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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 2)


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Febo x Sertan

 

To achando que o fim do Sertan esta próximo!

Mano se não me engano no mito não é dito que acho que 5 Dourados invadiram Atlântida e a destruíram. Tu vai contar isso?

 

Sempre achei que o Febo seria um dos últimos marinas a lutar e ele foi o primeiro.

 

Cara monstro esse capitulo!!!

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Capítulo 25 da segunda parte lida.

 

Sertan lutou muito bem contra um oponente que estava bem "adaptado" e condicionado pelo seu ambiente que amplificou muito bem o seu poder e habilidade e ainda somando ao posto hierárquico como General Marina, uma luta bem difícil e desequilibrada.

 

Notei que Sertan ajudou seu irmão mais novo que era inexperiente neste tipo de coisas, no que dizia a respeito de uma invasão mal planeada que custou a vida de alguns Cavaleiros e como ele serviu de isca para puder lutar contra um deles.

 

Imagino o que o Cavaleiro de Cancer vai fazer na sua casa, uma vez que Febo já usou este recurso.

 

Somente saberei o que reserva o próximo capítulo.

 

Parabéns e abraços, mon ami!

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Febo x Sertan

 

To achando que o fim do Sertan esta próximo!

Mano se não me engano no mito não é dito que acho que 5 Dourados invadiram Atlântida e a destruíram. Tu vai contar isso?

 

Sempre achei que o Febo seria um dos últimos marinas a lutar e ele foi o primeiro.

 

Cara monstro esse capitulo!!!

 

E aí Grinlock!

 

Será?

 

Minha fic não se baseia no hipermito, só no clássico mesmo e tem inspirações em LC, mas não faz parte da mesma cronologia.

 

Poisentão, ele acabou endo o primeiro.

 

Que bom que gostaste

 

Abrços e continuamos semana que vem!

 

 

Capítulo 25 da segunda parte lida.

 

Sertan lutou muito bem contra um oponente que estava bem "adaptado" e condicionado pelo seu ambiente que amplificou muito bem o seu poder e habilidade e ainda somando ao posto hierárquico como General Marina, uma luta bem difícil e desequilibrada.

 

Notei que Sertan ajudou seu irmão mais novo que era inexperiente neste tipo de coisas, no que dizia a respeito de uma invasão mal planeada que custou a vida de alguns Cavaleiros e como ele serviu de isca para puder lutar contra um deles.

 

Imagino o que o Cavaleiro de Cancer vai fazer na sua casa, uma vez que Febo já usou este recurso.

 

Somente saberei o que reserva o próximo capítulo.

 

Parabéns e abraços, mon ami!

 

Olá Saint!!

 

Sertan é extremamente habilidoso, mas Febo é igualmente! Os dois estão entre os guerreiros mais completos do seu próprio panteão, o que dá um confronto interessante. Fora que Febo é o mais bem visto de Atlântida e Sertan o mais critcado.

 

Claro, saberás tudo no próximo capítulo (ou não. kkk)

 

Abraços e obrigado pelos parabéns!

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CAPÍTULO 26

Como num estalo, Febo despertou da agonia, sentindo-se livre de todos os espíritos. Sua respiração estava mais leve, tal como o seu corpo. O alívio, entretanto, não tardou a chegar ao fim. O frio era intenso, parecendo ser mantido por uma grande aura de trevas. Quando abriu os olhos, sentiu o corpo paralisar ao ver o local obscuro onde estava, numa espécie de desfiladeiro, onde centenas de pessoas caminhavam num rumo definido, prontas para saltarem num monte.


Num impulso, se levantou e correu para perto do monte e seus olhos se arregalaram. Uma a uma, as pessoas saltavam em cima daquele buraco, gritando de maneira desesperada, até desaparecerem de vista. Possuíam olhos secos e de sofrimento, como se a vida que passaram tivesse sido marcada pela extrema agonia. Febo as observou e seu coração se encheu de receio e emoção. Aquela era uma visão horrível.


Tomado por um senso de justiça, Febo saltou e agarrou o braço de uma delas, mas foi em vão. As forças atrativas do monte eram superiores a qualquer poder, impedindo quem quer que seja de atrapalhar o curso natural da morte. Não demorou e o indivíduo se desgarrou se arremessando para o monte, deixando o general marina paralisado e incapaz.


– Esse é o Yomotsu Hirasaka! No fim, todas as batalhas de Câncer têm que acabar aqui.


Ao ouvir aquelas palavras, Febo se virou intrigado, com os olhos lacrimejando. Sertan flutuava no ar, caindo levemente ao chão, com uma expressão cada vez mais sinistra no rosto. O corpo do cavaleiro estava cheio de ferimentos, fazendo-o cambalear, mesmo no céu, mas isso não parecia abalar sua imponência.


– O Yomotsu é o poço de passagem para o mundo dos mortos. – continuou o canceriano, apontando para o monte. – Aqui é a divisa entre a Terra e o reino de Hades. Aquele que cai no buraco jamais retornará à vida no seu corpo.


– Essas pessoas… estão sofrendo muito! – comentou Febo, emocionado. – Tem atlantes aqui também, eu reconheço pelo emblema em algumas roupas.


– No fim tudo termina na morte, por isso que essa utopia de Poseidon não serve para nada. – explicou Sertan. – Não importa quanta alegria tiveram na vida, a morte dolorosa e sofrida aguarda a todos.


– Isso é um absurdo, não pode ser verdade! – lamentou Febo, enxugando os olhos, tentando não mostrar fraqueza. – Me trouxeste aqui apenas para me atirar até lá? Quero que saibas que eu jamais me entregarei tão facilmente, principalmente para alguém da tua laia!


– Da minha laia? Então achas que és superior a mim só porque vives nesse lugar que dizes ser abençoado? – provocou Sertan, aparentemente de mau humor.


– Achas que eu sou tão baixo assim? – respondeu Febo, se erguendo completamente. – Eu luto pela justiça e jamais deixarei que o mal vença. Eu não mato inocentes para satisfazer minhas ambições. Eu apenas sou um combatente pronto para acabar com aqueles que ameacem a paz.


Sertan elevou o cosmo, fazendo com que mais almas o rodeassem. Seu mau humor parecia estar chegando a níveis nunca vistos, tal como sua impaciência.


– Eu ameaço a paz? É isso que achas? – questionou Sertan, cruzando os braços. – Não foi esse o Império que dizimou grande parte da humanidade há séculos? Que trouxe milhões para sofrerem nesse monte? E tudo isso para nada!


– Para nada? Graças a isso, foi criada uma utopia, um local perfeito, onde todos se respeitam e vivem sem destruir o planeta ao redor. – Febo elevou o cosmo. Lágrimas não mais caíam dos seus olhos e sim uma grande determinação. – Em Atlântida, o amor prevalece e os pecados não são permitidos.


– Só bobagens! Então tu achas que a felicidade existe no Império Atlante? Ela não existe nem na vida e nem na morte!


– O que estás dizendo?


– Sofrimento, luta e então uma vitória; é isso que satisfaz o ser humano. – Sertan abriu os olhos e andou para frente de forma superior. – Ninguém fica feliz recebendo tudo sem lutar. Apenas atingimos um grau de plenitude após conquistarmos algo com muito ardor. Por isso que os deuses jamais entenderão os seres humanos. Por isso que Atena merece reinar de novo. Ela deixa os homens livres para agirem e batalharem pelo que desejam. Os pecados acabam sempre voltando para o pecador. Assim, não aprendemos somente pelo medo, e sim pelos próprios erros.


– Que pensamento sem sentido. Achas então que as pessoas tem total discernimento sobre o que fazem? – rebateu Febo. – Isso é delirante. Fazer os humanos sofrerem para aprenderem ou para serem felizes? Isso jamais será aceito. Isso…


Antes que Febo terminasse de falar, uma bola de fogo emergiu sobre o seu peito, incendiando em seguida. Seus olhos se arregalaram ver que todos os corpos que caminhavam, tombaram no chão com um agitar de dedos de Sertan. Com outra movimentação, todas as almas deixaram os cadáveres e, num espetáculo de luzes, rodearam o general, fazendo um movimento circular.


– É claro que eu não seria tão óbvio de tentar te arremessar para o Yomotsu. – grunhiu Sertan, lançando mais almas ao redor de Febo. – A diferença é que, do contrário do oceano de Atlântida, nesse mundo, quem está com a vantagem sou eu.


– O que?


– CHAMAS DEMONÍACAS! – exclamou!


As almas que rodeavam o marina começaram a girar cada vez mais rapidamente, formando um fluxo rápido, produzindo chamas a cada instante. Logo, um tornado incandescente foi formado, subindo até o infinito do mundo dos mortos. Sertan olhava e ficava satisfeito à medida que Febo resmungava de dor, praticamente sendo completamente incendiado por aquele ataque.


Com outro movimento, Sertan cessou o tornado, tombando no chão pela energia gasta e pelos ferimentos da luta. Em seguida, deu um suspiro sério, saboreando a eventual vitória.


Seu queixo caiu, porém, ao sentir uma poderosa cosmo energia emanando do corpo caído de Febo. Gigantescas nuvens negras tomavam conta do local, produzindo mais uma vez aquele ambiente torrencial e favorável ao marina. Preocupado, Sertan juntou suas energias para se levantar e estava pronto para atacar Febo, que também se levantava, praticamente sem forças.


– Eu não posso morrer! Não posso permitir que pessoas como tu continuem seguindo em frente. Eu preciso me erguer e impedir que esse bando de cavaleiros chegue até o segundo cenário. – rosnou Febo com a voz totalmente falha. – Eu sou um general marina e, se cometi o sacrilégio de deixar que os invasores passassem por mim, ao menos vou liquidar um cavaleiro de ouro.


– Não digas bobagens! – grunhiu Sertan, apontando o dedo para frente. – Achas que podes me derrotar aqui em meu próprio ambiente?


– Me trouxeste aqui para mostrar o sofrimento da morte, por isso agora, mais do que nunca eu devo defender Atlântida. Por que essa é a única maneira de dar uma felicidade temporária às pessoas antes que caiam na dor da morte. – Febo deu dois passos para frente, continuando a elevar o cosmo. – Tua vantagem não existe mais. Com o meu cosmo grande eu posso produzir a chuva até aqui!


– Esse poder é incrível, vai devastar nós dois, mas… eu não tenho outra escolha…


A um movimento de braço, Sertan lançou uma quantidade de almas em direção a Febo, que mais uma vez ampliou a chuva, anulando todas as fagulhas que viriam a surgir. Com um erguer de braço para cima, as nuvens se juntaram ainda mais, o chão se desprendeu, lançando uma imensa tromba d’água que emergiu repentinamente. Sem se mover, Sertan foi atirado para cima, caindo rapidamente em seguida.


– Me trazer aqui foi a tua morte, agora caia nesse monte sem volta! – exclamou Febo, saltando em cima de Sertan. – Esse local sempre foi… o teu ponto fraco!


Sertan ficou em silêncio e lançou uma outra manifestação de alma, mas não causou nenhum dano em Febo, que o golpeou. O corpo do cavaleiro de Câncer foi atirado para trás, indo em direção ao Yomotsu. Com uma imensa força atrativa, o monte tragou o dourado, que sucumbiu sem reações. Caindo para o outro lado, o general só ouvia a lamentação do cavaleiro de ouro cessar segundos depois. Não havia mais energias, mas sabia que havia conquistado a vitória e, mais do que isso, a libertação.


Com um dever cumprido, Febo caiu no chão do mundo onde se encontrava e rodopiou na terra, praticamente sem reações. No instante seguinte, a sua alma voou no ar e ele acordou no seu pilar rochoso, novamente no primeiro cenário de Atlântida. Satisfeito com a vitória, ele tentou se mover, mas não conseguiu, desmaiando em seguida.

(~~~~)


Apontando o braço para frente, Vikas conduziu a embarcação no ar, da mesma maneira como ela estava quando era sustentada pelas almas de Sertan. Libânia sorriu ao mesmo passo em que os cavaleiros se reuniam no centro da embarcação, admirando as habilidades psicocinéticas do recém coroado cavaleiro de Triângulo.


De repente, Indru acordou, ainda ferido. Seus olhos se encheram de satisfação ao ver o aprendiz demonstrando todas as habilidades para as quais havia sido treinado.


À frente de todos, Ário correu novamente à proa, colocando o pé na parte curva, aparentando ser o comandante daquele navio. Estava preocupado com a batalha do irmão e com tudo o que estava por vir. No entanto, sua apreensão logo se transformou em alegria ao visualizar, de longe, a praia de Atlântida. Sabia que, a qualquer momento, iriam desembarcar e realizar o ataque.


De repente, uma pontada surgiu no coração de Ário. Não sentia mais o cosmo de Sertan. Sabia que, com a proximidade em que estavam, era praticamente impossível não perceber a poderosa energia do irmão. Sabia que, mesmo que ele tivesse usado as Ondas do Inferno, não seria capaz de esconder sua presença totalmente, pois somente a alma seria transportada e não o corpo, que também tinha resquícios de cosmo.


Um pouco tonto com aquela situação, Ário cambaleou para o lado e sua mente voou rapidamente, se perdendo nas lembranças.


Viu-se em uma espécie de arena, rodeada por uma construção grega, recheada de quartos. Havia pouco mais de dez crianças, todas afastadas do garoto. Tinha uma aparência bonita, com cabelos negros lisos. Contudo, isso não parecia ser o suficiente para que ele deixasse seu estado de solidão, ficando praticamente isolado num canto, brincando com o que pudesse.


– Com o que estás brincando? – um garoto mais velho, com cerca de cinco anos, se aproximou do pequeno Ário, demonstrando uma leve arrogância e sarcasmo. – Me dá isso aqui já!


O pequeno Ário negou de antemão, segurando uma bolinha que havia achado. Irritado, o garoto mais velho se aproximou e tentou arrancá-la a força, sendo apoiado por várias crianças que se aproximavam e provocavam.


Ário estava pronto para fazer alguma coisa para afastá-las, quando uma presença surgiu entre elas e murmurou:


– Saiam daqui agora, ou então sofrerão as consequências.


Num estado de medo extremo, as crianças se afastaram de Ário, revelando outro jovem que se aproximava. Tinha cerca de sete anos, possuindo um rosto fechado e uma expressão sombria, que era complementada pelos olhos negros e cabelos levemente longos.


– Não precisava ter aparecido, Sertan! – disse o pequeno Ário. – Eu sei me defender!


– Esses idiotas não sabem me respeitar como se devem. – resmungou o jovem Sertan, praticamente ignorando os lamentos do irmão. – Ou então eles esquecem que um garoto tão frágil como tu possa ser meu irmão. Mas darei um jeito, eles jamais voltarão a te provocar.


– Eles sabem que sou teu irmão e não se aproximam por medo de ti. – respondeu Ário, determinado. – Tu és o culpado de tudo!


O pequeno Ário chorou, colocando a mão no chão. Parecendo indiferente ao que o irmão estava sentindo, Sertan simplesmente se virou, deixando-o sozinho novamente.


Ário sentia a solidão, amaldiçoando Sertan a cada instante. Queria ser uma criança normal, que pudesse brincar com as outras e, acima de tudo, treinar como se deve, mas a postura do irmão de amedrontá-las só servia para prejudicar a vida social do pequeno garoto. Sertan conseguia algum controle em relação a elas, principalmente pelo medo e pela admiração pelos seus feitos e força, mas isso não se refletia em Ário, que consideravam frágil de mais para seguir os passos do irmão.


Perdido em meio aos pensamentos, a mente de Ário avançou alguns meses. Sua vida no local não mudara muito, continuando a se sentir afastado do restante dos garotos e, principalmente, do próprio irmão. A relação entre eles ficava cada vez mais tortuosa, principalmente, pois Sertan se tornava ainda mais temido por ali. Apesar dessa distância, ele não permitia que fizessem mal ao caçula, castigando os meninos que o incomodassem.


Naquele dia, Ário sentia-se no ápice da solidão, quando um velho senhor apareceu. Trajava umas vestimentas estranhas, com um grande manto branco e um capacete dourado, que lhe ocultava o rosto. O senhor do orfanato o recebeu com honras, como se ele fosse uma figura importantíssima. O pequeno garoto o olhava, sentindo uma forte aura, mas sem saber o que aquilo significava.


– Então tens um jovem rebelde aqui na Palaestra dos Órfãos. – comentou a figura de manto, sentando-se para beber um chá. – Eu gostaria de vê-lo, por favor, Mestre Onésio!


Ário arregalou os olhos e ficou levemente preocupado. Será que tinham descoberto Sertan e que iriam castigá-lo de alguma forma por reprimir as demais crianças do orfanato? Por mais que desgostaste do irmão, vê-lo afastado era algo que não parecia ser bom. Sentia, lá no fundo, que isso seria extremamente desagradável e que lhe proporcionaria um sentimento de vazio.


Parecendo que os temores de Ário estavam sendo concretizados, o Mestre Onésio correu em direção a um dos quartos e chamou Sertan. O velho de manto, com sua aparência simpática chamou o jovem rebelde para uma conversa em separado, deixando todas as crianças intrigadas, mas não menos do que Ário, que tentava se aproximar para tentar ouvir.


– Tu és especial, garoto! – comentou a figura. – Eu sinto uma grande energia em ti. Gostarias de ser treinado e poder usar essa energia para o bem?


Sertan olhou para as próprias mãos e continuou ouvindo tudo o que o velho visitante falava, sentindo-se cada vez mais apto e convencido a segui-lo. Ário ouvia tudo de longe, empolgando-se ao ver que o irmão estava sendo reconhecido pelos atos, mas, ao mesmo tempo, apreensivo pela possibilidade de vê-lo afastado. Os outros garotos se amontoavam ao redor, mas somente Ário parecia estar ouvindo.


– Está certo, eu vou com o senhor, mas só se levarem o meu irmão junto! – avisou Sertan. – Ele tem um grande potencial, eu sei, só que é reprimido. Se for comigo, ele o desenvolverá. Mas se não quiser, continuarei aqui.


A figura suspirou impressionada com o eventual desacato de uma criança de sete anos, mas se conteve. Por mais que ela tivesse sido rude, não poderia abandonar tamanho poder daquela maneira.


Ário arregalou os olhos naquele instante, não imaginando tamanha determinação de Sertan. Temeu que o irmão tivesse posto tudo a perder. Entretanto, algo no seu interior lhe deixava satisfeito. Pela primeira vez, havia visto o irmão defendê-lo de verdade, e não somente para mostrar que ainda tinha poder em relação às outras crianças.


– Isso já estava decidido! – alertou a figura. – Eu senti uma outra energia poderosa vindo de um garoto aqui. Pela aparência, eu creio que ele seja teu irmão.


Sertan deu um leve sorriso e acenou com a cabeça, confirmando que o seguiria. Ário observou e também comemorou satisfeito por deixar aquele orfanato. Além disso, jamais tinha visto o irmão sorrir daquela maneira, desde que seu pai havia sido morto em uma caçada, deixando-os sozinhos e sem destino.


Com um ar imponente, a figura se levantou, ordenando que Sertan arrumasse as suas coisas. Ele obedeceu e deixou o cômodo ao lado, indo rapidamente em direção a Ário, que já se acomodava num canto, como se nada tivesse acontecido.


– Vamos embora daqui, irmão. – Sertan caminhava seriamente, mal olhando para Ário. – Esse senhor nos levará para um local que finalmente poderemos ser úteis. Quem sabe assim deixarás de ser um garoto frágil e sem poder.


– O quê? – disse Ário, fingindo surpresa.


– Mas não te animes tanto. Esse senhor é um covarde! – indicou Sertan, falando baixo. – Por algum motivo, eu sinto que a alma dele está recheada de uma grande melancolia e algo a mais. Mas ele deve nos dar o necessário para depois seguirmos nosso caminho.


O pequeno Ário concordou, enquanto Sertan deixava aquele campo aberto, pronto para seguir para o próprio quarto e arrumar as coisas. O caçula o olhava de longe, vendo-se afastar cada vez mais, até desaparecer por completo no corredor.


Naquele instante, a mente de Ário voltou para o presente, na grande embarcação de Sertan contra Atlântida. Como na infância, estava imerso em uma grande solidão. Era como se tudo houvesse desaparecido e, mais uma vez, estava vendo o irmão se afastar. Embora já tivesse visto Sertan abandoná-lo para formar a Legião de Atena, a morte tornava as coisas tão definitivas e tão drásticas. Como daquela vez, seu temor de ver o primogênito longe havia se confirmado. Estava totalmente envolto pelo vazio.


Algumas lágrimas correram pelos seus olhos e ele apertou os dedos. Não queria aceitar aquela situação, não podia. Parecia que, como Sertan havia dito, ele continuava sendo aquele garoto frágil que não poderia lidar com os problemas sem o irmão.


Ário ergueu a cabeça, tentando conter as lágrimas e olhou para o canto do barco. Quatro cavaleiros, próximos ao leme de condução, estavam cabisbaixos e isolados, como se estivessem alheios de tudo e incapazes de se socializarem. O capricorniano arregalou os olhos e, por um momento, todos os lamentos cessaram. Sabia que tinha uma missão a cumprir e que Sertan jamais o perdoaria se não continuasse em frente.


Com um ar imponente e renovado, Ário se aproximou dos quatro cavaleiros, que o olhavam com certa repreensão. Eram mais velhos que a maioria, mas não deixavam de demonstrar um cosmo poderoso.


– Fáon de Dragão, Sorbens de Mosca, Radulfo de Lobo e Sham de Sagita. – discursou Ário, com uma expressão serena. – Dos dez cavaleiros rebeldes, vocês são os membros da Legião de Atena que sobreviveram. Não vejo mais Mirfak de Perseu, Aldo de Lagarto, Tirsa de Cão Maior, Alhena, nem Gibrial de Golfinho. Não sei o que ocorreu com os três primeiros, mas sei que devemos seguir em frente.


– Sertan está morto e queres que te ouçamos? – rosnou Sorbens, irritado. – És apenas o irmão covarde dele!


– Eu sei que pensam mal de mim e que tem seus próprios pensamentos. – continuou Ário. – Mas somos todos cavaleiros e temos um objetivo em comum aqui, que é acabar com Atlântida. Por favor, me sigam que eu prometo fazer de tudo para substituir Sertan à altura.


Fáon olhou para Sham e Radulfo, que acenaram com a cabeça, enquanto Sorbens continuava olhando para o lado, contrariado.


– Ignore o que esse ranzinza fala, Ário. – observou Fáon, avançando. – Como vice-líder da Legião de Atena, eu, o cavaleiro de Dragão, aceito tua liderança. Vamos arrasar com Atlântida.


Fáon ergueu a mão para frente e cumprimentou Ário, que sorriu satisfeito. Sham e Radulfo concordaram e também avançaram, apoiando o cavaleiro de Capricórnio. Sorbens bufou, deixando o local, sem dizer uma palavra.


De repente, o navio parou. Ainda controlando o barco, Vikas forçou o cosmo para tentar avançar, mas não conseguiu. Pareciam estar presos numa espécie de barreira. Ário resmungou e avançou a mão para cima, lançando sua pressão cortante. Entretanto, a tentativa foi em vão. Seus olhos se arregalaram ao ver que seu braço estava preso numa espécie de massa gelatinosa invisível.


Logo, um gigantesco cosmo surgiu no local e, no instante seguinte, um grande furacão veio na direção do barco, partindo-o em mil pedaços.

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Capítulo 26 da segunda parte lida.

 

Gostei bastante dos argumentos de Febo e Sertan, embora eu estivesse mais inclinado para o Cavaleiro de Caranguejo. Mas a forma como Febo debatia sobre a visão e idealismo da utopia do deus dos mares não seria abalada.

 

Mesmo Sertan estando em vantagem, Febo se mostrou claramente superior a ele. Provando o porquê de ser um General Marina e a sua missão como algo sagrado e imperativo.

 

A seguinte cena por causa das memórias entre os irmãos provou ter sido bem oportuno que realçar-se a relação difícil entre ambos.

 

Gostei imenso de saber isso, agora resta é esperar por descobrir quais serão as próximas ações dos Cavaleiros contra os Marinas.

 

Abraços e parabéns, mon ami!

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Mano, sem maldade! Dahora.

 

Febo sobreviveu? Não entendi direito essa parte!

 

Olá Grmilock!

 

Aparentemente sim, ele caiu desmaiado!

 

 

Valeu

 

 

Capítulo 26 da segunda parte lida.

 

Gostei bastante dos argumentos de Febo e Sertan, embora eu estivesse mais inclinado para o Cavaleiro de Caranguejo. Mas a forma como Febo debatia sobre a visão e idealismo da utopia do deus dos mares não seria abalada.

 

Mesmo Sertan estando em vantagem, Febo se mostrou claramente superior a ele. Provando o porquê de ser um General Marina e a sua missão como algo sagrado e imperativo.

 

A seguinte cena por causa das memórias entre os irmãos provou ter sido bem oportuno que realçar-se a relação difícil entre ambos.

 

Gostei imenso de saber isso, agora resta é esperar por descobrir quais serão as próximas ações dos Cavaleiros contra os Marinas.

 

Abraços e parabéns, mon ami!

 

Saint,

 

Cada um dos dois é firme na sua ideologia. Nessa questão, não existe certo ou errado, existe pontos de vistas diferentes. Apesar de alguns serem mais distorcidos que os outros.

 

Eu não acho que Febo se mostrou claramente superior. Ele só mostrou uma grande determinação final, talvez crendo mais nos próprios ideias.

 

Sim, Ário nunca teve grande afinidade com o irmao mais velho.

 

Vamos ver então Saint, obrigado pela presença

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  • 2 meses depois...

CAPÍTULO 27

Dezenas de gritos ecoaram no ar naquele instante, podendo ser ouvidos a uma distância considerável. Em meio aos fragmentos do navio, que caíam rapidamente no mar, a tripulação se agitava para buscar um meio de se salvar, ignorando a surpresa inicial com aquele ataque repentino. Logo, um longo barulho ecoou com o choque na superfície marinha dos cavaleiros e dos pedaços da embarcação. Ao mesmo passo, uma grande quantidade de água subiu aos céus, produzindo um belo espetáculo aquático.


Após o susto do golpe, um a um, os tripulantes subiram à superfície, respirando rapidamente, tentando ser recomporem do impacto do furacão. Os danos eram razoáveis, muito mais psicológicos do que físicos. Havia alguns cavaleiros com vários ferimentos nos braços e pernas, indo desde membros deslocados a leves cortes. Acima de tudo, eram guerreiros de Atena e, mesmo os soldados de bronze, tinham sua capacidade defensiva respeitável.


Um pouco exausto mentalmente com tudo aquilo, Ário se ergueu, pensando nas possíveis vítimas. No entanto, quando emergiu a cabeça para fora da água, seus olhos brilharam de satisfação. A grande praia de Atlântida estava a poucos metros de distância, bastando uma pequena nadada, ou menos do que isso, para enfim chegarem aos seus objetivos.


Emocionado, ele se voltou para a tripulação com um sorriso no rosto. Um suspiro, contudo, cortou a sua alegria. Indru, de cabeça baixa, acariciava os cabelos de um cavaleiro que boiava no mar sem ações. Os olhos castanhos dele estavam cobertos por lágrimas finas, quase que imperceptíveis, mas que não ocultavam o grande ódio que pairava no seu coração.


– Vikas… por quê? – murmurou Indru, apertando o dedo entre as mãos, demonstrando estar tomada pela raiva. – Tu és um tolo! Controlando o barco no ar, recebeste todo aquele ataque traiçoeiro. Eu que deveria estar no teu lugar. Eu que deveria ter morrido e não tu! Eu fui um péssimo mestre.


Lágrimas continuavam a cair pelos olhos do prateado, que se debruçava sobre o corpo desfalecido do pequeno aprendiz. Os cavaleiros ao redor o fitavam com uma expressão de receio. Alguns companheiros haviam morrido somente para chegarem até a praia e nem no segundo cenário estavam. O sentimento de temor começava a dominar, ofuscando as esperanças.


De repente, uma mão pesou sobre os ombros feridos de Indru. Ele olhou para cima e viu Libânia, com uma expressão de tristeza e de seriedade. Nunca a tinha visto tão bonita como naquela hora, com os cabelos claros brilhado com o reflexo do sol.


– É hora de seguir em frente, Indru, não faças com que a morte de Vikas seja em vão. – Libânia olhou para o prateado e depois se virou para a multidão. – Todos vocês sabiam que mortes viriam. Mas não se atinge um objetivo sem perdas. Vikas, Calino, Camiro, Sertan e todos que morreram o fizeram para que pudéssemos avançar. Vamos continuar o nosso caminho e finalmente destruir esse Império opressor.


Os cavaleiros emitiram um urro de concordância, erguendo os braços como forma de apoio à pisciana. Já não se lembravam mais do desrespeito dela de tirar a máscara. Agora a viam simplesmente como a grande guerreira da Guarda de Ouro. Ário sorriu ao ver que o grupo estava sendo conduzido de novo, enquanto Indru enxugou as lágrimas e se levantou.


Com um agitar de mãos, Libânia apontou a palma para cima, mostrando uma bela flor branca. Com um simples elevar de cosmo, ela a multiplicou, fazendo com que voasse ar até pairar sobre o corpo desfalecido de Vikas. Indru contemplou aquele espetáculo e se emocionou novamente, mas segurou as lágrimas. Precisava seguir em frente.


Todos olharam para aquele grande funeral marítimo, não sabendo o que dizer ou o que falar. Alguns sentiam pena do cavaleiro de Compasso, enquanto outros não mostravam interesse. Vikas e Indru eram guerreiros desconhecidos para a maioria e, mesmo apresentando algum respeito, estava longe de chegar a um afeto.


– Ele morreu como muitos irão morrer nesta guerra. – disse Ário, tomando a dianteira novamente. – Como Libânia falou, vamos seguir em frente.


– Exatamente, não temos tempo para lamentar. – concordou a pisciana, desviando o olhar de Indru. – A sorte de vocês é que sou precavida e não sangrei nenhum pouco com essa queda, senão todos que estão aqui teriam morrido graças ao veneno que corre em minhas veias.


À frente de todos, Ário avançou os braços, movendo-os para frente e para trás, a fim de nadar rumo à praia. Avançou alguns metros, quando se deparou com algo. Mexeu a mão para frente e seus olhos se arregalaram ao ver que uma espécie de barreira invisível bloqueava o seu caminho. Intrigado, ele desferiu uma rajada cortante para frente, tentando quebrar o muro. Entretanto, o ar apenas ficou levemente translúcido, recuando um pouco, sem sofrer nenhum dano.


Ário bufou, tentando entender o que estava acontecendo, mas as dúvidas só aumentaram ao perceber que sua mão estava presa naquela parede de ar. Todos os cavaleiros o olharam, não menos impressionados.


– O que é isso? – rosnou Ário. – Parece que tem uma proteção natural que impede que cheguemos a Atlântida.


– Não é nada telecinético, eu poderia sentir. – comentou Indru, ainda mancando.


– Segura o ímpeto Ário, pois eu vou acabar com isso! – bradou Libânia. – ENCOMENDA FLORAL!


Num movimento rápido, ela ergueu uma flor branca e atirou-a contra a parede invisível, muito acima de onde Ário estava. No mesmo instante, o ramo se multiplicou em várias espécies diferentes, formando uma rajada colorida e magnífica. Porém, da mesma maneira que o braço do capricorniano, as flores pararam no ar, completamente bloqueadas pela barreira, ficando presas por lá.


De repente, a barreira começou a se expandir, praticamente engolindo todo o braço de Ário, que resmungava, tentando fazer alguma coisa. Preocupados, alguns cavaleiros lançaram seus ataques, tentando destruir aquele muro, todos sem sucesso.


Intrigado, Fáon saltou sobre o mar e soqueou a barreira para cima, tentando destruí-la de alguma forma, novamente sem efeito algum. Ele estava prestes a tentar de novo, quando um guerreiro alto, de olhos castanhos saltou à sua frente.


– Não dependas de crianças, pois eu te salvarei, irmão de Sertan. – murmurou Sorbens, deixando Fáon irritado. – O cavaleiro de Mosca usará todo o seu poder em nome da Legião de Atena. ENXAME DEVORADOR!


Zumbidos cortaram o ar, seguidos por uma cortina de mau-cheiro. Logo, milhares de moscas formaram uma nuvem negra e barulhenta, atingindo em cheio a barreira invisível. Sorbens deu uma um sorriso sádico, agitando os cabelos castanhos e curtos. Contudo, repetindo o fracasso, todas as moscas ficaram presas na parede, tentando se debater para escapar.


Bufando, ele agitou as mãos, tentando controlá-las, mas nada adiantava. Os outros cavaleiros tentaram atacar de outras formas, todas inúteis. Atento, Ário observava cada tentativa e cada golpe falho. Seu espanto aumentava quando via vários de seus companheiros presos, vítimas de seus golpes físicos.


De repente, algo lhe chamou a atenção. Forçou a vista novamente ao perceber a maneira como as moscas estavam presas. Um sorriso surgiu no seu rosto no mesmo momento e, com um movimento rápido e cauteloso, ergueu a outra mão para cima, lançando toda a sua rajada cortante.


No mesmo instante, toda a superfície do mar se dividiu em duas, engolindo a parede invisível, derrubando todos os cavaleiros para a porção de terra submersa. A um alerta rápido, Ário sinalizou para que todos corressem antes que a mesma barreira retornasse. A um passo, eles obedeceram, marchando em direção à praia. Não demorou e todos, inclusive o dourado, estavam de pé naquela porção de areia.


A imagem era magnífica. A praia era grande, sendo rodeada por imensos rochedos, tornando praticamente árdua a tarefa de escalá-los. A única abertura parecia ser uma espécie de caverna, que se escondia em meio às grandes montanhas rochosas. A areia que cobria o chão era seca, macia e altamente móvel com o vento, dificultando o caminhar de todos.


Ário sorriu mais ainda e levantou o braço para cima, comemorando com todos os companheiros. A felicidade contagiou a multidão, que ergueu as mãos, animada. Um pouco menos abatido pela morte de Vikas, Indru também sorriu um pouco, não deixando de ficar cabisbaixo.


De repente, um grande cosmo se manifestou na entrada da caverna. Atento, Ário se virou, pronto para se defender, quando uma imensa ventania foi produzida. Não se podia estimar se fora a intensidade dos ventos ou a surpresa pelo ataque, mas, logo, todos foram arrastados para cima, ficando presos em uma espécie de teto invisível, provavelmente da mesma natureza da parede.


No instante seguinte, um jovem surgiu pela entrada da caverna. Vestia uma escama dourada altamente protegida, com um elmo típico de soldados gregos avançados, mas com longas barbatanas onduladas.


– Ninguém passará por essa praia! – observou o marina que caminhava. – Eu sou o protetor desse segundo cenário, sou o general de Cavalo Marinho.


– Que espécie de truque é este? – rosnou Ário, tentando escapar, em vão.


– Essa é a minha intransponível barreira de água. – gabou-se o guardião. – A umidade desse local é imensa, fruto da maresia e da própria água que retirei da areia, deixando-a completamente seca. Com meu cosmo, eu junto as gotículas formando uma imensa parede de água, capaz de bloquear tudo. Os golpes físicos acabam sendo imobilizados pela tensão superficial e a pressão dos ataques será absorvida como gotas que caem num lago.


– Isso não será o suficiente, nada pode parar Ário de Capricórnio. – bradou o dourado, usando toda a sua força, novamente sem resultados.


– É inútil tentar escapar, pois há uma parede atrás de vocês impendido qualquer tentativa de se movimentarem. – o general apontou para cima. – A adesão promovida pelas gotículas de água também foi amplificada graças aos meus poderes. – explicou o marina, com uma voz ainda imatura. – Essa praia será o túmulo eterno de vocês. COURAÇA DE ESPINHOS!


Um imenso cavalo marinho surgiu por detrás do guardião, lançando uma rajada de centenas de espículas que residiam em suas costas. Rios de sangue foram derramados à medida que os espinhos rasgavam a pele dos cavaleiros e destruíam as suas armaduras. Todos tentavam reagir, mas foram submetidos à pressão do ataque do general marina.


Ário respirou rapidamente, tentando se concentrar, mesmo com a grande quantidade de espinhos destroçando o corpo. Apreensivo, ele olhou para o lado, vendo que alguns cavaleiros já haviam sucumbido à morte. Um aperto surgiu em seu coração. Era responsável por todos eles, não podendo permitir que tal atrocidade continuasse. Portanto, concentrou toda a sua energia e, num instante, forçou o braço para trás e para frente várias vezes, em vão.


O guardião olhou para cima, pronto para lançar o ataque novamente. Com os braços cruzados, ele concentrou o cosmo. Os cavaleiros se agitavam, tentando escapar novamente, mas nada parecia quebrar aquela barreira. Estavam presos e seriam sucumbidos se não fizessem nada.


O grande Cavalo Marinho mitológico surgiu novamente por trás do general marina. O cosmo dele parecia estar chegando ao limite e estava prestes a explodir. Ário elevou sua energia, pronto para tentar reagir. Muito feridos, os demais fecharam os olhos. Não queriam ver a morte chegar dessa maneira.


Um segundo se passou e… nada aconteceu! O exército invasor abriu os olhos no momento seguinte, enquanto Ário esboçou um urro de espanto. O elmo do general havia sido atirado para longe, revelando a face de um jovem de curtos cabelos negros, formado por uma franja central. Ao lado, Indru de Compasso, ferido, se postava em posição de combate.


– Mesmo depois de mais de quatro anos, ainda não tens a experiência necessária… Gale! – observou Indru, enquanto o general o fitava com raiva.


– Eu sabia que Deolinda deveria ter liquidado vocês em Jamiel. – rosnou Gale, encarando o rosto confiante de Indru. – Telecinesia… não é? Usaste teus poderes para controlar as moléculas de água ao teu entorno e para conseguires escapar do poder adesivo delas.


– Eu vou acabar contigo como quase fiz há quatro anos, e assim vingarei a morte de Vikas! – Indru tremia de cansaço, mas continuava de pé, com uma determinação incrível. Os cavaleiros acima comemoravam o sucesso do prateado, mas ficavam receosos, temendo pelo pior.


Sem demoras, Indru se moveu rapidamente, enquanto Gale permaneceu parado, com uma expressão séria. No segundo seguinte, o marina ergueu o braço direito para o lado, segurando um soco que acabara de vir. O cavaleiro de Compasso tremeu preocupado e estava pronto para escapar, quando um chute voou na sua barriga, fazendo-o ser arrastado há vários metros naquela areia seca.


– Naquela época, eu já era muito superior a ti, mas me faltava malícia e experiência, cavaleiro. – Gale se aproximava, erguendo a mão para frente, enquanto Indru se levantava novamente. – Agora posso finalmente te derrotar sem problemas. Ainda mais que não podes te teletransportar aqui.


– Não vais me vencer, acabarei contigo para finalmente destruirmos esse império opressor. – grunhiu Indru, concentrando o cosmo, tentando esconder os danos do ataque que recebeu de Febo.


– Império opressor? Vocês é que são o mal, cavaleiros. – Gale apontou para Indru e em seguida para o exército invasor. – O Imperador Poseidon trouxe a paz para esse mundo. Nós vivemos uma utopia que vocês querem destruir. Vocês são os vilões dessa guerra!


Indru ignorou os comentários e estava pronto para atacar, quando sentiu novamente uma dor imensa. Gale havia se movido rapidamente e golpeado seu estômago. Gotas de sangue caíam pela boca do prateado, que cambaleava. Parecia não ter mais força para combater, ou mesmo ficar de pé. Precisava, no entanto, lutar, ou então a vida de seus companheiros correria riscos.


Satisfeito com o sucesso, Gale concentrou novamente o cosmo e lançou sua rajada de espículas. Indru tentou usar o controle telecinético, mas não possuía mais forças para mover o corpo e nem velocidade para tal. Apenas sabia que iria morrer no próximo segundo.


O ataque avançou, no preciso momento em que os olhos do prateado e do marina se arregalaram. Indru voava no ar, no colo de Libânia, que se movia levemente, pousando no chão de maneira delicada. Estava com os olhos fulminantes, encarando o general de forma imponente.


– Como conseguiste escapar da minha prisão de água? – Gale deu dois passos para trás, olhou para cima e viu uma grande rachadura na parede, deixando-o impressionado.


– Indru, descansa aí no canto que eu cuidarei desse general! – Libânia deixou o amigo próximo da parede invisível – e se virou para o marina. – Chegou a vez de Libânia de Peixes mostrar porque foi uma membra da Guarda de Ouro.


Gale a olhou de forma reprovativa e ergueu os braços para frente. Sabia que derrotar um cavaleiro de ouro seria o último teste de sua força. Postou-se em posição de combate, pronto para atacar, quando algo o impediu. Não conseguia mais se mover, nem concentrar o cosmo. Estava completamente paralisado, sem possibilidades de ação.


– Eu não só salvei Indru, mas também te deixei um presente. – Libânia se aproximou, apontando para pequenas flores que repousavam no chão ao redor do marina. – O perfume dessas flores atacam o sistema nervoso central e te deixam sem movimentos.


– Sua traiçoeira! – Gale forçou o cosmo, mas seus reflexos ainda estavam muito lentos. – Eu vou escapar disso!


– ENCOMENDA FLORAL! – exclamou Libânia!


Libânia ergueu a mão para frente, segurando uma bela amostra de flores. Com um movimento delicado, ela girou o pulso, lançando a rajada colorida. Com um temor no rosto, Gale ergueu os braços para cima e, mesmo lentamente, conseguiu produzir uma barreira de água, o suficiente para bloquear as ofensivas da amazona.


Ao perceber o sucesso da muralha, Gale deu um leve sorriso triunfante, não menos intrigado. Os cavaleiros no topo da barreira arregalaram os olhos, preocupados com a falha. Sempre consideraram Libânia praticamente impassível de erros, pois a mesma havia sido uma grande guerreira na Guarda de Ouro.


Gale respirou fundo e, aos poucos, recuperava os movimentos. Estava satisfeito com a capacidade de bloqueio da barreira, que continuava a manter as flores paralisadas. Libânia, contudo, olhou para cima, sorrindo de maneira vitoriosa.


A outro movimentar de mãos da amazona, as flores agitaram e, num instante, suas raízes cresceram, ultrapassando a barreira de ar de Gale, envolvendo-o. Libânia riu alto, enquanto o marina tentava se libertar, mas sentia-se enfraquecido com os espinhos e o perfume venenoso daquelas plantas amaldiçoadas.


– Então foi assim que quebraste minha barreira? – Gale se debatia e conseguis se desvencilhar das raízes, não o suficiente para deixar Libânia irritada.


– As minhas flores fincaram no teu muro em um pequeníssimo ponto. – respondeu ela, agitando os braços, enquanto os cavaleiros comemoravam. – Bastou expandi-las para quebrá-lo de dentro para fora!


Gale respirou fundo, colocando a mão num ferimento do braço, tentando estancar a saída de sangue. Sua cabeça se agitava com as tonturas e seu corpo todo tremia. Não conseguia raciocinar direito nem pensar. Somente o perfume mortal daquelas plantas parecia estar presente na sua mente naquele momento.


Alheia a isso, Libânia continuava a avançar, segurando outra flor branca.


– Não te surpreendas, estas flores produzem o meu veneno mais fraco. – explicou a pisciana. – Eu tenho artimanhas muito mais nocivas no meu arsenal.


– Não produzirá nenhuma delas. – rosnou Gale, cambaleando. – ASSOPRO DIVINO!


Gale cruzou os braços para cima e para baixo, lançando uma forte ventania em direção a Libânia. Sem se preocupar, ela simplesmente deu um salto, erguendo uma proteção de flores, o suficiente para desviar a brisa para outro sentido. Em seguida, apontou o braço para baixo, enviando outra rajada rumo ao marina, que foi atingido em cheio, tombando no chão.


Com uma expressão de impaciência, Gale colocou a mão na areia e voltou a ficar de pé. Estava com vários ferimentos no corpo, mas nenhum sério. Sua expressão atordoada estava mais firme, mostrando que estava cada vez mais resistente ao veneno produzido pela pisciana, que continuava a sorrir com sua flor na mão.


– Teu golpe poderia acabar com qualquer um, mas não com um general marina. – grunhiu Gale. – Eu fui treinado pelos dois melhores guerreiros de Atlântida. COURAÇA DE ESPINHOS!


Um grande cavalo marinho mitológico surgiu por detrás de suas costas. Com um movimentar de braços, uma infinita quantidade de espinhos foi produzida, sendo lançada na pisciana. Sem se preocupar, ela sorriu, desaparecendo em seguida em meio a um mar de pétalas que começava a se espalhar pelo ambiente, mas ainda longe de Indru.


Impressionado com tal ataque, Gale olhava de um lado para o outro, enquanto a chuva de pétalas continuava a cobrir o ambiente. Numa vã tentativa, lançou uma ventania, mas a cortina voltava a surgir do outro lado. Pouco a pouco, sentia a pele sendo coberta por toda aquela massa, causando uma agonia imensurável. Tentava atacar por todos os lados, mas nada adiantava. Sentiu-se aliviado que não havia um perfume venenoso, mas a situação ainda era extremamente incômoda.


De repente, a figura de Libânia surgiu à sua direita. Num reflexo, lançou sua rajada de espinhos, sem sucesso. No instante seguinte, ela surgiu do outro lado, atirando a– encomenda de flores nas suas costas, derrubando-o ao chão. O mar de pétalas crescia, enquanto Libânia continuava a atacá-lo por todos os cantos, deixando-o mais e mais abatido e ferido.


– Eu vou acabar com essas pétalas. – bradou Gale, cada vez mais coberto. – VENTOS DE FURACÃO!


O ar começou a rodar rapidamente, produzindo dois grandes tufões de vento, que se espalharam, varrendo todas as pétalas do local. Ao mesmo passo, Libânia foi atirada ao ar, com os olhos arregalados, caindo na superfície arenosa. Seu elmo rolou pelo chão até parar na parede invisível, enquanto ela agonizava na areia, tentando ficar de pé.


– Os meus furacões são muito mais intensos e destrutivos que minhas ventanias. – gabou-se Gale, ainda com o corpo abatido. – Não conseguirás mais obter tua vantagem.


Libânia rosnou, recuando. Indru olhou para a amiga intrigado, pois sabia que, apesar do grande poder que a pisciana estava esboçando naquele momento, ela era capaz de muito mais do que isso.


“Libânia, tu podes conseguir a vantagem de outra forma”, murmurou Indru em pensamento para Libânia. “Preencha esse chão com teu jardim de flores e ataca-o com tua alquimia, será o suficiente. Se tu desejares, não existe nenhum adversário que possa te vencer”.


“Seu idiota, estamos praticamente numa estufa. Se eu usar todo o meu poder, nossos companheiros morrerão com o veneno”, respondeu ela em pensamento, enquanto Gale se aproximava.


“Mas pelo menos tu sobreviverias! Eu não quero que tu morras”, insistiu Indru.


Parecendo ignorar os apelos de Indru, Libânia lançou novamente a cortina de pétalas em direção a Gale, que simplesmente moveu os braços para frente, produzindo a barreira superficial para bloquear qualquer tentativa de ataque.


Não desistindo, Libânia balançou a mão para o lado, fazendo com que tudo ao redor do marina fosse coberto por pétalas. Contudo, da mesma maneira que antes, ele elevou o cosmo, apontou o punho para cima e exclamou:


– VENTOS DE FURACÃO!


Outros dois tornados foram emanados do chão, varrendo novamente todas as pétalas do local. Sem possibilidades de se defender, Libânia foi atirada para cima, parando no ar Naquele instante, estava presa em outra barreira de água produzida por Gale, um pouco abaixo de onde estavam os cavaleiros.


Irritada, ela agitou o corpo, em vão. Estava presa no ar, sem conseguir fazer nada. Gale aplaudiu o sucesso, olhou para o alto, satisfeito com o que conseguira produzir. Assim, concentrando todo o cosmo, ele apontou o braço para cima, atirando a rajada de espinhos contra ela. Libânia berrava de dor, enquanto ferimentos abriam nos seus braços e pernas, despejando sangue por todo o ambiente.


Tentando resistir ao máximo, ela elevou o cosmo, preenchendo a barreira com flores. A um sinal da amazona, as raízes de todas cresceram, despedaçando a proteção em infinitos pedaços. Satisfeita, Libânia caiu no chão, respirando forte, ainda abatida pelos ferimentos.


– Agora… sentirás o meu maior poder! – murmurou ela, colocando a mão na areia. – O ALVORECER DA MÃE-TERRA!


O cosmo da amazona atingiu um ponto limite. Indru comemorou porque sabia o que estava por vir. Os demais cavaleiros apenas admiravam o resplendor de energia emanado por ela. Jamais tinham visto aquele ataque, mas sabiam que, vindo da pisciana, deveria ser algo extremamente devastador.


O entusiasmo se cessou segundos depois. Libânia apertou a areia forte, com um olhar indignado, enquanto Gale pigarreava risos de satisfação. Os cavaleiros observaram boquiabertos, não entendendo o que acabara de acontecer.


– Essa solo, é extremamente seco! – Libânia segurou um tufo de areia e deixou que os grãos escorressem nos seus dedos. – Sem água, nem mesmo meu ataque pode emergir daqui.


Gale se ergueu satisfeito, cada vez mais com o controle de suas ações. Parecia que o veneno fraco das flores surtia cada vez menos efeito. Ainda abalada com a falha, Libânia saltou rapidamente, e, sem pensar atirou mais uma vez a uma rajada de flores, que se expandiu para atacar o marina.


No entanto, com um olhar confiante no rosto, ele moveu as mãos de um lado para o outro, produzindo um pequeno tornado ao redor do corpo. No mesmo instante, as flores atingiram o ar, girando rapidamente. Com outro movimento de braços, ele lançou a rajada de ventos em direção à amazona, devolvendo o ataque florido para ela.


A pressão foi intensa, arrastando-a para trás. O veneno das flores não a afetava, mas os espinhos continuavam afiados, rasgando ainda mais a sua pele, que continuava sangrando intensamente. Devido à queda de sangue, sua mente ardia, impedindo os seus pensamentos claros. Satisfeito, Gale caminhava em sua direção, elevando o cosmo ainda mais.


– Quantas vezes usaste esta rajada contra mim? Uma dezena pelo menos. Não poderás repeti-la mais. – Gale continuou andando, cada vez mais empolgado. – Agora cai diante do meu ataque final. VENTOS DE FURACÃO!


O ar girou rapidamente, produzindo dois grandes tornados que se deslocaram em direção a Libânia. Não desistindo, ela também concentrou seu poder interior e saltou rapidamente ao ar, conseguindo se desviar dos ataques. Gale rosnou, indignado com a bravura e resistência da amazona.


Descendo suavemente ao chão, Libânia respirava forte e, num movimento rápido, apontou uma rosa branca para Gale, que arregalou os olhos e tentou se mover, em vão. Alguma coisa parecia estar bloqueando suas ações, mesmo sem nenhuma flor agindo ao entorno.


– Por que eu não consigo me mexer? – bradou o marina, cada vez mais fraco. – Pensei que estivesse resistente ao veneno das suas flores.


– Não é o veneno das minhas flores que o está atingindo e sim isto. – disse ela mostrando partículas vermelhas que sobrevoavam o ar. – Esse é o meu sangue venenoso que está penetrando na tua pele e nas tuas narinas. Quero que saibas que, quem inalar esse veneno irá morrer mais cedo ou mais tarde.


– Maldita! Eu vou escapar!


– Eu sei disso, por isso agirei, morrerás agora mesmo com esta rosa branca! – afirmou Libânia.


– Rosa branca? – grunhiu Gale, olhando para a beleza daquela rosa.


– Exato! Esta rosa branca é uma rosa sangrenta. – explicou ela com um sorriso fixo. – Assim que ela sair de minha mão, golpeará teu coração. A partir daí tua morte será certa, pois teu sangue será sugado e até que a rosa fique vermelha.


– Não permitirei isso! – rosnou Gale, forçando os seus músculos, tentando escapar da paralisia.


– Não há como escapar deste golpe! – sorriu ela. – ROSA SANGRENTA!


Com um movimento rápido, ela cambaleou um pouco, mas conseguiu atirar a rosa branca. Gale arregalou os olhos, praticamente em desespero, enquanto Libânia sorria, saboreando a vitória que estava por vir.


No preciso momento em que a rosa iria atingir o peito de Gale, ela parou no ar. O queixo de Libânia caiu ao ver uma barreira levemente translúcida à frente do marina, que movia as mãos rapidamente.


Percebendo a falha do próprio ataque, ela tropeçou enfraquecida, enquanto Gale sentiu as raízes afrouxarem. Elevando o cosmo, ele ignorou todas as adversidades que sentia e moveu o braço de um lado para o outro para produzir seus ventos, fazendo com que uma cortina vermelha se manifestasse ao seu redor.


– Disseste que o teu sangue é venenoso. – relatou Gale sorrindo – Então que tal eu atirá-lo completamente nos cavaleiros?


– NÃO!


Com um movimento rápido, ele produziu a rajada de ar e lançou o vapor vermelho para cima. Sabendo que aquilo poderia custar a vida dos companheiros, Libânia juntou todas as forças para saltar, absorvendo o próprio sangue. Esperando por isso, Gale ampliou a corrente de ar e produziu uma rajada de espinhos. Sem defesa, a amazona foi atingida em cheio, tendo a sua pela cada vez mais rasgada, perdendo mais e mais sangue.


A tortura não saboreava o marina, mas ele continuava lançando o ataque. Sabia que aquele sofrimento era necessário para vencer a guerra e trazer a paz de volta. Libânia sentia-se mais e mais abatida, cada vez com menos forças. Ário olhou para baixo e algo surgiu na sua mente. A pisciana estava sofrendo, aquela que sempre o apoiou, aquela que sempre havia acreditado nas suas habilidades, na sua competência. Não podia deixar as coisas assim.


– LIBÂNIAA! – berrou Ário.


Ao ouvir os gritos, Gale se virou para cima, cessando o ataque, enquanto Libânia tombava no chão. Os olhos do general se arregalaram ao ver que toda a barreira de água estava repleta de rachaduras. Num instante, tudo se partiu e os cavaleiros caíram no chão. Embalado, Ário voou para cima do marina, ergueu a mão para cima e depois para baixo, pronto para cortar o ar e acabar de uma vez com aquela batalha.




Editado por Nikos
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Capítulo 27 da segunda parte lida.

 

Há muito tempo que não lia esta fic e como tal a sua escrita se manteve a este nível apesar da sua ausência do seu humilde autor.

 

Começando pelo início em que houve sobrevivente de uma terrível tempestade por parte do General Marina de Dragão Marinho, embora tenha havido a morte do pobre Vikas e o choro de Indru.

 

As habilidades do Cavalo Marinho foram bem exploradas e potencializadas pelo seu cenário.

 

Que forte, acredito que ele podia dizimar todos os Cavaleiros de Prata e Bronze sozinho, embora Libânia tenha dado luta, ela não foi capaz de cumprir a tarefa de o derrotar por causa do terreno. Acredito que se fosse num mais fértil, ela o vencia.

 

Claro que ainda dou mérito a Indru, o Cavaleiro de Prata em sua iniciativa de ataque.

 

O final deixou em aberto, espero saber mais pelo próximo.

 

Abraços, mon ami!

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Capítulo 27 da segunda parte lida.

 

Há muito tempo que não lia esta fic e como tal a sua escrita se manteve a este nível apesar da sua ausência do seu humilde autor.

 

Começando pelo início em que houve sobrevivente de uma terrível tempestade por parte do General Marina de Dragão Marinho, embora tenha havido a morte do pobre Vikas e o choro de Indru.

 

As habilidades do Cavalo Marinho foram bem exploradas e potencializadas pelo seu cenário.

 

Que forte, acredito que ele podia dizimar todos os Cavaleiros de Prata e Bronze sozinho, embora Libânia tenha dado luta, ela não foi capaz de cumprir a tarefa de o derrotar por causa do terreno. Acredito que se fosse num mais fértil, ela o vencia.

 

Claro que ainda dou mérito a Indru, o Cavaleiro de Prata em sua iniciativa de ataque.

 

O final deixou em aberto, espero saber mais pelo próximo.

 

Abraços, mon ami!

 

Olá Saint, obrigado pela participação!

 

Bem, ela já estava meio que escrita, então a ausência não mudou muita coisa. kjkkk

 

Não sei se ficou claaro, o tornado foi obra do cavalo marinho, não do dragão marinho.

 

Gale foi extremamente treinado e, como os demais generais, é um inimigo dos cavaleiros de extremo potencial. Libânia é uma amazona pisciana que tem uma característica: ela precisa dar o primeiro ataque e enfraquecere o oponente. Se isso acontece, ela com certeza terá vantagem contra qualquer um. Gale extraiu essa vantagem dela, por isso que não conseguiu combater com a total potencialidade.

 

Indru já venceu Gale uma vez, mas agora ele está muito mais treinado!

 

Valeu Saint, te aguardo!

 

 

AEEEEEOOOOOOOOOOOOOOOOWWWWWWWW

 

Sertan faleceu mesmo?

 

Libania foi arrebentada.

 

Pensei que tinha parado cara! Que bom que não.

 

Olá Grinlock!

 

Sertan foi atirado no Yomotsu Hirasaka no capítulo anterior.

 

Não vou parar Grimlock, não te preocupas.

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  • 6 meses depois...

Continuando com minha volta ao Fórum de CDZ, e com a retomada da leitura das histórias dos meus colegas escritores, chegou a vez de Atlântida...!

 

Me demorei um pouco mais para postar meu comentário devido a releitura rápida que tive que fazer da primeira parte com a segunda...

 

O que deu para perceber nessa releitura foi que a qualidade e os padrões literários do autor pouco se alteraram no decorrer da história até aqui.

 

Atlântida (pelo menos essa é minha opinião) não é o tipo de história com ação impecável, cenário deslumbrante e acontecimentos épicos. Aqui as batalhas (na maioria esmagadora delas cansativas e pouco, ou nada, interessantes sendo que, de positivo com relação a elas, somente destaca-se as técnicas elaboradas pelo autor e um ou outro diálogo durante a batalha) perderam seu protagonismo para as intrigas, meias verdades (se alguém do Fórum estiver lendo ocasionalmente isso, e ainda não leu Atlântida, acredite... aqui em Atlântida os personagens ‘mentem’ até para os próprios leitores e essa particularidade achei fantástica considerando uma sacada mais que genial do autor), longas manipulações de subconsciente e jogo de caráter.

 

Atlântida reflete o cotidiano e as implicações mundanas com certa inclinação para aquilo que há de pior em nós, humanos. Claro que há na história os ‘bonzinhos’, mas mesmo eles, são falhos em alguma coisa ou o serão em algum momento de suas vidas. Eu trato disso como a maior e a pior virtude de Atlântida. Melhor quando bem inserida e pior quando excessiva ou sem necessidade. Se formos pesar na balança ambos, Atlântida contabiliza êxito com folga.

 

Falando da grafia do autor... ela se mantém discreta na medida certa. Ou seja, não compromete a leitura em sua compreensão. Os erros de sintaxe, pontuação e afins pouco, ou nada, são detectáveis.

 

Outros pontos dignos de nota são a ‘globalização’ dos arcos e eventos (Atlântida não se limita apenas em Poseídon, Athena e na mitologia grega. Há inclusive, ensejos históricos que traçam paralelos com nossa própria realidade), a parte política e hierárquica dando toda uma atenção com um embasamento mais que convincente, os resumos, as fichas dos personagens (apesar de particularmente detestá-las, mas acaba sendo inegável sua importância), os vídeos (destes, eu gosto bastante), a organização, beleza estética e, claro, a criatividade e dedicação do autor.

 

Bom... para não tornar meu comentário extenso demais (é, eu sei, ele já o esta!) traçarei uma breve análise dos capítulos que não havia acompanhado desde que me detive na leitura (ou seja, do 20 até o 27):

 

Capítulo 20

 

A descrição do acampamento persa, mediante aos rigores do ambiente em que estavam inseridos, já dão um pontapé inicial mais que satisfatório para este capítulo. No seu decorrer, tudo mais se parece com um Gaiden da Amazona de Ouro de Escorpião (revelando fragmentos de sua própria história e suas implicações familiares) do que com um capítulo propriamente dito (não que isso tenha sido ruim, muito pelo contrário, há meu ver a personagem já estava merecendo há tempos esse destaque). Outro ponto positivo do capítulo que mereceu nota foi os sacerdotes egípcios e sua habilidade de conjurar monstros (tal habilidade me lembrou muito o personagem Yuri dos Guardiões de Gaia escrito pelo nosso colega Mark. Só para ilustrar isso que estou falando, Yuri (se me lembro bem) era um alquimista e possuía um pingente em seu pescoço de onde um lince mágico emergia. Quando tal criatura se materializava a mente de Yuri era automaticamente transferida para o corpo da fera).

 

Capítulo 21

 

Um capítulo que reflete toda essência do que é Atlântida. Tivemos, em segundo plano, ação (com Safiya enfrentando as bestas mitológicas egípcias invocadas pelos sacerdotes de Néftis e aqui ficou clara a superioridade da Amazona de Ouro sobre seus rivais) e em primeiro plano, traição (Safiya, visando seus interesses, se voltara contra sua própria família).

 

Capítulo 22

 

Neste se encerrou o arco particular de Safiya. E devo acrescentar que foi um encerramento a altura dos elevados padrões e virtudes de Atlântida. Gostei muito de como o autor amarrou toda a trama em torno dos três irmãos (Haqikah (é assim que se escreve?), Mensah e Safiya).

 

Capítulo 23

 

Mais uma vez somos introduzidos pelo autor no ‘mundo’ de Poseídon e seus súditos. Como não poderia faltar numa trama de Atlântida há intrigas e personalidades que se confundem com interesses e ideais.

 

Capítulo 24

 

Finalmente a invasão de Atlântida começa (estava ansioso por essa parte)! Apesar do início morno (que serviu para aumentar minha ansiedade), com uma breve menção ao Propus e o autor dando uma ênfase nas relações humanas daqueles que em seguida se digladiariam e morreriam (até houve uma trollagem sofrida por Ário por intermédio do Cavaleiro de Prata de Cães de Caça), a ação que veio a seguir, juntamente com toda a dramatização que a permeio, me satisfez mais do que eu poderia esperar. O General Marina do Atlântico Norte foi retratado aqui com uma imponência mais do que a sua altura. Me surpreendi com a ideia do autor sobre os ‘cenários’ (diga-se de passagem achei bastante criativo e a considerei mais uma ‘joia’ que somou-se as diversas outras de Atlântida). Outra surpresa foi ver que no primeiro cenário já tivemos o Dragão Marinho (acredito eu, que, pela lógica daquilo que é mostrado na própria franquia de Saint Seiya, muitos imaginariam que o Dragão Marinho seria o detentor do último cenário e não logo do primeiro). E já que estamos falando de surpresas, como já não bastassem todas essas já mencionadas, tivemos Sertan!

 

Capítulo 25

 

Tivemos a luta entre o Câncer Dourado e o Dragão Marinho. Antes do combate em si, Sertan ajudou os outros a alcançarem o segundo cenário e antes disso, tivera com Ário tempo para algumas ‘alfinetadas’ entre irmãos.

 

Capítulo 26

 

Sertan morreu?! Caramba (de queixo caído até agora)! Que o Dragão Marinho iria vencer a luta contra o Câncer Dourado disso eu não duvidava (desde o capítulo anterior isso já estava sendo ‘desenhado’ pelo autor), mas que Febo fosse atirar o Sertan para as profundezas do Yomotsu isso eu não esperava. Creio que isso deve ter selado com a morte o destino de Sertan, no entanto, como estamos falando do Sertan, não me surpreenderia que ele arrumasse um jeito de ‘ressuscitar’. Além do desfecho dessa luta, vale destacar todo o embate ideológico daqueles que se envolveram nela (Sertan e Febo). Nesse ponto, tanto o sofrimento como a determinação do Dragão Marinho ficaram palpáveis.

 

Capítulo 27

 

Assim como foi com o Dragão Marinho, Gale se mostrou bastante imponente. Toda sua ação contra os Cavaleiros ficou bem descrita e nesse sentido acima da média para os padrões de Atlântida. Só achei estranho Libânia não conseguir usar em determinado momento suas plantas devido a ausência de água do solo onde elas emergiriam. Há meu ver as plantas usadas pela Amazona de Ouro de Peixes deveriam se alimentar do Cosmo dela usando-o, inclusive, para se desenvolver rapidamente e ser dotado de habilidades especiais.

 

 

 

Com isso, por enquanto, eu encerro meu comentário por aqui, Nikos. Foram mais de duas semanas de leitura de Atlântida nas poucas horas diárias que pude me dedicar. Mergulhei a fundo no seu universo e caramba, como eu me diverti. Uma última coisa... estava dando uma olhada na listagem das histórias aqui do Fórum para decidir por qual história continuaria com minha leitura e percebi que você também publicou One Shots da primeira parte de Atlântida. Obviamente que pretendo lê-lo e farei isto antes de partir para a leitura de outra história dos nossos colegas escritores. Abraços então e nos vemos tão logo no comentário que farei sobre os One Shots de Atlântida.

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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  • 3 semanas depois...

Oi leandro,

Primeiramente, obrigado pelo comentário! Há quanto tempo.

Atlântida realmente não tem o foco em ação, cenário deslumbrante e acontecimentos épicos. Como foi mesmo dito, o principal foco é a trama, baseada em intrigas, traições (que só estão no início).

Que bom que notasse a particularidade dos personagens: a mentira. Isso eu frisei várias vezes nas respostas a vários leitores, mas é legal quando vocês notam isso também. Uma coisa que eu gosto é de deixar os personagens críveis. Nós mentimos, as pessoas mentem. Por isso, meus personagens também mentem, manipulam, entre outras coisas. E, para deixar a trama mais interessante, os leitores não precisam saber quando os personagens estão mentindo para outros. Vocês que tirem as conclusões de acordo com as contradições (Propus, por exemplo, mente descaradamente) ou quando for explícita a mentira mais tarde.

Quanto ao cotidiano, eu tento mostrar que os guerreiros também tem vida, tem amores, ódios, rixinhas. E não é que eu foco no que há de pior nos humanos. Eu manifesto as pessoas como são: recheada de defeitos e sem a máscara heroica que permeia os cavaleiros do zodíaco na saga clássica. Em Atlântida, os cavaleiros são simplesmente inimigos do Império. É uma guerra divina e ideológica, que se afasta do conceito do bem e do mal. Tanto que Febo defende claramente que vai acabar com os cavaleiros para expurgar o mal. E esse discurso é repetido pelos cavaleiros. Cada um defende o ponto de vista e considera o outro lado como o ruim (como em toda a ideologia, vide Brasil), mas esquecem que, dos dois lados, as pessoas são humanas e só se diferem pelo que defendem, e não pelo caráter.

Quanto a ser bonzinho, para mim não há ser humano perfeito, todos tem defeitos, logo, é importante manifestá-los. Não gosto da imagem de herois intocáveis. Que bom que, pela tua balnaça, estou inserindo na medida certa. Gosto de agradar os leitores.

A globalização dos efeitos, tento fazer o mundo se ampliar além da guerra santa estabelecida, mostrando outros povos da´epoca (nórdicos, egípcios) e, sobretudo, inserir num contexto histórico (povos antigos)

Que bom que gostas dos vídeos, mas dão trabalaho de fazê-los kkkkk.

Gosto de comentários extensos, fique a vontade. Vamos aos capítulos

Capítulo 20:

Aparentemente é um Gaiden de Safiya, mas Haqikah diz que sabe onde Safiya estará, ou seja, pode haver continuidade. Além disso, Mensah é um comandante de Poseidon que continua vivo. Ou seja, pode voltar a dar as caras. Talvez.

Tentei embasear uma forma nova de combate e cultura nos guerreiros egípcios (no caso os sacerdotes). Queria fugir um pouco do cosmo dos gregos e da benção das criaturas nórdicas.

Não conheço a obra do Mark, mas gostei do paralelo.

Capítulo 21
Mais uma vez a traição é mostrada e, dessa vez, com uma amazona aparentemente justa e indignada com as mentiras do Grande Mestre (a língua é o chicote do rabo). Está certo que ela estava enfeitiçada, mas, como Haqikah falou, o poder de Néftis só expandiu a ambição da amazona, não a criou.

Capítulo 22

Que bom que gostasse do encerramento. Eu particularmente, gosto bastante dessas reviravoltas. Criá-las ainda é um trabalho mais gratificante.

Capítulo 23

Aqui se mostra a relação do exército de Poseidon (Gale e Thetis; Shail e Íchos). Nota-se, mais umaa vez, como falei, que mesmo os aliados às vezes tem personalidades diferentes. Shail não gosta de Íchos e da sua forma nojenta.

Capítulo 24

O início morno foi mais para apresentar e desenvolver os personagens e dar um ritmo lento para as batalhas que viriam.

Os cenários foram baseados nas doze casas, mas com uma pitada um pouco diferente, que já deu o ar nos dois primeiros, mas vai se intensificar em breve. Que bom que gostasse dessa ideia. Diferentemente da base dos cavaleiros, os cenários se adaptam para favorecer o general, o que torna a invasão ainda mais complicada.

Febo foi o primeiro sim! A ordem dos cenários foge das lutas do anime. E eu acho que eu quis botar Dragão Marinho primeiro, justamente porque ele foi o general que não apareceu de fato em nenhuma obra. Ambos eram fakes (no clássico e em Lost Canvas).

E Sertan apareceu (depois que Gerd revelou a ele). Gosto muito do personagem.

Capítulo 25

Só luta, huhuah, não tem realmente muito o que comentar. Gostei que destacasse as provocações

Capítulo 26

Sabias que Febo iria vencer? Mesmo com Sertan sendo um dos cavaleiros mais aptos para o combate? Eu achei que esse combate realmente seria o mais imprevisível de todos kkkk. Que bom que o desfecho lhe foi surpresa, apesar de ter sido o mesmo fim de MDM.

Acha que Sertan é capaz de ressuscitar? Será? Bem, morto ou vivo, nós sabemos que a sombra de Sertan ainda é de grande força.

Falando em ideologia, aqui mostra mais uma vez como os dois personagens tem motivos realmente fortes para lutarem.

Capítulo 27

Gale, apesar de jovem e ter sido consagrado recentemente, ele se mostra um grande combatente, mostrando a força da academia de Atlântida. Que bom que a ação nesse ponto ficou bem descrita. Sempre fico feliz em me destacar em uma área a qual sei que sou deficitário.

A Libânia consegue produzir os ataques com o cosmo, mas manter um terreno a seu favor é necessário ter os nutrientes para manter as plantas vivas. Não sei se te convenceu, mas foi o motivo a qual levou.

Encerramento

Muito obrigado pela dedicação e pelo comentário trabalhado. Que bom que se divertisse e penetrasse na história. Publiquei Onse Shots também! Já li seu comentário e vou respondê-los

Um abraço

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