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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 1)


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CAPÍTULO 5

Nérites olhou para o céu e passou a observar as estrelas, sentindo o clima do local. A leve brisa da noite mexia seus cabelos longos e ondulados, enquanto ele ficava parado, com os braços abertos e admirando a imensidão negra do espaço. Aguardando por todo aquele contemplar da natureza, as duas companheiras cruzaram os cotovelos e balbuciaram grunhidos de impaciência, nada que afetasse as atitudes do rapaz.

 

 

A lua cheia logo se desprendeu das poucas nuvens que a rodeava e passou a agraciar a todos com um imenso brilho. A luz crescia e, com ela, as feições do trio começavam a ser mais perceptíveis.

 

 

Nérites era um homem bonito, baixo e esbelto. Seu rosto era dotado de uma perfeição estética comparada somente aos deuses do Olimpo. O nariz não era nem grande, nem pequeno, mas encaixava-se muito bem na face arredondada. Tinha olhos verdes pequenos, o que contrastava com as sobrancelhas grossas e aparentes e com os longos cabelos avermelhados. A pele era macia, sem rugas e levemente bronzeada. Estava revestido por uma proteção bege-clara, extremamente curva, com um material semelhante ao das escamas dos marinas.

 

 

As duas mulheres também se destacavam pela beleza. A mais baixa tinha uma pele alva, cabelos castanhos claros, ondulados e muito longos. Os olhos possuíam a mesma cor, assim como os cílios grandes e uma sobrancelha fina. Tinha um corpo de uma jovem mulher robusta, recheado de curvas. Segurava uma coroa dourada brilhante na mão direita e estava coberta por uma proteção do mesmo material e cor que o de Nérites e que o da outra mulher.

 

 

Esta, por sua vez, era alta, tinha cabelos negros e ondulados, aparentando ser mais velha que a primeira. Os olhos eram castanhos e a bochecha estava recheada com algumas rugas, que, mesmo assim, não lhe estragavam a aparência. Possuía um corpo mais definido do que a outra, ainda que um pouco cheio, e carregava nas mãos um galho de coral.

 

 

Impacientes com a demora de Nérites, elas balbuciaram mais algumas palavras, que, novamente, não abateram o jovem e belo guerreiro. Este, com toda a graça possível, se virou para a menor e disse com uma voz suave e autoritária:

 

 

– Agave, esta tua impaciência não me entra na cabeça. O que são estes leves minutos comparados aos sucessivos anos em que eu treinei e desfrutei da minha nova encarnação para me preparar para este momento? Agora, a pressa deve ser tratada como uma inimiga e a paciência posta em um pedestal, para gerar uma adoração a cada instante. Minha irmã, não é todo o dia que poremos fim à existência terrena de uma Deusa. E tu também, Evagore. – discursou ele virando-se para a maior. – Desfruta da situação e abra um sorriso nesta tua bela face.

 

 

Não muito convencida, Agave fechou a cara, reprovando as atitudes de Nérites. Por outro lado, parecendo satisfeita com o elogio do irmão, Evagore riu um pouco, o que acabou irritando a outra. Porém, sabendo que não iria adiantar nada apressar o jovem, elas se calaram e esperaram até que a pausa e a concentração dele se encerrassem.

 

 

Alguns minutos correram até que Nérites abaixasse o braço, fato que gerou uma respiração satisfeita de cada uma das irmãs. Assim, ele se virou para a vila, colocou uma mão na testa e apanhou uma pedra esverdeada que estava fixa na cintura. Em seguida, fechou os olhos e passou a se concentrar. A pedra brilhou três vezes, emitindo uma luz poderosíssima em uma delas.

 

 

– A luz dessas pedras revela a presença de dois indivíduos guerreiros. – disse Nérites para as duas irmãs, permanecendo com os olhos fechados. – Além disso, não é possível ignorar também a marcante aura de nossa adorada Atena.

 

 

– É irrisório pensar nos diminutos segundos que demorarão as próximas batalhas. – balbuciou Agave com um tom irônico.

 

 

– Não posso estimar nada da grandiosidade de seus poderes, mas não diferem muito dos que eu, em outra vida, eliminei. – gabou-se com uma voz lenta e calma. – Porém, esta situação em nada produzirá pedras que possam servir de obstáculos em meu caminho. Além disso, seria de grande prazer para mim desvendar qual a trama que eles prepararam desta vez.

 

 

– Não consigo captar teu raciocínio. Diante da tua presença, não há nada esperado para os cavaleiros que senão a morte certa. – relatou Evagore, dando uma risadinha logo depois.

 

 

– As tentativas vãs dos cavaleiros de tentar evitar a minha missão foram frequentes, mas todas inúteis. – explicou o jovem. – Assim que Atena passa para a forma carnal em um indivíduo, uma explosão cósmica é emanada imediatamente depois. Com suas profecias indicando aproximadamente o dia do nascimento, nosso querido progenitor, Nereu, prepara sempre tais artefatos proféticos para ativarem quando houver essa produção de poder gigantesco e divino. – discursou, erguendo a rocha. – No momento em que ele é lançado, as pedras de Nereu nos transportam instantaneamente para esse ambiente. Eles sabem disso, por isso nem tentam fugir com Atena. Em uma das vidas, desfrutei-me de grandes batalhas com vários cavaleiros de ouro. Em outra delas, eles foram completamente covardes e abandonaram a Deusa sozinha para eu eliminar.

 

 

– Gabas-te demais, irmão. – bufou Evagore.

 

 

– Todas as palavras que saem da minha boca refletem a mais pura verdade. – retrucou, mexendo em seus cabelos. – Por mais que eles interponham muros na minha frente, todos eles têm seu fim e o objetivo final é conquistado: a morte de Atena.

 

 

Evagore riu novamente, enquanto Agave fechou a cara, emburrada. Nérites, por sua vez, entregou a pedra de Nereu a Evagore e mandou-as se afastarem. Em seguida, balbuciou algumas palavras e moveu as mãos de um lado para o outro, elevando o cosmo a cada movimento.

 

 

Logo, uma espécie de gosma surgiu do chão e se ergueu para circundar toda a vila, até se fechar no céu, formando uma espécie de cúpula. Não tardou e o material gelatinoso se endureceu, gerando uma crosta rígida.

 

 

Cansado, Nérites abaixou os braços e respirou fundo. As duas irmãs, percebendo a situação, ergueram os braços para cima e emitiram uma rajada cósmica. Evagore produziu uma camada de corais sobre a crosta, enquanto Agave preencheu tudo com uma fina cobertura de safiras. Logo, a cúpula estava iluminada com as pedras, mantendo uma estrutura altamente rígida. Tendo ciência do dever cumprido, Nérites sorriu e olhou para as duas irmãs:

 

 

– Perfeito! O brilho destas pérolas ofuscará qualquer luz de esperança do panteão ateniense. Mas, para ter certeza disso…

 

 

Após completar a frase, Nérites ergueu os dois braços. Seu corpo todo estremeceu e uma rajada sonora foi lançada da mão. O ar se distorceu por onde a onda percorrera e o imenso barulho produzido pela perturbação destruiu toda a vida que estava na trajetória.

 

 

Não tardou e o golpe chegou à cúpula. A explosão do contato foi enorme, produzindo uma leve nuvem de poeira, decorrentes das pedras e conchas lançadas pelas duas mulheres.

 

 

A poeira não demorou a abaixar. Agave sentiu o coração disparar diante do poder lançado, enquanto Evagore manteve a postura, apenas olhando para cima. O guerreiro cruzou os braços e sorriu. A cúpula estava intacta, sem qualquer dano como arranhões ou buracos. A maioria das conchas e pedras preciosas estavam no mesmo lugar que antes. Satisfeito, ele novamente olhou para elas e aplaudiu o feito.

 

 

– Nenhum dano ou defeito amargura os meus olhos. – discursou Nérites, mexendo em seus cabelos longos e ondulados. – A alegria me toma e a certeza me cativa. Se essa magnânima energia emanada por mim não foi capaz sequer de causar um leve descompasso na estrutura, o que dirão as ofensivas dos guerreiros de Atena?

 

 

– Não querendo interromper este momento sublime de humildade da tua vida, meu irmão, mas não achas que tal demora nas ações possa ter acarretado num sucesso dos nossos inimigos? – indagou Agave, colocando as mãos no ombro de Nérites, balbuciando em tom irônico.

 

 

O belo guerreiro não deu bola às provocações. Apenas retirou calmamente o braço da irmã dos próprios ombros, apertou as mãos dela e sussurrou em sua orelha:

 

 

– O controle desta situação nunca fugiu às minhas mãos!

 

 

– A verdade que me bate é que não há mais nenhuma alma pairando por aqui. A fuga deles deve ter sido um sucesso.– resmungou ela empurrando o irmão.

 

 

– Fugir? – questionou Nérites rindo. – Por acaso uma estrela é capaz de se mover após uma supernova?

 

 

Agave cruzou os braços e nada respondeu. Evagore se aproximou dos dois e encarou Nérites, atenta à explicação.

 

 

– A vida de Atena a este mundo é sequenciada por uma explosão. – continuou Nérites. – Não é possível mover um Deus com truques ou telepatia. A locomoção só é possível a pé e numa velocidade aceitável, tendo em vista as condições humanas em que se encontra Atena, pobre e recém-nascida. E, se eles ousarem deixar essa linha de minha visão, eu os alcançaria sem cansar os pés.

 

 

– Se é esta a tua crença, que as palavras que saíram de minha boca sumam no ar para nunca mais serem lembradas. – reclamou Agave novamente.

 

 

– Concordo em partes, querido irmão, mas Agave pronunciou uma sabedoria correta. – defendeu Evagore, se metendo entre os dois. – O nosso dever sagrado conflui na extinção de Atena. Dessa maneira, a pressa pode até se comportar como uma inimiga, mas o excesso de paciência significará a nossa derrocada. A situação exige uma ação rápida.

 

 

– Parece que a diversão não toca o teu coração e nem um sorriso hei de arrancar de teus lábios, Agave. – discursou Nérites. – E tu Evagore, me desaponto que a impaciência de nossa irmã tenha contaminado tua ingênua personalidade. Mas então é isso! Render-me-ei a vossas exigências. Todavia, para isso, devei vos afastar para que eu possa delinear os traços finais desta missão.

 

 

As duas irmãs se viraram e foram para trás de Nérites. O belo guerreiro fechou os olhos e movimentou os dois braços para frente, apenas com os indicadores erguidos. Logo, uma grande energia começou a ser emanada do seu corpo e uma espécie de concha em espiral surgiu por detrás dele, com um brilho forte saindo da única abertura dela.

 

 

– RESPLANDECER SELENE! – exclamou.

 

 

Como os raios luminosos de uma lua, a abertura da concha reluziu e, em seguida, liberou uma forte energia devastadora. As duas irmãs contemplaram aquele brilho, enquanto o chão começou a tremer muito. Não demorou e a rajada acelerou sobre o vilarejo, devastando tudo o que tocara. A destruição se seguiu até o brilho da concha se encerrar e Nérites abaixar o braço.

 

 

Novamente, uma nuvem de poeira tomou conta do local. Cansada, Agave ergueu a coroa que carregava, girou-a em sentido horário e produziu uma rajada de vento, mandando toda a fumaça para as paredes da cúpula. Evagore olhou para a irmã e usou o galho de coral para reforçar a proteção. Nérites, por outro lado, apenas olhava para frente com os braços cruzados.

 

 

O templo central da vila estava intacto. A única coisa que ainda se sustentava em meio a tantos destroços. Evagore e Agave se viraram e observaram também, ficando um pouco assustadas. Não demorou e uma enorme cosmo-energia começou a ser emanada daquela edificação. Os três se aproximaram num impulso, enquanto o poder aumentou cada vez mais. Logo, uma imagem começou a se formar acima do templo. Eles arregalaram os olhos e engoliram a saliva.

 

 

– Essas feições só podem significar uma coisa! – comentou Evagore, um pouco nervosa. – Tal beleza só pode ser produzida por… Atena!

 

 

– Tais poderes indicam o que? – indagou Agave, recuando alguns passos.

 

 

– Parece que minha bela figura se desfrutará de uma emoção maior que as de outrora. – disse Nérites, não escondendo um sorriso no rosto. – Não sou nosso pai Nereu, mas prevejo que logo um desafio virá de encontro às nossas figuras.

 

 

O sorriso desapareceu do rosto de Nérites e suas expectativas se confirmaram. No minuto seguinte, a energia emanada pela casa cresceu assustadoramente e Agave gritou. Estava presa ao chão por uma espécie de planta que brotara do chão. O guerreiro gritou, mas não mais que ela, que sofria enquanto se estrangulava pelas vinhas da planta. Não tardou e uma explosão surgiu por debaixo da planta e Agave caiu no chão, aparentemente sem vida.

 

 

Os olhos de Evagore se congelaram ao ver aquela cena. Nérites correu até Agave e balançou a irmã, mas o óbito já estava confirmado. Irritado, ele apertou os dedos na palma e pronunciou umas palavras de ódio. A outra guerreira pôs a mão no coração e lágrimas começaram a cair pela sua face enquanto suspirava.

 

 

– Nem em todas as minhas vidas eu me acostumarei em ver partir alguém que tanto amo. – lamentou Nérites, se levantando. – Que as carcaças dos guerreiros de Atena apodreçam no mundo inferior.

 

 

– É verídica a ação de Atena? – questionou Evagore, tomada pelo medo. – Mas não disseste que ela se desfrutava apenas da forma de um bebê?

 

 

– Um Deus recém-nascido não está inapto de poderes divinos. – explicou Nérites, sem muita certeza. – Ou Atena está tomada pela fúria ou os seus seguidores conseguiram usar a cosmo energia dela para fins próprios.

 

 

O poder emanado pela mansão cresceu e Nérites olhou para ela. Vários animais começaram a surgir por de volta da edificação, deixando-o intrigado. Logo, Evagore soltou um grunhido ao ver que flores nasceram ao redor do corpo de Agave e a cobritam como se fosse um túmulo, absorvendo todo o sangue da irmã. Nérites continuou observando os seres que brotavam do templo e chamou a atenção de Evagore:

 

 

– Contempla, minha querida irmã, o que os teus olhos presenciam neste instante. Esta é a dádiva da criação.

 

 

– Dádiva ou perdição? Não importa! A única coisa que passa sobre o meu peito é que o fim da minha agonia só será adquirido quando eliminar esse truque. – afirmou Evagore, chorosa. – RAJADA DE CONCHAS!

 

 

Ela empunhou o galho de coral para frente e várias conchas foram produzidas, indo em direção ao templo. Percebendo que não o afetava quase nada, a guerreira continuou atacando incessantemente até que o portão de entrada se arrebentasse. Ela sorriu com o sucesso, mas a felicidade desapareceu quando uma poderosa energia foi lançada do vão da porta, atingindo o seu peito, destroçando a armadura e perfurando o coração.

 

 

Nérites gritou e foi ao encontro da irmã, que também estava morta. Ao perceber a perda, ele gritou e socou o chão, abrindo um enorme buraco. Em seguida, lançou uma energia em direção à entrada, mas esta foi dissipada instantaneamente por uma barreira invisível. As lágrimas de ódio não paravam de cair, até que duas figuras saíram de dentro do templo.

 

 

A primeira pertencia a um homem ruivo com uma longa cabeleira avermelhada que se estendia até os cotovelos, com fios grossos e longos. Tinha olhos azuis claros, contrastando com uma sobrancelhas e uma camada de cílios densos, ambos ruivos como os cabelos. O nariz era grosso e prejudicava um pouco o equilíbrio do rosto. Era alto, com um corpo levemente musculoso, mas com traços escondidos por uma brilhante armadura dourada que se complementava com uma longa capa e uma tiara em sua testa.

 

 

Do seu lado, estava uma figura baixa, vestindo um longo manto branco e um capacete dourado. Seu pescoço estava rodeado por um longo colar e, nos braços, segurava um bebê que mexia os membros de um lado para o outro. Nérites olhou diretamente para aquela pequena criatura e sorriu. O cosmo emanado era algo esplêndido, digno de um Deus.

 

 

– Então, vós não fostes tomados pelo temor de minha presença e resolveram ficar aqui para me enfrentar? – gabou-se Nérites, mexendo nos cabelos. – Esse ato de bravura permanecerá durante séculos, o sacrifício que farais hoje também.

 

 

– Ninguém fará sacrifício nenhum, seu narcisista irritante. – resmungou o guerreiro ruivo com uma voz grossa, apontando o dedo para ele. – O único que morrerá aqui hoje serás tu!

 

 

– Fica calmo! – pediu a figura de manto branco ao guerreiro. – Acho que não deves lutar!

 

 

– Isso já ficou decidido, agora não tem mais volta. – respondeu. – Eu vou por esse protótipo de criatura no lugar em que ele merece.

 

 

– Tamanha coragem só é equilibrada pela ousadia e pela falta de inteligência. – gabou-se Nérites, olhando para ambos. – Mas não vos culpo, é assim que todos ficam ao contemplar a minha imagem. Sou a perfeição encarnada e meu corpo se desfruta da máxima qualidade estética e da capacidade de poder. Em suma, sou um Deus!

 

 

Os dois defensores de Atena não falaram nada. Apenas olharam para Nérites. O homem ruivo fez uma expressão de reprovação e uma cara de enjoo com tanto narcisismo e ousadia. O filho de Nereu, por outro lado, parecia que ficava cada vez mais satisfeito à medida que massageava seu ego.

 

 

– Estou louco, ou um abutre arrancou vossas gargantas? – provocou Nérites. – Não vos culpo de estarem impressionados. Minha beleza e força cativa as mais belas criaturas do Olimpo. Eu sou o único filho homem de Nereu e Dóris. Do amálgama entre um Deus marinho e uma das filhas do titã Oceano, não poderia nascer algo distorcido. Foi assim com as minhas cinquenta irmãs, as Nereidas, todas ninfas do mar, belíssimas e dotadas de um grande poder. Mas comigo, os deuses me presentearam com mais, só eu desfruto de tamanha energia e beleza. Assim eu…

 

 

– CALA A BOCA! – proferiu o guerreiro dourado. – CÁPSULA DO PODER!

 

 

Ele ergueu o braço para frente e produziu uma forte energia em forma de uma esfera dourada resplandecente, que seguiu em grande velocidade em direção a Nérites. Contudo, antes que fosse atingido, o guerreiro marinho apenas ergueu o dedo, paralisando a esfera e impedindo o avanço do cavaleiro de ouro, que não conseguia mover o punho direito para frente.

 

 

– Interessante! – proclamou Nérites. – Concentras toda a energia de teu interior no punho, tornando-o como uma esfera de luz capaz de despedaçar qualquer humano comum com um poderoso soco. Estou deveras impressionado.

 

 

– Maldito! – resmungou.

 

 

Antes que o adversário pudesse reagir, Nérites avançou o dedo para frente, empurrando o punho do dourado, que sofria com o esforço e com a dor. Os olhos do guerreiro ateniense se fechavam, enquanto ele grunhia palavras e tentava conter a força adversária.

Logo, Nérites deferiu um soco no peito do oponente, arrastando-o para trás. Vendo de longe, a figura com um longo manto deu alguns passos em direção ao companheiro, mas foi impedida com um grito dele:

 

 

– NÃO TE APROXIMES! – pediu o guerreiro, se levantando em seguida. – Mestre, deixa que eu cuido dele que tu deves cuidar de Atena.

 

 

A figura parou e recuou um pouco, enquanto Nérites sorriu, olhando para ela.

 

 

– Ora, ora, ora. O coelho saiu da toca. – comentou o soldado marinho. – Parece que finalmente me deleito com tão formidável presença. Depois de mil anos finalmente te conheci, Grande Mestre. Teus sonhos devem ser pesadelos horríveis comigo conforme este dia se aproxima.

 

 

– SAI DAQUI LOGO! – gritou o guerreiro dourado.

 

 

– Que tamanha impertinência. – disse Nérites, com uma expressão desapontada com aquelas palavras. – Essa textura de armadura, esse formato e o golpe que deferiste me revelam que deves ser o cavaleiro de Leão, ou estou enganado?

 

 

O dourado olhou para ele e bufou. Tentando esquecer as atitudes odiosas de Nérites, ele respondeu:

 

 

– Sim, sou o cavaleiro de ouro de Leão. Meu nome é Ras.

 

 

– Sempre é um prazer para Nérites estar de frente a um guerreiro desse porte. Mesmo pequena, Atena deve se banhar de orgulho com tão valorosos defensores, que entregam a vida, mesmo sabendo da morte iminente.

 

 

– Tu és deplorável. Para de falar! – rosnou Ras, tentando desferir-lhe um soco. O soldado marinho, porém, deu um salto, desviando do ataque. Em seguida, desceu levemente até ficar atrás do leonino e revidar com uma pancada.

 

 

Sentindo o ataque, Ras foi arremessado para longe e esbarrou na cúpula. Furioso e espantado, ele se levantou, limpou o sangue nos lábios e encarou Nérites, que sorria abertamente, passando a mão nos próprios cabelos.

 

 

– Que velocidade! – lamentou Ras, se aproximando novamente do campo de batalha.

 

 

– Se esperas lutar vagarosamente, deveria enfrentar lesmas e não um Deus! – gabou-se Nérites, pigarreando risos depois.

 

 

Irritado, Ras apertou o dedo entre as mãos e concentrou uma grande quantidade de cosmo. Sua expressão estava fechada, contrastando com os ferimentos e arranhões no rosto.

 

 

– Não posso me abater agora. Preciso de te vencer para cumprir a minha missão. – afirmou Ras seriamente. – Te dizes rápido, mas verás o que é velocidade de verdade. RELÂMPAGO DE PLASMA!

 

 

Ras apontou o braço para frente e lançou vários socos no ar na velocidade da luz, formando feixes luminosos. Sem aparentar uma expressão preocupada. Nérites se movimentou rapidamente e, como se desaparecesse e reaparecesse, conseguiu se esquivar de todos os ataques, parando com os braços cruzados. Em seguida, Ras arregalou os olhos e respirou alto.

 

 

– O medo está gelando tua espinha, cavaleiro? – indagou Nérites.

 

 

– Meus golpes foram na velocidade da luz. – resmungou Ras olhando para as próprias mãos. – É impossível desviar deles dessa maneira. No máximo daria para bloqueá-los!

 

 

– Tais conceitos de velocidade limite são verídicos, mas o entendimento de suas consequências pode ser complexo de mais para uma mente mortal, mesmo sendo amplamente simplório diante de um Deus. – discursou Nérites, deixando Ras irritado. – A velocidade da luz é o limite, mas o seu domínio permite a criação de dobras e fendas no espaço e tempo, dando margens a minha ofensiva e assegurando a minha vitória.

 

 

– Maldito!

 

 

– Agora verás como um Deus gera uma distorção no mundo material. BOMBA SÔNICA!

 

 

Nérites postou os dois braços para frente e ficou sério. Uma aura de cosmo energia surgiu ao redor, aumentando de intensidade rapidamente. Sua capa balançou e seu corpo todo estremeceu. Em seguida, uma rajada sônica foi produzida e, com uma velocidade incrível, seguiu em direção a Ras, devastando tudo no caminho com a forte vibração e com a intensidade sonora.

 

 

Porém, antes que pudesse receber o golpe, Ras desviou para o lado e a rajada atingiu a crosta. Aproveitando-se do momento, o leonino pulou e lançou uma energia no adversário, que, rapidamente, abandonou a postura de ataque e ergueu as duas mãos para se defender.

 

 

A pressão do choque foi imensa, arrastando Nérites alguns metros para trás, mas sem nenhum dano físico. Percebendo a nulidade do próprio ataque, Ras respirou fundo, demonstrando uma expressão desapontada. O soldado marinho, por outro lado, sorriu satisfeito e aplaudiu a situação.

 

 

– Não imaginava tal ousadia e inteligência de um cavaleiro de ouro. – comentou Nérites. – Fazia tempo que minhas mãos não recebiam um ataque de tal nível. Sente-te honrado por ter conseguido produzir arranhões na minha resistente proteção. Teu sacrifício já terá muito mais valor agora.

 

 

O leonino bufou mais uma vez, parecia não aguentar ouvir mais as palavras daquele guerreiro.

 

 

– Tu só sabes falar, mas não fazes nada. Como é que consegues aguentar ouvir a própria voz? – indagou o dourado. – Eu jamais servirei de sacrifício para um arrogante que nem tu. RELÂMPAGO DE PLASMA!

 

 

Ras lançou mais uma vez seu ataque, produzindo um feixe de socos na velocidade da luz. Como antes, Nérites simplesmente se moveu rapidamente e conseguiu se esquivar de todos os ataques. O leonino apertou os dedos na palma da mão, sendo tomado pela fúria, enquanto Nérites esboçou uma expressão de decepção.

 

 

– Meus olhos terão que assistir a tu martelando no mesmo erro em mais quantas oportunidades? – indagou Nérites, com uma expressão séria.

 

 

– Te gabas de seres um Deus, mas estamos lutando de igual para igual.

 

 

– A igualdade não é uma palavra apropriada para a descrição deste combate!

 

 

– Não conseguiste produzir quase nenhum dano físico em mim. – explicou Ras, mostrando seu punho para frente. – Se continuarmos lutando assim, não conseguirás me vencer e nem cumprir teu objetivo.

 

 

– Talvez haja alguma verdade nas tuas palavras. – disse Nérites, mas Ras não se convenceu, pois viu um leve sorrido estampado nos lábios do adversário. – Então, quem sabe uma vantagem deva ser direcionada para tirar essa expressão convencida de teus olhos.

 

 

Ras não retrucou, apenas ficou atento a cada atitude de Nérites, que começou a mover as mãos de um lado para o outro. Não entendendo, o leonino postou os braços para frente em posição de combate, esperando algum golpe.

 

 

De repente, o dourado sentiu um puxão nos pés. Seus olhos se arregalaram ao ver uma espécie de gosma subindo pelas pernas. Tentando fazer alguma coisa, ele lançou uma energia para tentar destruir aquela massa, mas foi em vão. Não tardou e a estrutura se endureceu. Ras tentou se mover, mas não sentia mais a perna. Em desespero, mandou outro ataque, mas o resultado não mudou.

 

 

– Como é doce a ironia do mundo. – comentou Nérites, rindo. – O feroz leão em uma arapuca de um molusco como eu. Considera isso como a “Crosta Visceral”. É uma grossa casca com uma resistência sem tamanho. Nem qualquer truque que emitas será capaz de afetar sua estrutura.

 

 

– Como assim molusco? – resmungou Ras ainda tentando destruir a casca.

 

 

– Uma história relevante de mais para ouvidos mortais merecerem ouvir. – respondeu o guerreiro marinho – Mas não importa. Agora meus olhos irão saborear a queda de um leão indefeso. BOMBA SÔNICA!

 

 

Nérites postou novamente os dois braços para frente e produziu a rajada sônica. Tentando se defender, Ras lançou golpes rápidos, mas não conseguiu impedir o avanço da onda, que seguia rapidamente.

 

 

O ataque o atingiu em cheio. A devastação foi pior que imaginava. Todo o corpo vibrou, enquanto o cérebro quase explodiu com a intensidade sonora produzida. A crosta, por outro lado, permanecia intacta. Nérites saboreava o momento, continuando com os braços para frente para lançar a rajada.

 

 

Cessada a pressão, o soldado marinho abaixou os braços e respirou fundo. Ras estava estático, como se o golpe lhe tivesse tirado a capacidade de se mover, de pensar ou de fazer qualquer outra coisa. Percebendo que o oponente estava inapto, Nérites o ignorou e voltou a encarar a figura com o bebê e o cosmo magnânimo que ainda continuava a ser emitido.

 

 

Assim, ele avançou em direção a eles. No entanto, um grunhido foi ouvido logo atrás dele. Seu queixo caiu ao ver que Ras ainda se mexia e postava os braços para lutar.

 

 

– Eu já falei que tu não vais me vencer. Se houver um vencedor, serei eu. – afirmou Ras, ainda com o corpo todo tremendo.

 

 

– Meus lábios querem dizer o quão idiota é essa tua atitude, mas meus olhos não conseguem esconder um encantamento por tal determinação. – comentou Nérites, sorrindo, parecendo satisfeito. – Entretanto, não quero mais que sangue seja derramado.

 

 

– Se algum sangue será derramado hoje, será o teu, Nérites!

 

 

Ras concentrou toda a energia e elevou o cosmo. Uma grande pressão foi produzida e o leonino ergueu as pernas, tirando tufos de terra do chão. Em seguida, ergueu os braços para baixo e destruiu toda a terra, ficando de pé, com a gosma cobrindo a armadura, mas não impedindo a mobilidade. Nérites observou o espetáculo e aplaudiu mais uma vez.

 

 

– Quero te agradecer por me proporcionar um grande momento como esse. – sorriu Nérites. – Ver a capacidade de um homem nos momentos precedentes ao óbito certo é certamente satisfatório.

 

 

– Sinceramente, eu não aguento mais te ouvir. Não suporto gente que não para de falar e se vangloriar. Porém, essa irritação se transformará em alegria após a tua morte. RELÂMPAGO DE PLASMA!

 

 

O leonino produziu mais uma vez a rajada de socos formando feixes de luz. Sem se preocupar, Nérites voltou a se mover para se desviar dos ataques. Ras respirou cansado e decepcionado com mais uma tentativa em vão. O soldado marinho, porém, esboçou uma expressão séria e colocou a mão no braço. Ras observou o adversário, que agora tinha uma marca roxa no local.

 

 

– Eu consegui acertar um golpe! – comemorou Ras, erguendo o braço.

 

 

– Não há limites para a determinação de um cavaleiro de Atena. – lamentou Nérites. – Todavia, quero que saibas que tal ferimento em um Deus é um sacrilégio imperdoável.

 

 

– Tu não entendes, jamais entenderá porque só lutas por ti. Já nós temos um bom motivo para combater. E agora eu te vencerei. RELÂMPAGO DE PLASMA!

 

 

– A certeza de uma vitória impossível é ainda pior do que a aceitação da derrota. CROSTA VISCERAL!

 

 

Com golpes na velocidade da luz, Ras soqueou o ar, gerando incontáveis feixes luminosos. Preparado, Nérites moveu as mãos e produziu a gosma, elevando-a a ponto de formar uma barreira que se despedaçou com cada ataque do leonino, mas foi o suficiente para proteger o seu autor.

 

 

Um pouco insatisfeito, Ras olhou para as mãos. Estavam cobertas pela gosma. Indiferente a isso, Nérites postou mais uma vez os braços para frente e lançou a rajada sônica. Ras tentou desviar, mas a gosma nos pés o impediram de se movimentar rapidamente. A pressão dessa vez pareceu maior e o leonino caiu no chão, praticamente desacordado.

 

 

Nérites olhou o adversário e cruzou os braços. Sua expressão estava séria e impaciente.

 

 

– A morte não te buscou como deveria! – afirmou o soldado atlante. – Meus olhos ainda te verão te levantares e me enfrentares.

 

 

Confirmando as suspeitas de Nérites, Ras colocou as mãos no chão, se apoiou e se ergueu. O rosto do cavaleiro estava cheio de ferimentos, com arranhões e cortes. A visão estava prejudicada, com uma impossibilidade de abrir o olho esquerdo. Os braços, no entanto, estavam para frente, como se ele estivesse esperando uma ofensiva do adversário.

 

 

– Tua determinação é admirável. – confirmou Nérites. – E agora que abandonaste tua posição indefesa, eu posso atacar-te sem piedade. BOMBA SÔNICA!

 

 

– UIVO DA FERA SELVAGEM!

 

 

Com os braços para frente, Nérites produziu a rajada sonora. Contudo, antes que pudesse atingir Ras, o leonino juntou as duas mãos, cruzou os dedos e as avançou para frente. Uma forte pressão de ar e som foi produzida, como um rugido de Leão.

 

 

Logo, a onda sonora do atlante seguiu a mudança de rumo do ar e se desviou de volta para Nérites. Sentindo todo o próprio poder, o guerreiro marinho paralisou, urrando de dor, enquanto Ras avançou para golpeá-lo, arrastando-o a metros de distância.

 

 

Sem perder a empolgação, Ras partiu novamente para a ofensiva, recuando o punho e se preparando para golpeá-lo. Porém, o soco foi paralisado pela mão do atlante.

 

 

– Seus atos inteligentes enchem meu peito de satisfação por poder me deliciar com luta de tal nível. – sorriu Nérites, ainda segurando a mão de Ras. – Mas somente um vencedor poderá sair dessa batalha e não será um mero mortal como tu.

 

 

Largando a mão, Nérites segurou o braço de Ras, o entortou para o lado, quebrando o membro do cavaleiro, que gemeu de dor. Em seguida, soqueou a barriga e produziu a rajada sônica diretamente.

 

 

A pressão foi incrível e Ras ficou sem ação. Apenas caiu, aparentemente morto. Tentava se mexer, mas mal conseguia raciocinar. Os ossos estavam quebrados e o cérebro explodia de lamentações. Nérites sentia o cosmo do dourado diminuir a cada instante e ficou satisfeito, abrindo um sorriso nos lábios. A vitória estava aparentemente assegurada.

 

 

No entanto, uma forte energia cósmica foi emanada. Nérites se virou para o templo e viu a imagem de Atena por detrás da entidade e do bebê. Era o mesmo poder emanado pelo templo, que havia assassinado Agave. Não tardou e um raio cósmico foi lançado a partir da figura da Deusa e se encontrou com o cavaleiro de Leão. As forças de Ras cresceram rapidamente, chegando a níveis nunca vistos antes pelo atlante.

 

 

Logo, o cavaleiro se levantou. Estava brilhando e com a energia crescendo sem limites. Nérites recuou e, pela primeira vez, demonstrou um grau de preocupação. Os ferimentos do leonino desapareciam enquanto ele postava os braços para frente e se preparava para voltar à batalha.

 

 

– Esse poder é capaz de impressionar até as divindades olimpianas. – comentou Nérites. – Será que a energia de Atena está deixando teu cosmo tão poderoso quanto o de um Deus como eu?

 

 

– Essa é a essência de um cavaleiro de Atena, Nérites. Como eu falei antes, jamais serás capaz de entendê-la. – exclamou Ras. – PENITÊNCIA IMPERIAL!

 

 

Uma explosão aconteceu a partir de Ras e, como se um leão tivesse mandado toda a energia para punir um servo insolente, Nérites recebeu todo o poder cósmico, sem conseguir se defender. O soldado atlante caiu e sofreu com o golpe, enquanto o cosmo do leonino somente aumentava. Percebendo que o adversário estava sem ações, Ras lançou novamente seus feixes de luz, empurrando Nérites mais uma vez para trás.

 

 

Entretanto, não demorou e ele se levantou. Estava recheado de machucados e não se movia direito. Ras continuava aumentando o poder e já se concentrava para lançar o golpe poderoso novamente.

 

 

– PENITÊNCIA IMPERIAL! – gritou Ras, praticamente sem pensar.

 

 

– A tua insolência será punida agora. RESPLANDECER SELENE!

 

 

Os dois guerreiros lançaram os golpes um ao outro e ambos se chocaram, ficando contidos no centro, sem pender para lado nenhum. Ras aumentava a potência, enquanto Nérites se concentrava.

 

 

– O teu poder é abastecido por um Deus. Não tem comparação com a força gerada por uma deidade de verdade. AGORA MORRA!

 

 

A energia emanada por Nérites aumentou assustadoramente e sobrepujou a de Ras. Logo, a diferença dos dois golpes atingiu o cavaleiro de Leão, que sentiu toda a pressão, e caiu no chão. Nérites limpou o suor dos lábios e ficou olhando com uma respiração cansada, esperando alguma reação de Ras.

 

 

Percebendo a seriedade da situação, a figura da porta, com seu longo manto, correu em direção ao companheiro, com o bebê no colo e tentou reanimá-lo, mas foi em vão. Ras estava morto e sem ações.

 

 

Como uma explosão de ódio, o cosmo da figura explodiu, produzindo uma energia incrível. Nérites olhou atento e ficou intrigado.

 

 

– NÉRITES! Eu cansei de ver meus amigos morrerem. Dessa vez eu vou lutar contra ti.

 

 

-----------------------------------------------------------------------------------

Então povo, aqui está o primeiro capítulo do segundo conto. Talvez tenha perdido um pouco o ritmo das descrições, mas ele não tinha esse objetivo. E perdão aos leoninos por matar o cavaleiro de Leão de primeira. Mas... alguém tinha que fazer esse papel.

Falou.

 

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PRÓLOGO Um vulto surgiu no horizonte e logo se revelou. Era um homem que caminhava pelas ruas lentamente, trajando um longo manto esbranquiçado, que balançava com o vento e com cada passo dado. O dia

Eu li e reli várias vezes o mesmo post e nem percebi o erro. uahsuhaushauhsua sorry, é Propos!

Como prometido, cá estou para comentar esta excelente fic! Sei que você gosta de comentar capítulo a capítulo nas outras fics, mas eu quando inicio alguma já relativamente avançada, opto por fazer u

Capitulo lido!!!

 

Tenho nem o que falar mais né rsrsrs!!! escrita ótima o texto é grande más muito atrativo quanto mais leio, mais da vontade de continuar lendo sem parar, sua fic está otima parabéns mesmo !!!

 

Que luta, por um momento acreditei que o leonino sairia vencedor do combate quando ele recebeu o poder da atena más fui surpreendido pois nérites é um cara com um poder esmagador, gostei bastante. Agora o mestre entrara em ação??? será que ele vai derrotar o nérites??? estou muito ancioso para o proximo capitulo !!! abrass

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Capitulo lido!!!

 

Tenho nem o que falar mais né rsrsrs!!! escrita ótima o texto é grande más muito atrativo quanto mais leio, mais da vontade de continuar lendo sem parar, sua fic está otima parabéns mesmo !!!

 

Que luta, por um momento acreditei que o leonino sairia vencedor do combate quando ele recebeu o poder da atena más fui surpreendido pois nérites é um cara com um poder esmagador, gostei bastante. Agora o mestre entrara em ação??? será que ele vai derrotar o nérites??? estou muito ancioso para o proximo capitulo !!! abrass

 

 

Bom dia! Valeu pelos elogios e que bom que, mesmo o texto sendo grande, ainda tens empolgação para ler!

:

Sim, a luta foi equilibrada, mas não deu pro Ras, ele não conseguiu sobrepujar o poder de Nérites, pois, como o nosso querido e arrogante altante disse: "Seu poder é abastecido por um deus não é o bastante para o produzido por um deus como eu". Até onde isso é verdade eu não sei, mas pelo menos Nérites provou na prática que estava certo.

 

Quanto ao mestre? São boas perguntas! Estou ansioso também para saber como tudo se delineará, será que o mestre finalmente sairá do limbo após 1000 anos e enfrentará Nérites? Vamos descobrir ou não segunda que vem.

 

Valeu pela presença, comentários e estou arguardando a continuação da tua fic também!

 

ABração.

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Capítulo lido.

 

Seu tamanho foi excelente, descrevendo muitas das situações, ações, ambientes e reviravoltas que um só capítulo sofreu.

 

Neférites é um arquétipo de narcisismo assumido e também um perfeito exemplo disso, foi uma pena que suas irmãs tenham morrido tão depressa, mas uma guerra é feita de perdas.

 

Achei o teu Cavaleiro de Leão muito interessante, valoroso, consciente e altruísta, o oposto do Nérites.

 

Excelente capítulo, os meus parabéns mais uma vez.

 

Continua assim que está a ser um sucesso.

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Capítulo lido.

 

Seu tamanho foi excelente, descrevendo muitas das situações, ações, ambientes e reviravoltas que um só capítulo sofreu.

 

Neférites é um arquétipo de narcisismo assumido e também um perfeito exemplo disso, foi uma pena que suas irmãs tenham morrido tão depressa, mas uma guerra é feita de perdas.

 

Achei o teu Cavaleiro de Leão muito interessante, valoroso, consciente e altruísta, o oposto do Nérites.

 

Excelente capítulo, os meus parabéns mais uma vez.

 

Continua assim que está a ser um sucesso.

Oláá!

 

Sim, o tamanho refletiu a intensidade dos acontecimentos, desde a invasão de Nérites até o confronto do mesmo com o cavaleiro de Leão, que se findou nesse capítulo.

 

Exatamente, Nérites é um narcisista ao extremo, principalmente por ele ter sido considerado um dos mais belos da Era Mitológica, fora o seu poder descomunal. Sim, suas irmãs morreram depressa e inexperadamente, mas cumpriram a função de reforçar a cúpula. AInda restam 48 Nereidas e, pela quantidade, é bem capaz de incomodarem o exército de Atena. Uma suposição apenas.

 

Ras é um cavaleiro nobre, com um pavio um pouco curto, como pode ser percebido. Pena que ele durou tão pouco, mas como eu falei nos comentários, alguém teria que ter ficado para enfrentar Nérites e, acabou sendo o cavaleiro de Leão. Estava torcendo para que ele vencesse o atlante, mas mesmo com sua força abastecida, ele não foi capaz de destroçar o oponente. Fazer o quê? Agora é esperar para ver a sequência da situação.

 

Por fim, obrigado pelos elogios ao capítulo, achava que ele iria perder um pouco o ritmo, mas fico feliz que gostaste. Os próximos serão melhores, acredito eu.

 

Abração!

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Excelente capítulo!

 

A começar pelo trio, Nérites, Agave e Evagore. É um grupo com personalidades bem delineadas e de certo modo, interessante. Eu curti todos os integrantes dali, cada um a seu modo. As técnicas das garotas foram bem trabalhadas e eu curti seu funcionamento. Gostei de utilizar alguns termos como "conchas" como nome de técnicas, passa um feeling bem de "Guerreiro Marinho".

 

Continuando, foi Atena que matou Agave, ou foi uma ilusão do Grande Mestre? Achei curiosa a morte de ambas porque foi bem repleta de mistérios. Curti isso. Quanto ao Nérites, é um cara muito narcicista e arrogante. Ao mesmo tempo em que eu curti o jeitão dele tranquilo de ser, eu me sentia na vontade de voar na tela do computador e socá-lo até a morte junto com o Leão.

 

Falando no Leão, achei que toda a condução da luta foi muito bem trabalhada. Deu pra ver que Ras tentava a todo custo se manter firme e tentava também utilizar-se de estratégias de combate para surpreender o Deus. O problema é que o oponente é realmente poderoso e não o deu tantas chances. E é nesse ponto aqui que quero contar algo.

 

Se não fosse o spoiler que tinha no fim do capítulo, eu tinha realmente acreditado que Ras iria vencer Nérites. Sério, quando ele foi auxiliado por Atena, eu pensei que ele realmente fosse derrotar a divindade. Porém, por culpa minha e sua eu já sabia do resultado do combate. -_-

 

Mas de qualquer forma, ansioso pelo Grande Mestre tirar essa prepotência toda do Nérites e no aguardo da aparição dos outros Comandantes e talvez os Generais. Abraço!

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Excelente capítulo!

 

A começar pelo trio, Nérites, Agave e Evagore. É um grupo com personalidades bem delineadas e de certo modo, interessante. Eu curti todos os integrantes dali, cada um a seu modo. As técnicas das garotas foram bem trabalhadas e eu curti seu funcionamento. Gostei de utilizar alguns termos como "conchas" como nome de técnicas, passa um feeling bem de "Guerreiro Marinho".

 

Continuando, foi Atena que matou Agave, ou foi uma ilusão do Grande Mestre? Achei curiosa a morte de ambas porque foi bem repleta de mistérios. Curti isso. Quanto ao Nérites, é um cara muito narcicista e arrogante. Ao mesmo tempo em que eu curti o jeitão dele tranquilo de ser, eu me sentia na vontade de voar na tela do computador e socá-lo até a morte junto com o Leão.

 

Falando no Leão, achei que toda a condução da luta foi muito bem trabalhada. Deu pra ver que Ras tentava a todo custo se manter firme e tentava também utilizar-se de estratégias de combate para surpreender o Deus. O problema é que o oponente é realmente poderoso e não o deu tantas chances. E é nesse ponto aqui que quero contar algo.

 

Se não fosse o spoiler que tinha no fim do capítulo, eu tinha realmente acreditado que Ras iria vencer Nérites. Sério, quando ele foi auxiliado por Atena, eu pensei que ele realmente fosse derrotar a divindade. Porém, por culpa minha e sua eu já sabia do resultado do combate. -_-

 

Mas de qualquer forma, ansioso pelo Grande Mestre tirar essa prepotência toda do Nérites e no aguardo da aparição dos outros Comandantes e talvez os Generais. Abraço!

 

Sim, foi um grupo distinto, mas todos adoram falar bonito. kk. Que bom que curtiste os integrantes e pena que dois deles já eram. E sim, o golpe foi bem para exaltar isso, principalmente porque a nereida em si usa um galho de coral.

 

Pois então, não sei. O que me pareceu foi que ela morreu pelo ataque de plantas. Será que isso indica alguma coisa? A morte de ambas foi rápida mesmo e do nada, me surpreendi até. O que será que pode ter causado de fato?

 

Quanto a Nérites, eu confesso que muitas vezes também tenho vontade de soqueá-lo, mas eu apanharia muito se o tentasse.

 

A luta achava que o povo não ia gostar, mas que bom que consegui manter o ritmo. Ras se esforçou ao máximo e é por isso que eu fiquei com pena do pouco destaque que ele teve. Os leoninos quererão me bater por isso. Mas como eu falei, alguém teria que morrer não é mesmo? E por que não o Leão? Nada a ver com o Avaí! kkkkk

 

E po, que lixo que o spoiller acabou com a tua supresa. A próxima vez não cairei nesse truque.

 

Eu também estou ansioso, espero que haja uma grande luta. Aguarde comandantes, generais e nereidas também (restam 48).

 

Abração e falo!

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Nikos,

 

Achei a leitura do início do capítulo bastante cansativa. Talvez pelas palavras rebuscadas que empregastes ou pela quantidade de informações e descrições que foi passada ao leitor... Fiquei com esse sentimento.

 

Senti falta de uma descrição mais detalhada dos trajes que eram usados. Pelo menos citar alguma característica mais marcante de cada um. Eles eram todos iguais?

 

Tratando do capítulo em si, o que mais me surpreendeu foi a rapidez com que ocorreram as mortes. Esperava que Agave e Evagore tivessem um papel mais ativo... Mas surpresas são sempre bem vindas!

 

Sobre o combate, bem, para falar a verdade eu senti que tanto os diálogos quanto as ações soaram meio repetitivos. As palavras mudaram, mas a essência da conversa me pareceu não mudar e isso aliado ao já característico tamanho do capítulo ajudou a tornar a leitura cansativa novamente.

 

Não sei por que, mas a descrição do cavaleiro de leão me lembrou o cavaleiro de prata de lótus... Talvez pelo narigão, hehe.

 

Por fim, mais uma surpresa. Ran morre! Achei (como todo mundo) que, após o auxilio de Atena ele triunfaria. Me enganei.

 

Agora é esperar pela luta que se inicia.

 

Continue com o excelente trabalho e até a próxima!

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Nikos,

 

Achei a leitura do início do capítulo bastante cansativa. Talvez pelas palavras rebuscadas que empregastes ou pela quantidade de informações e descrições que foi passada ao leitor... Fiquei com esse sentimento.

 

Senti falta de uma descrição mais detalhada dos trajes que eram usados. Pelo menos citar alguma característica mais marcante de cada um. Eles eram todos iguais?

 

Tratando do capítulo em si, o que mais me surpreendeu foi a rapidez com que ocorreram as mortes. Esperava que Agave e Evagore tivessem um papel mais ativo... Mas surpresas são sempre bem vindas!

 

Sobre o combate, bem, para falar a verdade eu senti que tanto os diálogos quanto as ações soaram meio repetitivos. As palavras mudaram, mas a essência da conversa me pareceu não mudar e isso aliado ao já característico tamanho do capítulo ajudou a tornar a leitura cansativa novamente.

 

Não sei por que, mas a descrição do cavaleiro de leão me lembrou o cavaleiro de prata de lótus... Talvez pelo narigão, hehe.

 

Por fim, mais uma surpresa. Ran morre! Achei (como todo mundo) que, após o auxilio de Atena ele triunfaria. Me enganei.

 

Agora é esperar pela luta que se inicia.

 

Continue com o excelente trabalho e até a próxima!

 

Olá, então, respondendo as críticas, acho que o grande culpado é o Nérites que fala bem rebuscado mesmo, tal como as nereidas. E, justamente por causa disso que os diálogos foram um pouco repetitivos. Nérites parece que tem a necessidade de se autoproclamar um deus e por isso fica repetindo isso toda a hora. Claro que eu também tenho uma parcela ao criar um personagem assim, não imaginava que o deixaria tão repetitivo e cansativbo, é algo para se pensar. Se isso voltar a se repetir com outros personagens, peço novamente um toque.

 

Quanto às descrições do traje. Eu confesso abruptamente que esse é o meu ponto fraco, eu não sei descrevê-los muito bem. Talvez os únicos que eu detalhei com muita precisão foram

quando chegar lá vocês saberão

.

Falando das mortes... isso é uma guerra. Há soldados que morrem mais facilmente com os outros. Evagore e Agave sucumbiram ao poder e pereceram. Fazer o que.

Sim, agora é esperar, aguardarei contigo.

 

ABração e obrigado pelas críticas. Continue aqui.

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Ficha dos Personagens: Capítulo 5


 

Agora adentramos em um outro conto. Não vou me ater muito aos personagens antigos, só os que apareceram agora! Se por acaso no capítulo 6 surgir um antigo, é só vocês dar uma olhada nas fichas anteriores! Faço isso para não dar spoillers.

Agora esta aí, com direito às escamas de Nérites e das nereidas, já que me pediram.


Ras de Leão: A serenidade não é marca deste ilustre cavaleiro de ouro. Contudo, mesmo demonstrando uma certa irritabilidade, ele não deixa de tentar cumprir o seu dever, sendo recheado por uma grande determinação, digna de um soldado de sua patente. Sua aparência não é a das melhores, tendo uma longa cabeleira ruiva, com fios grossos e longos, contrastanto com suas sobrancelhas e cílio densos da mesma cor. Seus olhos eram azuis claros, sendo prejudicados por um nariz redondo e grande. Sua altura é considerável, contribuindo ainda mais para a sua imponência. Enfrentrou Nérites, mas não conseguiu derrotá-lo. Mesmo após receber um grande poder, acabou sucumbindo às forças do filho de Nereu, perecendo no chão.

 

Grande Mestre: Uma figura baixa, vestindo um manto branco e um capacete que oculta suas feições. Sobrevivente da última guerra santa perdida, ele comanda os cavaleiros desde então, mas jamais conseguiu fazer nada, pois Atena sempre morre no berço. É determinado e, nessa época, parece estar disposto finalmente a compensar os erros do passado. Para isso, anunciou que irá impedir a todo custo que Nérites conclua seus objetivos.

 

Nérites: A perfeição estética, moral e combativa. Tais adjetivos ainda são poucos comparados ao que o próprio guerreiro utiliza para se autoproclamar. Único filho homem de Nereu e Dóris, entidades marinhas da Era Mitológica e, hoje, subordinados a Poseidon; o guerreiro atlante é a principal arma do Império, sempre conseguindo, a cada reencarnação, matar Atena no berço. Nesta época, veio ao vilarejo cumprir mais uma vez a missão com Evagore e Agave, duas de suas irmãs de alma. Enfrentou Ras e o derrotou, ainda que alguma dificuldade. Agora, diante de mais um desafio, seu coração se enche de apreensão. Será que poderá vencer o Grande Mestre?

Traja uma proteção bege recheada de curvas. Na cabeça, há uma tiara arredondada, cobrindo a testa e indo até atrás das orelhas, com duas antenas para cima no centro. Suas ombreiras se assemelham às conchas de um caramujo, tendo praticamente o mesmo tamanho de sua cabeça, protegendo parte dos braços, formando um espaço até os cotovelos, onde os braceletes passam a dominar. As pernas seguem praticamente a mesma configuração. O tronco está todo coberto desde o pescoço até a cintura. O revestimento segue em três camadas sequentes: uma protegendo o peito, outra a barriga e, por fim, uma espécie de saiote ondulado, indo até os joelhos.


Nereidas: Cinquenta ao todo, são filhas de Nereu e Dóris. Dotadas de uma grande beleza estética, são grandes guerreiras e tem a capacidade de hipnotizar os homens. Sempre portam nas mãos um galho de coral, uma coroa ou um tridente.

 

Evagore: Guerreira alta, com longos cabelos ondulados e negros. Seus olhos têm a tonalidade castanha e seu rosto é dotado com algumas rugas que não prejudicam sua aparência, pelo contrário. Apesar de robusta, tem um corpo definido e muito bem trabalhado. Carrega na sua mão um galho de coral. Morreu com um ataque luminoso, após tentar invadir o templo central do vilarejo.

 

Possui uma proteção de caráter mediano, cobrindo-lhe parcialmente. Um tecido de cor avermelhada se entrelaça pelo corpo, percorrendo-o do pescoço à cintura. O peitoral vai de pouco acima do umbigo até os ombros, formando detalhes em linhas paralelas, assemelhando-se ao casco de um navio. Na parte dos seios, a proteção toma o formato de duas conchas, aparentementes muito resistentes. Com um aspecto semelante, há outras duas protegendo seus ombros e cotovelos, deixando o restante dos braços nus, com a exceção das mãos, revestidas até o início dos punhos com braceletes. Na cintura, uma pequena extensão de sua armadura lhe protege, deixando o que sobrou das coxas à mostra até o joelho, com novamente duas conchas fazendo o bloqueio. A proteção das pernas e dos pés são leves, formando pequenos filetes que se entrelaçam, se juntando no calcanhar e finalizando com uma pequena sapatilha, não ocultando seus dedos. Por fim, porta uma tiara com um peixe se elevando do centro.

 

Agave: Guerreira baixa, com cabelos castanhos claros, também longos e ondulados e olhos da mesma cor. Tem um corpo mais robusto que o da irmã, mas não menos atraente. Um pouco irritadiça e impaciente, carrega nas suas mãos uma coroa. Atacou o vilarejo com Nérites, mas foi morta por um ataque de plantas que surgiu do chão.

 

Suas escamas são semelhantes às de Evagore, principalmente com relação ao lenço que a entrelaça, só que amarelado, e com às conchas que cobrem os joelhos, ombros, seios e cotovelos. O restante segue com detalhes em diferente. O tronco é bem menos coberto, com a proteção só revestindo o peito e apresentando traços em círculos cocêntricos aos seios. Os braceletes vão das mãos até os cotovelos, com uma pequena ponta emergindo neste ponto. Nas pernas, ocorre o mesmo, protegendo-lhe até o joelho com uma textura sólida, finalizando numa ponta para fora. A tiara é fina, recheada de pérolas, com uma espécie de sol do centro.

 

 

 

 

 

 



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CAPÍTULO 6

Os olhos de Nérites se arregalaram e o guerreiro não conseguia esconder um sorriso, que parecia misturar satisfação e um pouco de surpresa. Ele corria os olhos para cima e para baixo sobre a figura, tentando identificar o adversário, enquanto buscava alguma movimentação diferente. Porém, apenas presenciava um homem dotado de uma postura impecável e com um cosmo determinado, que crescia a cada instante passado.


A entidade continuava estática. Tinha um grande cosmo crescente, que produzia um brilho curioso, enquanto o longo manto que o cobria balançava. Sua expressão, contudo, continuava um mistério, a sombra produzida pelo capecete dourado impedia a distinção das feições da face. Por fim, nos braços, o bebê que portava continuava movendo as pequenas mãos.


– Devo estar sonhando ou meus ouvidos estão me pregando uma peça? – comentou Nérites ainda sorrindo. – Parece que depois de mil anos a lagarta finalmente sairá do casulo. Qual o motivo de tal atitude imprudente?


– Como eu já falei, cansei de ver meus amigos morrerem. – repetiu a entidade com uma voz autoritária e determinada. – Cansei de ficar parado e não fazer nada. Não faz muitos dias, um garoto meio estranho que treina conosco me disse que eu deveria parar de me omitir e lutar por aquilo que eu acredito. Então, chegou a hora de eu finalmente agir. Fazer alguma coisa por Atena. Mas antes…


Ele balançou um dos braços e, de repente, um pássaro grande surgiu por de dentro do manto. Nérites olhou curioso, com uma expressão de estranheza. Logo, a ave bicou o pano que envolvia o bebê e o transportou para dentro da mansão, desaparecendo na entrada. A figura olhou o ocorrido e ficou atento para que o atlante não fizesse nada que pudesse ameaçar a segurança da criança.


– Então quiseste poupar a vida de Atena por mais alguns minutos! – comentou Nérites, sorrindo. – Essa subordinação me toca o coração, mas não menos me incomoda do que a ignorância dos cavaleiros, que ainda acham que têm chance de acabar com um Deus como eu.


– Não é ignorância! – resmungou em voz alta. – Como eu disse, eu vou cumprir a minha missão. Cansei de errar e não cometerei mais nenhum equívoco. Tu não tocarás em Atena!


Nérites aplaudiu e sorriu mais uma vez. Em seguida, deu uma volta ao redor da entidade e falou em voz baixa, como se estivesse sussurrando:


– Tua coragem é digna de minha admiração. Mas o que farás se o peso da idade te atingir? Afinal são mil anos no limbo! Todavia, antes que envergonhes teus seguidores e falhes mais uma vez em tua missão, me diz algo que há muito quero saber. A que alcunha a que os humanos te referem?


– Meu nome é Tamuz. – respondeu a figura. – Eu sou Tamuz de Virgem.


– Então estou diante de mais um cavaleiro de ouro. Já perdi a conta de quantos dourados pereceram em minhas mãos. Dos abençoados pela constelação de Virgem, acho que foi apenas um. No entanto, ele não tinha essa disposição, muito menos essa alta idade. Aliás, devido a isso, surpreendo-me com a maneira como te postas. És ereto de mais para alguém de mil anos.


– Talvez a idade me traga mais experiência e mais forças internas. – defendeu-se Tamuz. – E será esse poder que me fará vencer e encerrar com esse ciclo que nunca acaba.


– Como o guerreiro Ras já ouviu de meus lábios, ter esperança em algo inalcançável é ainda mais drástico do que nunca ter tido. – alertou Nérites.


– Veremos o que será inalcançável!


Num instante, Tamuz apertou o dedo por entre suas mãos e soltou um grito. Seu cosmo, que já era alto, começou a crescer ainda mais assustadoramente do que antes. Levado pela pressão, Nérites foi arrastado para trás, enquanto arregalava os olhos com o esplendor produzido pelo virginiano. O brilho ficava cada vez maior e, logo, alguns animais começaram a nascer dessa luz.


Nérites tentou fazer alguma coisa, admirado, mas um puxão lhe impediu. Uma planta, do mesmo tipo que havia estrangulado Agave, estava presa ao seu pé e avançava pelo restante do corpo. Numa atitude rápida, o guerreiro atlante produziu uma rajada sônica pequena e arrebentou a investida. No entanto, antes que pudesse fazer qualquer outra coisa, o cosmo de Tamuz aumentou ainda mais e produziu outro brilho, que o atirou contra a crosta.


Um pouco cansado e com os olhos piscando, Nérites se levantou e lançou uma rajada de energia contra a entidade, mas o guerreiro moveu seu braço direito para cima, emitiu uma palavra e transformou o brilho em uma espécie de escudo, que absorveu completamente o ataque. Espantado, o atlante arregalou os olhos e ergueu as mãos, pronto para se defender das ofensivas de Tamuz.


– Não posso crer nisso! – comentou Nérites. – Como um reles cavaleiro de ouro que já está com o pé na cova pode emitir uma energia tão magnânima? Ela tem um poder quase ou até equivalente ao meu. O que será que está havendo?


– Esse é o resultado do meu ódio e da minha determinação, Nérites. – explicou Tamuz, enquanto seu manto agitava.


– Talvez haja alguma razão nisso. – disse Nérites, ainda intrigado. – Abstiveste de lutar durante todos esses séculos. Eu e todos os guerreiros atlantes julgávamos ser um ato de covardia indigno de teu posto de Grande Mestre. Mas parece que nós todos cometemos um terrível engano ao emitir esse parecer. Será que, nesse milênio, ficaste inerte para acumular um cosmo suficiente para liberá-lo nesse momento como se fosse um Deus? Um Deus assim como eu?


Tamuz nada respondeu, apenas continuou elevando o cosmo, deixando Nérites cada vez mais impressionado. Logo, mais animais e plantas começaram a sair do brilho da energia luminosa emitida. O soldado atlante observava aquilo e de repente, estalou os dedos.


– Agora as peças começam a se encaixar! – afirmou ele. – Julgava que tal poder de outrora correspondia a uma dádiva de Atena, mas houve um equívoco nessa hipótese. Era óbvio que ela não conseguiria produzir tal energia tendo apenas aquele tamanho. Então és tu! A energia divina paira no teu sangue e conseguiste desvendar o princípio da criação!


Sem dar bola para os discursos de Nérites, Tamuz ergueu a manga do manto, produzindo uma luz a partir dela, que atingiu o peito do atlante, antes que ele pudesse fazer alguma coisa.


– Que brilho ofuscante é esse que está aquecendo o meu corpo? – indagou o guerreiro marinho.


– Esse é a luz do meu cosmo penetrando no teu interior. – respondeu Tamuz, autoritariamente. – Agora vamos ver os motivos de tal personalidade. Vamos ver as profundezas da tua alma!


Nérites olhou para frente e viu a figura de Tamuz se tornar cada vez maior. O brilho no seu peito crescia, enquanto ele se aproximava de dentro da manga da entidade. Não demorou e estava completamente absorvido, numa escuridão sem fim, sem som, imagem, cheiro, sem absolutamente nada.


De repente, uma imagem começou a se formar e ele percebeu ser do próprio Tamuz. Não tardou e a figura encostou em sua testa e começou a penetrar em sua mente. Naquele instante, era o dourado que se via em um vazio extremo. A escuridão tomava conta, enquanto ele sentia que descia nos pensamentos e na alma do guerreiro atlante.


Logo, a imagem de um ambiente começou a preencher o vazio que existia. Era um local úmido, com a superfície do mar a vários metros acima. Uma estrada imensa dominava o lugar e alguns templos preenchiam os espaços, enquanto que, numa praça, repousava um belo garoto de cabelos avermelhados. Ao seu lado, várias mulheres de diversas idades o circundavam. Umas mexiam em seus cabelos, outras massageavam seu corpo ou acariciavam seu pé. Todos estavam cobertos com um mínimo de roupas e pareciam não ligar para isso.


– Nérites, meu irmão, a perfeição toma conta do teu ser. – exclamou uma das mulheres, enquanto ajustava os cachos do curto cabelo do garoto.


– Todos nós somos frutos perfeitos da árvore que é a união do profeta Nereu e da oceânide Dóris. – disse o garoto, com uma voz angelical. – Mas não nego a veracidade da minha beleza. Qualquer Deusa do Olimpo cairia aos meus pés.


O garoto discursava, enquanto Tamuz via a imagem ficar cada vez mais longe até se dissipar totalmente e retornar à escuridão. Logo, a visão se alterou novamente e o transportou para o meio do mar, vendo um jovem adolescente nadando rumo à superfície. Era o garoto de antes, mas mais velho, lembrando um pouco o Nérites atual, mas com algumas diferenças.


Não demorou e o jovem lançou o rosto para a superfície. Tamuz o acompanhou, enquanto ele parecia estar olhando atentamente para uma bela garota, que curtia os raios de sol sobre uma pedra nos rochedos do litoral. Ela era majestosa e continha uma beleza que se misturava com a paisagem. Seus olhos, no entanto, permaneciam distantes, atentos ao céu. O jovem Nérites permanecia flutuando, observando-a de relance.


Logo, como num impulso, a dama resolveu mergulhar no mar e curtir as ondas do oceano. Ao perceber a movimentação que se aproximava, o jovem afundou o rosto para não ser visto e passou a observá-la por debaixo d’água. Ela era linda e se completava com o mar. Aliás, ficava bem em qualquer ambiente.


Não tardou e ela pegou o impulso de uma onda e teve o corpo levado até uma praia. Mexendo nos próprios cabelos castanhos claros, se arrastou e deitou na areia, deixando que as ondas tocassem levemente em seus pés macios. Em qualquer lugar, sentia-se em perfeita harmonia e sua beleza crescia conforme era admirada.


De repente, percebeu uma movimentação no meio do mar com os olhos verde-claros que possuía. Num gesto delicado, ela simplesmente ergueu as mãos e, num instante, as águas se dividiram em dois, revelando a imagem do jovem Nérites. Sem ficar abatida, ou envergonhada, ela se ergueu em uma postura autoritária e foi em direção ao admirador.


– Que tanto me olhas, caro desconhecido, cuja beleza se equipara a minha? – indagou a mulher, correndo o corpo dele com seus olhos.


Nérites se encabulou como nunca, mas escondeu a vermelhidão do rosto e respondeu:


– Enquanto curtia o prazer de flutuar no mar, não pude deixar de me paralisar e encantar com a tua divina figura. Eu sou Nérites, filho de Nereu e Dóris e, consequentemente, irmão das nereidas.


– É uma honra para Afrodite estar de frente a tão nobre figura. Vives no Reino de Poseidon, portanto, és mais um que desfruta da existência nesse grandioso mar, que foi responsável pela minha geração.


– Seria um prazer te levar ao Reino de Poseidon.


Nérites fez um gesto cordial, estendendo-lhe a mão. A Deusa Afrodite retribuiu e ambos mergulharam na imensidão do mar.


A partir daí, Tamuz viu as imagens correrem, enquanto Afrodite e Nérites se entregavam à paixão, brincando nas algas e conhecendo todos os segredos do mar. Viviam o amor em total harmonia com as águas e com os animais que os rodeavam.


Após o fogo diminuir, as imagens pararam de correr e Tamuz se viu observando o casal novamente na praia onde se conheceram. Nérites corria o olho pelo belo corpo de Afrodite, enquanto a Deusa estava um pouco triste e pensativa, não parando de olhar o céu, com uma visão distante e pensativa. Intrigado, o belo jovem indagou com sua voz angelical:


– O que incomoda tanto a tua nobre figura para preferir observar o céu ao invés da bela criatura ao teu lado?


– Os motivos que levaram à minha fuga desesperada já devem ter perdido a força. – explicou Afrodite. – Fui ridicularizada no Olimpo pelo Deus Hefesto após uma intriga envolvendo mim e Ares. Me sinto encantada aqui, mas me falta alguma coisa. Preciso retornar ao Olimpo e gostaria que me acompanhaste nessa decisão.


– Adoraria me ter no Olimpo contigo, mas isso não é possível, pois não há asas para me conduzir até lá. – explicou Nérites, olhando Afrodite com cobiça e acariciando o corpo dela.


– Então se asas tivesses, não terias problema em me seguir? – perguntou a Deusa de Beleza.


Nérites assentiu com a cabeça e se atirou em cima de Afrodite para desfrutar mais um pouco da presença da amada. Eles se entregaram um ao outro e descansaram após o ato. Quando acordou, o jovem sentiu um peso nas costas. Olhou para trás e seus olhos se arregalaram ao ver um grande e belo par de asas. Intrigado, ele visou Afrodite, que sorria abertamente.


– Agora não há empecilho para seguirmos nosso amor no Olimpo. – disse Afrodite ao ouvido do seu amante.


– Essas asas destroem o equilíbrio do meu corpo, não posso continuar a usá-las. – questionou Nérites, tocando a mão em uma delas. – Eu sou uma bela entidade do mar e não uma vil criatura alada.


– Virás comigo para o Olimpo e depois te livrarás delas. – disse a garota em um tom maquiavélico e um pouco assustador.


– Eu não vou para o Olimpo, eu sou um ser do mundo marinho e aqui ficarei!


Naquele instante, o céu ficou escuro, ao mesmo ponto em que Afrodite abaixou o pescoço. Uma aura poderosíssima começou a rodear o corpo dela e, num instante, ela se ergueu novamente e gritou:


– COMO OUSAS ENGANAR UMA DEUSA! – as palavras poderiam ser ouvidas em qualquer canto da terra, ao mesmo ponto em que serpentes saíam literalmente de sua boca. – Terás o castigo que mereces!


Nérites se assustou, enquanto a Deusa erguia os braços e lançava uma energia contra ele.


O jovem gritou, ao mesmo passo em que seu corpo todo se desmilinguiu até se reduzir a um mísero caracol, pequeno e sem emoção. Acalmada do ódio, Afrodite soltou uma grande gargalhada e se lançou para o céu, sumindo no horizonte.


O caracol tentava se erguer para seguir a Deusa, mas não conseguia. Logo, a figura de Tamuz apareceu diante dele, com seu longo manto e emitiu algumas palavras. Tudo ficou negro e o caracol voltou a ter a forma do Nérites jovem, com uma expressão de medo e tristeza. O virginiano observava-o com atenção e se abaixou para olhá-lo cara a cara.


– Agora entendo toda a tua atitude. – pronunciou a figura. – Sempre tiveste tudo que queria e viraste amargurado com os atos de Afrodite na Era Mitológica. Teu orgulho virou desilusão e hoje ficas te gabando mais do que antes para tentar reavê-lo.


– Talvez essas palavras estejam corretas. – balbuciou o jovem Nérites, ainda num estado de transe.


– Eu posso resolver isso. – disse Tamuz, batendo as mãos e produzindo um grande brilho a partir delas. – Apenas tens que seguir a luz, que logo ela te dará tudo o que procuras. É o teu orgulho que está em jogo e eu posso te dar o que quiser. Agora me dê a tua mão!


– Sim! Não há outra opção para mim!


O jovem Nérites ergueu a mão e foi se aproximando de Tamuz. Entretanto, quando os dedos estavam prestes a se tocarem, Nérites voltou a mão rapidamente e soltou um sonoro grito:


– NÃÃÃO!


A escuridão se transformou em luz e o jovem Nérites foi retornando às feições atuais. Logo, estavam de volta ao vilarejo, em frente ao templo central e debaixo da cúpula iluminadas pelas pérolas das nereidas. Nérites respirava forte e encarava a entidade com fervor e ódio. Esta, por sua vez, permanecia ereta, como se nada tivesse acontecido.


– Tu invadiste a privacidade de um Deus e leste as entranhas mais secretas da minha alma. – resmungou o atlante erguendo o dedo. – Esse pecado jamais será perdoado. Enterrar-te-ei aqui mesmo e depois acabarei com Atena.


– Não fiz nada de mais a não ser descobrir quem realmente é o meu oponente. – explicou a figura, não parecendo preocupado com a reação explosiva do adversário.


– O teu som é deveras incômodo, então, como punição divina, tua boca será lacrada. – bufou Nérites, tomado pelo ódio.


Com um cosmo aumentando rapidamente, Nérites moveu os braços e partiu para cima de Tamuz. Ao chegar de frente para o adversário, ele ergueu o punho para soqueá-lo. Porém, o virginiano pronunciou algumas palavras estranhas, mexeu as mãos e emitiu um brilho forte, que cresceu rapidamente, formando outra vez um escudo, que bloqueou o soco, arremessando Nérites para trás.


– Tal situação não consegue ser aceita no meu cérebro! – resmungou Nérites, se levantando. – Como uma minúscula criatura na escala divina pode bloquear as ofensivas de um Deus? Será que o acúmulo de poder de um cavaleiro de ouro pode chegar à tamanha grandeza?


– Este é o poder de Atena, Nérites. – explicou Tamuz, permanecendo estático. – Falaste que tinha sido eu e não Atena a te atacar, mas isso não é verdade. O poder da nossa Deusa é o que nos abastece e ela conseguiu expandir a minha força ilimitadamente.


– A ilusão recheada nas tuas palavras é algo hilário. – disse Nérites, se aproximando. – O milagre que produziste aqui jamais se repetirá. E, mesmo assim, ainda és um mortal e uma hora esse teu cosmo ficará tão grande para o teu corpo, que ele não suportará.


– Achas que eu não conheço os limites do meu corpo? – questionou a figura. – Eu passei anos concentrando minha energia, para liberá-la dessa maneira. Atena me abençoou com esse poder e ele não pode me machucar.


– Queres ver como estás errado?


Nérites se irritou e partiu novamente para cima de Tamuz que, como da outra vez, produziu o escudo de luz que arremessou o atlante para longe. Cansado e irritado, Nérites se levantou, aparentemente sem muitos ferimentos, e voltou a encarar a figura, que permanecia estática.


– As imagens de minha vida primordial mancham os meus ataques e atrasam o desfecho deste combate. – explicou Nérites. – Esta tua tática suja, porém, não durará muito tempo.


– Não foi uma tática suja, apenas uma maneira de entender o meu inimigo. – justificou Tamuz.


– Faz-me rir meus pulmões, que de divino e piedoso só tens essa postura. – criticou o atlante. – Mas, na realidade, toda essa energia é tão falsa quanto os ideais que almejas.


– E tu falas mais do que a boca! Te achas um Deus, mas tu que és o falso.


– SILÊNCIO! BOMBA SÔNICA!


Nérites apontou os braços para frente, balançou o corpo e produziu uma rajada sonora. As ondas perturbaram o ar, matando todos os seres por onde percorreram. Contudo, antes que atingissem a entidade, esta balbuciou mais uma vez as palavras estranhas e produziu o escudo, bloqueando completamente o golpe. Em seguida, o brilho se expandiu e foi em direção ao atlante, que conseguiu se defender, mas foi arrastado para trás.


Parado o efeito, Tamuz se aproximou do adversário e manteve sua postura. Nérites olhou para cima irritado. Apesar do baixo tamanho, a entidade parecia maior do que nunca.


– Sentirás todo o resplandecer do meu cosmo, Nérites. – afirmou Tamuz, erguendo a mão direita para cima.


– Que truque está guardado nas tuas mangas?


– CÉLEBRE CRIAÇÃO!


Do peito de Tamuz, um forte brilho surgiu e atingiu Nérites, levando-o até a cúpula e o prendendo na parede. Logo, vários animais começaram a surgir daquela energia e passaram a atacar o atlante. Por debaixo dele, uma planta brotou do chão e se enroscou em sua perna, tentando sufocá-lo, mas foi impedida pela proteção do guerreiro do mar.


Tentando escapar, Nérites elevou o cosmo e lançou a rajada sonora outra vez, destruindo toda a vida emitida por Tamuz, descendo rapidamente para o chão após acabar com aquela energia. A entidade se virou para as criaturas mortas no chão e soltou um suspiro de lamentação.


– Essas criaturas são recentes, mas acabaram de conhecer a vida. – explicou Tamuz. – Não deverias tratá-las como se fossem bonecos de meu golpe. Eles apenas se revoltam com quem perturba o ambiente.


– Estás banhado em palavras irônicas que destoam do teu feitio. – resmungou Nerites, aparentemente um pouco mais calmo, retomando a serenidade de antes. – Todas as criaturas devem a existência ao Imperador Poseidon, que as deixa viver por piedade, independente se elas nasceram antes ou depois da sua ascensão.


– É uma pena que penses assim! – disse Tamuz, criando um pássaro e o acariciando. – Todas as vidas são importantes. Um Deus deveria preservá-las e não condená-las ou selecioná-las para viver.


– Tais pensamentos são muito extensos para um cérebro pequeno como o teu. – explicou o atlante. – O poder e a idade elevada que carrega nas tuas costas não aumentaram a minúscula existência do teu ser, se comparado a um Deus.


– Pois é esta criatura minúscula que está fazendo teu poder divino um motivo de piada.


– A audácia ainda está presente nos teus lábios? A pena me corroi, pois estas mãos te trarão o castigo divino nos instantes próximos.


– Tu não és um Deus, és um protótipo de um, mas nem chegas perto de um.


– Se é isso que está na tua cabeça, ela cairá em breve. RESPLANDECER SELENE!


Nérites cruzou os dedos e ergueu os braços para frente, com o indicador levantado. Não demorou e uma concha de caracol surgiu por detrás do atlante e passou a emitir um brilho por sua abertura. A luz logo se transformou em uma energia ofensiva, que foi em direção a Tamuz. Entretanto, da mesma forma que antes, ele pronunciou as palavras devidas e produziu o escudo.


As duas energias se chocaram e uma explosão aconteceu. Com o choque, o escudo se rompeu, tal como a energia. No instante seguinte, Nérites se moveu em frente ao guerreiro de Atena e o soqueou no peito, arrastando-o para longe. Parecendo não ter recebido ataque nenhum, Tamuz se levantou e voltou a ficar na mesma postura imponente de antes.


– As estruturas do teu escudo se resumem agora a fagulhas de luz. – zombou Nérites, abrindo os braços e rindo depois. – Talvez haja uma esperança no teu cérebro de repetir o ato, mas duvido que aguentarás as ofensivas de um Deus novamente.


– Tu não és um Deus da verdade. – disse a figura, pondo a mão para cima. – CÉLEBRE CRIAÇÃO!


Tamuz produziu mais uma vez o brilho ofensivo, mas Nérites agiu rapidamente e lançou uma rajada sonora, dissolvendo o golpe e exterminando todas as criaturas que foram criadas a partir dele. Em seguida, moveu as mãos de um lado para o outro e produziu o ataque gelatinoso, tentando emergi-lo sobre o corpo da entidade. Todavia, ela apenas elevou o cosmo, dissipando a tentativa completamente.


– Bloqueaste meu poder. – comentou Tamuz. – Meus parabéns. Pareces que tuas motivações finalmente estão surtindo efeito e sendo decisivas nessa batalha. Mas a vitória ainda será minha!


– A tua fraqueza já não é mais um mistério para mim. – afirmou Nérites, apontando o dedo para Tamuz. – Tua energia armazenada por séculos é deveras impressionante, mas o foco acabou sendo na direção errada. Como és apenas um cavaleiro de ouro e mortal, não conseguiste desenvolver um poder ofensivo considerável. Apenas descobriste o mistério da criação. E será isso que acabará com todas as tuas esperanças de continuar vivendo.


– Não tenho poder ofensivo ou combativo? – questionou o virginiano. – É exatamente isso que pensas? Então, como te fiz um rato inofensivo até então?


– A falta de preparo e o meu pequeno desvio emocional podem ter causado esta falsa impressão. Contudo, isto não é mais realidade agora. – afirmou Nérites. – BOMBA SÔNICA!


Nérites emitiu sua rajada sonora, mas Tamuz mais uma vez produziu o escudo, que bloqueou o ataque. Em seguida, elevou o cosmo e expandiu a energia até chegar ao adversário e empurrá-lo até a parede, sufocando-o até o poder explodir, emitindo várias fagulhas de luz que atingiram o guerreiro atlante.


Porém, após receber, o ataque, Nérites simplesmente se levantou e limpou o sangue dos lábios, mantendo um olhar determinado. Tamuz continuou de frente para ele, sem se mover.


– Como teus ouvidos já ouviram através de minha voz divina, tu tens um limite! – gabou-se Nérites. – Tua capacidade ofensiva é falha e não se desenvolveu o suficiente para ter o poder de me matar.


– Está certo! Parece que não terei escolha, terei que usar toda a resplandescência do meu poder. – disse Tamuz, baixinho, falando mais para si mesmo do que para o adversário.


O guerreiro marinho olhou intrigado, enquanto Tamuz elevava seu poder.


– Nérites, tu irás pagar agora. – rosnou Tamuz. – Se te dizes um Deus, serás eliminado pelos deuses.


– Que inútil tentativa hei de esperar? – zombou Nérites. – Será que mais golpes infantis me atingirão ou algo poderoso estará por vir? Os ataques daquele cavaleirinho de Leão ameaçavam mais este corpo do que tuas fagulhas de luz, apesar de elas aparentemente serem mais impressionantes.


– Como ousas falar assim de tuas vítimas? – reclamou Tamuz apertando os dedos na palma da mão. – Não tens direito de matar nem de zombar dos meus amigos. ACLAMAÇÃO CELESTIAL!


O cosmo de Tamuz explodiu e liberou uma energia luminosa, que percorreu todo o espaço da cúpula. Logo, o céu se transformou em nuvens e imagens de várias figuras divinas surgiram por de trás delas. Todas concentravam um poder em suas mãos, que ia crescendo a cada instante. Nérites olhou de um lado para o outro, tentando arranjar uma maneira de se defender.


De repente, todos lançaram sua energia ao mesmo tempo e golpearam o guerreiro atlante, que soltou um uivo de dor. No instante seguinte, toda a luz se cessou e o espaço voltou a ter a forma de antes. Tamuz abaixou calmamente os braços e deu um leve suspiro, respirando cansado.


Entretanto, uma fagulha de energia cresceu e Nérites se ergueu, com um pouco de sua proteção arranhada e com algumas partes afetadas com leves buracos, mas nenhum sinal de destruição séria aparente. O guerreiro atlante riu, enquanto se aproximava e rodeava e figura, que permanecia estática, sem perder a postura.


– Então essa é a máxima quantidade de poder que tal corpo consegue produzir para me destruir? – ironizou Nérites, abrindo os braços e fechando os olhos. – Teu desespero está apagando tua energia ou a máscara de pseudo-deus está caindo? Como eu falei, teu poder ofensivo não tem valor nenhum.


– QUIETO! – berrou Tamuz, lançando uma energia novamente para Nérites.


O guerreiro atlante, no entanto, saltou diante daquele golpe luminoso e parou por detrás de Tamuz. Com algumas palavras pronunciadas, ele mandou novamente uma rajada sonora. A figura tentou reagir e expandiu o cosmo para formar o escudo, arremessando Nérites para longe, mas acabou sendo atingido pelas vibrações.


A sensação foi horrível. Assim como Ras, Tamuz tinha dificuldade de pensar e morria com a dor dos órgãos vibrando, com o ouvido explodindo, com o intenso som e com o cérebro esmigalhando. Abatido, ele caiu no chão, enquanto Nérites se aproximava, com um sorriso no rosto.


– E agora o que eu posso esperar dessa velha criatura? – indagou Nérites, erguendo Tamuz pela parte traseira do manto. – Nada não é? Agora sente o poder de um verdadeiro Deus.


Nérites socou novamente Tamuz no peito, atirando-o contra as paredes da cúpula. O guerreiro riu, achando que tinha vencido, mas o dourado se ergueu e voltou à postura ereta e autoritária de antes. O atlante aplaudiu da mesma forma que fazia com Ras.


– O controle desta luta já volta às minhas mãos. – garantiu Nérites, rindo. – Tua determinação é espantosa, da mesma forma que a do outro dourado. Mas tu já leste a minha alma, sabes como sou poderoso e sabes que não poderás fazer nada para me derrotar. És apenas um rato que não consegue se manter de pé diante de um Deus.


– Eu não tenho mais nada a perder, então tuas zombarias não me afetarão mais. – rebateu a entidade, mancando. – Dizes que eu não tenho poder ofensivo, mas dentro de alguns minutos, tu também não terás.


– O delírio o atingiu. Pobre coitado! – disse Nérites com um tom irônico, encarando-o com uma falsa expressão de piedade. – Porém, não há perdão para o teu crime de invasão da privacidade de meu espírito. Exterminar-te-ei agora e deixarás esse mundo após essa longa e covarde vida. RESPLANDECER SELENE!
Nérites colocou o braço pra frente e produziu uma grande energia a partir da concha que emergira atrás dele. O golpe foi seguindo em direção a Tamuz, que, antes que fosse atingido, pronunciou algumas palavras:


– O TESOURO DO CÉU!


Um ponto de luz surgiu por dentro do capacete de Tamuz e emitiu uma forte pressão, que dissipou todo o ataque de Nérites e o arrastou até a borda da cúpula. Em seguida, o atlante sentiu todo o seu corpo se contorcer. Tinha dificuldade de se mover e não conseguia mais perceber a armadura que o revestia.


Logo, o espaço se modificou de novo, tornando-se um salão fechado, parecendo um templo grego, mas sem saídas. Era uma sala circular, com um espaço vazio no centro, onde se encontrava Nérites e doze estátuas rodeando o ambiente. Iluminando o local, estava o corpo de Tamuz, que levitava a mais de um metro do chão, enquanto deixava as mãos paralelas uma à outra e o manto balançava. O atlante observou tudo, um pouco assustado.


– Que truque vil é este capaz de enganar o meu olhar desse jeito? – indagou o atlante, agora olhando para as estátuas. – E quem nos divide a presença? Não pode ser! Zeus… Hera… Poseidon… Apolo… Ártemis… Ares… Atena… Hermes… Dionísio… Héstia… Deméter e… e… Afrodite! – concluiu com raiva.


– Agora estás num julgamento e esses são os juízes da tua queda. – explicou Tamuz, ainda flutuando e brilhando.


– Tuas ilusões não me afetam! Mas por que motivo não consigo me mexer direito, nem sentir o meu corpo?


– Falaste que eu não tenho poder ofensivo, mas és tu que perderás todo ele. – ameaçou Tamuz que, a cada palavra, aumentava seu tom divino. – O teu tato já foi. Restam mais quatro sentidos até te transformares num cadáver vivo.


– Irás me privar de todos os meus sentidos? – questionou Nérites. – Por acaso enlouqueceste? Achas que ficarei parado enquanto me destróis pouco a pouco?


– Não terás opção para outra coisa.


– Faz-me rir! Acabarei com este teu sorriso neste instante. RESPLANDECER SELENE!


Nérites apontou o braço para frente e lançou o golpe. Sem se preocupar, o dourado apenas pronunciou algumas palavras e todas as estátuas emitiram uma energia que dissiparam o ataque do atlante e o atiraram para longe. Nérites colocou a mão na boca, sentindo-se cada vez mais inapto, enquanto a entidade permanecia levitando, sem se mover.


– Há algo estranho por aqui. – comentou Nérites. – Por que minhas papilas não se deliciam mais com o gosto de minha saliva? Meus lábios parecem secos e sem vida.


– Teu paladar também se foi! – explicou Tamuz. – Restam mais três sentidos e poucas opções para ti.


– Por que meu ataque foi inútil contra ti? – indagou o atlante, se esforçando para se mover e para falar.


– O “Tesouro do Céu” é uma técnica que funciona tanto de forma ofensiva, quando defensiva. Ela é a verdade sobre o universo. A essência dos deuses. O reflexo de um mundo na mais perfeita harmonia. Por isso, não podes lançar um poder, a menos que sejas um Deus de verdade.


– Não duvides de minha divindade, agora…


– REMOÇÃO DO TERCEIRO SENTIDO!


Antes que Nérites pudesse fazer qualquer coisa, Tamuz contra-atacou e novamente as estátuas lançaram rajadas de energia, que atiraram Nérites para o chão. Mesmo em situação caótica, o atlante colocou a mão no piso e conseguiu se levantar. Tamuz permanecia virado para ele, sem esboçar nenhuma reação.


– O aroma do início do outono não chega mais às minhas narinas. – comentou Nérites, pondo a mão em cima do nariz, falando em um tom de delírio – Parece que agora estou privado da minha capacidade de cheirar.


– Extingui o teu olfato! – explicou Tamuz. – Por enquanto só eliminei os sentidos que tiram tuas capacidades de perceber as sutilezas do mundo, mas toda a tua percepção avançada ainda não está alterada. Resta a visão e a audição que, ao serem destruídas, te transformarão em um cadáver vivo de vez.


– Eu não me darei por vencido! CROSTA VISCERAL!


Nérites balançou a mão de um lado para o outro, ainda com dificuldades de se mover. Logo, uma gosma se ergueu do chão e passou a circundar Tamuz, que permaneceu inerte. Não tardou e a crosta se endureceu, formando uma esfera sólida e rígida. Nérites sorriu, comemorando a vitória. Porém, no instante seguinte, a crosta explodiu e a energia o atingiu novamente.


O atlante berrou de dor, mas logo os gritos começaram a perder a intensidade nos próprios ouvidos. Uma agonia lhe tomou conta ao perceber que o silêncio se espalhava por tudo. Ele olhou para Tamuz e resmungou desesperado, com as mãos nas orelhas.


– Tudo está mudo! Pareço estar preso no meio do espaço, onde o silêncio impera. Minha audição não existe mais. Só me resta a visão!


“Que logo será eliminada”, disse Tamuz em pensamento para o atlante. Ao perceber aquela voz, ele colocou as mãos na cabeça e a agitou, numa vã tentativa expulsá-la.


– És um invasor compulsivo. Primeiro a minha alma e agora a minha mente! Deixa-me em paz!


“Curta as cores, pois em instantes eliminarei a única coisa que te liga ao mundo terreno”.


– Eu já te falei para sair da minha mente!


“Durma para sempre…”


– RESPLANDECER SELENE!


“Não adiantará, é impossível me atingir. Diga adeus à tua visão!”


Nérites lançou toda a energia resplandescente e Tamuz contra-atacou. Porém, o golpe não atingiu o virginiano, mas o que estava atrás dele. Com o choque, uma explosão aconteceu, lançando os dois indivíduos para longe. Logo, toda a imagem se dissipou, dando lugar ao vilarejo onde estavam. No chão, Tamuz e Nérites estavam caídos, praticamente sem ações.


Não demorou e ambos se levantaram. A figura tinha dificuldade em se manter de pé, parecendo estar muito cansada. Nérites também cambaleava e um de seus olhos estava vazio e aparentemente sem vida. No rosto do atlante, um sorriso estava estampado, além de uma expressão vitoriosa.


– Se uma criatura marinha é imbatível e poderosa, o que tu deves fazer? – perguntou Nérites, sem ouvir a própria voz e sem esperar respostas.

 

 

– A resposta para esse questionamento é muito simples! Tu deves eliminar o mar.


Tamuz nada respondeu, apenas botou a mão na coxa e tentou ficar de pé.


– Tu acumulaste a energia dentro de ti e a liberaste rapidamente, formando uma prisão. – explicou Nérites, ainda com dificuldades de falar – Aquela prisão te dava poder e me impedia de atacar. O controle da situação estava em tuas mãos. .Mas não deves subestimar a astúcia de um Deus como eu. Ao lançar todo o meu poder na tua prisão, eu cortei a tua influência e, com isso, garanti a minha vitória.


A entidade colocou a mão para cima, esperando golpeá-lo numa última tentativa, mas Nérites já avançou os braços pronto para atacar.


– Toda a tua energia foi gasta no “Tesouro do Céu”. Não resta mais nada para ti. Agora tua longa vida finalmente encontrará um ponto final. – ameaçou Nérites. – BOMBA SÔNICA!


Nérites lançou a rajada sônora e atingiu Tamuz, que berrou e caiu no chão, mas o som dos lamentos jamais chegaram aos ouvidos surdos do atlante.


Vendo que tinha eliminado todos os inimigos, ele se dirigiu ao templo. Caminhou com dificuldades até a porta. A falta do tato dificultava a movimentação. Chegando até a entrada, penetrou na escuridão e foi até a bancada onde o bebê estava enrolado. Irritado, ele lançou um golpe e eliminou o pássaro que havia carregado o recém nascido, dando uma longa risada depois disso.


Agora, estava frente a frente com seu objetivo, o momento chegara. Assim, colocou a mão na cintura e sacou um punhal dourado. Olhou para o objeto para ter certeza que o tinha pegado, já que não sentia mais nada. Em seguida, avistou o bebê e sorriu, colocou o dedo no corpo dele, sujou-se de sangue e lambeu os dedos. Não percebia o gosto, mas notou uma energia o revigorando e já passava a sentir o tato voltando. Era o sangue de uma Deusa. Satisfeito, ele ergueu o punhal e cravou no peito do recém nascido.


Nenhum choro foi ouvido pelo guerreiro inapto de audição. Poucos instantes se passaram até que o bebê parou de se mexer, sem vida, banhado no próprio sangue.


 

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Bem, fim, desculpem mais uma vez pelo capítulo longo! É isso e vou dizer que estarei meio out das 9h de hoje até às 20h de quinta-feira. No máximo eu venho aqui de vez em quando responder aos comments, mas retomo as leituras das outras fics só na quinta (ou quem sabe terça-feira ou quarta à noite). Só hoje que fica meio impossível.

Abração

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Capitulo lido !!!

 

Não preciso nem elogiar mais sua escrita, por mais longo que seja seus capitulos é muito atrativo e eu curto bastante!

 

Agora o combate entre o nérites e tamuz foi impressionante, não imaginei que ele fosse sobreviver ao tesouro do céu confesso a você que fiquei chocado, já o grande mestre me surpreendeu bastante realmente é muito poderoso e por alguns momentos dominou o combate e deu a entender que ele sairia vencedor, más como diz o zagallo " AI SIM, FOMOS SURPREENDIDOS NOVAMENTE " KKKKKK, nérites é osso duro de roer, más fiquei em dúvida será que ele realmente matou atena ? eu espero que não rsrsrsrs

 

Parabéns nikos, tá ótima sua fic abrass!!!

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Capitulo lido !!!

 

Não preciso nem elogiar mais sua escrita, por mais longo que seja seus capitulos é muito atrativo e eu curto bastante!

 

Agora o combate entre o nérites e tamuz foi impressionante, não imaginei que ele fosse sobreviver ao tesouro do céu confesso a você que fiquei chocado, já o grande mestre me surpreendeu bastante realmente é muito poderoso e por alguns momentos dominou o combate e deu a entender que ele sairia vencedor, más como diz o zagallo " AI SIM, FOMOS SURPREENDIDOS NOVAMENTE " KKKKKK, nérites é osso duro de roer, más fiquei em dúvida será que ele realmente matou atena ? eu espero que não rsrsrsrs

 

Parabéns nikos, tá ótima sua fic abrass!!!

 

Oláá, ultimamente, vens sempre abrindo os comentários.

 

Valeu pelo elogio à escrita. E, como eu falei, são longos, porque eu to acostumado com J.K Rowlling e Harry Potter, além de escrever sempre no Word, no formato de um livro mesmo.

 

Quanto à luta, era para ser um grande combate mesmo. Um acumulou cosmo durante anos e o outro tem poderes oriundos de um deus que é o pai dele, Nereu. E que bom que te surpreendi, auhua, sempre o cavaleiro vencendo não tem graça não é? É preciso que eles percam de vez em quando. Uma pena, eu gostava mesmo de Tamuz. Vamos ver como os cavaleiros vão agir sem sua presença.

 

Ah! Prestem atenção no que o Nérites fala: Usaste teu poder na direção errada. Tamuz tem um poder APARENTEMENTE impressionante, mas ele não desenvolveu de forma combativa o suficiente. Veja bem, o Ras produziu mais danos fisicos em Nérites.

 

É isso! Abração.

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Capítulo longo lido, lol.

 

Gostei demasiado deste, a forma como lutou este Grande Mestre é mais do que digno de meros elogios ou de um comentário bem elaborado, Tamuz é carismático, sábio, leal, determinado, persistente e corajoso até.

 

A forma como lidou contra Nérites foi muito boa,além de o teres aprofundado e dares "alma" e seu background foi muito gratificante, pareceu que visto sobre um plano da mitologia que lia em livros de uma forma básica.

 

A duração da batalha foi interessante, estava a apoiar a vitória de Tamuz, mas Nérites mais uma vez foi vitorioso, e sofreu uma vitória penosa e ainda dizes que gosto de fazer reviravoltas e tens aqui uma e bem feita.

 

Excelente capítulo longo e abraços, mon ami.

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Capítulo longo lido, lol.

 

Gostei demasiado deste, a forma como lutou este Grande Mestre é mais do que digno de meros elogios ou de um comentário bem elaborado, Tamuz é carismático, sábio, leal, determinado, persistente e corajoso até.

 

A forma como lidou contra Nérites foi muito boa,além de o teres aprofundado e dares "alma" e seu background foi muito gratificante, pareceu que visto sobre um plano da mitologia que lia em livros de uma forma básica.

 

A duração da batalha foi interessante, estava a apoiar a vitória de Tamuz, mas Nérites mais uma vez foi vitorioso, e sofreu uma vitória penosa e ainda dizes que gosto de fazer reviravoltas e tens aqui uma e bem feita.

 

Excelente capítulo longo e abraços, mon ami.

Sim, são longos, os iniciais são realmente longos, mas daqui a pouco começam a diminuir. Esse teve 20 páginas em A5 (meia-A4). Os capítulos da Parte 2 são normalmente mais curtos.

 

Que bom que gostasse da luta e de Tamuz, ele é mais ou menos ocmo descreveste. O conto de Nérites foi praticamente igual ao descrito na mitologia, só que adaptado à minha linguagem. É bom para conhecer mais o inimigo. Aliás, isso pode ser comum daqui por diante, ou não. kkk.

 

A duração da batalha foi fluindo. Não podia se ralgo curto devido à intensidade dos dois poderes e o que estava em jogo. É, a luta sofreu várias reviravoltas, e eu gosto disso. Fazer um aluta previsível do começo ao fim só quando um adversário é muito superior ao outro mesmo e mesmo assim eu tento incomodar (Ário x Faizel).

 

Quanto Às reviravoltas em geral... bem, eu as amo de paixão, então espere e verás até o fim de todos os contos como tudo se delineia.

 

Valeu pelos comentários, elogios e a gente se fala.

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Prólogo.

 

Toda descrição e inicio da história muito interessantes, achei único sua forma de escrever de uma forma bem positiva.

O rapaz moreno que 'busca' quem é Poseidon teve uma descrição muito bem feita tanto fisicamente quanto de como as pessoas o viam. Inclusive todo o local foi muito bem descrito, deixando bem claro o que queria passar com a cena. Seja de admiração, de surpresa e felicidade das pessoas que o viam passar.

Quando ele chega na casa então e os pais descobrem que o filho deles é Poseidon... Incrível! Conseguiu descrever bem a emoção deles quando descobriram.

E por fim... Tétis... UOU! Ótima forma de descobrir se ele é ou não Poseidon, lindo a ideia do peixe de toma vida ao ser tocada pelo seu verdadeiro Deus.

Mandou bem aqui!

 

Capitulo 1.

 

Bem. Primeiro é inevitável reclamar do tamanho do capítulo que achei demasiadamente exagerado. Muito grande mesmo.

Mas talvez seja o único ponto realmente negativo da fanfic.

 

O descrever do local já começa bem interessante, até focar na mulher 'diferente' e triste dali. E foi ali que Propos começou a me irritar hahaha Entenda que eu gostei do personagem e que ele nesse primeiro capítulo conseguiu ser extremamente desenvolvido, e mostrar quase que integralmente sua forma de agir e de lidar, porém... Não me agrada pessoas como ele. Não dá sua percepção das coisas, mas do fato de jogar tudo que pensa sem ter consideração pelo próximo.

Ok, ele tem 6 anos. Mas né... Ele age como se fosse adulto. Assim como todos os personagens, inclusive Mona.

 

Alias, Mona deve ter sido o personagem que mais curti até então. Ela é simples, simpatica, brigona quando precisa defender e etc. Apesar de imaginar que talvez ela não tenha destaque eventualmente na história (espero estar enganado), ela foi boa o suficiente para o que foi proposto na história. Amiga e companheira do 'protagonista' (imagino que seja).

 

Diferente de Propos gostei bastante de Menandro e queria que ele fosse escolhido também para ser rival do Propos, infelizmente acho que não vai acontecer. haha

 

Ário e o Mestre deles não tenho muito o que dizer até então.

 

Mas no geral curti muito. O local de treino foi bem descrito, as atividades também.

 

Uma boa história contada de uma forma diferente. Me agradou bastante nesse inicio, espero que continue dessa forma nos próximos.

 

Obs.: Engraçado que a fic não parece de SS. Não sei se isso eventualmente mude, mas independente disso a história é ótima.

 

Parabéns!

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Prólogo.

 

Toda descrição e inicio da história muito interessantes, achei único sua forma de escrever de uma forma bem positiva.

O rapaz moreno que 'busca' quem é Poseidon teve uma descrição muito bem feita tanto fisicamente quanto de como as pessoas o viam. Inclusive todo o local foi muito bem descrito, deixando bem claro o que queria passar com a cena. Seja de admiração, de surpresa e felicidade das pessoas que o viam passar.

Quando ele chega na casa então e os pais descobrem que o filho deles é Poseidon... Incrível! Conseguiu descrever bem a emoção deles quando descobriram.

E por fim... Tétis... UOU! Ótima forma de descobrir se ele é ou não Poseidon, lindo a ideia do peixe de toma vida ao ser tocada pelo seu verdadeiro Deus.

Mandou bem aqui!

 

Capitulo 1.

 

Bem. Primeiro é inevitável reclamar do tamanho do capítulo que achei demasiadamente exagerado. Muito grande mesmo.

Mas talvez seja o único ponto realmente negativo da fanfic.

 

O descrever do local já começa bem interessante, até focar na mulher 'diferente' e triste dali. E foi ali que Propos começou a me irritar hahaha Entenda que eu gostei do personagem e que ele nesse primeiro capítulo conseguiu ser extremamente desenvolvido, e mostrar quase que integralmente sua forma de agir e de lidar, porém... Não me agrada pessoas como ele. Não dá sua percepção das coisas, mas do fato de jogar tudo que pensa sem ter consideração pelo próximo.

Ok, ele tem 6 anos. Mas né... Ele age como se fosse adulto. Assim como todos os personagens, inclusive Mona.

 

Alias, Mona deve ter sido o personagem que mais curti até então. Ela é simples, simpatica, brigona quando precisa defender e etc. Apesar de imaginar que talvez ela não tenha destaque eventualmente na história (espero estar enganado), ela foi boa o suficiente para o que foi proposto na história. Amiga e companheira do 'protagonista' (imagino que seja).

 

Diferente de Propos gostei bastante de Menandro e queria que ele fosse escolhido também para ser rival do Propos, infelizmente acho que não vai acontecer. haha

 

Ário e o Mestre deles não tenho muito o que dizer até então.

 

Mas no geral curti muito. O local de treino foi bem descrito, as atividades também.

 

Uma boa história contada de uma forma diferente. Me agradou bastante nesse inicio, espero que continue dessa forma nos próximos.

 

Obs.: Engraçado que a fic não parece de SS. Não sei se isso eventualmente mude, mas independente disso a história é ótima.

 

Parabéns!

Olá Mark! Seja bem vindo à minha fic! É sempre bom ter mais leitores!

 

Primeiramente, que bom que gostaste do prólogo e da maneira como tudo foi feito. A ideia do Peixe veio mesmo do próprio mangá, só que quis transformar isso em um teste para ver se era mesmo Poseidon ou outro deus sacana.

 

Indo para o primeiro capítulo, bem, desculpa pelo tamanho (o pessoal reclamou um pouco). É que, como eu falei, estou acostumado com J.K e meus capítulos da parte 1 acabaram ficando meio grandes. Se eu os partisse, talvez quebraria um pouco da qualidade, além do que, no total são 64 capítulos e demoraria muito tempo para eu postar tudo. O que eu sugiro é que, se começar a ficar cansativo, façam vocês mesmo as suas pausas. Tem capítulos que terão divisórias, o que acaba facilitando. Eu não sei muito bem porque já estou acostumado mesmo! Entretanto se, no decorrer da fic, o pessoal me pedir para eu diminuir, eu posso fazê-lo mesmo!

 

Com relação a Propus, o objetivo é fazê-lo ficar irritante mesmo. Não para afastar o público, mas para se manter fiel à sua personalidade. Lembre do que ele mesmo fala: "as pessoas apenas se intimidam com isso". Nos próximos capítulos, a personalidade de Propus ainda vai ser mais bem trabalhada, pode acreditar!

 

Mona é um caso à parte, não gosto de fazer análises prévias, mas isso não intereferirá. Ela é um pouco madura somente porque anda com Propus. Não se se me fiz entender, mas a mente diversa do garoto acabou forçando ela a mesmo se amadurecer para poder tentar contrá-lol, digamos assim. Pode ver que Menandro já é um pouco mais diferente, sendo aquela criança papuda que gosta de se mostrar para todos.

 

E sim, no início, a fic não parece de Saint Seiya, mas, sem dar spoiller, logo ficará!

 

No mais é isso! Obrigado pelos elogios E pelas críticas. Espero que continues aqui e que curta bastante a minha história!

 

Abração!!

 

P,S, Não se esqueças de me responder na tua fic para que eu possa continuar a leitura! Falou.

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Ficha dos Personagens: Capítulo 6


 

Gente, eu esqueci disso! Vou por isso, depois o capítulo! Aqui só vai conter as fichas rápidas de Tamuz e Nérites porque foram os únicos que apareceram no capítulo anterior. Quem quiser saber os outros personagens, só olhar as outras fichas.


Tamuz de Virgem: Os anos de concentração lhe trouxeram experiência, um grande poder e a descoberta da dádiva da criação. Com seu cosmo manifestado na forma de energia luminosa, é capaz de produzir vida e coordená-la ao seu bel prazer. A intensidade é aparentemente assustadora, fazendo com que pudesse combater Nérites e amendrontá-lo. Contudo, com o avanço da luta, acabou pecando na falta de poder ofensivo e, mesmo com o Tesouro do Céu, caiu ao chão, derrotado.

 

Nérites: Desprovido de humildade, se julga um Deus, principalmente pela sua grande beleza e extremo poder. É o único filho homem de Nereu e Dóris, entidades subordinadas a Poseidon. Sua função é matar Atena no berço, sendo considerado a grande arma do Império Atlante. Na sua missão atual, acabou sendo barrado por Ras e Tamuz, derrotando-os com muitas dificuldades, perdendo quatro, dos cinco sentidos, além da visão de um olho. Sentindo-se vitorioso, ele se dirigiu ao templo onde haviam deixado seu objetivo principal, olhou para o bebê, bebeu o sangue, confirmou a divindidade e o matou com uma adaga sagrada.



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CAPÍTULO 7


rites riu alto e abaixou os braços, satisfeito. Sua respiração estava alta, denotando um desgaste físico e mental. Em seguida, como se a pressão dos combates o tivesse consumido, ele desabou e caiu no chão, não tirando o sorriso do rosto. Olhava para o teto e continuava respirando forte. Não acreditava que tivera tanto trabalho dessa vez. De vez em quando, fitava o bebê morto com o olho bom e curtia o que restava do sangue dele em suas mãos. A missão não podia estar mais completa.


Passados alguns minutos, ele apoiou a mão no chão e forçou o braço para tentar se levantar. Os esforços ainda lhe custavam muito e ele sentia falta do olfato, paladar e audição, fora que a perda da visão de um olho o incomodava de alguma forma.


Tomado pelo esforço próprio, ele se ergueu novamente e foi até o bebê. Precisava de alguma prova e, para isso, teria que levar aquele cadáver para o pai e para Poseidon para que eles pudessem gratificá-lo de alguma forma.


Entretanto, algo ainda o incomodava. Astuto, arrastou o dedo no que restava do sangue e o bebeu. Não sentiu nada de início, mas logo o gosto do líquido divino pairou nas suas papilas gustativas.


Com o paladar de volta, tinha certeza, mais do que nunca, era o sangue de Atena. Aquele gosto inconfundível, uma das lembranças mais fortes de vidas passadas, que nem precisaram da força de Nereu para voltarem.


Após beber o que restava, ele embrulhou o bebê num pano e o colocou nas costas. Já tinha dois dos sentidos de volta. Sabia que não conseguiria recuperar o olfato e a audição, a menos que Poseidon ou seu pai lhe concedessem um pouco de sangue. Contudo, sabia que tal fato que não iria acontecer, devido ao orgulho que esses deuses tinham. Além do mais, a ausência deles era uma marca de guerra e ele tinha sua honra.


Cumprida a missão, deixou o templo central cambaleando, com o embrulho do bebê em mãos. O sangue de Atena o havia revigorado em alguns aspectos, mas ainda estava sofrendo com as consequências das duas lutas seguidas.


Após abandonar a edificação, sentiu uma movimentação e viu um pássaro emergindo do chão e parando quase que no ar. Era uma ave pequena, mas altamente colorida e com um bico pequeno. Intrigado com a pouca quantidade de cosmo que estava sentindo, ele foi em direção de onde havia surgido a ave.


Seus olhos se arregalaram quando ele encontrou Tamuz deitado no chão, ainda vivo, com o pássaro belo voando por cima dele. Em seguida, o cavaleiro ergueu o braço e a ave pousou por alguns minutos na sua mão. A situação de paz não comoveu Nérites, mas o atingiu de alguma forma, deixando-o pacificado. Tinha criado algum respeito pelo adversário, tanto pela idade e experiência que portava, quanto pelo poder. Porém, sabia que aqueles eram os últimos momentos dele.


– Nérites! Preciso de um favor teu… – disse Tamuz, com a voz falha e quase totalmente desgastada.


O guerreiro atlante olhou para a figura e franziu as sobrancelhas, não respondendo nada, já que a ausência de audição não lhe permitia isso. Enquanto isso, o pássaro colorido voou e tomou a direção de Nérites. Tamuz, por outro lado, transmitiu a mensagem em pensamento:


“Eu morrerei em mais alguns segundos, mas quero curtir a natureza e tudo que ela ofereça com meus olhos, principalmente essa bela ave que acabei de criar.”


Nérites continuou de braços cruzados, não entendendo bem o que Tamuz gostaria de dizer. O pássaro continuava voando e seguindo um caminho aleatório.


“Por favor, tire o meu capacete, é muito desconfortável e eu não gostaria de morrer com ele, fora que isso prejudica a minha visão”, pediu Tamuz e Nérites, por respeito, obedeceu.


Ao tirar o capacete, o queixo de Nérites caiu e ele deixou o elmo escapar das mãos. O rosto da figura se revelou, mostrando ser o de um jovem bonito, com o cabelo castanho escuro, levemente crespo e curto e olhos também castanhos, que ficavam observando a natureza. O atlante não sabia o que dizer, apenas tremia, aparentemente de raiva.


– Meus olhos estão me pregando uma peça! – pronunciou Nérites, gaguejando. – Nunca daria mais que trinta anos para esse rosto e olha que estou sendo generoso. Tu podes ser qualquer um menos o homem de mil anos que deveria estar por baixo dessas vestes. Ou tens um poder sobrenatural ou… não és o Grande Mestre!


“A vida não é engraçada, Nérites? Eu sempre imaginei que viveria muito e que tudo seria perfeito. Mas, mesmo com o poder imenso de criação que eu tenho, ainda sou capaz de admirar a obra de Deus, já que ela não tem as mesmas falhas que a minha.”


– Nada do que emites parece seguir uma linha concisa de raciocínio. – resmungou o atlante. – Espera um pouco! Se há mentira nessa criatura então também deve haver em…


Antes que ele pudesse acabar com a frase, um brilho imenso esverdeado foi emanado de onde Agave estava morta. Tinha se esquecido da pedra de Nereu, que agora reluzia muito mais do que antes. A luz atingiu seu olho saudável e as lembranças de vidas passadas começaram a retornar. Era este o verdadeiro poder emitido e não aquele outro.


Em desespero e sabendo do que se tratava, ele correu em direção ao local da luz. Contudo, no meio do caminho, uma erva puxou seu pé, fazendo-o tropeçar. Olhou para trás de relance e viu um sorriso no rosto jovem de Tamuz, que logo fechou os olhos e expirou. Em seguida, tentou se levantar para alcançar a pedra, mas o pássaro que havia passado por ele estava pousando no local e, no instante em que tocou no artefato, um brilho mais forte foi emitido e ele desapareceu por completo.


Com outro brilho forte, o pássaro reapareceu em um salão grande. No momento seguinte, ele deixou a pedra cair e começou a voar por todo o lado daquele salão, terminando por pousar em cima de uma bancada.


O salão era grande, contendo vários homens reunidos, curtindo o momento. Alguns estavam sentados nos assentos de pedra paralelos e outros se mantinham de pé. Próximo à bancada, estava um homem baixo, trajando um longo manto e portando um elmo dourado. Ao lado, estava Ário, que vestia a armadura de Capricórnio e o olhava com uma expressão de reprovação.


– Atenção a todos! – pronunciou a figura de manto. – Atena acabou de nascer e nos trará esperanças para os dias que estão por vir. Espero que finalmente vençamos essa guerra. Em todos os meus mil anos, cansei de sofrer com incansáveis mortes e derrotas, mas agora tenho certeza que a nossa Deusa nos trará a vitória.


O salão foi tomado por aplausos. Cavaleiros de prata, de bronze e de ouro saudavam o Grande Mestre e, sobretudo, a Deusa. Ário, por outro lado, permanecia imóvel, ainda com um olhar abatido.


– Esse pássaro aqui foi o mensageiro de uma boa e de uma má notícia. – continuou a figura, logo após os aplausos se cessarem. – A grande notícia é que nosso plano finalmente deu certo e o exército de Poseidon não poderá nos achar tão cedo. Finalmente veremos Atena crescer e batalhar ao nosso lado.


– E a má notícia é que perdemos dois cavaleiros de ouro! – interrompeu Ário, se metendo na frente, deixando o Grande Mestre um pouco raivoso.


Todos começaram a olhá-los atentamente. O pré-conflito entre o Grande Mestre e Ário despertava curiosidade e um pouco de preocupação. A figura, por outro lado, ignorou os murmurinhos e virou-se para o cavaleiro de Capricórnio.


– Tais mortes foram necessárias! – se defendeu a entidade com uma voz autoritária. – Eles tinham consciência da dificuldade que teriam, mas a aceitaram de prontidão. Eles falharam em defender as próprias vidas, mas conseguiram realizar um ato heroico.


– E nós fugimos! – rebateu Ário, com os olhos fechados, mantendo uma expressão serena. – Mandamos bodes expiatórios morrerem enquanto nós vivemos.


– Tudo que tentamos antes havia falhado e essa foi a única alternativa! – afirmou o Grande Mestre, mas Ário parecia não estar muito convencido.


– Eu tenho certeza que eu teria a capacidade de vencer Nérites. – disse Ário, com um olhar convicto. – Assim, evitaríamos uma morte, ou melhor duas, e salvaríamos Atena de qualquer jeito.


– Essa tua falta de humildade ainda te custará a vida, Ário. – resmungou a figura. – Não sabes quantas vezes eu ouvi isso durante toda a minha existência. Vários cavaleiros poderosíssimos tentaram desafiar Nérites, achando que iam conseguir e todos falharam. Até Tamuz, que era a grande esperança, não conseguiu sobreviver.


– E tu nunca o desafiaste não é mesmo? – provocou Ário. – Pelo contrário, sempre fugiste.


O murmúrio foi geral. Todos olhavam uns para os outros, enquanto o Grande Mestre tremia os braços com raiva, fitando o cavaleiro de Capricórnio, sem saber o que fazer. Porém, tentando manter a autoridade, ele bateu palmas e exclamou:


– CHEGA! Nunca te vi tão questionador e desrespeitoso assim. E vocês? – grunhiu, se virando para o resto. – Não tenho que dar satisfação para ninguém aqui. Agora vamos deixar Atena descansar. Depois faremos um dia em homenagem a Tamuz e Ras. Vão embora!


Ao som da ordem, todos se viraram e foram esvaziando o salão. Ário olhou para ele, ainda com uma expressão de reprovação, mas seguiu a multidão.


Logo, o Grande Mestre estava sozinho e admirando o bebê. Era uma criança linda, que se mexia com delicadeza e transmitia um cosmo calmo, sereno e recheado de esperanças. Ele era, de fato, Atena, a Deusa que não via há muito tempo, pois dificilmente havia ficado ao lado dela quando reencarnara em outras oportunidades. Somente na guerra santa perdida e na reencarnação seguinte é que conseguira olhá-la de perto.


Não tardou e o pássaro que estava em cima da bancada começou a piar. Era uma doce melodia que tocava o Grande Mestre, fazendo-o relaxar. A ave abria as asas e fechava com uma graça sem tamanho.


A canção e a beleza do pássaro ativavam as memórias da entidade. As recordações o levaram há alguns dias, quando uma ave semelhante voava por um salão grande e piava a mesma música, terminando por pousar em cima da mão dele. Um grande poder dominava o local, com um cosmo imponente e aparentemente maior do que os de todos os humanos que já havia visto.


– Teu cosmo é brilhante, Tamuz. – pronunciou a figura, olhando para o guerreiro dourado, que meditava flutuando, com a dourada armadura de Virgem. – Nunca senti um poder assim, nem tal habilidade. Parece que estás se tornando tão forte quanto um Deus.


O dourado não respondeu de início, continuando com os olhos fechados e meditando. Os cabelos curtos e levemente crespos do rapaz se mexiam com a intensidade da concentração e do poder emanado. Vários animais alados saíam a partir do brilho produzido por Tamuz. Na mesma proporção, algumas plantinhas brotavam do chão, permitindo a saída de vários insetos. Era a dádiva da criação.


Intrigado, o Grande Mestre virava de um lado para o outro e continuava admirando tudo. Era um poder impressionante.


Logo, o brilho produzido por Tamuz aumentou instantaneamente e se extinguiu quase em seguida. Terminada a meditação, o dourado desceu levemente ao chão, como se controlasse todo o poder de flutuação. O Grande Mestre o aguardava, com o pássaro colorido na mão, enquanto Tamuz se aproximava e abria os olhos castanhos escuros e serenos, mas que emitiam uma melancolia e tristeza.


– Tu és a nossa esperança, Tamuz. – disse o Grande Mestre com um tom emocionado e autoritário. – Desculpa o meu jeito, mas é que o teu poder é de encantar a qualquer um, fora a tua grande energia. Se não fossem os selos de Atena nesse templo, que impedem qualquer poder que não o de um Deus como ela a chegar ao conhecimento de Nereu, Poseidon já teria facilmente percebido a nossa presença. Tu tens a capacidade de criar vida e isso é incrível! Só um Deus pode fazer isso!


– Não sou um Deus! – rebateu Tamuz, entristecido. – Eu posso fazer coisas extraordinárias, mas ainda estou muito longe de ser um Deus. Eu não posso tudo e a coisa que eu mais gostaria de fazer ainda está muito longe do meu alcance.


Tamuz abaixou a cabeça e suspirou abatido. O Grande Mestre ficou em silêncio e respeitou o momento. Sabia exatamente a que coisa o virginiano estava se referindo e ficou desapontado, pois não poderia fazer nada para ajudá-lo.


Não escondendo o entristecimento, Tamuz mexeu nos cabelos, caminhou para frente e deixou o templo e a vila. Andou por alguns minutos a esmo, com os olhos praticamente fechados, como se apenas o seu cosmo lhe estivesse guiando.


Instantes depois, chegou numa clareira, se sentou num monte de terra, ao lado de uma pedra. Em seguida, elevou o cosmo devagarinho, produzindo alguns animais para lhe fazerem companhia. Os pensamentos do rapaz estavam distantes e um olhar triste não saía do seu rosto.


Logo, sentiu um aperto no coração. Sabia o que estava acontecendo. Assim, elevou o cosmo rapidamente e se moveu numa velocidade incrível. Não demorou e estava próximo a um campo aberto, não muito longe de uma cidade. No local, estava Ras, enfrentando dois guerreiros que trajavam uma proteção escamosa e pequena. Tinham cosmos baixos e não apresentavam imponência.


– Então vocês vão atacar essa vila, seus marinas nojentos? – resmungou Ras, com um tom irritado, agarrando um deles pela gola da camisa.


O guerreiro lamentava e implorava misericórdia, mas Ras não parecia nenhum pouco apto a ceder aos pedidos covardes. Apenas os fulminava a cada segundo com seus olhos imponentes.


Num ato desesperado, o outro marina, que estava no chão, se levantou e tentou desferir um golpe no leonino. Porém, ao perceber a ofensiva, Ras se virou e atirou o companheiro em cima dele, recebendo todo o golpe no lugar. Os dois lamentaram, enquanto o dourado mostrava uma expressão irritada.


– Vocês deviam parar de serem traiçoeiros assim! – resmungou Ras. – Ninguém escapa das mãos do cavaleiro de Leão. Então é melhor serem bonzinhos se não quiserem sofrer com as consequências de seus atos. Agora me digam por que querem atacar essa vila?


– Alguns habitantes daqui resolveram saquear uma de nossas colônias. – explicou um deles, que estava caído, sem condições de se levantar. – Como é uma vila quase sem importância, Poseidon não se preocupou muito, mas nos mandou destruir tudo por aqui, afim de dar-lhes uma lição.


Ras ergueu a mão irritado quando o marina acabou de falar. O soldado do mar estava nervoso e tremia de preocupação, enquanto o leonino lamentava, tentando conter a fúria.


– Então por causa de um assaltozinho vocês vão condenar toda essa gente? – bradou Ras, explodindo. – E se já sabem que os saqueadores pertencem a essa vila, quer dizer que já os capturaram, mas mesmo assim querem se vingar de todos. Que atitude vil é essa?


– Isso é para servir de exemplo! – afirmou o outro marina, com convicção, enquanto se levantava. – Se punirmos a vila inteira, as outras saberão impedir e castigar os infratores. Lembrando que todos vocês estão aqui graças à piedade do Imperador Poseidon. Se ele quiser tirar a vida de vocês, não fará nada de errado.


Enraivecido, Ras fechou os olhos e lançou uma energia em direção ao marina que estava discursando, eliminando-o num instante. Para confirmar a morte, o leonino se aproximou do cadáver e pronunciou nos seus ouvidos:


– E tu estavas vivo graças à minha piedade, seu marina imundo!


O outro se levantou no susto, finalmente conseguindo ficar de pé. Várias gotas de suor caíam pelo seu rosto, enquanto o restante do corpo tremia sem parar diante daquele guerreiro. A fulminante morte do seu companheiro lhe deixou inapto e mais ainda quando Ras se virou para ele com as mãos erguidas, prontas para o ataque.


– Agora é a tua vez! – ameaçou Ras. – Já deixei vocês vivos de mais para o meu gosto. Sucumbirás ao meu ataque. CÁPSULA…


Antes que pudesse concluir, uma pontada lhe atingiu na cabeça, deixando-o atordoado. Tudo parecia estar trêmulo e embaralhado. Não via mais nada, apenas quase morria com a dor que estava sentindo, obrigando-o a desabar no chão.


Assustado, o marina o fitou ainda com o coração disparando. Não conseguia entender o que estava acontecendo, mas sabia que aquela seria a oportunidade perfeita de escapar.


Assim, deu dois passos para longe, quando ouviu um forte grito. De relance, olhou para trás e sua respiração se acalmou ao ver que a agonia do adversário continuava, dando-lhe uma veia de esperança. Sem pensar duas vezes, se aproximou novamente e desferiu um golpe com as mãos no adversário.


O leonino mal se feriu com o ataque, mas foi arrastado para trás com a pressão, tombando no chão, praticamente sem reações, apenas se contorcendo de dor. Empolgado, o soldado do mar seguiu novamente em direção ao corpo caído e começou a golpeá-lo incansavelmente. Produzia poucos efeitos físicos, mas conseguia machucá-lo de alguma forma.


De repente, um cosmo gigantesco foi emanado, assustando o marina, que cambaleou para trás. No mesmo instante, um poderoso brilho emanou do céu e o atingiu. Várias plantas e animais começaram a surgir da luz e passaram a agarrá-lo, mordê-lo, e devorá-lo. Não tardou e outra energia luminosa seguiu em sua direção, consumindo-o por completo. Ras olhou para cima e viu a figura de Tamuz se aproximando.


– Tu não deverias ter feito isso. Eu poderia dar conta dele sozinho. – afirmou Ras com dificuldade, desmaiando em seguida.


Tamuz ficou desesperado e agitou o companheiro, que permanecia imóvel. Nervoso, ele pôs a mão na cabeça de Ras e concentrou uma grande energia. Seu cosmo foi se expandindo ao infinito, mandando-lhe poder até o ponto dos seus olhos se abrirem de novo. Cansado, o virginiano despencou e caiu por cima de Ras, que o segurou.


– Tu és incrível, Tamuz. – disse Ras, com um sorriso no rosto. – Eu já não sinto mais nada. Toda a dor sumiu como se fosse mágica. Teu poder é sem limites e…


Ras parou de falar ao ver a tristeza nos olhos de Tamuz, que lacrimejava e apertava os dedos na palma da mão. Percebendo a situação, ele conteve o sorriso e voltou a ter um olhar entristecido.


– Não deu certo? – perguntou Ras, mesmo já sabendo da resposta.


Tamuz ficou alguns instantes em silêncio, mas logo respondeu:


– Eu fui capaz de conter a tua dor, mas só isso! – explicou o virginiano, chorosamente. – Essas mãos! Essas malditas mãos! São capazes de fazer milagres, produzir vidas, mas não consigo salvar um amigo. Todo o meu poder é completamente inútil!


Ras observou o amigo, demonstrando também uma ponta de descontentamento. Contudo, conteve sua expressão entristecida e bateu nas costas de Tamuz, convicto.


– Não digas isso! – ordenou Ras. – Teu poder é insuperável e sei que arranjarás um jeito de eliminar essa coisa que tem na minha cabeça. Mas, se não conseguires, também não é motivo para tanta tristeza. Um cavaleiro de ouro deve estar ciente que pode morrer a qualquer momento. No meu caso, só não sei se será em combate ou fora dele. Se bem que… isso não importa, pois quero fazer o máximo por Atena antes de partir.


Tamuz se levantou e conteve o choro, mas não perdeu o olhar melancólico. Percebendo que não teria jeito de convencer o amigo e nem a si mesmo, Ras se virou e deixou o local, abandonando o virginiano sozinho com sua tristeza. Não demorou e ele também se levantou, voltando para o vilarejo.


Passaram-se alguns dias depois do ocorrido. Recluso nos próprios pensamentos, Tamuz se distanciou de todos, não falando com ninguém a respeito de nada. Apenas se manteve trancafiado dentro de um dos templos de treinamento, tentando aumentar a própria energia.


A meditação durava dias e noites e seus resultados produziam coisas fantásticas. A vida começava a surgir cada vez mais frequente e de uma forma mais complexa. Todavia, ao final de cada teste, Tamuz se ajoelhava no chão, olhava para as próprias mãos, derramava algumas lágrimas de derrota e deixava o local.


Não demorou e o poder que produzia, no entanto, passou a falhar. Em alguns dias, a qualidade de suas criações começava a cair, tal como a intensidade da sua energia. Tentava de qualquer maneira elevar o cosmo e berrava a cada momento, mas não conseguia mais produzir a vida vistosa que havia feito em outrora. Sua capacidade diminuíra, dando lugar ao desespero e a um profundo ódio por si mesmo.


Num dia, porém, sentiu a capacidade zerada. Tentou concentrar toda a energia, mas nada adiantou. As lágrimas caíram pelo rosto e ele despencou no chão, abatido e completamente em prantos.


Em meio ao desespero, um vulto surgiu pela porta. Era uma criança mirradinha, mas aparentemente forte, com os cabelos castanhos lisos até o pescoço e um olhar atento a tudo. Tentando conter o desespero e esconder as mágoas, Tamuz se levantou rapidamente, enxugou as lágrimas com o braço e tentou esboçar um sorriso para o garoto, mas foi reprimido em seguida.


– Não adianta te esconderes atrás de uma máscara. Eu vejo que estás muito abatido e triste. – disse ele. – Aliás, qualquer um consegue ver isso.


– Tu és Propus, o aprendiz de Ário. O que estás fazendo aqui?


– Observando! – respondeu o pequeno rapaz, que corria os olhos de um lado para o outro. – Teu poder é incrível mesmo, mas o ódio e a pena só os prejudicam. Estás se fechando numa gaiola e isso impede a liberação do teu cosmo. Te criticas tanto que isso acaba servindo como um bloqueio também. É bom parares com isso e te concentrares de verdade.


– Mas eu não posso fazer…


– Sim, eu sei, não consegues curar o Ras e por isso te atiras com tudo ao trabalho para ver se melhoras. – antecipou Propus. – Mas, olha para ti mesmo! Não está funcionando. Apenas te reprimes cada vez mais e te entregas à melancolia. Nenhum poder vai surgir dessa situação


Tamuz olhou para baixo um pouco distante, não menos preocupado com a capacidade que o garoto tinha de saber o que ele estava pensando. Não sabia como ele conseguia parecer tão experiente, mesmo com aquela idade. Propus parecia não ligar, apenas rodeava o virginiano.


– Estás sendo omisso. – continuou o garoto. – Achas que vais progredir assim? Já sabes que talvez os teus esforços individuais sejam em vão. É hora de te levantares e agires, partires para cima. Pensa em novas alternativas e te conforma que até tu tens um limite. Vistoria bem as tuas memórias e eu sei que arranjarás uma solução.


Terminado o falatório, Propus fechou os olhos, se virou de costas para o cavaleiro e saiu pela porta do templo. Tamuz o observou, ainda com o olhar melancólico, mas com uma pontada de esperanças. Em seguida, observou as mãos, fechou os olhos e sorriu, como se a fé tivesse voltado para o seu coração. Sabia o que fazer, tudo estava tão claro na sua mente.


Sem demorar mais um segundo, ele correu para o templo central e deixou o recado dizendo que se ausentaria por alguns dias, mas que voltaria a tempo para ver o nascimento de Atena e tentar impedir a investida de Nérites.


Ao pegar algumas coisas para deixar a vila, Ras o avistou e o interceptou, com uma expressão um pouco enraivecida e nervosa.


– Onde estás indo? – indagou o leonino, intrigado, com as mãos nos ombros do amigo. – Estamos em pé de guerra e não podemos abandonar esse barco.


– Estou indo buscar a esperança! – respondeu Tamuz, tirando as mãos de Ras e o encarando com um olhar brilhante.


– Como assim?


– Logo tu saberás!


Sorrindo abertamente, Tamuz se virou para o amigo e se despediu. A caminhada se prosseguiu rumo ao litoral, findando numa espécie de cais, onde embarcou num barco pequeno.


O trajeto demorou algumas horas, mas menos do que o normal, devido ao poder de cavaleiro de ouro. Logo, estava deixando a imensidão do oceano para chegar próximo a uma ilha, no meio do Pacífico Sul, praticamente isolada de qualquer civilização ocidental conhecida.


Era uma ilha pequena, marcada pelo clima escaldante. As altas temperaturas eram percebidas mesmo de longe. Tinha um aspecto praticamente plano, se não fosse um imenso vulcão emergindo do centro, cuja atividade podia ser verificada pela quantidade incessante de fumaça expelida. O mar agitado também parecia seguir a força do vulcão e se enxia de redemoinhos, impedindo a passagem dos barcos.


Sem se preocupar, Tamuz ergueu o braço direito e produziu uma energia luminosa, que acalmou o mar instantaneamente até que ele pudesse completar a trajetória.


Desembarcando, desceu suavemente, amarrou o barco em uma estaca no chão e pegou a caixa da armadura dourada que estava dentro dele. Vestido com trajes de treino, logo sentiu as condições adversas e infernais daquela ilha. O calor parecia não dar trégua e crescia a cada instante, o que o levava a um imenso suadouro. A areia da praia era completamente seca e branca. Para piorar, a umidade era escassa, pois grande parte da água que chegava ao raso se evaporava com o calor do chão.


Adentrando pelo interior da ilha, sentiu o inferno aumentar. A terra era seca e cheia de rachaduras, com uma vegetação escassa. De vez em quando, observava algumas cabanas, que denotavam a presença de pessoas, mas não havia ninguém ao ar livre.


Por um instante, viu uma criança correndo e entrando rapidamente em uma das habitações. Ela mal tinha roupas e era completamente seca, provavelmente castigada pelas condições climáticas.


Toda a situação não deixou de comover o coração do dourado e ele, num ato de caridade, elevou o cosmo e produziu uma energia luminosa para criação de plantas, um gramado verde e vários animaizinhos pequenos.


Ao sentir a energia, várias pessoas saíram das casas e olharam emocionadas para tudo aquilo e se atiraram na vegetação para pegar os legumes, enquanto outras pulavam nos animais para garantir alguma coisa para comer.


Todos os habitantes eram muito magros e morenos, com os cabelos sujos, cheios de cortes e queimaduras no corpo. Deliciavam-se sobre aquela comida como se fosse o último dia de suas vidas.


O calor, porém, logo os castigou e quase tudo se apodreceu. Entristecidos, mas satisfeitos, eles voltaram para as casas, enquanto Tamuz, escondido, admirava tudo a ponto de ajudá-los novamente, mas uma voz às suas costas interrompeu seus pensamentos:


– Não adianta! O calor aqui mata tudo! E quando não é o calor, é o frio da noite. Nada pode viver na Ilha da Rainha da Morte!


Tamuz se virou e avistou, no alto de um monte, um jovem moreno, de cabelos negros e curtos, vestido com os trajes de treinamento de cavaleiros, bem pouco protetores. Tinha mais porte e gordura que todos ali, mas emitia um cosmo recheado de ódio e sentimentos negativos. O virginiano o olhou bem, tentando se lembrar de onde já o havia visto.


– Não devias tê-los ajudado. Agora eles sabem o que estão perdendo e isso é pior do que a situação que estavam antes. Aqui temos que lutar. Não há vida, há sobrevivência! – continuou sem prestar atenção no dourado. – Quem és tu? Mais um cavaleiro que foi banido?


– Eu sabia! Pierce! O antigo cavaleiro de Leão Menor! Estás diferente.


– Como sabes o meu…


Antes que pudesse completar a frase, ele olhou atentamente para o rosto de Tamuz e, em seguida, para a caixa dourada que ele portava. Um estalo lhe atingiu, fazendo-o tremer, emanando um olhar que misturava ódio e medo. Percebendo a situação, o virginiano se ergueu e cruzou os braços, esperando alguma reação.


– Tu és Tamuz de Virgem! – afirmou Pierce, apontando o dedo para o dourado.


– Naturalmente sou eu! Há quanto tempo!


– Não te faças de inocente! – berrou, apertando o dedo entre as mãos. – Tu sabes muito bem que és a razão de estarmos aqui. Se não fosse por ti, já estaríamos livres.


– Ah! O “Vínculo do Destino”, ou estou errado? – indagou Tamuz retoricamente.


– Se eu acabar contigo agora, serei o herói da Ilha da Rainha da Morte e finalmente poderei sair daqui, juntamente com os meus amigos.


– Amigos? – perguntou Tamuz, sorrindo. – Por acaso algum de vocês tem amigos aqui?


– CALA A BOCA!


– O que pretendes fazer? Achas que tens condições de me matar? Eu posso acabar contigo num piscar de olhos e nem fazer esforço para isso. Queres mesmo tentar a sorte?


Pierce tremeu as mãos, mas as recuou depois. Assustado, ele abaixou os olhos e passou a observar o chão, rosnando algumas palavras raivosas. Tamuz continuou olhando para ele, como se esperasse alguma resposta.


– O que tu queres aqui? – perguntou Pierce, um pouco temeroso. – Vieste zombar da nossa condição? Já não basta ter-nos banido dessa maneira. E que tom de voz é esse que eu nunca vi de ti?


– Eu trato assim quem já deixou de ser humano. Vocês foram banidos porque passaram da conta. – explicou o dourado. – Cometeram crimes impensáveis para um cavaleiro. Porém, eu não vim zombar de vocês.


– Diz logo o que quer! – resmungou, praticamente bufando.


– Onde está Alhena? – perguntou, erguendo a sobrancelha direita. – Ele está aqui, eu tenho certeza! Não há como escapar do “Vínculo do Destino”.


– O grande Alhena? Queres falar com ele?


– Não vou te obrigar a falar onde ele está. Se não quiseres me dizer, eu procurarei sozinho. Essa ilha é pequena e não demorará muito até achá-lo.


– Não precisas fazer esse espetáculo! – bufou Pierce. – Ele está onde somente um guerreiro valoroso pode estar. Está na caverna do grande vulcão da Ilha da Rainha da Morte, concentrando suas forças. Será que consegues ir até lá?


– Agradeço a informação e espero que te arrependas de tudo que fizeste. – comentou Tamuz, colocando a caixa dourada no chão. – Nunca é tarde para voltar atrás. Apesar de tudo, acho que Atena ainda desculpará a todos aqueles que quiserem o seu perdão.


Pierce não disse nada, apenas fechou a cara. Tamuz, por sua vez, puxou a alavanca da caixa e libertou a armadura de Virgem, encaixando-a no corpo em seguida. Trajado corretamente, ele se despediu secamente e seguiu em direção ao vulcão.


A imagem era assustadora. Ao ver o grande morro expelidor de lavas, finalmente entendeu o que o antigo cavaleiro de Leão Menor estava dizendo. Era preciso ser um grande guerreiro para suportar aquelas condições.


A caverna também não era menos agradável. O calor, que já era insuportável fora, parecia dez vezes pior por dentro. A fumaça tornava o ar desgastado e poluído, fazendo-o tossir por algumas vezes. O chão era cheio de rachaduras e difícil de andar. Era como o centro do inferno.


Tamuz continuou andando, percorrendo o interior do vulcão, até chegar num mar de lava. Usando sua energia, ele simplesmente o atravessou pelo ar, chegando ao outro lado, quando sentiu uma imensa cosmo energia que lhe era bem conhecida. Foi continuando a a trajetória até chegar num campo mais aberto, onde encontrou um homem sentado em uma rocha, gargalhando com a presença dele.


– Então olha quem veio me cumprimentar após todos esses anos! – disse o homem com uma voz seca e muito alterada. – Não imaginava tal ilustre presença dentro de minha residência. O que vieste fazer aqui, Tamuz de Virgem?


Ele não respondeu. Apenas fechou a cara, para aquele homem, que continuava sentado com uma espécie de manto acinzentado que ia até os pés. Tinha cabelos castanhos longos e naturalmente lisos, mas extremamente agitados devido à sujeira e às cinzas do vulcão. Os olhos eram castanhos e refletiam certa insanidade. Não era muito alto, nem muito baixo.


– Vieste reunir a Guarda de Ouro? – perguntou Alhena, se levantando e olhando de um lado para o outro. – Mas cadê os outros quatro? Ras, Libânia, Feres e Sertan? Estão tímidos? APAREÇAM!


Ninguém respondeu. Alhena ficou intrigado e continuou olhando para o fundo da caverna, enquanto Tamuz mantinha a cara fechada, aparentemente incomodado com tudo aquilo. Notando o desconforto do virginiano, Alhena voltou-se para ele e perguntou:


– Qual o problema contigo? Não ficaste feliz em ver um velho amigo?


– Eu…


– Já sei o que vieste fazer aqui! – comentou Alhena, aplaudindo aparentemente sem motivo. – Vieste cortar o “Vínculo do Destino”. Sabes que eu nunca fiz nada que pudesse magoar ninguém ou tentar atingir Atena.


– Como não fizeste nada? – questionou Tamuz, tremendo de raiva. – Te entregaste à loucura e passaste a matar e a destruir sem sentido algum. Usaste as condições que havia para poder saciar a tua insanidade. Eu acreditei nas tuas boas intenções e acho que Sertan também. Tanto que ele o acolheu, mas nem ele resistiu às tuas loucuras.



– Por que tanta raiva? – indagou Alhena, com uma expressão amável. – Eu só fiz o que Sertan queria. Não pretendia causar estragos nenhum.


– Só o que ele queria? – resmungou. – Tu passaste da conta. Centenas de inocentes morreram graças a esta tua loucura. Sertan jamais foi complacente com isso.


– Eu já fui castigado por esse meu crime, queres mais o quê? – perguntou, meio chorosamente. – Eu sofro a cada dia pelos rostos que morreram nas minhas mãos, mas não pude controlar, foi mais forte do que eu.


– CALA A BOCA!


Alhena pulou para trás com o grito, tomando um susto e mostrando uma olhar ofendido e lamentoso. Tamuz o fitava tomado pela raiva, respirando forte.


Porém, logo conteve o ódio, pois não queria estragar tudo naquele momento. Percebendo a mudança de humor do virginiano, Alhena fechou a cara e, naquele momento, parecia outra pessoa.


– Se não estás aqui para me libertar ou para reunir a velha guarda, deves estar querendo alguma coisa. – insinuou Alhena, com uma voz mais grave, não mais seca.


Ao ouvir aquelas palavras, Tamuz abaixou a cabeça e algumas lágrimas caíram dos olhos do dourado. Alhena olhou para ele e começou a sorrir, como se saboreasse aquele sofrimento.


– Eu preciso… de ti! – disse Tamuz, com certa dificuldade.


– Precisas de mim? Que honra! – disse Alhena, com uma expressão amável e ansiosa, que logo deu lugar a um tom irônico e a uma voz grossa e autoritária. – Mas o que o todo poderoso cavaleiro de Virgem pode querer com um renegado insano como eu?


– Tu foste o cavaleiro de ouro de Gêmeos em outra ocasião, antes de seres banido. – explicou Tamuz, com os olhos fechados. – Eu sei que tens um golpe capaz de atingir o cérebro das pessoas e controlá-lo, não é mesmo?


– Mas é claro que sim! – confirmou Alhena sorrindo. – O “Satã Imperial”! Com ele, posso obrigar as pessoas a fazer o que eu quiser. Mas por que me perguntas isso? Queres que eu controle alguém para fazer alguma coisa.


– É claro que não! – bufou Tamuz. – Mas eu preciso dele e com urgência.


– Por quê? Não posso te ajudar se não souber do que estás falando.

– Ras está com um problema. Parece que ele tem algo no cérebro que o atinge, lhe faz desmaiar em qualquer hora e está acabando com a vida dele.


Alhena o olhou intrigado e fez uma expressão preocupada. Tamuz continuava abaixado, tentando não encarar o geminiano.


– Queres que eu cure Ras? – perguntou Alhena com um tom baixinho e seco.


– Por favor! – pediu Tamuz, apertando os dedos na palma da mão. – Eu sei que ele foi teu amigo antes de te entregares à insanidade. Com o teu golpe, poderás controlar o cérebro dele e expulsar aquilo que o está afetando.


– Certamente eu tenho essa capacidade, mas por que eu o ajudaria? – questionou, mudando novamente para um tom grave. – Já que vocês me abandonaram aqui! Graças ao “Vínculo do Destino”, estou preso aqui até a minha morte ou a tua.


– Por favor, Alhena, eu estou implorando! Eu faço qualquer coisa, eu daria a minha vida por ele. – pediu Tamuz, se debruçando em lágrimas e se atirando aos pés de Alhena.


– Qualquer coisa? – perguntou o geminiano com uma expressão amável. – Se estás tão disposto assim, eu farei isso com o maior prazer.


Tamuz o olhou com desconfiança. Não imaginava que seu pedido iria ser atendido tão facilmente. Alhena, porém, estava sorrindo.


– Eu atenderei o teu pedido, mas… – disse o geminiano, com um tom irônico. – Mas terás que fazer aquilo que me falaste. Me darás a tua vida e, com ela, quebrarás o “Vínculo do Destino” e me libertarás para sempre.

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OBS! Alhena = Aulena (assim que eu leio, a sonoridade fica bem melhor, kkk)

Editado por Nikos
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Como prometido, cá estou para comentar esta excelente fic!

Sei que você gosta de comentar capítulo a capítulo nas outras fics, mas eu quando inicio alguma já relativamente avançada, opto por fazer um comentário inicial geral, falando das impressões que tive, e a partir dos capítulos seguintes passo a comentar um a um normalmente. É assim que fiz em todas as outras que iniciei por aqui.

Ainda não li o capítulo 7, então aqui vai do Prólogo até o Cap. 6!

- Aspectos Gerais

Bem Nikos, devo te dar os parabéns pelo teu estilo de narrativa. Como vi em um comentário do Gustavo, realmente nos passa a sensação de estarmos lendo um livro. Como você não fez com aquela preocupação de estar postando sempre, se preocupando com prazos e com a opinião dos leitores, conseguiu escrever com bastante calma, sem se preocupar com a extensão dos capítulos (algo que todos os autores aqui se preocupam). Isso foi super válido, na minha opinião, e acabou conferindo um tom bem característico à sua escrita.

A mim, a extensão dos capítulos não incomoda na maioria das situações (mais detalhes sobre isso à frente). Fazendo desta forma, isso te permitiu detalhar bem os ambientes, personagens, ações, reações, e assim me senti totalmente envolto pelo universo da trama. No primeiro arco principalmente, me senti sendo um dos garotos da Palaestra de Propus. Como se também tivesse o meu quarto lá e também estivesse participando dos treinamentos do Onésio. Sensação engraçada, mas quando imergimos em uma história, é o que acontece.

O fato de saber que sua fic já está completa e terá sempre postagens regulares é um ponto super positivo também, pois me estimula a passar sempre por aqui. Querendo ou não, é chato você estar acompanhando uma fic e o autor desistir de escrevê-la, ou dizer que vai tirar um hiato infinito e coisas assim. Passa um pouco uma sensação de ter perdido meu tempo...

- Os personagens

Bem, iniciarei falando de Propus. Ele me fez ter sensações bem distintas. A sensação mais marcante foi: ele realmente é irritante demais. Eu já não sou fã de crianças como protagonistas (não sei se ele será, mas até aqui, foi). Também não sou fã de arrogância, e nem de tagarelas. Se juntar as três características em um personagem só, fica um prato feito para que eu realmente não goste dele.

Um fato que achei curioso foi ele ter apenas seis anos. Entendo que ele seja um prodígio, bastante inteligente quanto à percepção do que as outras pessoas estejam pensando e sentindo, mas ainda assim o cara é um monstro para a idade dele, pois além de tudo ele engoliu um dicionário. Utiliza palavras super rebuscadas, que acho que o tornam um personagem pouco "crível", se é que me entende. Imagine uma criança de seis anos qualquer que você conheça. Agora tente imaginá-la dando uma de Propus. Bem surreal, né?

Mas após estas minhas críticas, devo dizer que ele me intriga. Imagino que ele não vá passar a fic com seis anos, que cresça, amadureça e se torne um grande cavaleiro. Imagino que ele passe por um processo de se tornar menos egocêntrico, visto que não há espaço para isso no exército de Atena, cujo exército se dedica aos outros. ao mundo, e à sua deusa. Então o resumo é isso: inicialmente, por somar características que não me agradam, não fui com a cara dele, porém guardo expectativas e estou curioso por ver seu desenvolvimento.

Mona: manteve aquela sua postura de preocupação com Propus quase que em tempo integral, ao mesmo tempo em que o admirava. Me pergunto se ainda a veremos novamente, até porque gostaria de conhecê-la melhor. Quais são suas vontades? Seus sonhos? Seus receios e expectativas pessoais? De que forma ela quer viver? Até o momento, todas suas falas, ações, medos, receios e expectativas foram pelo amigo. Ela foi quase que uma devota do Propus, vivendo unicamente por conta dele. Todas suas emoções demonstradas foram na verdade reações a algo que acontecia com seu amigo. Ela deve ter mais a mostrar além disso, imagino, então fico na expectativa por um possível retorno da personagem no futuro, já amadurecida. Quem sabe para fazer um par romântico? /sex (sim, sou shipper XD )

Ário: tá ai. Este caiu no meu gosto desde que seu nome foi mencionado. Reúne características que me agradam. E quando ele se irritou com Propus, me senti representado hahah. Ele ser o cavaleiro de Capricórnio só o conferiu ainda mais pontos comigo.

Tamuz e Ras: Gostei dos dois personagens, embora não tenhamos recebido praticamente informação alguma do cavaleiro de Leão, e muito poucas sobre Tamuz. Vi você até pedindo desculpas aos leoninos pois "alguém precisaria cumprir aquele papel" (de morrer logo de cara). Eu não sou fã de cavaleiros importantes morrerem sem mal termos os conhecido, mas entendi este seu motivo. Realmente às vezes precisamos lançar mão deste recurso para causar um impacto, conferir um ar overpower ao vilão, ou mostrar que nem tudo acabará bem sempre. Mas confesso que achei desnecessário matar o Tamuz logo em seguida, para o mesmo adversário.

- Batalhas:

Aqui precisarei lhe dizer uma opinião pessoal minha, já dita a maioria dos colegas aqui em suas fics, e também na minha: eu não sou lá um grande fã de batalhas. Não me entenda mal. Gosto delas, e são necessárias. Nada melhor do que um confronto épico para trazer aquele momento de clímax e tudo mais. Meu problema é com batalhas muito extensas. Por isso disse no início que a extensão dos capítulos não me incomoda na maioria das situações: porque no primeiro arco, creio que isso tenha até me feito gostar mais ainda dos capítulos, enquanto que no segundo eu me peguei relativamente impaciente com o ritmo em algumas situações. Apenas para reforçar: isso é algo de gosto pessoal meu, não necessariamente uma crítica, pois sei que muitos aqui adoram batalhas e ficam impacientes com trechos em que elas não acontecem. Mas quis mencionar isso para que conheça melhor meu estilo, e também para justificar o porquê de eu ter gostado tão mais do primeiro arco.

Caso a batalha contra Nérites tivesse acabado em um capítulo, ou na metade do segundo, até seria mais tranquilo. Mas achei que ele mais uma vez ter derrotado um dourado (em seis capítulos, dois já se foram), e chegar vivo no capítulo 7 acabou tornando esta parte da trama um pouco maior do que teria sido necessário.

- Trama:

Agora voltando a falar de coisa boa (não, não de Tekpix), fiquei bem surpreso ao ver o deus marina conseguir seu objetivo de aniquilar Atena! Tipo, putz, e agora?! oO Hahahah... Não sei mesmo o que você nos reserva como sequência disso. Os cavaleiros tomarão a frente sozinhos, mesmo sem a representante da deusa estar viva? /pensa

O universo da fic me intrigou desde o momento inicial. Este contexto de Poseidon ter vencido Atena há mil anos, e não só isso, de vir matando todas as reencarnações da deusa e aniquilando seus cavaleiros desde então, foi muito original. Parabéns mesmo, Nikos. Espero que recebamos mais e mais informações sobre este universo ao longo dos capítulos.

Uma das coisas que espero (e que quando iniciei a fic achei que fosse ocorrer) é um foco em Atlântida. Digo, termos personagens ativos da trama por lá, conhecendo o ambiente da cidade e tudo mais. Espero que não necessariamente tenhamos apenas vilões em Atlântida, e sim personagens de bem, humanos, normais. Não sei se ocorrerá, mas espero.

E no mais, fico no aguardo do desenrolar da trama! É tanta coisa para acontecer, personagens a aparecer, e uma trama toda a se desenhar, afinal, ainda conhecemos muito pouco deste mundo que você criou. Lerei o capítulo 7 o quanto antes e volto aqui para comentar.

Parabéns pelo grande trabalho, Nikos! Abraço! ^^

Editado por bizzyderyck
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Opa, bem vindo Bizzy, não vou dar um quote geral no teu comentário para não ocupar muito espaço visual aqui.

Primeiramente, quero agradecer pela densidade da tua análise. Foi muito bem detalhada mesmo! Obrigado mesmo! Agora vou te responder passo a passo:

 

 

Como prometido, cá estou para comentar esta excelente fic!

Sei que você gosta de comentar capítulo a capítulo nas outras fics, mas eu quando inicio alguma já relativamente avançada, opto por fazer um comentário inicial geral, falando das impressões que tive, e a partir dos capítulos seguintes passo a comentar um a um normalmente. É assim que fiz em todas as outras que iniciei por aqui.

Ainda não li o capítulo 7, então aqui vai do Prólogo até o Cap. 6!

- Aspectos Gerais

Bem Nikos, devo te dar os parabéns pelo teu estilo de narrativa. Como vi em um comentário do Gustavo, realmente nos passa a sensação de estarmos lendo um livro. Como você não fez com aquela preocupação de estar postando sempre, se preocupando com prazos e com a opinião dos leitores, conseguiu escrever com bastante calma, sem se preocupar com a extensão dos capítulos (algo que todos os autores aqui se preocupam). Isso foi super válido, na minha opinião, e acabou conferindo um tom bem característico à sua escrita.

A mim, a extensão dos capítulos não incomoda na maioria das situações (mais detalhes sobre isso à frente). Fazendo desta forma, isso te permitiu detalhar bem os ambientes, personagens, ações, reações, e assim me senti totalmente envolto pelo universo da trama. No primeiro arco principalmente, me senti sendo um dos garotos da Palaestra de Propus. Como se também tivesse o meu quarto lá e também estivesse participando dos treinamentos do Onésio. Sensação engraçada, mas quando imergimos em uma história, é o que acontece.

O fato de saber que sua fic já está completa e terá sempre postagens regulares é um ponto super positivo também, pois me estimula a passar sempre por aqui. Querendo ou não, é chato você estar acompanhando uma fic e o autor desistir de escrevê-la, ou dizer que vai tirar um hiato infinito e coisas assim. Passa um pouco uma sensação de ter perdido meu tempo...

Que bom que gostaste do estilo da narrativa, realmente, apesar de eu cometer várias derrapadas, eu tento dar ao máximo a característica de um livro para a minha fic. Ler bastante me ajuda a fazer isso com mais naturalidade. Eu percebo que, na época em que eu estou lendo um livro, os capítulos saem com muito mais facilidade.

Sim, eu comecei a minha Fic em julho de 2012, mas seu enredo surgiu bem antes, quando eu acabei uma outra fic, ao final de 2011 (mais tarde vocês vão entender). Se possível e se iesse fórum ainda tiver um bom movimento, quando eu acabar de postar Atlântida eu mostro algumas ideias que tive para a mesma. O bom de escrever tudo antes é que dá muito mais liberdade para voltar e alterar.

Que bom que a extensão dos capítulos não te incomoda! COmo eu respondi, eu li muito J.K, por isso estou acostumado em ler algo longo, por isso não me incomodava quando escrevia e relia depois.

E concordo contigo, quando estou acompanhando uma história, quero sabê-la até o fim. Tem um blog que eu leio que uma autora de fics da Turma da Mônica Jovem sugere exatamente isso: que se acabe a história antes de publicá-la e não pare de fazê-la.

 

 

- Os personagens

Bem, iniciarei falando de Propus. Ele me fez ter sensações bem distintas. A sensação mais marcante foi: ele realmente é irritante demais. Eu já não sou fã de crianças como protagonistas (não sei se ele será, mas até aqui, foi). Também não sou fã de arrogância, e nem de tagarelas. Se juntar as três características em um personagem só, fica um prato feito para que eu realmente não goste dele.

Um fato que achei curioso foi ele ter apenas seis anos. Entendo que ele seja um prodígio, bastante inteligente quanto à percepção do que as outras pessoas estejam pensando e sentindo, mas ainda assim o cara é um monstro para a idade dele, pois além de tudo ele engoliu um dicionário. Utiliza palavras super rebuscadas, que acho que o tornam um personagem pouco "crível", se é que me entende. Imagine uma criança de seis anos qualquer que você conheça. Agora tente imaginá-la dando uma de Propus. Bem surreal, né?

Mas após estas minhas críticas, devo dizer que ele me intriga. Imagino que ele não vá passar a fic com seis anos, que cresça, amadureça e se torne um grande cavaleiro. Imagino que ele passe por um processo de se tornar menos egocêntrico, visto que não há espaço para isso no exército de Atena, cujo exército se dedica aos outros. ao mundo, e à sua deusa. Então o resumo é isso: inicialmente, por somar características que não me agradam, não fui com a cara dele, porém guardo expectativas e estou curioso por ver seu desenvolvimento.

Mona: manteve aquela sua postura de preocupação com Propus quase que em tempo integral, ao mesmo tempo em que o admirava. Me pergunto se ainda a veremos novamente, até porque gostaria de conhecê-la melhor. Quais são suas vontades? Seus sonhos? Seus receios e expectativas pessoais? De que forma ela quer viver? Até o momento, todas suas falas, ações, medos, receios e expectativas foram pelo amigo. Ela foi quase que uma devota do Propus, vivendo unicamente por conta dele. Todas suas emoções demonstradas foram na verdade reações a algo que acontecia com seu amigo. Ela deve ter mais a mostrar além disso, imagino, então fico na expectativa por um possível retorno da personagem no futuro, já amadurecida. Quem sabe para fazer um par romântico? /sex (sim, sou shipper XD )

Ário: tá ai. Este caiu no meu gosto desde que seu nome foi mencionado. Reúne características que me agradam. E quando ele se irritou com Propus, me senti representado hahah. Ele ser o cavaleiro de Capricórnio só o conferiu ainda mais pontos comigo.

Tamuz e Ras: Gostei dos dois personagens, embora não tenhamos recebido praticamente informação alguma do cavaleiro de Leão, e muito poucas sobre Tamuz. Vi você até pedindo desculpas aos leoninos pois "alguém precisaria cumprir aquele papel" (de morrer logo de cara). Eu não sou fã de cavaleiros importantes morrerem sem mal termos os conhecido, mas entendi este seu motivo. Realmente às vezes precisamos lançar mão deste recurso para causar um impacto, conferir um ar overpower ao vilão, ou mostrar que nem tudo acabará bem sempre. Mas confesso que achei desnecessário matar o Tamuz logo em seguida, para o mesmo adversário.

Sim, Propus é demasiadamente irritante e eu o criei justamente para isso, então vocês o odiarem é algo que me agrada. kkkk. Sim, o cara é um monstro para a idade dele e mais tarde o uso dessas palavras difíceis poderá ser entendido devido a uma característica especial do personagem que será revelada mais para frente (ou porque eu realmente eu deveria ter tomado maior cuidado).

Aliás, a personalidade de Propus se aflorará bem mais, para um lado que eu não posso falar. E acredite, por mais absurdo que seja o Propus, pessoas como ele existem sim, não no fato da grande percepção, mas pelo prodígio intelecutal emsmo.

Quanto a ele passar ou não a fic com seis anos, se tornar menos egocênctrico, será? Vamos aguardar.

Mona é doce, mas também não é um poço de bondade. Ela se preocupa com Propus, mas, como eu falei várias vezes, ela adora aquele jeito dele de ser e duvido que seria tão devota a ele se ele fosse comum. Aliás, conseguisse absorver bem o que eu planejei da Mona, ela, no início desse arco, é completamente obsecada pelo amigo.

Quanto as suas perguntas... Será? Vamos aguardar.

Ário, por enquanto, se mostrou ser a personificação de um cavaleiro ideal, com poucos defeitos, apesar de humano (se irritou com Propus quando não devia). Te sentiste representado? Eu não. Eu adoro o Propus, adoro personagens com personalidade duvidosasa.

Tamuz e Ras é um caso particular e... aguarde!

Só lembrando que Nérites é a grande arma de Poseidon, com um grande histórico de mortes de dourados em suas mãos.

 

 

 

- Batalhas:

Aqui precisarei lhe dizer uma opinião pessoal minha, já dita a maioria dos colegas aqui em suas fics, e também na minha: eu não sou lá um grande fã de batalhas. Não me entenda mal. Gosto delas, e são necessárias. Nada melhor do que um confronto épico para trazer aquele momento de clímax e tudo mais. Meu problema é com batalhas muito extensas. Por isso disse no início que a extensão dos capítulos não me incomoda na maioria das situações: porque no primeiro arco, creio que isso tenha até me feito gostar mais ainda dos capítulos, enquanto que no segundo eu me peguei relativamente impaciente com o ritmo em algumas situações. Apenas para reforçar: isso é algo de gosto pessoal meu, não necessariamente uma crítica, pois sei que muitos aqui adoram batalhas e ficam impacientes com trechos em que elas não acontecem. Mas quis mencionar isso para que conheça melhor meu estilo, e também para justificar o porquê de eu ter gostado tão mais do primeiro arco.

Caso a batalha contra Nérites tivesse acabado em um capítulo, ou na metade do segundo, até seria mais tranquilo. Mas achei que ele mais uma vez ter derrotado um dourado (em seis capítulos, dois já se foram), e chegar vivo no capítulo 7 acabou tornando esta parte da trama um pouco maior do que teria sido necessário.

- Trama:

Agora voltando a falar de coisa boa (não, não de Tekpix), fiquei bem surpreso ao ver o deus marina conseguir seu objetivo de aniquilar Atena! Tipo, putz, e agora?! oO Hahahah... Não sei mesmo o que você nos reserva como sequência disso. Os cavaleiros tomarão a frente sozinhos, mesmo sem a representante da deusa estar viva? /pensa

O universo da fic me intrigou desde o momento inicial. Este contexto de Poseidon ter vencido Atena há mil anos, e não só isso, de vir matando todas as reencarnações da deusa e aniquilando seus cavaleiros desde então, foi muito original. Parabéns mesmo, Nikos. Espero que recebamos mais e mais informações sobre este universo ao longo dos capítulos.

Uma das coisas que espero (e que quando iniciei a fic achei que fosse ocorrer) é um foco em Atlântida. Digo, termos personagens ativos da trama por lá, conhecendo o ambiente da cidade e tudo mais. Espero que não necessariamente tenhamos apenas vilões em Atlântida, e sim personagens de bem, humanos, normais. Não sei se ocorrerá, mas espero.

E no mais, fico no aguardo do desenrolar da trama! É tanta coisa para acontecer, personagens a aparecer, e uma trama toda a se desenhar, afinal, ainda conhecemos muito pouco deste mundo que você criou. Lerei o capítulo 7 o quanto antes e volto aqui para comentar.

Parabéns pelo grande trabalho, Nikos! Abraço! ^^

 

Confesso, eu também achei a batalha de Tamuz, particularmente, um pouco longa (acho que é a segunda ou a terceira mais longa da fic). Contando esses dois primeiros capítulos do arco, também acho que eles ficaram atrás do primeiro.

Eu prefiro também boas histórias a boas batalhas. Mas, como é Saint Seiya, haverá capítulos de lutas (um pouco mais curtas) e outros onde a trama envolve completamente e a batalha é secundária. Mas não desanime, eu acho que, num balanço geral, há bem mais histórias do que lutas, kkk. Principalmente porque tudo é contado em forma de contos e cada conto tem uma trama particular.

Sim, esse contexto me remeteu a outro fato: o dilúvio (citado por Poseidon, inclusive). Eu acho que quis dar um clima diferente, onde os cavaleiros se encontrariam num mundo onde Atena não governava. Não há as doze casas, não há o Santuário. Eles estão claramente fugindo, se é que tu me entendes. Fora a presença de Nérites que amedronta todos os cavaleiros.


E os teus questionamentos! Acompanhe a fic e mergulharás mais e mais nesse mundo a cada capítulo!

Meus agradecimentos e Abração!

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Capitulo 2


Propus é TÃO palpável e bem construído que só tenho a lhe parabenizar, porém é o tipo de personagem que acho detestável. Ele é arrogante e se acha, fico lendo o tempo inteiro esperando alguém quebrar ele, mas ele sempre sai na melhor.., Mas te achei um grande escritor e tem feito isso por que em algum momento essa forma ‘intocável’ dele de agir vai mudar. Espero hahaha A conversa dele com Ário me irritou muito, a forma dele agir é tão... Imprudente. Pena que não duvido nada que Ário volte para leva-lo, o que vai ser uma pena hahahaha


Não sei como Menandro não cansa de ser tão humilhado, coitado. Deveria ter aprendido que não vale a pena discutir com o Propos... Queria que Menandro tivesse uma chance de se vingar -_-


Quanto a parte dos dois garotos da Palaestra do Sul de Aphaleia me deixou realmente ‘assustado’ com esse universo. Eles iriam queimar as crianças ali dentro daquela forma... Que covardes. Agora fico pensando se as pessoas são assim normalmente ou se era especifico dos dois garotos.


Enfim, foi o único momento que eu torci para Propos, e ele foi MUITO foda com suas ilusões pra conseguir fazer o que fez. Ele realmente deve ser um tipo de gênio pra conseguir fazer isso com essa idade e sem conhecer o cosmo.


Bem, agora fiquei curioso com a parte do Mestre Onésio. Traição? Como assim?


Hum... Intrigante.


Gostei bastante no geral do capitulo, ele é realmente bem envolvente. Só ainda preciso me acostumar com o tamanho dos capítulos. Isso é realmente um problema, mas que está sendo coberto por enquanto pela boa leitura.


Parabéns.


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Capitulo 2

Propus é TÃO palpável e bem construído que só tenho a lhe parabenizar, porém é o tipo de personagem que acho detestável. Ele é arrogante e se acha, fico lendo o tempo inteiro esperando alguém quebrar ele, mas ele sempre sai na melhor.., Mas te achei um grande escritor e tem feito isso por que em algum momento essa forma ‘intocável’ dele de agir vai mudar. Espero hahaha A conversa dele com Ário me irritou muito, a forma dele agir é tão... Imprudente. Pena que não duvido nada que Ário volte para leva-lo, o que vai ser uma pena hahahaha

Não sei como Menandro não cansa de ser tão humilhado, coitado. Deveria ter aprendido que não vale a pena discutir com o Propos... Queria que Menandro tivesse uma chance de se vingar -_-

Quanto a parte dos dois garotos da Palaestra do Sul de Aphaleia me deixou realmente ‘assustado’ com esse universo. Eles iriam queimar as crianças ali dentro daquela forma... Que covardes. Agora fico pensando se as pessoas são assim normalmente ou se era especifico dos dois garotos.

Enfim, foi o único momento que eu torci para Propos, e ele foi MUITO foda com suas ilusões pra conseguir fazer o que fez. Ele realmente deve ser um tipo de gênio pra conseguir fazer isso com essa idade e sem conhecer o cosmo.

Bem, agora fiquei curioso com a parte do Mestre Onésio. Traição? Como assim?

Hum... Intrigante.

Gostei bastante no geral do capitulo, ele é realmente bem envolvente. Só ainda preciso me acostumar com o tamanho dos capítulos. Isso é realmente um problema, mas que está sendo coberto por enquanto pela boa leitura.

Parabéns.

 

Rá rá! adorei a sua descrição do Propus. Diferente de ti, eu, quando leio, adoro ver o Propus quebrar a cara dos outros. kkkk Não que minha opinião sobre ele influenciará nele deixar de ser intocável ou não, só que eu adoro ver todo mundo sair assim com a face no chão, sem saber o que responder.

 

E tais pensando que nem Mona, achando ele imprudente. Porém, Propus inclusive argumenta contra. Não sei quem está certo, vamos esperar para ver.

 

Menandro é um garoto de menos de dez anos e não é nem de longe um prodígio que nem Propus para ter o mínimo de discernimento que sempre vai apanhar nas discussões. Acho que por isso que ele não cansa de ser humilhado. E quanto À chance de se vingar, esperemos os próximos capítulos para ver como ele se sai!

 

A parte dos dois garotos da Palaestra Sul é facilmente explicável pelo contexto da época, onde não era tão incomum esses genocídios e infanticídios. Fora que o garoto maior tinha claras tendências psicopáticas, ao que difere do menor (acho que era essa ordem não é? mas entendesse oq ue eu quis dizer).

 

Quanto às ilusões, sim,ao que me parece ele está mostrando ser esse gênio. E a habilidade quanto ao cosmo, ele msmo falou que sente o universo dentro de si. Ao que está parecendo a sua genialidade o fez descobrir isso por si só e como manipulá-lo.

 

Falando do Mestre Onésio e da traição, também estou curioso. O que será.

 

Que bom que gostaste do capítulo! Ah! Capítulos grandes não são tão ruins assim, é só questão de prática. kkk Se quiseres eu te passo a versão em Pdf que fica mais fácil de ler. Ou então faz mesmo as tuas pausas. Como eu disse outrora, eu não me liguei nisso ao fazÊ-la (que ia postar num fórum), dai fica meio difícil quebrá-las. Mas aos poucos os capítulos vão atrofiando (não no início).

 

Valeu pelos elogios e pela crítica! Continue aqui!

 

Abração!

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Capitulo Lido!!!

 

Já disse, apesar de ser longos os capitulos eu me amarro em ler eles muito bom mesmo!

 

Tamuz lendario!!! O propus deu-lhe uma grande ajuda apesar de ser irritante serviu para algo e ajudou o cavaleiro de virgem a ter mais confiança em si kkkk

 

O ex-cavaleiro de gemeos como sempre sádico ashuahsuahushua, Agora eu me pergunto qual o favor que alhena pediu para tamuz!!!

 

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Capitulo Lido!!!

 

Já disse, apesar de ser longos os capitulos eu me amarro em ler eles muito bom mesmo!

 

Tamuz lendario!!! O propus deu-lhe uma grande ajuda apesar de ser irritante serviu para algo e ajudou o cavaleiro de virgem a ter mais confiança em si kkkk

 

O ex-cavaleiro de gemeos como sempre sádico ashuahsuahushua, Agora eu me pergunto qual o favor que alhena pediu para tamuz!!!

 

 

 

Sim, Propus também é util, acredite!

 

Tamuz é demais, apesar de seu poder, ele é extremamente inseguro, como se pode ver. Alhena é um dos personagens que mais gosto! Espere para ver o desfecho!

 

E Tamuz pediu a Alhena para que ele curasse o Ras usando o Satã imperial. Em troca da salvação, Tamuz teria que entregar-lhe à vida para cortar o "vínculo do destino" que só pode ser quebrado com a morte do seu autor.

 

É isso! Abração! Obrigado por continuar lendo.

 

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