mas agora és tu o objeto de nosso interesse. Vem conosco!


Pítia deu um passo para trás e abaixou a cabeça. Psâmate avançou em sua direção e segurou sua mão.


– Nereu espera por ti! – continuou a ninfa. – Viemos até aqui só para te localizar.


– Eu não posso ir para Atlântida. – resmungou Pítia, afastando o braço dela. – Sou um cavaleiro de ouro e inimigo de Nereu, de Poseidon e de todo o Império Atlante. Como podem me aceitar?


– Sangue é mais importante que rivalidades sem sentido. – proferiu ela. – Tu és filho de Nereu e tens tantos direitos quanto eu, Nérites e todas as ninfas.


– Por isso que eu tenho uma forte intuição, por isso que eu vejo o futuro nas estrelas. – resmungou Pítia, choramingando. – Então tudo isso é devido ao sangue de Nereu?


Psâmate concordou com a cabeça e foi para cima de Pítia para abraçá-lo, mas ele a afastou. Ainda estava confuso e não conseguia mais raciocinar direito.


De repente, uma forte energia cortou o céu e atingiu Psâmate, derrubando-a no chão. Pítia gritou assustado e olhou para cima, vendo um vulto descer para o chão com uma armadura dourada, um corpo definido e uma máscara que cobria-lhe o rosto. A presença de sua amiga o deixou não menos surpreso que incomodado.


– Estás louco Pítia? – perguntou Safiya de Escorpião, com um tom nervoso. – Vais cair em um truque arquitetado por esta corja?


– Não é um truque, eu sinto isso. – rebateu Pítia, olhando para baixo.


– Acorda! – continuou ela, dando um tapa no rosto do amigo. – Nereu é um profeta e deve ter previsto que tens intuições, para arquitetar todo este plano. Não caias neste truque, por favor. Ouve a voz da razão.


– Mas…


Um assovio cortou o ar e o grande lobo saltou para cima de Safiya, a arrastando para trás. Pítia deu um grito de espanto e quis ajudar, mas Psâmate se interceptou e ficou à sua frente.


– Não deixes que esta amazona ocupe uma posição de anulação para ti, irmão. – continuou Psâmate. – Tu és um integrante de nossa família, não importa se és um cavaleiro de ouro ou não.


Pítia olhou pensativo e nada respondeu. Estava tomado pela dúvida e pela confusão. Não sabia mais se acreditava na nereida ou se seguia suas convicções de guerreiro de Atena.


Não ouvindo o diálogo, Safiya tentava usar a força para escapar do lobo, que cravava as patas em seus braços, mas era inútil. Pouco a pouco, sentia o bafo da criatura se aproximar, à medida que a boca dele se abria. Num movimento rápido, elevou o cosmo, olhou rapidamente para os olhos da fera e exclamou:


– RESTRIÇÃO!


Uma rajada de ondas psíquicas atingiu o lobo, que, no instante seguinte, afrouxou a pata e recuou para trás, aparentemente com medo de Safiya. Sem se preocupar, ela se levantou e apontou o dedo em direção a criatura, lançando uma rajada escarlate em uma das partes do seu corpo. O uivo percorreu todo o vilarejo, impressionando Psâmate, que largou Pítia e se virou, observando o espetáculo.


– E aí, nereida? Continuarás covarde assim ou queres que eu acabe com o teu lobo? – provocou Safiya, mas Psâmate nada fez. – Então está certo! AGULHA ESCARLATE!


Mais três feixes de luz vermelha saíram do dedo de Safiya e atingiram o lobo, que gemeu mais do que nunca, cambaleando em seguida. Psâmate olhou receosa e fechou o rosto quando mais quatro disparos foram lançados.


– Encerra estas ofensivas para a minha fera. – exigiu Psâmate. – Ninguém merece tal tortura!


– Eu já dei oito disparos. – zombou Safiya. – Mais sete e ele morrerá.


Tomada pela fúria, Psâmate ignorou o ariano e partiu para cima de Safiya, que, preparada, lançou suas ondas psíquicas, paralisando a nereida.


– Eu posso produzir ondas que atacam o sistema nervoso, paralisando a qualquer um. – explicou Safiya, já se virando para a criatura. – Vocês se sentem como uma presa que está prestes a ser devorada pelo Escorpião.


– Não deixarei que continues. – proferiu Psâmate, tentando se mexer, em vão.


– AGULHA ESCARLATE! – exclamou Safiya mais uma vez.


Mais três feixes de luz atingiram o lobo, que se contorcia em dor. Porém, numa tentativa, ele usou sua força para se reerguer, furar o controle mental e, em seguida, saltou para cima de Safiya, que simplesmente apontou o dedo e desferiu mais uma agulhada, derrubando-o de vez.


O animal gemia, enquanto Psâmate tentava se mexer, Safiya moveu o dedo mais uma vez, sua unha cresceu e mais dois disparos foram lançados. O sangue começou a jorrar nos pontos atingidos e a fera desmaiou de dor.


– Resta apenas uma agulhada. – rosnou a amazona. – quando receberes Antares, só terás mais alguns minutos de vida e perecerás com a hemorragia.


– PARA! – gritou Psâmate.


– AGULHA ESCARLATE DE ANTARES!


Usando todo o seu cosmo, a ninfa se desprendeu da barreira e lançou milhares de conchas em direção a Safiya, que simplesmente deu um salto, escapando do ataque. Em seguida, apontou o dedo para frente e atingiu o ponto final da constelação de Escorpião. Desmaiado, o animal não gritou e parou de respirar poucos segundos depois.


Irritada, Psâmate saltou para cima de Safiya e lançou mais uma rajada de conchas, desviada novamente.


– Então decidiste me enfrentar de vez, nereida? – provocou Safiya, colocando o dedo para frente.


– Mataste o lobo que me acompanha em todas as minhas vidas, desde a Era Mitológica. – rosnou Psâmate. – Nada do que disseres compensará a humilhação e o vazio que pairam no meu coração. Assinaste tua passagem para o reino de Hades agora mesmo.


– Achas que podes me vencer? – indagou a amazona em tom irônico. – Olha para o teu estado, mal consegues te aguentar desde a luta contra Pítia.


– Silêncio! RESPLANDECÊNCIA DE FOCO!


Psâmate apontou os braços para frente e emanou uma forte energia luminosa, que produziu novamente o brilhante cavaleiro reluzente. O ataque arrasou tudo no caminho, deixando a nereida satisfeita. Contudo, um cosmo emanou às suas costas e ela viu Safiya, ilesa, sentada acima de uma cabana.


– Como podes rebater a minha técnica mais mortífera como se ela não fosse nada? – indagou Psâmate, receosa.


– Eu vi o final da tua luta contra Pítia. – explicou Safiya. – Esse golpe já não é mais segredo para mim. Concentras toda a energia que só funciona num ataque direto e veloz. Contudo, eu me esquivei antes, anulando os efeitos do teu ataque.


– Então estamos sentadas no mesmo degrau, pois eu vi tuas técnicas contra minha criatura.


– Ver é diferente de saber o que fazer. – disse Safiya, apontando o dedo para frente. – AGULHA ESCARLATE!


Um feixe de luz vermelha foi emanado do dedo de Safiya e atingiu o peito de Psâmate. Entretanto, da mesma forma que os golpes de Pítia, o ataque simplesmente penetrou na pele arenosa, fez um buraco e nada mais aconteceu. Percebendo a nulidade do golpe, Safiya apertou os dedos entre as mãos e grunhiu algumas palavras de raiva.


– O que está havendo? – questionou Safiya. – Mesmo com a pele arenosa, este ataque deveria ter atingido o teu sistema nervoso.


– Essa é a questão primordial. – explicou a nereida. – Quando eu me metamorfoseio em areia, todas as minhas funções naturais se alteram. Não é possível atingir o meu sistema nervoso quando estou nesse estado. Agora sente os meus punhos de areia.


Sem pensar, Psâmate socou o ar, formando um punho arenoso gigantesco, que atingiu Safiya, lançando-a para trás. Em seguida, agitou o galho de coral e transformou a cabana por detrás dela em areia. Sem descansar, moveu mais uma vez a arma, controlando a areia que havia sobre ela, formando um rodamoinho, até derrubá-la de vez.


Ferida, Safiya elevou o cosmo, se levantou e saltou para escapar daqueles tufos de areia e ficar frente a frente com a nereida. Sua respiração estava forte e sua pele toda avermelhada devido ao atrito com os grãos.


– Parece que chegou a hora de te entregares. – provocou a ninfa. – A resistência à minha magia é inútil. RAJADA DE CONCHAS!


Psâmate apontou a varinha para frente e lançou infinitas conchas. Movendo-se na velocidade da luz, Safiya conseguiu desviar de todas, parando novamente em frente à nereida, pondo os braços para frente.


– Meus olhos se impressionam com tal velocidade. – disse Psâmate. – Como consegues se mover machucada deste jeito?


– Então não conheces os cavaleiros de ouro? – questionou Safiya. – Quero que saibas que nos somos capazes de tudo.


– Tal capacidade não se compara às magias das nereidas. – garantiu a ninfa. – Podes ter escapado do meu ataque uma vez, mas não o fará de novo nestas condições. Sente a benção do meu filho Foco. RESPLANDECÊNCIA DE FOCO!


– AGULHA ESCARLATE!


Safiya ergueu as duas mãos para frente e produziu uma rajada de luz perfurante, que se chocou o cavaleiro reluzente de Psâmate. O encontro dos golpes produziu uma explosão, lançando as duas para trás. A ninfa rolou no chão, mas se protegendo com o corpo todo arenoso. A amazona deu um salto e caiu de pé, sem muitos danos aparentes.


– Tua areia é como a da praia. – comentou Safiya, enquanto Psâmate se levantava. – Eu nasci e vivi no deserto, rodeado de areia, que se move, formando tempestades e cortinas. Nada se compara com a areia de lá.


– Que significado tem tais palavras, amazona? – questionou Psâmate, recolhendo a varinha e apontando para Safiya.


– Sente a ira dos deuses do Egito! – rosnou a escorpiana. – TEMPESTADE DESÉRTICA!


Safiya apontou o braço para frente, lançando uma cortina de areia para cima da ninfa, que tentou se defender, em vão. A rajada se tornava cada vez mais forte, até se tornar um tornado de areia, arremessando Psâmate para o céu.


Ela não demorou a cair, esbarrando-se no chão. Ainda com forças, se levantou, enquanto Safiya soltava algumas risadas. Entretanto, os olhos da nereida se arregalaram quando olhou que o próprio corpo arenoso pouco a pouco parecia se desprender. Tentando evitar isso, retornou a forma humana. Estava magra e cheia de rugas, parecendo que sua pele tinha sido completamente arrancada.


– Que truque articulaste comigo? – questionou ela, olhando para os seus braços, antes belos e agora acabados.


– Diferentemente da areia do mar, a do deserto é seca. – explicou Safiya. – Eu simplesmente roubei a umidade da areia do teu corpo com essa areia seca e instável. Se mantinhas firme na forma arenosa graças à umidade. No entanto, agora estás móvel, como os povos nômades de lá. Não há mais nenhuma sustentação para ti. Mas podes tentar voltar à tua forma arenosa, assim te desmancharás toda.


– Maldita! RAJADA DE CONCHAS!


Psâmate lançou suas milhares de conchas, mas Safiya se desviou e desferiu uma agulhada em um dos pontos vitais da constelação de Escorpião. Com uma agonia incrível, ela gemeu alto e se encolheu no chão, tentando pressionar a ferida para estancar a dor.


– Isso é dor, minha cara nereida. – comentou Safiya. – Há quanto tempo não sentes tanta dor assim? AGULHA ESCARLATE!


A unha de Safiya cresceu novamente e mais cinco agulhas foram desferidas. Psâmate soltou mais um urro sonoro e apertou a mão no chão, tentando conter o sofrimento, mas foi tudo em vão. Logo, sentiu que seus membros estavam paralisando e que seus cinco sentidos estavam se perdendo, à medida que o sangue começava a jorrar do seu corpo agora frágil.


– AGULHA ESCARLATE!


Mais quatro agulhas foram lançadas, derrubando Psâmate no chão, completamente sem ações.


– AGULHA ESCARLATE!


Outras quatro ferroadas foram produzidas e Psâmate se arrastou num mar de sangue, praticamente sem ações.


– Então, nereida, como queres morrer? – questionou Safiya, com o dedo apontado para frente. – Podes escolher a morte certa ao receber Antares ou então podes te transformar em areia e se desmanchar, virando parte desse mundo. Não sei o que é pior para ti, virar um nada, ou receber a pior das dores.


A nereida nada falou, apenas observou Safiya e viu a unha dela crescer aos poucos. Cogitou virar areia, mas sabia que isso seria a maior das humilhações e um ato de extrema covardia. Em contrapartida, a amazona gargalhava e parecia se divertir com a ansiedade e a espera de Psâmate em relação à morte.


– Já pensaste o suficiente! – afirmou Safiya. – Agora receberás a minha última ferroada. AGULHA ESCARLATE DE ANTARES!


Safiya apontou seu dedo para frente e lançou sua agulhada final. Psâmate gemeu, mas não menos que a amazona, que segurava o próprio peito ensanguentado. Não sabia como, mas o golpe havia retornado.


A dor que sentia era incrível e, pela primeira vez, a amazona soube o que seus inimigos pensavam. Sabia que Antares era terrível, mas um pensamento dentro de si a acalentou, pois a técnica só era mortal em conjunto com as outras catorze agulhadas.


Não sabendo o que ocorrera, Safiya tombou no chão, agoniada com a dor. Seus pensamentos a traíram mais quando olhou para frente e viu uma parede de cristal. Não podia acreditar no que estava acontecendo, mas obteve a confirmação, quando viu Pítia se aproximando de Psâmate.


– Pítia? Por quê? – perguntou Safiya, ainda sofrendo com a dor, em tom de desespero.


– Eu não sei! – respondeu choramingando. – Eu não sei mais de nada, mas o sangue me falou mais alto. Não posso deixar que mates a minha irmã.


– Estás caindo nessa, Pítia? – chorou Safiya. – Não deixes que eles te enganem. Isso é tudo um truque para anular mais um cavaleiro de ouro.


– Não Safiya! – rebateu o ariano. – Eu sei que é verdade. Psâmate, eu e meu irmão Narceu vamos juntos contigo para Atlântida. Viverei com minha família genuína e com meu irmão de criação.


– Vais te rebelar contra Atena? – perguntou ela.


– Não, não virarei um soldado atlante, mas também não me privarei de ver a minha família. – explicou chorando. – Adeus Safiya, foi muito bom te conhecer.


– PÍTIA!


Sem dar atenção para a amiga, Pítia segurou Psâmate no colo, buscou Narceu e o chamou. Ambos seguiram seus caminhos, enquanto a escorpiana gritava, implorando por um toque de sensatez. Não tardou e os três sumiram no horizonte, enquanto a amazona tentava conter a dor do próprio ataque.

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Num impulso, Atena se levantou de sua cadeira dentro do templo principal do refúgio e correu para o meio do vilarejo. Arkab e o Grande Mestre se impressionaram, pois jamais tinham visto a Deusa agir assim. Sem olhar para trás, ela seguiu pelas ruas escuras do vilarejo e parou na entrada. Os cavaleiros olhavam intrigados, mas o mestre, junto com Arkab, mandava todos se silenciarem e não se agitarem.


– Safiya! – pronunciou ela e o vulto da amazona apareceu.


Estava ferida devido à batalha com Psâmate e segurava o peito para conter o sangramento do corte dilatado, que havia sido causado pela ferroada final. Preocupada, Atena choramingou e segurou a escorpiana, que tombou. Arkab cruzou os braços e olhou tudo com certo interesse, não menor que surpresa. O Grande Mestre fitava ambas sem se mexer, sem saber exatamente o que fazer ou o que dizer.


– Safiya, o que aconteceu, que ferimento é este? – perguntou Atena olhando para o machucado.


– É Antares! – respondeu Safiya com um olhar irritado.


Arkab olhou para o ferimento também, fechou os olhos e, como se tivesse entendido o que ocorrera, questionou:


– Foi Pítia não foi?


Safiya rangeu os dentes ao mesmo tempo que Atena fechou os olhos e curou o ferimento. O Grande Mestre continuou parado, parecendo também compreender o que Arkab estava querendo dizer. A multidão tentava se aproximar para entender o que estava acontecendo, mas o mestre mandava todos se afastarem.


– Como sabes? – perguntou ela, um pouco abatida.


– Pítia fez isso? – questionou a Deusa. – E onde ele está? Nunca o imaginei um traidor.


– Pítia nos trocou por Atlântida. – explicou a escorpiana rispidamente, batendo a mão no chão, derramando lágrimas dos olhos. – Aquele bandido caiu na lábia de uma nereida, que lhe disse que ele era filho de Nereu. Como ele pode ser tão ignorante e…


Safiya virou o rosto para Arkab e para o Grande Mestre. Nenhum deles parecia ter esboçado um espanto com a informação. Quando ouviu da própria nereida, custou a acreditar e ainda duvidava veemente, entrando num conflito interno. Todavia, a reação daqueles dois parecia ser a mais normal do mundo.


– Vocês sabiam? – rosnou Safiya, se levantando tomada pela fúria e pelas lágrimas, que caíam por baixo da máscara. – O tempo todo e vocês sabiam que ele era filho de Nereu e não falaram nada para ele.


Atena abaixou a cabeça e Safiya se espantou ao ver que a Deusa também sabia de tudo. Os membros do refúgio se inclinavam para ouvir, e se entreolhavam, todos impressionados. Arkab ia começar a explicar, quando o Grande Mestre se pôs à sua frente e olhou a escorpiana com uma postura autoritária.


– Descobrimos desde que ele começou os treinamentos. – explicou a entidade. – Eu já enfrentei várias guerras santas e percebi que o seu cosmo era muito semelhante ao das nereidas e de Nérites. Quando ele iniciou os treinos e se isolou, não pudemos ter todas as informações. Quando finalmente virou cavaleiro, descobrimos sobre suas visões. Atena analisou seu cosmo e confirmou a informação.


Safiya fez um grito de espanto e apertou o dedo entre as mãos. Não conseguia acreditar como o Grande Mestre poderia descer tanto, e ainda com o aval de Atena. Sempre os considerara pessoas dignas e de respeito, mesmo não concordando com tamanha omissão na guerra.


– Isso é um absurdo! – resmungou a amazona. – Pítia era nosso amigo e vocês esconderam essa informação dele.


– Se falássemos, ele sairia e nos abandonaria como agora. – explicou o mestre. – Foi uma medida de segurança!


– Até quando pretendiam esconder essa informação dele? – disse Safiya em um tom elevado e autoritário. – Até quando?


– Por toda a eternidade, se necessário! – bradou o mestre, elevando a voz. – Foi por isso que pedimos a Atena, quando ajudasse ele com as visões, que fosse impedindo que o poder dele se desenvolvesse. Pois, se isso acontecesse, ele teria descoberto a verdade por si só.


Safiya paralisou espantada. Sempre pensara que Atena ajudava Pítia a melhorar as premonições, mas, pelo visto, a tática do Grande Mestre era justamente o contrário.


– E no final perderam ele de qualquer jeito, e da pior forma. – lamentou a amazona. – Com licença! Eu não quero saber mais de nada, senão é capaz de eu também passar para o lado de Poseidon.


Atena tentou contê-la, mas o Grande Mestre a impediu. Irritada, ela se afastou dos três e correu em direção ao seu aposento. Percebendo o grande agito, o mestre ordenou para que todos voltassem para as suas residências e se retirassem, mas parecia ser impossível conter o tumulto.


Com um movimento furtivo, Wezn de Pomba se afastou discretamente, caminhando de modo transversal ao fluxo. Com uma risadinha nos lábios, ela se encolheu pelas paredes de uma das casas, arrastou as costas pela residência, praticamente se ocultando na noite e se camuflando com o ambiente.


Após alguns segundos, ela cruzou a casa e passou a correr rapidamente pelos lados mais desertos do refúgio, até se afastar de vez das habitações e começar a adentrar na mata. Chutou algumas pedras no caminho e deu uma risada aguda final ao encontrar o local de sempre. O ponto chave para fazer o contato, longe dos cavaleiros e de todos.


Com o cosmo elevado, ela retirou a máscara e puxou a alavanca da caixa que portava nas costas e vestiu a armadura de bronze. Juntou as palmas uma na outra e concentrou ainda mais o cosmo. Afastou-as em seguida, produzindo uma fagulha de chamas, que, como da outra vez, tomou forma em apenas alguns segundos de espera.


– Wezn de Pomba se apresentando! – pronunciou ela, com um tom um pouco abatido.


– Sorbens está presente, pronto para atender a todos os teus desejos. – respondeu a voz do cavaleiro de Mosca por entre as chamas. – Pensei que tinhas me esquecido. Faz um mês que não entras em contato.


Wezn colocou a mão na cabeça. Algo estava incomodando-a de maneira inexplicável. Parecia que estava faltando uma peça na sua mente, mas não conseguia se lembrar do que poderia ser.


– Eu não falei contigo antes porque isso me faria lembrar de Fáon, mas não é essa a questão. – comentou ela, tentando ignorar a tontura. – Aconteceu algo incrível. Pítia de Áries é filho de Nereu e foi embora para Atlântida. Parece que o mestre sabia de tudo e isso provocou a revelia de Safiya, que deve deixar o refúgio a qualquer instante.


Sorbens fez um silêncio, enquanto Wezn se perdia ainda mais na própria dor de cabeça.


– É só isso? – murmurou a voz abatida de Sorbens. – Pensei que falarias da proposta que eu fiz de ir aí te consolar. Eu achava que a destruição do nosso contato naquele dia tinha sido uma resposta negativa, mas quando me contatasse hoje, me enchi de esperanças novamente.


– O que estás falando? – perguntou ela, ainda intrigada e com fortes tonturas.


De repente, as chamas se apagaram com um forte vento, que arrastou a amazona para uma das árvores. Um vulto dourado emergiu na frente dela, com um sorriso de deboche e um olhar vitorioso e sádico na face. Ela abriu os olhos e seu coração disparou naquele instante. Era Arkab de Sagitário.


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Capítulos 38 e 39 lidos!

 

Aproveitando para os comentar juntos, aqui vai o meu comentário conjuntivo:

 

A apresentação de Pítia e dos seus dilemas das suas origens foram confirmados, ele aparenta ser uma pessoa calma. Tendo o dom da premonição tornou-se uma espécie de profeta, porém os capítulos mostravam-se que ele não tinha os dominados por completo. Tenho a minha personagem que também é Aries e possui dons de ver vários momentos do futuro.

 

Safiya de Escorpião tem uma personalidade semelhante ao Kardia, lembrou-me por conta do Escorpião que torturava Zelos para arrancar informações dele. E ela ainda tem origens egípcias e se juntou à Cavalaria de Atena, ela se parece com o oposto de Pítia.

 

Por um lado, Psamate tem uma capacidade bastante interessante ao lembrar de um dos vários da série Homem Aranha, o William Baker aka Homem Areia por conta das suas habilidades, mas ela se destacou por ter um animal como um lobo, um fiel amigo e companheiro.

 

A sua luta entre Safiya não poderia ter sido menos engenhosa e bem planeada e também conhecida por conta das areias da terra da Safiya e das areias do mar e suas diferenças. A sua derrota parecia certa, porém Pitia abandonou o corpo de Atena e decidiu se conhecer a si próprio, nada de errado ou certo sequer. Mas um direito dele em saber quem é.

 

Eis que a outra parte da história se torna interessante ao saber mais uma vez e que não era de esperar que o Grande Mestre tomasse precauções duvidosas e cobardes. Safiya não se contentou com a resposta do representante e concordo com ela, parece que o Grande Mestre usa os seus Cavaleiros como peões.

 

Talvez seja possível que Safiya se revolta ou tenta com desespero trazer seu amigo para o lado de Atena, por uma última observação é o fato de Arkab está em cima de Wezn.

 

Parabéns por estes dois capítulos e abraços.

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Gente. /lua

 

Capítulo muito bom Nikos! Gostei demais! Fazendo um comentário geral, gosto do modo como balanceia o destaque aos personagens. É claro que os Cavaleiros de Ouro estão mais em evidência que os outros, mas é imprevisível saber os eventos de sua fic depois que uma das cenas saem de foco. Não sei se me fiz explicar, mas vamos lá: Tipo neste capítulo, tivemos o enredo envolvendo Safiya e Pítia durante a maior parte do tempo e depois voltamos a ver Wezn, cuja qual nem pensei que fosse aparecer agora.

 

Como o Mystic disse, eu também achei a Safiya levemente parecida com Kardia. Não no sentido de sadismo e sim de usar suas Agulhas Escarlates como mecanismo de tortura. A técnica em si dá esse estereótipo, então acabei curtindo. Legal que ela exterminou o lobo inseparável de Psâmate na frente dela e pareceu nem se importar, agindo de forma "insensível". Gostei!

 

Curti o golpe da Safiya envolvendo a areia do deserto de onde veio e das diferenças que há entre a areia da praia com a do deserto. Gostei bastante de ter usado isso como artifício para quebrar a defesa perfeita de Psâmate, que possui uma habilidade baita da apelona! Mas ai... Pítia, que até então estava totalmente confuso, resolve seguir a irmã Nereida para Atlântida, protegendo-a com sua Muralha de Cristal. Sorte que a Escorpião, mesmo depois de receber a Antares, acabou sobrevivendo. Espero ela lutando contra Pítia para fazê-lo voltar ao lado "correto".

 

Grande Mestre... Vou nem falar nada. Eu odeio tanto ele quanto o Arkab. As atitudes dele são insuportavelmente difíceis de engolir. Ele só deve ter conseguido esse cargo por ser um sobrevivente mesmo, falta de opção. Porque não é possível... Não acho que Safiya vai mudar de lado, mas provavelmente pode se aliar a Legião de Atena. /pensa

 

Por fim, Wezn estava fazendo o papel dela de espiã contactando Sorbens quando Arkab chega. Ansioso pelo próximo! Parabéns e abraços!

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Oi Nikos tudo bem?

Bom este cap teve muitas surpresas

Primeiro a amazona de Escorpião o quão sadica e ardilosa ela pd ser. Primeiro matou o lobo e quando estava para fazer o mesmo com a Nereida, Pitia impede ela. Fiquei surpreso com a traição de Aries, eu sei que ele é filho de Nereu mas poxa ela tb acredita em Atena não? A uma coisa ele levou a armadura de Aries junto com ele?

Continuando, parece que nem a Atena dessa geração presta XD Brincs, mas ela podia ter contado a verdade ao Pitia, talvez se tivesse ouvido dela teria reagido melhor. Entendo o porque da decepção da Escorpiana, só quero ver o que ela vai fazer agora. Daq a pouco o unico dourado que será fiel ao mestre será o puxa saco do sagitario

Alias por falar no Arkab que estraga festas hein, ele apareceu do nada para pegar a Wezn no flagra! Achei meio obvio depois do que aconteceu com o Golfinho. Mas mesmo assim to ansioso para o que vai acontecer com a Pomba

 

Parabens pelo cap nikos

Ate a prox

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Povo, to com a internet bem escassa aqui na praia, mas vou comentando, desculpem o atraso. Ahj! Feliz ano novo a todos se eu não conseguir vir até dia 31

 

Capítulos 38 e 39 lidos!

 

Aproveitando para os comentar juntos, aqui vai o meu comentário conjuntivo:

 

A apresentação de Pítia e dos seus dilemas das suas origens foram confirmados, ele aparenta ser uma pessoa calma. Tendo o dom da premonição tornou-se uma espécie de profeta, porém os capítulos mostravam-se que ele não tinha os dominados por completo. Tenho a minha personagem que também é Aries e possui dons de ver vários momentos do futuro.

 

Safiya de Escorpião tem uma personalidade semelhante ao Kardia, lembrou-me por conta do Escorpião que torturava Zelos para arrancar informações dele. E ela ainda tem origens egípcias e se juntou à Cavalaria de Atena, ela se parece com o oposto de Pítia.

 

Por um lado, Psamate tem uma capacidade bastante interessante ao lembrar de um dos vários da série Homem Aranha, o William Baker aka Homem Areia por conta das suas habilidades, mas ela se destacou por ter um animal como um lobo, um fiel amigo e companheiro.

 

A sua luta entre Safiya não poderia ter sido menos engenhosa e bem planeada e também conhecida por conta das areias da terra da Safiya e das areias do mar e suas diferenças. A sua derrota parecia certa, porém Pitia abandonou o corpo de Atena e decidiu se conhecer a si próprio, nada de errado ou certo sequer. Mas um direito dele em saber quem é.

 

Eis que a outra parte da história se torna interessante ao saber mais uma vez e que não era de esperar que o Grande Mestre tomasse precauções duvidosas e cobardes. Safiya não se contentou com a resposta do representante e concordo com ela, parece que o Grande Mestre usa os seus Cavaleiros como peões.

 

Talvez seja possível que Safiya se revolta ou tenta com desespero trazer seu amigo para o lado de Atena, por uma última observação é o fato de Arkab está em cima de Wezn.

 

Parabéns por estes dois capítulos e abraços.

 

Primeiro o Saint,

Que bom, lesse os dois já, então deve ter agradado. kkk. Sim, que coincidência nós dois mantivermos esse aspecto para Áries, eu acho que o meu foi por causa das estrelas mesmo.

A personalidade dela se resume principalmente à aplicação da Agulha Escarlate, porque de resto ela acaba sendo um pouco diferente. Ela tem uma personalidade bastante diferente de Pìtia, que é calmo e tranquilo, enquanto ela é bem emotiva e instável. Engraçado que, mesmo assim, eles acabaram bem amigos.

Psâmate eu me inspirei principalmente na parte do soco de areia, o resto foi da própria característica dela, mas que legal fazeres essa associação, pois eu leio muito personagens da marvel. O lobo faz parte da mitologia também.

Que bom que gostaste da luta, que acabou interrompida por Pitia. Posentão!

O Grande Mestre ficou mais uma vez em cima do muro. Não acho que ele usa os cavaleiros como peões, pelo contrário, ele mal sabe o que está fazendo, ao que parece. kkk

Obrigado pelos comentários Saint e abração

 

 

Gente. /lua

 

Capítulo muito bom Nikos! Gostei demais! Fazendo um comentário geral, gosto do modo como balanceia o destaque aos personagens. É claro que os Cavaleiros de Ouro estão mais em evidência que os outros, mas é imprevisível saber os eventos de sua fic depois que uma das cenas saem de foco. Não sei se me fiz explicar, mas vamos lá: Tipo neste capítulo, tivemos o enredo envolvendo Safiya e Pítia durante a maior parte do tempo e depois voltamos a ver Wezn, cuja qual nem pensei que fosse aparecer agora.

 

Como o Mystic disse, eu também achei a Safiya levemente parecida com Kardia. Não no sentido de sadismo e sim de usar suas Agulhas Escarlates como mecanismo de tortura. A técnica em si dá esse estereótipo, então acabei curtindo. Legal que ela exterminou o lobo inseparável de Psâmate na frente dela e pareceu nem se importar, agindo de forma "insensível". Gostei!

 

Curti o golpe da Safiya envolvendo a areia do deserto de onde veio e das diferenças que há entre a areia da praia com a do deserto. Gostei bastante de ter usado isso como artifício para quebrar a defesa perfeita de Psâmate, que possui uma habilidade baita da apelona! Mas ai... Pítia, que até então estava totalmente confuso, resolve seguir a irmã Nereida para Atlântida, protegendo-a com sua Muralha de Cristal. Sorte que a Escorpião, mesmo depois de receber a Antares, acabou sobrevivendo. Espero ela lutando contra Pítia para fazê-lo voltar ao lado "correto".

 

Grande Mestre... Vou nem falar nada. Eu odeio tanto ele quanto o Arkab. As atitudes dele são insuportavelmente difíceis de engolir. Ele só deve ter conseguido esse cargo por ser um sobrevivente mesmo, falta de opção. Porque não é possível... Não acho que Safiya vai mudar de lado, mas provavelmente pode se aliar a Legião de Atena. /pensa

 

Por fim, Wezn estava fazendo o papel dela de espiã contactando Sorbens quando Arkab chega. Ansioso pelo próximo! Parabéns e abraços!

 

Olá Gustavo, já começou com lua. kkk

Fiquei feliz que gostaste assim do capítulo. É bom quando agrada!


No começo eu pensei em só focar nos dourados, mas quando fui construindo a fic, fui dando mais destaque também aos outros personagens. Como falaste, os cavaleiros de ouro são mais relevante porque eles que tem as batalhas mais difíceis, mas tentei abordar as outras classes como pude. Que bom que gostaste desse balanceamento e de como está sendo feito. Quanto à imprevisibilidade, eu tento ser quando dá.


Sim, as agulhas escarlates ficaram parecidas, mas a personalidade dela em geral é bem diferente. É realmente a tensão da técnica. E ela é uma amazona bem diferente quando batalha e normalmente, porque deu de ver que ela é bem emotiva, principalmente com relação à Pítia.

QUe bom que gostaste da estratégia de Safiya, foi difícil, mas ela conseguiu ver um ponto fraco na arma de Psâmate e acabou usando isso contra ela mesma. Tipo, ela tem uma habilidade muito apelona, mas também suas defesas são bem frágeis quando essa habilidade é superada, como foi o caso. Foi extramemnte dependente de um artíficio e isso acabou a prejudicá-lo.

Safiya está abalada e Pítia confuso, receitas para muitas coisas. Veremos então se ele voltará para o lado "errado" de Atena. kkkkk. Serei sempre Pró-Poseidon. kkk

A LEgião de Atena combinaria um pouco com Safiya, principalmente pela frieza com a qual que ela executa os inimigos. Não sei se ela irá ou não, mas é algo que combinaria.

Vocês estão desvalorizando o fato de o Grande MEstre ter sido um sobrevivente. Veja bem, ele foi o único cavaleiro que conseguiu resistir e escapar vivo da batalha. ALgum mérito ele teve, acredito. Não foi uma mera escolha ao acaso, ao que parece.

Final é final! Valeu pelos comentários e abraços.

 

Oi Nikos tudo bem?

Bom este cap teve muitas surpresas

Primeiro a amazona de Escorpião o quão sadica e ardilosa ela pd ser. Primeiro matou o lobo e quando estava para fazer o mesmo com a Nereida, Pitia impede ela. Fiquei surpreso com a traição de Aries, eu sei que ele é filho de Nereu mas poxa ela tb acredita em Atena não? A uma coisa ele levou a armadura de Aries junto com ele?

Continuando, parece que nem a Atena dessa geração presta XD Brincs, mas ela podia ter contado a verdade ao Pitia, talvez se tivesse ouvido dela teria reagido melhor. Entendo o porque da decepção da Escorpiana, só quero ver o que ela vai fazer agora. Daq a pouco o unico dourado que será fiel ao mestre será o puxa saco do sagitario

Alias por falar no Arkab que estraga festas hein, ele apareceu do nada para pegar a Wezn no flagra! Achei meio obvio depois do que aconteceu com o Golfinho. Mas mesmo assim to ansioso para o que vai acontecer com a Pomba

 

Parabens pelo cap nikos

Ate a prox

 

Olá Fimbul,

Respondi bastante do sadismo de Safiya acima. kkkk, To com preguiça de repetir.

Pítia acredita em ATena sim, tanto que ele falou que não entraria para o lado de Poseidon, apenas ficaria com sua família. E po, o Grande Mestre não inspira tanta confiança assim para segurar os cavaleiros, como podes ver. Assim, essa escolha naquela época seria muito mais fácil do que agora. Tem todos esses pormenores. Fora que tem toda a questão familiar. Ele foi órfão, só viveu com o irmao e teve que se separar dele cedo. Deve ser difícil.

Quando à armadura de Áries, ele estava vestido com ela, não estava? kkk. Se não falou nada, acho que ele levou junto.

Atena tem seis anos, não tem muita arbitrariedade, aliás. É uma criança. Quem manda por enquanto é o grande mestre. Ela não contou porque acho que o mestre não deixou mesmo. Mas agora é tarde, talvez se tivesse feito isso, não teria tanta decepção. A escorpiana está por aí, será mais uma a deixar o refúgio?

Sério que ficou meio óbvio? bah, que droga, mas não dá para pensar muito.

Valeu pelos comentários Fimbul,


Abração

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Ficha dos Personagens: Capítulo 39


Pítia de Áries: Cavaleiro de ouro dotado com o poder da premonição, que nem sempre é claro. Após uma visão extremamente confusa, que envolvia a destruição do mundo por meio de uma fera gigante, ele encontrou-se com Atena, que usou seus poderes para tentar esclarecê-la. Associando a destruição do mundo com a morte de seu irmão, Narceu, o ariano correu para o local onde viviam quando pequenos. A profecia foi confirmada e ele enfrentou a nereida Psãmate e seu lobo mitológico que estavam atrás de Narceu. Após vencê-los, Pítia descobriu que é filho de Nereu, profeta aliado a Poseidon. A nereida afirma que tinha certeza que o filho que procuravam era Narceu, mas que havia se enganado. Pítia tentou negar, se emergindo em um mar de confusão mental. Após a interferência de Safiya de Escorpião, ele impediu a morte da irmã pelas mãos da amazona de ouro, devolvendo a técnica Antares através da Muralha de Cristal. Em seguida, ele partiu com ela e com Narceu junto para Atlântida.

 

Safiya de Escorpião: Amazona de ouro com origens egípcias. Mantinha uma forte relação com Pítia, o que a fez segui-lo enquanto ele tentava solucionar a profecia. Quando chegou lá, tentou ao máximo impedi-lo que ele caísse nas garras de Nereu, matando o lobo e enfrentando Psâmate. Porém, quando ia desferir a técnica mortal na nereida, o ataque voltou devido à interferência de Pítia. Ela lamentou, mas não conseguiu impedir a sua partida. Lamentosa, ela voltou ao refúgio e seu mundo caiu mais ainda ao descobrir que tudo era verdade e que o mestre, Arkab e Atena tinham plenos conhecimentos da origem do ariano. Revoltada, ela se retirou, avisando que, se continuasse a ouvi-los, iria passar logo para o lado de Poseidon.

 

 

Psâmate: Nereida arenosa, uma das 50 filhas de Nereu e Dóris. Veio buscar o filho ilegítimo de Nereu na superfície, julgando ser Narceu, o irmão de Pítia. Após ter sido derrotada pelo ariano, ela constatou que havia errado e que o próprio Pítia era o filho perdido. Emocionada, ela abraçou o irmão, mas acabou sendo impedida por Safiya, que matou seu lobo mitológico e a derrotou com as agulhas escarlates. Quando estava prestes a receber Antares, ela foi salva por Pítia, que aceitou voltar para Atlântida.

 

 

Grande Mestre: Comandante dos cavaleiros e único sobrevivente da fatídica derrota de Atena para Poseidon, há mais ou menos um milênio. Questionado por suas ações cautelosas, ele aos poucos vai perdendo credibilidade entre os guerreiros atenienses, que desaprovam sua maneira de (não) agir. Foi confrontado por Safiya, porque havia escondido de Pítia sua origem verdadeira.

 

 

Arkab de Sagitário: Cavaleiro de ouro mais fiel ao Grande Mestre. Age como um cão seguidor do comandante dos cavaleiros, praticamente idolatrando-o acima de tudo, considerando criminosos todos aqueles que o questionam.

 

Wezn de Pomba: Amazona de bronze, espiã da Legião de Atena no refúgio. Ao descobrir a saída de Pítia e o descontentamento de Safiya, ela foi contatar Sorbens, quando foi descoberta por Arkab.

 

Editado por Nikos
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CAPÍTULO 40

Wezn forçou os braços na árvore ao lado e conseguiu se levantar, fitando o cavaleiro de Sagitário com uma fúria interna, não menor que o seu temor. Suas pernas balançavam e seu corpo todo tremia diante daquela presença imponente, que permanecia estática, parecendo não fixar os olhos na amazona em nenhum momento. Apenas mantinha uma postura ereta e um ar vitorioso.


Muitas coisas passavam pela mente da amazona, ao mesmo passo em que ela recolocava a máscara. Não conseguia acreditar que fora descoberta e nem como isso ocorrera. Sempre tomara o máximo de cuidado para não ser seguida. Como poderia ter se descuidado justamente com a única pessoa de todo o refúgio que não teria perdão em castigá-la?


– Agora que já colocaste a máscara, posso aplicar o teu castigo por ter nos ludibriado, Wezn de Pomba. – afirmou Arkab, virando o rosto para ela. – Desde aquele dia em que o cavaleiro de Golfinho veio para cá, eu desconfiei de ti. Por sorte, na primeira oportunidade que apareceu, te segui e descobri finalmente o espião o qual Sertan se referia.


– O cavaleiro de Golfinho? – murmurou ela para si mesma, pondo a mão na testa – Mas…


Um estalo surgiu na mente de Wezn ao ouvir aquelas palavras e toda a tontura desapareceu. Conseguia se recordar perfeitamente de Gibrial chegando ferido no refúgio, de Atena vindo para curá-lo e do atentado provocado por ele. Não entendia como pôde ter se esquecido daquele momento tão decisivo. O cavaleiro de Golfinho era a última ligação que teria com Fáon.


– Gibrial… – indicou a amazona para si mesmo. – O que aconteceu com ele? Por que minha mente estava em branco?


– Ora minha querida Wezn, será que não te parece óbvio? – indagou o cavaleiro, olhando-a com zombaria. – Eu alterei parte da tua memória para não te lembrares da vinda do cavaleiro de Golfinho para cá.


Wezn emitiu um suspiro e deu um passo para trás. Não conseguia entender aquele jogo que Arkab estava fazendo. Afinal, o que ele poderia estar querendo?


– A vinda do cavaleiro de Golfinho deveria ser um segredo absoluto. – explicou o sagitariano. – Somente o mestre, Atena e eu poderíamos saber disso, ou então levantaria suspeitas sobre o que faríamos depois.


– O quê estás falando?


– O atentado que ele fez contra Atena foi o suficiente para eu poder sentenciá-lo à morte. – garantiu Arkab, fitando-a com uma superioridade ainda maior. – E é claro que todos os membros da Legião de Atena seguirão esse caminho, bem como qualquer um que ficar contra o mestre. Apaguei a tua memória para não desconfiares. Assim, tive a certeza de que eras realmente uma traidora e que deverias morrer.


Wezn se assustou e suspirou, ainda nervosa. Não sabia o que fazer ou sequer o que pensar. Não tinha como enfrentar um cavaleiro de ouro ou mesmo fugir dele. Para piorar, o brilho nos olhos de Arkab se tornava mais forte, conforme ele ia se vangloriando de seus planos. Parecia que, a cada instante, o sagitariano se tornava mais obcecado.


– Tu… tu és um fanático! – exclamou Wezn, saltando para golpeá-lo como impulso.


O soco cortou o ar e parou no peito de Arkab, que mal se moveu. Wezn olhou para cima e viu o sorriso do cavaleiro, anunciando que aquele golpe não havia significado nada. Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, o sagitariano elevou a palma, produzindo uma forte pressão de ar, atirando-a contra as árvores novamente.


Abatida, Wezn se levantou outra vez, tentando suportar a dor. Um veio de sangue corria por debaixo de sua máscara, revelando o estado em que se encontrava. Sabia que o sagitariano não havia lhe atacado com força total. Parecia que ele estava saboreando a tortura psicológica pela qual ela estava passando.


– E então, Wezn, estás pronta para morrer? – questionou ele, apontando braço para frente.


– Eu não vou me entregar! – justificou ela, concentrando o cosmo ao limite. – PLUMAGEM DE FOGO!


Centenas de penas brancas se ergueram em volta da amazona, se inflamando em seguida. Com um movimento de braços, elas seguiram em direção a Arkab, que simplesmente agitou as asas da armadura de ouro. Uma brisa foi produzida, se tornando um forte vento, o suficiente para destruir todo o ataque de Wezn, que recuou assustada.


– Impossível! – murmurou ela, sendo tomada por um desespero interno cada vez maior.


– Chamas isso de penas? – provocou Arkab, colocando a mão no queixo. – Bem, que tal conheceres o poder de um ataque plumoso de verdade. PLUMAS DO REI!


Arkab ergueu o braço para frente, fazendo com que as asas de sua armadura brilhassem e se abrissem ainda mais. No mesmo instante, uma coluna de penas douradas emergiu ao redor de Wezn, seguindo até o céu. A amazona foi atingida em cheio, gritando devido à potência do ataque. Sentia, a cada segundo, que sua pele seria arrancada do corpo e feita em pedaços.


Cessado o golpe, ela tombou no chão. Estava praticamente inconsciente, mas ainda respirava. Sua armadura estava quase que completamente rachada e sua pele estava repleta de cortes e ferimentos. O sangue corria por todo o chão, revelando o estado deplorável em que se encontrava.


Parecendo satisfeito, Arkab deu alguns passos em direção à amazona e se ajoelhou ao lado dela. Ergueu o braço direito e juntou os dedos. Era a hora de dar o golpe final e acabar de vez com aquela espiã que ousara trair a confiança do mestre. Wezn tremeu o corpo, vendo toda a determinação do cavaleiro de Sagitário. Precisava fazer algo, mas não conseguia mais se mover.


– Não te preocupes, Wezn. – comentou Arkab, com um olhar ainda mais superior. – Acabarei com teu sofrimento AGORA!


Sem demorar, ele avançou o braço em direção ao coração da amazona. Wezn deu um longo grito, que foi ofuscado pelo espanto. O corpo de Arkab tombara para o lado, completamente inconsciente, antes que ele pudesse completar o ataque. Não entendendo o que ocorrera, ela olhou para frente e viu uma mulher de cabelos claros, segurando um frasco, que emitia uma fumaça levemente avermelhada.


– Libânia…de Peixes! – comentou Wezn, praticamente sem forças.


Sem responder nada, a guerreira dourada se aproximou da brônzea, segurou-a no colo, retirou-lhe a máscara e a levou para um local afastado, longe do sagitariano. O rosto de Wezn era tão pequeno quanto ela e seria muito bonito se não fosse os incontáveis ferimentos. Parecia que os ataques de Arkab haviam destruído o equilíbrio estético da face da amazona de Pomba, tirando todo o brilho dos seus olhos castanhos.


Wezn tossiu uma bolha de sangue, demonstrando cada vez mais dificuldades em respirar ou sequer se mexer. Agindo rápido, Libânia sacou outro frasco de sua cintura, emitindo uma coloração rosada, quase branca. Sem demorar, ela abriu a tampa e despejou parte conteúdo na boca da amazona de bronze, fechando o recipiente em seguida. Ao mesmo tempo, retirou a armadura de Pomba da companheira e se pôs a consertá-la.


Enquanto Libânia trabalhava, o líquido percorria lentamente pelo interior de Wezn, deixando-a contorcida. A ardência provocada por aquele fluido gelado parecia corroê-la quase que completamente. Contudo, ao mesmo passo, relaxava-lhe o corpo aos poucos até que, vários minutos depois, conseguiu neutralizar praticamente toda a dor dos ataques de Arkab. Sentia que estava frágil, mas longe da situação deplorável em que estava antes.


– O veneno de uma serpente pode servir tanto para matar, quanto para salvar. Isso só depende da maneira como ele for utilizado. – explicou Libânia, entregando-lhe a armadura novamente.. – A fumaça provocada pelo meu sangue concentrado deixará Arkab num estado distante. Ele acordará em alguns minutos, mas nem se lembrará do que aconteceu. Já tu, ganhaste forças suficientes para poder fugir daqui.


Satisfeita, Wezn pigarreou algumas risadas, recolocou a máscara, se levantou repôs o traje. Sentia o corpo pesado, mas percebia que tinha energia suficiente para se deslocar, assim como Libânia havia falado.


– Obrigada, Libânia! – pronunciou Wezn com uma voz doce, se aproximando para abraçá-la.


– Não me agradeças, apenas vai embora daqui! – rebateu a amazona dourada, empurrando a brônzea. – Tu és uma traidora e nem merecia que eu a tivesse salvado.


A felicidade parecia ter desaparecido de Wezn, que abaixou a cabeça, um pouco lamentosa. Libânia permanecia ereta, cruzando os braços, mostrando uma aura de superioridade e severidade. Tentando se justificar, a amazona de Pomba agitou os braços e disse:


– Mas…


– Não tem “mas”, Wezn. – interrompeu a pisciana com um tom ainda mais reprovativo. – Eu te ajudei porque foste minha amiga um dia, mas nem deveria tê-lo feito. Além do mais, creio que já recebeste teu castigo. És uma espiã daquele infeliz do Sertan. Como pudeste nos trair?


– Não fales assim do Grande Sertan! – revoltou-se a brônzea. – Pelo menos ele está fazendo alguma coisa e não se excluindo como o mestre aqui e todos os cavaleiros.


– Então agora ele é grande. É bem típico daquele sádico e insano querer que os outros o chamem dessa maneira. – comentou Libânia, ainda séria. – Porém, se concordas tanto com ele assim, não deverias estar aqui e sim na Legião de Atena. Aqui apenas traíste a confiança dos teus amigos, daqueles que confiam em ti.


– E não fizeste igual? – questionou Wezn, num tom provocativo. – Fingiste que era alguém só para poder liquidar com os soldados de Atlântida.


Diante de tal acusação, Libânia deu dois passos para frente e virou o rosto para baixo, demonstrando bem a diferença de altura entre elas. Wezn apertou o dedo entre as mãos e engoliu a saliva, parecendo sentir aquela imenso ar de superioridade emanado pela amazona de Peixes.



– Pois eu fui muito diferente de ti. – argumentou a pisciana, cruzando os braços novamente. – Eu não traí a confiança de ninguém. Pelo contrário, eu enganei meus amigos fingindo que era uma inimiga. Já tu disseste que eras uma amiga no meio dos inimigos. É justamente o oposto. Agora vai embora logo e te juntas ao teu “Grande Sertan”.


Wezn olhou para baixo diante de tamanha ironia e desprezo. Sabia que, no fundo, a amazona de ouro tinha razão. Havia realmente ludibriado os companheiros, mas não fizera só isso pela sua ideologia e sim por Fáon. Queria ajudá-lo da melhor forma e sabia que, somente para agradá-lo, valeria a pena sujar as mãos dessa maneira.


Percebendo o dilema da espiã descoberta, Libânia agitou sua capa e se virou imponentemente. Queria voltar para os aposentos o mais rápido possível. Wezn permanecia cabisbaixa, não sabendo o que fazer. Abandonar o refúgio e seguir para a Legião de Atena provavelmente indicaria um castigo gigantesco por parte de Sertan, que jamais a perdoaria. Além disso, sentia, pela primeira vez, um receio por ter enganado os companheiros do refúgio. Precisava fazer alguma coisa para redimir.


– Libânia… – começou Wezn lamentosa. – Eu sei que não querias me salvar, mas eu vou te agradecer de alguma forma.


– Eu já falei que não quero nada de uma traidora como tu. – rebateu a pisciana, sem se virar. Apenas parou por um instante. – Vai embora que Arkab já deve estar acordando e deve te procurar.


– Escuta! – insistiu a guerreira de Pomba. – Nem Arkab, nem o mestre são confiáveis. O cavaleiro de Sagitário me contou que eles estavam prestes a eliminar todos aqueles que se voltaram contra o refúgio. E é claro que não inclui somente a Legião de Atena.


– O que… NÃO!


Percebendo o que a antiga amiga quis dizer, Libânia colocou a mão no peito e correu em direção ao refúgio, desaparecendo por entre as rochas.


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Em seus aposentos, Safiya tirou a armadura e colocou a máscara ao lado da mesa, ficando em trajes normais de dormir. Lágrimas caíam sem parar dos seus olhos negros. Ainda não conseguia digerir toda a situação. O abandono de Pítia, seu melhor amigo; a traição do Grande Mestre e de Atena, a sua guia e principal exemplo de vida. Sentia que precisava tomar alguma atitude. Não podia mais continuar no refúgio daquela maneira.


De repente, ouviu um barulho próximo aos seus aposentos e, num impulso, enxugou as lágrimas e colocou a máscara. Não podia ser vista por cavaleiro algum ou isso desrespeitaria as normas de Atena, tendo que matar ou amar a quem viu.


A porta se abriu lentamente e uma figura entrou sem avisar. Era um garoto levemente alto, com um corpo respeitável, mas claramente infantil. Tinha cabelos castanhos, lisos até o pescoço e olhos castanhos e profundos, que se destacavam na parca iluminação da cabana. Parecia correr o olhar por todo o local, capturando todos os detalhes. Safiya o observou intrigada, não menos ofendida por essa invasão.


– Propus, o que fazes aqui? – perguntou ela num tom irritado. – Se tiveste chegado um segundo antes, eu teria que te matar por ver o meu rosto.


Propus nada respondeu, apenas correu os olhos para amazona dos pés a cabeça. Safiya mordeu os lábios e seu corpo gelou com aquela observação. Não sabia o que esperar e muito menos o que aquele garoto estava pensando.


– Fala alguma coisa! – ordenou Safiya em um tom desequilibrado, não estava mais aguentando aquela tensão.


– Estás com inveja, por isso estás consumida pela raiva. – disse Propus, ainda mantendo os olhos fixos e profundos na amazona.


Safiya gelou e parecia não entender o que ele estava querendo dizer.


– Pítia abandonou a missão de ser cavaleiro de Atena para seguir com sua família, enquanto tu abandonaste a tua família e depois viraste uma amazona de Atena. – explicou Propus, deixando-a nervosa. – Por isso, o amaldiçoas, pois ele fez o que tu nunca tiveste coragem de fazer.


Safiya respirou forte e ficou nervosa. Olhou diretamente para o seu interior e percebeu que era praticamente isto. Parecia que aquele garoto estava lendo mais que sua mente e sim sua alma. No fundo, sabia que sentia saudades dos irmãos, mesmo com as brigas. Uma parte dela adoraria largar tudo para voltar para eles, já que seus pais haviam morrido muito cedo.


Viajou nos pensamentos e, sem perceber, começou a chorar, irritada mais ainda com Pítia e consigo mesma. Não sabia o que fazer. Propus mantinha o olhar fixo nela, sem dizer mais nada.


– Por que estás me torturando com essas intrigas? – indagou a amazona em tom lamentoso. – O que ganhas com isso?


– Apenas estou abrindo o teu coração para ver se segues o que queres seguir. – disse Propus. – Ainda mais com essa tua desilusão com o Grande Mestre.


Safiya olhou para Propus e se levantou em seguida. Parecia estar percebendo um possível joguinho do garoto.


– Por que queres que eu deixe o refúgio? – questionou a amazona. – O que estás mancomunando, garoto?


– Eu? Nada! – respondeu com uma risadinha. – Como falei, apenas acho que deverias seguir teu coração e encontrar tua família. São eles que completam a nossa existência.


– Eu não deixarei de ser uma amazona. – afirmou categoricamente. – Por mais que eu esteja desapontada com o mestre e com Atena, as convicções dela são mais fortes do que suas atitudes na forma terrena.


– Nunca falei que ia! Apenas disse que a família é o que completa o ser, e é exatamente o que eu estou indo fazer agora. Vou ver a única pessoa deste mundo que considero minha família.


Encerrada a conversa, Propus se virou e deixou a cabana. Safiya olhou intrigada, mas não menos assustada. Não imaginava como Propus poderia saber tanto sobre a sua vida. Em seguida, retirou a máscara novamente e voltou para a cama, pensativa.


Propus bateu a porta e, com um movimento rápido, ergueu o braço, se protegendo de um ataque que veio sorrateiro. No instante seguinte, Ário apareceu, com seus cabelos balançando no vento e seus olhos negros autoritários.


– Continua com essa mania, Ário. – comentou Propus. – Será essa a maneira de o senhor dizer para si mesmo que não perdeu o controle sobre seu aprendiz?


– O que foste fazer na cabana de Safiya? – perguntou Ário, ignorando as acusações. Já estava mais do que acostumado com as provocações do aprendiz. – Eu ouvi várias reclamações dela. Não te cansas de atiçar todo mundo?


– Psicologia reversa! Instigando Safiya a sair, eu consegui mantê-la aqui por mais algum tempo, porque ela jamais aceitaria o que os outros a aconselhariam. – revelou Propus, deixando Ário intrigado. – Agora que está entendido, com licença que eu vou atrás de algo que me interessa. Vou visitar Mona!


Ário ficou calado e viu o aprendiz caminhar por entre as casas e sumir de vista, tentando não se incomodar com os comentários de Propus. Não entendia a insistência dele em visitar aquela garota, tendo em vista as suas relações no refúgio. Parecia não demonstrar amor, ódio, apenas uma grande ironia. Porém, insistia em sempre manter laço com sua amiga da Palaestra.


De repente, um vulto surgiu à sua frente. Era uma figura imponente, com um longo manto.


– Olá, Ário! – cumprimentou o Grande Mestre, deixando o capricorniano intrigado com aquela presença. – Não deves te incomodar com o teu aprendiz por enquanto, principalmente porque estamos prestes a dar-lhe boas novas.


Ário abaixou a cabeça, não entendendo o que estava acontecendo e porque o mestre falava daquele jeito, mesmo após a crise com Pítia.


– Sabes por que Propus ainda não se tornou um cavaleiro de ouro, mesmo com toda a sua habilidade? – questionou a entidade seriamente.


– Por que o dono da armadura ainda está vivo! – respondeu rispidamente.


– Não por muito tempo! – respondeu.


– O que queres dizer com isso?


– Logo saberás! – respondeu, se virando e deixando o local em seguida. Ário bufou e também se retirou.

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Mona sorriu com a presença de Propus e correu ao seu encontro, dando um abraço apertado. Agora, apesar da idade, estava do mesmo tamanho que o amigo, que havia crescido ainda mais nesses meses passados. Seus cabelos castanhos e encaracolados estavam mais curtos do que antes, mas continuavam escorridos e femininos, indo até pouco abaixo de sua orelha. Seus olhos verdes estavam mais decididos e não refletiam mais insegurança, nem infantilidade.


– Há quanto tempo, Propus. – disse ela com uma voz imponente, perdendo boa parte da doçura. – Achei que tinhas me esquecido!


– Eu sempre estarei perto de ti, Mona. – respondeu Propus.


Mona se virou, aparentando um desapontamento. Não ligando para isso, Propus a puxou e ambos foram caminhar pela vila em que ela morava. Com o dia raiando, era possível perceber que se tratava de um local rural, com muitas plantações e poucas pessoas. Apesar da falta de modernidade, era aparentemente aconchegante e permitia boas condições de vida. Mona não tinha do que reclamar.


Sem demorar, pararam em baixo de uma árvore, colheram frutas e começaram conversar. O papo se estendeu por algum tempo, com Mona falando muito mais e Propus apenas ouvindo, prestando atenção em tudo o que ela contava e em todos os detalhes que existiam a sua volta.


Porém, passado um tempo, Propus interrompeu a garota, perguntando:


– Estás triste? Pareces que estás escondendo alguma coisa.


Mona mordeu os lábios, e se levantou, ficando meio abatida. Ficou alguns segundos em silêncio, mas depois ficou de frente para o garoto e perguntou:


– Por que continuas vindo aqui, Propus? Agora que eu amadureci eu sei que tens sangue frio demais e sentimentos como os que demonstraste da última vez não me parecem ser do teu feitio.


Sem parecer abalado com aquela pergunta, Propus também se levantou e, num ato impulsivo, deu um abraço em Mona, que o afastou em seguida.


– É sério, Propus. – continuou ela. – Nada disto se parece contigo.


– Eu já te falei desde que eu era criança. – explicou. – Quando eu estou longe de ti, eu sinto um vazio dentro de mim. Tu me completas, preenchendo esse espaço.


Mona chorou rapidamente e fechou os olhos, Propus aproximou os lábios e a tomou nos braços. O beijo durou por alguns segundos, quando a boca dela se congelou e o pescoço virou. Propus arregalou os olhos, se afastando e vendo a cena. A garota estava mole, manchada de sangue, aparentemente sem reações. Num ato rápido, ele olhou para todos os lados e colocou a mão no pescoço dela. Estava frio e sem vida.


De repente uma forte energia começou a se manifestar. Propus se levantou, enquanto dez cavaleiros negros rodeavam o ambiente. O garoto percorreu os olhos para todos eles e em seguida voltou a fitar o ponto onde havia a maior quantidade de energia cósmica. Logo, uma figura de cabelos longos e castanhos e de olhar insano apareceu diante dele. Sorria sadicamente, enquanto os outros faziam uma reverência.


– Finalmente te livrei da tua única fraqueza. – proferiu Alhena, rindo. – Espero que agora te desenvolvas por completo, meu filho.



Gustavo Fernandes, pode me matar!



Editado por Nikos
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Capítulo 40 lido.

 

Arkab de Sagitário é totalmente o oposto de todos os Sagitários da franquia em geral (seja canónico ou spinoff), manipulador, bajulador, intriguista, poderoso, calculista e um executor das opiniões contrárias aos seus camaradas e outros tipos de ideologias.

 

Coitada da pobre Wezn, não teve qualquer hipóteses contra um oponente dourado, pensei que ela seria morta, mas gostei de saber que Libânia a salvou por razão de amizade antiga, mas a Pomba deixou um recado a pensar e ponderar no assunto.

 

Safiya continua partir nos seus pensamentos e do choque que ainda não recuperou sobre o abandono de Pítia e também das atitudes do Grande Mestre. Mas a aparição de Propus é que foi o ponto mais alto e ainda aconselhou a sua superior usando a psicologia inversa, quem diria, o míudo amadureceu bem.

 

Mas esta última parte, foi o topo do bolo, a cereja que mostrou como um filme de terror. A morte da sua amada e uma chocante revelação, o filho de Alhena é Propus.

 

Meus parabéns, abraços e feliz 2015.

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Oi Nikos tudo bem? Li seu novo cap

 

Bem começamos com o desfecho do encontro entre Pomba e Sagitário, confesso que dutante toda a breve luta deles, torcia para o Faon aparecer para resgatar sua amada. Bom isso não aconteceu, mas gostei da Libania aparecer para honrar sua antiga amizade com a Wezn. No final ela deu um grande sermão na bronzeada,agora me pergunto o Pomba fará daqui para frente

 

Também estou curiosos para ver qual será a reação de Peixes agora que Alhena foi sentenciado de morte

 

Propus apareceu novamente para fazer intrigas, gostei dele provocando Safiya, só queria ver o que acoteceria com ele se tivesse irritado ela um pouco mais XD

 

No o garoto vai ver sua amada e a beija mais uma vez. Porém o momento romantico é quebrado qdo mata Mona(O_O como assim!?) e revela que na verdade Propus é seu filho. Poxa esta eu realmente não esperava, quer dizer o Propus sempre me pareceu um pouco geminiano(estou deduzindo que ele herdará a armadura do pai). Mas nunca imaginei que ela filho do Alhena, quer dizer agora a presença do gêmeos negro em Jamiel faz sentido mas mesmo assim...Realmente fiquei surpreso. Mas ainda fica questão quem é a mãe do menino? Libania? Confesso que seria legal, mas acho improvável

 

Só não gostei que vc tenha matado a Mona! Poxa até entendo o sentido na historia para isso, mas ela tinha tanto potencial, realmente fiquei triste com a morte dela, mais do já fiquei com a morte de todos os casais

 

Enfim é isso Nikos, parabéns e até a prox

Editado por Fimbul
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Nikos, eu vou mesmo te matar! Vamos por partes, sabe...

 

Arkab é um cara nojento e insuportável. Quero muito ele morrendo de forma cruel e dolorosa. Tirou a memória de Wezn para que ela esquecesse o encontro com Gibrial e quase a matou, sendo impedido no último momento por Libânia. Bem, estava claro que a Amazona de Pomba seria massacrada, mas realmente não esperava a intervenção da Pisciniana.

 

De qualquer forma, Libânia a salvou apenas pela consideração que tinha com Wezn pelos seus momentos no passado. Acho que a Dourada deve ter ficado triste internamente de ver uma antiga companheira servindo a Legião de Atena e traindo o refúgio daquela forma, mas claro que a sua personalidade forte não permitiu que ela demonstrasse isso. Humilhada, espancada e totalmente derrotada, Pomba revelou que os alvos de Arkab e do Grande Mestre são... :v

 

Propus já vai lá perturbar Safiya. Mas até que gostei de saber mais a respeito dela e de seu contraste com Pítia. Fico me perguntando quem seriam seus parentes... De qualquer forma, curti ainda mais seu background. E o Grande Mestre continua ficando cada vez mais misterioso. É dito que Propus poderia virar um Cavaleiro de Ouro caso o dono de sua armadura não tivesse vivo... Agora, quem deve ser?

 

"Não por muito tempo!" - As únicas pessoas que eu poderia ver que morreriam neste momento da história seriam Alhena, Sertan ou Pítia. Sertan porque Arkab e o Patriarca provavelmente vão tentar atacar a Legião de Atena. Pítia porque... Er... Palpite aleatório. E Alhena... :v

 

Bem, a cena de Propus e Mona estava fofa até que ela morreu beijando o garoto que amava. T_T Isso foi brutal, cara. Deve causar um trauma irreversível em Propus, se é que ele vá demonstrar alguma coisa. Afinal, o garoto é todo imprevisível. Mas espero que ele sofra pela perda que veio de seu próprio pai, Alhena! Por essa eu não esperava! Propus poderia ser o Cavaleiro de Gêmeos, mas até onde sei esta armadura está sem dono e o Grande Mestre disse que o dono da Armadura que Propus vestiria está vivo. Então... Acho que posso descartar. Em todo caso, fiquei MUITO surpreso em ver que Alhena é pai de Propus.

 

E duvido que a mãe seja Libânia kkkkkk

 

Abraços Nikos e parabéns por este excelente capítulo (Minha vontade de te matar ainda está de pé! /arma /lua)

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Capítulo 40 lido.

 

Arkab de Sagitário é totalmente o oposto de todos os Sagitários da franquia em geral (seja canónico ou spinoff), manipulador, bajulador, intriguista, poderoso, calculista e um executor das opiniões contrárias aos seus camaradas e outros tipos de ideologias.

 

Coitada da pobre Wezn, não teve qualquer hipóteses contra um oponente dourado, pensei que ela seria morta, mas gostei de saber que Libânia a salvou por razão de amizade antiga, mas a Pomba deixou um recado a pensar e ponderar no assunto.

 

Safiya continua partir nos seus pensamentos e do choque que ainda não recuperou sobre o abandono de Pítia e também das atitudes do Grande Mestre. Mas a aparição de Propus é que foi o ponto mais alto e ainda aconselhou a sua superior usando a psicologia inversa, quem diria, o míudo amadureceu bem.

 

Mas esta última parte, foi o topo do bolo, a cereja que mostrou como um filme de terror. A morte da sua amada e uma chocante revelação, o filho de Alhena é Propus.

 

Meus parabéns, abraços e feliz 2015.

 

Olá Saint.

 

Bem, alguém tinha que ser diferente né? Manter vários Aiolos ou Sísifos acaba sendo um pouco repetitivo, fora que acho-os insuportáveis, então não me agradaria continuá-los. Aliás, é muito difícil eu fazer um personagem absolutamente "certinho". POr mais que eu concorde que as pessoas deveriam agir como eles, fazer alguns com personalidades mais duvidosas é bem mais interessante.

 

Naquela luta, houve muito bem a diferença entre bronze e ouro. E, como a vida de Atena não estava em jogo caso a brônzea perdesse, não deu de fazer que nem as doze casas. kk. E o recado final não sei, também estou pensando.

 

Propus utilizou-se de sua chatisse a favor da permanência de Safiya (segundo ele). Ele sabia que ela jamais concordaria em abandonar o refúgio se alguém estivesse dizendo para ela fazer isso. Ela está cansada de joguinhos, como deu para ver.

 

Final é final!

 

Obrigado pelos comentários Saint, abração e feliz 2015 para ti também.

 

 

Oi Nikos tudo bem? Li seu novo cap

 

Bem começamos com o desfecho do encontro entre Pomba e Sagitário, confesso que dutante toda a breve luta deles, torcia para o Faon aparecer para resgatar sua amada. Bom isso não aconteceu, mas gostei da Libania aparecer para honrar sua antiga amizade com a Wezn. No final ela deu um grande sermão na bronzeada,agora me pergunto o Pomba fará daqui para frente

 

Também estou curiosos para ver qual será a reação de Peixes agora que Alhena foi sentenciado de morte

 

Propus apareceu novamente para fazer intrigas, gostei dele provocando Safiya, só queria ver o que acoteceria com ele se tivesse irritado ela um pouco mais XD

 

No o garoto vai ver sua amada e a beija mais uma vez. Porém o momento romantico é quebrado qdo mata Mona(O_O como assim!?) e revela que na verdade Propus é seu filho. Poxa esta eu realmente não esperava, quer dizer o Propus sempre me pareceu um pouco geminiano(estou deduzindo que ele herdará a armadura do pai). Mas nunca imaginei que ela filho do Alhena, quer dizer agora a presença do gêmeos negro em Jamiel faz sentido mas mesmo assim...Realmente fiquei surpreso. Mas ainda fica questão quem é a mãe do menino? Libania? Confesso que seria legal, mas acho improvável

 

Só não gostei que vc tenha matado a Mona! Poxa até entendo o sentido na historia para isso, mas ela tinha tanto potencial, realmente fiquei triste com a morte dela, mais do já fiquei com a morte de todos os casais

 

Enfim é isso Nikos, parabéns e até a prox

 

Olá Fimbul,

 

Fáon não é o Ikki não, para aparecer sempre do nada e após ser dado como morto. kkkk. Libânia salvou Wezn por isso e pelo desafeto com o mestre e Arkab. COntudo, discordoou veemente das atitudes dela e a julgou por ser uma traidora. Wezn estava enganando os amigos que confiavam nela, não é uma santinha também.

 

Intrigas, mas que dessa vez, pela justificativa dele, foi para mantê-la aqui. Se é verdade ou não não dá de saber. kkk. ACho que Propus sabe a hora de parar.

 

Sim, como assim, também fiquei boquiaberto nessa cena. Sim, não tinha pensado nisso. A ida de Alhena para Jamiel tinha sido bem jogada né? Parece que agora que tu falaste, ela fez um pouco de sentido. Eu tinha esse forte palpite de que ele tinha uma relação com Alhena porque, no capítulo 10 (eu acho), Feres se lembra de Alhena falando que adora ler (como Propus) e que Tejat (irmão de Alhena) é mestre nas ilusões (como Propus). Além de alguns outros indícios durante a fic.

 

Nikos, eu vou mesmo te matar! Vamos por partes, sabe...

 

Arkab é um cara nojento e insuportável. Quero muito ele morrendo de forma cruel e dolorosa. Tirou a memória de Wezn para que ela esquecesse o encontro com Gibrial e quase a matou, sendo impedido no último momento por Libânia. Bem, estava claro que a Amazona de Pomba seria massacrada, mas realmente não esperava a intervenção da Pisciniana.

 

De qualquer forma, Libânia a salvou apenas pela consideração que tinha com Wezn pelos seus momentos no passado. Acho que a Dourada deve ter ficado triste internamente de ver uma antiga companheira servindo a Legião de Atena e traindo o refúgio daquela forma, mas claro que a sua personalidade forte não permitiu que ela demonstrasse isso. Humilhada, espancada e totalmente derrotada, Pomba revelou que os alvos de Arkab e do Grande Mestre são... :v

 

Propus já vai lá perturbar Safiya. Mas até que gostei de saber mais a respeito dela e de seu contraste com Pítia. Fico me perguntando quem seriam seus parentes... De qualquer forma, curti ainda mais seu background. E o Grande Mestre continua ficando cada vez mais misterioso. É dito que Propus poderia virar um Cavaleiro de Ouro caso o dono de sua armadura não tivesse vivo... Agora, quem deve ser?

 

"Não por muito tempo!" - As únicas pessoas que eu poderia ver que morreriam neste momento da história seriam Alhena, Sertan ou Pítia. Sertan porque Arkab e o Patriarca provavelmente vão tentar atacar a Legião de Atena. Pítia porque... Er... Palpite aleatório. E Alhena... :v

 

Bem, a cena de Propus e Mona estava fofa até que ela morreu beijando o garoto que amava. T_T Isso foi brutal, cara. Deve causar um trauma irreversível em Propus, se é que ele vá demonstrar alguma coisa. Afinal, o garoto é todo imprevisível. Mas espero que ele sofra pela perda que veio de seu próprio pai, Alhena! Por essa eu não esperava! Propus poderia ser o Cavaleiro de Gêmeos, mas até onde sei esta armadura está sem dono e o Grande Mestre disse que o dono da Armadura que Propus vestiria está vivo. Então... Acho que posso descartar. Em todo caso, fiquei MUITO surpreso em ver que Alhena é pai de Propus.

 

E duvido que a mãe seja Libânia kkkkkk

 

Abraços Nikos e parabéns por este excelente capítulo (Minha vontade de te matar ainda está de pé! /arma /lua)

 

Olá Gustavo,

 

Pode me matar mesmo. kkk. Aliás, mata o Alhena.

 

Como eu falei pro Saint, Ouro x Bronze geralmente dá ouro, se não há algo que despenque o desequilíbrio da balança. É foda. As que bom que Libânia apareceu.

 

Tem que ver um pouco a visão de Arkab. Ele acredita muito no Grande Mestre, como se fosse um Deus. ELe acha que Wezn, Gibrial, ALhena, Sertan e o escambau devem morrer porque estão cometendo um sacrilégio. Só que como ele louva alguém altamente questionável, é natural que seus métodos também sejam. kkkk. E eu não desejo a morte dele, é mais um cavaleiro para desfalcar Atena.

 

Libânia a salvou pelo passdo mesmo. Acho que ela ficou realmente triste, mas, mais do que isso, decepcionada. É mais alguém que não era confiável naquele bando. Imagina se Safiya iria gostar, ela que achou um absurdo tantas armações.

 

Propus foi perturbar Safiya, mas conseguiu mantê-la aqui. Se esta foi a sua intenção ou não, pelo menos o que ele justificou para Ário foi cumprido. Não sei quem seriam seus parentes. Espero vê-los algum dia. Talvez sejam interessantes.

 

Olha, desses aí que citaste eu descartaria IMEDIATAMENTE Pítia, porque duvido que o Mestre se atreveria a ir para Atlântida só para matar Pítia. Se ele não faz isso nem por Atena, quanto mais para vencer a Guerra. Fora que matar o filho de um Deus com certeza causaria a sua morte de maneira lenta e dolorosa.

 

Fiquei com medo do teu emotion ali em baixo. Sério! AAh. Culpe o Alhena não eu. Agora como Propus vai reagir? Não sei, final é final e não vou comentar mais do último grande parágrafo.

 

Valeu Gustavo pelos comentários! Até a próxima

 

Abração.

 

E a mãe? Quem é mesmo? Olha... Se for Libânia, isso pode justificar seu "desaparecimento" logo após a batalha contra Oceano. Sabemos que ela foi para Jamiel se intitular o mensageiro de Gaia, mas o que ela fez até lá não dá de saber.

 

Eu não matei ninguém! Sou um mero espectador. Quem atacou foi o Alhena! Também fiquei triste, estupefato para falar a verdade, doeu o coração.

 

Valeu então Fimbul pelos comentários,

 

Abração

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Capítulo 40 lido.

 

Arkab de Sagitário é totalmente o oposto de todos os Sagitários da franquia em geral (seja canónico ou spinoff), manipulador, bajulador, intriguista, poderoso, calculista e um executor das opiniões contrárias aos seus camaradas e outros tipos de ideologias.

 

Coitada da pobre Wezn, não teve qualquer hipóteses contra um oponente dourado, pensei que ela seria morta, mas gostei de saber que Libânia a salvou por razão de amizade antiga, mas a Pomba deixou um recado a pensar e ponderar no assunto.

 

Safiya continua partir nos seus pensamentos e do choque que ainda não recuperou sobre o abandono de Pítia e também das atitudes do Grande Mestre. Mas a aparição de Propus é que foi o ponto mais alto e ainda aconselhou a sua superior usando a psicologia inversa, quem diria, o míudo amadureceu bem.

 

Mas esta última parte, foi o topo do bolo, a cereja que mostrou como um filme de terror. A morte da sua amada e uma chocante revelação, o filho de Alhena é Propus.

 

Meus parabéns, abraços e feliz 2015.

 

Olá Saint.

 

Bem, alguém tinha que ser diferente né? Manter vários Aiolos ou Sísifos acaba sendo um pouco repetitivo, fora que acho-os insuportáveis, então não me agradaria continuá-los. Aliás, é muito difícil eu fazer um personagem absolutamente "certinho". POr mais que eu concorde que as pessoas deveriam agir como eles, fazer alguns com personalidades mais duvidosas é bem mais interessante.

 

Naquela luta, houve muito bem a diferença entre bronze e ouro. E, como a vida de Atena não estava em jogo caso a brônzea perdesse, não deu de fazer que nem as doze casas. kk. E o recado final não sei, também estou pensando.

 

Propus utilizou-se de sua chatisse a favor da permanência de Safiya (segundo ele). Ele sabia que ela jamais concordaria em abandonar o refúgio se alguém estivesse dizendo para ela fazer isso. Ela está cansada de joguinhos, como deu para ver.

 

Final é final!

 

Obrigado pelos comentários Saint, abração e feliz 2015 para ti também.

 

 

Oi Nikos tudo bem? Li seu novo cap

 

Bem começamos com o desfecho do encontro entre Pomba e Sagitário, confesso que dutante toda a breve luta deles, torcia para o Faon aparecer para resgatar sua amada. Bom isso não aconteceu, mas gostei da Libania aparecer para honrar sua antiga amizade com a Wezn. No final ela deu um grande sermão na bronzeada,agora me pergunto o Pomba fará daqui para frente

 

Também estou curiosos para ver qual será a reação de Peixes agora que Alhena foi sentenciado de morte

 

Propus apareceu novamente para fazer intrigas, gostei dele provocando Safiya, só queria ver o que acoteceria com ele se tivesse irritado ela um pouco mais XD

 

No o garoto vai ver sua amada e a beija mais uma vez. Porém o momento romantico é quebrado qdo mata Mona(O_O como assim!?) e revela que na verdade Propus é seu filho. Poxa esta eu realmente não esperava, quer dizer o Propus sempre me pareceu um pouco geminiano(estou deduzindo que ele herdará a armadura do pai). Mas nunca imaginei que ela filho do Alhena, quer dizer agora a presença do gêmeos negro em Jamiel faz sentido mas mesmo assim...Realmente fiquei surpreso. Mas ainda fica questão quem é a mãe do menino? Libania? Confesso que seria legal, mas acho improvável

 

Só não gostei que vc tenha matado a Mona! Poxa até entendo o sentido na historia para isso, mas ela tinha tanto potencial, realmente fiquei triste com a morte dela, mais do já fiquei com a morte de todos os casais

 

Enfim é isso Nikos, parabéns e até a prox

 

Olá Fimbul,

 

Fáon não é o Ikki não, para aparecer sempre do nada e após ser dado como morto. kkkk. Libânia salvou Wezn por isso e pelo desafeto com o mestre e Arkab. COntudo, discordoou veemente das atitudes dela e a julgou por ser uma traidora. Wezn estava enganando os amigos que confiavam nela, não é uma santinha também.

 

Intrigas, mas que dessa vez, pela justificativa dele, foi para mantê-la aqui. Se é verdade ou não não dá de saber. kkk. ACho que Propus sabe a hora de parar.

 

Sim, como assim, também fiquei boquiaberto nessa cena. Sim, não tinha pensado nisso. A ida de Alhena para Jamiel tinha sido bem jogada né? Parece que agora que tu falaste, ela fez um pouco de sentido. Eu tinha esse forte palpite de que ele tinha uma relação com Alhena porque, no capítulo 10 (eu acho), Feres se lembra de Alhena falando que adora ler (como Propus) e que Tejat (irmão de Alhena) é mestre nas ilusões (como Propus). Além de alguns outros indícios durante a fic.

 

Nikos, eu vou mesmo te matar! Vamos por partes, sabe...

 

Arkab é um cara nojento e insuportável. Quero muito ele morrendo de forma cruel e dolorosa. Tirou a memória de Wezn para que ela esquecesse o encontro com Gibrial e quase a matou, sendo impedido no último momento por Libânia. Bem, estava claro que a Amazona de Pomba seria massacrada, mas realmente não esperava a intervenção da Pisciniana.

 

De qualquer forma, Libânia a salvou apenas pela consideração que tinha com Wezn pelos seus momentos no passado. Acho que a Dourada deve ter ficado triste internamente de ver uma antiga companheira servindo a Legião de Atena e traindo o refúgio daquela forma, mas claro que a sua personalidade forte não permitiu que ela demonstrasse isso. Humilhada, espancada e totalmente derrotada, Pomba revelou que os alvos de Arkab e do Grande Mestre são... :v

 

Propus já vai lá perturbar Safiya. Mas até que gostei de saber mais a respeito dela e de seu contraste com Pítia. Fico me perguntando quem seriam seus parentes... De qualquer forma, curti ainda mais seu background. E o Grande Mestre continua ficando cada vez mais misterioso. É dito que Propus poderia virar um Cavaleiro de Ouro caso o dono de sua armadura não tivesse vivo... Agora, quem deve ser?

 

"Não por muito tempo!" - As únicas pessoas que eu poderia ver que morreriam neste momento da história seriam Alhena, Sertan ou Pítia. Sertan porque Arkab e o Patriarca provavelmente vão tentar atacar a Legião de Atena. Pítia porque... Er... Palpite aleatório. E Alhena... :v

 

Bem, a cena de Propus e Mona estava fofa até que ela morreu beijando o garoto que amava. T_T Isso foi brutal, cara. Deve causar um trauma irreversível em Propus, se é que ele vá demonstrar alguma coisa. Afinal, o garoto é todo imprevisível. Mas espero que ele sofra pela perda que veio de seu próprio pai, Alhena! Por essa eu não esperava! Propus poderia ser o Cavaleiro de Gêmeos, mas até onde sei esta armadura está sem dono e o Grande Mestre disse que o dono da Armadura que Propus vestiria está vivo. Então... Acho que posso descartar. Em todo caso, fiquei MUITO surpreso em ver que Alhena é pai de Propus.

 

E duvido que a mãe seja Libânia kkkkkk

 

Abraços Nikos e parabéns por este excelente capítulo (Minha vontade de te matar ainda está de pé! /arma /lua)

 

Olá Gustavo,

 

Pode me matar mesmo. kkk. Aliás, mata o Alhena.

 

Como eu falei pro Saint, Ouro x Bronze geralmente dá ouro, se não há algo que despenque o desequilíbrio da balança. É foda. As que bom que Libânia apareceu.

 

Tem que ver um pouco a visão de Arkab. Ele acredita muito no Grande Mestre, como se fosse um Deus. ELe acha que Wezn, Gibrial, ALhena, Sertan e o escambau devem morrer porque estão cometendo um sacrilégio. Só que como ele louva alguém altamente questionável, é natural que seus métodos também sejam. kkkk. E eu não desejo a morte dele, é mais um cavaleiro para desfalcar Atena.

 

Libânia a salvou pelo passdo mesmo. Acho que ela ficou realmente triste, mas, mais do que isso, decepcionada. É mais alguém que não era confiável naquele bando. Imagina se Safiya iria gostar, ela que achou um absurdo tantas armações.

 

Propus foi perturbar Safiya, mas conseguiu mantê-la aqui. Se esta foi a sua intenção ou não, pelo menos o que ele justificou para Ário foi cumprido. Não sei quem seriam seus parentes. Espero vê-los algum dia. Talvez sejam interessantes.

 

Olha, desses aí que citaste eu descartaria IMEDIATAMENTE Pítia, porque duvido que o Mestre se atreveria a ir para Atlântida só para matar Pítia. Se ele não faz isso nem por Atena, quanto mais para vencer a Guerra. Fora que matar o filho de um Deus com certeza causaria a sua morte de maneira lenta e dolorosa.

 

Fiquei com medo do teu emotion ali em baixo. Sério! AAh. Culpe o Alhena não eu. Agora como Propus vai reagir? Não sei, final é final e não vou comentar mais do último grande parágrafo.

 

Valeu Gustavo pelos comentários! Até a próxima

 

Abração.

 

E a mãe? Quem é mesmo? Olha... Se for Libânia, isso pode justificar seu "desaparecimento" logo após a batalha contra Oceano. Sabemos que ela foi para Jamiel se intitular o mensageiro de Gaia, mas o que ela fez até lá não dá de saber.

 

Eu não matei ninguém! Sou um mero espectador. Quem atacou foi o Alhena! Também fiquei triste, estupefato para falar a verdade, doeu o coração.

 

Valeu então Fimbul pelos comentários,

 

Abração

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Ficha dos Personagens: Capítulo 40


Wezn de Pomba: Amazona de bronze, espiã da Legião de Atena no refúgio. Ao descobrir que Pítia era filho de Nereu, ela tentou contatar o grupo rebelde, quando foi descoberta por Arkab de Sagitário. Desesperada pela sobrevivência, ela atacou o cavaleiro com toda a força, mas foi facilmente sucumbida. Quando estava prestes a morrer, foi salva por Libânia de Peixes, que a curou com suas poções e consertou sua armadura, mandando-a a ir embora em seguida.

 

Arkab de Sagitário: Cavaleiro de ouro, maior seguidor do mestre. Seguiu Wezn, justificando que já desconfiava da sua traição. Completamente obsecado pelo Grande Mestre, conseguiu convencê-lo a destruir todos aqueles que questionam sua autoridade, incluindo Alhena e a Legião de Atena. Atacou a amazona de Pomba, vencendo-a facilmente, mas foi dopado por Libânia, desmaiando sem que soubesse o que aconteceu.

 

Libânia de Peixes: Amazona de ouro, antiga membra da Guarda de Ouro. Chegou a tempo de salvar Wezn de Arkab, mas revela que fez isso apenas por amizade, porque não consegue aceitar a traição dela. Ao ouvir que Arkab pretende se livrar de todos os traidores, ela correu em direção ao refúgio em desespero.

 

 

 

Safiya de Escorpião: Amazona de ouro de origens egípcias. Revoltada porque o mestre e Atena esconderam de Pítia sobre a sua verdadeira origem, ela se dispôs a abandonar o refúgio, quando foi provocada por Propus. Não aceitando as insinuações dele, instigando-a a sair, ela resolve ficar.

 

 

Propus: Aprendiz de Ário, com uma mente indecifrável. Voltou para o vilarejo onde Mona estava. Dizendo para ela que sente um grande vazio em sua ausência, ele a beija. O momento é interrompido quando o corpo de Mona congela e ele confirma o óbito da amiga. No mesmo instante, Alhena aparece e revela que é seu pai.

 

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CAPÍTULO 41

 

Propus ergueu a sobrancelha e fitou Alhena, que soltava risos insanos a cada intervalo de tempo. A atitude do garoto diante de tal notícia ainda serviu para animá-lo ainda mais. A surpresa da informação deixou o cavaleiro negro completamente tomado por uma alegria insana. Dava gargalhadas pausadas e batia palmas como uma criança animada que conseguiu completar uma peraltice.


Logo, os demais cavaleiros negros ao redor de Alhena começaram a rir, como se estivessem em sintonia com o seu mentor, que trajava a armadura negra de Gêmeos.


Tu não sabias! – continuou Alhena, com um tom infantil. – Então havia algo que o grande e emblemático Propus não tinha conhecimento. Dessa vez eu te superei, meu filho. Por que então tu não conseguiste ler a minha mente naquele outro dia? Por que não podes!


Impassível diante de toda aquela cena, Propus simplesmente fechou os olhos, tentou ativar a própria memória e, de repente, deu um leve sorriso nos lábios. Alhena olhou para aquela demonstração facial e perdeu um pouco da expressão insana, ficando com um porte mais sério.


– Tu eras o homem que me carregava aos braços naquela noite chuvosa e me entregou na Palaestra. – explicou o garoto. – Minha memória não estava completamente formada e eu não conseguia ter certeza da imagem. Mas, o que é o cérebro? É apenas uma caixa de lembranças que podem ser ativadas com um estímulo. Agora entendo tudo!


Alhena riu, saboreando a situação, seus cabelos começavam a se arrepiar e seus olhos alternavam entre insanidade e racionalidade. Propus continuou com os olhos fechados. Era impossível saber o que se passava na mente do garoto naquele instante.


– Ário, o meu mestre, também sabia, por isso que ele temia que caísse na insanidade como tu. – continuou Propus, deixando Alhena impressionado. – O Grande Mestre também e julgo provavelmente que Arkab era outro que detinha esse conhecimento. Creio que são os únicos que tiveram essa informação. Não… Ras, Feres e Tamuz também sabiam e, se eles sabiam, quer dizer então que foi Sertan que passou para o Grande Mestre e, provavelmente foi adquirida quando tu participaste da Legião de Atena.


Quanto mais Propus discursava, mais Alhena ficava perturbado, esboçando certo grau de preocupação. Seu olhar mudava de direção a cada instante e sua respiração aumentava. Não sabia o que fazer, só ficava prestando atenção naquela imensidão de deduções que Propus fazia, sentindo que perdera completamente o controle da situação.


– Entretanto, eu não sei até que ponto tu tens realmente convicção do que vieste fazer aqui. – discursou Propus. – Tu és completamente insano. Uma mente perturbada é de fácil percepção, mas um cérebro completamente embaralhado e tomado por uma divisão de personalidades é uma incógnita. Sim, podes sorrir, eu não sei o que se passa na tua mente.


Ouvindo o que o seu filho disse, Alhena deu dois passos para trás e voltou a sorrir com tamanha confissão. O que ele havia previsto no início estava certo. Assim, num impulso, abriu os braços de um lado para o outro e fechou os olhos, começando a discursar:


– Sabes como eu sei do vazio que sentes ao ficares longe desta garota? – indagou Alhena. – Sabes por que isto te torna tão limitado e fraco?


Propus nada respondeu, apenas ficou fitando Alhena, mantendo os braços cruzados, observando o guerreiro dos pés a cabeça.


– Porque eu era igual a ti, meu filho. – explicou Alhena, agora com leves gotas de lágrimas caindo dos olhos. Sua expressão, que era firme, aparentava ser insanamente amável naquele instante. – Eu, como tu, sempre me senti incompleto, talvez devido à nossa constelação guardiã de Gêmeos. Sabias disso, não?


O garoto continuou em silêncio, mas não deixava de manter uma expressão fixa e um olhar atento que deixava Alhena um pouco incomodado.


– Bem, se esta é mais uma informação desconhecida para ti, eu vou continuar. – riu Alhena, tentando, acima de tudo, tomar o controle da situação. – A minha cara-metade, a pessoa que eu sempre senti que me completava era o meu irmão Tejat. Ele era um brilhante guerreiro e um ótimo irmão. Contudo, quando ele foi exilado, um vazio tomou conta de mim. Eu me sentia completamente preso a ele e não queria perdê-lo. Isso se intensificava ainda mais com o aumento da insanidade que crescia dentro de mim. Eu tentei me abolir desse vazio, me relacionando com tua mãe e isso funcionou por algum tempo, mas ela também morreu e mais uma vez eu me agarrava ao espírito do meu irmão. Eu achava que iria sofrer com esse vazio para sempre, ainda mais quando Tejat morreu, tornando a sensação insuportável. Todavia, a sua morte me deu ideia de eternidade. Eu sabia que jamais iria preencher aquele vazio novamente e, finalmente, consegui driblá-lo. Eu notei que, depois disso, meus poderes aumentaram. Eu senti que não havia mais limites,

que era o sentimento de segurança que meu irmão me passava que me segurava, era ele que…


Alhena iria continuar a falar, quando Propus abriu um largo sorriso, interrompendo completamente seu raciocínio e o deixando um pouco irritado.


– Acabou? – começou Propus, com um pigarrear de risadas. – Tal estratagema só poderia ter vindo de uma mente insana como a tua, Alhena. Vamos ser sinceros, o que tu pretendias com isso?


O antigo geminiano tentou falar alguma coisa, mas não conseguiu, apenas gaguejava. Antecipando-se a qualquer rebatimento, Propus fixou o olhar profundo nos olhos de Alhena, deixando-o amplamente perturbado, e continuou a falar:


– Alhena, ou papai, como desejares, tu és patético! Montaste toda esta situação apenas para tentar me deixar mais forte igual a ti? E o que eu ganharei sendo assim? Viraria um insano que satisfaz o seu próprio ego destruindo a torto e a direito, agindo na completa falta de racionalidade? Passaria o resto dos meus dias fugindo dos guerreiros de Atena com uma armadura negra, não sabendo qual é o meu objetivo neste mundo? Para! Acho que não calculaste nada do que fizeste e esse foi mais um dos milhões de erros na tua vida.


Alhena respirava irritado, seu cabelo se arrepiava mais e seus olhos se escureciam.


– Agora estás irritado porque eu estou interpretando as coisas de uma maneira diferente do que tu imaginavas, não é? – antecipou Propus, fazendo Alhena engolir a saliva porque era exatamente isso que ele estava pensando naquele momento. – Achas que eu sou tomado por emoções baratas? Pareces que não conheces realmente o teu filho. A única coisa que resultou desta situação toda foi a morte de uma inocente e a continuação da sensação de vazio que eu tenho, que, naturalmente, será ofuscada, não alterando em nada a minha força.


Dito isso, Propus se virou, ignorando a presença de Alhena, que ficava cada vez mais irritado. Assim, num impulso, o cavaleiro negro pisoteou o chão, produzindo uma pressão. Se esquivando facilmente, Propus saltou e se voltou para o pai, mantendo aquele olhar profundo que deixava o antigo geminiano cada vez mais insano.


– Aonde pensas que estavas indo? – pigarreou Alhena com uma voz mais seca que o normal. – Vais sair assim sem mais nem menos?


– Eu já falei que teu plano não adiantou de nada, papai. – rebateu Propus com um tom completamente irônico. – Esperavas que eu estivesse tomado pelo ódio e pela raiva por teres matado Mona e assim te enfrentaria com todo o meu poder, vencendo as limitações do meu vazio e me tornando um cavaleiro de verdade? Que história romântica e amplamente fora de si. Teu plano foi um fracasso, assim como a tua vida!


Alhena apertou os dedos pelas mãos e ficou observando os olhos de Propus, que pareciam engolir tudo com tamanha profundidade e atenção. Sua mente se revirou e sua expressão se tornou amplamente insana, com os cabelos ainda mais arrepiados, piscando sem parar a cada instante.


Propus continuou olhando o pai por alguns minutos, sem esboçar qualquer reação por nada do que havia acontecido naquele momento.


– Esses olhos… esse olhos… – disse Alhena secamente, respirando alto. – eles são os mesmos olhos que… ATAQUEM, SEUS IDIOTAS!


Sem entender, apenas acatando as ordens, os cavaleiros negros pularam para cima de Propus lançando ataques em direção ao garoto, que mal se moveu. A maioria tinha uma expressão insana ou sádica no rosto. Eram todos cavaleiros ou aprendizes banidos devido à falta de senso de justiça, cujas loucuras só se intensificaram com os anos de isolamento na Ilha da Rainha da Morte.


O conjunto de ataques culminou numa nuvem de poeira. Os guerreiros riam, com a exceção de Alhena, que mordia os lábios, parecendo insatisfeito. Quando a fumaça abaixou, Propus estava ileso, com a mão direita erguida para cima, produzindo uma pressão que anulou os golpes.


Percebendo a cara de espanto dos cavaleiros negros, Propus sorriu, ergueu a palma da mão para cima e gritou em alta voz:


– OUTRA DIMENSÃO!


Uma grande energia foi produzida e, como se o espaço e tempo se distorcesse naquele momento, uma fenda dimensional se abriu no céu. Os cavaleiros negros se assustaram mais ainda, pois sabiam do efeito do ataque. Logo, uma grande força foi emanada e tudo acabou sendo sugado para aquele buraco. Não tardou e todos foram absorvidos, ficando perdidos na imensidão da massa de tempo e espaço.


Sem esboçar qualquer outra reação, exceto um leve sorriso, Propus fechou a mão e também a fenda temporal. Impressionado, Alhena observou a tudo com a expressão um pouco mais aliviada, parecendo satisfeito com o poder com que seu filho havia assumido. Entretanto, logo tomando a expressão infantil, ele bateu as palmas e afirmou:


– Bravo, muito bravo! – parabenizou Alhena. – Nunca imaginei que dominarias essa técnica assim tão bem.


– Eu soube há anos da minha constelação guardiã. Por isso, observei bem os teus ataques em Jamiel há três anos. Foi difícil manipulá-los depois disso, mas com algumas doses de treinamento consegui desenvolver a força necessária. – explicou Propus, fazendo com que Alhena risse, esboçando uma satisfação. – Porém, não farei o teu joguinho, papai. Não irei lutar contra ti, como estás esperando.


– Mas…


– Não farei isto porque tal ato não me trará nenhuma vantagem. – constatou o garoto. – Aliás, poderia me render apenas a armadura de Gêmeos, se porventura eu te vencesse, mas é um risco grande de mais para ser corrido. Com o teu grau de insanidade, as consequências dessa batalha podem ser desastrosas e eu sei que a tua eliminação é questão de tempo. Ninguém sobrevive com essa bomba interna que é a tua mente.


Alhena mordeu os lábios, mais uma vez tomado pela raiva. Cada vez que observava aqueles olhos profundos e o ouvia falar incansavelmente, sentia a mente fervilhar e a insanidade aumentar cada vez mais. Seu filho tinha razão, havia uma bomba no seu cérebro que estava prestes a explodir e, para aliviar isso, gastava sua energia destruindo outras coisas.


Sem se preocupar com a confusão mental do pai, Propus simplesmente se virou, ignorando aquela criatura e se prontificando a voltar para o refúgio. Contudo, uma fagulha voou em sua direção rapidamente, obrigando-o a dar um salto para escapar. Atento, ele se voltou para Alhena, que estava com o dedo para frente, com uma expressão amplamente insana no rosto.


– Onde pensas que vai? – falou com uma voz fina, mas com um tom amável e um olhar doce, logo mudado para uma expressão sádica e uma voz grossa. – Já que queres tanto um motivo para lutar, te darei um. Será a tua própria sobrevivência. Me enfrenta agora se quiseres continuar vivo.


Sem pestanejar, Alhena lançou várias fagulhas de energia em direção a Propus. O garoto se moveu rapidamente, tentando se esquivar e bloqueá-las. No entanto, elas se tornaram cada vez mais rápidas e fortes, atingindo-o em cheio, derrubando-o para trás, causando alguns ferimentos superficiais.


Levantando rapidamente, Propus também apontou a mão para frente e contra-atacou da mesma forma. Preparado, Alhena apontou o braço para frente, soltando uma forte pressão de ar, que dissipou todo o golpe do filho, atirando-o para trás, rasgando parte da vestimenta do garoto e machucando ainda mais os seus ossos. O cavaleiro negro riu e já se preparava para golpear de novo, enquanto Propus se levantava.


– Achas que eu iria ser acertado por esses golpes medíocres de um aprendiz? – zombou Alhena com uma voz seca. Seus olhos se escureciam e suas pálpebras piscavam num ritmo acelerado. – Eu conheço todos eles, já que são obras das minhas mãos. Esses truques não funcionarão comigo. Agora sente novamente o meu poder!


Alhena lançou uma grande pressão de ar em direção a Propus. Preparado, o garoto apontou a mão para frente e tentou bloquear o ataque imitando os movimentos do pai. Os golpes se chocaram e ambos foram atirados para trás. Tomado pela surpresa, Alhena rolou, enquanto Propus desceu suavemente ao chão, elevou o cosmo e exclamou:


– OUTRA DIMENSÃO!


Um portal dimensional se abriu e, como um buraco negro, começou a sugar tudo ao redor. Alhena, entretanto, não se moveu, apenas ficou de pé como se nada estivesse acontecendo. Com uma expressão séria, Propus fechou a mão e cessou o ataque. O cavaleiro negro riu com o fracasso do filho e já elevava o cosmo novamente.


– Vou repetir: teus golpes jamais terão efeito em mim! – reforçou Alhena, agora com uma voz grossa e imponente. – Eu posso caminhar livremente entre as dimensões e não será um ataque imitado que me tirará de rota.


– Tua mente já está fora de rota há muito tempo, papai. – zombou Propus, mas Alhena não lhe deu ouvidos.


– Agora sentirás na pele o verdadeiro portal dimensional. OUTRA DIMENSÃO!


Diferentemente de quando Propus lançou o ataque, agora todo o céu se transformou em uma fenda dimensional. Logo, os telhados das casas e até algumas pessoas foram arrastados por aquele golpe. Sem se preocupar com as consequências, Alhena continuava a fortalecê-lo e, com uma grande energia, enviou o filho para o meio daquela massa de tempo e espaço.


O cavaleiro negro ria enquanto o Propus parecia vaga perdido indefinidamente. Não obstante, o garoto fechou os olhos e aumentou o cosmo até conseguir ficar de pé em meio à dobra temporal-espacial. Alhena aplaudiu como uma criança, emocionado com a capacidade do filho e surpreso com a força do seu cosmo, que aumentava a cada instante.


– Eu também sei as peculiaridades desse golpe, papai. – explicou Propus, com a mesma expressão de sempre. – Agora eu também sei que nem mesmo tu serás capaz de bloquear o que eu vou fazer agora.


Alhena pensou por um momento e arregalou os olhos. Não podia acreditar naquilo. Parecendo prever os pensamentos do pai, Propus confirmou:


– Sim, é exatamente o golpe que tu estás pensando. A essência de Gêmeos. EXPLOSÃO GALÁCTICA!


Uma gigantesca energia começou a ser emanada de Propus e, como se o universo todo fosse consumido, uma supernova foi produzida. A fenda temporal criada por Alhena foi rasgada e tudo ao redor do guerreiro seguiu esse caminho. Sabendo que ia ser derrotado, o antigo geminiano apontou os dois braços para cima e lançou uma forte energia para contra-atacar, mas foi em vão, sendo completamente engolido pelo ataque.


Com a dor pairando sobre o seu corpo, Alhena sentiu que a armadura negra estava prestes a se despedaçar e que sua mente aos poucos ia deixar o seu corpo. Estaria morrendo?


De repente, recobrou a consciência. Estava todo ferido, sentindo o corpo praticamente pedindo para um descanso eterno. Abriu os olhos e se viu num gigantesco local abandonado, tomado por uma nuvem de fumaça. Seria esse o inferno? Não, apesar de tudo, ainda se sentia vivo.


Logo, uma figura começou a surgir em meio à fumaça. Suas feições estavam escondidas, não podendo se distinguir o que era. Contudo, algo se destacava no meio daquele vulto e Alhena gelou quando viu aqueles olhos profundos e dominadores naquele corpo alto e imponente.


– Agora, Alhena, tu vais pagar por tudo. Eu terei a minha vingança…


– Não… NÃÃO!


Alhena lançou uma energia diante daquela figura, fazendo com que ela se desintegrasse. De repente, todo o espaço que ele via perdia a forma e ele voltava a estar no vilarejo de Mona, com Propus caído à sua frente por ter recebido parte do golpe desferido pelo antigo geminiano.


Como num estalo, toda expressão de Alhena mudou para a forma mais insana possível. Os olhos estavam completamente negros e os cabelos estavam tão agitados e escuros que o deixavam irreconhecível. Propus se levantou calmamente, ainda tentando conter os machucados, enquanto Alhena lançava fagulhas, derrubando-o novamente.


– Tu cometeste o último erro, seu pirralho maldito. – grunhiu Alhena com uma voz extremamente áspera e insana. – Essas ilusões, esses olhos, essa passividade, tudo é igual a… NÃO SOBREVIVERÁS!


Sem pensar nas consequências, Alhena lançou inúmeras fagulhas de energia. Ainda levemente ferido, Propus conseguiu lançar uma pressão de ar para bloqueá-las. Entretanto, Alhena continuava a golpear e, com o cosmo num ponto incrível, cruzou os braços, apontou-os para cima e exclamou:


– EXPLOSÃO GALÁCTICA!


O céu todo foi desintegrado e tudo o que estava entre Alhena e Propus havia desaparecido. Tentando impedir o ataque, o garoto lançou todo o cosmo, que foi completamente sobrepujado. Atingido em cheio pelo golpe e sem uma armadura, Propus caiu no chão, aparentemente sem consciência, mas com os olhos tomados pelo sofrimento.


Alhena observou aquele corpo ferido e lutando pela sobrevivência e, de repente, toda a insanidade desapareceu. Num ato impulsivo, colocou a mão na própria cabeça e gemeu de dor. Seus olhos ficaram mais claros, tendo o mesmo castanho do de Propus e seu cabelo voltou a ficar liso, mas extremamente comprido e mal cuidado.


Fitou mais uma vez o garoto e observou os olhos. Estava errado e deixara que a insanidade o fizesse a cometer um ato trágico e atacar a pessoa errada. Como se tivesse tomado pelo arrependimento, começou a chorar, pensando que tudo o que fizera foi um erro.


Propus, no entanto, não se entregou e, com uma força de vontade imensa, se pôs de pé, voltando a ter os olhos determinados de antes. Alhena esboçou um sorriso ao ver aquela cena e ficou sério. Por um lado estava satisfeito com a determinação do filho.


Implacável, Propus elevou o cosmo ao máximo, ergueu os braços para cima e, superando a dor, exclamou:


– EXPLOSÃO GALÁCTICA!


Totalmente são, Alhena também fez o mesmo movimento e gritou:


– EXPLOSÃO GALÁCTICA!


O choque de energias produziu um espetáculo magnífico. Os dois ataques se concentraram num grande big bang prestes a explodir, enquanto tudo ao redor parecia ser arrastado para o interior dessa concentração, que crescia. Ambos elevavam o cosmo para manter a energia, que insistia em manter o equilíbrio.


– Não vou perder para um insano que nem tu, papai. – disse Propus, tentando sobrepujar a energia do adversário, concentrando todo o poder nos punhos.


– Pelo contrário, Propus. – rebateu Alhena, agora com uma voz firme e paterna. – Eu sou insano, sim! Mas tenho algo que tu desdenhas: a emoção, a vontade de vencer. Tu és apenas uma casca seca e provavelmente isto tenha sido culpa minha. Mas, independente disso, eu tenho alma e essa é a essência de um verdadeiro… cavaleiro de Atena. AAAAAAH!


Alhena concentrou o restante da energia, que, por um instante, venceu a de Propus, arremessando-o para trás, caindo no chão, inconsciente.


Cansado, Alhena tombou, botou a mão no próprio coração e observou Propus, ficando sério. Por um lado, estava satisfeito com a grande evolução do garoto, mas por outro, percebeu que não era o vazio que atrapalhava Propus e nem a ele mesmo e sim os bloqueios e limites criados pela própria mente.


Sem pensar, ele deu alguns passos para frente, indo em direção ao filho, se abaixando e colocando a mão no seu cabelo, acariciando-o. Sabia que ele não iria morrer. O choque das duas explosões havia anulado o efeito total, diminuído a força fatal e isso era o suficiente para deixá-lo vivo.


Abandonando-o à própria sobrevivência, Alhena se levantou e, sem nenhum trabalho, ergueu a mão para cima, produzindo uma forte energia. Uma fenda no espaço tempo se abriu e seis dos dez cavaleiros negros que vieram com ele caíram do buraco. Estavam com tonturas, aparentemente insanos. O antigo geminiano bufou, pois sentiu que os outros quatro já haviam morrido devido ao ataque de Propus ou tinham se perdido em um local mais distante.


Não reconhecendo aquela expressão sã do mestre, um dos cavaleiros negros se levantou com dificuldade e perguntou:


– E agora, grande Alhena, o que vamos fazer? Destruir este vilarejo ou matar todas as pessoas?


– Vamos para casa! Já chega por hoje!


Todos se espantaram. Jamais pensaram que aquilo iria acabar assim. Da mesma forma que Alhena, tinham uma sede de destruição que aliviava a própria insanidade. Um dia foram guerreiros ruins, mas agora eram completamente insanos.


– Mas mestre, não concordo, nós deveríamos…


Antes que ele pudesse terminar de falar, uma bolha de sangue saiu de sua boca e ele tombou no chão, desfalecido. Alhena arregalou os olhos, foi em direção ao cadáver do companheiro e se espantou quando viu uma espécie de estaca de energia no peito dele. De repente, os outros cinco gritos ecoaram no céu e todos os cavaleiros negros caíram no chão, mortos, com a mesma estaca no coração.

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Belo capítulo, Nikos. Incrível!

 

A revelação de Propus sendo filho de Alhena deixou a expectativa em alta para este capítulo. E fui recompensado. O aprendiz parece ter tomado o controle da situação mesmo diante de tantas coisas adversas o rondando e foi revelada finalmente sua constelação guardiã... Gêmeos! Por essa não esperava! Então no caso Propus detém o poder de ler mentes e é regido pela mesma constelação do pai. Ou seja, super apelão!

 

Gostei do passado do Alhena. Ao que parece a sua namorada era uma humana normal. Bem. Você vai seguir o padrão dos Geminianos com irmãos gêmeos? Porque se sim, Alhena não teria contado a história toda e Propus provavelmente seria assombrado por um parente próximo. Eu espero que não, seria legal caso quebrasse esse paradigma.

 

Olha, sinceramente eu não to lembrado dessa cena, então poderia me refrescar a memória? Propus já tinha interagido com Alhena antes em Jamiel? Porque pelo que me recordo ele não estava mais lá no momento que o Gêmeos Negro apareceu junto de seus súditos e começou a destruir tudo. De qualquer forma, este capítulo mostrou que ele conseguiu reproduzir perfeitamente a Outra Dimensão e Explosão Galáctica. Sinceramente, só falta mesmo a Armadura pra que ele seja confirmado como um Cavaleiro, porque ele já tem poder suficiente para tal.

 

O confronto entre pai e filho foi intenso e me surpreendi que Propus tenha conseguido rivalizar com Alhena em alguns momentos. A colisão entre as duas Explosões Galácticas foi o ponto alto do capítulo e instantaneamente me lembrei de Aspros e Defteros. Bem, o fim do capítulo mostra os Cavaleiros Negros que antes tinham sido sugados para uma fenda dimensional, sendo empalados por estacas. Não faço ideia de quem tenha chegado. Libânia? Ário? Sertan? Grande Mestre?

 

Mas sinceramente, meu palpite não é nenhum desses...

 

 

O Grande Mestre no capítulo anterior disse que a Armadura da constelação guardiã de Propus estava ocupada por alguém e deixou no ar que esse alguém seria morto. Será que é o Cavaleiro Dourado de Gêmeos que chegou para salvar Propus e confrontar Alhena?

 

 

E ah, agora entendo. Lembro-me do flashback do Feres se recordando de Alhena lendo uns livros para ele. E poucos capítulos depois, Propus se enfiava dentro das bibliotecas do refúgio para ampliar seus conhecimentos e aprofundar a qualidade de suas ilusões. Seria uma pista na época? Porque o flashback já deixou a entender que Alhena seria alguém bem "intelectual" e Propus chegou a seguir este caminho. De qualquer forma, muito interessante hehe

 

Parabéns Nikos. To no aguardo do próximo. E to com saudade de Poseidon, Marinas e Nereidas. :( Abraços!

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Olá Gustavo,

Que bom que gostaste tanto desse capítulo!

Propus foi ardiloso e obteve uma reversão na situação de uma maneira muito rápida. Conseguiu manter-se estável, deixando o antigo geminiano ainda mais instável do que o normal. Não dava de dizer que era Gêmeos com certeza, só pela dica de que Tejat era o mestre das ilusões, assim como Propus, mas não seria descartado Virgem ou Câncer por exemplo. Apelão nada. kkk

O passado de Alhena não foi tão definhado assim, foi bnem simples. kkk. A namorada não sei direito, só dá para saber até agora o que ele falou.


Olha, gêmeos eu não sei, mas no capítulo 8, quando Tejat apareceu pela primeira vez (no flashback de Tamuz), ele se mostrou igual a Alhena, só que com o cabelo mais curto. Não sei se isso indica que é irmão mais novo ou gêmeo, mas pelo menos é o que sabemos até agora.


Se Propus teria um irmão Gêmeo? Seria interessante.

Propus não tinha interagido com Alhena antes em Jamiel diretamente, mas ele tinha sido derrotado por uma das nereidas, quando Alhena apareceu. Acho que foi o suficiente para Propus ver tudo. Além disso, ele encarou Libânia após ela ter dopado Alhena, ou seja, ele deve ter se ligado.

Sim, Propus conseguiu se desenvolver por si só e a vinda de Alhena a Jamiel veio bem a calhar, porque foi logo depois de ele ter se questionado a Ário sobre como o capricorniano não poderia mais evolui-lo com os treinamentos.

Eu também me lembrei dessa cena da colisão das explosões galácticas. Imaginei exatamente. A diferença é que Alhena conseguiu sobrepujar com determinação que Propus não tinha.

A resposta para a pergunta de quem o atacou está na ponta da minha língua, mas não tenho certeza.

Não responderei teu spoiller. kkk. Deixa as coisas rolar.

Alhena disse algo sobre os livros que lia. E é claro que era uma pista. kkk. Minha fic é uma rede de milhões de ligações. Às vezes uma frase no capítulo 4 por exemplo, só é entendida por completo no 34 (hipoteticamente).

Brigado pelos elogios Gustavo e agora já vou postar o próximo!.

Abração

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Ficha dos Personagens: Capítulo 41

Propus: Aprendiz de Ário e um garoto com uma personalidade fria e irônica. Parece ler a mente de todos, enquanto a sua é um mistério. Quando Alhena lhe contou que matara Mona apenas para fazê-lo crescer, Propus conseguiu reverter a situação ao seu favor e disse que Alhena era um insano completo e que tudo que ele fizera não havia adiantando de nada, apenas causado a morte de uma inocente. Tendo a vida ameaçada, Propus derrotou todos os cavaleiros negros, mandando-os para Outra Dimensão e depois enfrentou Alhena, acabando sendo derrotado em um momento de sanidade de Alhena.

 

 

Alhena de Gêmeos Negro: Antigo cavaleiro de ouro de Gêmeos, já foi membro da Guarda de Ouro, um banido na Ilha da Rainha da Morte e agora um insano à solta. Via seu irmão Tejat como a pessoa que o completara. Quando Tejat morreu, Alhena disse que o vazio o consumira, mas, após algum tempo, viu que a morte lhe deu independência e, por isso se tornou mais forte. Ao ser zombado por Propus e ver que seu plano havia falhado, ele se atirou à insanidade, principalmente quando os olhos do filho o fitaram com aquela expressão profunda. Atacando-o sem piedade, ele o enfrentou e o derrubou. No mesmo instante, a insanidade desaparecera e ele pode enfrentar o filho de maneira sã, vencendo-o definitivamente.

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CAPÍTULO 42

 

Alhena deu um urro de preocupação com esse ataque repentino e, num impulso, olhou para Propus para ver se ele não havia recebido o mesmo ataque. Ficou aliviado ao ver que o filho apenas repousava, sem nenhuma espécie de estaca no peito.


Se voltando para os seus companheiros, ele virou um deles e olhou atentamente para aquela energia. Sua preocupação aumentou ao ver que aquilo não era uma estaca e sim uma espécie de flecha de luz. Tentando aliviar a dor, ele puxou a arma do peito do subordinado e, ao fazer isso, ela explodiu completamente, mas sem causar danos nas mãos de Alhena. O cavaleiro negro, por outro lado, caiu morto devido à hemorragia.


De repente, Alhena arregalou os olhos e deu um salto para trás. Um fio de luz cortou o céu e parou à sua frente logo em seguida. Ele respirou fundo e foi em direção ao local, segurando objeto. Era uma flecha dourada, mas dessa vez não apenas uma manifestação de energia, mas um objeto sólido.


Logo, um barulho soou ao longe. Não tardou e um homem surgiu em meio às casas, caminhando em direção a Alhena. Era baixo, com uma aparência jovem, cabelos ruivos, longos e amarrados e olhos verdes brilhantes. Sua boca era fina e sorria com certo grau de ironia, misturada com uma diversão. Trajava uma armadura dourada, com longas asas nas costas e um arco na mão direita.


– Acabei de matar seis. Tejat caiu por Ras, quatro morreram nas mãos de Libânia e dois em Jamiel. Então, falta localizar os outros quatro e liquidar com o principal. – disse o guerreiro apontando em seguida para Alhena. – Estás pronto para morrer?


Alhena o olhou de cima a baixo. Parecia que conhecia aquele guerreiro, mas não sabia de onde.


– Quem és tu, cavaleiro de ouro? – indagou o antigo geminiano.


– Não te lembras de mim? Assim eu fico ofendido. – zombou o guerreiro dourado. – Eu sou o cavaleiro de ouro de Sagitário, meu nome é Arkab.


Alhena olhou fixamente para aquele guerreiro e suas memórias começaram a retomar.


– Sim, estás mais velho do que nunca. Eras aquele aprendiz que vivia puxando o saco de Peles e depois do mestre. Não imaginava que alguém como tu pudesse se tornar um cavaleiro de ouro.


– Ora, não me ofendas! – rosnou Arkab, com um tom de deboche. – Que eu saiba tu que foste banido, seu insano. E é por isso que eu irei acabar contigo agora mesmo.


– Te julgas capaz de tal feito? – disse Alhena, se levantando. – Ou vais correndo pedir ajuda para o mestre?


– Cala a boca! – resmungou o sagitariano, apontando o seu arco para frente. – FLECHAS INFINITAS!


Com um movimento rápido, ele puxou a corda do arco e a soltou, produzindo milhões de flechas luminosas, da mesma natureza daquelas que haviam atingido os cavaleiros negros. Sem se preocupar, Alhena ergueu a mão para frente, produzindo uma pressão de ar que dissipou completamente os ataques.


Indignado, Arkab deu dois passos para trás e já armava o arco de novo, quando olhou para Alhena. O guerreiro estava com lágrimas escorrendo por redor dos olhos. Sua expressão era amável, muito diferente daquela que vira no dia em que o até então geminiano havia sido banido para a Ilha da Rainha da Morte.


– Alhena, o que há contigo? – indagou Arkab franzindo as sobrancelhas, abaixando a arma por um momento. – Não me digas que estás… são?


Arkab olhou fixamente para Alhena, que confirmou com a cabeça. Por um momento, sentiu uma hesitação ao segurar o arco, não sabia se conseguiria matar alguém naquelas condições. Porém, sabia que tinha um dever a cumprir e que aquele momento de sanidade poderia ser breve. Não poderia deixar alguém que desafiasse as ordens do Grande Mestre vivo, e além do mais alguém insano que ousou vestir uma armadura negra. Portanto, voltou a erguer arma e atirar flechas de luz, mais uma vez bloqueadas pela pressão de ar emanada pelo antigo geminiano.


– Alhena, se estás são, deves entender por que eu estou fazendo isso. – explicou Arkab, num momento de seriedade, tentando ser persuasivo. – És perigoso de mais para continuar vivo. Tiveste a tua chance na Ilha da Rainha da Morte e voltaste pior. Agora tens que pagar pelos teus pecados. Não me impeças de cumprir o meu dever.


Alhena fechou os olhos e continuou a chorar, abaixando o braço, em seguida. Percebendo o momento de rendição, Arkab armou novamente o arco e atirou mais flechas de luz. No entanto, no momento em que as setas estavam prestes a atingir o oponente, ele ergueu o braço, anulando o ataque novamente. Em seguida, respirou fundo e caiu ajoelhado no chão.


– Não adianta! Por mais perigoso que eu seja, não consigo deixar que me tirem a vida. – lamentou Alhena, olhando para baixo. Agora eu entendo o temor da morte que Tamuz sentiu.


– Mas é preciso, Alhena, tu és um risco para todos! – insistiu Arkab, irritado, armando o arco novamente.


Arkab puxou a corda para tentar mais um ataque, quando uma fagulha de energia voou das mãos de Alhena e atingiu o arco em cheio, derrubando-o. Irritado, o sagitariano foi buscá-lo, enquanto o adversário se levantava, agora enxugando a lágrima dos olhos.


– É esse o destino que escolheste? – rosnou Arkab, pegando o arco. – Queres mesmo me enfrentar para defender esta tua vida medíocre? Se fizeres isso, vou te tratar como Sertan e todos os outros traidores do mestre.


– Tenta entender, Arkab. – rebateu Alhena. – Eu não quero lutar contra ti, mas também não posso evitar me defender. Eu acredito que posso driblar essa minha insanidade. Não vou te entregar a minha vida assim tão facilmente.


O sagitariano olhou para Alhena e engoliu a saliva. O espírito de luta e de justiça que emanavam do corpo dele era gigantesco. Naquele momento era, sem dúvida, um cavaleiro de ouro, trajando uma armadura negra por acidente. No entanto, não podia esquecer todos os pecados que ele havia cometido. Com uma breve hesitação, Arkab empunhou os braços para trás, concentrando uma forte energia nos punhos.


– Já que minhas flechas não o atingiram, recebe este golpe. TROVÃO ATÔMICO!


Arkab apontou a mão para frente e lançou uma rajada reluzente de milhões de pequenas esferas, que pareciam emitir fagulhas de eletricidade. Preparado para se esquivar, Alhena pegou impulso para dar um salto para trás, quando tombou. Havia algo impedindo seus movimentos. Sem defesas, foi atingido em cheio pelo golpe de Arkab, caindo no chão.


A dor foi grande. Sentia choques por todo o corpo e sua armadura negra estava cada vez mais rachada. Não entendia o que tinha acontecido. Se levantou com dificuldade e viu um grande círculo brilhante ao redor do tronco, impedindo o movimento dos braços. Arkab o fitou, também impressionado.


– O que é isso? – lamentou Alhena, com um tom choroso.


– Eu não sei! – retrucou Arkab. – Eu realmente não sei!


– FUI EU!


Arkab e Alhena olharam para trás ao ouvir aquela voz grossa e autoritária, quando uma figura de longo manto branco surgiu por entre as casas. Portava um capacete dourado que lhe ocultava rosto. Arkab se sentiu um pouco incomodado, enquanto uma fúria sem tamanho surgia no rosto de Alhena, deixando seu cabelo levemente mais arrepiado.


– O que estás fazendo aqui, seu maldito? – rosnou o cavaleiro negro. – Sai já daqui!


– Não precisas fazer isso, mestre. – justificou Arkab. – Eu mesmo posso acabar com Alhena.


– Não me questiones! – rebateu o mestre e Arkab concordou com a cabeça abaixada. – Esse homem é perigoso demais para continuar vivo. Vou acabar com ele agora mesmo.


Alhena grunhiu, sendo completamente tomado pelo ódio. Seus cabelos ficavam cada vez mais arrepiados e seus olhos se escureciam. A própria presença daquele homem o deixava enjoado e tomado pela insanidade.


– Seu imbecil e covarde! – protestou o antigo geminiano, tentando se soltar. – Uma batalha honrada entre cavaleiros é sempre um contra um. Mas, na tua covardia, queres vencer a qualquer custo.


– CALA A BOCA! – rebateu o Grande Mestre, lançando uma breve energia, que atingiu Alhena, fazendo-o cuspir uma bolha de sangue. – Será que estás te esquecendo de uma coisa? Tu não és mais um cavaleiro e muito menos um guerreiro honrado, portanto não há nada de mais em lutarmos nós dois para abolir um mal desse mundo. É diferente de lutar contra os marinas. Eles até matam, mas não com prazer. Diferentemente deles, tu és uma criatura medíocre!


Não abalado por aquelas palavras, Alhena simplesmente ficou de pé. Seus cabelos se arrepiavam mais e sua expressão de insanidade crescia. Arkab fitava o cavaleiro negro e se assustava com aquela face. Era a mesma com a qual ele se lembrava de tê-lo visto em outra oportunidade, no dia do banimento dele. Em contrapartida, o Grande Mestre ficava impassível e concentrava a energia nas mãos.


– Agora, vamos atacá-lo juntos e liquidar de vez com esse problema. – ordenou o Grande Mestre a Arkab que, com um pouco de hesitação, segurou seu arco para mirar.


– NUNCA! – gritou Alhena elevando o cosmo ao máximo, conseguindo se desprender daquela barreira que o rodeava e lançando várias fagulhas de energia em direção ao Grande Mestre, que caiu ferido no chão.


Sem descansar, Alhena saltou para cima dele, pronto para desferir-lhe um golpe no coração. Porém, seus punhos foram bloqueados. Arkab havia pulado, segurando sua mão.


– Não vou deixar que mates o Grande Mestre. – afirmou o dourado, com os olhos determinados.


Irritado, Alhena recuou e lançou uma pressão de ar em direção aos dois. Num impulso, Arkab segurou o Grande Mestre e saltou para se esquivar, deixando-o num canto, em seguida. Alhena fitava os dois e já se preparava para atacar novamente.


– Tu és um insano, Alhena. – resmungou Arkab. – Atacas os outros sem motivo algum, só para te divertires. Como tens coragem?


– Queres mesmo saber? – explicou com um tom amável e um sorriso maquiavélico. – A culpa disso tudo é dele. – apontou o dedo para o Grande Mestre, mudando para uma voz grossa e desesperada. – Foi ele que plantou esta insanidade em mim. Esse imbecil, ridículo, falso mestre!


O Grande Mestre deu um passo para trás e começou a respirar fundo. Arkab armou o arco e já estava pronto para defender o mestre. Entretanto, naquele instante, Alhena colocou a mão direita nos olhos e começou a chorar. Os outros dois começaram a olhar e ficaram estáticos, sem saber o que fazer. Arkab estava com um sentimento de pena, não menor que seu nojo por aquela criatura sádica.


– Eu me lembro exatamente daquele dia. O dia em que, graças ao Grande Mestre, toda a minha vida e a de Tejat se perdeu.


Conforme ele ia contando os fatos, as imagens daquele fatídico dia pairavam sobre a sua cabeça. Era um garoto, não tinha mais do que nove anos. Tinha cabelos lisos, castanhos e longos até o meio das costas, um nariz pequeno e levemente arrebitado para cima. Seu rosto transmitia uma expressão extremamente amável, demonstrando muita paz e serenidade.


Curtia as flores e os pequenos animais. Seu passatempo favorito era ficar em meio àquele jardim e cheirar o perfume das plantas. As criaturas do local não sentiam medo nem rancor. Não era difícil vê-lo rodeado de pequenos animais que o tratavam como se fosse mais um objeto da natureza, não notando nenhuma ameaça.


Sem demorar, um pequeno pássaro pousou na palma da mão do garoto e começou a piar alto. Comovido com o canto, ele acariciou a ave, que continuou a cantar uma sonora melodia. Não havia nenhuma tensão, nem receio. Tudo ali estava na mais perfeita harmonia.


De repente, o pássaro em sua mão alçou voo e os animais que o rodeavam saíram correndo, todos assustados. Como num reflexo, o garoto pulou para trás, fugindo da fagulha de energia que viera em sua direção. Seu coração se acelerou muito, mais pelo susto do ataque repentino do que pelo medo do grande poder que se aproximava do local.


– Estás perdendo tempo de novo, meu irmão. Para com isso! – disse a figura de Tejat, que surgiu em meio às flores.


Alhena o olhou de cima a baixo e ficou um pouco intimidado. Para o garoto, a pessoa à frente era a resplandescência da perfeição. Eram praticamente iguais em aparência, mas Tejat tinha o cabelo mais curto. As semelhanças se encerravam por aí. Se Alhena era doce, receoso e emotivo, Tejat era frio, perseverante e muito calculista. O garoto, porém, admirava isso. Considerava essas características ideais num cavaleiro, principalmente pelo fato de que, apesar disso, o irmão era um grande exemplo de bondade e de solidariedade.


Sem se preocupar com o que passava na cabeça do irmão, Tejat pulou para cima dele e tentou golpeá-lo. Com um reflexo rápido, Alhena rolou para o lado e lançou várias fagulhas de energia. Sem dificuldades, Tejat balançou o braço de um lado para o outro, conseguindo se defender das ofensivas. Alhena respirou fundo e ficou preocupado, mas preparado para mais uma defesa. Contudo, Tejat abaixou os braços, lhe deu a mão e o puxou para cima, elogiando o seu desempenho.


Cada palavra de reconhecimento do irmão era de grande valia para Alhena. Os dois eram gêmeos e não se sabia quem viera ao mundo primeiro, mas Tejat sempre agiu como um irmão mais velho, protegendo-o a todo o custo.


– Tu evoluíste muito, meu irmão! – comentou Tejat, sorrindo levemente. – Quem diria que por trás dessa doçura que emanas há um grande poder?


– Estás se passando! Tu és muito mais forte do que eu. – comentou Alhena com a voz baixinha. – Eu jamais terei sua frieza e poder.


Um barulho de palmas interrompeu a conversa e os dois irmãos se viraram. O Grande Mestre estava ao lado, aparentemente feliz. Pigarreava sons de risada em meio as palmas, enquanto andava em meio àquele jardim de flores.


Alhena se recolheu atrás do irmão. Tinha mais medo que respeito por aquela figura. Tejat, por outro lado, fez uma reverência cordial, como um guerreiro de classe inferior, mas sem mostrar subordinação. O garoto, apesar de jovem, era hábil com os gestos e mais ainda com as palavras e isso servia para aumentar ainda mais a admiração de Alhena.


– O que o senhor deseja da gente, mestre? – perguntou Tejat ajoelhado, fechando os olhos e colocando o braço na frente do peito.


– Eu gostaria de confessar que vi o breve embate de vocês hoje e os vários treinamentos nos outros dias. – explicou o Grande Mestre.


– E o que o senhor achou? – questionou Tejat. – Quais foram os nossos principais problemas?


– Problemas? – se impressionou o Grande Mestre com a demonstração de humildade do rapaz. – Bem, há vários problemas. Vocês podem aprimorar as técnicas de certa maneira a serem mais eficientes, mas não é essa a questão. Eu gostaria de parabenizar ambos por todo esse trabalho. Vocês, pela idade, desenvolveram um cosmo muito grandioso, que até me impressionou.


Tejat, ainda ajoelhado, sorriu com os elogios. Alhena se conteve porque tinha certeza que as gratificações eram todas para o irmão e que o mestre estava sendo apenas educado com ele. Nunca imaginava chegar perto do nível que Tejat atingira, nem ser metade do guerreiro que ele seria. Apenas queria ser um cavaleiro e poder lutar ao lado dele.


– Bem, os seus poderes são incríveis. Eu tenho certeza que, com a ajuda de vocês e dos outros brilhantes guerreiros que estão treinando aqui, nós conseguiremos vencer Poseidon. – continuou o Grande Mestre, prendendo a atenção dos dois. – Todavia, é uma pena que só um de vocês poderá se tornar um cavaleiro.


O pequeno Alhena arregalou os olhos e ficou preocupado. Tejat, por outro lado, manteve a mesma expressão cordial de sempre e, sem esboçar nenhuma emoção diferente, indagou:


– Como assim? Pensei que nós dois estivéssemos treinando para sermos cavaleiros.


– E de fato estão! – confirmou a entidade. – Entretanto, cada cavaleiro é regido por uma constelação e isso não é mutável. Por maior que seja o seu poder, ele não entra na perfeita sintonia se estiver trajando uma armadura que não a sua.


– E qual é o problema? Um de nós não tem uma constelação protetora? – questionou Tejat, enquanto Alhena se remoía em preocupação.


– Pelo contrário, ambos são regidos pela constelação de Gêmeos. – revelou, deixando Alhena levemente empolgado pela possibilidade de ser protegido por uma das doze principais constelações. Empolgação esta que logo se esvaiu com a preocupação. – E como só há uma armadura de Gêmeos, é impossível que ambos se tornem cavaleiros.


– E qual de nós terá o direito de ser o cavaleiro de Gêmeos? – perguntou Tejat, enquanto Alhena ficou nervoso, pois não queria ouvir o nome do irmão pronunciado pela entidade.


– Nem eu mesmo sei! – respondeu o Grande Mestre, deixando Alhena um pouco aliviado. – Quando chegar a hora, a constelação de Gêmeos apontará o verdadeiro cavaleiro. Até lá, treinem muito porque, mesmo um não sendo cavaleiro, ainda poderá ter um grande poder para defender Atena.


Com toda a sua imponência, o mestre agitou o manto e se virou, deixando-os a sós. Alhena respirava fundo e, na mesma hora, começou a se esvair em prantos. Sem perder a imponência, Tejat andou em sua direção e o abraçou.


– O que houve, porque esse choro? – indagou Tejat. – Por que tanto desespero?


– Então eu não vou ser um cavaleiro? – lamentou Alhena. – Eu estou treinando para quê, afinal?


– Do que estás falando? Ele não disse qual de nós seria o cavaleiro. – rebateu Tejat, mas Alhena não se conteve.


– Ora, é claro que serás tu! Não tem nenhuma outra opção. És mais forte, mais frio, mais calculista. Eu sou só um bobo chorão.


Sem mudar sua expressão serena, Tejat ergueu o braço, limpou as lágrimas do irmão e o abraçou forte. Chorosamente, Alhena retribuiu o gesto. Em seguida, Tejat cessou o abraço e o olhou profundamente nos olhos.


– Alhena, tu és muito forte e a tua grande arma é esse teu coração cheio de emoção. – disse Tejat, calmamente. – Não desistas de ser um cavaleiro e eu tenho certeza que tens bem mais chances do que eu.


Alhena assentiu com a cabeça, mas não estava nada convencido. Tinha certeza que Tejat só falara aquilo para confortá-lo e porque não queria vê-lo sofrer. Não havia possibilidades de vencê-lo, nem de ganhar a armadura. Porém, algo dentro dele não deixava que as esperanças fossem perdidas.


A tortura psicológica que Alhena fez em si mesmo durou até a noite, quando ele finalmente conseguiu dormir. Se já estava preocupado acordado, nos sonhos a ansiedade o consumiu por completo. Sonhou com Tejat vestindo a armadura de Gêmeos, lutando bravamente com todos os outros guerreiros, enquanto ele era abandonado, sozinho, sem ninguém.


Sonhou com aquilo por dias, semanas e até anos. Não passava um dia sem ter aquela mesma sensação de isolamento. Acordado, continuava com um ar doce, tentando esconder o conflito interno que pairava dentro de si. Sozinho, entretanto, tremia de medo, ficando até doente em algumas oportunidades. Entretanto, sempre que se sentia mal e sozinho, Tejat aparecia e o reconfortava. Tal fato, posteriormente, só aumentava a certeza de que seria jogado de lado.


Sua saúde também piorava a cada dia. Não comia mais direito e tinha dificuldades de raciocinar. Os sonhos se tornavam cada vez mais intensos e piores. Sentia que não aguentaria o momento em que finalmente Tejat se tornaria o cavaleiro de Gêmeos.


Naquele dia, todavia, tudo estava pior. Seus cabelos estavam mais agitados que o normal e o castanho dos seus olhos um pouco mais escuro. Sentia que não tinha mais controle sobre todos os seus atos. Todavia, quis se libertar de tudo. Foi em direção ao jardim e tentou acalmar os nervos, mas o desespero só piorava. Sentindo a insegurança e temor do garoto, os animais não mais o rodeavam e até as flores pareciam fugir dele.


A solidão só aumentava quando outro pássaro, aparentemente por piedade, tentou pousar em sua mão. Alhena sorriu, mas, como se algo afastasse aquele animal, ele alçou um voo rápido e fugiu. Diante disso, o sentimento de isolamento só aumentou. Ele não podia ser ignorado dessa forma. Alheio aos próprios pensamentos, ele ergueu o braço e produziu uma fagulha de energia, desintegrando a ave.


Naquele momento, seu sangue correu mais rápido e, como se tudo ao redor tivesse se esvaído, ele sentiu o maior prazer da sua vida. A destruição, o poder, o controle da situação o drogaram de tal forma que ele sabia que precisaria de mais uma dose posteriormente.


No entanto, sua mente voltou ao mundo terreno do campo florido, quando um barulho ecoou no jardim e ele viu Tejat se aproximando. Estava maior e mais imponente. A idade o transformara num verdadeiro guerreiro valoroso.


– Tu sabes da última, Alhena? – comentou Tejat, sorrindo. – Uma mulher foi denominada amazona de ouro. Vê só: uma mulher! Como isso é possível? Ela é aprendiz do antigo cavaleiro de Peixes, que morreu recentemente, dando-lhe a armadura.


Alhena assentiu com a cabeça, mas permaneceu em silêncio. Olhava fixamente para Tejat. Era impossível saber o que o garoto estava pensando naquele momento.


– Agora, já temos cinco cavaleiros de ouro nessa geração. Somando com Ain e Peles, somos sete no total. Só falta mesmo um de nós dois e espero realmente que, quem quer que seja escolhido, possa defender Atena acima de tudo e…


Vendo que estava sendo praticamente ignorado, Tejat cessou as palavras e passou a olhar o irmão. Sentiu que ele estava perturbado e aparentemente doente. Sem esperar, ele correu para a direção dele, agitou seu corpo e perguntou:


– O que há contigo? Estás mal? Alhena?


– Podes… me dar um abraço? – falou secamente com uma voz completamente diferente do costume.


Escondendo o estranhamento inicial, Tejat sorriu e aceitou. Sem demoras, abraçou o irmão e lá ficaram por alguns minutos, trocando o calor de seu corpo.


De repente, o cosmo de Alhena mudou completamente. No mesmo instante, ele apontou o dedo para a cabeça de Tejat, desferindo-lhe um ataque, antes que o irmão pudesse reagir. Sentindo o corpo paralisado, ele ficou simplesmente estagnado, enquanto Alhena ria com um olhar sádico.


– Isso, meu irmão, é o “Satã Imperial”. – explicou Alhena secamente, andando ao redor de Tejat, que continuava paralisado. – Agora a tua mente está sob o meu controle e só serás libertado com a visão da morte, seja a tua ou uma alheia.


Tejat tentava reagir, mas perdia cada vez mais o controle de suas ações e pensamentos. Apenas ficava paralisado em frente ao irmão, que estava com a aparência cada vez mais sádica e insana.


– Tu não queres te libertar, meu irmão? – disse Alhena, apontando a mão para frente. – Então a minha morte pode te salvar. Agora, tenta me matar e, naturalmente, falha nessa tentativa.


Sem controle sobre as próprias atitudes, Tejat elevou o e lançou um golpe no irmão, atingindo-o fortemente, mas sem qualquer dano letal. Ferido, Alhena se debruçou em lágrimas, agonizando, enquanto o irmão se preparava para atirar mais um ataque poderoso.


Logo o jardim foi coberto por dezenas de cavaleiros e aprendizes. Um som ecoou no cérebro de Tejat e, inconscientemente, ele lançou um ataque em direção ao grupo de pessoas, atingindo um cavaleiro de prata, que caiu no chão, sem vida. A morte penetrou no cérebro do guerreiro controlado diretamente e, aos poucos, as linhas que o prendiam ao controle de Alhena iam sumindo, fato que lhe causava muita dor e sofrimento.


Sem pensar no que estava acontecendo, Ras, que já trajava a armadura de Leão, saltou para cima de Tejat e lançou um grande poder. Não tendo tempo de ter alguma reação, Tejat simplesmente caiu perante o ataque do leonino, ficando inconsciente. Preocupado, Feres foi em direção a Alhena, o consolando.


– O que houve aqui? – perguntou Feres a Alhena.


– Ele… me atacou! – respondeu Alhena chorosamente.


– Bandido! Eu vou acabar com ele agora mesmo. – rosnou Ras, pronto para golpear Tejat no coração, quando uma mão o interceptou. Era Tamuz.


O virginiano, com seus curtos cabelos e aura divina, passou pela frente do seu amigo e se ajoelhou ao lado de Tejat. Todos os olharam atentamente. Sabiam da fama de Tamuz e de seu grande poder, mas não imaginavam o que ele iria fazer. Sem demoras, o guerreiro emitiu uns traços na testa de Tejat e exclamou baixinho:


– VÍNCULO DO DESTINO!


Um grande buraco negro surgiu por debaixo de Tejat, absorvendo-o instantaneamente. Todos ficaram boquiabertos. Principalmente Alhena, que esboçava um olhar preocupado e desesperado. Após o buraco desaparecer, Ras chegou ao seu encontro e perguntou:


– O que é isso, Tamuz?


– Dei um castigo muito pior que a morte: o exílio. – respondeu. – Graças ao meu golpe, ele ficará preso na Ilha da Rainha da Morte até a morte dele ou a minha. Esse é o “Vínculo do Destino”, ou seja, a liberdade dele está vinculada à minha vida.


Todos ouviram atentamente, muito impressionados. Alguns saíram e foram cumprimentar Tamuz. O Grande Mestre sorriu dizendo que aquilo evitaria mortes desnecessárias. Logo, todos foram deixando o local, menos Alhena, que ficou de frente ao lugar onde o irmão havia desaparecido. Não sabia por que, mas sentia um imenso vazio no coração.


Sem concorrência, Alhena não demorou e foi coroado cavaleiro de ouro de Gêmeos. Tal momento, contudo, não lhe trouxe a alegria que desejara. Todos viram como ele estava entristecido e o julgaram nobre. Alhena, contudo, conhecia o motivo da tristeza. Sabia que estava roubando o lugar do irmão.


Após a coroação, as noites se tornaram cada vez piores. Sonhava todos os dias com o irmão voltando da Ilha da Rainha da Morte e o matando por traição, recuperando a armadura de ouro e brilhando como um valoroso guerreiro. A tristeza ia se transformando em um delírio muito pior do que antes. Agora, a culpa apimentava todas as outras emoções.


Em seus momentos de insanidade, se recluía no jardim e, em alguns instantes, imaginava a presença de Tejat por ali. Gritava sozinho, queria acabar com tudo aquilo, mas não tinha coragem de perder o prestígio como cavaleiro de ouro.


Outra coisa que o aguçava era o ato que havia cometido no dia do banimento de Tejat. Pensava na destruição daquele pássaro e desejava ter aquela sensação de prazer de novo. Entretanto, juntava forças para se controlar, pois sabia que aquilo só o traria mais à ruína.


A invasão do titã Oceano na Terra lhe causou momentos de distração. Estava, por enquanto, livre daqueles pensamentos, principalmente devido às ações de Libânia, que sempre o reconfortava.


Sob o comando de Ain de Touro e de Peles de Sagitário; ele, Tamuz de Virgem, Ras de Leão, Feres de Libra, Libânia de Peixes e Sertan de Câncer fizeram uma aliança temporária com algumas tropas de Poseidon e varreram a invasão estrangeira apenas com a baixa de Peles, que se sacrificou para aprisionar o titã.


Pela grande bravura e eficiência, o Grande Mestre e Ain coroaram o sexteto de guerreiros como a grande esperança de Atena. Estava criada a Guarda de Ouro. Alhena se alegrava e se glorificava cada vez mais com tamanho sucesso. Todos o apoiavam e o admiravam.


No entanto, nos momentos de reclusão, se culpava por tudo aquilo e agora os sonhos colocavam Tejat no seu lugar na Guarda de Ouro. Além disso, a destruição que ele próprio causara na batalha atiçou ainda mais os sentidos insanos. Precisava procurar mais, tinha necessidade desse prazer que lhe era proibido e inconsequente.


Foi então que surgiu a oportunidade perfeita. A grande vitória gerou um embate entre Sertan e o Grande Mestre. Aquele dia que todos conheceram como a cisma dos cavaleiros foi lembrado por muitos. Ário, Arkab, todos eram jovens e sem idade para se tornarem cavaleiros, mas estavam presentes naquele confronto que parecia dividir a todos os guerreiros. Gerd também se encontrava, mas era tão pequeno que nem entendia o que estava acontecendo.


– Isso é um absurdo, Grande Mestre. – discursou Sertan para todos, em meio às ruas do refúgio. – Nós não podemos ficar reclusos assim, precisamos fazer alguma coisa. Nós tivemos o poder para arrasar com as tropas de Oceano. É hora de atacar Poseidon.


– Mas Atena nem reencarnou ainda. – rebateu o Grande Mestre, cercado pelos cavaleiros.


– É por isso mesmo! Um ataque surpresa será mais eficaz.


– E qual seria a tua ideia? – perguntou a figura de Ain, que se destacava imponentemente em meio à multidão. Eram raros os momentos em que ele se mostrava para o público.


Os olhos de Sertan brilharam com aquela presença, mas ele não sorriu. Estava conseguindo apoio de grande parte da massa geral e pelo menos, o grande veterano estava lhe dando atenção.


– Não podemos atacar Atlântida diretamente, como bem sei. Eles têm barreiras grandes e provavelmente o lendário Nérites estará por lá. Por mais convicção que tenho que possamos derrotar Nérites, seria muito arriscado. – justificou Sertan. – Então, acredito que temos que desviar a atenção do Império e enfraquecê-lo de outras formas. Sugiro que destruamos as colônias de Atlântida uma a uma para arrasarmos com a própria economia e desenvolvimento.


– Concordo com isso! – bradou Tirsa de Cão Maior, se postando ao lado do canceriano. – Cansei de ficar parada!


– Isso é um absurdo! – rosnou o Grande Mestre, enquanto todos ficaram se entreolhando. – Ninguém sairá daqui!


Todos começaram os murmúrios e Sertan ergueu as sobrancelhas, satisfeito por conseguir parcialmente chamar a atenção da maioria.


– E o que vocês acham? – perguntou Sertan a todos os cavaleiros, principalmente focando nos cavaleiros de ouro.


Tamuz e Ras olharam um para o outro, ainda pensativos. Feres estava distraído e não respondeu. Ao lado do libriano, Fáon se mostrava interessado, cada vez mais inclinado a aceitar, mas parecia esperar algum apoio do antigo companheiro de treinos. Wezn permanecia próxima do cavaleiro de Dragão, mas não o olhava, para não levantar suspeitas das suas relações. Aldo de Lagarto e Mirfak de Perseu logo se postaram ao lado do canceriano, jurando-lhe lealdade.


Tomando a frente de todos, Ain se meteu no meio e, com seu gigantesco corpo, ficou acima de Sertan, que não se deixou intimidar.


– Estás certo! – disse o colosso humano. – Porém, acho imprudente e inconsequente tal ato, além de ser um genocídio. Quando tiveres uma ideia melhor, podes contar comigo.


– Eu já acho extremamente absurda tal ideia. Quantos inocentes não vão perecer? – interveio Libânia, com uma voz séria. – No entanto, mais absurdo é ficarmos aqui parados esperando a morte chegar. Com licença!


Sem dizer mais nada, ela deixou uma flor no chão e saiu do recinto. O Grande Mestre começou a entrar em desespero interno, enquanto Sertan rosnava, pois não estava conseguindo causar o efeito que desejava. Entretanto, outros cavaleiros foram em sua direção e se curvaram, dizendo que o seguiriam, o deixando feliz. Em seguida, olhou para Tamuz e Ras e perguntou:


– Vocês ainda não se pronunciaram. Qual a opinião que têm sobre isso? Vão me seguir ou não?


Tamuz estava pronto para concordar, quando Ras colocou o braço na frente dele e exclamou em alto e bom tom:


– Não! Acredito que sejamos mais úteis aqui do que te seguir para enfraquecer Atlântida. Afinal, para destruir algumas colônias não são necessários tantos cavaleiros de ouro. Basta somente o teu poder não é mesmo? Acho que uma divisão seria até benéfica para confundir nossos inimigos.


Concordando rapidamente, Tamuz assentiu com a cabeça. Sem dar muita importância, Feres também concordou. Fáon estava pronto para desistir ao ver o libriano permanecer, quando viu Sorbens se manifestando, pronto para seguir Sertan. Como um estalo, suas dúvidas cessaram, ele olhou para Wezn, que entendeu o que ele estava pretendendo e permaneceu parada, enquanto ele também se dirigia ao lado do canceriano.


Satisfeito com a presença de alguns cavaleiros, mas descontente com o desinteresse da Guarda de Ouro, Sertan apertou as mãos irritado e já ia apresentar mais argumentos, quando Alhena se levantou e falou:


– Eu concordo! Eu vou contigo, Sertan!


Todos olharam boquiabertos. Não acreditavam que alguém com jeito tão doce quanto Alhena pudesse seguir a ideia maquiavélica de Sertan. O cavaleiro de Câncer, por outro lado, manteve a seriedade, declarou fundada a “Legião de Atena” e, com Alhena e vários cavaleiros, abandonou o local do refúgio.


A destruição das colônias logo começou. Entretanto, por mais locais que destruíssem, Atlântida não parecia abalada. Sertan resmungava de mais com a falta de atenção dada e ficava num canto planejando mais ações e aprimorando ainda mais suas técnicas avassaladoras.


Com uma reação altamente oposta, Alhena curtia cada destruição, não como um objetivo, mas como um próprio prazer. Finalmente conseguia satisfazer o desejo interior e conter a agonia do vazio da saída de Tejat e dos sonhos delirantes.


Todavia, a necessidade de destruição se tornava cada vez maior e ele não conseguia mais se contentar com apenas a destruição de colônias de Atlântida. Não tardou e, totalmente fora de si, passou a destruir cidades isoladas, sem nenhum vínculo com o Império Atlante. Aquilo lhe satisfazia ao máximo. Sertan estranhava as suas saídas, mas não questionava, não imaginava nada de ruim de Alhena e estava preocupado de mais em criar planos para vencer Poseidon.


As investidas em cidades inocentes o levaram a Apheleia. Estava completamente insano, mais do que o normal. Estava pronto para destruí-la com seu ataque, quando um vulto saiu dentre as árvores próximas. Era uma garota com cabelos negros, longos e lisos e olhos castanhos profundos. Alhena se sentiu atraído rapidamente, pois ela tinha um olhar semelhante ao de Tejat, mas um pouco mais doce. Parecia que ia devorá-lo a todo instante, mantendo uma superioridade.


– Tu pareces triste, com um grande vazio no coração. – comentou ela, se aproximando, continuando a fitá-lo muito fortemente, parecendo que lia a sua alma. – Quem és tu?


Alhena respondeu docemente, não conseguindo tirar os olhos daquela jovem. Seus cabelos já haviam voltado ao normal, mantendo um castanho um pouco menos escuro e olhos menos sádicos. Parecia novamente ser a criança que tanto precisava do irmão.


O encontro se seguiu por algumas horas, com Alhena contando todas as angústias para a garota. Ela pouco dizia, apenas prestava atenção em tudo o que ele falava e o reconfortava com carinhos e palavras.


Eles continuaram se encontrando e, cada vez que se viam, Alhena se impressionava ainda mais. Parecia que a garota podia ler seus pensamentos e adivinhar tudo o que ele estava pretendendo fazer. Além disso, agia com uma astúcia tamanha que ele só tinha visto anteriormente em Tejat. Na realidade, era como o irmão tivesse voltado, mas de uma maneira que não o atormentava, e sim o reconfortava.


O tempo passou e eles logo se enamoraram. Pela primeira vez em tempos, Alhena se sentia livre das rédeas que o aprisionavam a Tejat. Seu vazio estava sendo preenchido e sua insanidade, aos poucos, aliviada. O amor, a paixão, o desejo, tudo lhe fazia bem.


A notícia da gravidez da garota o lhe deixou num estado de felicidade plena. Era jovem de mais, mas não ligava, sabia que um filho seria a libertação total de sua alma. Sem pensar duas vezes, deixou a Legião de Atena, para contragosto de Sertan e passou a viver com a amada, no próprio vilarejo de Apheleia.


No entanto, os momentos de felicidade logo chegaram ao fim no dia do nascimento de seu filho. Não aguentando a pressão, a jovem morreu no parto, o deixando arrasado. O sentimento de vazio começou a voltar no peito de Alhena e nem a criança impedia o início da volta de seus pesadelos e, consequentemente, da insanidade.


Passado alguns meses, Alhena chegou ao ápice do delírio quando Propus abriu os olhos pela primeira vez. Aqueles olhos profundos e serenos. Seu coração acelerou mais ainda. Não tinha a doçura do da mãe. Era o mesmo olhar frio e profundo de Tejat. Seu irmão havia voltado para castigá-lo. Entregue à total loucura, ele saiu correndo com o filho no colo e foi em direção à Palaestra que cuidava dos órfãos da cidade.


Chegando à porta da Palaestra dos Órfãos, ele bateu várias vezes na porta, até que um senhor de idade mediana abriu-a, seguido por uma filha pequena ao lado. Ele se impressionou com o estado do visitante e mais ainda com aquele bebê.


– Vejo que… tens uma filha bem cuidada. – murmurou Alhena, com uma voz totalmente seca. – O senhor se chama Onésio, não é mesmo?


Ele concordou com a cabeça, ainda não entendendo aonde o cavaleiro queria chegar. A garota ao lado permanecia atenta, não demonstrando temor pelo estado de loucura de Alhena.


– Por favor… cuida desta criança! – murmurou o geminiano, cada vez mais sem forças para falar. – Eu não tenho condições de fazer isso.


Onésio ficou pensativo, mas assentiu. Estava acostumado com pessoas deixando crianças, mas jamais vira alguém naquele estado. Satisfeito, Alhena entregou-lhe o bebê e desapareceu de vista. Em seguida, saiu de cidade em cidade, destruindo tudo o que encontrava pela frente.


Entregue à total loucura e arrependimento, ele sabia que precisava de uma muleta. Em um vão momento de sanidade, saiu correndo e foi em direção àquele lugar que havia lhe dado um grande conforto. Foi encontrar Sertan.


O cavaleiro de Câncer, com seus cabelos longos, o recebeu seriamente.


– Alhena, há quanto tempo! O que aconteceu? – indagou-o prontamente. – Eu recebi a tua mensagem, mas isso não importa! Vem comigo!


Ambos seguiram caminho até um templo em um vilarejo abandonado, o mesmo local onde Sertan costumava a encontrar Alhena e os outros membros, longe da base principal. Chegando lá, Alhena caiu para trás de susto. Milhares de massas ectoplasmáticas o rodeavam, todas gemendo. Seu coração acelerou. Não sabia por que Sertan estava fazendo aquilo.


– Estás vendo o sofrimento delas? – perguntou Sertan com um ódio no olhar. – Essas são as almas das pessoas que tu mataste, seu insano.


Como um estalo, o cosmo de Alhena mudou completamente. Seus cabelos ficaram totalmente arrepiados e seus olhos estavam num negro profundo.


– Agora que tu sabes a verdade, pagarás com a própria vida, seu imprestável! – rosnou Alhena, pulando em cima de Sertan, que simplesmente abaixou o dedo e incendiou todas as almas.


Preso num inferno de chamas azuis, Alhena gritou de dor. Contudo, sabia que não podia se entregar. Elevou o cosmo e produziu uma pressão de ar para limpar todo aquele ambiente. Porém, em meio à fumaça, uma grande corrente dourada veio em sua direção e prendeu o seu pé, arrastando-o para o chão. Tentou se levantar, mas não conseguia. Seu corpo estava pesado demais.


– Feres! – rosnou Alhena elevando o cosmo para tentar reagir e lançar um golpe para frente.


Logo a figura de Feres surgiu no meio do templo, se defendendo do ataque graças ao escudo de Libra.


– Não escaparás, Alhena. – afirmou Feres em um tom ameaçador. – PULSO DE GRAVIDADE!


Feres apontou o braço para frente e lançou uma rajada de energia, aumentando o peso de Alhena. O geminiano tentava se soltar e, com muito esforço, conseguiu ficar de pé, mas uma energia luminosa o atingiu por trás. Era Tamuz. Não tardou e Ras também se juntou ao local. Todos lançaram golpes e o atordoaram.


Estava praticamente inconsciente, mas conseguia ouvir tudo ao redor. Sabia que os aprendizes estavam chegando, sabia que muitos tinham ido ali para ver a sua ruína. Precisava fazer alguma coisa, mas era tarde. Ouviu Tamuz ao lado e as últimas palavras que conseguiu perceber foram:


“Vínculo do destino”.


Em seguida, tudo se apagou. Não havia mais nada, só a solidão, o exílio e o desespero. Naquele momento, sabia tudo iria piorar. Em alguns instantes, iria encontrar Tejat novamente e receber a verdadeira punição.

 

Esse é o maior capítulo da Fic, desculpem, não daria para partir ou perderia o impacto.



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Capítulo 41 e 42 lidos.

 

Sobre o 41, a morte de Mona, nem deixou Propus abalado ou triste sequer e muito menos foi feito as reações esperadas pelo seu pai degenerado e instável. Apenas a morte de um inocente que juntou aos litros de sangue que Alhena derramou e chacinou.

 

Propus bem que tentou igualá-los nas técnicas na sua intensidade de poder, porém a experiência de Althena foi bem superior para quem lhe deu bastantes problemas, provando que o filho de peixe sabe nadar, quem diria isso.

 

Sobre o 42, foi o que mais gostei até agora, pois explicou a origem da rebelião de Alhena, sua relação com o seu irmão gémeo e toda a sua insanidade desmesurável, além de ter visto toda a Guarda Dourada junta e a origem do desentendimento entre Sertan e o Grande Mestre e a fundação da Legião de Atena, e ainda a união deles em prender um psicopata perigoso como Alhena.

 

Meus parabéns e abraços.

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Oi Nikos tudo bem? Li seus novos caps

Cap 41

Poxa eu sabia que o Propus era frio, mas fiquei chocado com reação dele a morte da Mona, ele não ficou nem um pouco abalado caramba! Pensei que ele gostava da menina, ou era que eles só estava agindo assim para não mostrar fraqueza diante do pai?

O confronto entre pai e filho foi bem interessante, o garoto se mostrou bem centrado e até conseguiu usar as técnicas de gêmeos, porém parece que foi justamente isso que impediu ele de vencer

 

Cap 42

Bom primeiro pensei que seria um confronto entre Sagitário e gêmeos, onde veríamos se arkab consegue lutar contra alguém no mesmo pagar ar dele

Depois pensei q seria a vez do grande mestre lutar, algo que estou querendo ver desde que descobri que o Tamuz não era o GM

Mas no final vimos o passado do Alhena, parece que na verdade o Tejat era o mais centrado dos dois e o que deveria ter recebido a armadura dourada

Porém o Alhena o chantageou, estranho o Tamuz não ter percebido da situação ele sempre me pareceu alguém tão sábio

Também soubemos em qual situação foi criada a legião de Atena, estranho o mestre não fazer nada naquele momento afinal se ele não concordava, podia não ter ficado tão passivo, mas se for ele sempre foi assim né

Gêmeos pareceu ter ficado cada vez mais louco com a matança e agora estou curioso para ver como foi o encontro dele com o Tejat

 

Parabéns pelos caps Nikos

E até a prox

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Já começo o comentário elogiando por não ter quebrado o capítulo em dois. Prejudicaria e muito a imersão nos relatos do Alhena haha

 

Arkab vs Alhena. Achei que a luta iria tomar grande parte do capítulo, mas felizmente isso não aconteceu. Pelo pouco que foi apresentado, o Dourado ainda é inferior ao renegado, que conseguiu ficar são por alguns momentos. Curti muito o fato de Alhena ter temor da morte igual quando Tamuz teve lá no começo da fic. Isso humaniza bastante os personagens.

 

Gostei muito que o Grande Mestre foi atingido *-* hahaha torci muito pro Alhena esmagar ele, que Patriarca nojento. Pela habilidade dele de criar um círculo paralisante, eu associei imediatamente ao Círculo de Gelo do Hyoga. Será que ele é protegido pela Constelação de Aquário? hehehe

 

Temos início ao flashback. Gostei demais dessa parte! Explicou muita coisa a respeito de todo o universo da fic. Tivemos mais de Tejat e Alhena! A relação entre eles me lembrou muito Aspros e Defteros. Enfim, não esperava que o futuro renegado fosse aplicar o Satã Imperial no próprio irmão. Entendi que Alhena acabou ficando extremamente perturbado porque achava que não iria se sagrar Cavaleiro e isso foi consumindo sua consciência até chegar ao extremo, quando resolveu se livrar do irmão.

 

Coitado do Prateado que morreu anonimamente. -_-

 

Então o que Calipso disse se confirmou. Cavaleiros e Marinas fizeram mesmo uma aliança temporária para acabar com Oceano. Eu quero MUITO ver isso representado em uma fic, por favor, escreva-a. Ver mais da Guarda de Ouro trabalhando em equipe com os guerreiros de Poseidon é maravilhoso

 

Gostei do modo como Sertan discursou diante do refúgio e do modo que seus seguidores o apoiaram. Fiquei surpreso em ver que Tamuz iria apoiá-lo, mas foi impedido por Ras. Fico pensando como seria se o Virginiano tivesse na Legião hehehe

 

Alhena encontrando a mãe do Propus. Olha, acho que haverá algo ainda mais profundo do que só isso. Aparentemente a mãe do garoto também tinha aquela habilidade de ler mentes, o que sugere que ela não é uma pessoa comum. Mas são só suposições. Ela morreu no parto e isso voltou a trazer a insanidade para Alhena, que desde antes já estava matando e destruindo tudo por um doentio prazer. Até que Sertan precisou fazer uma aliança com os Cavaleiros de Ouro (provavelmente com a aprovação do Grande Mestre) e eles conteram o Geminiano, o que abriu a brecha para Tamuz usar seu Vínculo do Destino.

 

Gostei demais desse capítulo porque ele explicou bastante coisa a respeito dos eventos da fic e deu profundidade maior a quase todos os personagens que apareceram. O momento de fundação da Legião de Atena, com antigos personagens aparecendo, todo o passado de Alhena sendo esmiuçado juntamente do de Tejat, toda a sequência que culminou no nascimento e abandono de Propus... Foi o capítulo mais informativo e o melhor da fic até aqui. Ansioso demais pelo próximo!

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Capítulo 41 e 42 lidos.

 

Sobre o 41, a morte de Mona, nem deixou Propus abalado ou triste sequer e muito menos foi feito as reações esperadas pelo seu pai degenerado e instável. Apenas a morte de um inocente que juntou aos litros de sangue que Alhena derramou e chacinou.

 

Propus bem que tentou igualá-los nas técnicas na sua intensidade de poder, porém a experiência de Althena foi bem superior para quem lhe deu bastantes problemas, provando que o filho de peixe sabe nadar, quem diria isso.

 

Sobre o 42, foi o que mais gostei até agora, pois explicou a origem da rebelião de Alhena, sua relação com o seu irmão gémeo e toda a sua insanidade desmesurável, além de ter visto toda a Guarda Dourada junta e a origem do desentendimento entre Sertan e o Grande Mestre e a fundação da Legião de Atena, e ainda a união deles em prender um psicopata perigoso como Alhena.

 

Meus parabéns e abraços.

 

Olá Saint,

 

Já lesse os dois? Então pegasse o embalo, que bom.

 

Propus aparentemente não ficou triste não é mesmo? mas é impossível saber o que o garoto está pensando, então não vou julgá-lo, a princípio.

 

Pelo visto, o plano de Alhena deu errado e ele não teve as reações. Foi mais uma para a coleção de mortes dele e dos erros que cometeu, segundo Propus.

 

Sim, Propus conseguiu se desenvolver bem, mas na hora do vamos ver, Alhena mostrou-se superior.

 

QUe bom que gostaste do 42. Ele não tem muitas reviravoltas, mas foi um dos capítulos que eu mais gostei. Ele destrincha o passado de Alhena e explica boa parte da fic até agora, dos acontecimentos passados, presentes e de muitas outras coisas. É praticamente um grande complemento para finlamente entender mais da situação do refúgio.

 

E vou te corrigir uma coisa. Alhena não é um psicopata. Ele tem sérios distúrbios mentais e é um maníaco perigoso. Porém, ele tem emoções e tem receio de tudo o que faz. Fora que não planeja as coisas com afinco e sempre comete muitos erros, não sabendo o que falar. Dessa forma, já o tiro da categoria de psicopata.

 

Valeu pelos parabéns e abraços.

 

Oi Nikos tudo bem? Li seus novos caps

Cap 41

Poxa eu sabia que o Propus era frio, mas fiquei chocado com reação dele a morte da Mona, ele não ficou nem um pouco abalado caramba! Pensei que ele gostava da menina, ou era que eles só estava agindo assim para não mostrar fraqueza diante do pai?

O confronto entre pai e filho foi bem interessante, o garoto se mostrou bem centrado e até conseguiu usar as técnicas de gêmeos, porém parece que foi justamente isso que impediu ele de vencer

 

Cap 42

Bom primeiro pensei que seria um confronto entre Sagitário e gêmeos, onde veríamos se arkab consegue lutar contra alguém no mesmo pagar ar dele

Depois pensei q seria a vez do grande mestre lutar, algo que estou querendo ver desde que descobri que o Tamuz não era o GM

Mas no final vimos o passado do Alhena, parece que na verdade o Tejat era o mais centrado dos dois e o que deveria ter recebido a armadura dourada

Porém o Alhena o chantageou, estranho o Tamuz não ter percebido da situação ele sempre me pareceu alguém tão sábio

Também soubemos em qual situação foi criada a legião de Atena, estranho o mestre não fazer nada naquele momento afinal se ele não concordava, podia não ter ficado tão passivo, mas se for ele sempre foi assim né

Gêmeos pareceu ter ficado cada vez mais louco com a matança e agora estou curioso para ver como foi o encontro dele com o Tejat

 

Parabéns pelos caps Nikos

E até a prox

 

Olá Fimbul, outro que leu dois :D

 

Então, como eu falei pro Saint, não dá de saber o que se passa na mente de Propus. Não sei se ele ficou abalado e não demonstrou ou então ele realmente não ficou muito aí. Dai vamos ver se alguma coisa mais vai ser dita lá na frente. Propus é um mistério.

 

Bem segundo Alhena, foi a falta de emoção e determinação que impediu Propus de vencer. Mas Alhena nme sempre tira as conclusões certas, então não dá de ter certeza. Aliás, não dá de ter certeza de muita coisa quando se trata de seres humanos kkk

 

 

Já o capítulo 42, eu quis fazer esse joguinho. Mudar o foco de vocês para enfim lançar o Flash back. Eu achei melhor trabalhá-lo antes de tudo para finalmente Alhena e Arkab entendenrem contra quem estão lutando e o porque da insanidade de ALhena. Assim ele finalmente deixa de ser um personagem tão distante assim e passa a ser mais... humano.

 

Segundo as lembranças de Alhena Tejat era bem centrado mesmo. Porém, se lembrarmos dele na Ilha da Rainha da Morte, ele não era tão certinho assim. Ou então foi Alhena que continuava controlando ele ou então as próprias condições da Ilha o transformaram. Muitas coisas pra se pensar.

 

Alhena não o chantegeou, ele o amaldiçoou com o Satã Imperial e o controlou para jogar a insanidade do outro lado, fazer ele parecer ambicioso e assim perder a armadura de Gêmeos que, segundo Alhena, provavelmente iria para Tejat.

 

Tamuz tinha acabado de receber a armadura de virgem, nem sei como ele era naquela época. Fora que Tamuz nunca foi um exemplo de sabedoria, tanto que ele teve que se consultar a Ras para ver se ele seguia ou não Sertan. Ele era poderoso e poderia criar vida, mas sempre foi instável e amplamente sentimental. Só ver a ida dele para a Ilha da Rainha da Morte e como ele agiu inconsequente. Aliás, mesmo se fosse... Shaka não percebeu as intenções de Saga, e Shaka tinha bem mais sabedoria. Acho que Alhena conseguiu enganar bem.

 

Alhena se tornou louco e mais insano do que nunca, foi a dose da "droga" que o viciou e exigia cada vez mais assassinatos. Enquanto isso, a culpa pelos atos o maltratava, deixando no estaod em que se encontrava, cada vez mais inconsequente.

 

Bem, obrigado pelos elogios FImbul,

 

A gente se fala

 

Abração.

 

 

Já começo o comentário elogiando por não ter quebrado o capítulo em dois. Prejudicaria e muito a imersão nos relatos do Alhena haha

 

Arkab vs Alhena. Achei que a luta iria tomar grande parte do capítulo, mas felizmente isso não aconteceu. Pelo pouco que foi apresentado, o Dourado ainda é inferior ao renegado, que conseguiu ficar são por alguns momentos. Curti muito o fato de Alhena ter temor da morte igual quando Tamuz teve lá no começo da fic. Isso humaniza bastante os personagens.

 

Gostei muito que o Grande Mestre foi atingido *-* hahaha torci muito pro Alhena esmagar ele, que Patriarca nojento. Pela habilidade dele de criar um círculo paralisante, eu associei imediatamente ao Círculo de Gelo do Hyoga. Será que ele é protegido pela Constelação de Aquário? hehehe

 

Temos início ao flashback. Gostei demais dessa parte! Explicou muita coisa a respeito de todo o universo da fic. Tivemos mais de Tejat e Alhena! A relação entre eles me lembrou muito Aspros e Defteros. Enfim, não esperava que o futuro renegado fosse aplicar o Satã Imperial no próprio irmão. Entendi que Alhena acabou ficando extremamente perturbado porque achava que não iria se sagrar Cavaleiro e isso foi consumindo sua consciência até chegar ao extremo, quando resolveu se livrar do irmão.

 

Coitado do Prateado que morreu anonimamente. -_-

 

Então o que Calipso disse se confirmou. Cavaleiros e Marinas fizeram mesmo uma aliança temporária para acabar com Oceano. Eu quero MUITO ver isso representado em uma fic, por favor, escreva-a. Ver mais da Guarda de Ouro trabalhando em equipe com os guerreiros de Poseidon é maravilhoso

 

Gostei do modo como Sertan discursou diante do refúgio e do modo que seus seguidores o apoiaram. Fiquei surpreso em ver que Tamuz iria apoiá-lo, mas foi impedido por Ras. Fico pensando como seria se o Virginiano tivesse na Legião hehehe

 

Alhena encontrando a mãe do Propus. Olha, acho que haverá algo ainda mais profundo do que só isso. Aparentemente a mãe do garoto também tinha aquela habilidade de ler mentes, o que sugere que ela não é uma pessoa comum. Mas são só suposições. Ela morreu no parto e isso voltou a trazer a insanidade para Alhena, que desde antes já estava matando e destruindo tudo por um doentio prazer. Até que Sertan precisou fazer uma aliança com os Cavaleiros de Ouro (provavelmente com a aprovação do Grande Mestre) e eles conteram o Geminiano, o que abriu a brecha para Tamuz usar seu Vínculo do Destino.

 

Gostei demais desse capítulo porque ele explicou bastante coisa a respeito dos eventos da fic e deu profundidade maior a quase todos os personagens que apareceram. O momento de fundação da Legião de Atena, com antigos personagens aparecendo, todo o passado de Alhena sendo esmiuçado juntamente do de Tejat, toda a sequência que culminou no nascimento e abandono de Propus... Foi o capítulo mais informativo e o melhor da fic até aqui. Ansioso demais pelo próximo!

 

Olá Gustavo, valeu pela presença!

 

Que bom que me concordaste que não seria possível partir o capítulo. AS lembranças de Alhena se desenvolveram num raciocínio linear, não houve um clímax assim para cortar, fora que ia perder o point da evolução da insanidade de Alhena. Aqui, este foi o maior foco, além é claro de retratar mais da história do refúgio e da época da Guarda de Ouro.

 

Como eu respondi pro Fimbul, o foco aqui foi conhecer mais Alhena antes de ocorrer um combate (se ocorrerá). Não sei se é inferior ou o Arkab não achou que ele se defenderia tanto. Ou ainda estava com um pouco de receio. Não dá de saber ainda. Veremos se haverá inferioridade ou superioridade se houver realmente uma batalha.

 

Que tanto ódio do Grande Mestre, ele faz o que pode, não deverias odiá-lo tanto. kkk. Também suspeitei de Aquário, mas sei lá, talvez Virgem (isso ia fazer a farsa de Tamuz ficar mais crível), Gêmeos (esse eu duvido, já tem muitos geminianos), Áries ou então qualquer outra. Ou quem sabe vocês estejam muito focados nos cavaleiros de ouro e esqueçam das outras 76 constelações. O Mestre foi um sobrevivente, não um heroi combatente. POde ter sido qualquer um.

 

Sim, o flashback para mim foi um dos pontos que mais gostei de escrever, porque foi destrinchando tudo. As pequenas coisas que cada um falava nos outros 41 capítulos começaram a se tornar sólidas. Foi muito bom para conhecer tudo. Claro que foi mais linear e não teve tantas reviravoltas, mas eu sempre gosto desses "passados explicativos".

 

Acabou ficando um pouco semelhante, mas na realidade a situação nesse caso acabou sendo diferente porque os personagens são diferentes. ALhena foi bem menos submisso que Defteros, enquanto Tejat que sofreu a crueldade do irmão ao invés de cometê-la, como Aspros. Outra coisa que mudou é que Aspros sempre fora indicado como cavaleiro, enquanto não havia certeza entre Tejat e Alhena. O que permaneceu é que havia um que se sentia amplamente inferiorizado.

 

Sim, parece que Alhena fez tudo para conseguir a armadura de Gêmeos e chegou num estado de insanidade tã grande que ousou atacar a pessoa que mais idolatrava.

 

Coitado mesmo, fiquei com pena. Na real, eu deveria ter dado um nome, mas acabou não sendo relevante. kkkk. Aliás, finalmente foi revelado o que aconteceu. Se lembrares bem, Ras falou no capítulo 8 que Tejat era pior que Alhena porque havia tentando atacar o irmão e acabou matando um prateado no processo (isso o livrou do satã imperial, ao que parece, mas sua mente estava perdida e não conseguiu resistir aos ataques de Ras). Naquela época parecia que Tejat tinha causado a insanidade de ALhena, mas parece que o próprio garoto que se mergulhou nela pela própria inferioridade.

 

Sim, houve uma aliança temporária para cabar com a invasão de Oceano. Como falei no Whatss, eu pretendo fazer um tópico de histórias paralelas a Atlântida e, quando eu escrever e achar que vocês já podem lê-las, eu postarei à medida que possível. Adoro a Guarda de Ouro e queria mostrar como eles chegaram a essa glória.

 

Sertan soube discursar, mas acho que a falta de simpatia do canceriano o impediu de ter mais seguidores, fora a ausência de uma ideia mais concreta, como o próprio Ain. Tamuz foi convencido por Ras. Será que ele aceitaria a autoridade de Sertan como Alhena? Lembrando que ele só iria se Ras fosse, e tenho certeza que o Leonino iria peitar o canceriano até o fim. Acho que o negócio iria implodir mais cedo do que pensas.

 

Aliás, dos membros da Guarda de Ouro, as tres vozes ativas eram Sertan, Libânia e Ras, com força para discordar. Tamuz e Alhena sempre precisaram de muletas enquanto Feres só deixava as coisas rolarem, não se preocupando muito. Devia estar distraído com outras coisas.

 

Quanto aos outros seguidores, creio que tenha somente faltado mencionar Gibrial dos citados até agora na fic, falha minha. Poderia ter dedicado alguma coisa. Tirsa, Aldo, Sorbens, Wezn, Mirfak e Fáon foram abordados ao menos.

 

Veremos então se haverá, é possível. A história da mãe dele ainda foi bem rasa, mas mostrou alguém bem parecida com Propus, só que bem mais doce e querida. Veremos se falará mais sobre a mulher que até agora nem nome teve e morreu no parto.

 

Sertan mais uma vez precisou dos cavaleiros do refúgio (a outra foi em Jamiel). Deve ter sido com a aprovação do mestre, já que vários cavaleiros e aprendizes estavam lá (ou isso é mais uma piração de Alhena). Sabemos que Arkab e Ário estavam porqu eeles mencionaram que viram o Alhena insano.

 

COmo falei, também gostei de fazer esse capítulo e fico feliz que agradou. O objetivo foi ampliar a história, descrever a insanidade de Alhena e destrinchar outros personagens e o passado deles. Agora, fatos que foram meramente citados lá atrás que provavelmente passaram batidos podem ser melhor entendidos, assim como o ambiente em geral. Um deles é o fato de ALhena dizer tanto que Sertan o traira. Enfim, que bom que apreciaste.

 

Nos falamos então GF,

 

Abração

Editado por Nikos
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