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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 2)


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BALANÇO: CAPÍTULO 9

Tem balanço quase completo. Não tem nenhum especial, mas tem resumo em vídeo, personagens e curiosidades sobre os nomes Ário e Arkab (não foram muito criativas as escolhas, mas quem quiser conferir, kkk)

 

 

Resumo em vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=VTi7M7qNMog&feature=youtu.be

 

Personagens

 

Propus de Gêmeos: Jovem que foi completar seu treinamento nas terras geladas de Graad Azul. Sobreviveu ao Kraken, ajudando o restante dos habitantes. Irônico, tem a antipatia da maior parte do refúgio.

 

Pavel de Aquário: Cavaleiro que cresceu na Sibéria e se tornou herói em Graad Azul. Apesar do forte carisma, adora manter seu ego elevado.

 

 

Henrike: Guerreiro Azul, sendo o único membro da família real de Graad Azul ainda vivo. É sonhador, idealista e odiou ter perdido sua morte gloriosa.

 

 

Kelda: Antiga Conselheira de Graad Azul, antecessora de Leif. Atualmente ajuda a cuidar da administração do que restou de Graad Azul. Mulher justa, velha e com grande experiência.

 

Ário de Capricórnio: Antigo mestre de Propus e irmão do rebelde Sertan de Câncer. Confia em demasia nas suas habilidades e desgosta da passividade do mestre.

 

 

Arkab de Sagitário: Cavaleiro mais fiel ao mestre. Daria sua vida por ele, defendendo-o acima de tudo.

 

 

Grande Mestre: Entidade milenar que presenciou a derrota de Atena para Poseidon, na última Guerra Santa. Desde então, tentou reestabelecer o domínio dos cavaleiros, mas só conseguiu garantir a sobrevivência de Atena nesta era.

Curiosidades

  • O nome Arkab vem da estrela Beta da constelação de Sagitário, Arkab Prior
  • O nome Ário não tem embasamento mitológico; ele simplesmente vem do Grego e significa "o mais destemido"

 

 

 

 

 

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CAPÍTULO 10

 

O espanto foi geral diante daquelas palavras, não menor do que o interesse. Se por um motivo, já tinham ficado com certo receio da história contada por Propus, aquela acusação, por mais que tivesse vindo de Arkab de Sagitário, era um complemento para piorar ainda mais a situação e a popularidade do jovem. Tal como o sagitariano, o geminiano não desfrutava de uma aceitação muito boa, exceto por Ário e por um ou outro do refúgio.


A aparência de Arkab contribuía ainda mais para que as pessoas ficassem do seu lado, em um primeiro momento. Era certo que estava com a armadura dourada, o que lhe dava alguma imponência, mas o restante do corpo permanecia completamente castigado. Os cabelos ruivos, outrora amarrados e cuidados, agora ficavam soltos e desajeitados, indo até metade das costas. As duas mechas frontais praticamente se misturavam com o restante dos fios, inexistindo. Os olhos estavam com marcas de olheiras e de desgaste. O corpo, embora oculto sob a proteção de ouro, estava claramente mais magro. Era, com certeza, uma figura de se sentir pena.


Em contrapartida, Propus mantinha um ar confiante, nada abalado com todas aquelas palavras. Permanecia com uma postura decidida e não menos imponente. Pela situação atual em que estavam, não era difícil, na primeira impressão, apostar que as palavras do sagitariano soavam muito mais como uma vítima acusando um opressor do que qualquer outra coisa.


Alheio aos comentários, Ário se enraiveceu completamente e virou-se para confrontar Arkab, ao ouvir tais palavras. Todos observaram a atitude do capricorniano, esperando qualquer ação. Propus, por outro lado, olhou para o antigo mestre, pedindo encarecidamente para que o se acalmasse, pelo menos por enquanto.

– Olá Arkab, há quanto tempo? – cumprimentou Propus seriamente, enquanto Ário, relutantemente, abaixava a guarda. – Parece que os meus anos de ausência não diminuíram tua antipatia contra mim. Inclusive para inventar mentiras ao meu respeito.


– Mentiras… MENTIRAS? – rosnou o sagitariano, se aproximando, olhando Propus nos olhos. – O único mentiroso aqui és tu. Sempre tentando manipular as pessoas ao redor. Não vais te livrar disso. Agora que voltaste, terás o castigo que mereces!


– Não vais castigar o meu aprendiz! – afirmou Ário, erguendo o braço, deixando o Grande Mestre pasmo e Atena assustada.


Todos ao redor recuaram, esperando um confronto, não sabendo o que dizer ou fazer. Propus, por outro lado, mantinha a mesma postura indiferente, analisando Arkab com os olhos profundos, enquanto o sagitariano se recolhia à raiva.


– Deixa estar Ário! – pediu novamente Propus. – Se Arkab tem alguma coisa para me acusar, ele tem todo o direito. Creio que o povo aqui também espera ouvir essas palavras, já que a maioria não confia em mim.


– Mas, Propus… – comentou o capricorniano, não sabendo o que dizer.


– Ele está desesperado para me derrubar e quer dizer qualquer coisa para conseguir o quer. – continuou Propus, olhando agora para o antigo mestre. – Mas tudo bem, vamos ver o que tens a dizer, Arkab.


Sem se abalar com as palavras do geminiano, Arkab respirou fundo e, ainda mantendo o ar de raiva, apontou para ele novamente, mantendo um tom acusatório.


– Há mais de quatro anos, durante a batalha contra um dos generais marinas, Alhena… o pai dele… acabou caindo e este jovem aqui na frente o matou. – acusou Arkab novamente, deixando todos estupefatos com a revelação. – Matou o próprio pai para conseguir a armadura de ouro. Ao perceber que eu o havia flagrado, ele usou um golpe demoníaco para controlar a minha mente. Sorte que eu consegui me libertar. Mestre, tens que bani-lo agora!


Todos se chocaram com as palavras e, rapidamente, se viraram contra Propus. Escondida em meio à multidão, Libânia se ergueu em fúria, apontando uma flor para o geminiano. Ao mesmo tempo, Ário se postou em frente dele, tentando protegê-lo de qualquer ofensiva ou acusação. Por mais que a história de Arkab fosse terrível, não conseguia atrelar o antigo aprendiz a tamanha atrocidade.


Percebendo o tumulto geral, o Grande Mestre gritou para que todos se acalmassem e se voltou para o geminiano, pronto para desferir uma sentença. Alheio a isso e a tudo, Propus simplesmente bateu palmas, apresentando um sorriso, como se achasse graça naquilo tudo. Ário olhou para o antigo aprendiz, não entendendo ainda a confiança e a serenidade dele apesar de tudo.


– Palmas, Arkab! Foi uma brilhante jogada, quase perfeita. – iniciou Propus, virando o olho novamente para o sagitariano. – Estás quase convencendo a todos para me castigar. Não é isso que queres… me tirar de cena?


– Convencendo a todos do quê? – rosnou Arkab, indignado. – Estou falando a verdade e o Grande Mestre vai te banir agora mesmo.


– Vai? Tens certeza? Não vejo motivo para me banir sem provas. – provocou Propus, ainda rindo. – Mas, já que me acusaste de uma coisa tão séria, não vejo mal nenhum em contares a história inteira… não vais fazer isso?


Parecendo estupefato com aquela resposta, Arkab simplesmente se calou. Como num estalo, todos se viraram para o sagitariano, esperando uma resposta.


– Vejo que não vais! – continuou Propus, balançando a cabeça de um lado para o outro. – Então podes deixar que eu vou contar. Há quatro anos, Gibrial de Golfinho, membro da Legião de Atena, esteve aqui, porque havia sido atacado em uma missão. Ele estava possuído por uma manifestação de um marina e tentou atacar Atena. Não estou enganado, minha Deusa?


Todos se viraram para Atena, que, timidamente, confirmou com a cabeça, deixando Propus ainda mais satisfeito.


– Como sabes disso, garoto? – perguntou Arkab, com os olhos arregalados e temerosos.


– Estás com medo, mas deves ficar com medo, por que a história só piora! – ameaçou Propus com um tom seco e irônico. – Mas ela ainda tem um lado bom. Apareceste na hora certa e salvaste Atena. Mas, quiseste passar por herói e criar um vilão. Por isso, ignoraste o fato de Gibrial estar possuído e o mataste a sangue frio. Em seguida, usaste isto a seu favor e começaste uma campanha para desacreditar a Legião de Atena e poder castigar todos os rebeldes, inclusive Alhena… o meu pai!


Arkab engoliu a saliva mais uma vez, enquanto Propus manteve a firmeza. A atenção do público se desviara completamente para o sagitariano, bem como a crença em quem estava falando a verdade. Percebendo a confiança do antigo aprendiz, Ário abriu a boca espantado, não sabendo como ele tinha tamanho conhecimento. O Grande Mestre se manteve estático, aparentemente temeroso com aquelas acusações, que também o atingiam de certa forma.


– Utilizando informações de Pítia de Áries, ele e o mestre foram atrás de Alhena, mas não contavam que eu também estava lá. – explicou Propus, agora com um ar sério. – Quando cheguei naquele vilarejo, Alhena se revelou como o meu pai e me derrubou num acesso de loucura. Eu ainda era um aprendiz e estava chocado com a revelação. Não pude fazer nada. Enquanto isso, eles agiram cautelosamente, chegaram lá, enfrentaram Alhena e desferiram um ataque definitivo. Eles foram tão inconsequentes que permitiram que Atlântida chegasse com uma general marina. Ela os derrotou facilmente, mas meu pai se arrependeu das loucuras e venceu a guerreira do mar. Porém, ele estava morrendo graças a Arkab. Então, me pediu, olhando nos olhos, para que eu o… conduzisse à morte, para que parasse de sofrer. Eu obedeci… mas com muito receio.


Propus fraquejou e, no momento seguinte, colocou a mão na testa e nos olhos, suspirando. Arkab abriu a boca estupefato, enquanto a multidão o olhava de forma acusatória. Libânia de Peixes rapidamente largou a flor no chão e passou a fitar o sagitariano e ao mestre, dedicando a ira completamente aos dois.


– Isso é mentira! – se defendeu Arkab, recuando dois passos. Seus olhos piscavam sem parar. – Ele o matou para conseguir a armadura de ouro. Esse diálogo nunca existiu. Tanto que ele usou um golpe para me controlar depois.


– Tu estás querendo me derrubar Arkab, mas estás fazendo isso de forma tão primária que não vais conseguir nada. – garantiu Propus balançando a cabeça. – Tu nunca gostaste de mim. Até tentaste por minha cabeça a fogo quando me enviaste para Jamiel, até então uma terra de ninguém. Me querias morto porque eu sempre questionei o mestre.


– BLASFÊMIA! – rebateu o sagitariano, pisando forte no chão, praticamente sem palavras. – Vocês não devem acreditar nele. Ele é um manipulador, assim como dita a estrela que o guia.


– O que estás dizendo? – perguntou Ário, tomando partido do antigo aprendiz.


– Todos os cavaleiros tem uma constelação protetora. – explicou Arkab olhando para todos. – Mas, mais do que isso, todos tem uma estrela que ajuda definir a personalidade. Isso que difere os cavaleiros de mesmas constelações. Alhena e Tejat eram irmãos regidos dessa forma, mas cada um era abençoado por uma estrela de um dos gêmeos. Elas eram as duas mais opostas, por isso que eles eram tão extremos emocionalmente e tão instáveis. Já esse jovem não tem nenhum gêmeo, porque é regido pela estrela central da constelação, aquela que liga os dois irmãos. Com isso, ele representa a estabilidade total. A razão acima de tudo e a emoção completamente sobrepujada. Ele tem o dom da manipulação! Sempre age friamente! Não pode ser um cavaleiro!


Rapidamente, todos os rostos se viraram para Propus mais uma vez. Parecia que todos estavam abismados com aquele jogo de acusações e sempre esperavam a resposta seguinte. Ário abriu a boca, tentando falar alguma coisa, quando o geminiano aplaudiu mais uma vez.


– Meus parabéns, Arkab! – ironizou o geminiano. – Vejo que andaste estudando alguma coisa. Entretanto, essa análise subjetiva não significa nada! Ninguém vai acreditar em ti. Principalmente porque isso não faz nenhum sentido. Se eu fosse tão frio e calculista assim, se eu tivesse matado o meu pai com interesse, por que então eu te deixaria vivo? Por que me acusas de ter te controlado? Seria muito mais fácil ter te matado e evitado esse confronto de agora.


– Eu sei lá como tu pensas! Pode ser mais uma estratégia suja tua. Talvez querias alguém vigiando o Grande Mestre. – defendeu-se o cavaleiro de Sagitário.


– Não Arkab! – continuou Propus, movendo o dedo e o olhando profundamente. – Se eu fosse tão frio assim como dizes, eu não apostaria num golpe frágil em um inimigo, sabendo que a qualquer hora ele poderia se libertar e me acusar. Não seria prudente correr esse risco. E, além do mais, que crédito tu tens para me acusar? Mataste o cavaleiro de Golfinho só para acabar com a Legião de Atena. Tua palavra não vale nada.


– Eu matei ele porque ele estava tentando acabar com Atena! – disse Arkab, respirando forte.


– Então assumiste que mataste ele, que conveniente! – sorriu Propus, fazendo com que Arkab colocasse a mão na boca. – Mas, como eu já falei, sabias que ele estava possuído, mas não tiveste receio nenhum em acabar com a vida dele. – acusou Propus novamente. – Além do mais, vamos esclarecer outras coisas. Há quatro anos, Pítia deixou o refúgio. Vocês devem ter espalhado que ele morreu, mas não foi bem assim. Ele descobriu que era filho de Nereu, algo que tu e o Grande Mestre sabiam e esconderam a vida inteira dele. Agora ele está em Atlântida graças à incompetência de vocês! Isso não é verdade… Safiya de Escorpião?


Em meio à multidão, a amazona confirmou com a cabeça, completamente instável. Reviver aquela história não a agradava nenhum pouco. Em meio à revelia de todos, Arkab deu um passo para trás, quando o Grande Mestre se interpôs entre eles, tentando agir imponentemente.


– Agora estou entendendo o teu joguinho, garoto, queres fazer todos se voltarem contra nós para te protegeres. Mas isso não vai dar certo! – bradou a o Grande Mestre, enquanto Propus manteve a seriedade e o olhar irônico. – Nós realmente escondemos isso de Pítia, mas foi para mantê-lo aqui.


– Engraçado, não o estou vendo aqui! – provocou Propus, olhando para a multidão como se estivesse tentando achá-lo. – Muito pelo contrário, as mentiras de vocês fizeram-no saber da verdade por meio de um inimigo e, com isso, ele cedeu facilmente. Mas isso não estava nos planos de vocês não é? Afinal, ocultar os fatos sempre foi o teu forte, não é… Grande Mestre?


– CHEGA! – gritou o Grande Mestre se aproximando. – Arkab está certo, tu és um manipulador! Tu estás banido agora mesmo! Deixa a armadura de ouro, vai embora daqui e…


Antes que pudesse completar a frase, uma força cortante se interpôs entre eles. Vestindo a armadura de Capricórnio, Ário deu um salto, ficou de frente para a entidade e apontou o braço cortante para o pescoço dela. Sem palavras o Grande Mestre ficou estático, com os braços tremendo. Todos o observavam com atenção, não sabendo o que fazer.


– Não vais banir o meu aprendiz! – ameaçou Ário, concentrando o cosmo nas mãos. – Agora eu entendi tudo. Tu e Arkab manipularam a gente o tempo inteiro. Desacreditaram meu irmão Sertan, Alhena e agora Propus. Querem acabar com todos que estão contra vocês.


– Para Ário! – rosnou o mestre com uma voz desgastada. – Estás igual ao teu irmão, um traidor, um rebelde sem causa! Vais defender esse aprendiz manipulador?


– Não adianta, Grande Mestre, agora eu sei quem é o manipulador! Não vais me desacreditar como fizeste com Sertan.


Sem pensar, Ário ergueu o braço para cima, lançando uma rajada cortante. Arkab saltou, segurou o mestre e desviou da energia ofensiva. Em seguida, postou-se em frente à entidade, pronto para protegê-la de qualquer coisa.


– É claro que o cachorrinho continuaria na frente do dono! – ironizou Ário. – Mas não tem problema, os dois são traidores e perecerão em minhas mãos.


– Vais enfrentar nós dois, Ário? – provocou Arkab, pronto para o combate.


Ário o fitou com um olhar de reprovação, enquanto a multidão fitava o embate, sem tomar uma posição definitiva. Estavam direcionados ao capricorniano, mas sem uma opinião forte. Propus seguia parado, analisando a luta friamente, com uma expressão completamente incógnita.


De repente, algo brotou do chão e, no instante seguinte, agarrou o Grande Mestre. Arkab abriu os olhos, impressionado, ao ver a entidade presa em vários cipós que emergiram do solo. Ao mesmo tempo, Libânia se destacava na multidão, vestindo a armadura dourada, avançando em direção aos três combatentes.


– Ário, acaba com Arkab, eu derrotarei o mestre. – murmurou a pisciana, com uma voz seca e enraivecida. – Ele sempre foi um covarde, a agora eu sei que é mentiroso. Ele matou Alhena, e agora vai pagar!


Com um ataque rápido, Libânia atirou uma rajada de flores em cima do mestre, que caiu sem ações. Pronto para protegê-lo, Arkab saltou a frente dele, quando uma energia cortante voou no ar e o atingiu, derrubando-o também. Os cavaleiros do refúgio abriam a boca sem saber o que fazer, com medo de se intrometer naquele imenso confronto dourado.


Com todo o esforço, o mestre e Arkab se levantaram. Ário e Libânia avançaram, prontos para atacar novamente e agora em conjunto. Estavam sedentos por vingança e por um sentimento de justiça.


Sem demorar, ambos lançaram mais uma vez seus ataques. Arkab abriu as asas da armadura, pronto para se defender, quando um pulso de ar anulou as ofensivas. Todos se viraram para o lado. Um cavaleiro de ouro extremamente baixo, com cabelos loiros curtos, quase raspados, e olhos verdes e calmos; se aproximava, pronto para defender o mestre.


– Sai da frente, Gerd de Touro! – ordenou Libânia, pronta para atacá-lo com uma rajada de flores. – Não estás vendo que estás defendendo dois idiotas?


– Exatamente isso, Gerd, chega de manipulações! – contribuiu Ário, também irritado.


– Será que vocês não veem? – rebateu o taurino com uma expressão serena e pacífica. – Quem está manipulando este jogo é o teu aprendiz, Ário.


– O que estás dizendo? – rosnou o capricorniano. – Estás acreditando nas acusações de Arkab?


– Eu estou vendo alguém que se saiu muito bem de uma insinuação e virou o jogo completamente a seu favor. – explicou Gerd, olhando para Propus. – Mas eu prestei atenção em tudo e sem julgar. Eu sei que o mestre e Arkab devem ter errado em muitas coisas, mas isso não ameniza os atos dele!


Ário se virou rapidamente para Propus, que continuava firme e com um olhar superior.


– Claro que não vês problemas nas atitudes do mestre e de Arkab, principalmente porque achas que eu cometi o mesmo crime que tu. – provocou Propus, fazendo todos desviarem a atenção agora para Gerd. – Ou então Ain de Touro, o teu antigo mestre, simplesmente evaporou? Um veterano de guerra sumiu e, coincidentemente, acabaste ficando com a armadura de ouro dele.


– Ah! Agora o joguinho de acusações é comigo. – rebateu Gerd, sem perder a calma. – Mas isso não vai funcionar. Não vais conseguir me desacreditar. Eles já estão… AAI!


Sentindo uma dor incrível, Gerd olhou para o braço. Havia um pequeno furo no local desprotegido pela armadura de ouro. Sabendo o que acontecera, ele olhou para frente e viu Safiya de Escorpião, com a unha avermelhada, também trajando seu revestimento dourado.


– Então tu fazes parte dessa máfia, Gerd! – comentou Safiya, também com um tom irônico. – Nunca imaginei! Mas sai da frente porque eu irei ajudar Ário e Libânia acabar com eles.


– Safiya… – pediu Gerd, segurando o braço.


– Pavel, leva Atena daqui para que continuemos esse confronto! – pediu Ário, olhando para o aquariano, o único cavaleiro de ouro neutro nessa história.


Os dois trios se olharam e ficaram prontos para desferir seus ataques. Enquanto isso, o cavaleiro de Aquário foi em direção à Deusa, que lamentava, tão abismada quanto o restante da multidão. Atena não queria aquelas brigas e sabia que, se não fizesse alguma coisa, tudo estaria perdido e que o refúgio iria ruir em poucos segundos.


Ignorando o sofrimento da Deusa, os seis atacaram. O confronto se mantinha empatado, como qualquer duelo daquele nível. O chão tremia, deixando todos os cavaleiros assustados, inclusive Pavel, que jamais imaginou duelos daquela magnitude.


Aproveitando o momento de hesitação, Atena se soltou de Pavel e correu em direção à batalha. Antes que qualquer um pudesse perceber sua presença, ela agitou o báculo e gritou:


– CHEGA!


O poder de Nike, a Deusa da Vitória, se manifestou, espalhando-se pelo refúgio de uma maneira incrível, produzindo uma forte energia luminosa. Era como se uma estrela estivesse nascendo, acalentando a todos com uma aura poderosa e cálida, mas não menos assustadora. Diante de tal poder, os seis combatentes caíram no chão, completamente sem ações.


Parecendo arrependida, ela agitou novamente o báculo, produzindo um cosmo, dessa vez bem mais quente e pacífico, o suficiente para curar a todos.


Ao mesmo tempo, Pavel arregalou os olhos e apontou para o céu. Todos acompanharam o movimento do aquariano e também ficaram abismados com o que viam. As nuvens desapareciam e o céu ficava cada vez mais escuro. Uma espécie de massa gelatinosa se erguia do chão por volta do refúgio até se fechar no topo, formando uma cúpula escura, com quase nenhuma visibilidade.


Usando seu poder, um dos cavaleiros lançou uma chama para cima, produzindo um ataque que iluminasse todo o local. Um forte cosmo surgiu quase que de imediato, fazendo com que o Grande Mestre começasse a tremer. Uma figura se destacou em meio à escuridão, com uma concha num dos olhos, cabelos ruivos, beleza equiparável, trajando uma proteção ondulada aos pedaços.


– Pelo que aparenta, minha incessante busca se finda nesta hora. – bradou a figura, com um tom altamente poético. – Eu, o glorioso Nérites, transpus dimensões e percorri quilômetros para finalmente vir aqui e desgarrar a cabeça de Atena de seu corpo!


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Este capítulo foi bem intensivo.

 

Por um lado, vemos as acusações baseadas na parte 1: A Guarda de Ouro, numa breve troca de argumentos entre Propus e Arkab. Embora Propus tenha ficado com mais poder argumentativo para ele, fazendo o Sagitário se encostar numa parede, para além disso, surtiu grandes efeitos e lados assumidos neste julgamento manipulativo.

 

Porém, toda a intervenção e excessivo poder de Atena, despertou a vinda de Nértites.

 

Agora esta parte ficou muito interessante e como tal intrigante ao saber como isso irá se desencadear.

 

Parabéns por este capítulo e abraços!

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Eu estou sem palavras com esse capítulo.

 

Disparado o melhor dessa segunda parte. Teve tudo de bom nele! Começando com Arkab e Propus discutindo publicamente, com toda a multidão do refúgio de plateia observando. Ambos tinham motivos de sobra para acusar um ao outro e consegui imaginar a discussão na minha frente, dada a qualidade da narrativa, além dos personagens estarem desempenhando papeis bastante convincentes.

 

Achei interessante que Propus conseguiu, sim, manipular a situação a seu próprio benefício. Mas não estou me recordando agora de que Alhena pediu pro filho matá-lo, acho que o Geminiano utilizou-se de algumas mentiras para poder manter sua posição estável na briga. Arkab e o Grande Mestre foram bastante expostos, esse foi o capítulo onde a maior quantidade de 'roupa suja' foi lavada até então. Muita treta, Éris deveria era ter renascido /evil

 

Libânia, Ário e Safiya ficaram do lado de Propus. Gerd e Arkab ficaram do lado do Grande Mestre. Pessoalmente, pensei que poderia haver uma Exclamação de Atena dupla ali (/lua), ou então talvez um confronto de proporções ainda mais épicas. Felizmente nada disso aconteceu. O que eu acho, sinceramente, é que os dois lados não estão totalmente corretos e que erraram bastante, também. Cada um vai acreditar no que lhe convier.

 

Gostei da menção do Arkab de Propus ser regido pela estrela central da Constelação de Gêmeos e, por conseguinte, do conceito das estrelas de cada constelação determinar a personalidade dos seus representantes no exército de Atena. Atena que, por sinal, mostrou imponência em deter aquele confronto interno, elevando monstruosamente seu Cosmo para detê-los e curá-los.

 

Mas isso trouxe um problema. Nérites, o Auricida/Douracida aparece, provavelmente guiado pelo Cosmo da divindade que se elevou bruscamente. Meus palpites são:

 

  • Haverá um confronto bastante intenso entre todos os Dourados presentes contra Nérites. Seria apelação, mas vá lá, o filho de Nereu é um Deus e mata qualquer Dourado que aparece. Ou mata, ou deixa gravemente ferido.
  • Apenas três Dourados o enfrentarão, onde provavelmente Nérites seria vencido pela Exclamação de Atena.
  • O Grande Mestre finalmente faz algo útil e o enfrenta sozinho, ou talvez com auxílio de Arkab.

Ou não acontece nada disso /lua

 

Mas enfim, parabéns Ninos e abraço!

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Este capítulo foi bem intensivo.

 

Por um lado, vemos as acusações baseadas na parte 1: A Guarda de Ouro, numa breve troca de argumentos entre Propus e Arkab. Embora Propus tenha ficado com mais poder argumentativo para ele, fazendo o Sagitário se encostar numa parede, para além disso, surtiu grandes efeitos e lados assumidos neste julgamento manipulativo.

 

Porém, toda a intervenção e excessivo poder de Atena, despertou a vinda de Nértites.

 

Agora esta parte ficou muito interessante e como tal intrigante ao saber como isso irá se desencadear.

 

Parabéns por este capítulo e abraços!

 

Ciao Saint,

 

 

Sim, ele foi bem intenso. Propus revelou tudo o que descobriu e deixou Arkab em maus lençois. Quem mandou o sagitariano acusá-lo. Não se atira pedras quem tem janela de vidro. kkk

 

Antes que a guerra 3x3 pudesse ser estabelecida, eis que Atena salva. Ela não ia permitir isso não é? Imagina... ia deflagrar a guerra dos mil dias e destruir todo o refúgio.

 

 

Que bom que ficou interessante Saint! Vamos ver o que Nérites fará!

 

 

Obrigado pelos parabéns e outro abraço para ti.

 

Fui

 

 

Eu estou sem palavras com esse capítulo.

 

Disparado o melhor dessa segunda parte. Teve tudo de bom nele! Começando com Arkab e Propus discutindo publicamente, com toda a multidão do refúgio de plateia observando. Ambos tinham motivos de sobra para acusar um ao outro e consegui imaginar a discussão na minha frente, dada a qualidade da narrativa, além dos personagens estarem desempenhando papeis bastante convincentes.

 

Achei interessante que Propus conseguiu, sim, manipular a situação a seu próprio benefício. Mas não estou me recordando agora de que Alhena pediu pro filho matá-lo, acho que o Geminiano utilizou-se de algumas mentiras para poder manter sua posição estável na briga. Arkab e o Grande Mestre foram bastante expostos, esse foi o capítulo onde a maior quantidade de 'roupa suja' foi lavada até então. Muita treta, Éris deveria era ter renascido /evil

 

Libânia, Ário e Safiya ficaram do lado de Propus. Gerd e Arkab ficaram do lado do Grande Mestre. Pessoalmente, pensei que poderia haver uma Exclamação de Atena dupla ali ( /lua), ou então talvez um confronto de proporções ainda mais épicas. Felizmente nada disso aconteceu. O que eu acho, sinceramente, é que os dois lados não estão totalmente corretos e que erraram bastante, também. Cada um vai acreditar no que lhe convier.

 

Gostei da menção do Arkab de Propus ser regido pela estrela central da Constelação de Gêmeos e, por conseguinte, do conceito das estrelas de cada constelação determinar a personalidade dos seus representantes no exército de Atena. Atena que, por sinal, mostrou imponência em deter aquele confronto interno, elevando monstruosamente seu Cosmo para detê-los e curá-los.

 

Mas isso trouxe um problema. Nérites, o Auricida/Douracida aparece, provavelmente guiado pelo Cosmo da divindade que se elevou bruscamente. Meus palpites são:

 

  • Haverá um confronto bastante intenso entre todos os Dourados presentes contra Nérites. Seria apelação, mas vá lá, o filho de Nereu é um Deus e mata qualquer Dourado que aparece. Ou mata, ou deixa gravemente ferido.
  • Apenas três Dourados o enfrentarão, onde provavelmente Nérites seria vencido pela Exclamação de Atena.
  • O Grande Mestre finalmente faz algo útil e o enfrenta sozinho, ou talvez com auxílio de Arkab.

Ou não acontece nada disso /lua

 

Mas enfim, parabéns Ninos e abraço!

 

Olá Gustavo

 

Finalmente te agradei então nessa segunda parte da fic. Mas sempre lembra que terá capítulos mais fracos, outros melhores. Arcos piores, outros melhores, o importante é o balanço geral.

 

Que bom que gostasse bastante desse jogo de acusações e que bom que eu consegui te transportar para lá! Fico feliz com isso.

 

Propus conseguiu manipular? Ele falou várias verdades ali. kkk. Mas devo concordar que no fim, ele saiu 'ileso' e "tercerizou" a briga, conseguindo pular fora. Porém, acabou sendo banido pelo Grande Mestre. Se ele continuar vivo, acho que vai ser difícil o Propus permanecer ali.

 

Tu não te lembras, porque não aconteceu, o Propus só enfiou a flecha mesmo, alegando para Arkab que era para aliviar o sofrimento do pai. Gostei do termo "roupa suja" sendo lavada. kkkkkk

 

Bem, dos três acho que só o Ário ficou do lado de Propus mesmo. As duas amazonas acho que realmente ficaram contra o Grande Mestre. Libânia pelo Alhena e Safiya pelo Pítia. Os outros dois realmente ficaram a favor do mestre (ou o Gerd contra o Propus). kkk

 

 

Na realidade, falando bem sério, o Propus só soltou a faisca para explodir a bomba que sempre existiu no refúgio. Todos, no fundo, já se odiavam ali e já tinham mais ou menos uma dúvida contra o Grande MEstre.

 

 

Sim, não teve exclamação de Atena, ou então não haveria mais refúgio nem nada. Tudo iria para o alto. kkk E quanto ao certo e errado, isso é sempre relativo.

 

Essa explicação eu falarei mais tarde. kkk

 

 

Atena ainda é bem jovem (10 anos mais ou menos) e com um Grande Mestre daqueles para guiá-la (para trás provavelmentE), não sei se tem alguma atitude sábia.

 

Nérites voltou. Tem outras opções negativas que não pensasse. Por exemplo, o Nérites acabar com todos um a um e seria o fim da guerra (e o Propus sairia de mansinho) uhauhauh.

 

 

Zoeiras a parte, valeu pelo comentário Gustavo e até a próxima.

 

 

Abração

 

 

Editado por Nikos
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Bem, estamos aqui para comentar os três capítulos do segundo arco.

Gostei deste panorama que você deu à Atlântida após o recebimento da notícia da morte de Yuri. Sempre curto ver os reflexos que os eventos surtem sobre as pessoas comuns, e você deu uma pincelada nisso, o que me agradou.

E vamos para a cena do bar. Algumas coisas me lembraram bastante o trecho que fiz entre Trevor e Tiz no bar na minha fic, como por exemplo das pessoas lá dentro estivessem momentaneamente se divertindo, afastando-se dos problemas que estavam porta afora. Também houve a questão de que, lá dentro, não há divisão de classes. Generais e pessoas comuns bebem juntos, sem que a hierarquia afete em nada, assim como foi com Trevor, por exemplo. Achei legal isso! E acabou que visualizei o local como se fosse o que abordei na minha fic. Ficou como se Trevor, Tiz, Pítia e os demais tivessem ido ao mesmo bar, na minha cabeça hahaha.

Posso ser sincero? Não me mate, mas quando “Narceu” foi citado, eu pensei “Narceu QUEM?” /lua Sério, não lembrava. Mas poucas linhas depois já me vieram à memória as cenas em que ele foi atacado por Psâmate e tudo mais. Há um mal estar com relação ao pai de Narceu, e que também criou Pítia. Me pergunto o que será feito de Narceu, um homem (aparentemente) comum nessa trama.

O trecho todo envolvendo Pítia, Íchos e Nérites foi bem interessante. Não tinha a menor ideia do que daria. Íchos tentou colocar o ariano contra a parede, e Nérites surgir foi algo inesperado, e que reverteu o quadro todo. Eu sinceramente não acreditei (mesmo antes disso) que o ex-cavaleiro e o General chegassem às vias de fato, mas não esperei pela intervenção do Douradocida. Foi bacana por conhecermos um novo lado do personagem, principalmente na cena em que vai ao socorro de Narceu e oferece apoio a Pítia. Claro, talvez não seja lá muito sincero, mas no momento eu acreditarei que sim. rss

Pítia segue dizendo que está mesmo do lado de Nereu, e eu sigo desconfiado. Ele não teria virado casada assim, tão fácil, tão de repente, por absolutamente nada.

O foco volta-se às terras nórdicas, com Pavel socorrendo um Jacó da vida por lá, que então lhe revela o que foi feito de Graad Azul. Apenas um comentário-barra-crítica sobre o aquariano: por mais que ele não lembrasse da localização da cidade, o fato dela ficar no litoral é algo muito marcante. Você disse que ele fazia a busca pelas muralhas da cidade e tudo mais, mas…. Não sei. Ele me pareceu meio burro nessa. XD Mas é detalhe, vamos em frente.

Rapidamente descobrimos o meio que Propus havia salvo não só a si próprio (que tinha seu controle de dimensões envolvido era claro), mas a surpresa foi ele ter salvo algumas pessoas e, principalmente, Henrike. Isso foi bem bacana, embora me surpreenda que ele tenha sobrevivido a um ataque direto da Kraken. Se puder discorrer sobre como isso ocorreu, seria legal (se for explicado a frente, pode deixar quieto).

A postura toda do Henrike foi bem desenvolvida. Seu rancor por sua morte gloriosa (e a passagem para Valhalla) lhe terem sido privadas, a forma como se desarmou quando Propus anunciou sua partida, e depois sua decisão de tomar seu lugar de direito e reerguer a cidade.

Propus ganhou alguns pontinhos comigo, ao sorrir aqui e ali, e ser mais humano em alguns momentos. Se ele estiver em uma curva crescente de humanização, será algo muito bem vindo à fic.

Vejam só, até Kelda sobreviveu! Sinceramente fiquei só esperando Leif dar as caras, o que não aconteceu.

De volta ao Santuário, vamos ao trecho “tretas de família”. E apesar do apelido pejorativo que dei, foi só pela piadinha mesmo, pois gostei do trecho hahah.

Ah, mas cabe uma critica de leve, antes de começar a falar dos eventos em si: achei que os que estavam de platéia acreditavam e desacreditavam de um e de outro, apoiando numa hora e se preparando para arrancar a cabeça do mesmo cara em outra, de formas um pouco… Simples demais. Não sei se o termo é esse, mas não achei outro. Nem Arkab nem Propus apresentaram evidência alguma ali. Um pode ter soado mais convincente que o outro, mas isso por si só não prova nada a não ser capacidade de retórica. Os outros cavaleiros, já sendo pessoas adultas, vividas, que já lidaram com todo tipo de pessoas e situações, deviam ter mantido o pé atrás e não acreditado em nenhum dos dois. Não havia prova de nada, e ambos pareceram muito suspeitos.

Crítica feita, vamos aos eventos.

Foi surpreendente ver que Arkab já estava livre do Satã Imperial, e mais do que isso: consciente da técnica. Bem, segundo aprendemos em Saint Seiya, o cavaleiro só se livra do SI ao tirar a vida de alguém. O que pode ter acontecido para isso? /pensa

Já lhe disse que estranhei Propus ter todas aquelas informações, mas ai você justificou que na sua versão do Satã Imperial o atacante invade a mente de sua vítima, o que nesse caso deixaria tudo certo. Só achei que faltou você embasar que tomou essa licença poética de dar uma alterada nas habilidades da técnica para os leitores não ficarem confusos.

Outro ponto que não entendi: quando Propus pega o baú com a relíquia de Graad Azul e diz ao Pavel que “ela está assim porque Graad Azul está destruída.” A não ser que eu tenha pulado algo (reli agora para comentar), não foi explicado esse “assim”. Interpretei que a relíquia estava sem poder, ou sem ter como ser utilizada, algo assim. Mas o Propus diz “ela está assim porque…”, o que ficou me pareceu um pouco descontextualizado.

Foi legal Propus apontar a culpa de tudo para Pavel, por ter manifestado seu poder como cavaleiro de ouro nas terras nórdicas há alguns anos. Com isso, os marinas teriam lhe localizado, e Yuri enviado para lá.

Bom, depois das trocas de acusações, tivemos alguns pareamentos de uma batalha que se iniciava: Ario vs Arkab, Libânia (que me surpreendeu por estar ali) vs Grande Mestre e Safiya vs Gerd. Cheguei a cogitar um choque de Exclamações de Atena hahahah, mas no fim das contas os confrontos não prosseguiram. Nérites chegou, e olha… Para o cara ir peitar 5 dourados, Atena e o Grande Mestre juntos de uma vez, é porque confia demais no seu poder mesmo. Ou então tem alguma carta na manga. De repente Pítia dá as caras ai no meio, ou alguma(s) nereidas… Bem, não sei. Mas o filho de Nereu já passou aperto lutando um contra um em outros encontros com cavaleiros de ouro, então está se metendo numa situação bem complicada.

Mas, em meio à ameaça de Nérites, temos as desavenças entre os cavaleiros em questão. Até que ponto esta rivalidade terá peso? Fariam uma trégua momentânea? Bem, difícil imaginar no momento, visto que você não deu indícios.

Eu tenderia a dizer que torço para que desta vez Nérites se despeça da história, visto que suas aparições recorrentes são ligeiramente repetitivas. Mas depois de vê-lo mais humanizado (perceba que adoro isso né) ao lado de Pítia…. Hum, não sei. Talvez gostasse de ver mais deste lado do personagem.

Bom Ninos, como você mesmo disse na minha fic, detalhes se perdem nos comentários, então talvez não tenha falado tudo que poderia. Vale dizer que isso não significa que não percebi mais nada, e sim que não me ocorreram na hora de fazer este comentário.

Gostando bastante dos rumos que a trama está tomando. Vamos ver se agora consigo acompanhar capítulo a capítulo né? XD

Parabéns pelo trabalho, e um grande abraço!

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Resposta em vídeo ao teu comentário

 

https://www.youtube.com/watch?v=lpRGQXnGQWs&feature=youtu.be

 

https://www.youtube.com/watch?v=sv9Qi5A3xUQ&feature=youtu.be

 

 

Abraços

 

P.s. Esqueci de comentar uma coisa... o Arkab confessou sem querer que matou o Gibrial no meio da discussão com o Propus. Então isso já é mais uma coisa que depõe contra ele.

Editado por Nikos
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Minhas suspeitas com relação ao capítulo anterior, ante as ações, a princípio descuidadas de Propus na presença de Athena para que essa liberasse seu poder e, viesse fatalmente atrair Nérites, confirmaram-se nesse, como não sendo aquilo que aparentava.

 

O filho de Nereu fora atraído para uma armadilha sem mesmo se dar conta disso e em vista de sua autoconfiança exacerbada deverá pagar bem caro.

 

Claro que posso estar enganado, mas deduzo que o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos já há tempos vinha confabulando uma situação, como essa, para se livrar de Nérites por esse se apresentar como o principal recurso de Atlântida e empecilho para ascensão de Athena.

 

Já disse em comentários anteriores que muitas vezes o autor força um pouco demais no protagonismo de Propus, que somado ao seu caráter, ou melhor, na falta dele, acabam tornando-o intragável, mas é indubitável também, e muito digno de nota, sua maneira de trabalhá-lo como sendo um personagem questionável.

 

Propus mente...

 

manipula...

 

age covardemente...

 

no entanto ações como aquela do Graad Azul, e esta agora, caso se confirme, de se livrar de Nérites, mostram seu compromisso com Athena e o quanto se preocupa com a mesma e seu legado.

 

Nada que justifique,claro, mas acaba sendo interessante, e tornando Atlântida única nesse sentido, do ponto que temos um protagonista com essa forma de se apresentar.

 

Parabéns ao autor pela coragem e trabalho!

 

Falando agora da discussão entre os Cavaleiros de Ouro, que por sua vez, acabou forçando Athena a se manifestar, foi elogiável da perspectiva de como apontamentos, que não passavam de meras acusações, sem indícios concretos dos mesmos, pode levar a uma situação daquelas.

 

A forma como o autor trabalhou a tensão de todos ali, sendo que cada um parecia, por razões próprias, no seu limiar, com os nervos a flor da pele, aparentemente esperando uma situação como aquela para despejar seu descontentamento, me refiro necessariamente a Libânia (pelo que houve com Alhena), Ário (por causa do seu irmão Sertan) e Safiya (em relação à Pítia), fez tudo soar bastante convincente e, de uma qualidade ímpar.

 

Mais uma vez Propus soube conduzir a situação, tirando o melhor proveito dela, de posse esse, de informações, a princípio privilegiada.

 

Apenas fiquei curioso de como ele obteve isso, mas penso eu, que logo a história mostrará.

 

E quanto ao Cavaleiro de Ouro de Touro, o autor me corrija se estiver errado, mas penso eu, que essa foi sua primeira aparição em toda a trama.

 

 

PS: achei muito bem descrita a entrada de Nérites; além de passar imponência, foi permeada com todo o terror que o acerca.

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Legal a tua teoria que Propus usou tudo isso apra atrair o filho de Nereu para uma armadilha. Não havia cogitado essa possibilidade, que aliás, foi bem trabalhada. Só que uma coisa, Nérites já revelou que uma vez derrotou todos os cavaleiros de uma era, pois os mesmos se puseram entre o seu dever de assassinar Atena quando bebê.

E nesse caso, eu gostaria de saber onde ouve excesso de protagonismo?

Meu objetivo não é o Propus ser adorado ou passar a impressão de que ele é o melhor. Meu objetivo é fazerem vocês verem o Propus como os outros do refúgio vêem: como uma pessoa chata, inconveniente e extremamente irritante. Nem todo mundo entende isso.

Obrigado pelos elogios quanto à coragem em fazer um protagonista com uma personalidade amplamente questionável. Propus não é digno de um grande caráter, como o próprio Arkab justifica com relação às estrelas. Ele foca na racionalidade, portanto, acaba sempre fazendo o que melhor convém, mesmo que as atitudes não sejam plenamente corretas. Eu gosto bastante de fazê-lo dessa maneira.

Quanto à discussão, a única coisa que foi realmente "confessada", foi Arkab ter dito que matou realmente Gibrial de Golfinho. QUe bom que gostasse da maneira como cada um foi retratado e analisasse bem os motivos de cada "rebelde". Adiciono ao Ário a proteção ao próprio aprendiz.

Então, qfalando das informações de Propus, não foi explicitado nada ainda, mas levando emc onta que o mesmo possuiu de fato Arkab e os trunfos dele se basearam em dois pontos importantes da história na primeira parte: o sumiço de Wezn e o de Pítia. A princípio, bastaria Propus perguntar para o controlado sagitariano os motivos. Isso que dá para extrair até agora, não sei se tem outros pormenores, mas acho que a condução da história contribuirá mais para isso. Não tenho certeza.

Gerd já apareceu quando foi provocado por Sertan, lá no longíquo capítulo 17, se não me engano. Mas ele não respiondeu à provocação. Apesar disso, ele foi citado várias vezes.

Que bom que gostasse da entrada de Nérites, obrigado pelos elogios.

Leandro, valeu por tudo, pelos elogios, críticas e tudo mais.

Até a próxima. Abraços

Estou esperando a continuação do teu Gaiden


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BALANÇO: CAPÍTULO 10

Balanço de agora vem com resumo em vídeo (áudio ficou ruim, aumentem o volume), personagens e origem dos nomes do Gerd e dos três geminianos.

 

 

Resumo em vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=sdbd8ECUz2c

Personagens

 

Propus de Gêmeos: Jovem que herdou a armadura de ouro de seu pai, Alhena de Gêmeos. Arrogante, irônico, acabou descobrindo várias informações sobre o Grande Mestre e Arkab.

 

Arkab de Sagitário: Considerado o cavaleiro mais fiel ao Grande Mestre. Acusou Propus de tê-lo controlado e de ter matado o pai, mas as acusações voltaram contra ele.

 

Grande Mestre: Entidade milenar que sobreviveu à última Guerra Santa, na qual Atena foi derrotada. Costuma agir com extrema cautela, não dando sequência à guerra, fato que o faz ser muito questionado no refúgio, que já foi repartido com a rebelião de Sertan de Câncer.

 

Ário de Capricórnio: Cavaleiro honrado, levemente arrogante, mas com um grande coração. Foi mestre de Propus e, ao contrário do restante do refúgio, preza muito pelo rapaz. É irmão de Sertan, que abandonou o refúgio em rebeldia ao mestre.

Libânia de Peixes: Amazona ardilosa que veio do continente de Jamiel. Pertenceu à Guarde de Ouro e só está no refúgio graças à insistência de Ário.

 

Gerd de Touro: Cavaleiro pacífico, baixo, loiro, muito diferente do que se imagina de um guerreiro taurino. Apesar de tudo, ficou ao lado do Grande Mestre.

Safiya de Escorpião: Amazona dourada que veio do Egito. Emana uma postura firme e forte como guerreira, o que acaba ocultando sua fragilidade emocional.

Pavel de Aquário: Guerreiro da sibéria que foi herói em Graad Azul. Possui um grande ego por causa disso e não se cansa de alimentá-lo.

 

 

 

Curiosidades

  • O nome Gerd é escandinavo e significa "Fortaleza". Aparentemente, parece não ter muita conexão, já que ele é um dos menores cavaleiros.
  • A explicação que Arkab deu das estrelas regentes na realidade representa o significado dos nomes dos três geminianos. Alhena e Tejat são nomes de estrelas que ficam nas pontos de cada gêmeo enquanto Propus seria o nome da estrela central. Entretanto, ela não possui nome além de uma letra grega. Então foi escolhida outra estrela aleatória.

 

 

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CAPÍTULO 11

 

Nérites abriu um largo sorriso nos lábios e fitou Atena, que o olhava apreensiva. O tumulto era total. Muitos dos aprendizes e cavaleiros que observaram o embate entre os cavaleiros de ouro tentavam verificar o atlante com curiosidade, que era misturada com um leve toque de pânico. Sentiam o cosmo imenso do guerreiro, que parecia superar até mesmo os dos cavaleiros de ouro. O Grande Mestre tremia mais ainda, mantendo-se estático. Aproveitando-se o momento, Propus se recolheu lentamente, se afastando da multidão. Ário olhava para aquela criatura e não deixava de sentir uma ponta de raiva. Sabia que fora ele que havia exterminado Tamuz e Ras.


Sem parecer se preocupar com o tumulto, Nérites deu um passo para frente em direção a Atena, não tirando o olho bom do rosto daquela criança, que já tinha um cosmo de Deusa muito elevado.


Como instinto, vários cavaleiros pularam em frente à Atena, se prontificando a defendê-la de Nérites. Entretanto, todos os ataques lançados sequer tocaram o corpo do belo guerreiro, que simplesmente desviou, deixando a multidão atônita. Em seguida, surgiu em meio a todos e, soqueando velozmente, derrubou os protetores no chão, deixando todos inconscientes, mas nenhum aparentemente morto. Arkab, Libânia e os outros dourados olhavam abismados, também sem saber o que fazer. Apenas tinham certeza que era a hora de manter uma trégua.


De frente para Atena, Nérites se prontificou para golpeá-la, quando uma rajada de ar frio cortou o céu e foi em sua direção. Num reflexo ele saltou para cima, fez um malabarismo e caiu de frente para o seu opressor. Pavel o fitava com determinação, não tirando a confiança de seus olhos azuis claros. O atlante sorriu um pouco, parecendo interessado.


– Pelo visto, não importa quantos séculos decorram, os padrões continuam estáticos. – comentou Nérites poeticamente. – A insistência dos cavaleiros em se lançar à morte, apenas para uma vã tentativa de proteger Atena permanece intacta. É algo incômodo, mas não menos admirável.


– Não continuarei a ouvir mais tais palavras. – murmurou Pavel. – PÓ DE DIAMANTE!


Pavel ergueu a mão direita, produzindo uma esfera azulada. Em seguida, fechou os dedos, lançando uma rajada de ar frio em direção ao atlante. Pigarreando algumas risadas, Nérites ergueu as duas mãos, segurando todo o golpe congelante, anulando o efeito. Pavel olhou estupefato, não menos impressionado do que os cavaleiros que rodeavam o local.


– Tal golpe é de uma beleza incrível, não menos relevante que sua força. – discursou o atlante. – Todavia, congelar ratos não é uma tarefa difícil, mas tirar as funções de um Deus é algo impossível. BOMBA SÔNICA!


A capa de Nérites balançou, todo o seu corpo estremeceu e uma rajada de onda sonora foi emitida das palmas das mãos. A perturbação no meio ia destruindo tudo no caminho, emitindo um ruído ensurdecedor para todos. Num reflexo, Pavel ergueu uma muralha de gelo, que foi rapidamente extinguida graças ao ataque, mas permitiu que o aquariano saltasse para trás.


Nérites sorriu, não ligando para a falha no ataque. Ário se levantava aos poucos, não sentindo mais nenhuma dor. Os cavaleiros que rodeavam a luta começavam a sair, afim de não atrapalhar o confronto de Pavel. Estavam assustados, mas não menos determinados. O Grande Mestre continuava olhando, se aproximando de Atena para protegê-la, que observava tudo mordendo os lábios, atônita.


– Não penses que me derrotarás, atlante. – rosnou Pavel. – Eu acabarei contigo nesse instante com meu ar congelado. Eu sou um herói nas terras nórdicas.


– Quero que me perdoes pela falha, mas a ausência de meu sentido de audição me impede de distinguir tais palavras proferidas. – alertou Nérites colocando a mão direita sobre o peito. – Não obstante, tais discursos não me despertam atenção, pois que valem as palavras de um inseto se referindo a Deus? BOMBA SÔNICA!


Nérites abriu o olho bom rapidamente, ergueu as duas mãos para frente e lançou mais uma vez a rajada sonora. Tudo tremeu, inclusive o chão, e todos os destroços foram engolidos pela onda. Pavel concentrou sua energia, pronto para anular novamente aquela ofensiva, quando um vulto saltou à sua frente. Num instante, todo o golpe de Nérites foi absorvido e mandado de volta para ele, que recebeu em cheio, sem ter chances de se desviar.


O atlante gemia de dor. Sentia todos os seus ossos vibrarem, parecendo que seriam arrancados do corpo a qualquer momento. Já havia sofrido com tal ofensiva na luta contra Ras e tais lembranças eram extremamente incômodas, principalmente por ferir o seu orgulho de uma forma que ele não conseguia aceitar.


Não demorou e o golpe cessou. Ainda com a mente um pouco tonta, o atlante colocou a mão no chão e se levantou. Irritado com o que acontecera, ele dobrou o pescoço, olhando para Pavel, quando viu Atena parada em frente ao cavaleiro de Aquário, erguendo o seu báculo para frente. Parecendo satisfeito e curioso, Nérites deu uma longa gargalhada e ficou de pé. Ário, o Grande Mestre e Pavel olhavam com curiosidade, não menos impressionados.


– Parece que finalmente abandonaste o casco, Atena. – balbuciou Nérites. – Porém, receio que nem o mundo aguentará o embate entre duas entidades divinas como nós.


– Não, Atena, não permitirei isso. – grunhiu Pavel, ficando pela primeira vez nervoso. – É o dever de um cavaleiro te proteger. Não podemos te expor dessa maneira.


– Cansei de ver meus cavaleiros morrerem por mim. – lamentou Atena, com lágrimas nos olhos. – É hora de eu entrar no campo de batalha. Ele se acha um Deus, mas como lidará ao enfrentar uma Deusa de verdade?


– Meu coração se apreende de emoção frente a tal desafio, acredite, Vossa Santidade. – parabenizou Nérites, pronto para a luta, olhando de frente para Atena com seu olho bom. – Tais palavras divinas conseguem penetrar até pelos meus ouvidos inaptos.


Sem esperar, Atena ergueu o báculo para frente, produzindo uma forte energia luminosa. Num salto, Nérites tentou escapar, mas o golpe fora rápido demais, atingindo-o em cheio. O estrondo foi grande, não menor que o uivo de dor do atlante, que tombou no chão. Cansada, a Deusa respirou forte, mas concentrou o cosmo para se manter de pé. A baixa idade estava pesando muito naquele momento.


Não demorou e Nérites apoiou a mão no chão para se levantar. Estava com uma expressão séria, parecendo esconder a dor produzida pelos golpes de Atena em seu corpo. Sem pensar duas vezes, a Deusa ergueu novamente o báculo para produzir a energia, mas nada aconteceu. Todos observaram atônitos, enquanto o atlante sorria levemente.


– O que está acontecendo? – perguntou Atena intrigada.


De repente, uma forte cosmo energia tomou conta do local e, no topo da crosta gelatinosa, várias letras começaram a ser escritas com uma espécie de energia luminosa. Ao fim, todos leram a palavra “Poseidon”, cobrindo praticamente todo o céu. Tombando devido à pressão, Atena se sentiu fraca e mais ainda quando viu vários pergaminhos caindo por cima dela.


Um vultou desceu do céu, lançando vários outros pergaminhos. Era uma mulher jovem, coberta por uma escama protetora. Tinha cabelos loiros, extremamente longos e escorridos. Portava mais pergaminhos na mão esquerda.


– Quero parabenizar-te pelo teu bom trabalho. – disse Nérites olhando para a jovem. – Como não era de menos, o sucesso veio à tona, Hypséa, Enviada Marina de Peixe-Espada.


De repente, uma rajada cortante percorreu o ar, atingindo a marina em cheio, que tombou morta no chão. Nérites olhou para o lado e viu Ário com a mão esquerda para frente, tomado pela fúria e pelas dúvidas. A um movimento de mãos do atlante, o capricorniano foi arrastado para longe e depois se voltou para Atena. A Deusa continuava a respirar forte, enquanto Pavel apareceu para socorrê-la.


– Que feitiçaria é esta, Nérites? – indagou Pavel.


– Parece que não sou só eu que estou desprovido de audição. – comentou Nérites. – Nenhum de vocês percebe que não estou apto a captar nenhum som? Mas imagino a linha da tua fala. Tal artimanha é a “Gaiola de Selos”, elaborada meticulosamente pelo Imperador Poseidon nos últimos anos. Não acreditavam piamente que seríamos tão ingênuos a ponto de atacar uma Deusa sem preparo? Com tais artefatos, o poder de Atena está contido, inutilizado. Por conseguinte, posso extinguir tal entidade a hora que eu quiser.


– Eu vou lutar! – rosnou Atena, tentando se levantar.


– Superação considerável a uma Deusa, mas tal falta de idade foi fundamental para o selo funcionar da melhor maneira. – concluiu Nérites. – Se esperássemos mais um tempo, terias a experiência necessária para pelo menos manteres um poder para me conter. Todavia, tal situação não está em questão e a tua morte é eminente. RESPLANDESCER SELENE!


Com um sorriso na boca, o atlante ergueu os braços para frente e lançou sua energia luminosa. Atena tentou erguer o báculo, mas faltavam-lhe forças. O golpe seguiu em direção a ela, quando Pavel saltou para protegê-la, recebendo todo o impacto no local. Sem forças, o cavaleiro de Aquário sentiu as piores dores e tombou nos braços da Deusa.


Não muito satisfeito com a situação, Nérites deu alguns passos em direção a ambos, pronto para atacar de novo. Usando suas forças, Pavel concentrou o cosmo e se elevou, ficando de braços abertos para proteger Atena. Dando uma pigarreada de felicidade, Nérites deu mais dois passos e ergueu o braço.


No entanto, uma forte energia cortante atravessou o ar, passando pela frente. No mesmo instante, Ário surgiu entre eles, com a capa balançando, a armadura reluzindo e a mão direita levantada. Nérites saboreou a situação, enquanto Pavel olhava preocupado. O Grande Mestre observava tudo de longe, junto com alguns poucos cavaleiros que restaram.


– Ário, o que estás fazendo? – indagou Pavel. – Não podes interferir numa luta.


– Não importam quantos venham, pois o destino que espera a todos que se postarem entre mim e Atena será a morte. – balbuciou Nérites, não ouvindo o que eles estavam dizendo. – Lutar em grupo só adiantará a minha missão.


Ignorando o atlante, Ário simplesmente ergueu a mão para o céu, lançando um golpe cortante, facilmente desviado por Nérites. Em seguida, se virou para Pavel e pediu:


– Sai daqui e proteja Atena. Eu vou ficar para conter Nérites.


– É inconcebível, Ário! Deixa que eu lute. – rebateu Pavel, um pouco nervoso.


– É melhor ganharmos tempo agora. – explicou o capricorniano. – Eu posso conter Nérites o maior tempo possível. Enquanto isso, quero que protejas Atena o quanto puderes.


– Não de ordens, Ário! – interrompeu o Grande Mestre, se aproximando, deixando-o irritado! – Pavel, é hora de mantermos uma trégua. Quero que faças uma barreira de gelo ao redor do local onde Atena estará. Arkab a levará para um ponto seguro. Safiya, Libânia, Gerd, tentem destruir a crosta, junto com os demais cavaleiros. É hora de agirmos.


Seguindo as ordens do mestre, Libânia e Safiya acompanharam Gerd para a extremidade de crosta, não provocando ofensivas. Pavel segurou Atena e a levou para o meio do vilarejo, junto com Arkab, que se aproximava. Nérites tentou segui-los, mas outra pressão cortante impediu o seu caminho. Parecendo estar se deliciando com aquela situação, o atlante simplesmente deu uma risada e se voltou para Ário.


– Parece-me que o próximo peão do jogo a ser eliminado serás tu. – grunhiu Nérites, rindo. – Tais feições presentes em teu corpo me lembram do cavaleiro de Câncer. Por acaso há alguma linha concorrente nas linhagens de ambos?


Ário engoliu a saliva. Então Nérites havia se encontrado realmente com Sertan? Ficou temeroso pela vida do irmão, julgando-o estar morto. Contudo, não poderia pensar nessas coisas, somente em se concentrar no rival à frente.


“Sertan era o meu irmão”, respondeu, portanto pensamento.


– Bravo! – aplaudiu Nérites. – Parece que terei o prazer de enterrar a família inteira.


O capricorniano ficou atônito. Não conseguia acreditar que Sertan poderia ter morrido nas mãos de Nérites. Como não havia percebido antes? Vários pensamentos corriam por sua mente. Mesmo sendo contrário a diversas posições do irmão, ainda tinham alguma ligação fraternal, apesar de se verem com pouca frequência.


Algumas lágrimas caíram dos seus olhos e seu cosmo elevou rapidamente. Os cabelos longos e negros do cavaleiro se agitavam com o vento, tal como a capa, que balançava. Sem pensar, ele se atirou para cima de Nérites, movendo o braço direito de um lado para o outro, produzindo mais rajadas cortantes.


Se divertindo com a situação, o atlante apenas se moveu como se dançasse, desviando-se facilmente de todos os ataques, deixando Ário ainda mais perplexo. Em seguida, surgiu em frente ao capricorniano e desferiu-lhe um soco rápido no peito, atirando-o para longe. Ário gemeu de dor, mas voltou a se levantar, um pouco irritado, mas não menos determinado.


– Angústia e aflição estão presentes no teu olhar. – citou Nérites. – A admiração pela minha velocidade o intriga, estou certo? Tal fato se dá porque manipulo tão bem a velocidade da luz que posso criar dobras no espaço para me deslocar livremente. Tal feito só é possível para um Deus como eu. Mas não te intimides, o Leão, o Câncer e o Virgem também se impressionaram.


Ário mordeu os lábios mais uma vez. Pensou que o poder do atlante não teria limites a ponto de exterminar metade da Guarda de Ouro. O que poderia fazer então, sozinho? Satisfeito, o atlante observou o cavaleiro irritado e se deliciou ainda mais com a situação.


– Intrigado? – proferiu Nérites. – Não te preocupes, logo tua alma ocupará o mesmo local que eles. BOMBA SÔNICA!


Nérites apontou os braços para frente, balançou a capa e lançou o poder sonoro. Rapidamente, Ário tentou se desviar, mas o golpe atingiu diretamente sua perna, derrubando-o no chão. A dor era gigantesca. Num momento, parecia que seus ossos iriam escapar do corpo, no outro, sentia que tinha perdido completamente a movimentação.


Alheio a isso, o atlante se aproximava lentamente. Parecia curtir cada momento da luta e não tinha pressa. A autoconfiança estampada no seu rosto refletia que ele não estava nenhum pouco preocupado com o andamento da batalha, tendo plena convicção na própria vitória, mesmo que com alguma dificuldade.


Nérites deu mais alguns passos para frente, quando Ário juntou todas as forças e ficou de pé. Em seguida, balançou o braço de um lado, produzindo vários cortes no ar até chegar ao atlante.


Contudo, da mesma maneira que antes, ele simplesmente se moveu rapidamente, saindo completamente ileso do golpe. Não menos impressionado, Ário se abaixou, ainda sofrendo com a dor. Nérites ria, saboreando a própria superioridade.


– Pelo visto, toda a tua determinação está se diluindo. – discursou Nérites. – Não tem como um mero verme como tu tentar alcançar um Deus. É semelhante a um trovador, que busca a lua, mas jamais finda seu objetivo de tocá-la. Tal superioridade é evidente e…


Antes que pudesse completar a frase, Nérites sentiu uma pontada na testa. Num instinto, colocou a mão lá e seu olho bom se arregalou horrorizado com a mancha de sangue que estava estampada por entre os dedos. Uma fúria tomou conta de seu interior, produzindo um grande aumento no cosmo. Ário se ergueu e sorriu ao ver que atingira seu objetivo.


– Tal sacrilégio jamais será posto de lado. – grunhiu Nérites, ainda olhando para a mão. – Qualquer criatura que ousar causar um pequeno ferimento num Deus, destruindo o equilíbrio estético de sua face, só terá a morte como destino.


“Dizes que teu poder é sagrado, Nérites”, comentou Ário em pensamento. “Porém, em minhas mãos repousa o poder de uma espada sagrada, Excalibur, que jamais deixou seu lugar na rocha. Só um guerreiro valoroso poderá empunhá-la e, com sua força divina, eu te vencerei. Sem proteção, não poderás resistir.”.


Elevando o cosmo, Ário saltou em direção a Nérites, golpeando o ar com sua rajada cortante. Entretanto, o atlante moveu as mãos para cima rapidamente, produzindo uma massa gelatinosa, que se endureceu numa crosta, bloqueando completamente o ataque de Ário. Em seguida, empunhou o braço para frente, golpeando-o fortemente, lançando-o ao chão.


Nérites riu, enquanto Ário já se levantava novamente, pronto para continuar a luta. No entanto, algo o incomodava. Olhou para o braço direito e seu queixo caiu ao ver que estava rodeado por uma fina camada daquela massa gelatinosa. Tentou tirá-la elevando o cosmo, mas não surtiu efeito. Logo, algo puxou o seu pé e viu que parte da gosma também emergira do chão, bloqueando completamente seus movimentos.


– Tal poder pode ser denominado como “Crosta Visceral”. – explicou Nérites. – Como a pele de um molusco, ela se desdobra livremente. Não obstante, devido às minhas técnicas e ao calor da atmosfera, há um forte endurecimento, tornando-a tão rígida e resistente como eu queira.


Nérites concentrou sua energia, pronto para atacar. Com um movimento rápido Ário balançou o braço esquerdo, cortou a crosta de sua perna, deu um salto para o ar e destruiu o ataque do braço direito. Em seguida, o empunhou para trás, elevando o cosmo ao ponto máximo e exclamou:


– LANÇA MÍTICA!


Como um golpe de uma lança Ário avançou o braço direito para frente, produzindo um grande tornado horizontal de ar, que foi se comprimindo até ficar tão fino quanto a ponta de uma lança. Nérites olhou para cima e, num impulso ergueu a massa gelatinosa, endurecendo-a para formara a crosta defensiva. O golpe de Ário se chocou com a barreira e, com uma pressão maior, rachou completamente a estrutura.


Empolgado, Ário aumentou ainda mais a pressão do braço e tentou golpear Nérites. O atlante, no entanto, lançou rapidamente sua rajada de som, anulando-se com o tornado do capricorniano, atingindo o cavaleiro, derrubando-o no chão.


O eco do som de Nérites ecoava no cérebro de Ário, que não conseguia mais suportar tamanha pressão. O atlante ria e já postava as mãos para frente para golpeá-lo novamente. Entretanto, uma rajada cortante impediu o avanço. Ário já se levantava e agitava o braço de um lado para o outro, produzindo cortes no ar, deixando Nérites praticamente sem saída.


– Não consigo desvendar os motivos de tais atos desesperados. – rebateu Nérites. – Desviar de supostos golpes não me causa nenhum esforço, bloqueá-los menos ainda.


“Isso é o meu grande ataque. CICLONE DILACERANTE!”


Ário continuou a agitar os braços de um lado para o outro, formando um círculo ao redor de Nérites. O atlante tentou desviar, mas a pressão de ar logo começou a girar, formando um grande furacão, fatiando tudo o que havia dentro. O capricorniano ouvia gritos por dentro do seu tornado e ficava satisfeito. Estava tomado pela dor, mas elevava o cosmo para continuar atacando.


Não tardou e Ário tombou. O ataque lhe consumira muita energia. Com o fim das ofensivas o tornado se cessou, levantando uma imensa nuvem de poeira. Respirando fortemente, ele olhou para frente e seu queixo caiu quando viu uma esfera rígida flutuando no local onde estava o furacão. O molde logo se rachou em vários pedaços pequenos, revelando Nérites. O atlante sorriu fortemente e, com um movimento de braços, lançou os pedaços em forma de estacas para o oponente.


Temeroso e não menos surpreso, Ário moveu os braços para tentar conter o contra-ataque, mas falhou. Uma a uma, as estacas perfuravam sua armadura e as partes desprotegidas, gerando um mar de sangue. O atlante gargalhou e desceu ao chão suavemente, enquanto o capricorniano gemia de dor, praticamente sem forças e ações.


– Parece-me que o fim desta batalha está num ponto muito próximo deste instante. – gabou-se Nérites com o cosmo elevado. – BOMBA SÔNICA!


Nérites produziu a rajada sonora em direção a Ário, que não se mexeu. O atlante deu uma longa gargalhada, ao passo que o Grande Mestre, que tudo assistia, gritou em desespero.


De repente, o capricorniano desapareceu completamente e, no instante seguinte, surgiu por detrás de Nérites, colocando os pés por debaixo dos ombros do guerreiro marinho.


– Está é a minha vitória! – grunhiu o cavaleiro. – PEDRAS SALTITANTES!


Antes que o atlante pudesse reagir, Ário deu um mortal e lançou o oponente em direção ao próprio ataque. Nérites gemia de dor, sentindo toda a pressão da rajada de som, que parecia mais estrondosa do que nunca. Tentando reagir, o atlante se mexeu, quando Ário apareceu ao lado, moveu o braço para trás e lançou a energia cortante diretamente em seu corpo praticamente desprotegido.


O Grande Mestre deixou os braços caírem estupefato. Um a um, os cavaleiros que se encontravam no recinto deixavam os esconderijos e observavam a cena. Nérites estava partido ao meio, sem vida, em meio ao chão, gerando um rio de sangue.


Ferido, Ário desceu ao chão, praticamente sem forças, quando o Grande Mestre foi em sua direção acudi-lo. Contudo, com um olhar tomado de ódio ele ergueu o braço, lançando sua energia em direção ao mestre, que, por um segundo, conseguiu desviar.


– Nérites está morto! – grunhiu Ário, cheio de ódio. – E tu serás o próximo, Grande Mestre.

 

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Capítulo 11 lido.

 

Bem que este capítulo prometeu uma boa porrada e boa mesmo.

 

O deus Gold e Athena Slayer merece bem a sua reputação, mesmo com danos anteriores da batalha com outros dois dourados conseguiu desenvencilhar bem contra esta geração, no entanto notei que o pequeno poder desta Atena foi o suficiente para o empurrar e deixar com dano mais significativo, imagino se ela fosse uma adolescente ou uma adulta, aí o resultado seria outro, contando ainda com uma grande artimanha da parte de Poseidon para selar os poderes dela.

 

Depressa a Marina de Serpente Marinha foi apresentada como morta por um ataque afiado de Ario. Pavel tentou usar a sua fama de herói nas terras de Bluegraad, porém em vão contra uma divindade tão poderosa como Nérites.

 

Eis que no final, Nérites foi morto e fatiado em duas, confesso que foi a grande surpresa do capítulo, uma vez que pensei que ele fosse invencível.

 

E agora, a vingança do Capricórnio não conhecerá a piedade, mas sim a vingança.

 

Meus parabéns e abraços, mon ami!

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Esse capítulo foi mais agitado mesmo, com muitos combates. Não é exatamente o que me agrada mais, mas em CDZ eles são necessários, afinal há uma guerra acontecendo.

Nérites enfrentou três dourados (Ras, Tamuz e Sertan), só para elmbrar. Atena é uma deusa de primeira categoria, natural ser muuuito superior a Nérites. O problema era sua idade e o selo que Poseidon preparou para ela.

A marina que apareceu era de Peixe-Espada. O de Serpente Marinha (Berílio) morreu contra Sertan e o seu antecessor reassumiu o posto (Altevir), mas morreu para Fáon, Gibrial e Arkab.

Nenhum pareceu enfrentar Nérites de igual para igual. COntudo, Ário usou uma arma para acabar com o Filho de Nereu: o próprio ataque dele.

Não entendi a última frase, uhahua.


Valeu entõa Saint obrigado pelos coments e abração

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Legal a tua teoria que Propus usou tudo isso apra atrair o filho de Nereu para uma armadilha. Não havia cogitado essa possibilidade, que aliás, foi bem trabalhada. Só que uma coisa, Nérites já revelou que uma vez derrotou todos os cavaleiros de uma era, pois os mesmos se puseram entre o seu dever de assassinar Atena quando bebê. E nesse caso, eu gostaria de saber onde ouve excesso de protagonismo?

 

Não me referia a isso e sim, ao Propus e seu desempenho ao longo da trama, que cá entre nós, por diversas vezes foi favorecido.

 

Meu objetivo não é o Propus ser adorado ou passar a impressão de que ele é o melhor. Meu objetivo é fazerem vocês verem o Propus como os outros do refúgio vêem: como uma pessoa chata, inconveniente e extremamente irritante. Nem todo mundo entende isso.

 

O caso aqui ­— e entenda bem que falo por mim — discordo, pois as impressões que ele me passa são outras. O considero, entre tantas coisas, sobretudo covarde e desprezível, e isso vem desde o ocorrido com Menandro no orfanato, lá no começo de Atlântida.

Obrigado pelos elogios quanto à coragem em fazer um protagonista com uma personalidade amplamente questionável. Propus não é digno de um grande caráter, como o próprio Arkab justifica com relação às estrelas. Ele foca na racionalidade, portanto, acaba sempre fazendo o que melhor convém, mesmo que as atitudes não sejam plenamente corretas. Eu gosto bastante de fazê-lo dessa maneira.

 

Você “gosta”?! (rsrs)... O.O’

Gerd já apareceu quando foi provocado por Sertan, lá no longíquo capítulo 17, se não me engano. Mas ele não respiondeu à provocação. Apesar disso, ele foi citado várias vezes.

 

Sinceramente não me lembrava.

Estou esperando a continuação do teu Gaiden

 

Lamento por fazê-lo esperar, Nikos (agora que sei que se chama Guilherme, importa-se que daqui por diante o trate pelo seu nome?!), mas ultimamente tenho andado sobrecarregado com algumas coisas e me tem faltado tempo para me dedicar as Crônicas. Contudo, após esse fim de semana, onde obtive uma “folga” pude voltar à leitura dos trabalhos aqui do Fórum e da escrita da minha própria história. Graças a isso, neste momento que lhe digito essas palavras, a oitava parte do Epílogo do Gaiden dos gêmeos Saga e Kanon já foi postada. Espero contar com sua audiência costumeira e que a leitura seja do seu agrado.

 

 

 

Capítulo 11

 

Não acredito... Nérites morreu?!

 

Sério?!

 

Fiquei estarrecido ao ler.

 

Ainda custo acreditar.

 

Para ser sincero tenho para mim que o personagem ainda permanece vivo de algum jeito.

 

Deixando isso de lado, mas mantendo ainda a direção do comentário sob a figura do filho de Nereu, seu combate ficou marcado pela intervenção direta, e decisiva, da jovem Athena.

 

O Grande Mestre também se mostrou providencial.

 

Gostei da explicação diante da funcionalidade da “gosma” usada por Nérites.

 

Falando da performance de Ário surpreendeu-me o fato dele portar uma lança em seu arsenal. Fiquei a conjecturar se assim como Excalibur tal arma possuiria um nome.

 

O uso das PEDRAS SALTITANTES acabou contribuindo bastante para o fim de Nérites e isso também surpreendeu-me, nem tanto pelo uso da técnica em si, mais pelo fato da divindade menor não ter conseguido sobrepujá-la, pois graças a sua vasta experiência em combates com Cavaleiros de Ouro já deveria conhecê-la de antemão.

 

Aliás, considero esse detalhe, a experiência que Nérites deveria ter contra esses oponentes por já vir os eliminando a certo tempo, muito mal explorada na história. Seria de se supor que ele conseguisse sobressair, até com considerável facilidade, às técnicas dos mesmos, afinal, grande parte delas são hereditárias (como foi o caso das PEDRAS SALTITANTES, por exemplo).

 

Fiquei na dúvida quanto à classe hierárquica no império de Poseídon pertencente ao Peixe Espada.

 

 

PS: achei bem legal o acréscimo no vídeo trazendo a origem dos nomes dos personagens na história.

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Esse capítulo veio com um término que ficou meio... Ué. Não, sério. Eu gostei bastante de todo o capítulo, com direito a Nérites fazendo a entrada mais imponente de um personagem até o momento em sua fic, sobrepujando até que com certa facilidade o Pavel, combatendo momentaneamente com Atena, confrontando Ário, mas ai... Ele morre... Daquele jeito... Me brochou demais o desfecho dele. Eu imaginei que seria algo bem mais difícil, precisando de um sacrifício maior de pessoas, não sei, algo que pudesse dar ainda mais sentido e valorizar ainda mais o personagem em si. Essa derrota dele murchou toda a minha impressão sobre o capítulo em si.

 

Ário estava precisando mesmo de um momento de protagonismo, pois só teve no longínquo confronto contra Faizel nos primeiros capítulos. Gostei também de ver sua superação e realmente temi sua morte, pois nenhum dos seus golpes chegou a fazer efeito no Nérites. O uso das Pedras Saltitantes foi muito bem bolado, como uma técnica que lança o adversário contra a técnica que ele próprio desferiu contra o alvo. Foi uma definição ótima para um ataque de execução tão esquisita e sem sentido no clássico, não obstante fazendo com que os autores subsequentes modificassem-na. Foi tudo genial, vibrei com a reviravolta do Ário e pensei que ele conseguiria derrotar Nérites, apenas. Deixá-lo em um estado crítico para que alguém, Atena, talvez, viesse a selá-lo. Seria um desfecho clichê, mas bastante convincente e me agradaria bem mais do que ter sido cortado ao meio em uma morte tão indiferente a um personagem que sempre trouxe consigo uma reputação e poder louváveis.

 

Gostei da inclusão do Peixe-Espada, embora tenha morrido um segundo depois que apareceu /lua E estou só observando Propus escapando misteriosamente do confronto e o Grande Mestre MAIS UMA VEZ não fazendo nada que preste. Mas até que o trabalho em equipe dos Cavaleiros de Ouro pra conter Nérites me agradou, só o desfecho dele que detestei rs.

 

Parabéns Ninos e abraço!

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Legal a tua teoria que Propus usou tudo isso apra atrair o filho de Nereu para uma armadilha. Não havia cogitado essa possibilidade, que aliás, foi bem trabalhada. Só que uma coisa, Nérites já revelou que uma vez derrotou todos os cavaleiros de uma era, pois os mesmos se puseram entre o seu dever de assassinar Atena quando bebê. E nesse caso, eu gostaria de saber onde ouve excesso de protagonismo?

 

Não me referia a isso e sim, ao Propus e seu desempenho ao longo da trama, que cá entre nós, por diversas vezes foi favorecido.

 

Meu objetivo não é o Propus ser adorado ou passar a impressão de que ele é o melhor. Meu objetivo é fazerem vocês verem o Propus como os outros do refúgio vêem: como uma pessoa chata, inconveniente e extremamente irritante. Nem todo mundo entende isso.

 

O caso aqui ­— e entenda bem que falo por mim — discordo, pois as impressões que ele me passa são outras. O considero, entre tantas coisas, sobretudo covarde e desprezível, e isso vem desde o ocorrido com Menandro no orfanato, lá no começo de Atlântida.

 

Obrigado pelos elogios quanto à coragem em fazer um protagonista com uma personalidade amplamente questionável. Propus não é digno de um grande caráter, como o próprio Arkab justifica com relação às estrelas. Ele foca na racionalidade, portanto, acaba sempre fazendo o que melhor convém, mesmo que as atitudes não sejam plenamente corretas. Eu gosto bastante de fazê-lo dessa maneira.

 

Você “gosta”?! (rsrs)... O.O’

 

Gerd já apareceu quando foi provocado por Sertan, lá no longíquo capítulo 17, se não me engano. Mas ele não respiondeu à provocação. Apesar disso, ele foi citado várias vezes.

 

Sinceramente não me lembrava.

 

Estou esperando a continuação do teu Gaiden

 

Lamento por fazê-lo esperar, Nikos (agora que sei que se chama Guilherme, importa-se que daqui por diante o trate pelo seu nome?!), mas ultimamente tenho andado sobrecarregado com algumas coisas e me tem faltado tempo para me dedicar as Crônicas. Contudo, após esse fim de semana, onde obtive uma “folga” pude voltar à leitura dos trabalhos aqui do Fórum e da escrita da minha própria história. Graças a isso, neste momento que lhe digito essas palavras, a oitava parte do Epílogo do Gaiden dos gêmeos Saga e Kanon já foi postada. Espero contar com sua audiência costumeira e que a leitura seja do seu agrado.

 

 

 

Capítulo 11

 

Não acredito... Nérites morreu?!

 

Sério?!

 

Fiquei estarrecido ao ler.

 

Ainda custo acreditar.

 

Para ser sincero tenho para mim que o personagem ainda permanece vivo de algum jeito.

 

Deixando isso de lado, mas mantendo ainda a direção do comentário sob a figura do filho de Nereu, seu combate ficou marcado pela intervenção direta, e decisiva, da jovem Athena.

 

O Grande Mestre também se mostrou providencial.

 

Gostei da explicação diante da funcionalidade da “gosma” usada por Nérites.

 

Falando da performance de Ário surpreendeu-me o fato dele portar uma lança em seu arsenal. Fiquei a conjecturar se assim como Excalibur tal arma possuiria um nome.

 

O uso das PEDRAS SALTITANTES acabou contribuindo bastante para o fim de Nérites e isso também surpreendeu-me, nem tanto pelo uso da técnica em si, mais pelo fato da divindade menor não ter conseguido sobrepujá-la, pois graças a sua vasta experiência em combates com Cavaleiros de Ouro já deveria conhecê-la de antemão.

 

Aliás, considero esse detalhe, a experiência que Nérites deveria ter contra esses oponentes por já vir os eliminando a certo tempo, muito mal explorada na história. Seria de se supor que ele conseguisse sobressair, até com considerável facilidade, às técnicas dos mesmos, afinal, grande parte delas são hereditárias (como foi o caso das PEDRAS SALTITANTES, por exemplo).

 

Fiquei na dúvida quanto à classe hierárquica no império de Poseídon pertencente ao Peixe Espada.

 

 

PS: achei bem legal o acréscimo no vídeo trazendo a origem dos nomes dos personagens na história.

 

Olá Leandro.

 

Quanto às tuas perguntas, eu concordo contigo, o Propus demonstra essas características sim, eu não citei exatamente todas.

 

Eu gosto de criar protagonistas diferentes e com caráter deturpado. É muito sem graça continuar na mesmice de protagonistas bons que fazem de tudo pela justiça. Eu posso ter exagerado quanto à questão de ele ficar dizendo o que os outros pensam, mas de restante, eu não me arrependo de nada.

 

Vou ler até fim de semana teu capítulo, que bom que já postaste, facilita assim,.

 

 

Agora uma coisa que eu notei e isso é o ponto fraco da minha fic, é o excesso de ligações, que acabam sendo perdidas com a forma de publicação. O correto é vocês lerem de uma vez a história (o que, naturalmente, não é possível), Pois vejo que edquecesse de algumas coisas (do Gerd e dos enviados-marinas, citados algumas vezes e até explicados na minha fic, da lança do Ário além de outra coisa sobre o nérites que vou falar)

 

Abriu-se uma possibilidade? Será que Nérites está vivo? Ficarei matutando sobre isso.

 

Ário já utilizou o golpe Lança Mítica no epísódio 4. Ficou realmente faltando um nome. Interessante questionares isso. Não sei te informar... agora.

 

Então, além disso, nos episódios iniciais, Nérites falou que não tem total conhecimento de suas memórias de outras encarnações. Tanto que ele julgou já ter enfrentado um virginiano, mas não se lembrava direito. Nérites é como as nereidas, encarna sempre novamente. É claro que ele consegue se lembrar de algumas coisas com a ajuda de Nereu, mas duvido que tenha plena consciência de todos os combates. tanto que, se fosse, ele seria realmente extremamente apelão.

 

E... as pedras saltitantes terem sido hereditárias foi suposição tua também. kkk. Ela pode muito bem ter sido originada por Ário e ficado famosa por que conseguiu vencer Nérites com ela.

 

Aliás, lembra sempre (como supuseste erroneamente sobre jamiel) que a minha fic se passa na Grécia Antiga e algumas das situações do clássico talvez não tenham sido criadas (como Jamiel ter sido base dos cavaleiros, entre outros motivos.)

 

 

Valeu então pelos comentários e que bom que gostasse da origem dos nomes ali. É bom revelar essas coisas.

 

 

 

 

 

Parabéns, muito top sua fic!

 

Pensei que o Propus ia dar o check mate!

 

Sertan morreu mesmo? Esqueci ashuahsauhasuashsau

 

Velho nem eu sei mais em quem acreditar!!!

 

Valei Grinlock.

 

Propus nem apareceu depois daquilo.

 

O Sertan morreu? Não que eu lembre. Ele não apareceu morto na fic. Ele já enfrentou Sertan uma vez e Acrux salvou sem que Nérites percebesse. Mas não sei se o atlatne voltou para se vingar.

 

Não acredite em ninguém e sairás lucrando. kkkk

 

Abraços

 

 

Esse capítulo veio com um término que ficou meio... Ué. Não, sério. Eu gostei bastante de todo o capítulo, com direito a Nérites fazendo a entrada mais imponente de um personagem até o momento em sua fic, sobrepujando até que com certa facilidade o Pavel, combatendo momentaneamente com Atena, confrontando Ário, mas ai... Ele morre... Daquele jeito... Me brochou demais o desfecho dele. Eu imaginei que seria algo bem mais difícil, precisando de um sacrifício maior de pessoas, não sei, algo que pudesse dar ainda mais sentido e valorizar ainda mais o personagem em si. Essa derrota dele murchou toda a minha impressão sobre o capítulo em si.

 

Ário estava precisando mesmo de um momento de protagonismo, pois só teve no longínquo confronto contra Faizel nos primeiros capítulos. Gostei também de ver sua superação e realmente temi sua morte, pois nenhum dos seus golpes chegou a fazer efeito no Nérites. O uso das Pedras Saltitantes foi muito bem bolado, como uma técnica que lança o adversário contra a técnica que ele próprio desferiu contra o alvo. Foi uma definição ótima para um ataque de execução tão esquisita e sem sentido no clássico, não obstante fazendo com que os autores subsequentes modificassem-na. Foi tudo genial, vibrei com a reviravolta do Ário e pensei que ele conseguiria derrotar Nérites, apenas. Deixá-lo em um estado crítico para que alguém, Atena, talvez, viesse a selá-lo. Seria um desfecho clichê, mas bastante convincente e me agradaria bem mais do que ter sido cortado ao meio em uma morte tão indiferente a um personagem que sempre trouxe consigo uma reputação e poder louváveis.

 

Gostei da inclusão do Peixe-Espada, embora tenha morrido um segundo depois que apareceu /lua E estou só observando Propus escapando misteriosamente do confronto e o Grande Mestre MAIS UMA VEZ não fazendo nada que preste. Mas até que o trabalho em equipe dos Cavaleiros de Ouro pra conter Nérites me agradou, só o desfecho dele que detestei rs.

 

Parabéns Ninos e abraço!

 

Oi Gustavo.

 

Bem, a morte de Nérites custou dois dourados e meio (Sertan saiu baleado). Se for ver pelo conjunto da obra, até que custou bastante. E ele morreu... com o próprio golpe. Não te esqueças disso. Ele foi atacado com a própria energia e ficou vulnerável para um ataque que (segundo LC) pode destruir até os corpos dos deuses. Não tem porque ele ser selado, já que nenhuma Nereida foi. E se Atena o selasse, Ário não o teria derrotado e isso pode consistir num trunfo para o capricorniano contra o Grande Mestre.

 

Ário teve o maior dos protagonismos agora. Ele mostrou que poderia derrotar Nérites (mesmo o Nérites completamente arrasado devido aos três confrontos anteriores e o atlante não ter levado o confronto a sério).

 

Eu acho que o pior das Pedras Saltitantes é realmente o nome. E, falando sinceramente, essa cena foi a segunda que eu pensei na minha fic. Ela tinha que aparecer, a construção de Nérites veio depois e acredito que ele só morreria com o próprio golpe.

 

 

A inclusão do Peixe-Espada traz a tona o prólogo. Os filhos de Nereu tem que sempre estar acompanhados agora do mesmo número ou de mais marinas.

 

Percebesse que o Propus nem estava ali. kkkk

 

Pena que detestasse, mas pense mais nas consequ`^encias do Ário ter matado o Nérites do que o restante em si.

 

Valeu GF, apareça.

kkk

 

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Oi nikos tudo bem ? Vou comentar os últimos caps

Cap 10

 

Propus tá mais parecendo o Alberich nunca vi alguém causar tanta discordo ele conseguiu fazer com que não dois mas seis dourados lutarem entre si, pessoalmente fiquei feliz com este confronto já estava mais do que na hora de alguém enfrentar este grande mestre que claramente é incapaz para seu posto( ou é isso ou ele é um traidor mesmo). Atena se vê forçada a para o bate mas isso faz com que nerites localize o refúgio. Me pergunto o que Gêmeos pretende com tudo isso; afinal é bem óbvio que arquitetou tudo para tirar vantagem do tumulto e fazer alguma coisa, só não sei o que

 

Cap 11

Nerites luta contra Pavel mas atena se coloca na frente dele, gostei disso pq afinal não seri legal se ela ficasse parada enquanto seus cavs lutam( como a Saori 😄) má parece que os selos de Possêidon conseguem pará-la resta somente Ario conter nerites equanto o grande mestre toma medidas para manter trégua( sério ou esse cara é um traidor ou é muito banana, a deusa dele tá sendo ameaçada por Poseidon, é óbvio que a trégua já foi quebrada )

 

Ario luta contra nerites e com intelingencia finalmente consegue matar o atlante, depois de muito tempo este grande inimigo tomba de forma digna

 

Só uma coisa o Nerites só acredita que tenha matado o Sertanejo certo? Até onde eu me lembre o cara tava bem vivo

 

Agora Ario pretende terminar o que começou será que finalmente veremos o grande mestre lutar ou ele será acudido pelo puxa saco do arkab? Realmente estou ansiosos por isso!

 

Parabéns é até a próxima nikos

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Olá!

Meio Alberich, meio Loki, kkk.

O Grande Mestre é incapaz do seu poder, mas conseguiu sobreviver por 1000 anos. Só isso já é algo para ser levado em consideração. Não sei se ele é um traidor, ou então já teria dedurado o local do refúgio há bastante tempo.

Propus fez isso para tirar vantagem? Mas quem começou tudo foi o Arkab. kkkk


Quanto À questão de Atena, eu acho que ela é uam deusa e tinha que mostrar serviço. kkk. A Saori só lutou de verdade contra o jamian e contra o Cardinale. De resto só deixou os outros e matarem.

Falando da trégua... a trégua não é com Poseidon (nunca houve trégua) e sim entre os cavaleiros mesmo que estavam brigando.

Até onde eu me lembro, o Sertan também está vivo.

Veremos o que vai acontecer Fimbul!

Valeu aí e nos falamos.

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BALANÇO: CAPÍTULO 11

Novo balanço,com resumo em vídeo (áudio ficou melhor, mas ainda não tá bom, aumentem o volume), personagens e curiosidades

 

 

Resumo em vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=KSgsIkwqd0Q&feature=youtu.be

Personagens

Nérites: Atlante egocêntrico que, em suas demais encarnações, liquidou Atena quando bebê por várias oportunidades, além de uma série de cavaleiros de Ouro. Nessa geração, matou Tamuz, Ras e derrotou Sertan.

 

 

Ário de Capricórnio: Irmão de Sertan, mestre de Propus e grande cavaleiro. Possui uma personalidade forte, com um forte senso de justiça, apesar de lhe faltar um pouco humildade.

Pavel de Aquário: Foi herói em Graad Azul e um grande guerreiro na Sibéria. Tem um forte poder e um ego maior ainda.

 

 

Hypsea de Peixe-Espada: Enviada marina que trouxe os selos de Poseidon para impedir que Atena enfrentasse Nérites.

 

 

 

Curiosidades

  • A cena da morte de Nérites foi uma das primeiras que eu pensei nessa fic. Eu mal tinha desenvolvido Nérites e sua função na história, só sabia que seria um grande guerreiro ao comando de Poseidon.
  • Inicialmente, Feres também morreria na mãos de Nérites, mas achei que seria uma overdose de Nérites e preferi fazer o libriano morrer nas mãos de Spio. Talvez eu publique a versão antiga da luta entre Feres e Nérites, mas não sei se ficou boa.

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CAPÍTULO 12

O Grande Mestre tombou no chão, enquanto Ário, completamente ensanguentado, mantinha o braço apontado para o pescoço dele. A entidade respirava nervosa e preocupada enquanto o capricorniano a fitava, com um olhar fervendo de raiva. Alguns cavaleiros se aproximavam de curiosidade, não menos surpresos com tamanha reviravolta no humor do cavaleiro de Capricórnio.


– O que estás fazendo, Ário? – resmungou o Grande Mestre, com um tom que misturava nervosismo e indignação, não perdendo um pouco da autoridade. – Conseguiste uma vitória incrível! Vais continuar com essas ofensivas?


– Sertan está morto! – grunhiu Ário, com lágrimas nos olhos e com a voz falha. – Meu irmão, Tamuz e Ras morreram nas mãos de Nérites por tua covardia. Se tivesses me deixado lutar naquela outra ocasião, talvez todos eles estivessem vivos.


O rosto de Ário jorrava lágrimas de raiva e tristeza. O Grande Mestre seguia estático, respirando alto, preocupado com aquele braço que poderia decepar a sua cabeça a qualquer momento. O murmúrio em volta da cena era geral. Vários discutiam, tomando alguma posição, seja criticando os atos impulsivos do capricorniano, ou até concordando, refutando que o mestre realmente um covarde. As acusações de Propus e as próprias brigas de anteriormente contribuíam para a continuação dessa dúvida.


– Não te gabes! Te achas forte, mas só venceste porque os nossos companheiros morreram. – rebateu a figura, falando com autoridade. – Pensa bem, Ário… Nérites estava surdo, cego de um olho e ainda por cima quase sem as escamas. Achas mesmo que poderias derrotá-lo com ele em condições perfeitas? Ora!


– CALA A BOCA, COVARDE!


Ário ergueu o braço, lançando sua energia cortante. Porém, como um feixe de luz, o Grande Mestre desapareceu instantaneamente, surgindo em outro lugar, apoiado por um guerreiro jovem, de cabelos negros levemente agitados e olhos castanhos escuros. O capricorniano o fitou com um olhar de desprezo, não menor que a fúria que estava no seu interior.

– Não te metas nisso, Acrux de Cruzeiro do Sul! – grunhiu Ário, pronto para atacar novamente. – Isso é entre mim e o mestre.


– Espera, mantém a calma! – pediu Acrux, empunhando o braço para frente. – Não que eu concorde com o mestre, tanto que não intervi anteriormente, mas agora estás cometendo uma injustiça.


– Sai da frente, Acrux! – insistiu Ário, com a mão para cima.


– SERTAN ESTÁ VIVO! – gritou o prateado.


O coração de Ário acelerou rapidamente e, um pouco mais calmo, ele abaixou o braço lentamente, de forma a não produzir o golpe cortante. Acrux o olhava seriamente, ainda apoiando o Grande Mestre nos braços. A multidão rodeava, dividindo as atenções entre o capricorniano e o cavaleiro de Cruzeiro do Sul.


– O que estás dizendo? – indagou Ário, ainda confuso. – Acabei de ouvir da própria boca de Nérites, que ele o eliminou.


– Nérites era um narcisista extremamente confiante. Ele jamais dava atenção a um ponto falho nas suas atitudes. – explicou Acrux. – A verdade é que Sertan enfrentou Nérites, deixando-o abaladamente ferido e com as escamas destroçadas. O atlante não morreu e, quando foi desferir o golpe final, eu consegui salvá-lo no último instante.


Ário relaxou com a informação e, por um instante sorriu. Sabia que o orgulho do irmão estaria totalmente abalado por perder uma luta e, pior que isso, ter sido salvo por um cavaleiro de prata. Contudo, logo, as lembranças atuais foram voltando à sua mente e ele voltou a fitar o Grande Mestre, desta vez sem o olhar ameaçador, apenas reprovador.


– Isto não muda o fato de outros dois terem morrido nas mãos de Nérites e de todas as artimanhas que tu e Arkab fizeram. – continuou Ário. – E, falando em Nérites, ele está morto, o que nos impede agora de pararmos de ficar fugindo e finalmente tomarmos alguma atitude?


– Pretendes te rebelares como teu irmão? – rosnou o Grande Mestre em tom provocativo. – Será que é mal de família tal excesso de confiança e falta de estratégia?


– Eu não sei! A única coisa que tenho certeza é que Sertan não estava tão errado quanto eu imaginava. – comentou Ário, olhando para as próprias mãos. – Pior do que fazer algo tolo é não fazer nada. E ainda mais ficar morrendo aqui depois de tudo que fizeste.


– E então, Ário, o que pretendes fazer? – questionou a figura. – A Legião de Atena provavelmente estará aberta para ti. Se quiseres te retirar, fica à vontade. Aproveita e vê se Libânia e Safiya querem te acompanhar. Propus já deve estar longe mesmo.


Cercado por todos os lados e, intimidado pela multidão, Ário rangeu os dentes, agitou a capa da armadura e se retirou, mancando e ferido. Estava se sentindo humilhado por não ter conseguido encarar verbalmente o Grande Mestre de frente sozinho e, mais ainda, por não saber o que fazer. Sentia que tinha poder suficiente para acabar com qualquer inimigo, agora que derrotara Nérites, mas não imaginava uma forma de usá-lo diferentemente de Sertan.


Sem demorar, ele adentrou nos aposentos, tirou a armadura e deitou em seu leito. Sentia muitas dores, o que o consumia por completo. O duelo contra Nérites havia sido brutal. Só suportara mais algumas horas porque Atena havia entrado escondida durante a tarde e usado seu poder para curá-lo. Ário tentou conversar, perguntar alguma opinião, mas ela logo o deixou, sem falar nada.


A noite não tardou a cair, fato que não foi do conhecimento do cavaleiro, que estava completamente perdido nos pensamentos. Viajava entre não conseguir punir o Grande Mestre pela sua covardia e nas atitudes de Sertan. Entretanto, nada disso o acalmava, só o deixava mais perdido e preocupado.


Algumas horas decorreram, quando um vulto surgiu à porta. Ário surpreendeu-se ao ver aquela mulher de cabelos loiros claros, não muito lisos, indo até o pescoço, com uma altura não elevada. Estava com uma máscara cobrindo a face e trajava roupas simples, mas propícias ao treinamento de um cavaleiro.


– Vim te dar todo o meu apoio! – confessou Libânia. – Como te falei há quatro anos, és o que Sertan tentou ser e jamais foi. A popularidade do mestre está abalada e agora é a hora certa de agir.


– Mas o que eu devo fazer? – questionou o capricorniano.


– Eu não sei, mas tenho certeza que encontrarás a resposta dentro de ti. E, como acredito que ela será a melhor, irei te apoiar até o fim.


Ário fitou a pisciana e depois olhou para as próprias mãos, pensativo. A confiança imposta por ela lhe atingiu de alguma forma positivamente. Relembrou todos os acontecimentos de maneira meticulosa, tentando não carregá-los de emoção nem de julgamentos. Tinha certeza que acharia a solução mais cedo ou mais tarde. Libânia o acompanhava, continuando a lhe dar forças.


Passadas algum tempo, apertou o dedo entre as mãos e sorriu abertamente. Sabia exatamente o que fazer e a solução não poderia ser mais simples.


Acordou animado pela manhã. Sem demorar, ajeitou o cabelo, foi até o canto de seus aposentos e olhou para a caixa da armadura de ouro. Uma ponta de orgulho preencheu seu cérebro e ele sorriu novamente. Com um movimento rápido, puxou a alavanca da caixa e, uma a uma, as peças do traje de Capricórnio começaram a se encaixar no seu corpo baixo. Finalmente estava pronto.


Com uma expressão séria e serena, ele agitou a capa para trás e deixou o aposento, andando calmamente pelas ruas do local do refúgio. Com muita curiosidade, os aprendizes e cavaleiros observavam o rumo do capricorniano e, murmurando, começavam a seguir os seus passos. Logo, ele estava no centro do refúgio, onde se localizavam os eventos como coroações, treinamentos.


Assim, com uma voz alta, começou a exprimir o seu discurso:


– CAVALEIROS DE ATENA E APRENDIZES, VENHAM ATÉ MIM! ALGO IMPORTANTE SERÁ DITO.


O som dos gritos de Ário, que repetia o discurso várias vezes correu por todo o recinto. Um a um, os cavaleiros iam se aproximando, acordando os companheiros e avisando os outros da situação. A curiosidade era geral, não menor que o espanto. Ao ver a multidão chegando perto, o capricorniano se sentiu mais confiante e continuou gritando.


Parecendo assustado, o Grande Mestre correu por entre as pessoas e ficou de frente para Ário, respirando rapidamente. Um estalo surgiu no seu cérebro, sentindo que aquela situação que ele mais temia estava prestes a se repetir. Ao lado do mestre estavam Arkab e Atena, com um olhar ainda inseguro pela baixa idade. Gerd de Touro, Pavel de Aquário e Safiya de Escorpião também se destacavam pela multidão, ouvindo atentamente, mas distantes um do outro.


– O que pensas que estás fazendo, Ário? – grunhiu o mestre rapidamente, numa vã esperança de intimidá-lo. – Já não basta teres me agredido ontem duas vezes?


– O que eu deveria ter feito há mais de quinze anos. – rebateu Ário. – Eu deveria tê-lo confrontado da mesma maneira com que Sertan o fez.


– Então estás pronto para te rebelares como ele? – grunhiu a entidade. – O mal é de família mesmo, como Arkab sempre me alertou. Pois se é isso que queres, podes ir, nada te prende a este local.


– ELE NÃO PRETENDE SE UNIR A SERTAN! – exclamou uma voz imponente próxima dali.


Todos olharam para o canto, quando Libânia se aproximava do centro, trajando a armadura de Peixes, ficando lado a lado com Ário. A multidão fitava a amazona, todos a admiravam pela sua posição na Guarda de Ouro e respeitavam-na mais do que a qualquer outro cavaleiro de ouro que ainda residia ali, respeito este que não era menor que o temor. Ário sorriu e mais ainda quando ela colocou a mão no seu ombro, se virando contra o Grande Mestre.


– O que pretendes Libânia? – rosnou a entidade. – Vais nos abandonar novamente? Ou queres voltar a nos enfrentar?


– Nenhuma coisa nem outra. – rebateu Libânia, não perdendo a imponência. – O que eu vim fazer é muito mais importante do que uma mera rebeldia.


Surpreendendo a todos, ela colocou a mão na face e retirou a máscara, atirando-a no chão, pisando nela em seguida para rachá-la ao meio. Todos admiraram a face branca de Libânia, que olhava a todos com imponência. Seus olhos eram castanhos vivos, sua boca era pequena e havia duas marcas na testa, como se fossem sinais, típicas de habitantes de Jamiel.


A reação geral foi espantosa. Alguns admiravam a amazona, desejando-lhe pela beleza. Outros fechavam a cara, repudiando-a por tal atitude contra as leis dos cavaleiros. Ainda havia aqueles que só se intimidavam por aqueles olhos castanhos que combinavam perfeitamente com sua estética. Safiya de Escorpião, por outro lado, apertava o dedo entre as mãos, com uma mistura de raiva e dúvidas, mas com um sentimento claro de reprovação. Atena permaneceu estática, enquanto o mestre, rosnando por dentro, resmungou:


– Isto é um desrespeito…


– Com Atena ou com as leis do senhor? – interrompeu Libânia, sem se preocupar com a autoridade alheia. – Peço-te perdão Atena, se isso te ofende de alguma forma, mas tal ato é uma maneira de quebrar de vez com essas regras que, durante mil anos, só serviram para nos dividir e impedir uma vitória. Por isso, confio em Ário, sei que ele vai tomar a melhor decisão.


Terminado o discurso, ela se virou, ficando um pouco atrás de Ário, para que ele pudesse continuar a falar.


– Nérites está morto! Morto pelas minhas mãos! – começou o cavaleiro de Capricórnio. – E como o atlante divino era o nosso principal obstáculo, creio que finalmente estamos em vantagem e nada nos impedirá agora de parar de fugir e finalmente agir. E como o covarde do nosso mestre não fará nada e, depois de todas as acusações, menos ainda, temos que fazer algo.


– E o que é que tu pretendes? – questionou Pavel. – Já sabemos que as atitudes de Sertan foram meio infantis e sem propósito, tens alguma ideia melhor?


– Se parares para pensar, verás que não é nenhum mistério o que eu pretendo. – rebateu o capricorniano. – A solução é simples e óbvia. Vamos invadir Atlântida!


O queixo de todos na multidão caiu e Pavel arregalou os olhos, impressionado e sorriu sem entender. Os cavaleiros e aprendizes começavam a discutir entre si, surpresos com a informação. O Grande Mestre apertou o dedo entre as mãos, como se aquilo fosse a ideia mais absurda e inconsequente. Libânia sorriu e agitou a cabeça, concordando, deixando Ário ainda mais confiante.


– Não temos por que temer mais Atlântida. – continuou o capricorniano. – Com Nérites morto, o que resta para eles? Vamos invadir a cidade, destruí-la e, com isso, enfraquecer Poseidon para podermos derrotá-lo. Quem está de acordo comigo?


A maioria dos cavaleiros de prata e de bronze se aproximou de Ário e Libânia, se juntando a eles. O fato do capricorniano ter matado Nérites só ajudou aos demais a tomarem essa posição. Da noite para o dia, Ário se tornara um herói, um exemplo a ser seguido, enquanto o mestre caíra muito no conceito geral, principalmente devido aos atos covardes e as acusações.


Ário sorria, enquanto o Grande Mestre se desesperava a cada indivíduo que acompanhava a rebelião. A entidade gritava palavras que pareciam não surtir efeito. Logo, o refúgio estava quase todo mudando de lado, deixando o irmão de Sertan orgulhoso por tamanha influência que adquiriu.


De repente, Safiya tombou no chão, aparentemente em prantos, resmungando de raiva. Se mantendo neutro, Pavel tentou se aproximar dela, mas foi afastado com um tapa no peito.


– Me deixem em paz, eu não aguento mais isso. – lamentou a guerreira de Escorpião. – Ário está coberto de razão, esse refúgio não presta, o Grande Mestre não presta, nada presta. Mas como saber se posso confiar em ti, Ário? Eu cansei de confiar nas pessoas daqui. Não vou te seguir, não vou seguir mais ninguém! Querem saber? Eu cansei de tudo isto!


Tomada pelas dúvidas, ela arrancou a máscara e a atirou no chão. Antes que qualquer um pudesse ver o seu rosto, ela se retirou, saindo correndo pelas ruas, sumindo no horizonte. Não conseguia aceitar tamanha discussão. As próprias mentiras sobre Pítia, as acusações de Propus, a briga entre os cavaleiros, tudo contribuíra para que ela saísse.


Ignorando o conflito, Atena foi segui-la, para acalmá-la, para a revelia do Grande Mestre, que ordenou a Arkab que levasse a Deusa para o templo.


– Safiya não está conosco, mas nem com o mestre. E tu, Pavel? – indagou Ário sem censura. – Irá conosco, ou o grande herói está restrito às terras do norte e tem medo de encarar os atlantes?


– Não é uma questão de covardia, mas acho imprudente tentar invadir Atlântida. – rebateu o aquariano. – Não é porque sou um herói em Graad Azul que devo agir sem pensar. Atacar Atlântida é uma atitude de ignorância, da mesma forma que era quando os exércitos adversários tentavam invadir as doze casas, quando ainda estávamos no controle. Todavia, não posso mais seguir o mestre depois de todas aquelas acusações, mas muito menos ficar parado. Meu espírito está ávido por aventuras, por combates. Mas não perderei a vida inutilmente.


– E o que pretendes fazer? – rosnou o Grande Mestre, praticamente sem atenção.


– Vou pedir conselhos ao meu mestre Filat, na Sibéria, e depois verei o meu caminho. Mas é provável que eu jamais retorne.


Agitando sua capa, Pavel se virou e deixou o local. Todos o acompanharam com o olhar. Ário e o Grande Mestre rangeram os dentes, por perceberem mais um fracasso. Libânia olhou para todos, mas nem a imponência de um membro da Guarda de Ouro impediu que alguns poucos cavaleiros deixassem o local, seguindo o mesmo caminho de Pavel, ao verem que não teriam tanto apoio assim do panteão dourado.


– Bem, já temos dois cavaleiros de ouro do lado de cá, dois que resolveram abandonar tudo, um claramente do teu lado e um que foi banido e parece que cumpriu as ordens, mas ainda vou achá-lo. – alertou Ário, se referindo a Propus. – Resta apenas a tua posição, Gerd de Touro. Mas, depois do que Propus falou, acho que já sei qual será.


A baixa estatura lhe fazia passar despercebido por muitos. Não tinha um porte forte e muitos se perguntavam como alguém baixo e magro daquela maneira poderia vestir a armadura de Touro. Principalmente aqueles que conheciam o grande Ain e sua gigantesca musculatura e força corporal.


Gerd, apesar disso, parecia não ligar para a opinião alheia. Mantinha serenidade nos seus olhos verdes, mantendo os braços cruzados. Seu rosto exprimia tranquilidade e tudo em sua volta parecia coberto pela mais perfeita harmonia e paz. Mantinha a mesma aura do dia anterior, quando fora acusado por Propus após defender o mestre.


– Creio que a minha posição está clara, tendo em vista que não me aproximei do teu grupo, Ário. – comentou Gerd, sorrindo lateralmente. – É uma ideia tentadora, mas, como Pavel falou, é imprudente. Nérites não é a única arma de Atlântida. Fora que, eu ainda acredito no mestre e acho que estamos caindo em uma armadilha muito bem articulada pelo teu aprendiz.


Concordando com o discurso do taurino, os guerreiros em dúvida mantiveram-se perto do Grande Mestre, deixando Ário com cerca de trinta cavaleiros ao dispor, incluindo Acrux de Cruzeiro do Sul, Elvino de Auriga e a própria Libânia. Enquanto isso, o mestre ficara com apenas dois de prata e quatro de bronze, além de pouco mais de uma dezena de aprendizes. Uma gama de cerca de mais uns cinco largaram as armaduras no chão e resolveram deixar o local.


Irritado com o apoio não tão grande quanto imaginava, mas empolgado por ter sido maior do que o de Sertan, Ário agitou a capa e alertou:


– Partiremos amanhã mesmo. Vamos para o litoral e, após isso, construiremos o barco da nossa vitória.


– Para, Ário! – rosnou o Grande Mestre, mas este foi ignorado. – PAREM TODOS!


– Quem vir comigo, se despeça dos seus amigos e de Atena, pois as chances de morte são grandes, mas as de vitórias mais ainda. – pronunciou Ário, deixando o local.


O Grande Mestre tentava em vão chamar a atenção de todos, mas ninguém o ouvia. Queria que Atena estivesse ao seu lado para ajudá-lo, mas sabia que a insegurança da Deusa, devido à infantilidade, a impediria de falar com convicção e de impedir que os guerreiros se unissem a Ário.


Praticamente sozinho e derrotado, o mestre se retirou do centro e se dirigiu ao templo central. Abriu a porta e adentrou, indo até o altar e em seguida para um dos aposentos. Arkab de Sagitário acariciava o cabelo de Atena, que repousava lentamente na sua cama. O mestre se acalmou ao ver que teria mais um aliado de peso, o mesmo que sempre o apoiara. Culpou-se por um instante de tê-lo esquecido.


– Estamos perdidos, Arkab. – comentou o mestre. – Só restaram tu, Gerd, seis cavaleiros e um monte de aprendizes. É o meu fim!


– Não temas, mestre, tudo ficará bem. – começou Arkab. – Podemos usar essa invasão de Ário ao nosso favor, mas primeiro temos que tomar providências. Creio que um exército inimigo deva estar marchando para cá. A barreira de Atena se rompeu quando ela lançou seu poder, mas já deve ter retornado. Isso impedirá o transporte direto, mas eles já sabem onde estamos. O quão cedo partirmos será melhor.


– Continuar fugindo? Mas… será que Ário não está certo? – indagou o Grande Mestre, se sentando em uma das cadeiras.


– É hora de agirmos rápido para mantermos um pouco a nossa supremacia. – alertou Arkab. – Gerd está do nosso lado. Vamos fazê-lo conduzir os aprendizes e os cavaleiros aliados para um novo refúgio. Nós seguiremos em outro caminho para confundir Atlântida. Poseidon deve se preocupar de mais com a invasão de Ário para nos rastrear, mas é bom termos cautela.


– Mesmo assim, estou acabado! – rebateu o mestre.


– Não estás não! – continuou o sagitariano. – Avisa Safiya, Ário, Gerd, Pavel do novo local. Se tudo der errado com eles, teremos outro ponto de encontro. Só assim poderemos ter chance de nos reerguermos.


Soltando um urro, o Grande Mestre apoiou os braços na cadeira e se pôs de pé, concordando com o mais fiel aliado. Em seguida, marchou para a saída do templo, pronto para contatar os cavaleiros do novo local. Arkab permaneceu acariciando a testa da Deusa, com um olhar perdido e distante.


– Parabéns, Arkab! – murmurou uma voz seca que adentrava pela porta.


Completamente impressionado, o cavaleiro de Sagitário se virou rapidamente para a entrada do cômodo. Seus olhos foram tomados pela raiva e nervosismo ao ver Propus de Gêmeos entrando lentamente, com uma postura séria e satisfeita, fechando a porta em seguida.


– O que estás fazendo aqui? – rosnou o sagitariano, se levantando. – GRANDE MESTRE!


– Não grites, ou então vais acordar Atena. – pediu Propus, se aproximando e dizendo palavras cálidas para manter o estado de hibernação da Deusa. – Além do mais, não tem como o Grande Mestre ouvir já que… o som não se propaga no vácuo.


Com um estalar de dedos de Propus, a porta do aposento se abriu novamente, deixando Arkab impressionado. Tudo havia desaparecido, não restando nada além do espaço infinito. Gotas de suor caíam pela face do cavaleiro de Sagitário, o que retratava o seu nervosismo e raiva diante daquele que um dia fora seu algoz.


– Nos trouxeste para a Outra Dimensão! Como fizeste isso com Atena aqui? – indagou o sagitariano, elevando lentamente o cosmo, preparando-se para um combate.


– Nérites foi muito ingênuo em achar que não conseguiríamos mover Atena dessa maneira. – explicou Propus, se sentando, falando calmamente. – Quando ela era um bebê era impossível, mas agora que cresceu isso é uma tarefa relativamente fácil.


Propus olhou para mão, mal fitando o cavaleiro de Sagitário. Estava agindo muito diferente do costume, parecendo estar em uma conversa casual entre amigos. Arkab, por outro lado, se controlava ao máximo para não atacá-lo. Não sabia as intenções, nem sequer o poder dele, depois que voltara das Terras Nórdicas. Além do mais, não poderia colocar em risco a vida de Atena, principalmente porque estavam em um espaço diminuto.


– Achas que nos transportando para cá vais impedir a vinda do Grande Mestre? – indagou Arkab, voltando a se sentar, mas observando o geminiano de forma reprovativa. – Ele vai ver que o cômodo está em outra dimensão.


– Não, não vai ver! – comentou Propus, colocando a mão na parede. – Eu criei ilusões das paredes externas desse cômodo, tornando-as tão reais. Ele só terá certeza se abrir a porta, mas não o fará, afinal, todo esse templo está encantado.


– Como assim?


– Oblivion fangelsi! – respondeu o geminiano lentamente. – Uma técnica que aprendi nas Terras Nórdicas. Ou achaste que eu fui até lá apenas para passear? Ela é utilizada em Niflheim para confundir aqueles que tentam chegar até Hel e resgatar os mortos. Quando estão prestes a encontrar a entrada, simplesmente esquecem o que estavam fazendo e voltam mais perdidos do que antes. Enquanto os outros cavaleiros estavam concentrados com o discurso de Ário, eu encantei com essa feitiçaria proveniente dos magos adoradores desse Mundo Nórdico.


Arkab respirou fundo, mas não se impressionou. Soube, por diversas conversas com Pavel, sobre as habilidades misteriosas que certos combatentes nórdicos possuíam. Como não utilizavam o cosmo para combate, eles se provinham de outras fontes, como magia, ou até mesmo a benção direta dos deuses. Contudo, não imaginava que Propus pudesse aprender essas técnicas, mesmo não sendo abençoado pelas criaturas de lá.


– O que queres aqui? – perguntou Arkab, começando a ficar ainda mais irritado. – Por acaso vais tentar me controlar de novo? Um mesmo golpe não funcionará duas vezes contra um cavaleiro.


– Eu não pretendo te controlar de novo! – respondeu o geminiano, ainda desviando os olhos de Arkab. – Se esse fosse o meu objetivo, eu não teria te libertado.


Arkab engoliu a saliva novamente e, por um instante, colocou a mão na cabeça, tentando se lembrar de alguma coisa, mas sua mente estava recoberta por uma profunda névoa. Com uma expressão indiferente a isso, Propus virou rapidamente o olhar para o sagitariano e começou a fitá-lo de modo calmo e aparentemente sem pretensões.


– Me libertaste? – grunhiu Arkab, olhando fixamente para as mãos. – Mas como? Por quê?


– Ora, para escapar do meu golpe, é necessário ver a morte, mas duvido que te lembres de teres matado alguém. – respondeu Propus prontamente.


Ao ouvir as palavras do geminiano, Arkab novamente fechou os olhos e tentou forçar a memória, mas tudo ainda permanecia imerso e confuso.


– Eu ordenei que eliminasses um marina e te libertasses porque tu já tinhas me sido útil o bastante. – observou Propus, agora dirigindo o olhar para Atena. – Há sete anos, eu tentei verificar se essa que nós defendemos é realmente Atena, mas Sertan apareceu e me impediu. Desde então, são raros os momentos que consegui entrar nesse templo, pois sempre tu ou o Grande Mestre estavam aqui para me impedir.


– Nunca confiamos em ti e só não te banimos antes porque Ário falou que tinhas um grande potencial e que, se o fizéssemos, ele se rebelaria como Sertan. – rosnou Arkab, começando a ficar irritado.


– Eu sei disso, não os culpo, mas o sentimento também era recíproco. – rebateu Propus, mas sem raiva nas palavras. – Por isso foi bem conveniente te controlar e, assim, descobrir mais coisas do que simplesmente ter comprovado que ela é realmente Atena.


– Mais coisas? O que queres dizer com isso?


– Tu mesmo descobriste, mas não consegues te lembrar de nada por causa do bloqueio que eu fiz na tua mente logo antes de teres matado aquele indivíduo. – revelou Propus se levantando da cadeira e se aproximando do sagitariano. – Foi graças a esse bloqueio, no entanto, que consegui fazer com que provocasses aquela discussão toda. Com aquilo e com uma brilhante participação involuntária de Ário, foi possível, ao mesmo tempo, me libertar das responsabilidades desse refúgio imundo, me garantir o status de banido e destruir de vez a força do Grande Mestre.


– O quê? Foi tudo manipulado. – bradou Arkab, também se levantando irritado. – Vais pagar por isso agora!


– Me darás razão daqui a um instante quando eu libertar dos muros que envolvem a tua mente!


Com um movimento rápido, Propus ergueu o dedo e apontou-o para a testa do sagitariano. Uma pequena faísca foi lançada, atingindo em cheio o alvo. Sem reações, Arkab gemeu de dor, caindo no chão.


A sensação era muito diferente daquela quando havia sido controlado. Era claro que, na ocasião, estava prestes a cair inconsciente, mas, ainda assim, sentia-se preso, cada vez mais alheio às próprias ações. Neste momento, todavia, parecia que sua mente estava chegando a locais jamais vistos. O sentimento de liberdade lhe dominava, como se pudesse pensar ou agir da forma que quisesse.


Então, veio o preço da liberdade. Milhares de lembranças surgiram como um estalo na mente de Arkab. Todos os seus atos que cometera sob o controle de Propus, suas descobertas, investigações, traições, agora não estavam mais ocultos. Não podia aceitar aquilo tudo, era irreal demais, inconsequente. Por um momento, toda a sua vida perdera o sentido e ele caiu no chão em prantos.


– Isso é mentira! Não pode ser! – lamentou o sagitariano. – Não posso acreditar nisso, se for verdade…


– Tu foste um idiota a vida inteira! – observou Propus, mas sem mostrar ironia no tom de voz. – Isso todo mundo já sabia, mas quando a verdade é revelada, é sempre um golpe.


Com um gesto lento, Propus se ajoelhou e ergueu uma das mãos para consolar Arkab. Contudo, o sagitariano simplesmente rebateu-a, tomado por um sentimento que misturava ódio e culpa.


– Isso só pode ser mentira! – lamentou o cavaleiro de Sagitário. – Só pode ser um truque teu!


– Te dou plena razão para continuar a desconfiar de mim, eu realmente não agi como deveria. – concordou Propus, voltando a ficar de pé. – Mas sabes que o que eu estou falando é verdade, porque faz todo o sentido. Se quiseres continuar duvidando, é só investigares de novo como sei que farás e realmente te aconselho a isso. Tuas memórias estão aí. É só repetir os mesmos passos.


– O que tu pretendes com tudo isso? – perguntou Arkab, engolindo as lágrimas. – Eu sei que tu não és flor que se cheire, apesar de eu dar razão para o que me disseste antes.


– Não importa o que eu pretendo e sim o que tu deves fazer. – respondeu Propus, caminhando em direção a porta. – Quando o Grande Mestre voltar, tu deverás usar toda a tua hipocrisia e fingir que está tudo como antes. Sempre a usaste com os outros, não vai fazer diferença.


Arkab o olhou reprovativamente, não parecendo muito convicto em seguir as indicações de Propus.


– Não me olhes assim! – observou o cavaleiro de Gêmeos, erguendo a palma da mão. – Eu sei que não confias em mim, mas faz o que eu estou te pedindo, pelo menos em agradecimento por eu ter te exposto à verdade. Verás que não farás nada de mal. Apenas quero que vigies o Grande Mestre e mantenhas Atena viva acima de tudo. Ela não pode morrer de forma alguma. Não é nada de errado, não é mesmo?


– Manter Atena viva? – questionou Arkab. – Então achas que a invasão de Ário será inútil?


– A invasão de Ário será esplêndida. – comentou Propus, apertando o dedo entre as mãos. – Arrasará muito com Atlântida e distrairá o Império enquanto agimos. Porém, para vencer Poseidon definitivamente, precisaremos de Atena. Só ela poderá selar o Imperador.


– Farei isso… mas por ela, pois ainda não confio em ti! – concordou Arkab, irritado.


– E nem deverias, já que sempre dei motivos para o contrário. – disse Propus, estalando os dedos, fazendo com que o cômodo deixasse a outra dimensão. – Mas fico satisfeito que, pelo menos, estás cumprindo o papel de verdadeiro cavaleiro de Atena. Eu, por outro lado, vou deixar esse refúgio idiota e agir livremente. Nada mais pode me segurar.


Sem dizer mais nada, Propus abriu a porta e deixou o cômodo, fechando-a em seguida. Não crendo piamente no geminiano, Arkab se levantou e abriu novamente a porta, mas não viu nada. Propus havia desaparecido.

 

Aqui se encerra mais um arco! O próximo arco vai ser diferente do normal. Ele vai ter um ritmo mais lento, mas ele é um dos mais importantes para a trama, portanto, não se distraiam. kkk

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Mano que top!

 

Ah mano não acredito que o Grande Mestre é um traidor! Pensei que ele estava cansado de ver seus amigos e atena morrer e virou um covarde. Fala sério!

 

Cara o Touro vai ter uma luta/morte epica?

 

Muito bom o arco! Parabéns de verdade!!!

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Capítulo 12 da parte dois lida.

 

Meus parabéns, meu primeiro lugar, gostei com muita sinceridade deste pela sua sequência de ações, reviravoltas, segredos, revelações e dúvidas "cortadas" (trocadilho por causa de Ário)

 

Começando pelas ações impulsivas e emotivas de Ário em matar o Grande Mestre (justa causa), porém um grande mal entendido que o representante foi salvo por Acrux (gostei imenso da atitude dele e de seu senso de justiça), sendo este um dos grandes pontos do capítulo.

 

Gostei muito da frase do Grande Mestre por conta da sua cobardia em denegrir Ário: Não te gabes! Te achas forte, mas só venceste porque os nossos companheiros morreram. – rebateu a figura, falando com autoridade. – Pensa bem, Ário… Nérites estava surdo, cego de um olho e ainda por cima quase sem as escamas. Achas mesmo que poderias derrotá-lo com ele em condições perfeitas? Ora!

 

Mesmo que estas palavras sejam a verdade do momento, não deixa de atribuir uma vitória esforçada e sofrida por parte do Ário e todo o esforço dos Cavaleiros mortos e a derrota de Sertan estava lá marcados no corpo de Nérites, uma máquina ambulante e gold slayer.

 

A parte em que Libânia ajudou a sarar as dúvidas do Capricórnio e ajudá-lo a distinguir e a separar do seu irmão foi épico e dos pontos fortes da trauma.

 

Eis que a cena mais marcante e revoltante seja a convição de Ário e a queda de popularidade do Grande Mestre, renunciado a vitória e ganhando pessimismo com um pequeno grupo de aliados em seu favor, porém perdeu para a força numerica do Ário em recrutar aliados para a causa.

 

Arkab continua a ser o graxista com grande planos.

 

Então, Propus foi o grande arquiteto desta reviravolta, mexendo os fios da indecisão, hesitação e dúvida. Afinal ele é um grande manipulador no sentido em que prefere dar um grande impulsivo em algo estagnado e parado como antes estava.

 

Propus é um grande matreiro e ganha um título de estratega e como Cavaleiro de Gémeos estava a ganhar ímpeto e muito conhecimento e aquela técnica foi o ápice dele.

 

Eis a grande explicação para a fuga da prisão do Genma Ken, e uma bela descrição de como funciona a técnica e tudo bem planeado ao pormenor, um plano meticuloso e calculista de grandes dimensões.

 

Parabéns pela segunda vez dito e abraços, mon ami, Nikos!

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Te respondendo aí Saint!

Obrigado pelos elogios quanto às situações apresentadas e sobre a trama. O Ário não quis matar o mestre só por isso e também por um conjunto de ações.

A popularidade de Ário estava em altíssimo grau pelo fato de ele ter derrotado Nérites. Acho que o Grande Mestre falou isso também para tentar reverteer esse quadro. Mas claro que isso relembrou os esforços de Tamuz, Ras e Sertan. ;)

Que bom que gostaste da parte de Libânia e do Grande Mestre terperdido praticamente toda a força.

Vejamos, acho que mesmo Propus não deve ter previsto todos os movimentos disso. Segundo ele, ele conseguiu ser banido e acabar com a popularidade do mestre. Mesmo assim, ele elogiou Ário, dizendo que o mesmo foi fantástico. Então acho que ele nem imaginava que as coisas iariam dar tão certo dessa maneria.

O Plano que, ao meu ver, ainda não está fazendo sentido nenhum. kkk

Valeu então saint, obrigado pelos prabéns e siga aqui.

abraços

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