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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 1)


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Ficha dos Personagens: Capítulo 42

Alhena de Gêmeos Negro: Guerreiro dotado de uma múltipla personalidade. Foi abordado por Arkab e o Grande Mestre, que estavam pronto para castigá-los. Irritado com a presença do líder dos cavaleiros, Alhena explicou que fora o mestre quem lhe causara essa insanidade, dizendo que somente um entre ele e seu irmão Tejat viraria um cavaleiro de ouro. Sempre se sentindo inferior ao irmão, Alhena não conseguiu aceitar o fato de não virar cavaleiro e, numa atitude insana, controlou a mente de Tejat para forjar um atentado, o que causou a morte de um cavaleiro de prata. Tejat foi banido e Alhena coroado cavaleiro de Ouro. A insanidade, contudo, não desapareceu, sendo atrelada por um sentimento de vazio e de culpa. Nem a participação na Guarda de Ouro o aliviou, pelo contrário, a destruição e as mortes lhe ativaram ainda mais os prazeres da destruição. Se uniu a Sertan para fugir do refúgio e se juntar a Legião de Atena, o que lhe fez cair de vez na loucura, devastando cidades inocentes. Se relacionou com uma mulher, o que o acalmou. Porém, a morte dela no parto lhe conduziu novamente a um estado deplorável. Quando olhou nos olhos de Propus pela primeira vez, a insanidade só aumentou ao ver no filho o reflexo de Tejat. Ele o deixou na Palaestra dos Órfãos e foi explodindo tudo no caminho, até que voltou para a Legião de Atena, quando foi entregue por Sertan para os cavaleiros e acabou banido também.

 

 

Tejat: Irmão gêmeo de Alhena, idênticos em aparência, exceto pelo cabelo mais curto. Sempre foi considerado superior pelo irmão pela sua postura séria e fria. Acabou sendo traído por ele, sendo sucumbido ao Satã Imperial, o que causou o seu banimento.

 

 

Arkab de Sagitário: Cavaleiro de ouro mais fiel ao mestre. Localizou Alhena pronto para castigá-lo. Tentou convencê-lo da ameaça que era, mas, diante de uma recusa em se entregar, o sagitariano resolveu lutar a sério, quando foi interrompido pelo Grande Mestre, que sugeriu um ataque em conjunto, evitado por Alhena.

 

Grande Mestre: Líder dos cavaleiros e único sobrevivente da guerra santa perdida por Atena. Se juntou a Arkab para acabar com Alhena, justificando que um ataque em dois não seria injusto, já que o mesmo já estava condenado à loucura e nem era um guerreiro honrado.

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PRÓLOGO Um vulto surgiu no horizonte e logo se revelou. Era um homem que caminhava pelas ruas lentamente, trajando um longo manto esbranquiçado, que balançava com o vento e com cada passo dado. O dia

Eu li e reli várias vezes o mesmo post e nem percebi o erro. uahsuhaushauhsua sorry, é Propos!

Como prometido, cá estou para comentar esta excelente fic! Sei que você gosta de comentar capítulo a capítulo nas outras fics, mas eu quando inicio alguma já relativamente avançada, opto por fazer u

CAPÍTULO 43

Arkab fez uma expressão de enjoo. Não conseguia acreditar na tamanha atrocidade que acabara de ouvir. O Grande Mestre respirou forte, também impressionado. A máscara impedia a visualização de sua face, mas a sensação de desprezo era facilmente percebida pelas próprias atitudes. Alhena parecia não ligar para nada e nem para a história que acabara de contar. Continuava a olhá-los de forma insana, piscando sem parar e mantendo um tom sádico.


Não demorou e Alhena começou a rir. Tal alegria não parecia fazer sentido para Arkab e muito menos para o Grande Mestre. Felicidade esta que foi substituída por lágrimas e múrmuros de arrependimento. Por algumas vezes, Alhena bradava o nome de Tejat baixinho para o chão, fato que deixava Arkab ainda mais intrigado.


– Tu estás falando no nome de Tejat? – questionou Arkab, se aproximando. – O que ele fez quando tu chegaste à Ilha da Rainha da Morte? Por acaso se vingou e te deixou num estado ainda pior?


Despertado por aquele nome, Alhena se levantou e sorriu amavelmente, dando pigarreadas de riso em seguida. Repetia o nome do irmão algumas vezes e dava uns passos para o lado como se estivesse dançando. Arkab e o Grande Mestre o olhavam e cada vez mais não sabiam se sentiam raiva ou até mesmo pena.


– Vingança? Tejat se vingar? – comentou Alhena com uma voz infantil e com uma expressão de criança indignada. – Tejat sempre esteve acima dessas picuinhas. Não! Ele não se vingou. Quando eu cheguei lá, ele simplesmente me abraçou. Tentou me aliviar, conter a minha insanidade. Tejat sempre foi um exemplo de como um guerreiro deveria ser. E eu roubei o lugar dele. Sou um imbecil!


Não tardou e Alhena voltou a chorar. Ajoelhou-se, colocou a mão nos olhos e se debruçou em prantos. Sem se comover com tamanho sofrimento, o Grande Mestre se aproximou do antigo geminiano e disse em voz autoritária:


– Alhena, eu sei que idolatras teu irmão, mas não podes deixar que tal admiração te deixe cego. Não estás vendo que isso alimenta ainda mais a tua insanidade? Tejat não era tão valoroso quanto tu imaginas. Tamuz me falou de ida à Ilha da Rainha da Morte e teu irmão estava longe de ser essa criatura intocável que julgas. Muito pelo contrário.


Ao ouvir aquelas palavras, Alhena se levantou rapidamente, empurrou o Grande Mestre no chão e o olhou com uma expressão que misturava insanidade e ódio.


– Blasfêmia! – rosnou com os punhos para frente. – Como querias que Tejat estivesse bem diante de Tamuz? Ele que o baniu sem piedade. Nem teve tempo de analisar suas intenções. Fora que a Ilha da Rainha da Morte acaba com qualquer um.


– Alhena, cai na real! – resmungou o Grande Mestre se levantando. – Tejat podia ter muitas qualidades, mas ele não é como tu julgas.


– SILÊNCIO! – grunhiu Alhena aumentando o cosmo ao máximo. – PARA DE FALAR DO MEU IRMÃO!


Num movimento rápido, Alhena empunhou o braço para frente e produziu a pressão de ar. No entanto, da mesma forma que antes, o golpe foi bloqueado quando Arkab saltou à frente do Grande Mestre e ergueu o braço para defender do ataque. Seus olhos estavam firmes e sua boca emitia um leve sorriso.


– Alhena, deixa de ser patético! – disse Arkab de maneira irônica, rindo logo depois. – Sinto muito, Grande Mestre, mas eu vou discordar de ti pela primeira vez. Tejat era para ser o verdadeiro cavaleiro de Gêmeos e esse homem à nossa frente não é nada mais, nada menos, que uma fraude, uma piada.


– O que estás dizendo? – grunhiu Alhena, apertando o dedo entre as mãos, muito irritado. Suas mãos tremiam e seu olho piscava incessantemente.


– Ora, a verdade! – comentou o sagitariano. – Sempre foste um fracasso na vida e culpas a todos por tua insanidade. Mas não foi o Grande Mestre e nem o teu irmão que te atirou à ruína, Alhena. Foste tu! Tu és um eterno fracasso!


– CALA A BOCA! – rosnou Alhena lançando várias fagulhas de energia para a direção de Arkab.


Se concentrando, o cavaleiro de Sagitário elevou o cosmo, armou o arco e atirou várias flechas de luz em direção às fagulhas, destruindo todas no caminho. Em seguida, lançou mais tiros, que acertaram Alhena, derrubando-o. O antigo geminiano gemeu de dor e mais ainda de raiva. A sua armadura negra era resistente, conseguindo impedir que as flechas chegassem ao corpo de maneira mais letal, causando apenas ferimentos superficiais.


Arkab bufou e já armava o arco novamente. Alhena, porém, se levantou, ergueu o cosmo e lançou mais uma vez a pressão de ar para bloquear as flechas. Em seguida, mandou seu ataque em direção ao adversário, que balançou as asas da armadura de Sagitário, produzindo uma cortina de ar que anulou com o golpe de Alhena. Ambos se entreolharam, muito concentrados.


– Esse é o poder das minhas asas de Sagitário. – gabou-se Arkab. – Com um simples bater delas, posso causar desde uma leve brisa, até um furacão.


– Maldito! – grunhiu Alhena, respirando alto. Estava com a voz muito seca.


Sem pensar, o cavaleiro negro correu em direção ao oponente para desferir-lhe um soco. Contudo, Arkab simplesmente saltou e caiu atrás de Alhena.


– Agora recebe o meu golpe! – exclamou o sagitariano. – TROVÃO ATÔMICO!


Arkab recuou o braço e concentrou grande energia na mão. Em seguida, avançou-a, lançando uma rajada de luz com milhões de pequenos discos elétricos. Surpreso, Alhena se virou para bloquear o ataque, mas não conseguiu impedir que grande parte das esferas o atingisse, derrubando-o no chão.


A dor foi maior do que antes. Sentia os choques ficando cada vez mais fortes impedindo o funcionamento do sistema nervoso. Sem descanso, Arkab atirou mais flechas de luz, ferindo-o ainda mais.


Alhena grunhiu de dor por alguns segundos, mas se calou. Não podia deixar aquilo ficar assim. Elevou o cosmo e, com toda a potência, produziu uma longa pressão de ar, arrastando Arkab para longe. O Grande Mestre observava o cavaleiro de Gêmeos e se espantava com tamanha intensidade do cosmo, bem como sua característica insana.


– Não vais me vencer com isso. – resmungou Arkab, se levantando com dificuldade.


– Tem razão! O cavalinho do mestre precisa ter o castigo que merece. – disse Alhena com um tom irônico, mas não menos amável. – OUTRA DIMENSÃO!


Sem demoras, Alhena ergueu a mão para frente. Logo, o céu se tornou um portal para dimensões alternativas, sugando tudo no local. O Grande Mestre elevou o cosmo e permaneceu estático, enquanto Arkab, no centro do buraco negro, não conseguiu resistir e foi puxado para dentro da fenda.


Alhena ria, enquanto Arkab gritava, indo cada vez mais longe. Sabia que ia ser sugado para sempre se não fizesse nada. Assim, elevou o cosmo ao máximo e abriu as asas da armadura de ouro de Sagitário, produzindo uma aura dourada em seu entorno. O antigo geminiano rosnou de raiva, enquanto Arkab ficava de pé em meio ao portal dimensional.


– PLUMAS DO REI! – exclamou o sagitariano, com os braços para frente.


As asas de Sagitário se abriram ainda mais e um brilho dourado foi emanado delas. Logo, milhões de penas douradas foram produzidas a partir do chão, formando uma gigantesca coluna, golpeando Alhena, produzindo vários cortes na sua pele e na armadura negra.


Ferido, Alhena foi atirado para longe e caiu rolando em meio ao chão. No mesmo instante, a fenda dimensional se fechou e Arkab desceu suavemente.


Irritado, Alhena apoiou a mão no chão e se levantou. Sangrava por todo o corpo e seus olhos escuros exprimiam uma dose de ódio maior do que a própria insanidade.


– Eu te falei, com as minhas asas nada poderá me abalar. – gabou-se Arkab. – Enquanto isso, tu caíras diante da própria insanidade.


– Eu cairei diante da insanidade? – indagou Alhena, gargalhando em seguida. – Serás tu que perecerás insano!


– Como assim? – questionou Arkab, sem entender.


– Recebe o meu poder! INFUSÃO INSANA!


Alhena apontou o dedo para frente, emanando um raio esbranquiçado. Antes que fosse atingido, Arkab saltou para trás e o ataque penetrou no chão. O sagitariano deu uma risada de satisfação, que logo deu lugar à confusão. Um fluido estranho foi produzido a partir do ponto no chão, se espalhando num círculo em volta do seu corpo, escorrendo novamente para o ponto como se fosse um ralo.


Fumaças brancas começaram a emergir do chão. Arkab tentava escapar, mas não conseguia se mover, estava completamente dominado pelo golpe, que continuava a se espalhar.


Sentindo uma forte dor de cabeça, o sagitariano se apoiou no chão. Sua mente parecia estar cada vez mais atrapalhada, sem raciocínios concisos. Ouvia de longe a gargalhada de Alhena, que parecia cada vez mais distante. Não conseguia distinguir direito os sons, sua visão estava fosca e sua mente estava completamente abalada e fora de si. O Grande Mestre observava de longe e parecia não acreditar na potência daquele ataque.


– O que está… acontecendo? – indagou Arkab com uma voz seca. Mal conseguia ouvir a própria voz.


– Agora estamos na mesma situação. – gargalhou Alhena. – Bem vindo à minha mente, meu amigo. Essa é a loucura penetrando no teu cérebro. Logo, estarás tão insano quanto eu.


Não dando atenção a Alhena, Arkab saltou para lhe desferir um soco, que foi facilmente desviado. Em seguida, armou o arco e atirou milhares de flechas, mas nenhuma atingiu o alvo. Alhena ria a cada tentativa vã do adversário, que começava a fungar e agir de maneira completamente adversa.


– Se estou nas mesmas condições que tu, por que não consigo te acertar? – indagou, lançando outra rajada de energia, mais uma vez desviada.


Alhena deu mais uma gargalhada e lançou a pressão de ar, atirando Arkab para longe. O sagitariano tentou se levantar, mas a tontura o impediu de acertar o chão na hora de apoiar. Estava abalado e a dor de cabeça só aumentava, bem como a dificuldade de raciocinar.


– Eu vivi anos com esta insanidade. – explicou Alhena com uma voz grossa e altamente esnobe. – Não é difícil para mim lutar com ela, já que me acostumei a ser insano. Agora tu, como vais me enfrentar?


Ignorando as adversidades, Arkab elevou o cosmo e, com muita dificuldade, se postou de pé. Ainda não conseguia distinguir direito as visões, mas tentava deixar em ordem a sua mente, apesar da tontura e da dor de cabeça. O Grande Mestre esboçou um urro de comemoração, enquanto Alhena aplaudiu feito uma criança, empolgado com a determinação alheia.


– É assim que deve ser, um cavaleiro de ouro não desiste jamais. – ironizou Alhena com outro tom de voz, dessa vez mais convicto. – Se tiveste te entregado antes, seria decepcionante.


– CALA A BOCA! TROVÃO ATÔMICO! – exclamou.


Concentrando a energia nas mãos, Arkab lançou vários discos de energia. Sem se preocupar, Alhena postou o braço para frente, lançando uma rajada de ar, que absorveu todo o ataque. Pressionado com o próprio esforço, Arkab se ajoelhou, ainda não conseguindo dominar totalmente o corpo.


– Meus parabéns! Foi um grande ataque! – comentou Alhena, agora com um tom grave e sério, logo dando lugar às gargalhadas insanas. – Mas não chegou nem de perto da pressão dos teus ataques de antes.


– Mal… dito. – rosnou Arkab, ficando de pé mais uma vez.


– Agora, já que mal consegues se postar como um cavaleiro de verdade, abolirei a tua existência deste mundo. OUTRA DIMENSÃO!


Mais uma vez o portal dimensional foi aberto, sugando tudo. Arkab tentou reagir, mas não tinha a força, nem a concentração necessária para concluir a defesa. Logo, sentia a mente lhe abandonar, enquanto o corpo vagava por dimensões infinitas do espaço e tempo. Não conseguia mais reagir, apenas era carregado cada vez mais para longe.


Satisfeito, Alhena olhou para o chão e, em seguida, fitou o Grande Mestre com ódio, que recuou. Caminhou lentamente em direção à entidade, enquanto seu cosmo se elevava cada vez mais. À medida que caminhava, buracos se abriam no chão.


Preocupado, o Grande Mestre deu um passo para trás, quando uma fagulha de energia voou em sua direção, atingindo-o em cheio. Ferido, ele caiu no chão e urrou de dor. Alhena riu. Sabia que, por mais forte que a entidade fosse, a idade pesaria muito naquele momento.


– Ora, ora, ora! – começou Alhena, balançando a cabeça de um lado para o outro. – Estás preso na minha arapuca. Finalmente terei a minha vingança.


– Te detém, Alhena! – bradou o Grande Mestre em um tom de súplica. – O que vais ganhar com isso?


– VINGANÇA!


Furioso e com os cabelos mais arrepiados do que nunca, Alhena postou a mão direita para frente, lançando uma grande pressão de ar. O Grande Mestre esboçou algumas palavras, mas não foi suficiente para deter o poder do adversário. Arremessado para longe, ele cuspiu uma bolha de sangue.


O esforço consumia o Grande Mestre, mal tendo forças para ficar de pé. Não tardou e mais fagulhas de energia voaram em sua direção. Estava praticamente inconsciente, sentindo que ia morrer. Porém, atrelado a isso, percebeu que uma energia o estava alimentando. Era do próprio Alhena. Ele queria brincar mais um pouco com a situação até dar o golpe definitivo.


Ao mesmo tempo, várias imagens de criaturas demoníacas começaram a rodeá-lo. Sabia que era uma ilusão criada por Alhena, mas isso não diminuía o efeito de pânico provocados por elas.


– Essas criaturas são as testemunhas da tua derrota. – murmurou Alhena. – Não sou o mestre das ilusões como Tejat, mas também sei enganar os olhos dos outros, até dos menos suscetíveis como tu.


Sem pensar, o Grande Mestre ficou de pé e lançou uma névoa, sumindo com todas as criaturas. Nada abalado, o cavaleiro de Gêmeos Negro caminhava em sua direção, com o cosmo cada vez mais agressivo e um olhar ainda mais insano.


Assim, Alhena cruzou os braços um de frente para o outro. O Grande Mestre tremeu. Sabia o que vinha: o golpe mais forte de Gêmeos.


– Alhena… espere. – implorou o Grande Mestre, com dificuldade de falar.


– Arkab era um cavaleiro de ouro que foi ludibriado por ti, por isso evitei ao máximo eliminá-lo, apenas o deixei vagando por outras dimensões. – explicou Alhena. – Mas tu, Grande Mestre, a escória de Atena, mereces cair no mais profundo poço da inexistência. EXPLOSÃO…


Antes que pudesse completar o golpe, um vulto de luz surgiu em sua frente e o golpeou, atirando-o para trás. Furioso, Alhena abriu os olhos e observou quem o atingira. Arkab estava de pé, com uma forte aura dourada ao seu redor. Da mesma forma que o cavaleiro negro, piscava incessantemente os olhos e seu cabelo estava mais arrepiado do que o normal. Parecia ser outra pessoa.


Alhena ficou irritado, sentimento que logo deu lugar à satisfação por estar de frente a um oponente persistente. Por outro lado, Arkab o fitava sem parar, não sabendo o que fazer, apenas agindo por instinto, sem ter consciência de todos os seus atos.


Praticamente inconsciente, Arkab postou os dois braços para frente levemente e abriu as asas da armadura. Alhena se assustou. O cosmo do adversário aumentava exponencialmente a cada segundo, parecia que estava prestes a destruir todo o universo.


– Eu avisei… para não atacar o Grande Mestre. – gaguejou Arkab, enquanto o mestre recuava lentamente.


– Então pretendes usar todo o teu poder diante de mim, não é? – questionou Alhena. – Que te vale um golpe nessas condições?


– Não me subestime. Esse é o poder de Atena! IMPULSO DA LUZ DE QUÍRON!


– Não serei submetido a esse golpe. EXPLOSÃO GALÁCTICA!


Arkab ergueu o braço para frente e produziu uma leve brisa que logo se converteu em um gigantesco tornado de luz, enquanto Alhena cruzava as mãos para cima, lançando a sua supernova devastadora de galáxias.


Os golpes se chocaram e um embate aconteceu. Ninguém parecia que sairia vencedor daquela luta. O tornado de luz absorvia tudo em sua volta enquanto a explosão destruía tudo o que chegava perto. O Grande Mestre olhava de longe e se impressionava com a intensidade de ambos os ataques, precisando recuar ainda mais para não ser afetado.


Arkab piscava rapidamente, sua mão tremia e todo o corpo parecia ter dificuldade de se sustentar. Alhena, pelo contrário, mantinha a pose e só conservava o sorriso sádico, mas não parecia se abalar.


Então, num segundo, Arkab recuou. O erro foi suficiente para determinar o vencedor. Não tardou e a supernova consumiu o tornado e atingiu o sagitariano, que caiu para trás com toda a energia. Alhena ria, satisfeito com a própria vitória, quando um raio de luz atravessou o embate dos golpes e parou no peito de Alhena. O antigo geminiano cuspiu sangue e seus olhos se arregalaram ao ver uma flecha dourada cravada no seu coração, atravessando até mesmo a armadura negra.


A tontura pairou sobre o seu cérebro. Sabia que estava morrendo. O desespero começou a tomar conta dele e aumentou mais ainda quando Arkab apareceu de pé à sua frente, com a armadura praticamente rachada, manco e com o braço quebrado,


– Como conseguiste isso? – indagou Alhena, tossindo em seguida.


– Por que tu achas que venceste o meu tornado? – questionou Arkab com a voz extremamente seca e falha. – Porque eu não usei toda a energia nele e sim no meu arco para atirar uma flecha dourada. Sabia que um cavaleiro insano e egocêntrico como tu jamais perceberia este truque.


– Trapaceiro! – resmungou Alhena, com um olhar tomado pelo ódio.


– Mas não foi por isso que tu perdeste. – continuou Arkab, melhorando aos poucos do cansaço, mas ainda em estado deplorável. – Tu perdeste porque eu sou um verdadeiro cavaleiro de Atena, enquanto tu… tu não és nada! Roubou o lugar de cavaleiro de ouro do teu irmão. Para não bastar, também roubou a armadura negra dele. Enfim, és um total fracassado que quis viver uma vida que não é tua.


Alhena se paralisou com aquelas palavras e tombou no chão de joelhos. Repetia, com uma voz infantil, que era uma fraude e um fracassado. Estava com a mente morta e só esperava a hemorragia imposta pela flecha consumi-lo de vez.


Precisando de um apoio, Arkab ignorou o antigo geminiano, cambaleou até o Grande Mestre, que só observava, e se atirou nos seus braços para se apoiar. O cavaleiro respirava fundo e não conseguia pensar direito devido ao ataque insano de Alhena. A entidade colocou a mão na sua cabeça e transferiu parte do cosmo, o suficiente para garantir a sobrevivência dele.


De repente, por um impulso, o Grande Mestre atirou o sagitariano no chão e ergueu a mão para frente, produzindo uma leve barreira. Um grande cosmo se manifestou à sua frente e um vulto feminino surgiu por entre as vilas, trajando uma proteção dourada.


– Eu sou Deolinda de Scylla, general do Império Atlante. – explicou a mulher com um olhar entristecido. – Agora peço por favor para entregarem Atena ou terei que agir.

 

 

Falta um capítulo + o epílogo para terminar a primeira parte

 

Editado por Nikos
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Capítulo 43 lido.

 

Em primeiro lugar, quero escrever que gostei muito. Embora, digo sempre isso, mas prefiro assim.

 

Quanto ao comentário:

 

A batalha entre Alhena e Arkab foi bem extensiva, engenhosa, determinada, superada, estratega e assim de recursos inesperados e cheio de surpresa.

 

Começando pela criação de uma nova técnica jamais vista num geminiano, dando um destaque em especial para esta técnica que vou usar como grande recurso para saber o quanto caótica e distorcida é a mente insano de Alhena, embora ele estivesse mais "adaptado" e "experiente", Arkab conseguiu vencê-lo.

 

Apesar deste Sagitário ser um grande graxista, arrogante, sem escrupulos, devo admitir que foi um grande guerreiro e com uma força enorme de vontade somando mais ao seu poder, realizou um grande feito, jamais faltou palavras desencorajadores dele para insultar Alhena e referir Tejat como o "verdadeiro" e único justo herdeiro da Armadura de Gémeos.

 

O final do capítulo revelou surpreendente e inesperada pela vinda de um General Marina.

 

Parabéns por este capítulo e abraços.

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Excelente capítulo Nikos!

 

Gostei demais da luta entre Arkab e Alhena. Finalmente vimos eles caindo na pancada mesmo! hehehehe As lutas entre os Cavaleiros Dourados da sua fic são bem equilibradas mesmo. Chega a um ponto que não temos a menor ideia de quem pode vencer e um descuido pode acarretar na derrota de um dos personagens envolvidos. É algo totalmente imprevisível.

 

O Infusão Insana do Alhena nos deu alguma ideia de como funciona sua mente e... Nossa. Aliás, me responde uma coisa. É assim que a mente de um esquizofrênico funciona? Bem, voltando a cena, Grande Mestre apanhando foi algo que eu adorei. Queria que Alhena massacrasse o Patriarca, mas pra variar, isso não foi possível. O divertimento sádico dele em querer ver aquela figura sofrendo impediu que ele desse o golpe final e possibilitou que Arkab pudesse retornar, já controlando um pouco de sua insanidade.

 

A colisão entre o Impulso da Luz de Quíron e a Explosão Galáctica foi muuuuito intenso. Épico! Arkab acabou sendo inteligente e usou a flecha para atravessar o peito de Alhena, em troca de ser atingido pelo que sobrou do poder destrutivo da Explosão. Muito bom! Um comentário geral que faço é: Seus Cavaleiros de Ouro tem muitos golpes não? Tipo, eu até entendo, eles são da mais alta patente do exército, natural que tenham uma grande gama de técnicas especiais, mas é que uns tem tantas que eu fico perdido hehe Mas claro que não é uma crítica, uma observação que achei legal ressaltar.

 

E por fim, Deolinda diva aparece! Ela vai lutar! OMG, uma Marina em ação! Já estava na hora, saudade das tropas de Poseidon. Quero ver o nível de poder que os seus Generais alcançam em batalha e torcendo muito pra ela enfrentar o Grande Mestre e descobrirmos logo quem é esta criatura que não faz nada a não ser apanhar, fugir e reclamar da vida.

 

Parabéns e abraços!

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Capítulo 43 lido.

 

Em primeiro lugar, quero escrever que gostei muito. Embora, digo sempre isso, mas prefiro assim.

 

Quanto ao comentário:

 

A batalha entre Alhena e Arkab foi bem extensiva, engenhosa, determinada, superada, estratega e assim de recursos inesperados e cheio de surpresa.

 

Começando pela criação de uma nova técnica jamais vista num geminiano, dando um destaque em especial para esta técnica que vou usar como grande recurso para saber o quanto caótica e distorcida é a mente insano de Alhena, embora ele estivesse mais "adaptado" e "experiente", Arkab conseguiu vencê-lo.

 

Apesar deste Sagitário ser um grande graxista, arrogante, sem escrupulos, devo admitir que foi um grande guerreiro e com uma força enorme de vontade somando mais ao seu poder, realizou um grande feito, jamais faltou palavras desencorajadores dele para insultar Alhena e referir Tejat como o "verdadeiro" e único justo herdeiro da Armadura de Gémeos.

 

O final do capítulo revelou surpreendente e inesperada pela vinda de um General Marina.

 

Parabéns por este capítulo e abraços.

Olá Saint!

 

Pode continuar elogiando, eu gosto.

 

Que bom que gostaste assim da batalha. Nada mais natural entre um duelo entre cavaleiros de ouro (por mais um que um não esteja com a armadura de ouro e sim com uma negra).

 

Essa nova técnica foi a explosão do interior de Alhena, achei interessante mostrar. Uma versão dela foi emanada por Tejat no Capítulo 8 (Infusão Demoníaca), só que com o ódio de Tejat sendo mandando para fora, ao invés da insanidade. Sim, foi mais ou menos isso, foi para Arkab (e o leitor) sentirem mais um pouco como é viver naquele inferno de múltiplas personalidades de Alhena.

 

Sim, Arkab não é ruim. Aliás, se forem ver bem, são poucas as pessoas verdadeiramente e inteiramente ruins. Arkab acha que o que está defendendo é certo e vai até o fim com isso. É claro que pode ter uma moral um pouco distorcida (como vários dos guerreiros do refúgio E de Atlântida, mas mesmo assim, ele pensa estar fazendo o certo.

 

Por fim, veio a língua grande de Arkab, que não perdeu tempo para debochar de Alhena e o deixar numa morte mental tão arrasadora quanto a física.

 

Sim, veio um general marina. Usar todos os poderes de um cavaleiro de ouro sem a proteção de Atena é uma presa fácil para ser localizados por Atlântida.

 

Bem, obrigado pelos elogios!

 

Abração

 

Excelente capítulo Nikos!

 

Gostei demais da luta entre Arkab e Alhena. Finalmente vimos eles caindo na pancada mesmo! hehehehe As lutas entre os Cavaleiros Dourados da sua fic são bem equilibradas mesmo. Chega a um ponto que não temos a menor ideia de quem pode vencer e um descuido pode acarretar na derrota de um dos personagens envolvidos. É algo totalmente imprevisível.

 

O Infusão Insana do Alhena nos deu alguma ideia de como funciona sua mente e... Nossa. Aliás, me responde uma coisa. É assim que a mente de um esquizofrênico funciona? Bem, voltando a cena, Grande Mestre apanhando foi algo que eu adorei. Queria que Alhena massacrasse o Patriarca, mas pra variar, isso não foi possível. O divertimento sádico dele em querer ver aquela figura sofrendo impediu que ele desse o golpe final e possibilitou que Arkab pudesse retornar, já controlando um pouco de sua insanidade.

 

A colisão entre o Impulso da Luz de Quíron e a Explosão Galáctica foi muuuuito intenso. Épico! Arkab acabou sendo inteligente e usou a flecha para atravessar o peito de Alhena, em troca de ser atingido pelo que sobrou do poder destrutivo da Explosão. Muito bom! Um comentário geral que faço é: Seus Cavaleiros de Ouro tem muitos golpes não? Tipo, eu até entendo, eles são da mais alta patente do exército, natural que tenham uma grande gama de técnicas especiais, mas é que uns tem tantas que eu fico perdido hehe Mas claro que não é uma crítica, uma observação que achei legal ressaltar.

 

E por fim, Deolinda diva aparece! Ela vai lutar! OMG, uma Marina em ação! Já estava na hora, saudade das tropas de Poseidon. Quero ver o nível de poder que os seus Generais alcançam em batalha e torcendo muito pra ela enfrentar o Grande Mestre e descobrirmos logo quem é esta criatura que não faz nada a não ser apanhar, fugir e reclamar da vida.

 

Parabéns e abraços!

 

 

Opa Gustavo, valeu de cara pelo elogio. Fico feliz que tenhas gostado assim.

 

Sim, enrolaram demais com o flashback, mas estava na hora de se enfrentarem. Sim! Eu sou da filosofia eterna que os dourados se equiparam. Alguns podem levar vantagem em certos confrontos, mas no geral, todos, se lutarem a sério, tem poderes quase iguais (chegam ao sétimo sentido). Ficaria com peso na consciência se uma luta entre dois cavaleiros de ouro fosse decidida tão facilmente. É preciso não só força, mas também preparo, estratégia e um pouco de malícia. Que bom que achasse imprevisível.

 

Nao sei direito. huahua. Mas é mais de alguém com múltipla personalidade que não consegue fixar o raciocínio num ponto. Sei lá como explicar bem.

 

Po, odeias tanto o mestr assim? Deixa ele, é só um pobre sobrevivente. Mas Alhena se descuidou e deixou Arkab vltar. Pena, custou toda a batalha.

 

Sim, são os dois ataques mais destrutivos de cada um, achei que fui um pouco simplista, mas que bom que gostaste medo. Arkab acabaou sacrificando o empate no embate para fazer um ataque sujo. kkk. Típico dele, mas foi uma estratégia que deu certo e ele sabia qu enão ia morrer assim.

 

Olha Gustavo, acho que a maioria tem 3 ou 4. Eu tento não exagerar muito, mas acho que 4 é um número bom para cavaleiros da mais alta patente, porque os brônzeos principais geralmente tem 3.

 

Mas olha:

  • Pítia: Muralha de Cristal, Torre de Cristal, Revolução Estelar e Extinção Estelar
  • Gerd: não se sabe
  • Alhena: Infusão Insana, Explosão Galáctica, Outra Dimensão e Satã Imperial (Fora a pressão de ar e as fagulhas, mas isso não é especial)
  • Sertan: Chamas Demoníacas, Carapaça Crustácea, Peste Maldita, Ondas do Inferno e Necrotério da Libertação (mas o Sertan terina sempre novas técnica
  • Ras: Cápsula do Poder, Relâmpago de Plasma, Uivo da Fera Selvagem e Penitência Imperial
  • Tamuz: Célebre Criação, Aclamação Celestial e Tesouro do Céu
  • Feres: Epicentro de Destruição, Fúria do Dragão Rei, Pulso de Gravidade
  • Safiya: Agulha Escarlate e Tempestade Desértica
  • Arkab: Trovão Atômico (ataque de impacto) Flechas Infinitas (ataque perfurante), Plumas do Rei (ataque cortante) e Impulso da Luz de Quíron
  • Ário: Excalibur e Lança Mítica
  • Pavel: não se sabe
  • Libânia: Chuva de Pétalas, Rosa Sangrenta, Jardim de Flores e Alvorecer da Mãe-Terra

Só para explicar mesmo. E que bom que ressaltasse, às vezes eu também acho exagerado cavaleiros com muitas técnicas. Foi bom teres observado, assim eu fiz um controle melhor. Mas acho que só o Sertan ultrapassa as 4 (o que é justificável)

 

Voltando aos comentários. Deolinda aparece. Vamos ver se ela vai lutar ou apenas vai tentar negociar. Não dá de saber. Aié, nenhum general batalhou ainda (Só o Íchos massacrando a Spio). Como assim descobrir quem é o Grande MEstre? Ele é o sobrivvente da Guerra Santa perdida. ;/ Muita conspiração. kkk

 

 

BEm, valeu GF,

 

 

Abração

 

 

 

 

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Ficha dos Personagens: Capítulo 43

Alhena de Gêmeos Negro: Guerreiro banido e pai de Propus. Tentou engrandecer o filho fazendo-o sentir a perda de alguém amado, mas falhou na missão, pois Propus aparentemente não mudou sua forma de agir. Após derrotá-lo em batalha, Alhena viu seus soldados serem mortos por Arkab, que veio com o Grande Mestre para castigá-lo. Alhena contou que fora o mestre quem implantou a insanidade nele e que o fez armar o banimento do irmão Tejat. Amaldiçoando a entidade, o antigo geminiano partiu para cima dela, quando foi interceptado por Arkab. Após um confronto equilibrado, ambos lançaram seus melhores golpes, mas Alhena acabou atingido pela flecha de Sagitário, sendo derrotado.

 

 

Arkab de Sagitário: Cavaleiro mais fiel ao mestre. Enfrentou Alhena para salvar o mestre, quando foi atingido pelo ataque Infusão Insana, que lhe atirou na mesma insanidade que o antigo geminiano sofre. Com a mente toda distorcida, ele foi sucumbido aos poucos com os ataques do adversário. Porém, após ver o mestre sendo ameaçado, ele escapou da Outra Dimensão e enfrentou Alhena com seu melhor ataque. O choque dos golpes tendia para um empate, quando o sagitariano sacrificou a igualdade para atirar uma flecha no coração do oponente.

 

Grande Mestre: Comandante dos cavaleiros e sobrevivente da guerra santa perdida por Atena, há mil anos. Veio com Arkab para castigar Alhena pelos milhares de assassinatos que ele cometera.

 

 

Deolinda de Scylla: General do Império Atlante e mestra de Gale. Sofrera com forte depressão após a morte da amada Spio, mas decidiu agir ao ver a imprudência de Gale.

 

Editado por Nikos
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CAPÍTULO 44

O Grande Mestre olhou para aquela mulher e ficou intimidado. Como Poseidon poderia tê-los localizado tão facilmente? Então, olhou para a mão da general. Havia uma pedra verde brilhante, que emitia uma luz verde intensa, mas que diminuía sua força a cada instante.


Ela era baixa, mas tinha o corpo definido e levemente musculoso. Possuía cabelos negros, muito lisos e escorridos, mas extremamente curtos, indo somente até suas orelhas pequenas. Seus olhos eram negros e pequenos, com cílios finos e praticamente invisíveis, tais como suas sobrancelhas, finas, negras, mas sem muita densidade. Seu nariz era pequeno e levemente arredondado. Sua bochecha era fina, aparentemente seca.


– Então, Grande Mestre, onde está Atena? – perguntou a marina, trajada com escamas douradas, num tom doce. – Me entrega-a logo para evitarmos confrontos desnecessários.


– Por que achas que ela está aqui? – rosnou o mestre.


– A pedra esverdeada de Nereu brilhou intensamente. – explicou, erguendo o mineral brilhante. – Quando a luz se manifesta, quer dizer que um dos cavaleiros regidos por uma das doze constelações que rodeiam o sol ou a própria Atena usou o cosmo de maneira intensa.




– Pois ela não está aqui. Viemos somente para castigar um traidor – grunhiu o Grande Mestre apontando para a figura inerte de Alhena. – Agora vai embora, pois não tens mais nada a fazer!


– Por favor, eu peço que reconsideres, ou terei que cumprir as ordens que não quero completar.


Deolinda ergueu o braço direito e estalou os dedos. Enquanto ela respirava fundo e olhava para baixo, abatida, vários soldados apareceram ao seu redor. Não eram marinas, propriamente ditos, apenas os soldados de Poseidon, vestindo proteções praticamente nulas. O mestre olhou para todos com desdém, considerando-os como inferiores.


– Não quero lutar, mas se não cooperares, serei obrigada a fazer isso. – lamentou a general de Scylla, com as mãos tremendo. – Agora, meus soldados, vasculhem todas as casas dessa vila e… o Imperador mandou matar a todos para ver se Atena aparece. Por favor, Grande Mestre, realmente não vais me dizer onde está Atena?


Diante de mais uma resposta negativa, ela estalou os dedos outra vez e todos os soldados saíram correndo em direção às casas do vilarejo. O Grande Mestre se virou para tentar impedi-los, quando percebeu que a general apontava o dedo para ele, pronta para desferir-lhe um ataque caso fizesse alguma coisa.


Um outro suspiro saio dos lábios da general, enquanto os soldados continuavam avançando. Por um momento, quis cancelar o ato, ao ver que o mestre continuava estático. No entanto, seus pensamentos foram interrompido por berros de dor.


Ela arregalou os olhos, impressionada, quando viu, um a um, os soldados caindo mortos por flechas de luz. Espantados, ela e o Grande Mestre olharam para o lado e viram Arkab, de pé, mal sustentando o equilíbrio, com o arco armado. Dava risadas alternadas sem motivos. Sua mão tremia e seus olhos piscavam rapidamente.


– Quem és tu para produzir tamanha chacina? – perguntou Deolinda com os olhos tomados pelas lágrimas. Não queria ver aquela cena, nem ao menos enfrentar mais um guerreiro.


– Que moral tens para falar em chacina? És uma hipócrita. Mas vou te responder com orgulho. – gabou-se o cavaleiro, ainda com dificuldades na fala. – Eu sou o braço direito do mestre, meu nome é Arkab de Sagitário.


– Tu mais pareces um morto vivo! – rebateu a general, olhando-o de cima a baixo. – Dá para ver que não tens nenhuma condição física e muito menos mental para me enfrentar. Eu não quero lutar com ninguém. Apenas te retiras ou terei que fazer algo que não desejo.


Arkab caiu na gargalhada, deixando-a confusa, mas não menos impressionada ao ver que o cosmo do sagitariano não diminuía, mas sim aumentava a cada instante.


– Agora eu acabarei contigo. – disse Arkab em voz alta, rindo em seguida. – TROVÃO ATÔMICO!


Concentrando a energia nas mãos, Arkab recuou o braço e em seguida o avançou, lançando uma rajada de discos reluzentes em direção à marina. Contudo, sem realizar muito esforço, ela simplesmente deu um salto para o lado, conseguindo se esquivar totalmente do golpe.


Descendo graciosamente até o chão, ela manteve a seriedade, enquanto Arkab também gargalhava.


– Como eu disse, não tens nenhuma condição de me enfrentar, ainda mais com esses golpes lentos. – reforçou ela, mantendo a postura de ataque. – Isso só facilita as coisas! Por favor, sai daqui! Eu não gosto de lutar e não quero ver sangue. Apenas preciso cumprir a ordem de chegar até Atena.


– SILÊNCIO! – rosnou Arkab, lançando mais uma vez o ataque, novamente em vão.


– Já acabou? – perguntou a general com a mão em frente a boca. – Tu estás num delírio total, não tens como fazer nada. Te vencer seria muito fácil, mas não quero te ferir, por isso, te deixarei num estado semivegetativo. BEIJO DA DONZELA!


Deolinda cruzou os braços para baixo e elevou o cosmo rapidamente. Logo, uma espécie de espírito feminino saiu de seu corpo. Era uma mulher bonita, vestindo um véu roxo, que cobria seus cabelos castanhos. Postava as mãos em frente ao peito, como se estivesse orando sem parar. Mantinha os olhos fechados, sem parecer se importar com o que estivesse ao redor.


Arkab recuou e tentou golpear aquela mulher, mas foi inútil. Era um espírito que vagava e não podia ser acertado por meros ataques físicos.


Ignorando a presença do sagitariano, ela abriu os olhos. O olhar doce gelou a mente do oponente, que parecia não ter reações mais para nada.


Sem demorar, ela se aproximou do cavaleiro, colou o rosto e juntos os lábios com os dele. O olhar atualmente insano de Arkab desapareceu no mesmo instante, ficando vazio, sem expressão nenhuma. A donzela se dissipou no minuto seguinte e o sagitariano ficou parado como uma estátua. O Grande Mestre o observou assustado, não sabendo o que fazer.


– Que diabos fizeste com meu cavaleiro? – rosnou o Grande Mestre.


– Como eu falei, não queria feri-lo, por isso paralisei a sua alma. – lamentou-se Deolinda, um pouco cabisbaixa. – Aquele que recebe o beijo da minha donzela vira uma casca oca. O estado em que se encontrava facilitou tudo, ou do contrário, ele não teria caído assim tão rapidamente.


– Maldita!


– Como eu falei, Grande Mestre, não há como resistir! É hora de parar com brigas desnecessárias e voltarmos ao estado de paz.


Diante de tais palavras, o Grande Mestre recuou. Sem descansar, ela arregalou as pálpebras e fitou a entidade com seus olhos negros e entristecidos.


– Agora que estamos a sós, não vejo por que brigarmos. Que tal me dizeres onde está Atena? – pediu a marina, se aproximando lentamente, ignorando o quase morto Alhena.


– Por que eu te diria isto? – indagou o Grande Mestre num tom temeroso.


– Porque assim a paz voltaria a reinar! – respondeu em um tom convincente. – E… mais do que isso, conservarias por mais alguns séculos a tua longevidade. Não é isso o que mais queres? Manter a tua vida intacta?


– Eu não vou perder esta guerra santa. Não agora que finalmente conseguimos reencarnar Atena.


– Jamais derrotarás o Imperador Poseidon e sabes disso! É mais fácil me entregar logo e garantir a tua vida. Assim evitamos mais derramamento de sangue.


Pensativa, a entidade olhou para baixo. Porém, após alguns segundos, empurrou a general para trás. E postou as mãos em forma de defesa. Parecia que, após muito tempo, iria lutar outra vez.


Com uma bufada de insatisfação, Deolinda fechou a cara e elevou razoavelmente o cosmo, se preparando para a batalha.


– Bem, já que o destino que escolheste foi este, ele não pode ser evitado. – comentou a marina, abatida. – Eu lamento, mas terei que acabar com a tua alma. BEIJO DA DONZELA!


A general cruzou os braços para baixo e produziu mais uma vez o espírito da mulher de cabelos castanhos. Não tardou e ele foi se aproximando lentamente do Grande Mestre, da mesma forma que fez com Arkab.


Entretanto, antes que pudesse fazer qualquer coisa, uma espécie de círculo brilhante surgiu ao redor do fantasma, impedindo os movimentos dele. Em seguida, a entidade apontou o braço para frente e produziu uma névoa, dissipando o ataque.


Deolinda suspirou, abatida por ter que continuar com a batalha. Por outro lado, o mestre respirava alto, como se estivesse muito exausto com todo aquele esforço. A idade o consumia a cada instante.


– Parece que realmente queres morrer. – comentou a marina, cruzando os braços. – Eu fui treinada para vencer qualquer oponente, mas isso nunca me agradou. Contudo, devo lutar até o fim para que a utopia de Poseidon permaneça, assim como a paz. Me desagrada a ideia de matar, mas, se isso for necessário… farei isso!


O olhar de Deolinda mudou rapidamente, deixando a expressão abatida para um tom sério, decidido e confiante. O Grande Mestre se assustou de início e recuou, mas manteve a postura de batalha.


– Eu lutarei até a morte. – reforçou a entidade.


– Infelizmente, eu sei que irás. – concordou Deolinda, mantendo um olhar fixo. – Mas não te acanhes, pois essa luta logo findará. DEVASTAÇÃO DE SCYLLA!


Com os braços cruzados para baixo, a general produziu mais uma vez o espírito daquela mulher. No entanto, ao invés de avançar, ele foi rasgado no instante seguinte, dando lugar a seis bestas demoníacas que foram em direção ao Grande Mestre.


Usando toda a energia que podia, ele tentou bloquear o ataque, mas acabou sendo golpeado por uma abelha, um urso e uma águia.


A dor foi grande e ele tombou no chão. Sabia que não tinha mais chances. Tinha certeza que iria ser destroçado pelo próximo ataque da general. Ela, por sua vez, continuou com um olhar triste, se aproximando lentamente da figura. Parecia que não sentia nenhum prazer com a luta.


– Recebeste o poder das minhas seis bestas. – comentou Deolinda, completamente séria. – Elas não têm tanta força quando usadas em conjunto. No entanto, cada uma isoladamente pode trucidar qualquer guerreiro. É isso que desejas, ou vais me responder onde está Atena?


O Grande Mestre ficou em silêncio, mas logo se levantou. Tentava esconder a dor que sentia, mas não conseguia. Entretanto, olhou para a general e conservou sua posição anterior.


Com uma expressão de decepção, ela ergueu a mão direita para cima e preparou-se para desferir-lhe mais um ataque.


No entanto, uma leve rajada de som atingiu a sua mão. Sem parecer sentir nenhuma dor, ela simplesmente se virou para o lado onde veio o ataque e viu quem a atingira. Era um guerreiro jovem, de cabelos castanhos e curtos. Tinha olhos negros, um corpo alto, robusto, coberto por uma armadura negra de baixa proteção.


– Outro guerreiro? – indagou ela.– Quem és tu?


– Eu sou Pierce, cavaleiro negro de Leão Menor. – comentou a figura com um olhar cheio de ódio. – Não conseguirás o que quer!


– Um cavaleiro negro? – indagou Deolinda, impressionada. – Pelo que eu soube, vocês são a escória banida do exército de Atena. Não posso perdoar gente assim. Os cavaleiros pelo menos tem um ideal, mas vocês são criaturas insanas que só prejudicam a paz. Por que então interferes no meu caminho?


– Eu não estou nem aí para Atena, para o Grande Mestre ou para os cavaleiros. Aliás, foi um deles que me mandou para Outra Dimensão, mas consegui voltar agora. Eu só penso apenas no meu próprio sucesso. – explicou Pierce. – Porém, as criaturas que mais odeio no mundo são o exército de Poseidon. Por isso, não deixarei que escapes das minhas presas de leão. RUGIDO FELÍDEO!


Pierce apontou os braços para frente e produziu uma rajada sonora de baixa intensidade. Deolinda manteve a expressão fechada, ergueu o braço para frente e bloqueou completamente o ataque do cavaleiro negro, que recuou assustado.


– Eu não quero mais ver sangue. Por isso peço que te retires, ou morrerás em uma batalha inútil. – alertou a general com uma expressão de decepção.


– Me retirar? Acha que eu sou um covarde? – grunhiu ele se posicionando para atacar. – Morra agora! RUGIDO FELÍDEO!


– ATAQUE VAMPIRO!


Com um gesto rápido, Deolinda apontou os braços para frente e, no mesmo instante, as asas de suas escamas abriram, produzindo infinitos morcegos, atacando Pierce, que sucumbiu sem possibilidades de reação. A armadura negra fora completamente despedaçada em segundos e sua mente estava sendo destruída devido à imensa quantidade de sangue roubada pela besta da general de Scylla. Não estava morto, porém. Parecia que ela o havia poupado.


Terminada a batalha, ela suspirou e respirou duas vezes, como se tudo aquilo tivesse sido um fardo. Não obstante, voltou a se virar para o Grande Mestre. Assustada, a figura postou novamente as mãos para frente, tentando produzir alguma barreira para se defender, enquanto Deolinda erguia mais uma vez o braço para cima.


– SERPENTE ASSASSINA!


As escamas dos braços dela brilharam, uma gigantesca serpente surgiu e rodeou o Grande Mestre, praticamente o estrangulando. Inconsciente, ele caiu no chão, quase sem vida. Deolinda fechou a cara, não satisfeita, com que acabara de fazer.


– Não posso acreditar que ainda vives. Não tenho dúvidas que já foste um guerreiro poderoso e, por isso, ainda tens tanto espírito de vida. – grunhiu ela. – Eu queria te deixar vivo, mas talvez seja melhor acabar com isso de uma vez. Deixei os outros guerreiros viverem, mas destruir a tua vida será o primeiro passo para a paz. Receberás uma picada mortal e te despedirás do mundo. FERRÃO DA ABELHA RAINHA!


Antes que pudesse completar o ataque, ela gemeu de dor quando uma flecha de luz atravessou sua mão direita. No instante seguinte, ela explodiu, destruindo as escamas onde estava escondida a abelha.


Não sabendo o que ocorrera, ela se virou e viu Arkab de pé, com o arco apontando para frente e um sorriso sádico no rosto. Ainda estava com uma aparência insana e o corpo todo debilitado.


– Como escapaste? Eu havia liquidado com a tua alma. – questionou ela, lamentosa.


– Eu não tenho uma aparência tão agradável assim para que aquela donzela ficasse comigo por toda a eternidade. – ironizou Arkab, rindo. – Agora é a tua vez de sentir o meu poder.


– Tolo! Eu quis poupar a tua vida e é assim que me retribuis?


– Foi um grande erro tu teres me deixado vivo, agora morrerás!


– Quieto! FÚRIA DO LOBO!


– FLECHAS INFINITAS!


Deolinda avançou um pouco a cabeça e a tiara de suas escamas brilhou. Um grande lobo foi produzido e seguiu em direção ao sagitariano. Ao mesmo tempo, ele armou o arco e atirou várias flechas de energia. O lobo foi perfurado no mesmo instante, tais como os locais das escamas onde escondiam as cinco bestas restantes.


Não demorou e todas as flechas explodiram, levando junto as escamas da marina. Estupefata e sem proteção, ela recuou, impressionada com toda aquela situação. Arkab continuava elevando o cosmo, pronto para desferir-lhe mais um ataque.


– Esta é a honra de um cavaleiro de verdade. IMPULSO DA LUZ DE QUÍRON! – gritou o sagitariano.


Com um leve agitar das asas da armadura de Sagitário, uma pequena brisa foi emanada, aumentando a intensidade a cada instante. Os ventos viraram uma tempestade e, por último, um tornado, cujo centro era a general marina. Arkab aumentou o poder ainda mais, fazendo o furacão girar cada vez mais rápido.


Porém, não sabendo por que, o tornado começou a cessar o giro, freando até parar. Ele olhou para o local sem entender, até que viu Deolinda com os braços para frente, com uma enorme energia nas mãos.


– Foi uma boa técnica, mas eu fui treinada para vencer qualquer oponente. – relembrou a guerreira. – Sabes como se para um furacão? É só produzir outro no sentido contrário. TORNADO VIOLENTO!


Ela manteve os braços para frente e a energia por entre as mãos explodiu, produzindo uma forte corrente de ar, que se transformou num furacão, atingindo Arkab em cheio. Sem reações, o dourado foi arremessado para cima até cair no chão.


Deolinda deu uma respirada forte e lamentou esse ato. Contudo, logo seus suspiros deram lugar ao espanto ao ver Arkab juntar forças para voltar a ficar de pé. Engolindo a saliva, ela recuou um pouco.


– Como podes estar de pé depois de receber o meu ataque? – indagou ela, preocupada. – Qualquer um teria sido aniquilado.


– Não conheces a força de um cavaleiro de Atena. – disse Arkab, com muita dificuldade. – Enquanto não cumprir o meu dever, eu não cairei.


Arkab lançou mais uma energia contra a general, que se desviou facilmente, desferindo-lhe um ataque em seguida, derrubando-o.


O embate seguia amplamente pendente para general, enquanto Pierce observava tudo caído ao chão. Juntando todas as forças que tinha, ele se arrastou até Alhena, que continuava repetindo as mesmas palavras, lamentando-se o próprio fracasso e dizendo que era Tejat que deveria ocupar seu lugar como cavaleiro de ouro.


– Alhena, me escuta! – começou Pierce, sem forças. – Eu fui o segundo guerreiro a ir para aquela ilha, depois do teu irmão, além de ter sido o melhor amigo dele.. – Eu o visualizei várias vezes lamentando, até que, num de seus ataques de ódio ele confessou tudo. Tu dizes que era ele que merecia vestir a armadura de Gêmeos, mas não é bem assim.


– Tejat é o verdadeiro cavaleiro, eu sou uma fraude. – repetiu Alhena, parecendo não dar-lhe atenção.


– NÃO! – gritou Pierce. – Tejat é o culpado por tua insanidade. No dia em que o Grande Mestre anunciou que só um de vocês seria o cavaleiro de ouro, ele ficou desesperado, porque sabia que tu tinhas as qualidades necessárias para ser o escolhido. Então, ele quis te encher de defeitos e causou os teus pesadelos. O tiro saiu pela culatra, como bem sabes. Mas, mesmo depois do banimento, ele continuou a te causar problemas, até que foste banido também. Assim, ele passou a te manipular, a fim de conseguir seus objetivos quando Tamuz morresse e…


Antes que pudesse completar a frase, ele caiu no chão, sem vida. Alhena repetiu mais duas vezes que Tejat era o verdadeiro cavaleiro, quando um estalo surgiu na sua mente.


– Tejat é o culpado? TEJAT É O CULPADO? NÃÃÃÃO!


Num instante, o cosmo dele brilhou intensamente. Deolinda, que segurava Arkab pelo pescoço, se assustou quando a pedra verde que carregava brilhou incrivelmente.


Ignorando o sagitariano, ela o largou no chão e olhou para Alhena. O cosmo dele explodia, ao mesmo passo que uma espécie de espírito saía do seu corpo e sua armadura negra acabava de se despedaçar por completo.


Em seguida, ele apontou o dedo para cima, uma caixa dourada surgiu do céu e se abriu. A armadura de ouro de Gêmeos se desprendeu e encaixou peça a peça no seu corpo, menos no peito, onde estava a flecha.


Deolinda estava impressionada com tamanha intensidade e mais ainda quando os cabelos de Alhena, antes arrepiados, ficaram extremamente lisos e mais claros e os olhos voltaram a ter uma tonalidade mais branda.


– Eu sou Alhena, o verdadeiro cavaleiro de ouro de Gêmeos e não há mais insanidade no meu interior, portanto acabarei contigo. – exclamou em voz alta. – EXPLOSÃO GALÁCTICA!


Com o cosmo no limite e usando toda a energia, Alhena mandou a supernova em direção à marina, que tentou se defender com seu tornado, mas foi completamente absorvido pelo ataque do geminiano. Atingida em cheio e sem as escamas, ela foi completamente dizimada, sem deixar rastros.


Cansado por toda a energia emitida e ferido mortalmente pela flecha. Alhena tombou no chão e, pela primeira vez em muito tempo, sorriu de felicidade. A insanidade não lhe atingia mais. Estava como antes do dia fatídico, relaxado, em meio às flores, tomado pela mais profunda paz.


Como parte do seu delírio pré-morte, ele viu a figura de Propus cruzar o seu olhar. Estava manco e cambaleando. O aprendiz se abaixou e segurou o pai no colo. Alhena sorriu e se encheu de felicidade. Queria tocá-lo, acalentá-lo, se desculpar por tudo o que tinha feito até agora.


Então, tudo desapareceu, quando Propus colocou a mão no seu peito e fincou mais fundo a flecha. Praticamente sem forças, ele tentou indagar o motivo, mas logo tombou no chão. Estava pronto para morrer, quando ouviu as últimas palavras do filho:


– O sofrimento estava grande, não é mesmo? Espero ter te conduzido para a morte com mais tranquilidade.


Olhando profundamente para Alhena, Propus o largou no chão. Não havia mais vida no pai. Antes que pudesse fazer qualquer outra coisa, todavia, ele ergueu o braço e produziu uma pequena rajada de energia, dissipando a flecha de luz que Arkab tinha acabado de lançar. Sem se preocupar, Propus o fitou com um olhar profundo.


– Como é irônico, não? – comentou Propus. – Estás me condenando por eu completar exatamente o que tu começaste. Mas eu sei por que, achas que é absurdo um filho matar o pai não?


– Tu és… mais insano do que Alhena. – resmungou Arkab, cada vez mais consumido pelo peso do corpo. Parecia mais um cadáver vivo após duas batalhas – Sim, é exatamente isto. Como sempre consegues ler a mente dos outros como se fosse um livro aberto, seu demônio!


– Eu sei que querias matar Alhena para puni-lo enquanto que eu, na tua visão, matei-o apenas por ambição. – continuou Propus, enquanto Arkab apenas concordava. – Mas estranho, não é a mesma coisa que fizeste com o cavaleiro de Golfinho? O mataste só para convencer o mestre a eliminar os traidores. Se bem que, na tua visão, estavas fazendo isso por um bem maior. É uma pena que penses assim. Não sabes como estás errado.


– Eu te castigarei! IMPULSO DA LUZ DE QUÍRON!


– EXPLOSÃO GALÁCTICA!


A pressão dos golpes causou uma imensa explosão e, no instante seguinte, tudo desapareceu.

 

 

 

Temos o último capítulo da primeira parte, em alguns dias posto o epílogo. Valeu para quem chegou até aqui. Abraços

 

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Capítulo 44 lido.

 

Se admiti que gostei do anterior, então este superou em muitas coisas.

 

A começar pela resistência absurda do Sagitário somando ao grande poder destrutivo que possui, embora acho que a personalidade de Deolinda tenha ajudado na derrota dela, por causa das suas atitudes pacíficas e pouco persuasivas para seus adversários.

 

Apesar da velhice do grande mestre é um osso duro de roer, possuidor de uma grande crença e paciência que perdurou anos das suas constantes tentativas e não abre a mão por nada deste mundo.

 

Eis que a minha opinião e simpatia por Alhena mudou ao descobrir que o verdadeiro culpado era Tejat e a sua atitude mudou mesmo que tenha sido por uns momentos e tenha sido considerado como o verdadeiro Cavaleiro de Ouro, Alhena de Gémeos.

 

Propus agiu de uma forma tão fria ao fincar a flecha em seu peito mais a fundo e ainda ele poderá ser o novo Cavaleiro de Gémeos, Arkab não desiste de maneira alguma, mas isso será suficiente para enfrentar mesmo um aspirante no estado em que ele se encontra?

 

Muitos parabéns e abraços, mon ami.

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Oi Nikos td bem? Estou aqui para comentar seus últimos dois caps

 

Cap 43

Foi focado na luta entre Sagitário e gêmeos negro, a qual foi muito bem explorada. Os dois lutaram muito bem, fiquei impressionado com Arkap conseguindo vencer a outra dimensão com e sem sua convivência plena , ele até conseguiu fazer uma estratégia para vencer, a explosão galáctica. ApesAr de tudo o cara até que luta bem qdo quer. Agora vamos ver o que Deilinda vai fazer

Cap 44

Agora pensei que ia ver o GM lutar, e realmente ele lutou contra a general e conseguiu se manter por um bom tempo, mas no final a idade pesou e ele foi salvo primeiro pelo seu braço direito e depois por vejam só, um cav negro! Esta me surpreendeu, mas gostaria de ter visto o GM luta com tudo! Esperava mais de um cara que tem tanta experiência!

No final a verdade sobre Tejat foi revelada, realmente não esperava que tivesse sido ele tão protetor com o irmão na ilha da rainha da morte ach q estava se sentido culpado

Alhena teve sua redenção ao matar deolinda, gostei disso

E no final encurta o sofrimento do pai por compaixão gostei tb de ter visto este gesto do garoto e arkab deveria estar muito perturbado para ter visto outra coisa naquela cena

 

Parabéns Pelo cap Nikos

E até a prox

Editado por Fimbul
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Capítulo 44 lido.

 

Se admiti que gostei do anterior, então este superou em muitas coisas.

 

A começar pela resistência absurda do Sagitário somando ao grande poder destrutivo que possui, embora acho que a personalidade de Deolinda tenha ajudado na derrota dela, por causa das suas atitudes pacíficas e pouco persuasivas para seus adversários.

 

Apesar da velhice do grande mestre é um osso duro de roer, possuidor de uma grande crença e paciência que perdurou anos das suas constantes tentativas e não abre a mão por nada deste mundo.

 

Eis que a minha opinião e simpatia por Alhena mudou ao descobrir que o verdadeiro culpado era Tejat e a sua atitude mudou mesmo que tenha sido por uns momentos e tenha sido considerado como o verdadeiro Cavaleiro de Ouro, Alhena de Gémeos.

 

Propus agiu de uma forma tão fria ao fincar a flecha em seu peito mais a fundo e ainda ele poderá ser o novo Cavaleiro de Gémeos, Arkab não desiste de maneira alguma, mas isso será suficiente para enfrentar mesmo um aspirante no estado em que ele se encontra?

 

Muitos parabéns e abraços, mon ami.

 

Olá Saint,

 

 

Que bom que gostaste mais desse do que do outro. O outro foi mais basicão mesmo, uma luta. Esse, além da luta, teve revelações, entre outras coisas.

 

Arkab não desiste nunca. Parece que a adoração dele pelo mestre supera a tudo, até a própria vida. Acho que ele realmente acredita que o Grande Mestre é a salvação para tudo.

 

Deolinda é pacífica, acho que ela foi mais surpreendida do que qualquer outra coisa. Ela não esperava aquele ataque repentino e por isso sucumbiu. Se fosse uma batalha um contra um, talvez tivesse se dado melhor.

 

O Grande Mestre parece que não quis desistir da Guerra Santa, agora que finalmente Atena reviveu. Queria dar o máximo de si para enfim vencer Poseidon.

 

Agora Tejat... vejamos bem, Tejat causou o início da loucura de Alhena, só que Alhena deixou-se levar. Se ele tivesse a cabeça no lugar e não fosse tão inseguro, talvez não tivesse caído. TEjat explica a loucura de Alhena, mas não justifica, ele poderia muito bem ter se mantido são. Fazer o quê?

 

Propus foi frio, mas deu um descanso para o pai. Será que ele será o novo cavaleiro de Gêmeos? Ou Arkab impedirá?

 

Valeu pelos elogios e a gente se fala!

 

 

Abração

 

 

Oi Nikos td bem? Estou aqui para comentar seus últimos dois caps

 

Cap 43

Foi focado na luta entre Sagitário e gêmeos negro, a qual foi muito bem explorada. Os dois lutaram muito bem, fiquei impressionado com Arkap conseguindo vencer a outra dimensão com e sem sua convivência plena , ele até conseguiu fazer uma estratégia para vencer, a explosão galáctica. ApesAr de tudo o cara até que luta bem qdo quer. Agora vamos ver o que Deilinda vai fazer

Cap 44

Agora pensei que ia ver o GM lutar, e realmente ele lutou contra a general e conseguiu se manter por um bom tempo, mas no final a idade pesou e ele foi salvo primeiro pelo seu braço direito e depois por vejam só, um cav negro! Esta me surpreendeu, mas gostaria de ter visto o GM luta com tudo! Esperava mais de um cara que tem tanta experiência!

No final a verdade sobre Tejat foi revelada, realmente não esperava que tivesse sido ele tão protetor com o irmão na ilha da rainha da morte ach q estava se sentido culpado

Alhena teve sua redenção ao matar deolinda, gostei disso

E no final encurta o sofrimento do pai por compaixão gostei tb de ter visto este gesto do garoto e arkab deveria estar muito perturbado para ter visto outra coisa naquela cena

 

Parabéns Pelo cap Nikos

E até a prox

 

Olá Fimbul,

 

Que bom que te agradei na luta. Arkab conseguiu vencer a Outra DImensão são por causa das asas e do cosmo, insano devido à grande adoração que tem pelo Grande Mestre. Ele luta bem quando quer sim, em nenhum lugar da fic mostrou que ele era um mau lutador. kkk. Ele só levou um coro rápido do Sertan no capítulo 17 (Acho), mas o Sertan é foda e nem foi uma luta de verdade. kkk

 

No capítulo 44, eu também achei que ele fosse lutar mais, mas a idade pesa. Sorte que ele teve Arkab e Pierce para ajudá-lo, se não iria para o beleleu.

 

O Gm foi o único sobrevivente da última Guerra Santa consagrada, então ele deve ter sido um bom guerreiro. Talvez em um flashback mostre ele lutando, há mil anos. Espero que sim! Só não sei te informar com certeza, mas algo me diz que sim.

 

Tejat não foi bem protetor na Ilha da Rainha da MOrte, ele foi extremamente manipulador, se lembrares do capítulo 8. Se bem que é possível que ele tenha tido um pingo de arrependimento também, ou então ele agia como protetor, tanto quando criança, quando na ilha para mostrar que estava por cima. Há várias possibilidades.

 

Alhena teve a redenção sim! Gostei de ver isso. No final, apesar de toda a loucura, acho que o Alhena tinha boas intensões, só que foi fraco de mais para se controlar. Como falei pro Saint, não adianta jogar toda a culpa no Tejat. Ele também deixou-se sucumbir. Deolinda foi surpreendida e acabou derrotada. Fiquei com pena, eu gostava dela!

 

Arkab estava insano de mais para tirar conclusões. Deolinda E Alhena acabaram com a mente dele. Porém, será que foi só compaixão? Se por acaso Alhena tivesse sido levado para o refúgio e Atena o curasse, talvez ele sobrevivesse. Se isso acontecesse, Propus não receberia a armadura de Gêmeos. Agora, com a morte confirmada, Propus pode virar um cavaleiro de Ouro. Enfim, é uma possibilidade. Nunca confie tanto nas pessoas, kkk!

 

Muito obrigado Fimbul pela presença e pelo elogio.

 

Até,

 

Abração

 

 

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Ficha dos Personagens: Capítulo 44

Deolinda de Scylla: General do Império Atlante, representante do Oceano Pacífico Sul. Pronta para agir, ela foi até o local onde o mestre e Arkab combatiam Alhena para procurar Atena. Tentando evitar um máximo um confronto, ela propôs entregarem Atena de uma vez para poupar todos os cavaleiros. Vendo a recusa, ela decidiu enfrentar o Grande Mestre, arrasando com ele com as bestas de Scylla. Sendo interrompida por Pierce e por Arkab, ela venceu o Leão Menor e trucidou a alma do sagitariano. Porém, ao vê-lo voltar, ela encarou a destruição das suas bestas e sofreu um ataque do dourado. Não desistindo, ela contra-atacou e estava prestes a derrotá-lo de vez, quando Alhena chegou e, num ataque surpresa, arrasou com seu corpo.

Alhena de Gêmeos Negro: Cavaleiro com múltiplas personalidades. Sempre viveu achando que era inferior a Tejat, o que o levou à insanidade e a usar um ataque no próprio irmão, fazendo-o ser banido. Virou cavaleiro de ouro após isso, piorando sua mente conforme o tempo passava, até resultar no próprio banimento. Voltou com a armadura negra do irmão, aparentemente pior do que antes. Foi vencido por Arkab em um golpe de esperteza, sucumbindo à flecha de Sagitário. Quando estava prestes a morrer, foi notificado que Tejat que causara a insanidade no seu coração. Sabendo disso, ele usou toda a sua força e baniu toda a loucura da mente, voltando a usar a armadura de ouro. Com o corpo e a alma limpos, ele usou seu ataque final e trucidou Deolinda. Pronto para se entregar a morte, ele olhou para o filho Propus pela última vez, quando o garoto fincou a flecha e acelerou sua morte.

Pierce de Leão Menor Negro: Cavaleiro negro, segundo banido para a Ilha da Rainha da Morte, logo depois de Tejat, seu melhor amigo. Seguindo Alhena após a morte do irmão dele, ele atacou Propus, quando foi atingido pelo Outra Dimensão do garoto. Voltando em meio à luta de Deolinda e o Grande Mestre, ele interferiu, mas foi facilmente derrotado. Antes de morrer, ele revelou a Alhena que o verdadeiro culpado pela insanidade dele era Tejat, que fez de tudo para conseguir a armadura de Gêmeos e controlá-lo, mas o tiro acabou saindo pela culatra.

 

 

Grande Mestre: Único sobrevivente da Guerra Santa a qual Atena foi derrotada por Poseidon. Foi ao encontro de Alhena com Arkab para castigá-lo. Porém, isso foi o suficiente para os marinas os localizarem. Dizendo a Deolinda que jamais entregaria o local onde Atena estaria, ele foi atacado e quase morreu, mas foi salvo por Arkab, desmaiando em seguida.

 

 

Arkab de Sagitário: Cavaleiro de Ouro mais fiel ao mestre. Superou todas as intempéries dos ataques de Alhena para enfrentar Deolinda, tendo sua mente destruída ainda mais pelo ataque da guerreira. Voltou novamente quando o mestre estava em perigo, lançando suas flechas de luz para destruir as seis bestas. Tentou lançar seu tornado, mas foi em vão. Estava prestes a ser derrotado, mas foi salvo por Alhena. Por fim, ao ver que o geminiano morrera nas mãos do filho, ele mandou um ataque contra Propus, que contra-atacou e, em seguida, tudo desapareceu.

Propus: Aprendiz de cavaleiro regido pela constelação de Gêmeos. Filho de Alhena, surgiu no leito de morte do pai e fincou a flecha dourada que estava no peito dele, dizendo que assim ele conseguiria um descanso final. Foi acusado por Arkab de assassinato a sangue frio, que o atacou. Propus lançou sua explosão e, em seguida, tudo desapareceu.

 

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EPÍLOGO

 

Estamos aqui hoje, num dia tanto de alegria, quanto de tristeza. – pronunciou o Grande Mestre, em alto som para todos no refúgio. – Primeiramente, quero dar as minhas consolações a Alhena, grande cavaleiro de Gêmeos, que se arrependeu de toda a insanidade que tinha. Ele morreu em um combate digno, varrendo um general marina, diminuindo as forças de Poseidon.


Quase todos aplaudiram. Enquanto isso, Atena erguia o báculo e produzia o cosmo cálido para ampliar a barreira que impedia que o cosmo de Nereu chegasse ali.


– Também quero homenagear o nosso valoroso guerreiro, Arkab de Sagitário, que resistiu mais do que qualquer homem e, agora, está em repouso, vivo graças ao poder de Atena. Garanto que, mesmo no estado em que está, ele cumpriu a sua missão como nenhum outro.


Muito menos cavaleiros aplaudiram, já que Arkab não era tão popular assim.


Ao lado de Atena, estavam Gerd de Touro, que olhava tudo de relance, sem mostrar muita emoção, e Safiya de Escorpião, que permanecera no refúgio, mas sua expressão estava oculta pela máscara. Apenas demonstrava uma certa impaciência e desdém com sua postura.


– Por fim, quero parabenizar nosso aprendiz, Propus, que agora será o novo cavaleiro de ouro de Gêmeos.


A salva de palmas percorreu todo o refúgio. A multidão estava em êxtase por ver mais uma coroação de cavaleiro de ouro. Alguns aprendizes comentavam porque era a primeira vez que presenciavam tamanho evento.


Entretanto, mas feliz que nunca estava Ário, ao ver Propus no centro da multidão, pronto para receber uma armadura de ouro. Todos o olhavam com atenção e certo temor, mas o garoto parecia estar impassível a tudo. Mantinha os olhos fechados, apenas ouvindo as palavras do Grande Mestre, que continuava muito afetado pela luta que teve.


Próximo dali, como se estivesse querendo passar despercebido, um vulto cruzou as ruas do vilarejo no sentido oposto à multidão e saiu do recinto. Percebendo a situação, Ário deixou o aglomerado e correu em direção dele. Por mais que quisesse parabenizar Propus pela conquista da armadura, sentia que perseguir o indivíduo seria de uma importância muito maior.


Tentando despistá-lo, Ário se escondeu por detrás de uma das casas e começou a percorrer o caminho em uma via paralela. Vez ou outra, acelerava o passo e espiava para ver se o vulto continuava a seguir o curso inicial.


Deixando o aglomero das casas, Ário sentiu que era a hora de se revelar e, com um salto rápido parou em frente do indivíduo, que cambaleou para trás, mas sem demonstrar susto. Era uma figura coberta por um manto de lã, com cabelos e o rosto escondidos por debaixo de um capuz.


– O que está havendo? – perguntou o capricorniano seriamente. – Por que estás nos deixando… Libânia de Peixes?


Não querendo discordar, o indivíduo logo se desfez do manto, mostrando os cabelos claros, o rosto coberto pela máscara e um corpo definido. Vestia um traje de treinamento, muito semelhante ao que Ário estava naquele momento, porém, um pouco mais feminino e mais claro.


– Não há motivos para ficar aqui. – relatou Libânia secamente. – Eu vim para o refúgio para poder encontrar Alhena e poder ajudá-lo. Agora que ele está morto, minha presença aqui não é mais necessária.


Ário abaixou o rosto, um pouco preocupado, entendendo os motivos dela.


– Não nos deixes, por favor. – pediu o cavaleiro com um olhar sereno. – Pensa em Atena e como ela se sentiria sem a tua presença.


– Não adianta, Ário! – frisou a pisciana. – Aquele discurso ridículo do mestre não me convenceu em nada. Achas que um general marina iria vencer dois cavaleiros de ouro? E, coincidentemente, os três estariam juntos no mesmo local, mesmo sendo inimigos? É claro que o mestre e Arkab sabiam do paradeiro de Alhena e foram enfrentá-lo. Mas a liberação de poder deles deve ter atraído Atlântida. Eu tenho certeza que eles foram responsáveis pela morte de Alhena. E, graças a isso, um cavaleiro de ouro morreu e outro está em um estado deplorável. Foi mais uma idiotice daquele mestre incompetente.


– Libânia…


– Alhena era uma criança que precisava de apoio. – continuou a amazona num tom de lamento. – Eu sempre notei isso, mas ninguém entendia. Preferiram tratá-lo como um traidor sem volta ao invés de entenderem o seu coração.


Ário recuou um pouco, preocupado com a amazona, que continuava a suspirar. Num ato surpreendente, ela retirou a máscara, revelando o rosto branco e os olhos castanhos vivos. Num impulso, o cavaleiro olhou para o lado, tentando não desrespeitar as leis de Atena.


Contudo, com um sinal da pisciana, ele se virou e seu queixo caiu. Apesar do tom lamentoso de Libânia, os olhos castanhos delas estavam firmes e decididos, esboçando uma frieza que ele jamais imaginara ver na amazona. Sempre pensara nela como alguém emotivo, devido à própria maneira com a qual falava do antigo cavaleiro de Gêmeos. Entretanto, aqueles olhos pareciam que desconheciam as lágrimas há muito tempo.


– Eu já fiquei tempo de mais por aqui. – continuou ela mantendo a mesma frieza e imponência. – Não suporto o mestre e ele sabe disso. É um incompetente e falso. Tive que abandonar o local quando ninguém estava olhando, porque tinha certeza que Atena me convenceria a ficar.


Ário a olhou no fundo dos olhos, parecendo entender perfeitamente o que ela estava passando. A frieza não poderia ser por acaso e sim resultado de uma vida muito dura. Não podia deixar de demonstrar solidariedade. Aproximou-se, um pouco inseguro e colocou a mão nos ombros dela, fitando-a com um ar sereno e bondoso. Libânia manteve-se impassível, sem mover um músculo do rosto.


– Eu concordo contigo, o Grande Mestre é realmente um covarde. – constatou Ário, olhando-a de maneira determinada. – No entanto, ele não é o laço que nos une e sim Atena. Nós só merecemos esse mestre porque os cavaleiros não conseguiram vencer Poseidon até agora. Precisamos ficar juntos, nos apoiar para enfim dar a cartada final, independente das ações dele. Ficar agindo sozinho só fortalecerá ainda mais Atlântida. Tu és a última membra da Guarda de Ouro no refúgio, precisamos de ti.


Após ouvir atentamente, Libânia fechou os olhos e abriu um leve sorriso. Numa atitude inesperada, ela avançou o braço e colocou a mão sobre a cabeça de Ário. A expressão firme havia desaparecido, dando lugar a apenas um rosto amável e maternal, que era complementado pela diferença de altura entre eles.


– É incrível como tu te pareces com Sertan em alguns pontos. – comentou Libânia, ainda sorrindo. – Quando cheguei ao refúgio, teu irmão era aquele em que todos se inspiravam. Era genial, brilhante e habilidoso.


Ário arregalou os olhos. Era exatamente assim que via Sertan antes do mesmo ter se rebelado. Contudo, a partir desse ponto, só ouvira críticas e desprezos com relação ao irmão. Era a primeira vez em muitos anos que alguém voltava a elogiar o canceriano.


– A inteligência e poder de Sertan, porém, se destacavam tanto quanto a sua arrogância. – continuou Libânia, mudando para um tom um pouco mais sério. – Ele se tornou tão grande que se perdeu no próprio ego, deixando-se consumir. Achou que era o dono da verdade e que poderia resolver tudo. Todavia, as coisas não aconteceram dessa maneira. Assim, ele foi se fechando no próprio mundo, culpando os outros pelos erros e se tornando mais e mais sério. Eu lutei com ele na Guarda de Ouro e vi como ele pode ser frio e sádico, como se estivesse jogando um jogo.


Libânia fez um silêncio, perdendo um pouco o sorriso estampado no rosto. Ário escutava tudo atentamente, não entendendo até onde ela pretendia chegar. Cada palavra referente a Sertan lhe atingia como um golpe, pois ela conseguia traduzir praticamente tudo o que ele sentiu quando o guerreiro, pouco a pouco, deixava de fazer o papel de irmão.


– Mas tu, Ário, és diferente. – explicou Libânia, voltando a apresentar uma expressão amável. – Conseguiste absorver esse brilhantismo todo do teu irmão e… também a arrogância dele. Contudo, não te deixaste consumir por ela. Manténs uma aura que é capaz de dar esperanças a todos. Te tornaste aquilo que esperavam de Sertan, mas que ele jamais concluiu. Acho que só te resta um pouco mais de segurança nas atitudes.


Ário corou com o elogio e não sabia se concordava inteiramente. Conhecia muito bem suas habilidades e acreditava que poderia enfrentar qualquer oponente. Entretanto, jamais imaginaria ser essa figura de esperanças a qual Libânia se referia. Via-se apenas como um grande combatente, mas jamais como um líder, ou um mártir, como ela parecia estar querendo dizer.


Satisfeita, Libânia recolocou a máscara e virou-se de costas para o capricorniano. Parecia estar pronta para seguir seu caminho. Ainda confuso com os comentários, Ário tentou se aproximar, quando a amazona ergueu o braço.


– A tua vontade e determinação me fizeram ter esperanças. – afirmou Libânia, virando o rosto coberto com a máscara para o capricorniano. – Mas devo partir.


Ário ficou boquiaberto. Não entendia o que a pisciana estava prestes a fazer.


– Não te preocupes, Ário, eu voltarei. – reforçou ela, voltando-se para o caminho. – Irei para Jamiel porque devo treinar um sucessor no conserto de armaduras. Creio que três anos serão o suficiente para concluir essa tarefa. Depois de fazer isso, poderei voltar e assim lutar ao teu lado.


Ditas as palavras, Libânia apressou o passo e continuou o caminho. Ário deu um leve sorriso, ainda confuso com tantos pensamentos. Sem dizer nada, ele apenas a observou percorrendo a trilha próxima ao refúgio, até desaparecer completamente entre as árvores.

 

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Febo adentrou naquela pequena residência com violência. Estava com um ar sério e sereno, misturado com uma pequena dose de preocupação. Após as notícias que havia recebido, havia pouco tempo, sabia que precisava agir ou então a situação poderia ficar drástica. Não que tivesse alguma obrigação, mas, lá no fundo, se sentia levemente responsável por aquilo.


Correu os olhos por todo o pequeno aposento, que deveria ter espaço para apenas um morador. No entanto, o estado estava deplorável, com tudo revirado, uma lança quebrada e um chão molhado por uma espécie de bebida. O forte cheiro de álcool indicava a natureza daquele líquido avermelhado e também a gravidade da situação.


Ainda impressionado, o general de Dragão Marinho abaixou o pescoço e arregalou os olhos ao ver algo pior do que esperava. Gale estava escorrido no chão, completamente inconsciente. Seu corpo estava manchado de hematomas, como se ele próprio tivesse se castigado. As roupas estavam sujas e o cabelo completamente desarrumado. Era uma situação de cortar o coração de qualquer um.


Sem perder a compostura, Febo, trajando as escamas de Dragão Marinho, correu na direção do aprendiz de Deolinda e se abaixou para socorrê-lo, mas não obteve resposta. Ainda sério, ele o agitou um pouco e, vendo que mais uma vez não teria resultados satisfatórios, ergueu a mão sobre a testa e lançou parte do seu cosmo para ele. Não tardou e Gale abriu os olhos, tossindo sem parar. A expressão dos olhos dele ainda estava pior do que o próprio corpo.


– Gale, estás bem? – perguntou-lhe Febo com uma voz autoritária, não menos serena. – Por que fizeste isso?


Sem responder de imediato, Gale se pôs a chorar e virou o rosto. Parecia que estava com vergonha da atitude e não queria que o general o visse mais daquela maneira. Mesmo aparentando ter uns dezesseis ou dezessete anos, ele estava agindo como uma criança que não amadurecera e isso contribuía ainda mais para o aumento da vergonha que sentia.


Parecendo perceber a dor do aprendiz, mas querendo ajudar, Febo segurou no rosto de Gale e o virou, olhando nos olhos dele com uma paz cativante. Ainda chorando, mas um pouco mais calmo, o garoto suspirou e olhou para baixo.


– General Febo… a culpa é toda minha! – começou Gale, sem parar de chorar. – Deolinda morreu porque eu a instiguei a agir. Quando a pedra do senhor Nereu brilhou, ela se antecipou a fazer alguma coisa. Eu tenho certeza que Sua Majestade teria escolhido o General Íchos, o General Shail ou até o senhor mesmo para realizar esta missão. Mas a minha mestra quis mostrar serviço. Quis garantir a paz e agora… ela está morta!


Cada palavra parecia doer ainda mais no coração de Gale e ele se debruçou em prantos mais uma vez. Febo permanecia ajoelhado, respeitando o desabafo do aprendiz.


– Como é triste e dolorosa a morte. – continuou o garoto. – Será então que o General Íchos não tem razão? As nereidas, que tem alma imortal, não deveriam lutar no nosso lugar? Por que temos que sofrer a dor da morte… por quê?


Gale se virou para baixo e derramou mais uma grande quantidade de lágrimas. Resolvendo agir, Febo não disse nada, a princípio. Só se aproximou ainda mais do aprendiz e deu-lhe um abraço forte. O garoto parecia sentir a imponência e o grande cosmo cálido do general e, no mesmo instante, se acalmou. Aquela força parecia reconfortá-lo de alguma maneira que nem ele mesmo sabia explicar.


– Meu pequeno Gale, eu conheço muito bem as dores da guerra, mas creio que Deolinda não gostaria de saber que estás pensando assim. – começou o general calmamente. – As nereidas podem ter alma imortal, mas também são humanas e se relacionam conosco. Eu senti na pele a dor de ver uma delas morrer e a própria Deolinda também. Não creio que seja justo jogar toda a responsabilidade para elas.


Cessando um pouco o discurso, Febo afastou o pescoço de Gale o fitou nos olhos, ainda mantendo um ar sereno. Parecendo entender o que o general queria dizer, parou de chorar, mas ainda demonstrando um ar abatido.


– Nós podemos lutar e, se quiseres continuar a lutar por esse ideal, de manter a utopia do Imperador Poseidon, eu posso te ajudar. – reforçou o marina graduado. – Eu completarei o teu treinamento no lugar de Deolinda e tentarei te fazer tão forte quanto possível, a fim de evitar que morras desnecessariamente.


Tocado pelas palavras de conforto de Febo, Gale sorriu pela primeira vez em muitas horas e o abraçou, dizendo que aceitaria a proposta. O aprendiz o abraçou mais forte do que antes, chorando ainda a morte de Deolinda, mas agora recheado pela esperança. Sabia das qualidades do general e, só pelas palavras dele, já se sentia apto a lutar ou fazer qualquer coisa para defender Atlântida.


– General Febo… tu és o maior marina que já existiu! – disse o garoto, ainda o abraçando.


– Tu que serás! – respondeu ele com um tom amplamente paternal. – E eu estarei aqui para garantir isso. Ficarei ao teu lado até melhorares e te tornares um guerreiro melhor do que eu.


Ditas as palavras, Febo o colocou de volta na cama e sentou ao lado, acariciando-lhe o cabelo até ele repousar de sono. O general viu o sorriso de satisfação do aprendiz e, por um momento, também se mostrou satisfeito. Sabia que estava fazendo a coisa certa e que, de algum lugar, Deolinda estaria feliz com essa atitude.


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Um vulto emergiu de uma névoa sombria e densa. Seus detalhes estavam ocultos devido à forte nebulosidade, não sendo possível perceber a identidade de primeira. Apenas se notava que o indivíduo que se aproximava era provavelmente uma mulher muito baixa, trajando uma armadura com pequena proteção. Não se identificava nenhum traço do rosto, escondido sob uma máscara.


Aproximava-se a passos lentos, pior do que isso, mancava. Seu corpo todo cambaleava, mostrando as condições deploráveis em que se encontrava. Parecia que havia sofrido uma terrível provação e que conseguira escapar com vida por pura sorte.


Ao dar mais alguns passos, ela se deparou com uma caverna fechada. Ficou parada por alguns instantes como se esperasse por algo ou como se estivesse querendo confirmar se ela estava onde deveria estar. Da entrada, já era possível perceber que o caminho por dentro da caverna seria sinuoso e muito escuro, já que somente uma parca iluminação emergia do local.


De repente, uma figura masculina se manifestou da entrada. Era um homem que trajava uma armadura prateada, com uma proteção mediana. Era alto, com cabelos castanhos e escuros, possuindo praticamente a mesma tonalidade dos olhos. Esboçava um ar de felicidade e, ao mesmo tempo, de serenidade, refletidos em um largo sorriso.


– Sorbens! – gritou ela, correndo para lhe abraçar. Parecia que todas as intempéries haviam sumido naquele momento.


Sem repreensão, Sorbens retribuiu o abraço, tomando-a nos braços com força, como se estivesse com receio de deixá-la escapar. Percebendo ou não a angustia alheia, ela não agiu, continuou a dar-lhe o carinho que, segundo ela, ele tanto merecia.


– Minha querida Wezn, fico contente que tenhas chegado. – continuou Sorbens, ainda abraçando-a. – Agora creio que finalmente teremos dias melhores por aqui.


Com um ar um pouco abatido, ela findou o abraço e se virou, deixando Sorbens um pouco preocupado.


– Dias melhores? – questionou ela, agitando os braços. – E quanto ao grande Sertan? Ele não vai me perdoar nunca!


Sem parecer preocupado, Sorbens colocou a mão no ombro dela e sorriu-lhe. Ela continuou agitada, não sabendo como o cavaleiro de Mosca poderia estar tão confiante daquela maneira. Wezn sabia que Sertan, por mais brilhante que fosse, também era impiedoso e amplamente rigoroso com qualquer um que falhasse. Tinha certeza que seria amplamente castigada.


– Não te preocupas, Wezn! – indicou ele, ainda mantendo um ar sereno. – Quando me contatasse, eu logo avisei ao grande Sertan o que aconteceu. Eu garanti que toda a culpa havia sido do incompetente do Gibrial, que resolveu ir até o refúgio falar contigo. É claro que o grande Sertan não ficou muito satisfeito, mas não te castigarás, eu garanto.


Wezn respirou aliviada, mas não satisfeita. A simples menção de Gibrial lhe ativava as memórias para aquilo que ela não desejava se lembrar. O motivo pelo qual tudo começara.


– Temos novidades sobre Fáon. – disse Sorbens, parecendo antecipar os pensamentos dela. – Eu creio que não são nada boas.


Num reflexo, Wezn colocou a mão no coração, não querendo ouvir o que ele iria dizer.


– O grande Sertan me confirmou em sigilo uma informação, que eu nem sei se deveria passar para ti. – explicou o prateado, deixando-a ainda mais apreensiva. – Nosso líder tem uma grande força espiritual e me parece que ele localizou o espírito de Fáon. Isso significaria, com certeza a sua morte.


Um silêncio absoluto tomou conta de Wezn. Por alguns instantes, ela não conseguiu ouvir nada, ver nada, nem sequer perceber o mundo. Seus pensamentos haviam desaparecido e toda a sua vida parecia que perdera o sentido. Já esperava pela morte de Fáon, mas a confirmação do pior fora fatal. Não sabia como viveria a partir de agora.


Então, não conseguindo mais se segurar, ela caiu em prantos, se ajoelhando no chão. Os suspiros e o desespero transpassavam a máscara e era possível ouvir seu choro e ver um pequeno veio de lágrimas correndo por debaixo do pescoço. Parecendo perceber a dor, Sorbens andou lentamente ao seu encontro e a abraçou novamente, tentando reconfortá-la.


– Eu ficarei ao teu lado! Eu sempre estarei contigo para o que precisares. – consolou Sorbens, colocando a mão no queixo dela e olhando para a máscara, pronta para tirá-la. – É melhor te acalmares agora por que os outros membros não podem desconfiar da tua relação com Fáon, ou então tua situação pode voltar a complicar e…


– A tua farsa seria descoberta, seu canastrão. – disse uma voz feminina da entrada da caverna. – Como te atreves a se aproveitar de alguém nessa situação?


Ambos se viraram assustados com aquela guerreira que acabara de surgir. Era uma amazona com uma armadura prateada, alta, portando uma máscara com um LA estampado na testa.


– Tirsa de Cão Maior, o que estás fazendo aqui? – questionou Sorbens à amazona prateada, rangendo os dentes, amplamente preocupado.


– O que queres dizer com isso? – perguntou Wezn, também a Tirsa.


– Ora, minha querida, a verdade e a tua libertação. – explicou a prateada, se aproximando de ambos. – Wezn, Fáon está vivo!


Uma explosão de confusão penetrou na mente da amazona brônzea. Não sabia se era recheada pela esperança ou pelo pânico. O excesso de informações lhe deixava cada vez mais confusa. Contudo, ao olhar para a expressão amplamente nervosa de Sorbens, ela parecia ter certeza de quem estava falando a verdade. Tirsa, por outro lado, mantinha a mesma postura e, embora seu rosto estivesse ocultado por uma máscara, era possível ver a imponência da prateada.


– No dia em que Fáon convocou Gibrial para aquela missão absurda de evitar a construção de uma nova colônia, eu fui informada de todos os detalhes pelo próprio cavaleiro de Golfinho. – revelou ela, com um tom firme. – Gibrial ficara preocupado com tamanha imprudência de Fáon e quis que eu soubesse. Assim, foi só o grande Sertan chegar aqui que eu contei tudo para ele. Quando o líder soube, ele foi logo verificar e acabar com aquela situação ridícula. Ele chegou no momento preciso de salvar Fáon antes que o barco explodisse, mas não conseguiu localizar Gibrial. Em seguida, destruiu a embarcação verdadeira e foi justamente isso que evitou a condenação do Dragão.


Uma fúria tomou conta de Wezn naquele instante e ela se atirou para cima de Sorbens, soqueando-lhe o peito sem piedade. Continuava a chorar, mas dessa vez com um ódio imenso no coração. Não podia aceitar aquela mentira, precisava acabar com o cavaleiro de Mosca custe o que custasse. Tirsa a observava, enquanto Sorbens nem reagia.


– Por que fizeste isso? – continuou Wezn, chorando, lançando uma rajada de penas incandescentes, que acertaram Sorbens, derrubando-o, mas sem um dano letal.


– EU FIZ ISSO PARA TE POUPAR! – bradou Sorbens, entristecido. Sua expressão denotava uma pitada de raiva e decepção. – Fáon está preso no salão do grande Sertan por uma série de imprudências. É a mesma coisa que estar morto. Jamais voltarás a vê-lo e eu fiz isso para te deixar menos angustiada.


– Tu és… patético. – rebateu Wezn, respirando forte. Tirsa observava ambos, ainda sem fazer nada. – Eu te odeio!


– Deverias me agradecer, porque agora criarás esperanças falsas. – resmungou Sorbens, se levantando. – Fáon está sendo castigado e só sairá daquele calabouço…


– Como vice-líder da Legião de Atena! – murmurou uma voz seca atrás do trio.


Impressionados, os três se viraram e viram a figura de Sertan deixando a caverna, vestindo a armadura de ouro de Câncer. Mantinha a mesma expressão séria e carrancuda de sempre, tal como a grande imponência, apesar da baixa altura. Seus olhos, porém, pareciam estar refletindo uma expressão vitoriosa e, mais do que isso, de esperança. Diante de tal presença, Tirsa se curvou, enquanto Sorbens e Wezn permaneceram intactos, sem digerir o que ocorrera.


No instante seguinte, com o corpo todo ferido e sem armadura, Fáon apareceu por detrás de Sertan. A emoção tomou conta de Wezn e, sem pensar, ela se atirou nos braços dele e o abraçou com força, pedindo desculpas e dizendo que jamais o abandonaria novamente. Sorbens rangeu os dentes, estupefato, não entendendo o que ocorrera. Tirsa agitava os dedos, também demonstrando alguma indignação.


– Não tenho que dar satisfações a vocês três. – antecipou Sertan com um tom frio e autoritário. – Só digo que Fáon foi promovido porque finalmente usou o cérebro, algo que vocês jamais farão, pelo visto.


– Mas… – murmuraram Tirsa e Sorbens ao mesmo tempo, enquanto Wezn e Fáon continuavam se abraçando.


– Não tem mais nem menos! Vocês não tem que me questionar! – resmungou o canceriano, se aproximando em seguida do casal e os separando. – Um acabou de escapar da prisão e outra perdeu a posição de espiã no refúgio. É melhor que essa relação de vocês fique distante ou então perderão todas as regalias e ambos irão para o calabouço. E dessa vez eternamente! Agora com licença!


Mantendo a expressão impassível, Sertan agitou a capa e retornou à caverna. Tirsa o seguiu sem questionar, enquanto Sorbens, totalmente derrotado, se afastou para o outro lado, se perdendo em meio à névoa. Parecendo não se importar com a crítica do líder, Wezn tirou a máscara, agarrou Fáon e o beijou. Finalmente estavam juntos de novo.

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Após a coroação de Propus, um a um foi deixando o local, enquanto o garoto simplesmente pegou a caixa da armadura e foi em direção ao templo central do refúgio. Todos se perguntaram por que ele não quis vestir o traje, já que, era de costume qualquer aprendiz se empolgar com a armadura e usá-la assim que recebia. O novo geminiano, todavia, parecia não se importar com isso.


Sem demoras, entrou no templo central e se dirigiu rapidamente para o altar. Ele correu os olhos por todas as cadeiras, parecendo analisar o ambiente a todo. O local estava praticamente vazio, já que quase todos os cavaleiros e aprendizes haviam comparecido à sua coroação, um grande evento considerado imperdível.


Andando a passos largos, ele virou para o lado no altar e correu os olhos para um pequeno cômodo, onde se encontrava um dos aposentos. Ele abriu sem receio e olhou para a pequena cama de pedras que havia ali. Arkab de Sagitário repousava, com os olhos fechados, cheio de hematomas pelo corpo. Seu cosmo, porém, não estava baixo. O contato de Atena fora suficiente para recuperá-lo em partes, mesmo depois das duras batalhas com Alhena e Deolinda.


Com um olhar profundo e indecifrável, Propus correu rapidamente os olhos para o portão geral de entrada. Não havia ninguém, como esperado. Ele adentrou no aposento de Arkab e aplaudiu algumas vezes. Com uma respiração tranquila, o sagitariano abriu os olhos e fitou o novo geminiano com indiferença.


– O embate dos nossos golpes resultou em um empate, Arkab. – explicou Propus, enquanto o sagitariano permanecia estático, apenas olhando para cima. – É natural, já que nós dois sofremos com batalhas duras anteriormente. Contudo, sofreste também nas mãos da general marina, fazendo com que desmaiasses segundos antes de mim. Naquele dia em Jamiel, há três anos, eu vi Alhena executar três golpes e creio que consegui desferir o terceiro no mínimo espaço de tempo entre os nossos desmaios. Estou errado?


– Não! – respondeu Arkab de prontidão, como se fosse uma marionete.


– Parece que o golpe saiu melhor do que eu esperava. Pelo visto, Alhena e Deolinda acabaram com tua mente. Que bom que eu estive aqui para te ajudar. – zombou Propus, sentando ao lado de Arkab. –Mas não fiques tão obediente assim, ou então os outros podem acabar desconfiando. Quero que ajas normalmente até eu realmente precisar de ti. Finge que está tudo como antes.


– Sim! – concordou Arkab, ainda parado.


Propus sorriu satisfeito e deixou o aposento de Arkab no instante seguinte. Cruzou o corredor central do templo e deixou o local. Andou pelas ruas do vilarejo, respondendo levemente a todos que o cumprimentavam. Apesar de sua expressão misteriosa, aparentava o máximo de simpatia com os outros.


Chegou ao próprio aposento minutos depois. Como foi coroado cavaleiro de ouro, ganhou direito a uma nova cabana, deixando aquela grande que pertencia aos aprendizes. Era um local pequeno, com capacidade para duas pessoas, mas ainda não havia outro ocupante. O lugar deveria ser ocupado em breve, caso houvesse um novo cavaleiro de prata ou de bronze.


Propus correu os olhos por todo o aposento, como se estivesse avaliando a situação. Ele guardou a armadura em um canto, mexeu nos cabelos e, sem virar o rosto, disse:


– Bom dia, não imaginava te ver aqui. Não imaginei que irias ficar de tocaia até eu chegar. Isso não foi muito nobre…


Antes que Propus pudesse acabar de falar, uma rajada de ar frio foi emanada do canto de trás da cabana, atingindo o novo cavaleiro em cheio, mas sem causar danos sérios. O garoto apenas caiu no chão, coberto por uma fina camada de gelo, tremendo de frio. Sem perder a postura, porém, ele virou o rosto para trás, de onde viera o ataque repentino.


Um homem loiro, jovem, saiu das sombras e ficou de frente para Propus. Era baixo, com cabelos curtos, crespos e levemente agitados para cima. Seus olhos azuis não escondiam seu lado setentrional e sua expressão sorridente não lhe tiravam a grande imponência. Possuía uma aura fantástica que era complementada pela brilhante armadura dourada que ele trajava.


– Tu podes ter virado um cavaleiro de ouro, mas é bom controlares esta tua língua, ainda mais quando estás diante de um herói. – comentou a figura dourada com uma voz grossa, colocando a mão no peito. – Eu sou o guerreiro do gelo, meu nome é Pavel de Aquário.


Propus não se intimidou com aquela presença, pelo contrário, manteve o mesmo olhar firme de sempre, como se estivesse diante de mais uma pessoa qualquer. Pavel não se sentiu incomodado com a indiferença. Parecia que alimentava o próprio ego tanto, que a opinião alheia já não importava tanto. Ainda mais de um aprendiz que acabara de ser coroado.


– Parece que alguém recebeu uma grande dose de glória nos últimos anos. – provocou Propus, se levantando. – E também que esta glória acabou subindo à cabeça dessa pessoa.


Pavel mordeu os lábios e ergueu a mão direita, produzindo uma pequena esfera brilhante nas mãos. Propus se manteve estático, não se preocupando com aquela manifestação de ataque. Então, parecendo desistir, o cavaleiro de Aquário recuou o braço e se virou para a única escrivaninha do local.


– Tua perspicácia é incrível, como me disseram. – observou Pavel, tirando um envelope e colocando em cima da mesa. – Mas não é hora de ficarmos confrontando os nossos egos. Eu soube que és muito interessado por novos conhecimentos e por leitura. O próprio Ário me falou quando cheguei, há alguns dias, antes de tu saíres. Eu sei de um local que podes adquirir toda a sabedoria que precisas e, com essa carta, terás acesso livre para lá.


– Queres dizer… o local onde estiveste treinando nos últimos anos? O local onde, me parece, conquistaste esta glória que tanto te gabas?


– Exatamente! Tu deves ir para a terra mais importante da mitologia nórdica, estou falando de Graad Azul.

 

 

Enfim encerramos a primeira parte de Atlântida, a segunda parte vem dia 31/03. Quando possível (internet deixar), disponibilizarei a versão em PDF para quem preferir. Já tem algumas correções em relação a essa (mais português, espaços, essas coisas). Valeu a todos e abraços.

 

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Capítulo 44 lido

 

Arkab ainda está vivo. E confrontou Deolinda de frente! Não esperava isso. Ele me lembra o Jabu um pouco, com essa insuportável obsessão pelo Grande Mestre. Bem, eu nutri uma expectativa grande de ver o Patriarca confrontando a General mas pelo visto isso novamente não aconteceu. Mas falaremos disso daqui a pouco.

 

Os novos golpes da Marina de Scylla me soaram adequados. O Beijo da Donzela é em referência àquela manifestação espiritual que atacou o Shun assim que ele chegou no Pilar do Pacífico Sul? Eu pensei que este golpe seria capaz de acabar com Arkab. Na realidade, eu fiquei a batalha toda torcendo por sua morte, porque já estava sentindo que ele tava muito em evidência.

 

O Grande Mestre bem que tentou fazer alguma coisa, mas a enorme idade pesou. Olha, eu não sei o que esperar. Pensei que ele fosse um velho poderoso e imponente igual Hakurei, mas é um cara medroso, fraco e que não consegue manter um combate. Imagino que ele esteja sob os efeitos do Misopheta Menos, o que impediria mais comentários cruéis meus a respeito. /evil

 

Pierce de Leão Menor Negro chegou e acabou salvando o Mestre, mesmo que de forma involuntária. Achei engraçado ele aparecer pois sinceramente nunca imaginei que um personagem como ele fosse fazer parte desta batalha que parecia ser a última desse conto. Até porque ele é um pobre coadjuvante né. hehehe Foi completamente massacrado por Deolinda.

 

Confesso que torci pra Deolinda trucidar o Grande Mestre com as bestas de Scylla. /evil

 

Enfim, Arkab retornou, ainda consciente e disparou seu Impulso da Luz de Quíron, rebatido pelo Tornado Violento. Achei essa parte do capítulo brilhante por causa do modo que Deolinda desfez facilmente a ofensiva de um Cavaleiro de Ouro. Explicação totalmente coerente. Sempre quis ver como os Generais se sairiam em um confronto contra um Dourado, e vejo que optou por fazer os guerreiros da elite de Poseidon como sendo do mesmo nível dos de Atena. Prevejo confrontos épicos mais para frente.

 

A importância de Pierce como veterano na Ilha da Rainha da Morte se fez presente, com ele conseguindo ajudar Alhena a libertar-se de sua insanidade e desferir uma potente Explosão Galáctica. E aí está a única parte que não gostei do capítulo. Deolinda sendo pulverizada. Queria que ela tivesse uma morte melhor do que um destino tão cruel e brutal. Embora entenda que nem sempre em guerras as perdas sejam "bonitinhas", não queria que isso acontecesse com Scylla. :/

 

Propus dando o fim na vida do próprio pai foi insensível. Esse garoto já deixou de ser um mala pra mim. Agora ele me parece muito mais intrigante, quero saber mais a seu respeito. A mente dele não funciona como a de gente normal. /evil

 

E bem, capítulo termina com a colisão de golpes entre Propus e Arkab. No aguardo da sua resposta a esse comentário para fazer o do epílogo, Nikos. Abração!

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Capítulo 44 lido

 

Arkab ainda está vivo. E confrontou Deolinda de frente! Não esperava isso. Ele me lembra o Jabu um pouco, com essa insuportável obsessão pelo Grande Mestre. Bem, eu nutri uma expectativa grande de ver o Patriarca confrontando a General mas pelo visto isso novamente não aconteceu. Mas falaremos disso daqui a pouco.

 

Os novos golpes da Marina de Scylla me soaram adequados. O Beijo da Donzela é em referência àquela manifestação espiritual que atacou o Shun assim que ele chegou no Pilar do Pacífico Sul? Eu pensei que este golpe seria capaz de acabar com Arkab. Na realidade, eu fiquei a batalha toda torcendo por sua morte, porque já estava sentindo que ele tava muito em evidência.

 

O Grande Mestre bem que tentou fazer alguma coisa, mas a enorme idade pesou. Olha, eu não sei o que esperar. Pensei que ele fosse um velho poderoso e imponente igual Hakurei, mas é um cara medroso, fraco e que não consegue manter um combate. Imagino que ele esteja sob os efeitos do Misopheta Menos, o que impediria mais comentários cruéis meus a respeito. /evil

 

Pierce de Leão Menor Negro chegou e acabou salvando o Mestre, mesmo que de forma involuntária. Achei engraçado ele aparecer pois sinceramente nunca imaginei que um personagem como ele fosse fazer parte desta batalha que parecia ser a última desse conto. Até porque ele é um pobre coadjuvante né. hehehe Foi completamente massacrado por Deolinda.

 

Confesso que torci pra Deolinda trucidar o Grande Mestre com as bestas de Scylla. /evil

 

Enfim, Arkab retornou, ainda consciente e disparou seu Impulso da Luz de Quíron, rebatido pelo Tornado Violento. Achei essa parte do capítulo brilhante por causa do modo que Deolinda desfez facilmente a ofensiva de um Cavaleiro de Ouro. Explicação totalmente coerente. Sempre quis ver como os Generais se sairiam em um confronto contra um Dourado, e vejo que optou por fazer os guerreiros da elite de Poseidon como sendo do mesmo nível dos de Atena. Prevejo confrontos épicos mais para frente.

 

A importância de Pierce como veterano na Ilha da Rainha da Morte se fez presente, com ele conseguindo ajudar Alhena a libertar-se de sua insanidade e desferir uma potente Explosão Galáctica. E aí está a única parte que não gostei do capítulo. Deolinda sendo pulverizada. Queria que ela tivesse uma morte melhor do que um destino tão cruel e brutal. Embora entenda que nem sempre em guerras as perdas sejam "bonitinhas", não queria que isso acontecesse com Scylla. :/

 

Propus dando o fim na vida do próprio pai foi insensível. Esse garoto já deixou de ser um mala pra mim. Agora ele me parece muito mais intrigante, quero saber mais a seu respeito. A mente dele não funciona como a de gente normal. /evil

 

E bem, capítulo termina com a colisão de golpes entre Propus e Arkab. No aguardo da sua resposta a esse comentário para fazer o do epílogo, Nikos. Abração!

 

Fala Gustavo, quanto tempo?

 

Sim, Arkab está vivo, o Grande Mestre tinha dado um pouco do cosmo dele no capítulo 43 para ele se manter vivo, lembra? Um pouco antes de Deolinda aparecer na frente de todos.

 

Ele teve pique para confrontar Deolinda, quem diria heim? A força de vontade do cavaleiro de Sagitário é imensa, pelo visto. Eu acho que eu associei realmente o Jabu, só que Jabu adorava Atena, ele adora o Grande Mestre. O motivo não tenho a menor ideia. Quanto ao Grande Mestre enfrentar a Marina, isso que também deu a entender e até aconteceu, só que ele foi salvo algumas vezes na hora H.

 

A manifestação é exatamente aquela. Não sei se realmente eu consegui descrevê-la bem, mas como tu associaste, acho que pelo menos o entendimento foi possível. Eu também pensei que ia acabar com Arkab, mas pelo visto não foi dessa vez (de novo). A morte dele por esse golpe não veio talvez por algumas teorias: a primeira é que Arkab conseguiu desenvolver a mente o suficiente para escapar, a outra é que a mente estava debilitada o suficiente para não ser aprisionada eternamente. E coitado dele, deixa ele viver. kkk

 

E outro que é o teu alvo é o Grande Mestre... coitado, ele faz o que pode. ACabou sendo fatalmente derrotado pela Deolinda e, se não fosse PIerce e Arkab, talvez ele nem estivesse mais vivo (para a tua alegria). Não tinha imaginado essa questão do Misopheta Menos, talvez seja uma possibilidade, isso justificaria o fato de ele ser uma pessoa milenar. Mas daí ele não sair do golpe em nenhuma das batalhas é meio estranho.

 

QUem diria que o Grande MEstre iria ser salvo por um cavaleiro negro? Duvido que ele quisesse ralmente, como mesmo falasse. E ele é um pobre coadjuvante, mas foi o único cavaleiro negro que recebeu nome além do Tejat e Alhena, pelo que eu me lembre. Fora que ele quem recepcionou Tamuz na Ilha da Rainha da Morte e ele quem foi salvo por Alhena da morte pela Libânia. Ele teve uma participaçãozinha bem secundária durante toda a história. Mas no final, acabou sendo extremamente decisivo.

 

Que bom que gostou dessa parte do capítulo. É, ao ver, os dourados estão no mesmo nível dos generais. Isso que pareceu até agora, com Deolinda superior, mas consideraremos que Arkab está com a mente e o corpo debilitado (e mesmo assim deu um gás e destruiu as escamas dela). Que bom também que gostaste da estratégia dela de repor o ataque, acabando com o especial mais poderoso do sagitariano.

 

Como eu já havia falado, Pierce acabou revelando sua importância, por isso talvez foi o único a ser realmente nomeado. Tejat, pelo que Pierce falou, era o verdadeiro culpado de tudo (não que os atos de Alhena sejam justificáveis, ele se entregou, mas quem assoprou a faisca foi o Tejat, além do mestre).

 

Então, agora vou responder como escritor. Eu sempre quis mudar a morte da Deolinda, botando algo mais digno do personagem que tanto gosto. Só que dois motivos me fizeram desistir e manter esse destino brutal. O primeiro e menos importante é que a Explosão Galáctica é realmente um ataque assim, dizima sem deixar rastros, como fez com o próprio Ikki no clássico, ainda mais com o cosmo do Alhena regenerado e totalmente prestes a explodir. O segundo, que ao meu ver, faz mas sentido, é que Deolinda é uma guerreira extremamente preparada e estava inteira. Ou seja, ela só seria derrotada se fosse um ataque de surpresa, sem tempo de ela preparar. Ela provavelmente, se tivesse tempo, teria conseguido driblar a explosão (Como Sertan fez) e criado alguma estratégia. Como Alhena estava mais pra lá do que pra cá, acho que nem ele aguentaria e ela cumpriria a missão. Por isso eu fiz isso, ela tinha que ter essa morte ou conseguiria reagir, mas confesso que queria muito botar ela lamentando pela Spio, ou algo do gênero. Mas as vezes a gente tem que fazer escolhas, que pena que não agradou, mas acho que foi um mal mais "lógico".

 

Voltando ao teor normal dos comentários... Propus pareceu insensível, mas não dá de saber o que ele está pensando, talvez ele só quis realmente acabar com o sofrimento do pai. Só que ele também presta atenção em tudo e poderia ter visto que Arkab está olhando e, desde o Capítulo 2, sabemos que Propus sabe mentir muito bem.

 

Eu também acho ele bem intrigante... Com seis anos, conseguiu fazer com que um dos invasores da Palaestra matasse o outro e depois matou o primeiro a sangue-frio. Em seguida, armou para que o rival morresse. Enfim, aparentemente no refúgio ele deu uma amornada, mas agora viu Mona morrer e debochou do pai. Não dá de saber se ele ficou triste, porque ele não revela os sentimentos, mas já viu que ele consegue segurar a barra muito bem. Agora conseguiu completar a morte do pai de uma maneira fria. E a mente dele não funciona mesmo, aliás, não dá de saber como ele está pensando.

 

O capítulo termina como termina.

 

Valeu pela presença Gustavo e pelo bom comentário.

 

Estou no aguardo então pelo teu último comentário da parte 1.

 

 

Abração

 

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Capítulo 35

 

Como crítico, chato, dos combates apresentados aqui em Atlântida, pelo seu talentoso e esforçado autor, preciso dizer que achei muito bem feita toda ação envolvendo Altevir e os Cavaleiros de Bronze de Dragão e Golfinho.

 

Começando pela razão que permeava o combate, mostrando astúcia, e planos sobre planos, passando pelos diálogos, que mesmo repetitivos no que se refere à velha fórmula de superioridade, devoção e ironia, conseguiu se manter a tona dos altos predicados que compuseram o combate, não destoando ou deixando a desejar.

 

As técnicas, tanto como a ação propriamente dita, mostraram ótimas evoluções; destaque para a Miragem Destruidora, do Serpente Marinha que além de uma descrição esmerada, teve um respaldo mitológico, o que sempre, acaba, chamando atenção.

 

Inclusive, aproveitando a “deixa”, a respeito do Serpente Marinha, tudo que envolveu sua reintegração as tropas de Poseídon soaram muito bem, o que conferiu ao personagem, uma “aura” bastante interessante.

 

Para encerrarmos, e para não perdermos o costume da chatice (rsrs), achei que, como foi com os artifícios das técnicas, o cenário deveria ter sido explorado no combate (afinal, a luta se dava num navio, com mastros e outros obstáculos interessantes), numa mescla de acrobacias, ataques “simples” e poderes cósmicos.

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Olá Leandro, bem vindo de volta à fic e, como no chat da tua, te desejo melhoras novamente.

Aliás... o último comentário que tinhas feito até então, se não me engano, fora do capítulo 30 ou 31. Dessa uma saltada até aqui.

Que bom que gostaste da luta então. Como canso de dizer, batalhas não são o meu forte e para mim é a parte mais difícil de fazer do capítulo. Então fico que feliz que tenhas gostado desta.

A razão que permeava o combate justamente era a mesma que propiciava os insultos de Altevir. kkk. Ele foi tirado da aposentadoria pela Legião de Atena. É normal que nutrisse uma raiva profunda diante daquelas criaturas abomináveis para ele. E Fáon sempre debocha dos outros, característica de sua personalidade.

Gostaste então da técnica do Altevir? Que bom, eu também tentei dar uma aprimorada nas descrições das mesmas nesse combate. Não sei se nos seguintes elas continuarão assim, porque nesse eu realmente tentei dar uma apimentada, principalmente nas novas e no clássico Cólera do Dragão. QUanto à mitologia, como a fic trata do assunto, é sempre legal utilizar desse material para criar novas técnicas.

Aí é que tá. Tudo o que aconteceu se justifica devido à morte de Berílio de Golfinho pelas mãos de Sertan, Aldo e Fáon, no lonquícuo capítulo 15, o que devolveu Altevir ao cargo. Ele fez todo esse plano para fazer uma armadilha contra a Legião de Atena, mas ainda assim, só ficou com dois cavaleiros de bronze, o que o deixou muito irritado pelo visto.

Concordo, eu poderia ter usado o cenário como auxiliar da batalha. O barco permaneceu no capítulo, com eles esbarrando no mastro, na borda do navio e até no fogo que se espalhava, mas concordo que talvez usá-lo para ajudar na batalha pudesse ser melhor.

Bem, valeu pelas dicas e pelo comentário leandro.

Seguimos juntos!

Abraços


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Olá Leandro, bem vindo de volta à fic e, como no chat da tua, te desejo melhoras novamente.

 

Grato pela recepção sempre tão gentil por aqui, Nikos e pelas palavras de atenção que desprende a minha pessoa.

Aliás... o último comentário que tinhas feito até então, se não me engano, fora do capítulo 30 ou 31. Dessa uma saltada até aqui.

 

Rapaz, na verdade me detive na leitura do Capítulo 31 (rsrs). Acontece que no momento de dar os comandos Ctrl + C e Ctrl + V, do Word para o Fórum, por desatenção minha, algo saiu errado e só ficou expresso o meu comentário do Capítulo 35. Seja como for, a sua resposta me serviu para chamar atenção quanto essa falha, e aproveito agora para corrigi-la, mediante a esse post, trazendo os comentários do Capítulo 31 ao 34.

 

Vamos aos comentários que faltaram então...

 

 

 

Capítulo 31

 

Em toda interação envolvendo a Amazona de Ouro de Peixes e o Grande Mestre me deleitei com a maneira, já bastante corriqueira aqui em Atlântida, com que o autor lidou com a situação. Todo o repúdio de Libânia conflitando com sua necessidade de chegar até Alhena de novo, salvando este de si mesmo, ficou notório assim como as ações do regente do Santuário para mantê-la ali.

 

A pitada de gênio vem com a presença do, sempre desagradável, Cavaleiro de Ouro de Sagitário. Arkab parecia levar, a todo momento, Libânia ao seu limite com seus comentários. Quando este a acusou de negligência, traçando um paralelo com o falecido Cavaleiro de Ouro de Virgem, quase tive um treco quando estava lendo, já que foi literalmente um soco no estômago que a pisciana recebera. Aqui, só tenho uma ressalva, que assim como foi a indignação da menção da execução do Cavaleiro Negro de Gêmeos como solução para o impasse, Libânia deveria ter se mostrada mais constrangida quando seus atos comparados com o de Tamuz.

 

A aparição de Athena foi outro ingrediente a mais, e não haveria de passar desapercebido de meu comentário, sendo essa, determinante para que Libânia permanecesse no Santuário.

 

Toda a história se mostra bem amarrada até aqui, firmando em seus alicerces que sempre são trazidos a tona para refrescar a memória do leitor e situá-lo (me refiro a guerra contra Oceano e Tamuz com os Cavaleiros Negros).

 

Para encerrar o capítulo, como é de costume, o autor oferece uma ótima “deixa” com Wezn (como se pronuncia?), mostrando sua ligação com a Legião de Athena.

 

Capítulo 32

 

O início, demonstrando, o cotidiano em uma das cidades do Império, inclusive, trazendo a tona os benefícios alcançados, e a própria justiça, do governo de Poseídon, foram um dos melhores atrativos do capítulo. Conseguiu transmitir bem as ideias do autor com relação a isso, sem tornar a leitura enfadonha.

 

O caos e a mortandade praticada pela Legião de Athena nunca me foi tão revoltante como neste capítulo.

 

E para minha própria surpresa me peguei torcendo pelo Marina que os combatia.

 

No entanto, a superioridade tanto do Dragão como o da Mosca, eram evidentes.

 

O capítulo segue com Sertan e a dupla, e aqui o líder da Legião de Athena dá mostras daquilo que fê-lo tornar um dos mais memoráveis, senão o mais memorável, personagem de toda essa história.

 

A cena com o Dragão salvando o Cavaleiro de Mosca foi perfeita em todos os sentidos e a melhor do capítulo, em minha insuportável opinião.

 

O encerramento não poderia de deixar de ser interessante, e Sertan mais uma vez acabou roubando a cena.

 

Não a toa que seu trabalho se revela cada vez mais notório, Nikos. O que antes, lá no começo, era uma promessa, hoje já uma certeza. Todo o seu esforço e talento ressaltam nas linhas de Atlântida e me sinto privilegiado por poder acompanhá-lo, tanto como, aprender muito com você. Obrigado!

 

Capítulo 33

 

Quando iniciei a leitura do capítulo, achava toda a encenação descrita com o Dragão e o Mosca tentando sair da caverna e prevalecer ao desafio proposto por Sertan, desnecessário. Sendo quem são, não seria lá tão complicado, e bastava uma breve nota do autor, ou nem isso, para constatar esse óbvio.

 

Contudo, o autor me surpreendeu, desenvolvendo muito bem esse arco, tornando algo previsível e sem importância, isso, pelo menos para mim, em um corpo literário bem interessante.

 

Claro que a picuinha do Dragão com o Mosca, já bastante evidente no capítulo anterior, tomou ares de mais destaque nesse.

 

O arco com Thetis e Gale ficou ofuscado pelo que viria a seguir com Sertan chegando até Alhena.

 

Quando li essa parte prendi o fôlego e sem demoras passei afoito para a leitura do próximo capítulo.

 

Capítulo 34

 

Rapaz, tenho que confessar, fiquei arrepiado com toda performance do Cavaleiro Negro de Gêmeos. Poucas vezes li em uma obra literária um personagem transmitir tão eficientemente bem, seu “ar” insano. Me vi vibrando com cada fala e ação de Alhena.

 

Noutro arco, Dragão e Golfinho agem sem que Sertan saiba.

 

O comportamento de Fáon mais uma vez o faz se destacar, mas confesso que senti falta do Cavaleiro de Prata de Mosca ao seu lado. Mesmo com todas as diferenças que os apartam, a combinação de ambos, é muito satisfatória e interessante de ser ver/ler.

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Fala Leandro, não há de que!

Quanto aos comentários, acontece. kkk. É que eu tinha achado estranho mesmo. kkk. Mas vamos voltar então um pouco a fita.

Capítulo 31

Que bom que curtisse essa parte do diálogo, pelo que eu entendi. É algo curioso que não poderia ser diferente. Libânia retornando para o local aonde abandonou por algum motivo, provavalmente por não concordar com o mestre, já que ela demonstrou uma raiva dele durante todo o capítulo. E agora, com o reencontro, as coisas não poderiam ficar na mais perfeita paz.

Fico fliz que aprecias a aparição de Arkab como um personagem que tem como característica justamente ser chato, ou desagradável como falaste. O pessoal não gosta muito do Sagitariano, mas esse é justamente a impressão que ele passa, de ser um puxa-saco. Não é um personagem para ser amado, a princípio. Ele fala o que quer e o que bem entende, sem se preocupar com os outros.

Quanto a parte onde Tamuz foi citada, pela própria personalidade de Libânia E pela maneira como Arkab fala, acho que justifica mais uma irritação do que propriamente um constrangimento. A pisciana sabe que os outros cavaleiros negros não são insanos iguais a Alhena, eles eram maus e foram banidos. Alhena é louco e ela sabia que o caso era diferente, que não poderia ser morto simplesmente.

Atena teve que intervir mesmo, ou então uma nova Guerra Santa iria começar naquele salão. kkk.

É natural também que os personagens citem esses fatos, porque foram marcantes e acontece, de fato, pouca coisa no refúgio. Logo esses acontecimentos são sempre lembrados. Fora que é uma maneira de sempre lembrar o leitor do que aconteceu, como citaste.

Não sei dizer exatamente a pronúncia de Wezn, pois é um nome de origem arábica. Eu leio "uisni", mas acredito que não se leia dessa maneira. Fico feliz que tenhas gostado da deixa, apesar de ela não ter tido uma sequência exata no capítulo seguinte.


Capítulo 32

Mostrar uma colônia de Atlântida, no caso uma com menos importância como Tríaina, é uma maneira sempre de mostrar como está a administração de Poseidon e como a utopia realmente existe, pelo menos nos terrenos do Império. Alem disso, revela o cotidiano de habitantes comuns, o que, ao meu ver, é interssante. Que bom que gostaste da dosagem.

O caos foi necessário também para indicar o outro lado da Legião de Atena. Eles estão fazendo algo sim, como muitos já estão concordando com Sertan. Porém o que eles estão fazendo é exatamente isso: um massacre de pessoas inocentes, como foi o caso do casal comum, igual a todos. Isso que os cavaleiros do refúgio tanto criticam as atitudes da Legião de Atena e, no fundo, eles tem um ponto de razão.

Acabaste torcendo para o marina? Confesso que, dadas as circunstâncias, também estava levemente tendendendo para o lado do marina. Nessa guerra, não existe um lado certo ou errado, cada um tem seus ideais e, nesse caso, quem estava defendendo as pessoas inocentes era o marina.

Curioso, Sertan também é um dos personagens que eu mais gosto. ELe é um anti-heroi, vamos dizer assim, quer fazer justiça pelas próprias mãos e consegue. Contudo, como citei ali em cima, ele acaba fazendo muitos inocentes sofrerem também. (Mas Poseidon não fez o mesmo quando instaurou o Império Atlante? É sempre algo para se pensar). Sua personalidade fechada e arrogante lhe faz um personagem bem distinto dos demais.

O salvamento de Fáon pode significar coisas diferentes. Ou ele realmente quis ajudar, ou ele quis mostrar mais uma vez que era superior e poderia salvá-lo. PEla rivalidade deles, isso é bem possível. Mas não vou julgar o Fáon.

Fico feliz que estás gostando do trabalho. Espero realmente que continues aqui e sigas apreciando a fic.


Capítulo 33

Todo o embate entre os dois não é meramente pelo castigo físico em si, teve todo o complemento psicológico da maneira como eles seriam tratados pelo restante dos membros da Legião de Atena. Além disso, tem a clara rivalidade de ambos, que deixa Sertan e os outros integrantes ainda mais irritados com eles.

Thetis e Gale tem sua importância. kkk Acredite! Não é uma cena simplesmente para ser jogada por ali. E a cena pode não ser apenas pelo que está em obviedade.

O final é final e comento mais no próximo. Mas a deixa era para ficar isso mesmo, esperando o próximo.



Capítulo 34

Fico satisfeito então de ter transmitido pelo menos para ti o quanto Alhena é instável mentalmente. Ele é completamente insano, não conseguindo manter uma personalidade fixa. Deve ser algo bem difícil viver na mente dele.


Fica estranho ver Fáon agora sem Sorbens, mas jamais o cavaleiro de Dragão iria dar a chance para o de Mosca conseguir uma glória que ele estava querendo. Isso iria contra a rivalidade deles. Entendo que até seria mais interessante, mas iria ficar meio ilógico.


Bem, agora encerramos por aqui. Valeu por tudo Leandro e nos falamos


Abração

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Epílogo lido

 

Não imaginei que o epílogo seria tão grande e dividido em tantos focos da trama. Gostei bastante disso, pois esperava apenas uma sinopse rápida da próxima parte dos Contos.

 

Bem. Grande Mestre continua sendo zzzzz e Propus sendo nomeado o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos me lembrou daquele longínquo capítulo onde Pítia e Safiya foram condecorados da mesma forma. Libânia tentou escapar, pois não tinha mais motivo para permanecer no refúgio, quando foi abordada por Ário. Gostei de você ter feito ela notar uma semelhança entre o Capricórnio e seu irmão, Sertan. Sentia falta de alguém da antiga Guarda de Ouro interagir com o mestre de Propus e isso foi sanado neste capítulo.

 

Eu adorei a cena de Febo e Gale. O General de Dragão Marinho é tão justo, tão puro. Pelo que a conversa deu a entender, ele será o responsável por concluir o treinamento de Gale. Torço muito para que o aprendiz suceda Deolinda no posto de Marina de Scylla e busque vingança contra a algoz de sua mestra. Como a pessoa que a matou está morta, penso que ele irá atrás do seu sucessor e filho, no caso, Propus. Imaginando uma luta entre ambos hehehe

 

Olha, do exército de Poseidon, Febo é disparado o meu personagem favorito. Mal posso esperar para vê-lo em ação.

 

Na Legião de Atena, Fáon se tornou vice-líder. Sorbens pelo visto será ainda mais odiado, dessa vez por Wezn. Sinceramente, ele foi estúpido. Até entendo o motivo dele ter mentido, mas de um jeito ou de outro, ela saberia a verdade. Imprudência total. Já quero ver o Cavaleiro de Dragão numa posição de destaque dentro da Legião de Atena e mandando Sorbens realizar as piores missões como castigo pelos seus atos egoístas e de gosto duvidoso. /evil

 

Acho que Propus usou o Satã Imperial em Arkab durante a colisão de suas técnicas. Essa passagem está nebulosa ainda, ocorreu muito mais do que apenas um choque de energias. Aliás, esse garoto me é estranho. Não pude deixar de associar essa cena com a dele tocando a testa de Atena nos capítulos anteriores antes de ser nocauteado por Sertan. É literalmente impossível saber o que ele planeja e não faço ideia de suas intenções em infectar o guerreiro de Sagitário, provavelmente controlando sua mente.

 

Pavel de Aquário finalmente apareceu e, pelo visto, é daqueles que se vangloriam eternamente. Já não gostei dele. Mas como acho legal as possibilidades que envolvem, tanto o personagem, quanto a sua história, me deixaram animado. Pelo visto ele deve ter adquirido uma boa gama de conhecimentos, visto que estava em Bluegraad. De qualquer forma, como Propus adora ler, ele deve ter gostado do convite para ir a um verdadeiro santuário de conhecimento como Bluegraad. Ansioso para esse plot.

 

Pena que vai demorar para voltar com a fic, mas enquanto isso, fico esperando ansiosamente pelo seguimento da história. Parabéns e abraços, Nikos!

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Olá GF!

O Epílogo realmente era bem curto, menor que o prólogo (focava só na parte do Propus, as outras três eu considerei importante para dar mais profundidade à trama e as adicionei).

Então, quanto às questões das interações, é difícil mostrar tanta coisa porque sao muitos personagens e sempre acaba faltando algum ponto. Mas pelo menos agora aconteceu. É natural que haja semelhanças entre os dois, já que são irmãos e é sempre bom lembrar isso já que o povo esquece da familiaridade deles de vez em quando (como tu uma vez. kkkk). Além do mais, Ário talvez não tenha sido um Sertan porque houve um Sertan antes dele que serviu de contra-exemplo.

Que bom que gostaste assim da cena de Febo e Gale. Febo é puro, mas também deu um tapa na cara de Galateia, mostrando que é humano e que também erra (apesar de Galateia tê-lo levado ao limite da humilhação). Mas enfim, ele é um cara direito sim, pelo que dá de ver e sempre tenta fazer a coisa certa.

É bem a cara do Gale ir sair a torto e a direito para procurar vingança, já que ele invadiu os aposentos de Nereu só para poder fazer alguma coisa. É um general impulsivo. Vamos ver o que acontecerá então. Será que descobrirá também que Propus é filho de Alhena?

Eu gosto bastante de Febo também, mas acho que prefiro o Íchos, devido à sua personalidade duvidosa e cara de pau extrema.

Será que ela saberia a verdade? De acordo com o flashback de Alhena, Wezn e Fáon disfarçavam. Ninguém sabia a relação deles direito. Ninguém perderia tempo falando com ela. Aliás, Sorbens falou para ela não comentar com ninguém, para não demonstrar a existência do seu envolvimento. Ele tentou articular para que ela jamais perguntasse. É claro que isso teria grandes chances de falhar, mas Sorbens não me parece tão inteligente assim.

Fáon se tornou vice-líder. Engraçado que um cavaleiro que até então tinha feito todas as burradas possíveis, quase custou dois membros da legião, estava preso há tempos no calabouço conseguiu essa promoção. É para Tirsa e Sorbens se indignarem mesmo, principalmente a amazona de Cão Maior que aparentemente faz tudo nos conformes para agradar o "grande Sertan.

Ver Fáon castigar Sorbens ia ser interessante, principalmente porque o caráter de Fáon não é tão certinho assim. Acho que é bem a cara dele.

Propus falou que viu Alhena realizar três técnicas naquele dia em Jamiel e que usou a terceira em Arkab, logo antes de desmaiar com ele. É só puxar pela memória e pelos efeitos que deve confirmar a tua teoria.

Alguém se lembra dessa cena! Que maravilha. kkk. Isso ocorreu há três anos seguindo a cronologia (aliás, acho que vou tentar fazer uma cronologia bonitinha para vocÊs se situarem no tempo e no espaço bem.

Não sei também o que ele planeja, já que é meio difícil de saber o que ele pensa. Considero também ele estranho, bem estranho. Como eu falei para o Fimbul capítulos antes, não é alguém digno de dizer que presta. Pobre Ário, lidar com um aprendiz desses, com um irmão rebelde e com um Grande Mestre banana. Acho que ele é o que mais sofre naquele refúgio. Quanto a infectar o cavaleiro de sagitário, é algo interessante para se pensar. Por que se fosse simplesmente por causa da fincada na flecha. Teria sido muito mais fácil tê-lo matado. Sei lá!

Pavel é um personagem curioso. Não sei se ele se vangloria eternamente ou se apenas algo lhe subiu à cabeça. Agora é ver se acontecerá algo em Graad Azul ou ficará só nas expectativas.

Sim, ficarei ausente para dar um intervalo, para eu dar uma ajeitada nos capítulos que vou mudar uma coisinha ou outra, adicionar algumas partes. Além do mais, dá pro povo que está atrasado alcançar.

Obrigado pela audiência nessa primeira parte GF e sempre pelos bons comentários!

Abração

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Capítulo 36

 

Há capítulos, como esse, por exemplo, onde o autor me surpreende pela forma bastante real, e convincente, pelo qual expõe os sentimentos dos personagens. Foi assim no funeral da esposa de Poseídon, na morte da esposa de Nereu, nos acessos de loucura de Alhena, e agora com a Amazona de Pomba lamentando a suposta perda de Fáon.

 

A dor de Wezn de tão intensa que era, me parecia palpável.

 

Meus parabéns Nikos, por conseguir, uma vez mais, passar tanto realismo.

 

Voltando ao capítulo, mas mantendo o foco em Wezn, achei intrigante, e já logo de cara, muito bem construído, o seu triângulo amoroso com Sorbens. Inclusive, com fornecimento de alguns detalhes, como o do poder de comunicação de longa distância da Amazona, que por causa de sua peculiaridade, nos deu a entender que existe algo de puro no Cavaleiro de Mosca, talvez seu sentimento por ela, isso só fez meu apreço por Sorbens crescer ainda mais.

 

Em sua interação Sorbens se mostra aquiescido a Wezn, mas inexpressivo.

 

O arco termina com a Amazona sendo observada.

 

Passamos para o trio de Lemurianos e seu mestre, o Cavaleiro de Compasso.

 

Achei incrível a maneira como escolheu para expor toda a situação sem que essa fosse enfadonha. Cheguei, inclusive, a ficar interessado para descobrir se os meninos iam ou não, conseguirem êxito em suas tarefas tão complexas.

 

Ficou interessante como descreveu cada um, e suas falas também.

 

O capítulo encerra com o prenúncio de mais um combate em Jamiel.

 

Já que Gale parece não estar para brincadeiras!

 

Capítulo 37

 

Achei bastante elaborada a maneira como os Aspirantes são tratados nas hostes de Poseídon. Seu preparo. Poder. Organização. Tudo bastante acima dos parâmetros de Athena. Pelo visto, a hegemonia do Deus dos Mares não se dá por qualquer acaso.

 

Mais que o combate que se sucedeu entre Indru e Gale, o que mais me surpreendeu foi a motivação do Aspirante, e a maneira como Deolinda o salvou da morte e o repreendeu por sua atitude.

 

Mas em sua conversa com Gale parece ter despertado algo na General, pois esta, abandonou seu estado depressivo e parece disposta a dar fim a essas hostilidades com o exército de Athena que vem se arrastando por tanto tempo.

 

Sabemos que aquele que observava a Amazona de Pomba não é outro senão Gibrial. Muito ferido, o Cavaleiro de Golfinho é levado por Wezn para que Athena o restabeleça. Na presença da Deusa, Gibrial revela-se possuído por uma das crias do Serpente Marinha, este coloca em ação seu plano ardiloso de assassinar a jovem Athena, e quase obtém êxito, sendo detido pelo Cavaleiro de Ouro de Sagitário.

 

Falando desta parte... gostei muito de como cada ação foi engendrada pelo autor. Desde o plano do Marina, muito perspicaz por sinal, até a intervenção de Arkab.

 

Aliás, a atitude do Sagitário em colocar a culpa do acidente na Legião de Athena foi algo bastante baixo, e bem condizente com o personagem.

 

Capítulo 38

 

A revelação de que Pítia, o Cavaleiro de Ouro de Áries, é filho de Nereu foi o ponto alto do capítulo (e eu achava que seria Propus...rs)

 

Graças à persuasão nada convencional da Amazona de Ouro de Escorpião, o Santuário saberá daquilo que esta ocorrendo em Atlântida.

 

Tivemos dois combates razoáveis.

 

Um no começo com Pítia facilmente se sobrepondo a três Marinas e depois, quase no fim, com a Nereida Psâmate.

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Oi Nikos demorei mas aq esta meu coment sobre seu epílogo

 

Bom começamos com a Propus ganhando sua armadura, foi interessante o grande mestre acorbetando tudo de questionável em relação a Morte do Alhena, achei típico de um banana como ele, agora quero ver se com Propus como cav de ouro, o refúgio será mais ativo

Ario tem uma boa conversa com Libania para tentar convence- la a ficar no refúgio, foi interessante que no final ela chegou a um meio termo, voltaria para atena depois de treinar um novo reparador

Gale falou falou de como deolinda estava depois da morte de Spio, mas no final ele estava num estado bem parecido, gostei do Febo ter ido consolar ele, para mim ele é o general mais justo. Agora veremos se Gale vai conseguir a escama que ele tem direito

Wezn volta para legião de Atena para achar Sorbens e adivinhe só Faon! Sabia que ele ainda estava vivo, como minha noiva diz em algumas histórias não da para dizer se um cara morreu até vermos a cabeça dele separada do corpo XD . Fiquei feliz de ver os dois juntos novamente e tb do dragão ter ganhando uma promoção merecida depois de tudo

Por fim vimos uma reviravolta surpreende com Propus falando com Arkab e revelando que ele tinha usado o satã imperial no Sagitário, me pergunto no que isso acarretará é qual será a intenção do jovem com isso tudo

E agora veremos o que o novo gêmeos fará no graad azul, realemte fiquei curioso

Bom parabéns pelo cap Nikos e até a prox !

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Capítulo 39

 

Diante da revelação bombástica de sua linhagem sanguínea, já era esperada a mudança de lado por parte de Pítia, contudo, as coisas acabaram muito bem conduzidas pelo autor, e a participação da Amazona de Ouro de Escorpião em sua batalha com a Nereida, acabou por ser determinante.

 

Assim como Safiya achei repulsiva a atitude do Grande Mestre com relação a ocultar do Cavaleiro de Ouro de Áries sua linhagem.

 

O fato da pequena Athena também saber disso e compactuar foi ainda mais impactante para mim.

 

Me pergunto até onde, e o que são capazes de fazer, essa geração que a cá temos em Atlântida, com esse Grande Mestre e essa Athena, em prol, dos ideais da Deusa da Sabedoria que afirmam seguir, mas que no entanto, parecem totalmente alheios a eles.

 

Por essa “falência moral” não me admira a existência de uma “Legião” que age a margem.

 

Nem a de um Santuário “quebrado” onde tantos se rebelam e falta a devida reverência.

 

No meio dessas máximas, fica a dúvida de onde estará, nestes que a cá se encontram, a verdadeira essência da justiça que fizeram dos Santos de Athena aquilo que sempre foram...

 

Bom...

 

O tempo dentro da própria história deverá responder a isso...

 

Capítulo 40

 

Fiquei alarmado com as revelações desse capítulo: ao que parece a armadura de Ouro pretendida por Propus é a de Gêmeos envergada por ninguém menos que Alhena.

 

Mona acabou por ser assassinada na frente de Propus pelo próprio Alhena que afirmou ser seu pai!

 

É de ler sem desgrudar os olhos da tela...

 

Sem sombra de dúvida, um dos capítulos mais polêmico, senão o mais, de toda Atlântida.

 

Capítulo 41

 

Pai e filho se enfrentam!

 

Apesar de relativamente bem descrita, esperava mais, muito mais, deste combate, dada suas proporções e relevância dentro da obra.

 

Os diálogos, o drama e as ações não tiveram, infelizmente, o mesmo peso das revelações de outrora, ficando relegados a sombra deste.

 

E assim como foi com o seu desenrolar, a conclusão também ficou apática.

 

O que poderia ter sido épico, acabou por ser algo postergado ao futuro, sem a conclusão merecida e aqui, há meu ver, faltou ao autor a coragem de por um ponto final ao assunto e a maestria por fazer disso, como mencionado acima, um épico!

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