Bysshe de Doppelgänger 83 Postado Outubro 3, 2014 Compartilhar Postado Outubro 3, 2014 A Era das Trevas marcou um período de de fortes mudanças durante a Idade Média onde a população européia foi assolada por fome, guerras e doenças que dizimaram milhões. Esta fic tratará de eventos relacionados com essas grandes calamidades como a Grande Fome (1315-1317), a Peste Negra (1338-1375) e paralelamente a Guerra dos 100 Anos (1337-1453), onde os inimigos serão os Espectros e como a interferência teve impacto na história humana. Boa leitura a todos e espero que apreciem meu trabalho. Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Bysshe de Doppelgänger 83 Postado Outubro 3, 2014 Autor Compartilhar Postado Outubro 3, 2014 Norte de Atenas. Principio do Séc. XIV Mais um dia se aproxima do seu final quanto o manto da noite recai sobre o bosque que circunda o Monte Parnita, o mais alto da Península da Ática. Duas crianças, um menino de cabelos negros com corte desgrenhado até o ombro, e uma menina de cabelos castanhos longos até o meio das costas e presos com um laço feito de couro sujo, vestindo roupas surradas e sujas, tanto quanto seus corpos, já nem sabem mais quantas vezes viram a noite suceder o dia desde que começaram sua jornada. Eles deixaram Embrum, uma cidadezinha pobre no Reino da Borgonha (atual França), com a missão de entregar uma mensagem ao Grande Mestre, mesmo que isso custasse suas vidas. Sendo aspirantes a Cavaleiros eles não poderiam oferecer menos que isso. — Arcas, por favor, vamos parar um pouco! – a menina falava já se fôlego enquanto se recostava em uma árvore, deixando o corpo escorregar até tocar o chão, enquanto o menino dava mais alguns passos a sua frente. — Não podemos parar agora Celeris. Estamos quase chegando! Você não sente o grandioso Cosmo que envolve esse lugar? – tentava motiva-la, interrompendo sua marcha e voltando para perto de sua companheira de jornada. — Sei disso, mas vamos descansar um pouco. Estou cansada, faminta e com sede. – com a respiração ofegante ela voltava seu olhar para o céu, buscando descanso. — Tudo bem! Vamos descansar um pouco de depois continuamos. Ele também se senta, recostando-se na árvore e de uma bolsa retira um pedaço de pão com um pouco de mofo, que parte em dois, entregando uma parte a Celeris e a outra deixando para sim. Suas mãos estavam imundas, mas nenhum dos dois se importa com isso ou com o estado de conservação do pão, devorando-o ferozmente, não deixando nem mesmo as migalhas, que apanham do meio da terra. — Tome! Melhor beber um pouco de água também! Ele entrega a ela uma bolsa de couro onde havia um pouco de água, cujo gosto não estava dos melhores, dadas as condições da bolsa, mas era o que havia para beber. Não havia o suficiente para saciar sua fome e sede, mas eles estavam satisfeitos e se permitem descansar mais um pouco, recostados na árvore e olhando para o céu estrela por entre os galhos das árvores. — Logo isso vai acabar. Quando chegarmos nós teremos comida e água. – falou Arcas, olhando para Celeris. — E roupas limpas e camas para descansarmos. – completou, sorrindo para Arcas que retribui o sorriso. Algum tempo depois, após terem descansado, continuam sua jornada rumo a vila que, segundo seu Mestre, era o limite entre o Santuário e o mundo. — O que significa isso? – questionou Celeris. — Onde está a Vila de Rodório?! Onde deveria haver uma vila havia apenas ruinas e escombros, sem uma única alma viva. Tudo o que viam enquanto caminhavam pelo que parecia ter sido a rua principal, era a mais completa destruição. — O que pode ter acontecido aqui? – Arcas questionava enquanto remexia o local em busca de vida. — Como os Cavaleiros permitiram essa destruição. — A vila pode ter sido abandonada a muito tempo. Quantos anos faz desde que o Mestre esteve aqui? — Não. Veja as marcas de destruição que estão por todos os lados. Este lugar sofreu algum tipo de ataque, mas de quem? – era o que se perguntava. — Vamos continuar até o Santuário. Lá poderemos saber o que aconteceu. Os dois avançavam pelos escombros buscando alguma explicação, sem perceber que dentro das ruínas de uma das casas, alguma coisa se levantava entre as sombras. À medida que avançavam percebiam que a destruição não se restringia a vila e, quando chegaram ao local que marcaria a entrada do Santuário, foram tomados pelo mais profundo assombro. — Não posso acreditar! – desabava de joelhos Celeris, enquanto Arcas levava sua mão esquerda ao ombro dela. O Santuário estava em ruínas. — O que aconteceu aqui? Não havia mais os campos verdejantes, apenas o solo calcinado e estéril. Os campos de treinamentos estavam completamente destruídos e o solo permeado dos restos mortais de quem ali lutou e morreu. Ao longe, da base até o topo da montanha, as Doze Casas, lar dos Cavaleiros mais poderosos estavam arruinadas e não se via sinal de vida, apenas morte. Até mesmo a Estátua de Athena estava danificada, sem a cabeça e o braço esquerdo, onde segurava seu escudo. Apenas sua mão direita, onde repousava Nike, a Deusa da Vitória, permanecia. — Como isso pode acontecer? Quem seria poderoso a ponto de destruir todo o Santuário de Athena desta forma. Onde estão os Cavaleiros? Os dois haviam chegado até onde outrora existiu um Coliseu e onde agora havia apenas uma pilha de corpos desfigurados e mutilados, onde o vento noturno soprava as cinzas e poeira pelo ar. — Estão todos mortos! – foram as palavras proferidas por uma voz rouca. — Quem está ai? – os dois se assustaram e se colocam em posição de guarda, sem saber quem estava ali. — Se tinham esperança de achar algum ajuda neste lugar ela já não existe mais. – o solo começou a se elevar e do meio das rochas e areia surgi um homem trajando uma armadura acinzentada cheia de protuberâncias e que recobria todo seu corpo, deixando a mostra apenas seu rosto. — Quem é você? – questiona Arcas. — Sou o Espectro da Estrela Terrestre Angular (Chikakusei) do Exército do Imperador do Submundo, Rock de Golem, e sou responsável por guardar este local. — Imperador do Submundo?! — Sim e que agora governa todo o mundo. – se orgulhava o Espectro. — Mentiroso! Athena e seus Cavaleiros jamais permitiriam tal coisa. — Criança inocente! Athena está morta. Não há mais ninguém para se opuser ao domínio do Imperador sobre a Terra. — O que?! Morta?! – as crianças engolem a seco sua saliva. Como pode ser se estavam ali exatamente para informar que a reencarnação de Athena havia sido encontrada? — Pobrezinhos! Vieram buscar ajuda e tudo o que encontram será a morte. – Rock caminha lentamente em direção aos dois com um sorriso sinistro no rosto. — Não existe nada mais prazeroso do que matar crianças e ver o desespero em seus rostos inocentes. Enquanto Golem avançava e as crianças recuavam, nenhum deles percebeu a névoa que começava a cobrir o solo a seu redor. — O que é isso! – Rock se detém ao sentir que havia ali uma presença sinistra a qual não sabia dizer onde estava. “Quem invade este solo sagrado encontrará apenas a morte!” – ecoou uma voz sombria, fazendo com que Rock suasse frio. — Quem está ai?! Apareça! “Seria você o invasor?!” – um vulto se forma na névoa, envolvendo Arcas com braços espectrais assustadores. “Você?” – o mesmo ocorre com Celeris, com o vulto surgindo a sua frente, segundo seu rosto, tomada pelo mais profundo pavor. “Ou seria você, Espectro?” – o vulto se volta para Rock, que dá um passa atrás, se elevando e tomando forma de um fantasma, envolto por um manto negro com olhos vermelhos redondos, mas ainda formado de névoa densa. — Então ainda existem Cavaleiros neste lugar. – Rock começa a expandir seu Cosmo. — Acha mesmo que um Espectro vai temer meros fantasmas?! – o Cosmo dele explode inundando todo o local, desvanecendo momentaneamente o fantasma, que para. — Desapareça de uma vez verme - Avalanche Explosiva (Rolling Bomber Stone)! Blocos de rocha se elevam do chão sob influência do Cosmo de Rock e se projetam violentamente contra o fantasma e contra as duas crianças, que não tem como se proteger, sendo soterradas enquanto o fantasma desaparece. — Droga! Eu queria desmembrar aquelas crianças para que sofressem lentamente. – se lamenta Rock enquanto dá as costas para onde as crianças foram soterradas. — Partindo tão cedo?! Ainda nem começamos a nos divertir. – a voz de antes, agora menos sombria, se projetava do amontoado de rochas, que começava a se mover, revelando seu dono. — Não acredito nisso! Você é... — Guardião da Quarta Casa Zodiacal, Iydak, Cavaleiro de Ouro de Câncer. – deslocando um dos blocos com sua mão direita, e revelando intactas as crianças, aparece um homem de feições hindus, com cabelos negros curtos. — Impossível! Todos os Cavaleiros de Ouro foram mortos, massacrados. – Rock se mostrava incrédulo em ver um Cavaleiro de Ouro, mas algo acabou por lhe chamar a atenção. — Espere um pouco! Você não está realmente vivo. É apenas um fantasma! Rock aponta seu dedo indicador direito para os pés de Iydak, que estão desvanecidos como névoa. — Você está certo Espectro. Eu deixei este mundo há muito tempo, mas a vontade de continuar lutando por quem não pode foi maior e permaneci mesmo como um fantasma. — Se você é mesmo um fantasma então não tenho o que temer. Que poder pode possuir para me enfrentar um defunto? Hã?! – Rock pretendia rir quando vê Iydak manifestar seu Cosmo dourado. — Cosmo?! Como pode ser capaz de manifestar seu Cosmo estando morto?! — Existem tantas coisas que os Espectros não sabem, mas que nem vale a pena explicar para quem está para ser morto - Carregador de Almas (Cārjar cōls)! Do vulto do Cavaleiro de Ouro se projetam assombrações, envoltas em mantos esfarrapados, com os corpos esqueléticos desfigurados, contra Rock, agarrando-o e envolvendo-o, fazendo sentir lentamente que sua alma o está abandonando. — O que... está... fazendo... comigo? — Ainda não percebeu?! Essas assombrações estão drenando sua alma para mim. Em questão de minutos você estará morto e sua alma servirá de alimento para mim, fortalecendo meu Cosmo e me deixando mais próximo da ressureição. — O que?! — Quanto mais almas eu consumir a quantidade suficiente de almas serei capaz de ter meu corpo físico novamente. Você deveria se sentir honrado por dar sua vida pela de um Cavaleiro. — Não! Minha vida pertence apenas ao Imperador e a mais ninguém. – o Cosmo de Rock que começava a enfraquecer agora se fortalecia. — O que pensa que está fazendo? Se entregue de uma vez. — NUNCA! O Cosmo do Espectro explode fazendo sumir as aparições que o envolviam e levantando grande quantidade de poeira, o que fez com que Celeris e Arcas, que ainda estavam atrás do Cavaleiro de Ouro, tivessem de se proteger. — Jamais permitirei que um Cavaleiro me use desta forma. Prefiro morrer a permitir que um Cavaleiro permaneça vivo. Rock surge por trás da nuvem de poeira. — Estou impressionado com sua determinação Espectro. Jamais esperaria algo assim de sua laia e, como forma de respeito, tomarei não apenas sua alma, mas todo seu corpo para mim - Possessão Demoníaca (Arakkarkaḷiṉ uṭaimai)! — O que?! Iydak se desloca a uma velocidade tão alta e gerando um brilho tão ofuscante em direção a Rock que o ofusca antes de desaparecer completamente. — O que foi isso para onde ele... Hã! O que é isso?! - Rock tenta se mover, mas percebe que seu corpo não obedece. — Por que meu corpo não se move?! “Este não é mais seu corpo. É meu!” — Onde você está?! Apareça seu maldito! “Será feito como deseja. Adeus!” O corpo de Rock sofre com um forte espasmo que força seu peito para frente e a cabeça para cima, com o olhar fixo nas estrelas e lentamente sua íris se torna opaca. Seu corpo fica inerte e se curva para frente. — O que aconteceu?! – Arcas deixa o local onde estava se levantando e dando alguns passos à frente, de onde vê rachaduras se formarem sobre a Surplice de Golem que aos poucos começa a se estilhaçar, revelando Iydar. O Cavaleiro de Ouro vira as mãos, abrindo e fechado os dedos, sentindo seu novo corpo. — Ele não era dos Espectros mais poderosos, mas sua determinação rendeu um corpo forte o suficiente para me garantir um corpo provisório por algum tempo. — O que você fez com ele? – pergunta Arcas. — Eu consumi seu corpo e sua alma. Por um tempo poderia andar livremente pelo mundo humano novamente, até o momento em que ele não suporte e se desfaça. Iydak dá as costas para as crianças e tomo o rumo das ruínas de Rodório. — Espere! Aonde vai? Não pode nos deixar aqui sozinhos desta forma. — Ouça criança! – o Cavaleiro de Ouro para, mas sem voltar a sua face para trás. — Vocês iniciaram seu treinamento para se tornarem Cavaleiros, então não vejo por que não posso deixa-los sozinhos e, além disso, logo os Espectros descobriram a morte de seu companheiro e virão até aqui investigar então devo me colocar nos limites do Santuário para impedir que venham até aqui. — Por que impedi-los? Não há mais nada aqui para se proteger. Athena está morta! – questiona Arcas. — Criança! Você não veio até este local para dizer que Athena estava viva? Como pode acreditar nas palavras de um mísero Espectro? - agora Iydak se volta para ambos. Sentindo o medo tomar conta de seu corpo Arcas recua. — Seu Mestre esteve afastado do Santuário por muitos anos e por esse motivo vocês não estão cientes de tudo o que aconteceu, mas possuem uma informação vital para nós e por isso devo me colocar na linha de frente para proteger este local. Continuem andando em direção ao inicio das Doze Casas. – ele aponta a direção para ambos. — Ali encontram quem poderá guia-los. Iydak parte rumo à Rodório enquanto Arcas e Celeris, seguindo suas orientações, parte rumo às Doze Casas do Zodiaco. Saint Seiya – The Dark AgesCapítulo 01 - Mensageiros Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Nikos 49 Postado Outubro 3, 2014 Compartilhar Postado Outubro 3, 2014 Olá Doppel Gostei desse primeiro capítulo. Já começou com um ar misterioso, que foi se desenrolando aos poucos. Foi claro o sofrimento das duas crianças, principalmente quando viram o Santuário em Ruínas. Deve teer sido pavoroso mesmo.Achei interessante tudo isso, pois noramlmente o Santuário se mostra tão forte e é difícil vê-lo de outra forma. Mas agora teremos um começo bem diferente e aguardo para saber como se desenrolará. A aparição do canceriano como espírito também foi show, principalmente por ele não estar com um corpo e ter roubado o do espectro (que mudança de valores). Achei bem massa.Agora acabou o "prólogo" e veremos o que se passará.Abraços Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
Bysshe de Doppelgänger 83 Postado Outubro 13, 2014 Autor Compartilhar Postado Outubro 13, 2014 Olá Doppel Gostei desse primeiro capítulo. Já começou com um ar misterioso, que foi se desenrolando aos poucos. Foi claro o sofrimento das duas crianças, principalmente quando viram o Santuário em Ruínas. Deve teer sido pavoroso mesmo. Achei interessante tudo isso, pois noramlmente o Santuário se mostra tão forte e é difícil vê-lo de outra forma. Mas agora teremos um começo bem diferente e aguardo para saber como se desenrolará. A aparição do canceriano como espírito também foi show, principalmente por ele não estar com um corpo e ter roubado o do espectro (que mudança de valores). Achei bem massa. Agora acabou o "prólogo" e veremos o que se passará. AbraçosMuito agradecido por seus elogios Nikos. Haverá muitas outras supresas nesta fic além da destruição do Santuário, que será mostrada o como e o porqque, além de outros Cavaleiros de Ouro em condições inusitadas e novos Espectros. Abraços. Citar Link para o post Compartilhar em outros sites
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