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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 2)


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Meu comentário, sobre este último capítulo de Atlântida, se mostra bem complicado para mim.

 

A razão pelo qual isso acontece é que não gostei do que li.

 

Mas acabei apreciando toda sua concepção.

 

Tentarei explicar:

 

Meu desapreço mencionado nada tem há ver com a qualidade do trabalho.

 

Este se mostrou de posse das mesmas virtudes dos anteriores.

 

Me refiro a gramática, coesão e estética.

 

Agora o que me desagradou foi o conteúdo da história em si.

 

Mais precisamente me refiro à maneira como Propus pairou absoluto neste capítulo e a acentuação das fraquezas de personagens com relevância para a trama tais como o Grande Mestre e Arkab.

 

Aliás, algo que devo ainda não ter comentado e que aproveito para evidenciar, dada a forma como isso acabou se sobressaindo neste capítulo, é a peculiaridade do autor em dar exagerada ênfase nos pontos negativos de seus personagens, fazendo com que os mesmos tornem-se desagradáveis.

 

Veja bem, aqui minha opinião que soa mais como uma crítica do que observação, não considera os argumentos por de trás, já que esses são muito bem trabalhados, sendo elogiáveis em suas minúcias, e sim a escolha do autor de proceder dessa forma.

 

Claro que isso acaba por ser uma opinião particular.

 

Prefiro acompanhar virtudes se destacando em personagens, como a própria franquia Saint Seiya nos trás, do que atitudes questionáveis que trazem a tona o pior e mais execrável do caráter humano.

 

Passando adiante...

 

Fiquei desejoso em saber quem seria esse Marina que Arkab matara estando ainda sob os efeitos do controle mental de Propus.

 

Este, como esperado, revelara-se o grande articulador e apenas não endereçara os méritos para si da ação precipitada de Nérites que acabou culminando na eliminação da própria divindade Atlante. Diga-se de passagem, tenho para mim que tivemos aqui a mão do autor já que o mesmo deve ter pensado que seria uma overdose da capacidade dedutível do geminiano acrescentar isso na sua conta. Sinceramente, caso essa minha suposição proceda, discordaria, pois toda a história forneceria a base para isso, apesar claro, da sensação de roteirismo acabar pairando.

 

Todo o ensejo com o filho de Alhena massacrando Arkab ao expor o que desejava sobre seus planos considerei humilhante para o Cavaleiro de Ouro de Sagitário e até mesmo desnecessária em certas partes.

 

A cena com ele gritando pelo Grande Mestre foi o cúmulo da gratuidade nesse sentido.

 

Evidentemente que houve coisas nessa passagem que me agradaram, por exemplo, o poder adquirido por Propus nas terras congeladas do norte que acabou traçando um paralelo interessando com o Labirinto de Gêmeos que conhecemos do clássico de Saint Seiya ao mesmo tempo que trouxera a tona em nossas memórias as aventuras de Atlântida no Graad Azul.

 

Bom... creio ser isso...

 

Espero que o autor saiba levar numa boa o que foi dito e que não se ofenda.

 

Abraços e nos vemos no próximo!

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Olá Leandro...

Bem, eu agradeço à primeira parte do comentário, é sempre bom saber se as pessoas estão gostando ou não da condução da história. Msa, como falasse, se trata principalmente de gosto pessoal sobre a maneria como conduz os personagens, então não tem muito o que argumentar.

Eu já prefiro trabalhar com personalidades questionáveis e personagens não bonzinhos, mas isso é algo bem pessoal mesmo. Mas, tem tudo para todo o gosto. Tem o Febo e o Ário que são, aparentemente, os mais virtuosos da fic, mesmo tendo um ou outro defeito (são humanos né?).

Que marina será, então? Sabemos que tem marinas protegendo colonias. Pode ter sido um deles. Ou quem sabe não. Não dá para inferir muita coisa. Será que foi um comandante ou genaral? Não sei se o Propus arriscaria dessa maneira.

Não sei se Propus planejou isso ou não. Mas se planejou, talvez não quisesse contar a Arkab disso, pois o mesmo não confiaria nem um pouco nele devido a uma jogada supostamente arriscada que poderia culminar com a vida de Atena e de vários cavaleiros do refúgio. Lembrando que o Propus estava conversando com o Arkab, que também não é muito confiável.

Mas nem deu de entender direito o que aconteceu naquela conversa. e lembrando que tudo aconteceu depois que Arkab tinha sido massacrado pela Deolinda. Ele estava arrasdao fisica e mentalmente. Era natural que sucumbisse ao Propus daquela maneira.

E ele ter chamado o Grande Mestre... qual é o problema? Não foi por não enfrentá-lo, tanto que Arkab venceu Alhena e não teve nem um receio.

Interessante esse paralelo. Se for ver bem, as duas técnicas se complementam.

Não me ofendi Leandro, princiaplmente porque muita das críticas é questão de gosto pessoal mesmo.

Até a próxima.


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Oi Nikos li o novo cap

Bem quando pensei que o grande mestre seria forçado a lutar o Ario recua ao saber que seu irmão ainda está vivo, realmente esperava mais dessa parte o Capricórnio se acalmou rápido demais para o meu gosto

 

Mas então ocorre o motim do cavaleiros com parte concordando com Ario para atacar Atlântida( finalmente), serio não sei o que grande mestre estava pensando com esta política de não ação, quer dizer eles não terão uma chance melhor agora que o maior guerreiro deles está morto, o fico curioso para saber o que ele pensava em fazer esperar Possêidon morrer de velhice? O que é impossível aliás

 

Muitos cavs resolveram tomar ação o que foi bem legal por que mostrou que poucos estavam satisfeitos com a estagnação, porém alguns desertaram como escorpião e aquário espero vê-los novamente mais para frente talvez Athena incentive eles a voltar no futuro

 

Gostei bastante do final Propus mostrou que é um verdadeiro cavaleiro já que quer a vitória de Atena, mas quer fazer tudo do seu jeito abandonando o refúgio, realmente ele está se parecendo cada vez mais com o alberich😄 Principalmente considerando que ele manipulou a todos para causar a rebelião

 

Relamente estou ansioso para o próximo arco e curioso para saber que o arkab fez durante seu transe

 

Parabéns é até a próxima Nikos

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Ciao Fimbul!

Na realidade, Ário não se acalmou rápido de mais, ele realmente ficou sem saber o que fazer. Ele ficou completamente abalado.

Então, Ário conseguiu popularidade suficiente derrotando Nérites e atacando Atlântida, mas como Pavel falou... será que é prudente?

Todos os cavaleiros de ouro ainda aparecerão, eu acho.

Quanto ao Propus... foi o que ele disse ao Arkab! Não sei até que ponto é verdade. kkk

Mas valeu então Fimbul! Abraços aí e até a próxima

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CAVALEIROS NÃO MEMBROS DA LEGIÃO DE ATENA

 

Segue abaixo a lista de cavaleiros que apareceram até o capítulo 12 da parte 2 de Atlântida, que não são membros da Legião de Atena (isso farei mais tarde). Essa série exclui os dourados porque acho que estão bem associados.

Nas descrições, considerem o tempo atual da fic: Diga-se o Capítulo 12

ACRUX DE CRUZEIRO DO SUL

Há dez anos, foi incumbido da missão de vigiar as colônias de Atlântida, juntamente com Elvino de Auriga. Durante esse tempo, se envolveu com Rebecca, uma jovem de uma cidade não vinculada à Atlântida. Contudo, três anos depois, em um ataque assinado pela Legião de Atena, a cidade foi aos ares, levando junto consigo, a vida da jovem, deixando o cavaleiro de prata de Cruzeiro do Sul tomado pela ira.

Disposto a se vingar da Legião de Atena, ele foi atrás de Sertan mas não conseguiu causar nenhum dano significativo ao cavaleiro de Câncer. Com um ódio ainda maior, ele foi socorrido por Galateia, uma nereida. Ela lhe entregou um artefato, alegando que seria o suficiente para conseguir derrotar qualquer um.

Acrux aceitou a proposta e estava pronto para ir à procura de Sertan, quando foi surpreendido pelo próprio cavaleiro de Câncer. Após um confronto, Acrux usou o poder que lhe foi dado, mas nada adiantou. Pressionando a nereida, Sertan obrigou-a a confessar que o artefato era simplesmente um localizador. Quando Acrux retornasse ao refúgio, Atlântida descobriria o paradeiro e atacaria com toda a força. Além disso, Galateia revelou que fora ela que planejara desde o início, incluindo a destruição da cidade de Rebecca.

Abismado com o que quase causara, Acrux se arrependeu e, usando sua capacidade de se deslocar na velocidade da luz, salvou Sertan de um ataque de Nérites, após uma série de confrontos.

Nos dias atuais, contou a Ário essa história, negando a versão de Nérites sobre a possível morte de Sertan. Em seguida, se juntou ao capricorniano para invadir Atlântida.

Acrux é um jovem bonito, baixo com cabelos negros e agitado e olhos castanhos-escuros. Sua armadura é azulada.

 

ELVINO DE AURIGA

http://sp0.fotolog.com/photo/16/23/51/s_gemini_k/1103305687_f.jpg

Cavaleiro de prata que recebeu a missão de vigiar as colônias juntamente com Acrux de Cruzeiro do Sul. Diferente do companheiro, é mais sério e focado. Possui olhos e cabelos castanhos claros, rosto com rugas e uma aparência mal-cuidada.

 

 

RAYNARD DE CÃES DE CAÇA

 

http://i4.photobucket.com/albums/y136/jan_sobieskiiii/fanarts-cdz/jaxom_asterion-canis_b.png

 

Amigo de Ário de Capricórnio que vem ocasionalmente ao refúgio, estando sempre treinando ou incumbido de uma missão. Tem a capacidade de ler mentes, mas utiliza-a de forma prudente. É simpático, sorridente, e levemente distraído. Possuí cabelos loiros e olhos azuis.

 

 

INDRU DE COMPASSO

 


Cavaleiro de Prata com o dom da telecinesia. Foi discípulo de Kullat de Peixes, juntamente com Libânia, em Jamiel, local onde treinavam sem o conhecimento de ninguém, inclusive do Grande Mestre.

Há sete anos, tentou proteger Jamiel de um ataque de nereidas, revelando sua presença. Ele as enfrentou com força, mas acabou sendo sucumbido e salvo por cavaleiros negros, que também foram derrotados. Diante disso, Alhena de Gêmeos surgiu e derrotou as duas ninfas, ordenando para que seus discípulos destruíssem a cidade. Não permitindo isso, o cavaleiro de Compasso se levantou e matou sem dificuldades os assassinos.

Irritado, ele estava pronto para enfrentar Alhena, quando sua antiga companheira de treinos Libânia apareceu, revelando ser o Mensageiro de Gaia, que consertava as armaduras e escamas dos marinas. A pisciana acalmou Alhena e o dopou, tirando-o de combate. Com saudades da amiga, Indru tentou conversar, mas ela foi ríspida e o abandonou.

Três anos mais tarde, já treinava três discípulos: Pavan, o mais velho, com grande poder de teletransporte; Vikas, o do meio, com habilidades principalmente em manipular objetos com a mente e Navin, o mais novo.

Durante um dos treinamentos, ele foi surpreendido por Gale, um aprendiz de Atlântida que vasculhara os registros de Nereu e descobrira que havia a presença de cavaleiros em Jamiel. Com um poder imenso, Gale enfrentou facilmente Indru e os aprendizes, tentando cumprir sua missão. Entretanto, no último momento, Indru usou a telecinese para mandar o ataque de volta para o opressor, vencendo a batalha.

No preciso momento em que iria eliminar o invasor, Deolinda de Scylla, até então general marina, apareceu e socorreu o aprendiz.

Indru é baixo, com cabelos claros e compridos, olhos castanhos e com duas manchas avermelhadas na testa. Sua armadura é branca.

 

ÉZIO DE ÁGUIA

http://www.cavzodiaco.com.br/armaduras/aguia.jpg

Cavaleiro de prata que foi citado por Wezn quando ela conversava com Fáon. Segundo ela, Ézio estava tomando uma linha de revolta, juntamente com Ário, Libânia e Safiya.

 

ÍAMO

Amigo de Libânia e Wezn. Há quatro anos, tentou convencer a pisciana a continuar no refúgio, lembrando da velha amizade que viviam. É alto, extremamente magro, com a pele levemente amorenada, olhos negros e finos e completamente careca.

 

 

 

Editado por Nikos
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Esse capítulo (Eu esqueci que não comentei, tinha lido a semanas já /lua) foi bastante importante para dar fundamento a rebelião que está para ocorrer no Refúgio.

 

A justificativa da raiva de Ário é justificada. Esse Grande Mestre é de longe o pior que já vi em todo o universo da franquia, seja oficial ou ficcional. E isso é mérito seu, Ninos, porque você conseguiu criar um Patriarca que causasse raiva não só nos personagens, como nos leitores, devido a sua covardia. Sempre que eu acho que ele vai fazer algo que preste, ele não faz e é salvo por alguém. Espero que haja uma excelente justificativa pra ele ser desse jeito, porque já passou de ser cauteloso pra covarde.

 

A aparição de Acrux, revelando que Sertan estava vivo foi bem oportuna. Gostei bastante do seu reaparecimento. Aliás, seguindo o comentário, estou shippando violentamente agora Ário com Libânia. Eles são muito fofos juntos e sinto isso desde a época do epílogo da primeira parte. Torço muito por um romance entre eles, mesmo ela sendo mais velha que ele, pelo visto, já que era da Guarda de Ouro. Inclusive, o momento em que ela tira sua máscara diante da multidão foi épica pra simbolizar o principal fundamento da rebelião.

 

Achei o surto da Safiya meio infantil ali no meio, mas legal que ela resolveu seguir seu próprio caminho. Imagino que ela vai atrás de Pítia por conta própria. Pavel vai retornar para Graad Azul, mas torço por seu retorno para a trama, já que gosto do egocentrismo dele. Propus é todo misterioso e esquisito, depois comento mais sobre ele. Quanto a Gerd, ele é sensato e tal e gostei do ponto de vista dele, em achar que tudo está sendo articulado pelo Propus. O legal de sua fic é que ela trabalha com vários pontos de vista diferentes e com uma visão bem mais complexa do "certo/errado", então não tem como saber quem está tomando a melhor decisão, já que ambos os lados possuem motivações fortes o suficiente para escolherem seus respectivos lados.

 

Enfim, Propus é um desgraçado. Mas não posso negar que ele é calculista e esperto pra caramba. Gostei muito da técnica que ele desenvolveu em BlueGraad e também de haver uma justificativa para o sumiço dele durante a rebelião e para o momento em que ele foi fuxicar com Atena lá na primeira parte. Pensei que aquela parte seria totalmente esquecida, mas felizmente não foi e a explicação que veio foi bastante convincente.

 

Ansioso pra saber o que diabo Arkab descobriu, já que parece ser algo grandioso demais. Posta logo o próximo capítulo, Nikos. Estou ansioso! hahaha parabéns e abraços!

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Mano que top!

 

Ah mano não acredito que o Grande Mestre é um traidor! Pensei que ele estava cansado de ver seus amigos e atena morrer e virou um covarde. Fala sério!

 

Cara o Touro vai ter uma luta/morte epica?

 

Muito bom o arco! Parabéns de verdade!!!

 

Olá Grimlock, eu juro que achava que tinha te respondido, mal pela demora!

 

Então, essa parada do Grande mestre ser um traidor é conclusão tua. kkk. Se ele fosse um traidor, por que não teria entregado Atena para Atlântida. Oportunidade para isso não faltou.

 

Gerd vai lutar ainda, não te preocupa. kkkk.

 

Valeu pelos elogios e te espero quando puder!

 

Abraços.

 

 

Esse capítulo (Eu esqueci que não comentei, tinha lido a semanas já /lua) foi bastante importante para dar fundamento a rebelião que está para ocorrer no Refúgio.

 

A justificativa da raiva de Ário é justificada. Esse Grande Mestre é de longe o pior que já vi em todo o universo da franquia, seja oficial ou ficcional. E isso é mérito seu, Ninos, porque você conseguiu criar um Patriarca que causasse raiva não só nos personagens, como nos leitores, devido a sua covardia. Sempre que eu acho que ele vai fazer algo que preste, ele não faz e é salvo por alguém. Espero que haja uma excelente justificativa pra ele ser desse jeito, porque já passou de ser cauteloso pra covarde.

 

A aparição de Acrux, revelando que Sertan estava vivo foi bem oportuna. Gostei bastante do seu reaparecimento. Aliás, seguindo o comentário, estou shippando violentamente agora Ário com Libânia. Eles são muito fofos juntos e sinto isso desde a época do epílogo da primeira parte. Torço muito por um romance entre eles, mesmo ela sendo mais velha que ele, pelo visto, já que era da Guarda de Ouro. Inclusive, o momento em que ela tira sua máscara diante da multidão foi épica pra simbolizar o principal fundamento da rebelião.

 

Achei o surto da Safiya meio infantil ali no meio, mas legal que ela resolveu seguir seu próprio caminho. Imagino que ela vai atrás de Pítia por conta própria. Pavel vai retornar para Graad Azul, mas torço por seu retorno para a trama, já que gosto do egocentrismo dele. Propus é todo misterioso e esquisito, depois comento mais sobre ele. Quanto a Gerd, ele é sensato e tal e gostei do ponto de vista dele, em achar que tudo está sendo articulado pelo Propus. O legal de sua fic é que ela trabalha com vários pontos de vista diferentes e com uma visão bem mais complexa do "certo/errado", então não tem como saber quem está tomando a melhor decisão, já que ambos os lados possuem motivações fortes o suficiente para escolherem seus respectivos lados.

 

Enfim, Propus é um desgraçado. Mas não posso negar que ele é calculista e esperto pra caramba. Gostei muito da técnica que ele desenvolveu em BlueGraad e também de haver uma justificativa para o sumiço dele durante a rebelião e para o momento em que ele foi fuxicar com Atena lá na primeira parte. Pensei que aquela parte seria totalmente esquecida, mas felizmente não foi e a explicação que veio foi bastante convincente.

 

Ansioso pra saber o que diabo Arkab descobriu, já que parece ser algo grandioso demais. Posta logo o próximo capítulo, Nikos. Estou ansioso! hahaha parabéns e abraços!

 

E aí Gustavo!

 

Po, eu tava demorando porque tava esperando tu ou o bizzy comentarem :/ (to esperando sempre uns 4/5 comentários para postar o próximo). Fora que é troca de arcos agora.

 

Gostei da justificativa ser jusitificada. kkkkkkkk

 

Bem, o Grande Mestre perdeu todas as tentativas de guerras santas e foi o único sobrevivente da primeira (que perdeu), eu nem me impressiono mais com essas atitudes dele. Para ser tão incompetente, só sendo um dos piores. E valeu pelo elogio, eu gosto de criar esses personagens que destoam da reta. Comparado com o Sage ou até com Shion e Saga, esse mestre é o ó. Se bem que o mestre de ND tentou matar Atena, enquanto o de Atlântida não, kkk. (apesar de eua char que em ND, ele tentou matar Atena porque ela era uma anomalia temporal - que nem o Cardinale)

 

 

Voltando para Atlântida e ao teu comentário. Então, fiquei feliz em trazer um personagem antigo de volta. É difícil trabalhar em várias vertentes, então os prateados acabaram um pouco mais esquecidos, infelizmente. Por isso fiz as descrições ali em cima. Mais tarde trago da Legião de Atena também.

 

Outro que está shippando Ário e Libânia. Só não crie uma hashtag, kkk. E os dois são heteros, só para avisar, então tem fundamento. A Guarda de Ouro surgiu e morreu antes de o Propus nascer e naquela época o ário ainda não tinha se tornado um cavaleiro. Atualmente, Ário tem uns 29 anos e a Libânia uns 34, pela minha cronologia que fiz no Excel.

 

Bem, não sabemos quase nada sobre a Safiya, só que ela foi enganada pelo mestre e por Arkab e que já não confiava mais em ninguém. Ela vai atrás de Pítia? em Atlântida? Pavel vai retornar para a Sibéria, onde ele nasceu, só para lembrar (e isso está escrito kkk). Graad Azul não é na Sibéria.

 

Dando um microspoiller, eu tenho uma forte impressão que os dois vão reaparecer antes mesmo da invasão!

 

Gerd é uma pessoa calma, que pensa nas possibilidades. Pena que nãot eve espaço na primeira parte da história. Se não tivesse tantos personagens, teria dado mais destaque para ele. É alguém que eu gosto.

 

Não existe o certo nem o errado dentre os cavaleiros e nem na guerra. Em nenhum momento ficou claro que os marinas são os vilões e os cavaleiros são os mocinhos. Tanto que, quando mostra as colônias ou a própria Atlântida, é sempre um local agradável e perfeito. Quanto ao caráter, temos marinas e cavaleiros mais questionáveis (Íchos, Arkab) e outros mais benevolenteS (Febo, Ário). Só que a maiorria é um meio termo, como as pessoas realmente são. Isso eu gosto de manter bem. Manter dois lados distintos, com personagens nem tão bons, nem tão maus, havendo antagonismo em cada um e em cada lado. Que bom que gostaste.

 

Concordo com tua opinião sobre Propus. E falei que eu explico as coisas, mesmo que uns 30 capítulos depois. kkk. tem coisas do inicio que se esclarecem bem depois. Apesar do que... tu acreditaste muito fácil em uma justificativa do Propus. Cuidado!

 

Posentão? O que fez o Arkab dizer que aceita os conselhos de Propus, mesmo ele não gostando do garoto há mais de dez anos? :|

 

Vou postar o próximo capítulo hoje mesmo! Eu ia postar ontem, mas tava meio rouco para fazer o resumo em vídeo. E ainda tou, mas faço em texto mesmo.

 

O próximo capítulo no site sai hoje, mas postarei o próximo arco inteiro em PDF, já que ele é mais tranquilo (no quesito combates), apesar de ser um dos mais importantes para a trama.

 

Até a próxima gustavo e não demora tanto para dar a opinião sobre o capítulo (eu achei que tinhas odiado :(, por isso não comentasse).

 

Abraços

 

 

 

 

 

 

 

 

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Perdão, Ninos. É a falta de tempo que tenho ultimamente. Vou comentar mais rapidamente o próximo capítulo.

 

E sobre as postagens dos Cavaleiros de Prata, não achou nenhum fanart da Armadura de Compasso que fosse parecida com a do Indru não? Adoraria saber como ela é, em formato ícone. E gostei de você estar relembrando a memória dos leitores com uma ficha dos personagens e todas as suas ações até o momento na fic, ou seja, contribui bastante para nos ajudar a recordar deles.

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Perdão, Ninos. É a falta de tempo que tenho ultimamente. Vou comentar mais rapidamente o próximo capítulo.

 

E sobre as postagens dos Cavaleiros de Prata, não achou nenhum fanart da Armadura de Compasso que fosse parecida com a do Indru não? Adoraria saber como ela é, em formato ícone. E gostei de você estar relembrando a memória dos leitores com uma ficha dos personagens e todas as suas ações até o momento na fic, ou seja, contribui bastante para nos ajudar a recordar deles.

Não quis ser ríspido, mal. É que falasse que eu tava demorando para postar o próximo na última parte do comentário, daí foi a primeira coisa que eu respondi.

 

mas podes demorar a comentar o capítulo, só que daí normalmente se os comentários demoram, os capítulos também demoram. :(

 

Enfim, mal aí.

 

Quanto à armadura de compasso, nenhuma exatamente que me agrade. Quando me agrada, o personagem não se parece em nada com o Indru. Sim, essas fichas me vieram do comentário do Bizzy: "mas quem é Narceu"; E como agora esses cavaleiros terão utilidade na fic e ela tem periodicidade (não é um livro). Então não custa relembrar.

Valeu GF e estamos aí.

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BALANÇO: CAPÍTULO 12

Novo balanço,com resumo em texto (estou com dor de garganta não deu de gravar), personagens e curiosidades. Boa sorte

 

 

Resumo

As intrigas tomaram conta do refúgio. Tomado pela ira, Ário tentou atacar o Grande Mestre para se vingar de seu irmão Sertan. Contudo, na última hora, Acrux de Cruzeiro do Sul apareceu, utilizando sua técnica de deslocamento na velocidade da luz, salvando a entidade. O cavaleiro de prata revela que Sertan não havia morrido e sim salvo na última hora sem que Nérites soubesse. Sem saber o que pensar com aquela informação, Ário relaxou e não conseguiu atacar o Grande Mestre, voltando para seus aposentos.

Com um incentivo de Libânia, no entanto, o cavaleiro de Capricórnio iniciou no dia seguinte, uma rebelião para invadir Atlântida, levando consigo a amazona de Peixes e mais 30 cavaleiros. Pavel e Safiya e mais alguns abandonaram o refúgio, mantendo uma neutralidade; enquanto que Gerd, dois prateados e quatro brônzeos seguiram o mestre.

Indignado com a rebelia, a entidade se retirou derrotada, voltando para o seu fiel seguidor Arkab, que o aconselhou a transferir a sede do refúgio e alertar os outros. Logo após a saída do Grande Mestre, Propus surgiu diante de Arkab, revelando-lhe que o fim do controle mental foi premeditado. Segundo o geminiano, isso seria o início de uma confusão que acabaria com a credibilidade do Grande Mestre e causaria o próprio banimento, deixando-o livre para agir como desejar.

Arkab se revolta, mas não ataca Propus, após o mesmo devolver-lhe a memória da época em que estava sendo controlado. Com as lembranças de volta, todas as descobertas que havia feito voltaram rapidamente, toraturando o cavaleiro de Sagitário. Aproveitando-se do momento, Propus disse para ele apenas continuar seguindo e protegendo Atena e não fazer nada além disso. Ainda não convicto, Arkab concordou, enquanto Propus desapareceu do local.

Personagens

 

Ário de Capricórnio: Irmão de Sertan, mestre de Propus e algoz de Nérites. Possui uma personalidade forte e ávida por atitudes, o que lhe fez tomar a decisão de invadir Atlântida. Tentou conter esse sentimento de rebelião para não ser igual ao irmão, mas viu que estava errado e que precisava agir. É baixo, possuindo cabelos negros e longos.



Libânia de Peixes: Amazona de ouro, antiga membra da Guarda de Ouro, se passou por Mensageiro de Gaia e voltou ao refúgio após a fuga de Alhena, seu amigo. É natural de Jamiel, mas não apresentou nenhum poder telecinético até então. Detesta o Grande Mestre e só estava no refúgio graças a Atena. Como forma de rebelião, tirou a máscara e seguiu Ário na invasão de Atlântida. Possui um corpo bonito, cabelos claros e olhos castanhos vivos.

 

 

Acrux de Cruzeiro do Sul: Cavaleiro de prata simpático e um pouco descuidado. Após quase ter revelado a localização do refúgio, se tornou mais responsável e maduro. É baixo, possuindo cabelos negros e olhos castanhos.

 

Gerd de Touro: Cavaleiro de ouro extremamente baixo. Foi aprendiz de Ain de Touro até o mesmo desaparecer, fazendo com que ele herdasse a armadura. È envolvido por uma aura pacífica, parecendo que jamais vai perder a calma. Continua com o Grande Mestre, achando que tudo é obra de Propus. Possui cabelos loiros e curtos.

 

Safiya de Escorpião: Amazona de ouro com uma personalidade instável e até um pouco infantil. Não suportou saber que Pítia foi enganado pelo mestre e nem de várias mentiras dele. Possui cabelos negros, lisos e curtos.

 

Pavel de Aquário: Cavaleiro de ouro sem problemas de autoestima, já que sempre está com o ego em alta. É baixo, loiro, com cabelos curtos. Foi um herói em Graad Azul e treinou na Sibéria. Não concordando com Ário, voltou para o seu mestre.

 

 

 

Curiosidades

  • A técnica que Propus aprendeu nas Terras Nórdicas não vem da mitologia e, tirando uma coisa ou outra que me inspirou, não vem de lugar nenhum. Sua tradução do islandês significa Prisão do Esquecimento.
  • A armadura de Cruzeiro do Sul não se baseou na do Anime porque sempre imaginei ela azul. Não consigo vê-la vermelha de forma alguma.

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CAPÍTULO 13

Gerd de Touro deu mais um passo em meio àquele campo de grama e parou. Estava no topo de uma montanha levemente alta, formada por pequenos rochedos e uma grande vista. Era possível observar, sem dificuldades, um grande vale formado por uma floresta densa que rodeava o rio. Ao fim dela, seguindo o curso da água, se assentava um pequeno vilarejo nas proximidades de outro morro, ainda não muito visível do ponto onde o guerreiro se encontrava.


O taurino sorria levemente, mantendo um ar de serenidade que era amplificado pela brisa que corria pelo local, agitando levemente os cabelos curtos do rapaz. Mantinha os olhos fechados para entrar em sintonia ainda maior com o ambiente, o que não era muito difícil. Possuía uma aura recheada de paz, o que lhe tornava praticamente parte daquele local. Nem a armadura de ouro que trajava, característica de guerreiro, tirava-lhe essa condição.


Dois vultos masculinos chegaram depois, ambos vestindo armaduras prateadas. Minutos mais tarde, mais quatro cavaleiros se juntaram ao local, seguidos por uma gama de pouco mais de uma dezena de aprendizes. O cansaço era marcante na face de cada um dos aspirantes a defensores de Atena, que transpiravam muito a cada segundo. Já os seis graduados mantinham a estabilidade, mas nem de perto com o mesmo ar calmo do comandante dourado.


Satisfeito com a presença do grupo completo, Gerd abriu as pálpebras lentamente e correu os olhos por cada integrante, dando um leve sorriso ao ver que o número estava correto. O Grande Mestre havia lhe incumbido da missão de proteger a todo o custo os cavaleiros e aprendizes aliados, conduzindo-os para um novo local de refúgio. Como os perigos eram mínimos, o taurino receava que os integrantes deixassem o grupo devido às desconfianças implantadas por Propus. Mesmo que tivessem apoiado a causa no início, ele sabia que o laço que os unia era muito frágil e que, a qualquer ponto, poderia ruir.


A um sinal do cavaleiro de ouro, todos pararam para descansar. Precisavam continuar a caminhada no restante do dia, afim de poderem relaxar na cidade. Levando em conta as limitações dos aprendizes, Gerd sabia que era necessário fazer um trajeto lento e cuidadoso. Além disso, a utilização em demasia de seus poderes poderia ativar as pedras de Nereu e colocar em risco todo o grupo.


Percebendo que todos se assentaram, fosse mais perto ou mais longe, Gerd seguiu em direção a um rochedo que ficava na borda de um penhasco e se sentou em uma das pedras. Aproveitava a brisa para relaxar e raciocinar, o que aumentava ainda mais a sua aura pacífica.


Não demorou e um dos cavaleiros se aproximou. Era alto, aparentando ter a mesma idade de Gerd, com um ar mais adulto. Seus olhos verdes se destacavam, quase tanto quanto seus curtos cabelos castanhos claros, que formavam uma franja densa na testa. Trajava uma armadura cinza leve, sem quase nenhuma proteção, apenas com os requisitos básicos e necessários para revestir um cavaleiro de bronze.


– O que te aflige, Essoby de Lince? – perguntou Gerd, abrindo os olhos, sem perder a calma. – Eu vi que, desde que viemos, te manténs assim nervoso.


– Eu quero que me digas, por favor, o que aconteceu de verdade com Ain de Touro! – exigiu o cavaleiro de bronze, com um certo rancor no olhar.


Antes que Essoby pudesse continuar a falar, Gerd ergueu a palma da mão, num gesto claro de paciência. Os olhos do taurino viraram rapidamente e sua expressão mudou. Ainda mantinha a calma, mas havia uma clara mágoa e decepção estampadas, o que deixava o brônzeo ainda mais intrigado. Não entendia como, apesar de toda aquela carga negativa, o dourado continuava a manter a aura pacífica, praticamente isenta de raiva.


– Meu mestre desapareceu, não há mais nada o que dizer. – respondeu Gerd secamente, olhando para baixo, enquanto a brisa continuava a agitar seus cabelos. – Ele estava abatido e eu sabia que não iria durar muito tempo. Chegou o dia que ele simplesmente não apareceu para o meu treinamento. Deve ter morrido por uma doença desconhecida.


– Eu não acredito nisso! – rebateu Essoby, olhando-o com raiva. – Ele era um veterano de guerra, não iria cair desse jeito. E, além do mais, tudo o que aconteceu foi extremamente conveniente para ti, já que conseguisse a armadura de ouro depois do sumiço de Ain.


Diante de tais palavras, Gerd ficou de pé, encarando o cavaleiro de Lince sem demonstrar raiva ou nervosismo. Essoby cambaleou para trás, um pouco intimidado. Mesmo com a baixa estatura e com a intocável aura de calma, o taurino emitia um cosmo poderosíssimo, o suficiente para deixar o brônzeo temeroso em fazer mais acusações.


– Eu tenho que dar créditos ao Propus. Ele conseguiu exatamente o que queria. – comentou Gerd, virando de costas, deixando Essoby um pouco mais aliviado. – Ele conseguiu implantar a semente da discórdia, fazendo com que todos fiquem contra aqueles que sabem como ele é.


– Isso não tem nada a ver com o jovem e sim contigo! – apontou Essoby, com a mão trêmula. – Tudo isso é muito ilógico. Ain com seu poder não iria sucumbir de tal forma. Por que não contas o que realmente aconteceu. Se não contares, ninguém vai acreditar em ti.


– Eu já expliquei, mas do jeito que estás com a mente fechada, não vais me dar ouvidos. – continuou o dourado, inclinando levemente o pescoço para trás. – Apenas pensa que tudo isso pode ser um jogo daquele imprestável cavaleiro de Gêmeos. Não vamos nos deixar sucumbir!


– É fácil jogar a responsabilidade para ele. Mas tudo que ele falou faz sentido. – acusou o brônzeo, cada vez mais indignado. – Eu conheci Ain. Eu sabia de sua força, sabia de sua honra. A tua história não bate com o que eu sei dele.


Gerd se virou rapidamente e deu dois passos em direção a Essoby, que engoliu a saliva, temendo qualquer ato. O taurino, no entanto, apenas ergueu a mão, num sinal de pedir novamente paciência. Seus olhos estavam cada vez mais tomados por uma mágoa e rancor, mas ainda repletos de calma e serenidade.


– Conhecias Ain? Tens certeza? – perguntou Gerd, suspirando em seguida. – Não, ninguém conhecia aquele imprestável mais do que eu. Só eu sabia o quão desprezível era aquela criatura. Ele me tirou da paz para me tornar uma máquina de guerra e fazia isso sem nenhum sentimento. Eu agradeci que ele tenha desaparecido, mas… não tive nada a ver com isso! Ele se definhou na própria mediocridade.


Essoby engoliu a saliva novamente, intrigado com tamanha mágoa que era emitida pelo taurino em cada palavra referida ao antigo veterano.


– Falas de um jeito que torna impossível acreditar que não tenhas culpa no sumiço dele. – murmurou o cavaleiro de Lince. – Com essa mágoa, ainda é mais conveniente crer que te livraste dele.


– Faz como quiseres, mas saibas que estás caindo direitinho na conversa de Propus. – explanou o taurino. – Aliás, se pensas tanto na lógica, como achas que um aprendiz como eu era teria condições de acabar com um veterano de guerra como Ain? Isso não faz nenhum sentido!


– O que não faz sentido é a tua versão da história. – replicou Essoby, balançando a cabeça. – Eu estou te seguindo porque acredito no Grande Mestre. Mas quero que saibas que estarei sempre de olho em ti.


Essoby deu um suspiro de raiva e, sem dizer mais nada, se virou para deixar o local, se reunindo com os aprendizes. Gerd olhou de longe e, um pouco distante, voltou a se virar para o desfiladeiro. Apesar de todas as acusações, conseguia aproveitar a brisa novamente, mantendo a calma. Apenas seu olhar que mudava, apresentando uma profunda tristeza.


As memórias logo voltaram para a cabeça de Gerd. Recordava-se de seu treinamento, de Ain de Touro, de como fora trazido para ali. Tudo aquilo vinha junto de uma carga extremamente pesada. Como havia dito para Essoby, todos os anos que passara com o mestre foram extremamente duros. A cada dia que passava, a mágoa pelo veterano crescia, corroendo cada vez mais a sua alma.


Lembrava-se de tudo de maneira fotográfica. Todas as ações, os gestos, os traumas, as surras… aquele fatídico dia…


– Eu ouvi tudo! – disse uma voz feminina, interrompendo os pensamentos do taurino, fazendo com que ele se virasse.


Era uma guerreira negra, com a face coberta por uma máscara. Possuía cabelos grossos, extremamente escuros, indo até metade das costas. Era alta, com o corpo bem definido e coberto por uma proteção leve e azulada. O traje possuía duas ombreiras, braceletes e uma tiara fina.


– Elma de Rio, minha amiga, então já sabes da situação. – respondeu Gerd, ainda sentado na pedra. – Essoby está desconfiando de mim e eu sei que todos os outros também estão.


– Nós treinamos juntos com Ain, mas ele sempre te tratou muito pior do que a mim. – observou ela, com um tom grosso, mas não menos amável. – Eu me lembro como ele te torturava e te expunha ao limite de uma maneira desagradável. Mas se continuares revelando isso, será natural que as pessoas pensem que tenhas alguma coisa a ver com a morte dele.


–Isso é tudo jogo daquele geminiano. Ele quer me desacreditar e fazer com que todos fiquem contra o Grande Mestre, mas eu não vou cair nessa. – explicou Gerd, respirando fundo. – Por mais que eu concorde que ele tenha um pouco de razão, eu sei que, se eu abandonar o mestre, estarei fazendo exatamente aquilo que ele quer.


– Pode ser! – concordou ela, se aproximando e colocando a mão nos cabelos curtos de Gerd. – Ou será que o plano dele não é fazer tu ficares exatamente onde estás?


Elma respirou fundo e começou a acariciar os cabelos de Gerd, que ficou intrigado com aquelas palavras, não sabendo onde a amiga pretendia chegar.


– O que estás querendo dizer? – perguntou o taurino, sem se mover. Parecia estar aproveitando muito aquelas carícias.


– Pensa bem, está tudo muito regular. Dois cavaleiros de ouro estão do lado do mestre, dois se rebelaram e os outros dois estão neutros. – explicou a amazona de bronze. – Será que a intenção do garoto não é justamente nos segregar ao invés de simplesmente por todos contra o mestre? Eu falo isso porque duvido que ele tenha realmente seguido Ário, mesmo iniciando a rebelião.


Gerd olhou para o lado rapidamente, pensativo. Mesmo desconfiando do mestre, agira daquela forma justamente para não ser vítima de uma possível armação. Contudo, se o que Elma dissera fosse realmente verdade, ele estaria fazendo exatamente aquilo que queria evitar.


Naquele instante, as dúvidas pairavam na sua cabeça e ele não sabia mais o que pensar. Vendo a aflição do amigo, Elma se abaixou e o abraçou firme, tentando reconfortá-lo. Gerd, entretanto, permanecia sério e pensativo, não sabendo que rumo tomar ou como agir.


– Desculpa… eu não deveria ter dito isso. – pediu Elma, se afastando do amigo.


– Não tem problema. – relevou Gerd, se levantando também. – Eu tenho medo de agir de forma a ser controlado por alguém. Não posso deixar que ninguém se aproveite de mim.


– E por quê? – questionou a amazona. – Deves seguir teu coração, agir como achas que é o certo e não para competir com aquele jovem. Talvez também seja isso que ele queira, que fiques confuso.



Gerd suspirou, tentando chegar a alguma conclusão, enquanto Elma esperou-o calmamente. Desde que chegaram ao refúgio, ambos sempre se ajudaram e foram amigos, principalmente devido ao treinamento tortuoso de Ain.


Passados alguns segundos, Gerd respirou fundo e exclamou:


– O Grande Mestre é uma figura com atos claramente questionáveis, mas é uma pessoa boa e ele está com Atena, portanto devo ficar ao lado dele.


Elma respirou satisfeita e abraçou o amigo novamente, deixando-o um pouco menos aflito. Gerd deu um leve sorriso, longe de estar seguro do que realmente deveria fazer.


Terminado o gesto, a amazona se despediu e andou pela grama, descendo lentamente a montanha pela trilha. Havia feito esse caminho pela ida, portanto, não teria problemas em repeti-lo. Passou por vários cavaleiros, que evitavam olhar para ela por muito tempo. Da mesma forma que Gerd, ela tinha poucos amigos e muitos desconfiavam que ela também teria relação com o desaparecimento do mestre Ain.


Elma desceu mais um pouco, parando em um pequeno rochedo. Estava sozinha, finalmente livre de toda aquela desconfiança e ar desagradável. Retirou a máscara, finalmente sentindo o aroma puro do local. Como tinha prazer naquilo. A solidão a alegrava de uma maneira inexplicável.


“Fizeste um bom trabalho. Eu vejo que Gerd está cada vez mais confuso.”, emanou uma voz na mente da amazona, que, no mesmo instante, se paralisou. Os olhos dela se tornaram opacos e foscos, como se estivesse alheia de suas vontades.


– Todos estão desconfiados de Gerd e ele não acredita mais nem no caminho que seguir. – respondeu Elma com uma voz seca e diferente, agindo como se alguém estivesse ali.


“Espero que continues assim e que faças exatamente aquilo que te for passado”, continuou a voz.


– Farei tudo o que o senhor mandar… mestre Propus!

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O porto da cidade de Dória era um dos mais famosos do Império Atlante. Mesmo quando a antiga Anfitrites ainda existia, era difícil competir com aquela brilhante estrutura criada para o transporte marítimo da segunda mais importante colônia de Atlântida até antes da destruição da primeira. A própria localização ajudava, situando-se num ponto intermediário entre a capital e as demais colônias, permitindo uma interligação comercial de sucesso entre as regiões continentais e litorâneas.


Homenageando a divindade marinha aliada, a cidade prosperou tão rápido quanto Anfitrites e corrigiu todos os problemas estruturais que ocorreram por lá. Se a primeira colônia havia sido um teste bem sucedido, Dória consagrou-se ainda como uma evolução. Não que tivesse mais importância no sentido político ou de riqueza. Entretanto, sua própria organização era motivo de admiração em todas as regiões do Império.


A estrutura portuária era composta por várias edificações ao estilo grego, posicionadas próxima das margens do mar, prontas para receberem as cargas e armazenarem as mercadorias. No lado externo, havia um grande pátio com chão de pedras, por onde circulavam centenas de pessoas a todo instante. Por fim, na beirada do mar, havia uma sequência de dezenas de trapiches de madeira, a fim de atracarem as embarcações atlantes dos mais diferentes tamanhos.


Num dos extremos do porto, em um cais aparentemente bem pouco frequentado, se instalavam as embarcações de pequeno porte, mas não menos importantes. Temendo ataques repentinos da Legião de Atena, como os que aconteceram em Anfitrites, o Império Atlante passou a aproveitar barcos mais discretos para realizarem os transportes mais relevantes e promover um grande intercâmbio de informações. Dessa maneira, era possível despistar os inimigos e evitar perdas desnecessárias de tesouros.


Para a condução dessas pequenas embarcações, eram convocados condutores e viajantes especialistas dentro de todo o Império, capazes de suportar grandes adversidades. Normalmente, eram senhores experientes, acostumados a lidar com o mar e seguirem o curso eficientemente. Essas pessoas formavam uma rede de informações sem igual, praticamente difundindo todas as notícias entre a capital e as colônias.


Dentre os condutores, havia uma figura que muitos não lhe confeririam a fama que possuía. Sendo um antigo guerreiro graduado em Atlântida, ele já comandou soldados rasos em missões marítimas, sendo considerado um dos melhores velejadores do Império. Jamais havia se tornado um marina, mas seu conhecimento e experiência lhe fizeram quase tão famoso quanto os comandantes. Após a aposentadoria, se dedicou a comandar a rede de informações e transporte de cargas entre as colônias, o que lhe fez cair razoavelmente no esquecimento dos mais jovens. Seu nome era Chilon.


Naquela noite, principalmente, era praticamente impossível ligá-lo como o famoso velejador. Com as barbas prateadas brilhando com a cor do luar e os olhos azuis latejando, muitos não considerariam aquela figura diferentemente de um velho barqueiro pescador. Não se esforçava para parecer diferente, todavia. Vestia roupas simples, tanto para disfarçar o luxo, quanto pelo conforto. As viagens de barco eram cansativas e, para isso, exigiam um traje mais leve. Além do mais, caso mostrasse grande imponência, não conseguiria transmitir e receber informações com tanta naturalidade, portanto, não seriam completas.


Possuía um barco pequeno, discreto, mas extremamente bem cuidado. Olhando de longe, parecia ser uma embarcação extremamente nova. De perto, era possível ver algumas marcas do tempo, mas nada que lhe prejudicasse a qualidade. Chilon insistia em manter o barco cuidado, como se aquilo fosse uma extensão da sua vida e uma parte fundamental da sua história.


Sem demorar, a figura de cabelos brancos deu alguns passos em direção ao próprio barco e despejou mais uma caixa. Mesmo com a baixa estatura, carregar peso não parecia ser problemas para Chilon, que mantinha a calma, sem esboçar nenhum sinal de cansaço. Apenas continuava a transportar as mercadorias como se aquilo fosse mais um serviço relaxante.


Parecendo contribuir para a harmonia do trabalho do ancião, uma música começou a soar ao fundo, seguindo o curso de uma bela melodia. Como se um estalo atingisse Chilon, ele se virou rapidamente e deu um sorriso cativante por entre aquelas barbas prateadas.


– Eu não acredito, há quanto tempo? – Chilon tossiu lentamente e se aproximou do rapaz que acabara de chegar.


O visitante era um jovem adolescente, com cabelos castanhos, indo até o pescoço. Possuía roupas típicas de um bardo, com botas de couro, calças pretas longas, camisa azul apertada e uma capa avermelhada que envolvia os braços e ia até a cintura. Para completar, portava um chapéu marrom e um pequeno alaúde, aparentemente novo e bem cuidado.


– Como tu cresceste, garoto. – comentou Chilon, olhando o rapaz de cima abaixo, parecendo extremamente satisfeito. – Há última vez que eu te vi foi…


– Há mais de quatro anos! – respondeu o bardo prontamente, enquanto passava um pequeno pano no seu alaúde e testava as notas. – Estava no Norte, mostrando a minha música para os habitantes mais longínquos do Império.


– Com o teu talento, não é difícil imaginar que fizeste sucesso, amigo. – disse o velho, não tirando os olhos do jovem, parecendo não acreditar que ele tivesse crescido tanto.


O rapaz sorriu com o elogio e se sentou no trapiche, parecendo curtir a tranquilidade da brisa marítima e do barulho que as ondas propiciavam. Chilon ficou satisfeito e carregou mais uma caixa em direção ao barco. O visitante, aproveitando o momento, começou a tocar o alaúde, continuando com aquela bela melodia que cativava o ancião e fazia o seu trabalho ficar mais agradável.


– Dentre minhas viagens ao Norte, eu descobri que mais um general marina morreu, bem mais ao Norte de onde eu estava. – o rapaz tocou mais um trecho da música, enquanto o Chilon ficou paralisado ao ouvir aquelas palavras.


– Estás bem informado, garoto. – o velho respirou fundo e deixou a caixa cair no chão, mas sem se romper. – Como descobriste isso?


– Não se falava de outra coisa nos últimos meses nas colônias setentrionais de Atlântida. – observou o rapaz, abaixando os olhos, como se estivesse chateado. – Contudo, minhas informações são rasas. O senhor que sempre sabe tudo sobre o Império.


– Eu sei o que a vida me trouxe e o que as pessoas me transmitem. – murmurou Chilon, um pouco mais calmo, voltando a emitir um ar de serenidade e satisfação. – Mas isso ainda é muito pouco do que se passa pelo Império.


– Modéstia a do senhor. – o jovem deixou o alaúde de lado e se levantou, olhando profundamente para o ancião com um sorriso cativante no rosto. – Não foi o senhor que me informou de antemão, há sete anos, sobre a instabilidade na capital, devido à doença da Imperatriz? O Imperador parecia que estava querendo se livrar das nereidas a todo o custo na época, o que causou uma cisma entre Nereu e Sua Majestade. Além disso, me contasse, antes de eu partir para o Norte, sobre a morte da nossa general Deolinda de Scylla.


Chilon suspirou fundo e limpou um pouco de suor da testa. Relembrar aquelas mortes e toda a crise de Atlântida não parecia agradá-lo tanto. Por mais que tenha sido um homem de experiência invejável, jamais vira uma instabilidade tão grande no Império. Nunca tinha vivenciado uma Guerra Santa e não imaginava que ela poderia ser tão desastrosa.


Parecendo perceber o desânimo emocional do velho amigo, o rapaz se calou e voltou a se sentar, tocando com harmonia o alaúde. Chilon sorriu ao ver que a conversa se encerrara por um instante e voltou a trabalhar, carregando as duas últimas caixas em direção ao barco. Sabia que estava pronto para partir a qualquer instante para continuar o seu serviço no local em que mais agradara.


– Desculpe o meu desânimo, amigo. – pediu Chilon com os olhos serenos e calmos. – Mas não é só a morte do general Yuri que está me desagradando. Eu soube que, nos últimos dias, Nérites pereceu nas mãos dos cavaleiros. O Império quer ocultar ao máximo essa informação, mas não há nada que possam esconder de mim.


– Nérites… está morto? – o rapaz engoliu a saliva e fez uma expressão de espanto, deixando seu alaúde cair no chão, sem danificá-lo, no entanto.


Chilon confirmou com a cabeça e suspirou novamente, fechando os olhos. O jovem respirava forte e mal conseguia pegar o alaúde direito, como se estivesse extremamente nervoso com tudo aquilo.


– Não pode ser, isso é desastroso para o Império. – continuou o rapaz, agachado no chão. – Então agora Atlântida só conta com quatro generais, e com as nereidas, além dos comandantes e enviados?


– Cinco generais! – corrigiu o ancião, mostrando levemente um brilho de esperança ao pronunciar aquelas palavras. – Enquanto estavas no Norte, tivemos um general consagrado, há pouco mais de dois anos. Foi um grande evento e eu tenho orgulho de dizer que estive presente.


O rapaz deu um leve sorriso, também transparecendo esperanças com aquela informação, mas sem deixar escapar certa decepção com tudo o que ocorrera.


– O Império está arranhado e fragilizado, a aliança com Nereu foi retomada, caso não saibas, mas isso é tudo fachada. – disse Chilon, como se fosse um contador de histórias fantásticas. – Com todo respeito ao Profeta dos Oceanos, mas essa união foi muito repentina. O Imperador prometeu um exército de soldados particulares para ele e deu poder as nereidas de serem acompanhadas por marinas. Mas duvido que Nereu aceitou só por isso. É muito pouco para uma divindade gananciosa como ele.


– Sabes alguma coisa de Nereu? – perguntou o rapaz, interessado. – Ele fez alguma coisa suspeita?


– O General de Sirene desconfia cada vez mais dele. – continuou Chilon com a mão na boca, como se estivesse sussurrando. – Como eu falei na última vez, Nereu trouxe um antigo cavaleiro para o Império, dizendo que era filho dele. Duvido que seja verdade. Acho que o Profeta está tramando alguma coisa.


– Espero que seja só um temor!


– Eu também! Mas agora tenho que partir. – Chilon deu alguns passos para o barco e embarcou, enquanto o rapaz observava de pé, já com o alaúde nas mãos. – Depois da destruição de Anfitrites, ficar em Dória é sempre um risco, devido à Legião de Atena.


– A Legião de Atena… o que pretendem? – perguntou o jovem, com um olhar distante.


– Causar o caos e a desordem nesse paraíso que é o Império Atlante. – respondeu Chilon seriamente, cortando a corda com uma faca e soltando o barco. – Mas não devemos nos preocupar tanto. Foi um prazer te rever e espero que voltemos a nos encontrar em breve. Adeus!


O rapaz se despediu, enquanto o barco aos poucos se deslocava em direção ao mar infinito, até desaparecer no horizonte.


Com uma serenidade e calma estampada no olhar, o bardo andou rapidamente pela cidade até deixar o seu perímetro, subindo numa colina próxima. Observou com atenção a beleza daquela cidade sob a luz do luar e das estrelas. Os pequenos brilhos de tocha que se manifestavam em cada casa permitia um traçado perfeito e belo. Era algo de se contemplar.


Após alguns minutos, o bardo fechou os olhos, cruzou os braços à frente do tronco e, com uma voz fria e sem emoções, ele exclamou quase que silenciosamente:


– Explosão Galáctica!


Um forte brilho foi produzido e uma grande energia devastadora se manifestou. As estrelas se romperam naquele instante e tudo parecia estar sendo sugado para o nada. Um festival de luzes agitou o céu e, pouco a pouco, a supernova se expandia, causando um mar de destruição.


O desespero foi imenso e quase imediato. Pessoas tentaram correr, em vão. Os gritos e o temor foram todos engolidos. Nada, nem ninguém poderia sobreviver a aquele imenso poder que se expandia a cada instante e que, ao atingir o mar, se dissipou. Uma imensa onda na praia foi provocada, mas no sentido contrário.


Segundos se passaram e o barulho daquela energia ainda poderia ser ouvido a distância. O rapaz olhou sem emoções para o rastro de destruição que causara. Não restara nada, apenas ruínas daquela que tinha sido a segunda colônia mais importante de todo o Império Atlante.


Em meio aos vestígios da cidade, uma imensa nuvem de fumaça, proveniente da combustão se ergueu no céu. Como um balé controlado, a poeira foi se acumulando, formando uma grande inscrição, temida pelos habitantes das colônias imperiais:


Morte à Atlântida, e vida longa à Legião de Atena.


O jovem olhou satisfeito para aquelas inscrições e manteve-se estático, contemplando tudo o que realizara. Era impossível determinar exatamente o que estava pensando, principalmente porque continuava parado e paciente.


– Vejo que aprendeste como fazer a nossa assinatura… mas o que pretendes, garoto? – murmurou uma voz seca e fria por detrás do bardo.


– Olá… grande Sertan! – proferiu o jovem, se virando e fazendo uma reverência ao canceriano que acabara de chegar. – Eu sou Propus de Gêmeos, filho de Alhena de Gêmeos, e gostaria de fazer parte da Legião de Atena.



 

Todos os capítulos desse arco estão em PDF, continuarei postando semanalmente aqui no site. Fiz isso porque é um arco meio parado, mas importante. Se alguém quiser mais, é só baixar o PDF (mas daí vai ter que esperar amesma coisa pelo próximo arco)

 

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Cá estou para comentar os capítulos 11 e 12 da Ninofic (ainda não li o 13). De início já adianto que, como houve um grande foco em batalhas, meus comentários serão um pouco mais simplórios em termos de teorias e tudo o mais. Vamos em frente.

 

Bom, tivemos a sequência direta dos eventos anteriores, com Nérites surgindo frente a todos do Refúgio. Me perguntava de que forma optariam por confrontar o filho de Nereu, e eis que você optou pelo formato clássico: um contra um. Acho isso meio surreal desde o clássico. Tudo bem que tem a questão da honra do cavaleiro e tudo o mais, porém quando é uma situação tão extrema e que vale a vida de Atena, veria mais sentido caso mais dourados se unissem para atacar Nérites.

 

Sem mais catar pêlo em ovo, Pavel se põe na linha de frente e inicia o duelo, sendo facilmente sobrepujado. Atena aos poucos vai me ganhando na história. Mesmo sendo apenas uma criança e não tendo visto nada do mundo, teve coragem para se colocar a frente do aquariano e intervir na batalha.

 

E... Surge Hypsea. E morre Hypsea. /lua Apesar de eu ter esboçado um sorriso quando ela morreu sem nem dar um "olar", a nereida cumpriu sua função.

 

Pavel volta a tomar as iniciativas, e foi ai que achei que perderíamos mais um dourado, o que seria uma pena. Mas Ario finalmente largou a passividade e mandou a bendita honra de cavaleiro para o espaço e interferiu, o que muito provavelmente salvou a vida do amigo. Gostei demais disso, e Ario ganhou ainda mais pontos comigo (a essa altura, não tem mais ninguém competindo com ele ao posto de personagem preferido).

 

Tivemos pela primeira vez o Grande Mestre dando alguma ordem produtiva. Claro que isso só ocorreu pela iniciativa de Ario, e movido por uma situação de altíssimo risco, mas ainda assim ele delegou ordens aos dourados - mesmo os que estavam contra ele - com autoridade.

 

O blefe de Nérites quanto a morte de Sertan foi uma ótima sacada. Tudo bem que no clássico personagens sentiam os cosmos de seus amigos desaparecerem mesmo em partes diferentes do mundo, mas dane-se esses detalhes. O atlante mexeu completamente com o psicológico de Ario com uma atitude baixa, mas eficiente.

Bem, sem entrar nos pormenores da ação, achei legal a forma como Ario diversificou seu repertório. O Ciclone Dilacerante teve uma funcionalidade bem interessante, mas que não surtiu efeito. De todas as técnicas, quem diria que a que traria a vitória seria... Pedras Saltitantes. /lua Mas claro, com uma finalidade específica de fazer Nérites receber o impacto de seu próprio ataque.

Porém... Convenhamos, Ario recebeu a Bomba Sônica 47 vezes. Não entendi como ter recebido apenas uma vez fez o corpo de Nérites se partir ao meio. Como você descreveu que a técnica "parecia mais estrondosa do que nunca", interpretei que era uma versão BEM upada do ataque.

E putz, foi legal demais Ario derrotá-lo. Já vinha dizendo que Nérites tinha dado o que tinha para dar, mesmo com a ressalva de sua nova faceta demonstrada na interação com Pítia. E morreu nas mãos do meu personagem preferido. /luanegra popopopopo

 

Ao ser confrontado, o Grande Mestre usou um argumento até sensato: Ario provavelmente não teria sucedido, não fossem os sacrifícios de Ras e Tamuz. Ainda assim o capricorniano nem deu bola e seguiu suas ameaças ao patriarca. Acrux ressurge para revelar a verdade sobre Sertan. Foi legal rever o cavaleiro de Cruzeiro do Sul após tanto tempo.

 

Curioso que Ario pergunta ao GM o que os impediria de agir, agora que Nérites havia morrido, e o ancião simplesmente se desvia do assunto. Há mais algum porém que o impede de tomar alguma iniciativa? Afinal, teoricamente o que os 'aprisionava' no Refúgio era o receio de serem percebidos pela Pedra de Nereu, e então caçados por Nérites. /pensa

 

Libânia surge nos aposentos de Ario para oferecer.... seu apoio. zzzz Não tinha coisa mais interessante para oferecer, não? /evil

 

Bom, não deixa de ser algo muito bacana, e que reforça minha shippagem com força. Embora que enfim, vc já demonstrou que não vai ter focos românticos na fanfic, então o máximo que poderia haver seria uma cena rápida ou algo assim. Mas já seria satisfatório caso... consumassem a shippagem. /sex e se ele tem 29 anos e ela tem 34, tá super de boa. Achava que a diferença fosse maior.

 

Seguindo, a pisciana lhe deu o impulso de coragem que faltava para assumir uma postura pró-ativa. Quando ele disse que não se aliaria a Sertan, fiquei me perguntando o que diabos iria fazer. E eis que... quer invadir Atlântida. À primeira vista não consigo pressentir nada positivo vindo disso. Parece uma missão suicida e que resultará na morte tanto de Ario como de todos que o seguirem. Torcerei demais para que não seja o caso, claro.

 

Safiya tem mais um surto mental e deu um rage quit na coisa toda. Pavel também não se aliou a ninguém no momento, indo se aconselhar com seu mestre. Arkab e Gerd permanecem com o Grande Mestre, que nitidamente tem um grande motivo para permanecer de mãos atadas e que deve ser um dos principais plot twists desta Parte 2 da sua fic. Ainda assim, ele se mostra em dúvidas quando conversa com Arkab posteriormente.

 

Ario também deve ter alguma carta na manga, ou algum plano que não torne a ofensiva aos reinos de Poseidon algo tão kamikaze quanto parece.

 

Por fim, temos a conversa de Propus e Arkab. O geminiano revela que, além de comprovar que aquela Atena era realmente a reencarnação da deusa, descobriu muitas outras coisas. Arkab não tinha como se lembrar de nada por conta de um bloqueio mental provocado por Propus (mais uma habilidade de dimensões quase divinas do protagonista, juntando com a Oblivion Fangelsi, seu controle de dimensões, Satã Imperial e etc. Vai ser overpower assim lá na fic do Ninos /lua).

 

Enfim, não descobrimos quais foram as coisas que Arkab descobriu quando estava sob o comando de Propus, mas foi algo que provou que ele havia "sido um idiota a vida inteira". Tentando interpretar, vejo que sua lealdade cega ao Grande Mestre e ao conceito do Refúgio foi uma grande furada. Mas tá, pode ser outra coisa.

 

A invasão de Ario, como sempre completamente premeditada, pensada, arquitetada, conduzida, etc e etc etc pelo Propus, irá... Bem... Irá ser útil aos planos do Propus. /luanegra Enquanto isso, Arkab se comportará falsamente da mesma maneira de sempre, vigiando o GM e protegendo Atena de algo que talvez vá além de meros ataques atlantes.

 

Bem, a trama se abre de forma grandiosa neste momento, e já fico na expectativa do que está por vir com tantos eventos importantes ocorrendo em paralelo. Pítia em Atlântida, Sertan e sua Legião, Pavel indo até seu mestre, Safiya agindo por conta própria, o Refúgio, a frente de Ario e Libânia, Propus... Fico imaginando de que forma tudo isso vai se cruzar.

 

Por hoje, fico por aqui. Em breve me atualizo do capítulo 13.

 

Há braços Ninos!

Editado por bizzyderyck
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Olá Bozzy,

Achava que não ía ter ver mais. kkkk. Acho que fosse um dos primeiros a ler o capítulo na realidade, mas "kagahasse", talvez por isso algumas coisas comentasse errado. kkk

O Capítulo 11 teve o foco nas lutas contra Nérites, enquanto o Capítulo 12 não. Mas se estás com saudades de capítulos de trama mesmo, teremos uma sequência desses a partir de agora. Depois as batalhas voltam.

Quanto à questão de um contra um, é meio difícil os cavaleiros certinhos do refúgio não respeitarem pelo menos um pouco. Se fosse o Arkab e o mestre, ou até Safiya, que interferiram em batalhas até vai. Mas na maioria eles tem um código de honra. Eu achei que devia respeitar. Fora que, se todos lutassem juntos, ia ser mais na caruda que Nérites fosse perder.

Sendo a Deusa da Guerra, não vejo porque ela não possa lutar para se defender ao menos, como POseidon fez no clássico. A Saori não luta porque nunca treinou seu cosmo direito, na minha opinião e isso eu acho uma falha da história. Ela poderia lutar. A diferença é que a desvantagem de ser um Deus nesse caso é que estão em corpos humanos, podendo ser selados, como foi o que aconteceu agora e lá na parte 1 com Altevir.

Hypsea é uma enviada marina, não uma nereida :/ olha a desatenção!

E acho que ela estava pronta para a morte mesmo ao acompanhar Nérites ao invadir o refúgio.

Que bom que gostas assim do Ário! Achava que o teu personagem favorito era o Fáon, mas tudo certo. Eu prefiro bem mais o ÁRio também.

Primeira vez? Não te esqueces de quando mandou Tamuz projetar uma Atena falsa para enganar Nérites e injetou sangue da mesma no bebe sem cérebro. Ele não é tão inútil assim.

Não sei se foi blefe ou extremo egocentrismo do atalnte. Apesar do que, com a sequência de ações da Legião de Atena e com as profecias de Nereu, eu também tenho grandes convicções que foi um blefe.

Como eu falei, a cena das Pedras Saltitantes foi uma das primeiras que eu imaginei de Atlântida. Eu achei que o guerreiro Nérites só seria derrotado com a própria técnica e, como em Lost Canvas, a Excalibur pode cortar até corpos parciais de deuses, porque não poderia cortar o filho de Nereu?

E correção! Ário venceu com a Excalibur, Nérites não caiu só pelo próprio golpe, tanto que Ras tentou algo parecido, mas não teve forças suficientes para contra-atacar da mesma forma que Ário.

Que bom que gostaste da cena. kkk


Tu que falaste isso uma vez, do Nérites ser destruído aos poucos e eu ri, porque essa parte já estava escrita e falasse exatamente o que era. Nérites estava surdo e parcialmente cego, logo não notou que Ário surgira para lhe contraatacar, ou então duvido que receberia o golpe.

Acruz teve seu destaque antes, mas legal que apareceu de novo. Apesar de ter sido um banana e um crianção antes, ele é um personagem interessante, ao menso eu considero.

A questão é... agir como? O ÁRio ficou pensando também. Talvez o mestre não tenha o suficiente para tomar alguma atitude inteligente kkk. OU sentão é convarde.

Como não vai ter focos românticos? Propus e Mona, Propus e Henrike, Febo e Galateia, Acrux e Rebecca, Fáon e Wezn, Deolinda e Spoio, Ichos e Berílio. Eu mudei bastante essa concepção e estou inserindo vários. Apesar de não rolar nenhuma putaria escancarada, to botando mais relações.

PAvel pensou a mesma coisa, por isso escapuliu. Safiya, como falaste, teve um surto e acho que Libania ter tirado a máscara tirou um pouco da credibilidade dela em relação à escorpiana. Mas Ário vai com muitos cavaleiros. Veremos o que vai dar.

Quanto ao mestre, eu sempre respondo isso. Acho que se ele fosse um traidor, já teria entregado Atena há muito tempo para Poseidon.

Po, não vejo nada muito diferente do Saga por exemplo: controle mental, habilidade de criar labirintos, ilusões e ir para outras dimensões. E eu acho que o bloqueio mental faz parte de um controle mental (só lembrar do que o Defteros fez com o Dohko em Lost Canvas). A única técnica nova do Propus que difere da constelação foi essa técnica, que eu não achei nada de mais.

Como eu falei, eu nem elenco o Propus como um dos personagens mais fortes, tanto que ele só venceu o Yuri após tomar um taco. Digo que qualquer membro da Guarda de Ouro teria plenas condições de vencer o Propus em combate, ou qualquer outro cavaleiro de ouro.

Não sei a qestão do Arkab, tem que perguntar para ele, já que ele só resmungou, mas também não falou nada.

E agora tu falaste algo que não foi falado. O Propus revelou que quis acabar com o Grande Mestre e que quis se banir do refúgio, por isso fez tudo isso. Tanto que ele falou que foi uma participação involuntária de Ário. OU seja, se o que o Propus disse for verdade, ele não teve nada a ver com isso (tanto que falou que poderia ter salvo Atena, transportando para outra dimensão a qualquer hora).

Também acho que Atena deverá ser protegida não de apenas ataques atlantes.

Sim, agora tem oitocentas mil frentes, como tu gostas. kkkk. Tentarei abordá-las bastante. E não esqueça da própria Atlântida, com Febo, Gale, Íchos e cia.

Valeu então Bizzy, espero o próximo comentário!

Abraços



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Valeu pela resposta rápida, Ninos.

 

Cometi uns deslizes mesmo, mas algumas desatenções foram só na hora de digitar (tipo ter trocado Hypsea de atlante para nereida, por exemplo).

 

Sobre você não ter focos românticos, não quis dizer que não há casais, e sim que o foco nisso é curto e objetivo - tanto que eu mesmo disse que se for haver algo entre Ario e Libânia seria algo breve, já que é como normalmente tem sido. Tipo, não há todo um desenvolver dos casais e tal, um progresso da "tensão" entre os dois e tudo o mais. Mas eu já me contentaria com Ario e Libânia tendo algo na linha dos outros romances da fic. E agora que eles terão bastante tempo juntos, tou na torcida mais do que nunca ahuahua.

 

Gosto bastante do Fáon, como bem sabe, mas em uma escala completamente diferente de Ario, até considerando a importância e o potencial de cada um na trama central.

 

Qualquer um da Guarda de Ouro venceria o Propus? Sdds Alhena. /lua

Editado por bizzyderyck
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Entendi os teus pontos de vistas... quanto aos personagens OP:

*Tamuz tinha o poder de criar vida e diversas habilidades de todo o virginiano, que são já por si só apelonas

*Feres controlava a gravidade, tinha as armas perfeitas de defesa e aguentou o aumento do próprio peso em dezena de vezes

*Ras tava doente e morreu rápido, mas conseguiu vencer Tejat, que também era geminiano

*Libânia sobrepujou Alhena num breve confronto, pode erguer uma vegetação do chão, fora a diversidade de venenos que carrega.

*Sertan... é Sertan!

*Alhena venceu Propus, tá certo que elenão era um dourado, mas no confronto das explosões, Alhena saiu vencedor, mesmo o adversário sendo o filho. kkkk

 

Sei lá, como escritor mesmo, eu nunca planejei realmente o Propus como o mais forte de todos, nem de longe. Eu mantive as características de golpes dos geminianos, só isso.

Editado por Nikos
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Gostei das interações entre Gerd e os dois Cavaleiros de Bronze tanto quanto do barqueiro com o bardo.

 

Além de muito bem construídas do ponto de vista literário sua fluidez se deu de maneira espontânea e agradável.

 

Os cenários também tiveram seu destaque e nesse ponto, ressalto a maneira como o autor, mais uma vez, nos apresentou o dia a dia em seu ‘mundo’, sem que isso soasse desinteressante, conferindo toda uma aura de ‘realidade’ as pessoas e ao próprio lugar.

 

Fiquei boquiaberto quando a colônia de Dóris, descrita em pormenores em diversas linhas, acabou inadvertidamente voando pelos ares.

 

Sem dúvida não esperava por isso e aqui parabenizo o autor por conduzir toda essa ação de maneira tão espetacular e envolvente.

 

Quanto aos personagens...

 

Um pouco mais nos foi apresentado do Cavaleiro de Ouro de Touro.

 

Apesar de tratar apenas de algumas ‘pinceladas’ deu para vislumbrar um pouco do que ele era e do que se tornou agora.

 

Muito disso graças ao seu falecido mestre Ain.

 

Os Cavaleiros de Bronze de Lince (que pelo nome, Essoby, me trouxe a recordação do Atlante de Tritão da fic do Paulo Pinheiro chamada de Nova Era Diluviana) e Rio (que imagino se tratar da constelação de Erídano) serviram bem ao propósito de proporcionar os ‘ganchos’ para a exposição de Gerd.

 

Não há muito que falar deles, além disso.

 

Um personagem que simpatizei muito foi o barqueiro Chilon.

 

Além dos antecedentes bem trabalhados conseguiu esbanjar simpatia.

 

Fiquei aliviado quando este conseguiu sair de Dóris antes que a mesma fosse devastada.

 

Para encerrarmos, preciso dar créditos há algo que já vem sendo trabalhado aqui e que muitas vezes acaba eclipsado, me refiro ao fato de tanto Cavaleiros e Marinas terem suas existências desnudadas para todos em geral.

 

É muito interessante acompanhar as pessoas comuns falando deles e inclusive lamentando suas perdas.

 

Cria toda uma singularidade para Atlântida já que algo do tipo é bastante raro de proceder nas franquias de Saint Seiya onde seus personagens agem a sombra da ignorância da sociedade convencional que nada sabem deles.

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Olá Leandro!

Obrigado pelos elogios quanto às interações em todo o capítulo, principalmente nas daus partes. Esse arco será bem focado nessas interações, não deixando de ter história.

Que bom que não se tornou desinteressante, eu achei que o pessoal acharia morno, por isso coloquei o arco inteiro em PDF, para quem quisesse ler de uma vez.

Posentão, quem esperaria, apesar do Chilon ter dito que tinha medo da Legião de Atena. Quem diria que, na realidade, a ameaça viria de alguém que ele estimava e não de fora?

Obrigado opelos elogios nessa parte da forma de condução!


Falando dos personagens, Gerd ainda será mais desenvolvido, principalmente dessa parte com Ain. Conheço o Paulo Pinheiro pelo Orkut, apesar de não ter lido a fic dele, mas que coincidência então. Ou não tanto, já que a maioria dos meus personagens tem nomes gregos, o que facilita essas igualdades.

Que bom que simpatizasse com o Chilon, eu também gostei de criá-lo. Ele tem uma aura interessante. Sim, eu acho que Propus não mataria uma de suas fontes de informações de Atlântida, não é mesmo? Por isso acho que ele realmente esperou Chilon deixar o perímetro.

Que bom que gostaste dessa parte. As ações da guerra refletem no cotidiano das pessoas. Os atlantes e colonos temem as perdas dos generais, deve ser difícil lidar com isso.

Sim, apesar de não ter tanto tempo para trabalhar com pessoas comuns, porque se não haveria ainda mais personagens do que já existe. É uma pena, mas tento fazer na medida que dá.


valeu então pelo comentário Leandro! Abraços

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  • 2 semanas depois...

 

  • A armadura de Cruzeiro do Sul não se baseou na do Anime porque sempre imaginei ela azul. Não consigo vê-la vermelha de forma alguma.

 

Algo assim?

 

crux_khraistos.jpg

 

 

Obs: lerei e comentarei o capítulo 13 até o fds!

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BALANÇO: CAPÍTULO 13

Novo balanço,com resumo em texto, personagens e curiosidades.

 

Resumo

Gerd de Touro foi incumbido de levar os seis cavaleiros aliados ao Grande Mestre para um novo lugar do refúgio, mas sua liderança segue sendo contestada. Essoby, o cavaleiro de bronze de Lince revela que todos desconfiam que ele tem algo com o desaparecimento do antigo veterano Ain de Touro, que sumiu misteriosamente. Gerd diz que Ain não era a pessoa valorosa que todos imaginavam, mas nega qualquer envolvimento.

Elma de Rio, a companheira de treinamento do taurino surge e o consola. Gerd afirma que tem que seguir esse caminho porque desconfia de uma armaão de Propus. Elma diz que talvez ele estar ali já seja parte dos planos do geminiano, deixando oa migo ainda mais confuso.

Ela se retira e vai para uma encosta, quando sua mente é invadida por Propus. Elma confirma ao dourado que tudo está correndo conforme ele previa.


Na colônia atlante Dória, Chilon, um dos velejadores mais famosos do Império está pronto para mais uma viagem, quando um jovem bardo aparece, cumprimentando-o após quatro anos. O músico agradece pela disposição do barqueiro e por sempre atualizá-lo das situações de Atlântida. Chilon revela que Nérites está morto e que um novo general assumiu enquanto ele estava no Norte. O bardo fica assustado com tudo isso e consola o viajante.

Após uma coversa, Chílon se retira, pronto para mais uma viagem, dizendo temer um ataque da Legião de Atena. Diante disso, o bardo sai da cidade e utiliza a Explosão Galáctica, devastando completamente a colônia atlante. No mesmo instante, Sertan aparece e questiona o bardo do motivo de ele ter usado a assinatura sem autorização. O músico se revela como Propus de Gêmeos e diz que quer fazer parte da Legião de Atena.

Personagens

 

Gerd de Touro: Cavaleiro extremamente baixo, loiro de olhos verdes. Foi discípulo de Ain de Touro, que desapareceu misteriosamente. Possui uma personalidade extremamente serena, dificilmente perdendo a calma. Parece agir com racionalidade, não se levando pelos impulsos do momento.

 

 

Elma de Rio: Amazona de bronze que treinou junto com Gerd, também sofrendo nas mãos de Ain. Possui a pele e cabelos negros, sendo mais alta que o taurino.

 

Essoby de Lince: Cavaleiro de bronze alto, com olhos verdes e cabelos castanhos claros. Acredita no Grande Mestre, mas não aceita a liderança de Gerd, pois desconfia dele.

 

 

Chilon: Velejador muito famoso em Atlântida, apesar de jamais ter se tornado um marina. Responsável por uma rede de informações no Império invejável a qualquer um.


Propus de Gêmeos: Cavaleiro de ouro misterioso. Se disfarçou de bardo para obter informações de Chilon durante vários anos.

 


Curiosidades

  • O Propus se disfarçar de Bardo foi uma homenagem à série de livros: Rangers, a Ordem dos Arqueiros, onde o protagonista utiliza-se dessa tática para se infiltrar num feudo do norte.

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CAPÍTULO 14

Sertan ouviu aquela proposta e, parecendo intrigado, ergueu a sobrancelha direita. Transmitia um desprezo no olhar que era complementado pela sua eterna face de mau humor. Seu corpo, no entanto, não deixava de transparecer uma imponência. Descia suavemente do céu, trajando a brilhante armadura de ouro de Câncer. Seus cabelos negros e grossos permaneciam imóveis, mesmo com a brisa noturna, fato que o deixava com uma aparência ainda mais sombria.


Propus mantinha-se impassível e imóvel, não parecendo estar surpreso ou temeroso diante daquela figura que pousava cautelosamente no chão, como se tivesse a capacidade de voar. Mantinha a mesma expressão enigmática de sempre, demonstrando apenas um sorriso que, segundo a análise de Sertan, aparentava ser um esboço de satisfação.


Chegando ao chão, o canceriano fitou Propus de forma reprovativa, agitou a mão e, no mesmo instante, a fumaça que continha as inscrições se dissipou em meio à névoa da noite. O geminiano continuou estático, sem dizer ou fazer qualquer coisa.


– Queres fazer parte da Legião de Atena? – perguntou Sertan com ironia, enquanto caminhava ao redor de Propus. – Então foi por isso que destruíste toda esta cidade? Somente para chamar a minha atenção?


– Uma pessoa inteligente quanto o senhor sabe que não foi só por isso. – rebateu Propus, se curvando como se estivesse sendo submisso. – Apenas quis mostrar que, com a destruição de Dória, posso ser de grande serviço para a Legião de Atena.


– Tolo… então foi por isso que mataste milhares de pessoas? Apenas para mostrar serviço? – Sertan arregalou os olhos negros, que cintilavam, demonstrando cada vez mais desprezo.


Propus concordou com a cabeça, dando dois passos para trás. Sertan se aproximava e, mesmo com a estatura menor que a do geminiano, não deixava de se mostrar extremamente mais imponente e amedrontador.


– Pensei que o senhor não ligasse para os habitantes das colônias, tendo em vista a maneira como a legião age. – rebateu Propus, com uma leve ironia na fala. – Por que isso o incomoda tanto?


– A destruição das colônias exige uma estratégia e serve para abalar o Império. Essa não era a hora de atacar Dória! Tu estragaste tudo! Mas o que esperar de alguém com a tua origem nojenta?


Sertan apertou o dedo entre as mãos, elevando o cosmo rapidamente. Ao mesmo tempo, várias manifestações de espírito começaram a rodeá-lo, produzindo um leve brilho que deixava a face do canceriano alva e macabra. Propus respirou levemente e não se abalou, mesmo com as tentativas do irmão de Ário de amedrontá-lo.


– Eu olho para ti e vejo Alhena e Tejat! – Sertan olhava para Propus, parecendo fulminá-lo a cada instante. – A loucura e prazer da destruição de um, com a frieza e manipulação do outro. E tens um quê a mais que te torna ainda mais perigoso.


– Isso não vem ao caso, não é? – argumentou Propus, olhando de um lado para o outro para as manifestações de alma que continuavam a se espalhar. – O senhor quer alguém útil para liquidar com Atlântida e com as colônias e eu tenho certeza que posso ser essa pessoa. Mas há alguma coisa que te impede não é?


– Achas que eu vou confiar em ti? Sabes que eu conheci bem Alhena e Tejat e nenhum dos dois merecia consideração alguma. – rosnou o canceriano apontando a mão para frente. – Ou pensas que eu esqueci aquela vez, há sete anos, quando estavas a sós com Atena, olhando-a perversamente? Se eu soubesse na época quem tu eras, teria feito mais que apenas te derrubar..


– Eu desconfiava do Grande Mestre e não tinha certeza se ela era Atena. – justificou Propus, deixando o alaúde que segurava cair no chão e postando as mãos em forma de defesa. – Eu confirmei que ela era nossa Deusa de fato, mas também descobri muitas coisas contra o Grande Mestre. Essas informações podem te ser úteis não?


– Isso não interessa! – Sertan fechou os olhos e concentrou ainda mais energia nas mãos. – Eu não preciso de informações sobre o Grande Mestre para saber que ele não presta. E o fato de ele ser uma pessoa desprezível não me fará confiar em ti. Assim como Alhena e Tejat, tua existência deve ser varrida! Farei o que deveria ter feito há anos, quando fui impedido! CHAMAS DEMONÍACAS!


Uma massa ectoplasmática pousou na mão de Sertan e, com um estalar dos dedos, ela se incendiou, formando uma grande bola de fogo azulada. Ao mesmo tempo, todas as demais almas entraram em combustão, produzindo um espetáculo luminoso.


A um movimento, Propus saltou, desviando daquela orquestra incandescente. Ainda com as roupas de bardo, ele desceu ao chão ao lado de Sertan, pronto para se defender. Mantendo o controle da situação, o canceriano agitou o dedo para o lado e, rapidamente, enviou suas chamas, atingindo em cheio o geminiano.


Propus gritou de dor, tendo a pele queimada por aquelas chamas, bem como suas roupas. Sertan permanecia sério, agitando o dedo de um lado para o outro, ainda enviando mais almas para atingir o jovem cavaleiro de Gêmeos.


De repente, num reflexo, o canceriano se virou para trás e ergueu a mão, segurando o pescoço de Propus, que surgira repentinamente atrás dele. Os olhos de Sertan fervilhavam, brilhando com o reflexo das chamas que dançavam no lugar.


– Achas que eu iria cair nessa ilusão? – disse Sertan, segurando com força o pescoço do geminiano, produzindo uma bola de fogo na outra mão. – Eu conhecia os truques de Tejat e não será um jovenzinho que irá me enganar e…


Os olhos do canceriano se arregalaram num instante, fervilhando de ódio em seguida. Sem dizer nada, ele simplesmente largou o geminiano no chão, que se dissipou em seguida, bem como a primeira imagem que tinha incendiado.


– Uma ilusão produzida por outra ilusão. – murmurou Sertan para si mesmo, enquanto ele cessava o seu ataque e abria um portal no céu. – O que será que aquele jovem pretendia? É alguém desprezível como pai, traiçoeiro como o tio e… não posso deixá-lo vivo, muito menos chegar perto da legião.


O portal dos mortos se abriu por completo e Sertan, com um movimento, flutuou no ar, até ser consumido.


Apareceu no esconderijo da Legião de Atena em questão de segundos, como se simplesmente tivesse dado um passo. Vendo que seu mestre chegara, Fáon de Dragão surgiu na entrada da caverna, recepcionando-o com um reverência. Percebendo que o mau-humor do canceriano estava maior do que o normal, o brônzeo permaneceu quieto. Sabia que qualquer palavra que falasse poderia lhe custar o prestígio que possuía no grupo.


Sem dizer uma palavra, Sertan bufou e adentrou na caverna. Fáon o seguiu, também em silêncio.


Passados alguns segundos, uma figura se materializou na entrada, se ocultando em meio à névoa. Possuía olhos profundos e vitoriosos e um sorriso de satisfação nos lábios.


– Então é aqui… obrigado Sertan! Além de me dizeres coisas muito úteis e enigmáticas, me trouxeste até aqui. – comentou Propus. – Finalmente descobri onde é o esconderijo da Legião de Atena!



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Dois garotos se materializaram naquela colina montanhosa, próxima de uma floresta densa. Estavam de pé sobre um terreno plano, próximos a um rochedo. O amanhecer frio continuava presente, mesmo com aquela época do ano, apesar de estar um pouco mais ameno. A brisa forte continuava, agitando os galhos e obrigando os pequenos animais a se abrigarem.


O mais alto deles tinha uma aparência um pouco mais madura. Possuía um rosto de alguém que estava começando a deixar a infância, com cabelos curtos e claros, fatiados ao meio. Seus olhos eram castanhos, praticamente da mesma cor que as pintas que se estampavam na testa. Trajava uma armadura amarela, pontiaguda, sendo composta, em sua essência, por uma proteção leve, típica de guerreiros de bronze. Uma tiara triangular completava a vestimenta.


O segundo rapaz era levemente mais novo, com uma expressão de insegurança quase que permanente na face. Era parecido com o primeiro, mas com um cabelo um pouco mais comprido e olhos mais claros. Não vestia armadura e sim trajes rebuscados, formados por um manto envolvendo o peitoral, botas de couro e vestes de treinamento.


Ambos olham para o sol nascente e em seguida para frente. Um leve sorriso começou a ser esboçado em suas faces, sinal de que haviam chegado mais cedo do que o previsto. Aliás, nem o seu mestre estava lá para o dia do treinamento.


Antes que pudessem comemorar mais um pouco o descanso antes da dura manhã, um homem de armadura prateada surgiu no topo do rochedo. Olhava para eles de forma satisfatória, mas sem perder a severidade. Nem o forte vento que agitava seus claros cabelos longos parecia tirar-lhe a pose intocável e imponente.


– Mestre Indru, que bom que o senhor veio! – cumprimentou o mais alto dos dois, fazendo uma reverência. – Vikas, o mais novo cavaleiro de bronze de Triângulo, está pronto para mais um dia de treinamento.


– E eu… Navin, aprendiz de cavaleiro, também estou pronto. – disse o mais novo, um pouco corado.


– Estou vendo, mas onde está Pavan? – perguntou Indru, erguendo a sobrancelha. – Ele já é um cavaleiro há algum tempo e deveria estar aqui para me ajudar com o treinamento de vocês dois… especialmente o teu, Navin.


Os dois jovens fizeram um sinal de desconhecimento e Indru deu uma risada pela pergunta absurda. Os garotos não moravam com Pavan há algum tempo, mesmo antes da época em que o mesmo havia se tornado cavaleiro. As mudanças de rumos no treinamento dele haviam lhe obrigado a tomar direções diferentes e, com isso, assumir uma nova residência e uma nova missão.


Indru mordeu os lábios, um pouco preocupado. Não conseguia deixar de pensar em Pavan como seu aprendiz, mesmo ele já tendo se graduado há uns dois anos. O jovem havia sido o primeiro a ser treinado e tinha um grande potencial, principalmente com o teletransporte.


Tentando esconder a preocupação, contudo, Indru bateu as palmas e sinalizou o início do treinamento. Vikas e Navin concordaram, um pouco receosos. Gostavam da presença de Pavan, porque ele era sempre a inspiração de ambos.


Não demorou mais que alguns minutos e Indru ergueu a mão, apresentando um sorriso. Uma gigantesca flor rosada se abriu próximo da floresta, revelando um jovem de cabelos lisos e longos, que trajava uma armadura prateada, rodeada por um manto violeta. Expressava um ar sereno e calmo, o que era intensificado pelas pequenas flores que o rodeavam.


– Pavan! – exclamaram Vikas e Navin juntos, ao mesmo passo em que o cavaleiro caminhava sorridente em direção aos antigos amigos e ao antigo mestre.


– Por que demoraste tanto, Pavan? – perguntou Indru, também se aproximando. – O que aconteceu?


– Eu demorei porque estava resolvendo um assunto que é do interesse de todos. – respondeu o adolescente recém-chegado, ainda sem perder completamente o ar infantil.


– Interesse de todos? – questionou Indru, um pouco desconfiado.


Sem dizer nada, Pavan estalou os dedos, fazendo mais uma flor rosada brotar no chão. Ao mesmo tempo, uma figura feminina se materializou. Trajava uma armadura dourada, possuindo cabelos claros, indo até o pescoço. Possuía as duas pintas avermelhadas na testa, características de habitantes da região. Contudo, o que mais se destacava na sua face era os seus olhos castanhos vivos.


Ao ver aquela figura e aqueles olhos novamente, Indru corou quase que num instante. Navin e Vikas a olharam, tentando reconhecê-la e só se deram conta quando viram a armadura de ouro. Nunca haviam visto aquela figura sem a máscara, o que causou grande estranhamento.


– Olá, Indru! – cumprimentou Libânia de Peixes, acenando brevemente. – Que bom te ver de novo!


– O que fazes aqui? – perguntou o prateado se aproximando, um pouco encabulado, não deixando de fitar os olhos delas. – Vieste ver como Pavan está?


– É mais drástico do que isso! – respondeu a pisciana, com uma expressão séria, andando para o lado e levando Indru para longe dos aprendizes. – Quero que te unas aos cavaleiros em uma invasão contra Atlântida!


Indru arregalou os olhos com aquela proposta e, como instinto, deu um passo para trás. A ideia de invadir o coração do Império Atlante era algo tão ilusório e distante que jamais havia passado na sua cabeça. Ao mesmo tempo, representava um sinal de esperança e finalmente, de atividade. Durante séculos, os cavaleiros permaneceram escondidos, apenas morrendo e sucumbindo às forças de Poseidon. Essa proposta significaria, acima de tudo, uma libertação.


Apesar dos benefícios e do sinal de esperança, a missão ainda soava como suicida. Indru sempre ouvira que ninguém jamais conseguiu chegar ao centro do Império para enfrentar Poseidon de frente. Além dos generais marinas, havia um exército formado por Nérites e demais Nereidas.


Tentando amenizar suas dúvidas, Indru olhou novamente para Libânia. O olhar decidido e imponente da amazona logo o convenceu. Não imaginaria como poderia recusar um pedido desses, ainda mais de quem veio.


– Eu irei contigo até onde for preciso! – respondeu o cavaleiro de Compasso, com os olhos brilhando.


Convicto, Indru olhou a pisciana nos olhos. Havia visto o rosto dela pouquíssimas vezes e o achava cada vez mais magnífico Durante o período em que ela treinou Pavan, nunca se aproximava com frequência e, quando o fazia, estava sempre de máscara. Agora, com o rosto descoberto, exercia, na sua mente, uma atração extremamente forte.


Num impulso, Indru avançou a mão e tentou tocar na dela. Entretanto, no mesmo momento, a pisciana desviou o olhar e afastou o braço, virando o corpo de costa para o cavaleiro de Compasso.


– Não adianta, Indru, eu sou uma guerreira, não acontecerá nada entre nós. – alertou a dourada secamente, sem olhar diretamente para o prateado.


– Então por que tu não me dizes isso olhando nos meus olhos? – perguntou Indru, pegando no braço dela.


Parecendo ceder às provocações, Libânia se voltou novamente. Indru gelou o corpo no mesmo instante. Os olhos da pisciana estavam firmes e severos, demonstrando uma seriedade e indiferença que ele jamais pensou ver na amiga. Era como se o coração dela estivesse completamente fechado.


– A pessoa que me ensinou a arte de consertar armaduras, aquela que eu herdei o posto de Mensageiro de Gaia, nutria um amor obsessivo por mim. – revelou Libânia, se aproximando do amigo. – Ela foi como uma mãe para mim, mas agia de forma completamente impensada para me ver feliz. Seus atos incluíram coisas que eu nem posso citar.


– O que está dizendo, quer dizer que o verdadeiro Mensageiro de Gaia era uma mulher e ela te criou? – perguntou Indru, espantado. – Mas o que aconteceu com ela?


– Não resistiu, mas isso não vem ao caso. – continuou a pisciana, olhando para o chão. – Depois de eu ter visto as consequências desse amor, eu fugi de qualquer sentimento obsessivo. É claro que acabei recebendo a capacidade de carinho e cuidados que minha mãe me passou. Por isso nutri um sentimento maternal por Alhena e agora por Ário. Entretanto, fechei meu coração para as paixões, pois elas podem me levar a coisas que não gostaria de fazer.


– Nada pode vir de ruim do amor, Libânia! – insistiu Indru, com uma voz um pouco choramingando. – É só tu dares uma chance para ti mesma.


Encabulado, Indru olhou para o lado, enquanto Libânia permanecia séria, com um olhar levemente entristecido.


– Isso não vem mais ao caso, amigo. Vamos discutir o que vim te propor. – antecipou a pisciana, deixando Indru ainda mais abatido.


– Disseste para invadirmos Atlântida. Isso é fantástico, mas ao mesmo tempo imprudente. – respondeu Indru, tentando mudar o foco dos seus pensamentos. – Não acredito que o Grande Mestre tenha tido essa ideia.


Libânia suspirou e contou tudo o que acontecera no refúgio, desde as intrigas e acusações entre Propus e Arkab, até a derrota de Nérites e a rebelião de Ário. Indru ouvia tudo com atenção e não menos com empolgação. No fundo, admirou muito o cavaleiro de Capricórnio, que desconhecia. Alguém ir de encontro com o Grande Mestre era algo que muitos desejavam, mas poucos teriam coragem de fazer.


– É claro que eu vou contigo, Libânia! – concordou Indru, apertando o dedo entre as mãos. – O nosso mentor, Kullat de Peixes, sempre desconfiou desse Grande Mestre, por isso nunca revelou a nossa existência diretamente, nem nossos treinamentos.


– Sim, ele mantinha uma relação formal, mas ainda cheio de segredos. – confirmou Libânia. – O Grande Mestre simplesmente aceitava e mandava as armaduras, mesmo com todo o mistério.


– Está certo, amiga, vou falar aos meus aprendizes e podemos partir hoje mesmo.


– Ário e os outros estão terminando a embarcação. – afirmou a pisciana. – Será questão de dias até chegarmos a Atlântida.


Indru sorriu e, juntamente com a pisciana, voltou ao encontro dos aprendizes.


Para a surpresa do cavaleiro de prata, os jovens estavam treinando, mesmo sem sua guia. Navin seguia evoluindo seu teletransporte, com desafios impostos por Pavan. Enquanto isso Vikas praticava sozinho sua capacidade de mover o máximo de elementos possíveis com as mente.


– Fico feliz que estejam praticando suas habilidades. Eu vejo que evoluíram muito. – aplaudiu Indru, seguido levemente por Libânia. – Isso será de grande valia, principalmente porque eu vou deixar vocês agora.


Ao ouvir tais palavras, os três jovens se viraram intrigados. Percebendo a curiosidade dos aprendizes, Indru e Libânia explicaram toda a situação, deixando-os fascinados.


– Eu também quero ir para lá! – afirmou Pavan, se aproximando e seguido num coro por Vikas.


– De jeito nenhum! – avisou Indru, seriamente. – Vocês ainda são muito novos e Navin nem é um cavaleiro.


– Mas eu e Pavan já somos! – defendeu-se Vikas com um olhar indignado. – Eu ainda sou teu discípulo, mas quero lutar.


Indru olhou para Libânia, sem saber o que dizer. Por um lado, não queria colocar em risco a vida dos aprendizes; mas por outro, sabia que não podia privá-los de agirem como cavaleiros. Se o fizesse, estaria sendo tão passivo quanto o Grande Mestre, impedindo os seguidores de agir.


– Vikas poderá ir com a gente! – disse Libânia, tomando as rédeas da discussão. – Ele se tornou um cavaleiro há pouco tempo, mas poderá ser útil. Já Pavan e Navin ficarão.


– Mas… mestra Libânia… – protestou Pavan.


– Quanto a isso, não terá discussões. – afirmou a pisciana, cruzando os braços. – Eu não te treinei na arte de consertar armaduras por mais de dois anos para desperdiçares esse segredo arriscando a vida em uma batalha. Agora és o cavaleiro de prata de Lótus e por isso deves ensinar a Navin a prática do conserto, as habilidades telecinéticas e as de combate.


Pavan olhou para o lado de forma descontente, mas aceitou. Inseguro, Navin respirou levemente aliviado. O pequeno sabia que não estava pronto para batalhas e ficou feliz que pelo menos seu amigo iria ajudar no treinamento. Por outro lado, Vikas se sentia completamente entusiasmado, mas tentava esconder, em vão, para não magoar o amigo mais velho.


Resolvidas as discussões, Indru deu as instruções finais para os jovens e, minutos depois, esticou o braço em direção a Libânia. Como num estalo, um brilho prateado os envolveu e ambos desapareceram.

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Com um doce agitar de mãos, a bela mulher penteou mais uma vez seus longos cabelos loiros e agitados. Olhava quase que hipnoticamente para a própria imagem, refletida em um espelho dourado, ricamente decorado com as mais belas pedras preciosas. Nem a pele extremamente branca parecia ser capaz de quebrar o equilíbrio estético que reluzia no reflexo.


Tudo naquele quarto, aliás, beirava a ouro e a demais artefatos brilhantes. A cama onde dormia era recheada de rubis, safiras e esmeraldas, dispostas de uma maneira a formar um belo mosaico luminoso. A estante possuía uma infinidade de joias, como colares, anéis, pingentes, a maioria de ouro, complementadas com gemas a causarem inveja a qualquer criatura gananciosa. Parecia ser um cômodo extremamente diferente de todos os outros dormitórios presentes em Atlântida ou em qualquer outro local do Império.


Um artefato, em particular, parecia atrair mais a atenção da dama do que qualquer outro. Curiosamente, era um pingente de fios, sem qualquer luxo aparente. Apesar disso, ela o olhava fixamente, de maneira a admirá-lo, com seus olhos refletindo algum sentimento diferente. Talvez a simplicidade ou a humildade do objeto, em meio a tanto brilho, tornasse-o tão sedutor, aos olhos da mulher, que trajava escamas escarlates.


Parecendo ter terminado de satisfazer sua admiração, a bela mulher loira guardou o pingente em um jarro dourado na estante, à direita do espelho. Em seguida, voltou a admirar o próprio reflexo, colocando a mão esquerda nos cabelos.


– Ah, Thetis, essa beleza se torna cada vez maior a cada dia que passa. – comentou, olhando para o próprio reflexo, erguendo a mão direita para tocar os dedos nos da imagem. – Eu não posso acreditar que Poseidon possa ter recusado esse corpo para ficar com Anfitrite. Pelo menos ele compensou tamanha admiração com esse quarto recheado de luxo e brilho.


Um suspiro longo foi ouvido após o discurso. Parecendo extremamente abatida, Thetis colocou a mão no próprio rosto, enxugando as gotas de suor que haviam acabado de cair por suas bochechas rosadas. Juntando as forças, ela respirou fundo e se levantou, mostrando um olhar firme e decidido, muito diferente do doce e belo que mantinha minutos atrás.


Sem demorar, pegou uma espécie de concha que havia na estante e empurrou o móvel para trás, sem nenhuma dificuldade. Ela caminhou em volta dele e olhou para baixo. Uma espécie de alçapão de madeira se destacava em meio ao chão. A comandante marina abriu-o rapidamente e olhou para a escada que ligava o dormitório a um local escuro, quase sem nenhuma iluminação.


Thetis desceu pela escadaria, chegando rapidamente a um cômodo, cuja única luz provinha do dormitório acima. Uma mulher, com uma aparência terrível, murmurava abaixo, com as mãos e os pés presos na parede através de correntes.


– É chegada a hora de mais uma visita. – disse Thetis, em voz alta. – Não trouxe alimentos dessa vez, já que vim atrás de informações. Agora tu vais me responder tudo o que eu quero, minha querida prisioneira.


Editado por Nikos
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Capítulo 13

 

Gostei bastante do começo, bem parado, focado no Gerd. Era, querendo ou não, o único Cavaleiro de Ouro que não havia recebido destaque na trama. Curti a personalidade dele, calmo, sereno, raramente se exalta. Pacífico. Achei interessante também envolver o sumiço de Ain com ele. Aliás, detestei o Essoby. De cara achei que ele seria um personagem de apoio legal, mas não gostei nem um pouco do modo dele acusar o Gerd. Espero que morra lentamente.

 

Elma. De Rio. A constelação dela é Erídano, certo? Me confundi durante a leitura. Ela expôs a Gerd um outro ponto de vista sobre a situação. Gostei dela, porém, pelo que pude perceber, ela está sendo manipulada desde o começo pelo Propus. Propus que, por sinal, tá caminhando a passos largos pra ser o maior vilão dessa fic. Ele impõe mais terror e ameaça do que o próprio Poseidon. A trama chega a um ponto em que temos que duvidar ainda mais de todos os personagens, pois não sabemos se eles estão ou não sendo controlados pelo Cavaleiro de Gêmeos, que aliás, pelo menos no quesito manipulação e uso de técnicas mentais, honra sua constelação e os representantes vindouros oficiais.

 

Gostei também da inserção do Chílon. Eu sou fã de personagens que não são guerreiros, nem tem habilidades bélicas, mas que são importantes para a trama. Parece que ele é o maior/melhor fonte de informações para os Marinas, já que ele sabe de tanta coisa que fica 'por baixo dos panos'. O tom casual da conversa me agradou bastante, pois também curto bastante conversas entre civis comuns, pois mostra que todos os eventos afetam também personagens de fundo, dando um tom mais humano a toda a guerra e suas consequências.

 

Só não esperava que... Er... O aprendiz lá fosse Propus e que ele destruiria a cidade em um piscar de olhos, usando a assinatura da Legião de Atena. De imediato estranhei, mas Sertan chegou logo pra perguntar "QUERO DIREITOS AUTORAIS", mas Propus já negociou um contrato de anos com a organização. Então fico ansioso pelo próximo capítulo, pois o cliffhanger abriu ótimas possibilidades. Vi que postou o 14, mas comento depois que me responder agora. Abração Ninos, mals a demora e parabéns!

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Capítulo 13 e 14 da segunda parte lida.

 

O décimo terceiro serviu muito para dar mais detalhes da personalidade calma e serena de Gerd e da sua altura baixa, um excelente ponto para a quebra dos estereótipos de CDZ em Taurus, a sua maneira e ações ainda são muito suspeitas por conta das acusações ou não de Essoby de Lince, que grande discussão cerrada e interessante e depois surge uma intriga entre a sua companheira de treino quando ocorreu a separação.

 

Na segunda, o reencontro entre um velho conhecido e um bardo foi muito bom, eu gostei mesmo.

 

Porém, o final é que foi o melhor e com o Propus no seu máximo com um lindo fogo de artíficio.

 

No décimo quarto começou em cheio com uma grande rixa entre Sertan e Propus, parece que o medo que o Cancer teme seja muito real e lógico ao ponto de atacar o jovem Gémeos e também de o querer eliminar para um bem necessário, sendo ele a junção de Alhena e Tejat, a terceira estrela de Gemini.

 

Até que o próprio Sertan foi bem enganado ao ponto de o conduzir para o seu esconderijo.

 

A segunda parte foi bem importante e com grandes novidades e surpresas.

 

Mas a última rebentou com a informação que Thetis tinha uma refém.

 

PS.: Desculpa pela minha demora, tenho tido problemas de ordem pessoal.

 

Fica bem e abraços!

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