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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 2)


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Capítulo 5

 

Resumir num único parágrafo a debandada dos Jotnar com o Nidhogg em seu encalço, encerrando assim, a pretensão dos mesmos de invadir o reino azulado, me soou precipitado e pouco atraente, tornando desanimador uma passagem que já me era sem atrativos.

 

A revelação de ser Propus o perpetrador do surgimento do dragão me remeteu ao incidente com a ilusão de Gaia no arco de Libânia em Jamiel o que considerei muito interessante.

 

Além deste paralelo, o diálogo entre o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos e Henrike também foi de meu apreço e mais uma vez o autor soube conduzir a forma como os sentimentos e personalidades de cada um geravam influência e determinação quanto àquilo que falavam.

 

Em relação à morte de Erik (o que considerei como uma perda para a trama em todos os sentidos) não foi o que eu esperava, o que me foi decepcionante, dada a forma como se deu, apresentando-se objetiva... resumida... sem qualquer brilho ou pompa. Lastimável isso em minha opinião, já que pela performance do personagem , esperava algo como o Grande Jarl envolvido num combate épico com alguma entidade nórdica de semelhante poder e fama, sendo este, no seu final derradeiro, morto traiçoeiramente por Leif.

 

A partida de Propus do Graad Azul encerrara o capítulo. Henrike, obviamente, se mostrara abalado e o Conselheiro, satisfeito.

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Olá Leandro,

 

Em relação a duas partes pontuais, fico com pena que não tenha agradado o fim do combate, mas satisfeito que o diálogo de Propus e Henrike tenha sido do teu agrado.

Já o resto, resumirei todos os outros parágrafos em um alerta:

Tenha paciência!

 

E paro por aí!

Abração, valeu pelos comentários e tentarei fazer da próxima batalha algo mais agradável.

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Capítulo 05 lido.

 

Esperava também que o causador da ilusão do dragão roedor das raízes fosse obra de Propus, porém fico grato que as coisas não sejam assim tão lineares, um grandíssimo ponto positivo para ti.

 

De fato, é uma grande perda para todo o Bluegaard e também para Henrique ao somar mais a perda de seu pai.

 

Estou gostando da forma como estás a conduzir a história e ainda comento sobre que a vinda de um segundo estrangeiro não se deu da mesma forma que aconteceu com Pavel, em que este obteve um resultado distinto.

 

Abraços e muitos parabéns.

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Eu serei sincero. Esperava bem mais desse capítulo, porque nos trouxe eventos de muita importância pra trama e seu desenrolar foi bem aquém do que eu esperava.

 

Ficou bem na cara, dada a manifestação daquela representação de Gaia ainda na primeira parte, que a ilusão do dragão era artimanha de Propus. Estou achando esse arco bem fraco, se comparado com os da temporada anterior. Além da impressão de que a trama está se passando em um local deslocado do enredo principal, sinto que esses eventos não estão me fisgando tanto como achei que faria. O que é uma pena, pois estava empolgado com toda a contextualização nórdica que deu a Graad Azul.

 

No mais, os eventos que eu esperava uma melhor apresentação e fui frustrado. A morte de Erik, cuja qual você procurou sair do lugar comum e mostrou uma situação tão importante e até dramática em off, não me agradou. Não é que eu esperava uma morte poética e cheia de drama, mas acabei sentindo que foi tudo abrupto demais e creio que isso prejudicou a minha opinião a respeito. E a outra foi a saída de Propus, embora eu tenha certeza que o próximo capítulo revelará informações mais importantes a respeito disso, elucidando esse ponto em questão. Tenho certeza que Leif tem algo a ver com isso...

 

... Ou não, de repente você está desviando nossa atenção para não tomarmos conhecimento de toda a extensão do enredo criado.

 

Mas fora esses pontos, o capítulo foi bem mediano, mesmo nível dos anteriores. Esperando as coisas esquentarem. Abraço e parabéns, Ninos!

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Olá Saint!

Bem, Propus falou que não foi ele, mas não sei se ele está falando a verdade ou não!

A perda do Jarl Erik pode significar muita coisa, principalmente na estrutura política de Graad Azul. Agora a cidade está sem um dos comandantes. O que será que ocorrerá a partir disso.

Que bom que estás gostando. Propus é diferente de Pavel, logo as implicações iriam ser diferentes.





Olá Gustavo, peço desculpas se não está sendo como agrado!

Isso tem três explicações: a primeira é que esse arco realmente é para ser lido de uma vez, ou então acaba muito arrastado mesmo, sem tantas coisas acontecendo. Ele tem uma fase muito calma. A segundoaé que, pelo simples fato de estar deslocado, eu tive que andá-lo dessa maneira rápida (tipio, atropelada), não podendo dar tantos destaques aos personagens como deveria. Ou aos confrontos. Falha minha! A terceira é realmente que eu não soube conduzir direito.

Propus disse que não foi ele...

E quanto a estar deslocado, eu fiz esse arco mais para mim mesmo, mas acho que faltou desenvovê-lo para encaixar melhor na trama, ou então fazer algo mais separado.

Poderia ter mostrado a morte de Erik sim, mas mais uma vez o foco tentei manter no henrike, daí acho que não ficou legal.

A saída de Propus foi abrupta mesmo, não sei o que pensar. Interessante a tua teoria e a tua certeza que não é certeza. kkk


Mas para a tua alegria, o arco tem só mais dois capítulos e depois voltemos a Atlântida.

To pesnando até em publicar logo, já que o pessoal não tá gostando.

Valeu então e obrigado pela sinceridade,


Abraços

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Propus é mentiroso. Você mesmo diz para não acreditar no que seus personagens dizem. /lua

 

Mas se não for ele... Só consigo imaginar que seja Leif ou o Rei Harald como prováveis opções.

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Oi Nikos tudo bem?

Sinceramente esperava mais dessa aparição do Nidhogg( o fato de ser ele só me deixou mais empolgado e sentido ao mesmo tempo, como ocorreu quando o conheci o Fafner no soul Of gold), tipo no final de tudo foi uma ilusão criada por alguém desconhecido q causou tanto impacto no graad azul que todos falaram sobre ela por cinco minutos? Esperava algo mais sabe( desculpe a sinceridade)

Enfim parece que o graadianos resolveram agir e conseguiram vencer os jontar, mais durante a luta Erik morreu, sei que não este o foco mas acho que gostaria de ter visto esta luta mas enfim

Propus some sem dar explicação nenhuma, tb foi estranho, mesmo considerando que esta frieza é bem tipico dele, mas ainda me pergunto o que o Leif está tramando, serio esse cara parece cada vez mais ter alguma ligação com o loki, mesmo que seja só na inspiração, para mim essa tríade é pelo menos inspirada na tríade dos aesir, o rei seria o odin, Érik seria o thor e Leif o loki

Bom Nikos espero pela continuação parabéns e até aproxima

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Oi Nikos tudo bem?

Sinceramente esperava mais dessa aparição do Nidhogg( o fato de ser ele só me deixou mais empolgado e sentido ao mesmo tempo, como ocorreu quando o conheci o Fafner no soul Of gold), tipo no final de tudo foi uma ilusão criada por alguém desconhecido q causou tanto impacto no graad azul que todos falaram sobre ela por cinco minutos? Esperava algo mais sabe( desculpe a sinceridade)

Enfim parece que o graadianos resolveram agir e conseguiram vencer os jontar, mais durante a luta Erik morreu, sei que não este o foco mas acho que gostaria de ter visto esta luta mas enfim

Propus some sem dar explicação nenhuma, tb foi estranho, mesmo considerando que esta frieza é bem tipico dele, mas ainda me pergunto o que o Leif está tramando, serio esse cara parece cada vez mais ter alguma ligação com o loki, mesmo que seja só na inspiração, para mim essa tríade é pelo menos inspirada na tríade dos aesir, o rei seria o odin, Érik seria o thor e Leif o loki

Bom Nikos espero pela continuação parabéns e até aproxima

Olá Fimbul! vejo que o capítulo decepcionou geral mesmo...

 

Quem disse que foi uma ilusão? kkk. O Henrike? Mas pode ser sincero mesmo, estamos aqui para ouvir crítica.

 

Eu também gostaria de ter visto essa luta, pena que não foi mostrada.

 

O sumiço de Propus foi bem estranho, principalmente a carta dele. Por que estás desconfiando tanto do Leif? Deixa ele coitado. kkk

 

Adorei a tua relação com a tríade e ela faz muito sentido!

 

Valeu pelos parabéns Fimbul e desculpa se não atendeu às tuas expectativas.

 

Abração.

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BALANÇO: CAPÍTULO 5

 

Povo, balanço pequeno porque o capítulo foi minúsculo. Nem fiz vídeo porque ia ficar muito curto.

 

 

Resumo


Após a chegada do Dragão, Henrike despertou após algum tempo na ala hospitalar, quando viu Propus. O graadiano acusou o companheiro de ter produzido a ilusão, ou então o fim do mundo teria chegado. Propus negou tudo e disse que tinha coisas mais importantes para resolver. Porém, antes que pudesse revelar sua ideia, Leif chegou e avisou que eles concordaram em retomar a aliança com o clã adorador de Vanaheim e seus Paladinos Dourados, que também tinham sido destruídos pelos Jötnar. A expedição em conjunto voltou vitoriosa, mas sofreu com a perda do Grande Jarl Erik, deixando Henrike abalado. Para tornar as coisas ainda mais críticas para o jovem graadiano, Leif revelou uma mensagem dizendo que Propus havia deixado Graad Azul.

Personagens


Henrike: Jovem graadiano, filho do Jarl. Sonhador, se tornou um guerreiro azul recentemente, sendo impossibilitado de lutar por causa de seus ferimentos na invasão dos Jötnar.

Propus: Estrangeiro que veio do Sul que mantém uma relação estreita com Henrike. Desapareceu de Graad Azul deixando uma carta.

Conselheiro Leif: Figura política arrogante que defende acima de tudo um ideal de integração entre os outros clãs, mas abomina os estrangeiros. Vai sempre de encontro com o Jarl e com o Rei.

Grande Jarl Erik: Maior guerreiro das Terras Nórdicas. Morreu na expedição para destruir o clã adorador de Jotunheim.

Rei Harald: Um dos líder de Graad Azul. Sereno e perspicaz.

Sveigðir: Chefe do clã de Ljòs Ouro. Aliou-se a Graad Azul para atacar os Jötnar.

 

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CAPÍTULO 6

 

 

Henrike mordeu o dedo distraído. Nem a reunião entre os Guerreiros Azuis o deixava em foco. Propus havia desaparecido há alguns meses, deixando-o praticamente sozinho. Com a morte do pai, seu tio se tornava cada vez mais distante, pois tinha que arcar com as responsabilidades tanto do Rei, quando do Grande Jarl. Assim, sem as pessoas mais próximas, ele se sentia isolado e deslocado. Além disso, era o mais jovem dentre o panteão de soldados de Graad Azul, não conseguindo se encaixar nem se socializar. O fato de ter sido filho de Erik também o atrapalhava nos relacionamentos. Portanto, mesmo nas mais importantes decisões dos guerreiros, não conseguia se concentrar. Apenas ficava pensando em Propus, ou no pai, ou em qualquer outra coisa.


Percebendo a distração, um dos Guerreiros Azuis o cutucou com o cotovelo, despertando-o para a realidade. Estavam discutindo há horas os preparativos da realização da seleção para um novo Grande Jarl, que comandaria a tropa e preencheria o segundo pilar da diarquia de Graad Azul. Faltava apenas resolver as questões com o Rei Harald e ter a aprovação do Conselheiro.


Outro ponto da discussão era a presença dos Paladinos Dourados e os devidos integrantes sobreviventes de Ljós Ouro no Reino Azulado. A filosofia e os próprios deuses regentes divergiam, deixando a população um pouco receosa em conviver com tais indivíduos, mesmo eles sendo adoradores de seres tão respeitosos quanto os Vanires. Vanaheim era conhecida por ser um local extremamente sagrado e abençoado, tais como os seus deuses. Era um lugar de destaque entre os nove mundos, equiparando-se a Asgard.


– E é por isso que precisamos de ti, Henrike. – comentou um guerreiro de longos cabelos ruivos. – Tu és sobrinho de Sua Majestade. Eu sei que ele está tendo um embate administrativo depois da morte do Grande Jarl, mas não podemos mais atrasar. Precisamos logo de um novo comandante. A própria população está exigindo.


– Mas Leif está atrasando tal decisão. Aquele bandido insuportável. – relatou outro participante, mais musculoso e alto que o primeiro, com cabelos curtos e loiros.


– Dizem que ele abusou até de chantagem e extorsão para angariar alguns votos. – observou um terceiro membro, mais baixo e mais novo. – Não confio nem um pouco em Leif, fora o forte contato que ele tem com os habitantes de Ljós Ouro.


A discussão seguia mais uma vez um rumo sem fim, atrasando-a novamente. Henrike bufava com tudo aquilo e voltava a se dispersar. Não imaginava que o conselho dos Guerreiros Azuis fosse tão maçante. Ficava recordando da infância e da ideia que tinha dos soldados graadianos, que eram criaturas imponentes que simplesmente utilizavam do instinto para agir e nunca erravam.


– Henrike! Presta atenção! – bradou o guerreiro ruivo que havia iniciado a conversa. – Eu sei que há muitas coisas que pairam sobre tua cabeça, mas não podemos continuar neste ritmo. Quero que vás agora falar com Sua Majestade. Ele precisa convencer Leif a aprovar de uma vez o cerimonial de escolha do novo Grande Jarl.


Sem discordar, nem esboçar nenhuma oposição, Henrike se levantou, fez uma reverência e deixou o salão dos Guerreiros Azuis. Sabia muito bem o motivo da pressa do guerreiro ruivo, visto que ele era o mais velho e o principal cotado a assumir a posição do pai. Por um lado concordava com seus atos, pois precisavam logo de um novo Grande Jarl. Porém, a simples ideia de que haveria uma pessoa assim diferente de Erik o deixava deprimido.


O tempo passava e ele continuava a seguir o caminho, viajando nos pensamentos. Andou pelos corredores do palácio e subiu as primeiras escadas. A sala do Rei ficava em um andar superior, enquanto o cômodo dos Guerreiros Azuis era no subterrâneo, para evitar incômodos. O restante do castelo era preenchido de quartos, cozinhas e, no centro, a grande torre infinita que representava a grande biblioteca.


Subindo as escadas, Henrike se deparou com a porta do grande salão do Rei. Preparou-se para abrir a maçaneta, quando ouviu um barulho lá dentro, fazendo-o recuar. Tentando fazer o máximo de silêncio possível, colocou o ouvido na porta para tentar decifrar a discussão.


– Tu não podes estar falando sério, Harald. – grunhiu o Conselheiro com aquela voz seca e irritante.


– Eu não posso fazer nada, Leif. – respondeu o Rei com uma voz calma e serena. – O povo está receoso. Eu não terei outra escolha se não mandar os habitantes de Ljós Ouro embora.


– Mas o senhor prometeu habitação e segurança para eles, desde que nos ajudassem a excomungar os Jötnar dessas terras. Eles conseguiram, agora cumpre a promessa.


– Não, Leif, foste tu que prometeste e fez isso em meu nome. – rebateu o Rei Harald e Henrike deduziu, pelo barulho, que ele tinha acabado de se levantar da poltrona. – Mas cumprirei esta promessa. Enviarei recursos e homens para que eles possam reconstruir Ljós Ouro em outro lugar. Desamparados eles não vão ficar, mas também não posso permitir que eles continuem causando receio no meu povo.


– Isso é um absurdo! – grunhiu Leif, batendo nas pernas. – Lhes foi prometido grande segurança e vamos cumprir, eu vou…


– Vais o que? – interrompeu o Rei. – Tu não tens poder para fazer nada, apenas para vetar as minhas decisões. Está certo que ganhaste alguma autoridade desde que meu irmão morreu. Mas logo um novo Grande Jarl será escolhido e voltarás a ter o mesmo poder de sempre, ou seja, nada. Podes vetar a minha decisão de expulsar gentilmente os Paladinos Dourados e arranjá-los um lar, mas isso só abalará a tua popularidade ainda mais. Se já tens pouco poder, um veto agora acabaria com todo o teu prestígio e serás um nada ao final deste ano.


– Mas…


– Por que insistes tanto em proteger esse povo? – questionou o Rei Harald. – Será que não entendes que Asgard e Vanaheim são praticamente rivais? Ambos têm grandes princípios, mas as suas filosofias são amplamente opostas. Enquanto Graad Azul venera os deuses da guerra, eles veneram os deuses da agricultura, da fertilidade e, consequentemente, da paz. Não dá para conviver dois povos distintos assim por tanto tempo.


– Isso não vem ao caso…


– Então o que vem? – bufou o Rei com um tom indignado. – Até parece que tens alguma pendência com aqueles guerreiros. Foste tu que os trouxeste até aqui desde o começo. Será que já não estava tudo armado?


– Ora, isto é um insulto! – resmungou Leif. – O senhor é o Rei, mas não pode falar assim comigo.


– Então essa discussão está encerrada. Continuaremos amanhã e espero que tenhas mudado de opinião.


Henrike ouviu passos em direção à porta e, silenciosamente, se dirigiu para detrás das paredes do corredor ao lado, mas continuou observando o local, discretamente. A porta se abriu como um estrondo e o novo Guerreiro Azul teve um acesso de raiva ao ver aquela figura encapuzada marchando irritada, deixando o local. Jamais perdoara Leif pelo sumiço de Propus, pois sempre o culpara.


Seguindo sua intuição, ele colocou sua armadura azulada a seguiu discretamente, tentando não ser descoberto, apenas andando normalmente para que ninguém do palácio pudesse desconfiar de nada. Estranhou a posição do Conselheiro e concordou com o Rei. Por que Leif protegia tanto os Paladinos Dourados?


Continuou andando discretamente e retardava o passo, já que sabia que estava seguindo alguém de mais idade e que não tinha muita velocidade. Assim, percorreu os corredores do palácio até a saída, tentando disfarçar o rumo. Em seguida, cuidou para não ser notado ao andar pelo terreno coberto de neve da cidade de Graad Azul, seguindo, por fim, até a sequência de muralhas que protegiam a cidade e que já estavam sendo reformadas após a invasão.


Andou mais alguns metros, quando viu a figura descendo uma espécie de declive até parar num ponto, como estivesse esperando alguém. Tentando não ser notado, Henrike se escondeu atrás de uma rocha, há vários metros dali, ficando totalmente em silêncio.


Não demorou e um vulto surgiu pelo outro lado, em meio à neve. Henrike forçou a vista e reconheceu a imponente presença de Sveigðir, o chefe dos Paladinos Dourados. Não conseguia parar de pensar no que Leif poderia querer com ele. Poderia ser o plano do qual o Rei Harald suspeitava? Precisava descobrir mais alguma coisa e ficou ainda mais estático para não produzir nenhum barulho. Sabia que, daquela distância, qualquer palavra não soaria mais que um sussurro a seus ouvidos.


– Então, o senhor veio trazer o que nos prometeu? – indagou Sveigðir, um pouco exigente.


– Sinto muito, mas não foi possível. Continuo sendo impedido a realizar o que quero. – respondeu a figura com uma voz abafada pelo capuz.


Parecendo irritado, Sveigðir pulou para cima dele, agarrando a sua manga e apertando os dedos em seu braço. Considerando isso uma ofensa, ele simplesmente tirou o braço e grunhiu:


– Eu ainda não tenho o poder suficiente. Mas posso ter se vocês completarem o serviço.


– O que? Já não basta termos posto um fim no Grande Jarl? Isso é um absurdo! – grunhiu o Paladino, praticamente ignorando o respeito. –


– Pensem bem, será muito melhor para vocês. Eu estou fazendo o máximo possível para manter vocês aqui, mas só recebo impedimentos e ordens.


– Não estamos nem aí em ficar aqui. Só queremos o que nos foi prometido! – concluiu Sveigðir, olhando para o lado.


– Vocês terão, é só completarem o serviço e eu terei o poder absoluto para ir e vir e pegar aquilo que vocês mais desejam.


Não muito convencido, Sveigðir assoviou forte e vários Paladinos Dourados surgiram por entre as árvores cobertas de neve que havia atrás do local. Ele sussurrou algo em seus ouvidos e todos partiram em direção aos portões de Graad Azul. O comandante de Ljós Ouro riu e fechou os olhos, complementando que tudo seria resolvido e logo saiu dali também.


Assustado, Henrike se levantou. Vários pensamentos surgiam em sua cabeça. Então a morte de Erik não tinha sido consequências da guerra e sim um ato armado por Leif e Sveigðir? E agora o Conselheiro queria acabar com o Rei em troca de algo que o chefe de Ljós Ouro procurava. Mas o que seria? Não importava, precisava ir avisar logo Graad Azul e proteger o Rei. Já havia perdido o pai e Propus, não poderia perder o tio.


Assim, se prontificou a correr. Não poderia perder mais um segundo ou não conseguiria evitar a tragédia. Harald era o Rei e, portanto, nunca havia treinado para nenhuma espécie de combate. Se fosse atacado, seria facilmente sucumbido a qualquer guerreiro.


De repente, um vulto surgiu à sua frente e o derrubou. Ele respirou forte ao ver aquele guerreiro loiro e magro olhando-o seriamente.


– Achaste que irias impedir a nossa missão? – questionou Sveigðir. – Se tivesses ficado em Graad Azul e não tivesse ouvido a nossa conversa, não irias morrer.


O Paladino empunhou a mão para frente e lançou uma rajada luminosa. Com reflexos rápidos, Henrike saltou para trás, conseguindo se esquivar. O ataque de Sveigðir, todavia, perfurou o chão, derretendo boa parte da neve. Não obstante, ele lançou mais uma vez a rajada de luz, atingindo o Guerreiro Azul em cheio, lançando-o para baixo do relevo, próximo do local onde conversava.


Sem se abalar, Henrike se levantou e lançou uma brisa de ar frio, totalmente derretida pela energia luminosa emitida por Sveigðir, que logo saltou para baixo, pronto para continuar a luta.


– Foste tu que mataste o meu pai… seu imbecil. – rosnou Henrike. – Por que fizeste isso? Será que nossa hospedagem não foi o suficiente e precisavas de mais?


– É claro que precisávamos de mais, jovenzinho irritante. – bradou Sveigðir, com fúria nos olhos. – Não foram os Jötnar que arrasaram Ljós Ouro… foi o Níðhöggr!


Henrike se calou no mesmo momento em que se desviava de um soco. Jurava que a aparição do monstro que devorava a árvore dos mundos fosse apenas mais uma das artimanhas de Propus. Seria uma coincidência, ou realmente tudo aquilo era o sinal do Ragnarök? Pela expressão de Sveigðir, parecia que o dragão estava longe de ser meramente uma ilusão.


– Aquele imenso dragão lançou suas chamas e arrasou o nosso clã, matando centenas de inocentes. – continuou o Paladino. – Estávamos todos destruídos, sem local para morar, quando nos propuseram um acordo. Se destruíssemos o Grande Jarl em meio uma guerra com os Jötnar, nos entregariam a relíquia sagrada de Graad Azul.


– A relíquia sagrada, queres dizer o…


– Sim, aquele objeto enigmático que está guardado no meio do teu reino. – continuou Sveigðir. – Nós imaginamos que seu poder pode abrir o portal para os outros mundos e essa seria a solução para tudo.


– Mas o que vocês querem com ele?


– Não é óbvio? – bradou o guerreiro luminoso. – Segundo as profecias, o único dos nove mundos que escapará do Ragnarök será Vanaheim. Usaremos o seu poder para ir para lá e enfim, viver.


– Isso é desonra! – afirmou Henrike. – Como podem ser guerreiros de verdade?


– Não nos confunda, nós louvamos os Vanires. Nossa filosofia é muito diferente da dos Aesires. Não temos a guerra como nosso bem maior. O importante é mantermos a nossa linhagem.


– Maldito! Não vou permitir que completes esse desejo. Não vou permitir que derrubem o último pilar de Graad Azul. IMPULSO AZUL!


Henrike ergueu as mãos para cima e uma cortina de ar frio foi emanada do seu corpo, rodeando uma esfera azulada que crescia a cada instante. A um sinal, a esfera foi em direção a Sveigðir, que simplesmente apontou a mão para frente, produzindo uma forte energia luminosa. Com muita facilidade, o poder derreteu todo o ataque do Guerreiro Azul.


Sveigðir manteve a seriedade, enquanto Henrike se assustava com tamanho poder. Sabia da intensidade do seu ar congelado e não acreditava que alguém poderia acabar com ele assim tão facilmente.


– Esse é o calor de um Paladino. – zombou Sveigðir sem sorrir, como se batalhar fosse um fardo. – Nós, os adoradores dos Vanires, somos iluminados. Podemos produzir um poder de luz dotado de um grande calor, que pode derreter até a mais resistente muralha de gelo. Não há como nos derrotar.


– Maldito! – rosnou Henrike, lançando mais uma brisa de ar gelado, novamente em vão.


– Parece que não aceitas o teu fatídico destino. – continuou o guerreiro dourado. – Bem, colocarei um fim nisso agora mesmo se é isso que tu queres. OFUSCAÇÃO DOURADA!


O paladino apontou os braços para cima e, semelhantemente ao “Impulso Azul”, uma esfera dourada surgiu à frente dele, rodeada por uma forte brisa luminosa. A um comando, a energia atingiu Henrike em cheio, derrubando-o no chão. O garoto gemeu de dor. Sentia a pela toda queimada e a visão um pouco prejudicada pela forte luz emitida. Sveigðir manteve a postura séria e já erguia a mão para atacar novamente.


– Agora entendeste o meu poder? – indagou o paladino. – Não adianta, um guerreiro de baixo nível como tu jamais poderá se equiparar ao soldado mais elevado de Ljós Ouro. Agora verás como eu matei o teu pai.


De repente, Henrike começou a espirrar. Não parecia ser do aumento da temperatura corporal, mas de algo que estava cobrindo todo o terreno. Abriu os olhos e viu que uma espécie de pólen flutuava por entre eles. Sveigðir riu e apontou a mão para frente, segurando o pó.


– Esse é o fruto das colheitas de Vanaheim. – discursou o paladino. – O pólen das grandes flores que cobrem os jardins sagrados do mundo que idolatramos. O único lugar de todos os nove mundos em que realmente existe vida. E agora serás atingido por ele. FILETES SAGRADOS!


A um estalo de dedo de Sveigðir, toda a cortina de pólen se transformou em um pequeno rodamoinho e atingiu Henrike. Atordoado, ele caiu no chão, praticamente desmaiado. O Paladino Dourado o fitou e estava pronto para deixar o local, quando sentiu uma forte energia emanada pelo Guerreiro Azul. Olhou de relance e uma figura surgia por detrás dele enquanto ele se levantava.


– Então foi assim que mataste o meu pai? Lançando um pó venenoso para enfraquecê-lo sem que percebesse? – grunhiu Henrike, tossindo sem parar, com lágrimas nos olhos. – Maldito, eu pensei que ele tivesse morrido como um herói, mas tu impediste até isso. Não deixaste o meu pai ir para Valhalla. SEU IMBECIL! GÊISER SURDIDO!


Uma forte tromba de água ardente emergiu do chão, atingindo Sveigðir. O Paladino, porém, apenas ergueu a mão para baixo e, com toda a sua energia termoluminosa, evaporou completamente o ataque de Henrike. Assustado, o jovem deu dois passos para trás, ainda muito afetado pela praga do paladino.


– Eu não vou perder. O meu poder é resultado de Odin e dos outros deuses de Asgard. – bradou Henrike. – Não deverias dizer a natureza dos teus ataques, porque agora eu vou acabar com eles.


Uma forte aura rodeou Henrike e, por um instante Sveigðir ficou estupefato. Todos os pequenos filetes de pólen haviam se congelado. caindo no chão rapidamente em seguida. O poder do garoto parecia estar sendo abastecido por algo misterioso e poderoso, o que deixava o paladino cada vez mais assustado.


– Não vou deixar que teu poder cresça. – murmurou o Paladino. – OFUSCAÇÃO DOURADA!


Sveigðir ergueu as mãos para cima e lançou mais uma vez sua energia térmica e luminosa. Entretanto, no mesmo instante em que terminou de pronunciar as palavras, os olhos de Henrike se abriram e ele gritou:


– Não desistirei! – murmurou Henrike. – Posso sair derrotado, mas, se não tiver dado o máximo de mim, jamais irei para Valhalla. IMPULSO AZUL!


Não tardou e os dois ataques colidiram. O choque, entretanto, não demorou muito tempo e a energia luminosa logo sobrepujou o ataque de ar frio de Henrike, atingindo-o depois e mandando-o para o chão. Sveigðir respirou fundo. Não sabia de onde vinha tanto poder daquele jovem, que já se postava de pé novamente, mesmo com todas as adversidades e dores que sentia.


O jovem lançou seu ataque novamente, mas a tentativa foi novamente em vão, tendo o gelo completamente derretido pelo poder de Sveigðir. Não obstante, Henrike continuou atacando, mas nenhum dos golpes surtiu algum efeito. Cansado, o paladino contra-atacou, derrubando-o mais uma vez.

– Será que agora percebeste que todas as tuas tentativas são inúteis? – questionou Sveigðir. – Eu acabarei contigo agora.


– Tens certeza disso? – rebateu Henrike, se levantando com dificuldade.


– O que?


Sveigðir olhou para baixo. De repente, toda a água que ele havia derretido começou a emergir, formando trombas até grande altura. Além disso, o chão ficara vermelho, como se o gelo que estivesse abaixo do pé dele estivesse próximo de derreter.


– Achas que teu poder calorífico iria durar muito tempo em um terreno de gelo? – alertou Henrike. – GRANDE GÊISER SURDIDO!


O chão por debaixo de Sveigðir se rompeu a um estalo, produzindo uma imensa tromba d’água efervescente. O paladino gritou, tentando evaporar a água, mas logo foi atingido pelas outros pequenos gêiseres que Henrike havia preparado.


Sem ações, o líder dourado caiu sob o lago por debaixo do chão de gelo que havia derretido, espalhando grande quantidade de água para os lados, que logo se congelaram. O choque térmico o atingiu rapidamente, fazendo-o tremer muito. Quando a água se congelou, ele já estava praticamente sem vida, deitado em meio a um grande túmulo de gelo.


Ignorando a figura quase morta, Henrike saiu do local, tentando se deslocar o mais rápido possível, apesar de suas condições. As queimaduras e a pressão do ataque o impediam de correr e de raciocinar direito. Entretanto, tentava superar tudo isso a fim de chegar logo a Graad Azul e impedir o assassinato do Rei Harald.


A cada passo que dava, milhões de pensamentos pairavam sobre sua mente. Temia que o tio já tivesse sido assassinado pelo tempo que demorara naquela luta. Contudo, tentou se manter otimista, tinha que trabalhar com a possibilidade de ele poder fazer alguma coisa e impedir o ato.


Entrou rapidamente pelos portões de Graad Azul. Os guardas indagaram o porquê do estado, mas ele não teve tempo de responder. Apenas seguiu seu caminho, invadiu o castelo e subiu as escadas. Como os ferimentos o atrapalhavam, tinha muitas dificuldades de se locomover, mas não podia hesitar. Abriu a porta do salão do Rei e seu coração parou naquele instante.


Estava tudo vazio. Não havia sinal do Rei, nem do Conselheiro, nem de ninguém. Ficou levemente aliviado por não ter também nenhuma evidência de batalha. Um pouco menos preocupado, foi correndo entre os corredores do palácio, perguntando onde o Rei Harald poderia estar, mas ninguém havia respondido algo útil, apenas disseram que o viram passando por ali.


Temendo o pior, ele tentou se precaver. Desceu até o fundo do castelo e adentrou no grande salão dos Guerreiros Azuis. Não havia ninguém e deduziu que o Conselheiro havia dado um jeito de afastá-los dali enquanto os Paladinos Dourados cometeriam o ato sórdido. Ignorando todas essas adversidades, ele se dirigiu a uma parede, tirou uma das pedras que estava solta, formando um vão. Em seguida, colocou a mão no buraco e pegou uma espécie de baú em mãos.


Aliviou-se ao ver que aquilo ainda estava intacto. Sabia que ali estava guardada a relíquia de Graad Azul e que só o poder de um deus ou as armas de Nidavellir poderiam romper as travas do baú.


De repente, um barulho surgiu no corredor e abriu a porta do salão. Seu coração se encheu de felicidade ao ver que o Rei Harald adentrava, vivo e, aparentemente, sem sinais de combates. Havia então alguma possibilidade de evitar todo aquele desastre.


O Rei Harald, porém, não parecia feliz. Estava com um olhar estupefato e mais ainda quando olhou de relance para as mãos de Henrike. O jovem percebeu a direção do olhar, observou para a relíquia em sua mão e imaginou a sua encrenca.


– Henrike, não acredito… irias roubar Graad Azul? – bradou o Rei com uma voz serena, não menos assustada.


– Não… tio… não é o que o senhor está pensando. – justificou o jovem, tentando se explicar.


– Eu te encontro com a relíquia sagrada de Graad Azul e queres que eu pense o quê?


– ELES ESTÃO TENTANDO MATAR O SENHOR!


Henrike se debruçou a chorar, enquanto gritava, implorando para que o Rei Harald o ouvisse. O choque pela notícia o afetou diretamente, deixando-o de queixo caído. Sem demorar, Henrike pulou para cima do tio e o abraçou, com o choro aumentando cada vez mais. Sentindo o afeto, o Rei retribuiu o gesto, confortando-o. Em seguida, afastou e o olhou serenamente nos olhos.


– O que está acontecendo, Henrike? – perguntou o Rei Harald serenamente. – Me conta tudo!


– Eu vi… eu vi o Conselheiro conversando com Sveigðir. Ele tinha armado tudo com os paladinos, desde a morte do meu pai até a tua morte. – explicou o jovem, gaguejando e respirando forte. – Neste exato momento, os soldados de Ljós Ouro estão à procura do senhor para exterminá-lo.


O Rei Harald arregalou os olhos e respirou forte também, como se estivesse muito impressionado com aquilo tudo. Entretanto, mantendo a postura de Rei, ele simplesmente se levantou calmamente e observou o sobrinho com um olhar autoritário.


– Tens certeza disso? – perguntou o Rei Harald. – Isso é uma acusação muito séria! Podes ter ouvido errado.


– Eu ouvi tudo claramente! Eles estão tentando matar o senhor. – continuou o jovem, chorando.


O Rei Harald respirou fundo e se virou de costas, parecendo finalmente ter dado algum crédito para o sobrinho.


– Leif é uma figura importante. Não podemos acusá-lo assim ou ele usará isso contra nós. – continuou o Rei seriamente. – Mas aquela figura irritante é capaz de tudo. Se ele estiver realmente armando tudo isso, devemos investigar e, para isso, precisamos dos Guerreiros Azuis. Eles conseguirão por o Conselheiro contra a parede e fazê-lo confessar tudo.


– Mas se encontramos os paladinos antes? – indagou Henrike, ainda sofrendo com os ferimentos, mas um ouço menos choroso.


– Isso será um problema, mas, mesmo machucado, acho que tu darás conta disso! – comentou o Rei Harald com um olhar bondoso. – És filho do meu irmão e com certeza poderás me proteger.


Henrike sorriu com o elogio e o Rei Harald retribuiu. Estava com um ar sério e decidido, deixando o jovem admirado. Devia ser realmente difícil agir impassivelmente mesmo depois de uma descoberta de um atentado de morte e ainda de alguém tão próximo como era o Conselheiro.


Assim, sem demorar, o Rei se dirigiu à porta e abriu. Henrike mal teve tempo de conter o grito. Uma forte energia havia sido emanada da abertura e atacou o Rei Harald, derrubando-o no chão.


 

Povo, espero que tenha melhorado um pouco o arco. Se não, aguentem mais um pouco que a conclusão é no próximo. depois voltamos para Atlântida, Refúgio

Editado por Nikos
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Capítulo 06 lido.

 

Gostei muito deste, muito superior ao anterior com mais trama, informações, intrigas e até ação.

 

Principalmente que o jovem e novato Guerreiro Azul, Henrike se portou muito bem e lutou como um grande combatente apesar da sua inexperiência assumida em combate.

 

Não condeno por completo, nas atitudes dos adoradores das divindades vanires, mas comento pela sua cobardia e falta de honra em particular.

 

Repito mais uma vez que gostei imenso, meus parabéns e abraços, mon ami!

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Opa Saint, fico feliz com os elogios!

Henrike tem o sangue de Erik, natural que, apesar da inexperiência, saiba combater. Os vanires tem uma filosofia bem diferente. Eles foram traiçoeiros sim, mas estavam desesperados pela vida. Nãoq ue tenham feito direito, mas só tou explicando a falta de honra deles.

Valeu então Saint! Brigadão por tudo e abraços.

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Gostei mais um pouco do capítulo, conforme havia lhe dito anteriormente, mas, ainda mantenho minha opinião a respeito do arco em geral.

 

Henrike se mostrou o destaque do capítulo, disposto a descobrir o que estava havendo por trás dos planos sórdidos de Leif. Gosto dele, considero-o carismático. Este que por sinal continua tramando situações que o coloquem no poder absoluto. Acho engraçado que ele nunca se cansa de suas artimanhas e finalmente descobrimos o porque de sua fascinação e interesse nos Paladinos Dourados.

 

Gostei de saber que Leif esteve por trás de todos os planos que culminaram na morte do Grande Jarl. Isso acaba expandindo o personagem para outro nível, o de que nunca desistirá dos seus objetivos não importa o que aconteça. Retirar Propus de Graad Azul e matar Eric foram ótimas estratégias para que fosse conseguindo concluir seus objetivos por trás de tudo, sem que ninguém desconfie.

 

E essa aliança com o clã de Ljós Ouro serve exatamente para isso. Henrike conseguiu descobrir tudo o que se passava, incluindo o motivo principal da morte do seu pai e enfrentou o líder dos Paladinos Dourados. Temi verdadeiramente pela sua morte, tendo em vista que a desvantagem entre ambos os combatentes era absurdamente nítida. Mas o companheiro de Propus compensou isso com uma boa estratégia de batalha e conseguiu vencer. Abro aspas novamente para a técnica dos gêiseres, cuja qual acho muito bela esteticamente falando, apesar de simples e ajudou a quebrar um pouco o estigma dos Guerreiros Azuis possuírem apenas técnicas referentes ao ar congelante.

 

Cara, sorte que o Rei Harald não interpretou de forma diferente o que Henrike estava fazendo! Eu pensei que o novato seria acusado de traição por ter sido pego no lugar errado e na hora errada, mas por sorte o mal entendido foi resolvido. O último objetivo de Leif agora é matar o Rei, para que ele seja o único entre a antiga triarquia a governar o reino sem impedimentos. Foi um bom plano. Mas, como o próximo concluirá este arco, fico curioso para descobrir como tudo se resolverá, incluindo ai a identidade da pessoa que atacou o monarca sem hesitação.

 

Mas é ai que entra a minha teoria louca: A pessoa que atacou o rei seria, nada mais nada menos, do que Propus! Isso seria a sua cara de fazer, Ninos hahahahaha. Sabemos muito bem que o Cavaleiro de Gêmeos tem atitudes bem questionáveis e que não pode ser considerado "bonzinho". Então fico com essa hipótese e esperarei até semana que vem para ver se estou certo ou não.

 

Parabéns pelo trabalho, Ninos. Quero Atlântida e Marinas de volta! Abraço!

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Olá Gustavo!!

Então, que bom que pelo menos gostasse do capitulo, apesar do arco não ser tanto do teu agrado (espero que com o Capítulo de conclusão tua opinião melhore um pouco). Mas concordo contigo em uma coisa, esse arco realmetne ficou bem deslocado e, para quem não é apaixonado pelos personagens: Henrike, Reai Harald, Erik e Leif, não deve ter pegado o gosto que eu tive por essa história. Por isso talvez ele tenha sido arrastado! É a velha questão da diferente visão entre escritor/leitor que existe.

E lembra-te que eu falei que não irias gostar muito deste arco antes de ele começar né? kkkk. Eu sou melhor que o Pítia em premonições.

Henrike é demais, uhahua, foi o destaque de todos os capítulos (to brincando). Ele tem o sangue de um verdadeiro guerreiro. Não é a toa que, com sua inexperiência, conseguiu vencer um combatente de elite (claro que na estratégia, mas isso também é parte de um guerreiro).

Na realidade, apenas Henrike e Erik lutaram verdadeiramente entre os Guerreiros Azuis! Os outros lutaram em conjunto, então não deu para ver direito.

Leif é uma figura carrancuda e, como visto nos capítulos 2 e 3, disposto ao máximo a conseguir a popularidade. Imagina se o Rei Harald interpretasse mal o Henrike... Leif conseguiria se livrar de mais uma figura com chances de grande popularidade e sem fazer nada.

Também estou curioso para saber como resolverá e quem o atacou. Achei bem legal a tua teoria e queria saber mais sobre ela. Propus não é considerado bonzinho, mas ele só é mau quando ganhará alguma coisa. kkkk. Aliás, uma contradição que eu vi é que falasse que Leif deu um jeito de se livrar de Propus e dissesse que Propus voltou...

Lembrando que o próximo capítulo será a conclusão. Como geralmente o arco termina com uma deixa para o próximo, talvez vejamos um pouco de cavaleiros ou marina no próximo (ao menos no final). Isso me baseando nos padrões dos outros arcos da primeira parte. Não sei exatamente.

Valeu então GF, abração.


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Acho que não me expressei bem. Leif de alguma forma poderia mesmo ter tirado Propus do seu caminho, mas isso não o impediria de retornar. E sinceramente, a fascinação que o filho de Alhena possui com a biblioteca infinita de Graad Azul, somado com sua personalidade misteriosa, poderia dar crédito a minha teoria dele estar sendo responsável pela morte de Harald.

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O autor havia me pedido “paciência” em resposta ao meu comentário anterior em vista de meu desagrado, cada vez mais crescente, com relação à história nesta segunda saga.

 

Tão prontamente o atendi já que minha confiança em seu trabalho beira o absoluto.

 

Minha conduta acabou sendo recompensada com este novo capítulo...

 

Não que ele tenha eclipsado o que houvera anteriormente, muitas destas coisas, infelizmente, ficaram arraigadas, contudo o mesmo colocara a trama no curso que deveria.

 

Henrike se saíra bem em sua batalha com o maior dos Paladinos de Ouro.

 

Destaco o ensejo mitológico que permeou as ações dos adoradores dos Vanires.

 

Aliás, bem interessante essa inserção da relíquia do Graad Azul.

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Caraca mano dahora, Henricke se superando, mostrando a linhagem de Guerreiro.

 

Cara como pode, em todo lugar tem traidor, pqp!!!

 

Olá Grimlock!

 

Nunca confie em ninguém na minha fic. Meus personagens mentem kkk!

 

O autor havia me pedido “paciência” em resposta ao meu comentário anterior em vista de meu desagrado, cada vez mais crescente, com relação à história nesta segunda saga.

 

Tão prontamente o atendi já que minha confiança em seu trabalho beira o absoluto.

 

Minha conduta acabou sendo recompensada com este novo capítulo...

 

Não que ele tenha eclipsado o que houvera anteriormente, muitas destas coisas, infelizmente, ficaram arraigadas, contudo o mesmo colocara a trama no curso que deveria.

 

Henrike se saíra bem em sua batalha com o maior dos Paladinos de Ouro.

 

Destaco o ensejo mitológico que permeou as ações dos adoradores dos Vanires.

 

Aliás, bem interessante essa inserção da relíquia do Graad Azul.

 

A paciência não foi pelo gosto, é só pelas conclusões precipitadas, kkk! EU concordo que o arco está um pouco deslocado e talvez tenha decepcionado. Mas espero que os dois últimos capítulos te agradem (Esse vi que agradou, espero pelo próximo)

 

Henrike mostrou o sangue de Jarl.

 

Quanto aos Vanires, gosto de dar um ar mitologia para as ações!

 

Valeu, abração.

 

Abraços

 

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CAPÍTULO 7

 

Os olhos de Henrike se arregalaram com aquela presença. Tanto o susto quanto a dúvida se misturavam na mente do jovem graadiano. Ainda abalado, o Rei Harald se levantou calmamente, como se não tivesse sofrido nenhum ataque. Contudo, ao olhar para frente, foi tomado pela surpresa e seu queixo caiu ao ver aquela figura imponente adentrando pela porta.


Emanava um brilho dourado do corpo, reflexo de sua proteção. Era jovem, tinha cabelos lisos e castanhos, indo até um pouco abaixo do pescoço. Era alto para a idade, mas nada fora do comum. Os olhos do Rei começaram a se encher de raiva ao fitar aquele olhar profundo e decidido do invasor. Henrike observava e tinha em seu peito uma mistura de felicidade com dúvida.


– Propus, tu estás vivo? – questionou o jovem Guerreiro Azul, ainda intrigado com a armadura de ouro.


– O que estás fazendo aqui? – questionou o Rei Harald, muito nervoso. – Tu estás louco ao vestir essa armadura de ouro. Caso não saibas, Graad Azul é o palco de uma neutralidade histórica em relação às guerras gregas. Se ferirmos essa neutralidade, o demônio Kraken irá nos destruir.


Sem parecer dar ouvidos ao Rei Harald, Propus avançou os braços e lançou uma grande pressão de ar, arrastando-o para a parede do salão. Abismado e sem saber o que fazer, Henrike seguiu seus instintos e pulou para cima do amigo, tentando defender o tio, mas Propus se moveu rapidamente, desviando-se facilmente das ofensivas. Em seguida, foi em direção ao Rei e o segurou por trás.


– O que estás fazendo, Propus? – questionou Henrike. – Por acaso és mais um enviado do Conselheiro ou dos paladinos para matar o Rei?


– Talvez devesses prestar mais atenção nas coisas antes de sair deduzindo o que não tens certeza, meu amigo. – respondeu Propus segurando firmemente o braço do Rei erguendo-o.


Henrike tentou desferir-lhe um ataque, mas se conteve, não podia arriscar atingir o Rei Harald dessa maneira. Alheio a tudo isso, Propus ergueu o punho direito do Rei mais ainda e abaixou a sua manga.


Os olhos de Henrike ficaram arregalados e confusos ao ver quatro marcas de arranhões no braço, enquanto o Rei se debatia para tentar escapar. Sabendo dos joguinhos de Propus, ele tentou ativar a sua memória e, como um estalo, tudo veio à tona e ele começou a tremer. Não imaginava que tudo aquilo podia estar acontecendo.


– Eras tu! – comentou Henrike, recordando-se da hora em que Sveigðir apertou o braço do encapuzado. – Eras tu o homem com capuz que eu vi conversando com o líder de Ljós Ouro. Então não era o Rei que eles estavam planejando matar, e sim… o Conselheiro Leif. Mas… o que está acontecendo?


– Exatamente! E trajar o capuz foi a forma perfeita de ele fingir que era o Conselheiro e poder sair do castelo sem que ninguém questionasse. Ninguém costuma olhar muito para Leif mesmo. – confirmou Propus sorrindo. – Contudo, Leif tem algum poder e, ao tirá-lo do caminho, ele teria liberdade absoluta para reinar em Graad Azul e aumentar ainda mais sua influência.


O Rei Harald se soltou facilmente de Propus e desferiu-lhe uma energia ofensiva, mas o cavaleiro saltou, se desviando. Henrike observou tudo indignado e mais ainda ao ver o olhar ambicioso do Rei, o qual jamais tinha visto antes.


– Mas não pode ser… meu tio jamais teria essa sede de poder. Por que estás fazendo isso? – indagou o jovem.


– Bem, porque talvez ele não seja quem estás pensando. – relatou Propus.


Henrike fez uma expressão de estranhamento, enquanto o Rei Harald o observou enfurecido. Com um estalar de dedos, uma pequena fenda dimensional se abriu à frente e um corpo caiu dela. Estava morto, aparentemente há alguns anos, mas não escondia a posição imponente. As barbas e os cabelos, que um dia poderiam ter sido loiros, agora perderam basicamente a cor, parando num branco brilhante.


O rosto de Henrike se encheu ainda mais de dúvidas ao reconhecer aquela expressão no cadáver. Aquele, com certeza, era o verdadeiro Rei Harald.


– Mas como? – rosnou o jovem guerreiro apontando para o homem à frente. – Tu és uma fraude! Há quanto tempo estás passando por meu tio?


– Naturalmente há mais de quatro anos, tendo em vista que, desde que cheguei aqui, foi a mesma pessoa que me recepcionou. – relatou Propus.


– Isso é um truque, sobrinho, tudo um truque. – grunhiu, com um olhar um pouco espantado. – Ele é um guerreiro grego e um mestre das ilusões. Não podes confiar nele!


– Parece que não sou só eu que está rompendo a neutralidade de Graad Azul, não é mesmo? – provocou Propus apontando a mão para o suposto Rei.


Uma energia diferente foi emanada das mãos de Propus e atingiu o até então falso Rei Harald. O corpo dele praticamente se despedaçou, se transfigurando aos poucos. O porte magro deu lugar a grandes músculos, enquanto o bigode e a barba desapareceram, permanecendo apenas uma grande cabeleira loira, indo quase até o quadril. Os olhos azuis escuros ficaram verdes. O manto que cobria o tronco se tornou uma proteção dourada, cheia de detalhes. Henrike ficou abismado, não entendendo o que estava acontecendo.


– Por que não te apresentas de verdade… general de Poseidon? – indagou Propus, enquanto o guerreiro recuava um pouco.


– Está certo! – concordou, ainda relutante. – Eu sou Yuri de Lymnades, o general marina que guarda o Oceano mais ao sul possível. Como descobriste quem eu era?


– Eu só tive certeza que eras um marina quando adentrei aqui e me olhaste com tamanho desdém ao ver a armadura de ouro. – explicou o cavaleiro. – Contudo, eu comecei a desconfiar de ti no dia da morte de Erik, quando conseguiste estampar muito bem um ar de tristeza, mas não escondeste a surpresa. Parecia que já tinhas conhecimento de tudo e, pela pequena satisfação implícita, tive a impressão que tudo havia sido armado. Mas foi bem difícil, já que consegues ocultar muito bem o que verdadeiramente passa na tua cabeça.


– Mas por que não me falaste nada? – interrompeu Henrike, ainda muito confuso.


– Às vezes é melhor agir na surdina. – rebateu Propus. – Eu precisava investigar o Rei e não conseguiria fazer isso com Leif o tempo todo vigiando a ele e a mim. Então, eu desapareci, para ninguém ficar desconfiando de mim e deixei um bilhete para o Conselheiro acreditar que eu tinha me retirado. Com isso, adentrei na biblioteca e me camuflei como pude. A minha certeza aumentou quando, em um cômodo secreto no salão do Rei, encontrei o cadáver do verdadeiro Rei Harald, não faz alguns dias. Isso atiçou ainda mais as minhas investigações, mas o ápice foi quando eu segui Henrike e consegui ouvir toda a conversa e os planos de assassinato de Leif.


Yuri se enchia de raiva a cada palavra dita. Não podia aceitar que alguém tivesse decifrado o seu plano assim. Henrike, por outro lado, estava tomado por um ódio imenso. Não conseguia perdoar aquela criatura e só pensava na vingança e em golpeá-lo com toda força. Sem pensar duas vezes, saltou para cima do marina, que o contra-atacou com uma rajada de ar frio, atirando-o para longe.


– Ferido deste jeito jamais conseguirás chegar até mim. – grunhiu Yuri. – Tu és um garoto patético mesmo.


– Tu mataste o meu pai, meu tio e irias matar o Conselheiro. – rosnou Henrike, com os olhos tomados pelo ódio. – Eu vou acabar contigo!


Antes que o guerreiro graadiano pudesse se levantar, Yuri lançou mais uma rajada de ar frio, quando Propus saltou à frente de Henrike e ergueu as duas mãos para frente, bloqueando as ofensivas. O marina cuspiu no chão, ainda com o olhar decidido e cheio de raiva. Logo, não demorou e deu um sorriso sádico, deixando Propus com um olhar mais atento e Henrike mais enjoado.


– Sim, fui eu quem matou o Rei Harald, Erik e agora a morte de Leif será a minha glória. – garantiu Yuri. – Graad Azul será toda minha.


– Estás certo quanto às duas primeiras, mas errado com a morte de Leif. – zombou Propus, emitindo um sorriso lateral. – Pois acho que os assassinos que ordenaste devem estar vagando por outras dimensões neste exato momento.


Yuri fez uma cara de espanto e fechou os olhos. Era verdade, desde que havia ordenado a morte do Conselheiro, não havia escutado nenhum barulho de invasão e muito menos percebido a presença dos Paladinos Dourados por ali. Olhou de relance para a armadura de Gêmeos que cobria o corpo de Propus e teve certeza que o jovem estava falando a verdade.


– Como vês, os teus planos foram por água abaixo. – provocou o jovem cavaleiro. – E, como eu sei que estás pensando em nos matar neste exato momento, acho que, pelo menos, deves uma explicação ao meu amigo bem mais detalhada do que eu posso dar.


Yuri o olhou com ódio, principalmente por ele ter adivinhado praticamente o que estava pretendendo fazer. Mas, não se intimidou, pois sabia da perspicácia do jovem pelos anos de convivência e pelo próprio alerta dado por Pavel, naquela carta.


– Eu fui enviado para o norte porque as pedras do nosso profeta Nereu haviam apontado a presença de um forte cosmo por aqui, há cerca de seis anos. – confessou o marina. – Poderia ser de Atena, ou de um cavaleiro de ouro tentando montar uma base secreta nessas regiões. Fui obrigado a investigar. Entretanto, as barreiras das criaturas nórdicas impediram o teletransporte direto, me obrigando a explorar toda a região. Mas, em meio a guerras entre alguns guerreiros, acabei sendo atingido e me levaram para Graad Azul.


– Tal presença era de Pavel, o cavaleiro de ouro de Aquário. – confirmou Propus. – Mas se não o notaste convivendo por um bom tempo, quer dizer que perdeste a tua pedra e viste em Graad Azul um bom local para estabelecer uma base.


Yuri engoliu a saliva com mais uma afirmativa certa de Propus. Tentava desviar o pensamento, mas seus olhos acabavam encarando o olhar incisivo do geminiano, aumentando ainda mais o seu nervosismo. Henrike olhava para aquilo e ria internamente pelo joguinho psicológico, fato que não diminuía toda a sua raiva por aquela situação.


– Continua, por favor. – pediu Propus.


– É o que falaste, sem a pedra, eu simplesmente fiquei em Graad Azul, assumindo uma identidade local. Me admirei muito com a incrível influência que a cidade exercia. Era, certamente, um ponto forte para a intervenção do Imperador Poseidon. Então, há pouco menos de cinco anos, eu assassinei o verdadeiro Rei e tomei o seu lugar, escondendo-o num salão secreto que eu descobri ao ler alguns livros na biblioteca. Não podia ir levando o corpo dele pelo castelo, tinha que deixá-lo por ali mesmo.


– Mas como conseguiste enganar o meu pai? O Rei era irmão dele. – rosnou Henrike, tentando se levantar, com dificuldades.


– Não foi difícil! – continuou o marina. – Eu posso ler o coração e a alma das pessoas, sabendo os seus pontos fracos. Assim, eu simplesmente agi como Rei da mesma forma com que as pessoas estavam acostumadas.


– Se eras uma cópia tão perfeita, por que mataste o meu pai? – indagou o jovem graadiano o, cada vez mais indignado.


– Por que eu só conseguia ser o que ele pensava nos momentos em que ele estava próximo. Mas, quando estava sozinho, tinha que agir como achava que deveria e as minhas atitudes administrativas cada vez mais se discordavam da maneira com que Erik esperava de mim. Ainda mais depois das milhões de intrigas de Leif, das alianças ridículas e das missões de reconhecimento fracassadas. Logo, o atrito estava tão grande, mas tão grande que ele começou a desconfiar das minhas verdadeiras intenções. Não poderia permitir tal injúria. Precisava eliminá-lo, pois as desconfianças dele só aumentavam.


– Foi então que a invasão dos Jötnar te veio muito a calhar, estavas esperando que ele morresse durante ela. – interrompeu Propus.


– Certo! – confirmou Yuri. – Estava esperando a sua morte, mas vi que isso não aconteceria assim fácil e que, se ocorresse, representaria a invasão do Reino ou o fim de todos os Guerreiros Azuis. Não poderia deixar que isso acontecesse. A cidade não poderia ficar desprotegida ou, pior ainda, destruída, isso ia acabar com o meu poder. Então, me transfigurei no Níðhöggr, pois sabia que isso ia amedrontar todos aqueles guerreiros.


Henrike engoliu a saliva e observou Yuri completamente espantado. Depois, fitou Propus com um pouco de arrependimento por tê-lo acusado daquela maneira.


– Propus, me desculpa, eu sempre achei que foste tu que conjuraste o dragão. – pediu o guerreiro, mas o companheiro parecia não ligar e continuava atento a Yuri.


– Com a imagem do Níðhöggr em mim, eu tive uma ideia rápida. – continuou o marina. – Segui voo até Ljós Ouro e a devastei completamente. Em seguida, passei por lá como se nada tivesse acontecido e fingi um espanto com a destruição, lhes oferecendo a relíquia sagrada de Graad Azul caso eles matassem o Grande Jarl. Além disso, armei para que viessem até o Reino e eles mesmos pedissem abrigo ao Conselheiro, inventando que também tinham sido atacados pelos Jötnar. Leif já esteve lá algumas vezes, é claro que iria concordar. Ainda mais com as milhares de tentativas de aliança.


– Mas é óbvio que não irias ceder tão fácil a relíquia sagrada. – interrompeu Propus novamente. – Acho que encarnaste o Rei Harald por tanto tempo que não poderias permitir tal injúria com Graad Azul. Por isso tentaste o máximo possível expulsá-los daqui, mas o Conselheiro Leif não queria deixar.


– É isso mesmo! – rosnou Yuri, com raiva. – Ele nunca me permitia seguir em frente. Estava sempre fungando no meu caminho com um ideal ridículo de integração. Mas seria fácil eliminá-lo. Contatei Sveigðir e o ordenei que matassem Leif. Ao mesmo tempo, mandei os Guerreiros Azuis para uma missão de treinamento no entorno do Reino, tirando-os de cena, enquanto os paladinos faziam seu papel. Depois, era só armar o flagrante que obrigaria aqueles imbecis de Ljós Ouro a me deixarem em paz e, com isso, tiraria toda a credibilidade deles para qualquer tentativa de me acusar. Porém, ouvi um barulho aqui e tive que vir ver se sobrou algum guerreiro. Então, encontrei Henrike.


O jovem graadiano digeria toda a informação e não conseguia acreditar em tudo o que ouvia. Não podia aceitar que os últimos anos de sua vida tinham sido uma armação e que não pôde distinguir a falsidade que estava no Reino. A antipatia do Conselheiro Leif foi um dos motivos, mas isso não era desculpa. Tanto ele quanto o pai deveriam ter estados cientes disso.


– Foi um bom plano! – aplaudiu Propus. – Pena que não deu certo!


– Não deu certo? – rosnou Yuri. – Eu vou acabar com vocês, assassinar Leif e pô-lo aqui. É só dizer que um combatente grego veio aqui para matar o Conselheiro e Henrike fez de tudo para impedir, mas os dois morreram no processo.


– Maldito! Não vais conseguir isso. – bradou Henrike, tentando se levantar, mas Propus ergueu a mão, impedindo qualquer ato.


– Ele é um general marina, meu inimigo. – explicou Propus. – E, como um guerreiro de Atena, é o meu dever exterminá-lo daqui.


– Te julgas capaz disso? – zombou Yuri. – Eu sou a elite dos soldados do Imperador Poseidon, enquanto tu és apenas um jovem inexperiente.


Yuri mandou uma cortina de ar frio em direção a Propus, que simplesmente saltou desviando. Em seguida, o jovem lançou várias fagulhas de energia, todas defendidas pelo general com um movimento rápido de mãos. Não se abalando com tal situação, o geminiano apontou o braço para frente e lançou uma grande pressão de ar. No entanto, Yuri ergueu a mão e mandou a rajada de frio, contra-atacando, derrubando o cavaleiro no chão.


– Isso é tudo que tens? – zombou o marina. – GARRAS DO DUENDE!


Yuri fechou os dedos e cortou o ar, produzindo uma imensa força cortante que atingiu em cheio o corpo de Propus, destroçando-o. Ele comemorou a vitória por um instante, mas logo se espantou ao ver o geminiano evaporar no ar.


De repente, uma fagulha de energia voou em sua direção, atingindo-o nas costas. O general uivou de dor e de raiva ao olhar para trás e ver Propus em cima de um dos pilares de sustentação, pronto para lançar mais um golpe. Irritado, Yuri mandou suas garras novamente, atingindo-o em cheio, mas era mais uma ilusão do jovem, que continuava multiplicando sua imagem, lançando fagulhas por todas as direções.


O marina rosnou, mas, a cada fagulha lançada, conseguia bloqueá-las com mais perfeição. Logo, concentrou uma grande energia e, como se uma tempestade de neve emergisse do corpo, espalhou uma grande quantidade de ar frio pela sala, destruindo todas as imagens e atingindo o verdadeiro Propus certeiramente. Sem tempo para recuar, ele lançou suas garras, rasgando a pele do oponente. O sangue logo correu por grande parte das partes desprotegidas do corpo dele, atirando-o na mais profunda dor.


Henrike observava tudo e queria fazer alguma coisa, mas sabia que não poderia interferir. Parecendo inabalado, Propus se levantou seriamente e já elevava o cosmo. Yuri ria, parecendo satisfeito com a luta.


– Agora te juntarás aos paladinos. – alertou Propus, juntando a energia para contra-atacar. – OUTRA DIMENSÃO!


O geminiano apontou a mão para frente e uma fenda dimensional surgiu, ocupando todo o teto do salão dos Guerreiros Azuis. Yuri observou tudo com uma cara de espanto ao ver que todos os pequenos objetos eram sugados para aquele buraco negro no céu e que ele também estava começando a ser arrastado.


Todavia, ele logo sorriu ao cruzar os braços e, repentinamente, voltar levemente ao chão. Propus olhou de relance para cima e viu uma imensa camada de gelo bloqueando seu ataque. Henrike ficou abismado e impressionado com tamanho poder.


– O meu ar congelado pode bloquear tudo e até me proteger. – gabou-se Yuri. – Agora sentirás a fúria do duende marinho. AURORA AUSTRAL!


Um espetáculo de luzes emergiu no teto do salão, enquanto Yuri concentrava uma grande energia de ar frio nas mãos. A um estalo, ele arremessou uma espécie de tufo ar congelado gigantesco em direção a Propus, que sucumbiu ao golpe, que misturava um poder congelante com uma espécie de eletricidade e energia luminosa. Yuri gargalhou ao ver o cavaleiro caindo no chão praticamente sem ações.


– Nas regiões polares da Terra, é possível observar um brilho no céu noturno, causado pelo impacto de partículas elétricas vindas do espaço ao planeta. – explicou Yuri. – Esse é o brilho da aurora, que afeta a todos. Agora, sentirás a minha ofensiva e te despedirás do mundo. GARRAS DO DUENDE!


Yuri ergueu o braço para frente, lançando sua energia cortante, dilacerando o corpo de Propus, que mais uma vez desapareceu. De repente, todo o salão parecia se transformar numa espécie de construção grega, assemelhando-se às Casas do Zodíaco. Henrike engoliu a saliva, mas não estava menos impressionado que o marina, que olhava de um lado para o outro à procura de Propus.


Logo, um ranger de metal soou próximo a um dos pilares que emergiram do nada. Yuri fitou rapidamente e seus olhos se arregalaram ao ver Propus com a armadura de ouro se aproximando lentamente.


Irritado, Yuri desferiu-lhe um golpe com as garras. Porém, não sabendo por que, o ataque retornou, atingindo-o em cheio. O marina gemeu de dor, mas se levantou furioso, se preparando para mandar mais um ataque, novamente em vão.


– Bem vindo ao “Labirinto de Gêmeos”. – explicou Propus. – Agora não poderás mais me atingir. Todos os teus ataques voltarão para ti próprio.


– Bobagem! – rosnou Yuri. – Isso é mais uma ilusão e meu ar frio localizará onde tu estás. AURORA AUSTRAL!


Yuri lançou mais uma vez seu grande ataque congelante, atingindo a armadura, que permaneceu intacta, como se tivesse absorvido todo o golpe. Logo, um forte brilho surgiu por detrás dela, lançando a ofensiva novamente para o marina, que foi atirado a um dos pilares da construção grega, rompendo sua estrutura.


Outro ataque voou em sua direção, dessa vez pelo lado, golpeando-o certeiramente, destruindo parte de suas escamas douradas, que foram responsáveis por tê-lo mantido vivo. Tomado agora pelo ódio, ele se levantou e cruzou os braços para baixo, como se estivesse meditando.


– Eu não sei se isso vai funcionar, mas é a minha última oportunidade. – grunhiu o marina. – EMERSÃO CONTINENTAL!


Um quinto golpe foi emanado do céu em direção ao marina, quando o chão começou a tremer, lançando uma forte energia para cima, dissipando a ofensiva. Logo, o tremor ficou cada vez mais forte, destruindo todo o interior da falsa casa de Gêmeos, até a terra emergir do chão, como se fosse um continente, que logo explodiu, arrasando com tudo ao redor.


Henrike foi lançado ao longe, mas ainda mantinha um pouco a consciência, já que conseguira se proteger. Propus, por outro lado, caiu em meio ao marina, que ria conforme a falsa casa de Gêmeos ia sendo destruída.


– Dizem as lendas que o oceano mais ao sul rodeia um grande continente congelado. – explicou Yuri, com uma respiração extremamente cansada. – Esse é o meu poder. Me custou muita energia, mas foi o suficiente para te vencer.


Ignorando o que o marina tinha a dizer, Propus se levantou muito machucado, enquanto o teto da casa acabava de cair. Não entendendo, Yuri olhou para cima e viu simplesmente o espaço. Pensou inicialmente que era outra ilusão, mas logo descartou essa hipótese.


– Tudo isso foi um engodo para nos arrastar para o portal dimensional. – admitiu Propus, ainda com muitos ferimentos. – Estamos em meio a minha “Outra Dimensão”, onde tu não poderás mais escapar.


Yuri olhou para o lado, aparentemente preocupado e depois riu muito.


– Tolo! – gabou-se o marina com as mãos para frente. – Eu vou acabar com isso mais uma vez com o meu ar congelante. AURORA AUSTRAL!


Um brilho foi emanado das costas do guerreiro de Lymnades e ele lançou o tufo de ar congelado em direção a Propus. Entretanto, o ataque simplesmente parou numa espécie de parede invisível e começou a congelar tudo em sua volta. Assustado, ele tentou fazer alguma coisa, mas o gelo avançava rapidamente, tomando todo o seu corpo.


– O que está acontecendo? – rosnou o marina, sem saber o que fazer, cada vez mais envolvido pelo próprio golpe.


– Tu tentaste congelar o que? – indagou Propus. – Não há nada entre nós a não ser o vácuo. A única matéria existente para tu congelares é pouco ar em volta que foi trazido para cá graças à minha “Outra Dimensão” e nos permite conversar. Mas é claro que eu afastei grande parte dele para tua energia não se espalhar.


– NÃÃO! – gritava Yuri, quando foi totalmente coberto pelo gelo.


– Agora não podes mais te defender. Não resistirás ao meu ataque. EXPLOSÃO GALÁCTICA!


Como se toda a dimensão onde estava explodisse, Propus lançou a supernova em direção ao bloco congelado de Yuri, que rapidamente se vaporizou. Não demorou e ele estava novamente no salão dos Guerreiros Azuis, para a surpresa de Henrike, que se levantava com muitas dificuldades. Também muito machucado, o cavaleiro foi em sua direção para socorrê-lo.


No entanto, um grunhido emanou por detrás deles e Propus se virou. Com o corpo todo ensanguentando e praticamente sem vida, Yuri tentava dar o resto de si para fazer alguma coisa.


– Vocês não vão vencer. – grunhiu o marina, sem forças.


– Parece que o bloco de ar congelado acabou impedindo que te desintegraste. – observou Propus sem olhar para o marina. – Mas não te restam mais forças.


– É o que tu pensas. No final a vitória será minha e…


Um barulho ecoou na entrada do salão e vários Guerreiros Azuis, juntamente com o Conselheiro Leif adentraram espantados. Propus observou de relance para a figura de Yuri e mordeu os lábios ao ver que ele se transfigurara novamente, dessa vez em um homem barbudo loiro, com altura mediana e altas rugas. O queixo de Henrike caiu e Propus apertou o dedo entre as mãos ao saber exatamente o que o marina pretendia.


– Leif, me ajude. – implorou Yuri, usando a aparência de Sveigðir. – Esse cavaleiro grego se uniu ao jovem Guerreiro Azul para matar o Rei. Eu tentei impedi-los, mas cheguei tarde de mais. Ele é o mestre das ilusões. Olhe o que ele fez comigo e…


Sem mais energias, o marina caiu no chão, retomando a sua forma natural. Contudo, isso não foi espanto para os Guerreiros Azuis, que apenas observavam o cadáver do verdadeiro Rei Harald, que Propus havia trazido e depois fitaram os dois jovens guerreiros, tomados pela fúria.


– Isso é uma armação, parem com isso! – implorou Henrike, mas parecia que eles não estavam dando ouvidos.


– Não adianta, eles não vão ceder. – justificou Propus baixinho. – Precisamos ir embora daqui agora!


– Não vou fugir de uma batalha, nunca! – admitiu o amigo.


De repente, todos os Guerreiros Azuis os circularam. A um comando indefinido, eles mandaram rajadas de energia congelada. Propus e Henrike tentaram bloquear, mas era impossível conter todos os ataques e logo sucumbiram, caindo no chão.


A uma ordem do guerreiro mais autoritário, todos lançaram mais uma vez os golpes, arrasando com os dois. Feridos pelas lutas anteriores, eles se levantaram, suportando muita pressão para ficarem pelo menos ajoelhados.


– Eles vão nos matar! – comentou Henrike. – E eu não posso enfrentá-los, porque não vou acabar com os guerreiros de Graad Azul. Nem sequer posso fugir porque seria uma covardia.


Propus olhou para frente e estava prestes a fazer alguma coisa, quando um forte tremor atingiu todo o palácio e a cidade. Os Guerreiros Azuis cambalearam e todos tombaram no chão. O Conselheiro Leif engoliu a saliva e seu corpo ficou todo estático, quando percebeu o que estava acontecendo. Toda a sua cultura lhe dava a certeza de quem, ou melhor, do que se aproximava.


– O Kraken! – bradou a figura encapuzada e todos ficaram estagnados. – A presença do cavaleiro grego aqui deve ter irritado os deuses. E o Kraken veio para nos castigar. Eu sabia que um dia isso iria acontecer! Eu avisei aqueles teimosos. Maldito Harald, Maldito Erik!

Todos abriram a boca, espantados, enquanto Propus fechou os olhos. Henrike se postava de pé, observando o geminiano com um pouco de desconfiança. Logo, todos os Guerreiros Azuis ignoraram os supostos rebeldes e se dirigiram em massa para a porta, sob o comando de Leif, que os mandava enfrentar a besta e proteger o Reino de Graad Azul.


Quando o último guerreiro deixou o recinto, Henrike puxou a mão de Propus, com o olhar cheio de ódio. O geminiano, porém, manteve os olhos fechados, como se estivesse pensativo. E, como se lesse os pensamentos do amigo, simplesmente negou a cabeça, deixando-o atordoado.


– Então não é uma ilusão? – indagou Henrike, espantado. – Por Odin! O Kraken está mesmo aqui. Então isso significa que Graad Azul será destruída. O Kraken é a besta mais terrível da mitologia nórdica. A um sopro dele, tudo se evapora.


– Eu fui o culpado. – rebateu Propus pensativo. – Me esqueci das consequências que a minha revelação poderia ter trazido.


– Não te abales! – disse Henrike, colocando a mão no ombro do amigo. – Mas agora não poderemos fazer mais nada para evitar. Graad Azul fica ao lado do litoral e é presa fácil para o monstro. Mas temos uma alternativa: vamos enfrentá-lo e derrotá-lo.


Outro tremor atingiu toda a cidade, ao mesmo tempo em que Henrike se virava para deixar o local e enfrentar a fera. Entretanto, sentiu um puxão em seu braço. Propus o segurava com uma expressão séria.


– Não há nada para fazer. – rebateu Propus, enquanto o companheiro tentava se soltar. – O Kraken é imbatível. Só um Deus pode pará-lo. Mas podemos ainda tentar salvar Graad Azul.


Henrike o olhou pensativo e meio indignado. Queria ir logo tentar fazer o máximo possível para expulsar a fera, mas Propus continuava segurando seu braço firmemente.


– Com a morte de uma amiga, eu fui tomado por um vazio que só foi novamente preenchido por ti. – confessou Propus. – Essa é uma das poucas coisas que não entendo, mas sei que tu completas um pedaço de mim que ficou faltando.


Comovido, Henrike colocou a mão na face do companheiro e se soltou rapidamente.


– Mas sei que é inútil pedir para ficares e me ajudares. – continuou o cavaleiro. – Tu és um Guerreiro Azul e morrer lutando é a tua honra.


– Exatamente! – disse o graadiano seriamente. – Nunca viveria bem, sabendo que fugi de alguma coisa. Eu posso morrer, mas vou acabar com o Kraken.


Desistindo de parar o guerreiro, Propus o soltou de vez. Antes de fazer qualquer coisa, Henrike se aproximou do amigo e deu-lhe um último beijo..


Após mais um tremor de terra, o graadiano o largou, deixou a sala, correu pelos corredores do palácio e abandonou o local. Saindo das muralhas observou o mar, enquanto todos os Guerreiros Azuis caíam mortos no chão diante daquele imenso monstro avermelhado, cheio de tentáculos.


O sangue subiu em suas veias, sabia que teria o mesmo destino deles. No entanto, não desistiu, elevou sua energia até o máximo e gritou:


– IMPULSO AZUL!


Uma forte energia congelante foi lançada em direção à criatura, que não sofreu nenhum dano aparente. Nem parecia ter notado que fora atingida de alguma forma. Henrike apertou o dedo entre as mãos e já elevava sua energia novamente para atacar quando, o monstro pareceu perceber a sua presença. Com um de seus infinitos tentáculos, atingiu Henrike, cravando-o no chão da cidade. Em seguida, em alto som, a besta exclamou:


DESTRUIÇÃO FINAL


Uma grande explosão foi iniciada a partir da boca do monstro e, de repente, tudo foi dizimado. As muralhas evaporaram-se com um piscar de olhos, as casas explodiram e o palácio ruiu. Após o último suspiro, a criatura voltou para o mar. Graad Azul estava em ruínas.

 

Então gente, com esse capítulo, o primeiro arco se encerrou! A partir do próximo já vamos ter personagens conhecidos novamente e, logo, a rotina volta na fic. Peço desculpas se ficou meio deslocado. Como eu falei, esse arco eu fiz mais para mim e ele teve um formato de leitura um pouco diferente. Abraços


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Capítulo 07 lido.

 

Este fecho foi muito surpreendida com uma trama inteligente e cheia de intrigas, jamais tinha pensado que tudo isso não passaria de um plano engenhoso de um Marina, principalmente de Yuri de Lymnades, quem diria.

 

Mais uma vez, Propus provou em grande estilo do que a sua estadia em Bluegraard merecia um grande louvor, tão grande ou ainda maior do que o do Pavel.

 

O plano de Yuri era bem ousado e quase à prova de erros, o que mais uma vez, o novo Gémeos estragou seus planos.

 

A estratégia ousada de Propus rendeu muito bem, apesar da sua experiência como guerreiro que foi bem apontado pelo Marina.

 

O seu desfecho foi muito triste, porém explicativo para se falar das ruínas.

 

Leif era afinal, uma personagem que não encarava um dos mais ruins no estilo de maldade, apenas uma figura fortemente vista como contraditório em pensamentos mais simplistas e acéfalos.

 

Meus sinceros parabéns e abraços, mon ami.

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Olá Saint!

Que bom que te surpreendesse! Yuri, então, realmente estava em uma missão e não somente fugindo de Nérites, como as más línguas falavam em Atlântida. Propus fez seu papel, mas parece que sua estadia não será reconhecida (ou não seria), pois Yuri reverteu o jogo a favor dele.

O desfecho seguiu e parece que Graad Azul já era. Bem... Leif era ruim sim e tentou fazer o possível para se livrar dos diarcas, mas de uma outra maneira. kkk. Ele não foi tão ardiloso quanto Yuri. Mas lembre-se que o fato de Yuri ser mau não torna Leif bom.

Obrigado pelos parabéns, Saint e a gente se fala.

Abraços.

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Oi Nikos me atrasei um pouco mas estou aqui para comentar os vãos mais recentes

Cap 6

Gostei bastante da luta entre o líder do Ljos de ouro e o henrike o guerreiro azul venceu com determinação e esperteza bem do jeito que eu gosto, e o final até me lembrou a luta entre o Bruce Wayne e o Ras al gul no Batman Begins, não sei se vc tirou a ideia dai mas tem que adimitir que ficou bem parecido né

Ah e Qto decisão dos Ljos de ouro de fugir do ragnarok não sei se eles estão mesmo seguindo os ensinamentos dos Vanir, afinal apesar do fato de que o Vanaheim será mesmo poupado no fim do mundo, alguns Vanir tb lutarão e morrerão na última batalha, como o Frey. Por exemplo

A trama para matar o rei foi interessante e no final vimos um atacante misterioso atacando o monarca . Eu tive a impressão que é o Propus

Cap 7

Acertei! Realmente foi o gêmeos que atacou o rei mas realmente não esperava o resto imaginava que o articulador de intrigas era o Leif mas na verdade era o rei, ou na verdade o general matinas de lynandes o Yuri isso de realmente foi uma surpresa, então foi ele que enganou a todos, para conseguir dominar o graad azul para Poseidon, o cara deu uma de Milo e esplicou todas suas tramoias pesando que iria derrotar facilmente um dourado novato. Porém Propus o vence mostrando que é digno da armadura de gêmeos

No final a luta desperta a ira do Kraken gostei a atitude do henrike ele se mostrou um verdadeiro guerreiro nórdico neste momento final. Porém não gostei do propus abandonar o amante( eu estava errado ao fato dele estar usando o Henrike). Se ele gostava mesmo dele poderia tentar ajudar poderia mandar o Kraken para outra dimensão ou sei lá, os deuses já travam irados mesmo, qual é o sentido de ficar parado agora

Então o graad foi destruído e o arco nórdico acabou, no final gostei da maioria das referência deste acho que vc só se perdeu um pouco no desenvolvimento.

Parabéns e até a próxima

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