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Excalibur! Entre a lança e a espada.


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Olá amigos, há muito tempo eu tenho pensado em escrever uma fanfic baseada em Saint Seiya.
Então, deixo aqui o meu debut no mundo das fics.
Eu sei que tem muito a melhorar, sou bem iniciante, mas com tempo vou me aperfeiçoando.
_____________________________________________________________________________

Excalibur! Entre a lança e a espada.

http://i58.tinypic.com/69gz9k.jpg


Sinopse: Nas altitudes das rarefeitas terras andinas do Peru sobre os restos de um império extinto surge um mal antigo, sedento pelo desejo famigerado de reaver seu império e se vingar daqueles que outrora subjugaram suas crenças e destruíram sua civilização. Caberá somente ao Cavaleiro mais fiel à Atena eliminar esse mal.

Será que existe um plano muito mais sombrio por trás do que parece a vingança intrínseca do passado? Será que a sagrada espada se sobrepõe a lança astral? Será que o império de outrora espalhará o caos sobre a terra? Porque o detentor da Excalibur fora escolhido pelo grande mestre do Santuário para cumprir tal missão?


Em andamento - Índice da fic:

Clique para ver - Prólogo - A grande pirâmide e o Templo do Sol (postado)
Clique para ver - Capítulo 1 - Olhos de puma (postado)
Clique para ver - Capítulo 2 - Jumping Stone! A primeira fortaleza, Ullantay Tampu! (postado)
Clique para ver - Capítulo 3 - Um inimigo inesperado! A fortaleza da víbora! (postado)
Clique para ver - Capítulo 4 - O mestre das ilusões! (postado)
Clique para ver - Capítulo 5 - Revelações! A lança astral se revela. (postado)

Próximo capítulo: Star Hill! Os segredos ocultos do santuário.


Ficha dos personagens:

Clique aqui para ver - Supa Pariacaca

Editado por Thiago A.P
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Em meu nome, dou-lhe as boas vindas à aba de Fics aqui do Fórum.   Seu trabalho, à primeira vista, impressiona de uma forma bastante positiva.   Em começar pela estética do texto que se mostrou, além

Gostei bastante dos dois capítulos apresentados. Senti que sua fic possui uma atmosfera muito semelhante a do Gaiden do Kardia, não sei se foi a intenção, mas acabei tendo essa percepção. Os enriqueci

Prólogo e capítulo um lido.   Estou gostando muito do ambiente e da escolha da sua trama envolvente, uma vez que queria tanto ver esta mitologia destes povos mesoamericanos em ação e ainda Shura como

Prólogo

A grande pirâmide e o templo do sol.”

 

Andes Peruanos.

 

Os raios de sol sempre brilham sobre o vale do rio Urubamba, onde ao sul se encontrava a alta e rarefeita Cuzco com seus 3400 metros de altitude. O lugar se delimitava dentro do Vale Sagrado dos Incas , compreendido entre os povoados de Písac e Ollantaytambo, paralelo ao rio Vilcanota ou Wilcamayu do qual pode-se ter acesso a partir da cidade que outrora fora o mais importante centro administrativo, cultural e político do ido Império Inca.

 

Lá, se compreende uma vasta série de pequenos povoados descendentes dos antigos quíchuas. Tais povoados sobrevivem de uma primitiva agricultura que por pouco não se delimita somente a subsistência, e também do turismo, dos estrangeiros que visitam o vale Huatanay em busca de explorar as ruínas do império do passado.

 

 

Ao menos visitavam...

 

 

Os turistas já não vem mais, não após vários deles terem sido assassinados de forma misteriosa e terem seus corpos transpassados por lanças prateadas, e ainda seus pescoços parcialmente degolados, sem uma gota sequer de sangue ao topo das ruínas do Korikancha, o Templo do Sol, remetendo a um antigo ritual de oferenda aos deuses Incas, abominável, abolido e esquecido até mesmo pelos próprios imperadores Incas das últimas dinastias.

 

Nada mais era o mesmo desde que um raio de luz incessante e incandescente destruiu uma igreja dominicana que fora construída ao topo do Korikancha, por dominicanos na época da conquista espanhola. Uma forte névoa envolvia o templo e também a grande pirâmide Intihuatana, ambos já não eram mais ruínas, era como se o raio, a luz do sol e a estranha névoa lhe trouxessem vida e o fizessem reerguer seu passado, numa época de conquistas, guerras e sacrifícios.

 

Parece que o passado renascera...

 

 

Os descendentes dos quíchuas, moradores do povoado, sopravam, uns para os outros que Inti havia enviado seu filho novamente, para lhe trazerem bênçãos do Hanan Pacha como profetizado por Atahualpa, último imperador Inca, antes de ser assassinado pelos espanhóis.

 

 

Mas eis que, do alto da grande Intihuatana, no meio da névoa surgem silhuetas de cerca de vinte homens, que ao posicionaram de cabeça baixa, na parte terciaria da pirâmide era possível ver que todos tinham pele parda com longos cabelos pretos até os quadris, presos com adornos alaranjados feitos das penas do tunqui. Seus corpos estavam revestidos por armaduras de um metal opaco, que lembrava a tonalidade de rochas, com grandes gravuras que representavam o puma. Em suas mãos, carregavam lanças, feitas do mesmo metal que lhe fora confeccionada suas armaduras, todos os homens se se prostraram em direção ao leste, onde se localizava o Korikancha.

 

 

Do Templo do Sol, viu-se a figura de mais cinco silhuetas por entre a névoa, que ao mostrarem as faces para a pequena população (que se indagava) se revelaram de grande pompa: nas pontas, também com lanças e armaduras, bem mais adornadas e vistosas que as dos guerreiros prostrados na pirâmide, era possível ver dois fortes e imponentes guerreiros, um de cada lado, também de pele parda e cabelos negros, porém, seus adornos que prendiam os cabelos eram de ossos e com pinturas faciais que lembravam pinturas de guerra.

 

O Sol havia enviado seu filho novamente...

 

 

Posicionados mais ao meio, estavam uma mulher e um homem. A mulher trajava um longo vestido branco de seda que lhe batia nos calcanhares, seu pescoço, estava brilhante, devido a luz do grande raio que lhe fletia nos pomposos colares dourados e que também ressaltavam seus adornos igualmente dourados em seus cabelos pretos, seu rosto era sereno e belo, tal qual de uma bela princesa na flor de sua juventude. Ao seu lado, o homem cujo os olhos pareciam emanar fogo, de tão raivosos, esse tinha uma postura arrogante, sua armadura era de um metal polido, reflexivo, porém com gravuras douradas de um puma, o manto que lhe recobria parte do corpo parecia ser feito de pelos de algum tipo de animal que fora caçado a muito tempo. Em sua mão direita trazia um báculo com uma personificação dourada do sol e em sua cabeça, um brilhante elmo dourado.

 

Voltou-se ao povo. Encarou-lhes com aqueles olhos de fogo, pomposamente caminhou até a ponta do topo do templo, e com sua voz firme como relampejo disse convictamente:

 

- Ouçam atenciosamente, ó descendentes de Inti. Eis que o Sol enviou seu filho novamente. Enviou-o para nos vingar daqueles que vieram pelos mares, nos ultrajaram, humilharam e destruíram nosso Tawantinsuyu. Ó caros herdeiros de Pachacamac que os opositores virem sacrifícios a nossa grande Huaca e que erguemos juntos, o império que nos foi tirado!

 

O homem então sintetiza o raio do sol por seu báculo que levanta uma grande estátua dourada de forma redonda, com a gravura de uma face nela, por onde era possível ver escorrer o resquício de sangue. Sangue humano!

 

 

 

Ao lado do homem que acabara de se proferir ao povo, estava parada uma figura que destoava fisicamente de todos aqueles antes vistos. Ele era ruivo, a pele era extremamente pálida, vestia uma armadura prateada, em seus lábios havia um pequeno sorriso, tão frio e tão obscuro. Seus olhos fitavam a Huaca dourada recém-erguida...

 

Ele usava uma armadura de prata...

Editado por Phoenix_Leo
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Em meu nome, dou-lhe as boas vindas à aba de Fics aqui do Fórum.

 

Seu trabalho, à primeira vista, impressiona de uma forma bastante positiva.

 

Em começar pela estética do texto que se mostrou, além de organizado, agradável aos olhos.

 

Quanta a trama, mesmo sendo prematura qualquer análise, conseguiu despertar em mim, o interesse, para continuar acompanhando, e a expectativa pelas continuações.

 

As referências geográficas e históricas sobressaíram, sendo o maior destaque, enriquecendo o Prólogo, com informações de caráter didático, sem torná-lo maçante...

 

Parabéns!

 

Outro ponto favorável que mereceu nota foi à gramática. Mostrando-se perto do impecável, está conferiu ao texto, ótima coesão e descrições verossímeis, dos personagens e cenários.

 

Em suma... para um começo... considerei excelente...

 

O parabenizo novamente e deixo a cá, para encerrarmos, o meu abraço!

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Leandro Maciel Bacelar agradeço-te as boas vindas e também os elogios e considerações acerca da fic. Fico extremamente satisfeito em despertar seu interesse. Em breve estarei postando o primeiro capítulo.

 

Abraços!

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Capítulo1

Olhos de Puma.”

Santuário de Atena, Grécia.

 

Era noite. A lua cheia em seu esplendor fazia iluminar as doze casas do zodíaco. Noite silenciosa... O silêncio era quebrado somente pelo barulho dos passos titilantes que eram dados por aquele que é o protetor da décima casa, ele rumava escadaria acima ao salão do Grande Mestre que o convocara. Passara pela casa de Aquário observara o protetor daquela casa, à distância, fitando as estrelas, ouvira dizer que aquele era o senhor das neves. Passara por Peixes... Vazia...

 

 

Chegou enfim, parou por um instante, comtemplou a entrada do grande salão, a luz dos candelabros iluminou de repentina sua armadura dourada. Enfim entrou. Viu o grande patriarca do santuário, repousado majestosamente em seu trono. Usava um manto alvo com pequenos detalhes dourados, em suas mãos, ostentava dedos com belíssimos anéis dourados, mesma cor de seu elmo, que sombreava seu rosto e pelo qual, seus longos cabelos verde-claro escorriam:

- Shura de Capricórnio... – O mestre fez ressoar sua voz serena, porém imponente.

 

Shura no mesmo momento se prostra em sinal de respeito, sua grande capa branca de seda recai sobre sua armadura de ouro. Ao mesmo momento que o mestre continua a falar:

 

- Shura, o que sabes sobre Cuzco e a civilização Inca?

O capricorniano levantou a cabeça, por um instante, e prontamente respondeu o patriarca:

- Inca mestre? Aquela civilização que se extinguiu com a invasão dos Espanhóis na América do Sul a uns séculos atrás?

- Exatamente... E Cuzco, era sua capital, fundada pelo imperador Manco Capac no século XI, na cidade existem as ruinas do que os Incas chamavam de Templo do Sol, a cidade é transpassada pelo Lago Titicaca e situa-se sudeste do Vale Huatanay, que os Incas consideravam sagrados. Porém, atualmente, lá só habitam alguns povos camponeses que vivem do cultivo de milho e do turismo...

Shura continuava prostrado, escutando as palavras da serena e límpida voz do mestre que ainda estava a palavrear:

- E o problema, é que vários destes turistas desapareceram misteriosamente, ao visitarem o vale, além do mais, uma estranha cosmo-energia se condensou naquela região. Ambos os fatos podem estar interligados... Então, gostaria que você fosse até lá e averiguasse os desaparecimentos, e essa cosmo-energia desestabilizada e condensada que emana do lugar.

 

- Sinto – me honrado por confiar-me tal missão, eu, Shura, o mais fiel a Atena cumprírei-la da mais perfeita forma possível, Grande mestre!

Shura se levantou e pediu permissão para se retirar, o mestre acenou-lhe positivamente com a cabeça. Então se retirou...

 

Tal missão... Capricórnio Dourado...

 

O cavaleiro de ouro, no caminho de volta, se perguntara o porquê do mestre não ter escolhido um cavaleiro de prata, que são normalmente escalados para esse tipo de missão, ao invés de si. Será porque falava espanhol? Mas não importava, não lhe apetecia questionar ordens do Grande Mestre. Até que então se percebe dentro de sua casa. Observava a estátua da Deusa Atena entregando a espada Excalibur a seu soldado mais fiel. Então teve certeza, O mestre lhe escolhera por ser o mais leal a Atena...

 

Na manhã do dia seguinte, Shura já se via na embarcação que o levaria da Grécia até o Peru, uma longa viagem. Trajava roupas civis, Calça de veludo cinza, sapatos marrons envelhecidos, uma camisa bege recoberta por uma manta de pele, aos seus pés, estava uma grande caixa coberta por um fino pano encardido, que em um passado distante fora branco. Shura olhava atentamente o mapa da cidade de Cuzco. Era estranho, o plano da antiga cidade tem forma de um puma.

 

Uma longa viagem... Em forma de um puma...

 

Após muito tremelicar no mar, a embarcação quase vazia chega a seu destino. Shura, uma das poucas pessoas a bordo, ouvira que os turistas e mercadores estavam evitando os Andes peruanos devido ao desaparecimento de inúmeros estrangeiros, em sua maioria, Europeus.

 

Já se encontrava perto a Huatanay, vale cortado por rios, Vilcanota, gigantesco e límpido. O sagrado rio é tão extenso, que se segue aos países vizinhos, dando origem ao Rio Amazonas. E mais afrente era possível ver o Urubamba, pelo qual se adentra a cidade de Cuzco, O cavaleiro de ouro então seguiu até lá, vendo ao horizonte a cidade e um raio de luz brilhante, que parecia até um túnel ao sol.

O raio de luz e a névoa...

 

 

Subida montanhosa, rarefeita, lugar íngreme. Se não tivesse a resistência física de um cavaleiro provavelmente já haveria desmaiado. Treinara nos Pireneus, cordilheira ao sudoeste da Europa que forma naturalmente uma fronteira franco-espanhola. Altitude... Rarefeita.

 

Estava divagando por um momento, e no outro se viu cercado de por volta de sete homens pardos com armaduras opacas de um metal cor-rocha, agitando suas lanças, como povos primitivos faziam para intimidar sua caça.

 

Armaduras com grandes gravuras de um puma... Para intimidar sua caça.

 

 

Entre palavras esvoaçadas de um dialeto quíchua, diziam para Shura em um castelhano ríspido que nas terras de Tahuantinsuyu estrangeiros viravam oferendas para seu Supa Inca e a Huaca de seu deus, e que aquele seria seu destino pela graça do filho de Inty, o Sol. Então atiraram suas lanças que reluziam-a-sol em direção do cavaleiro. Fez um movimento acrobático no ar e escapou delas. Exceto uma, que lhe passou de raspão na urna que carregava, rasgando o pano que a recobria, revelando assim suas dimensões douradas.

 

Shura sereno levantou o braço direito em direção aos céus com os dedos retilíneos e o abaixou até a metade, suficiente para fazer feixes luminosos saltarem do chão, atingindo cinco daqueles homens em cheio, cortando suas armaduras, causando-lhes feridas mortais e lhes lançando contra o chão com o sangue se esvaindo. Os outros dois fugiram estarrecidos.

 

Velocidade da luz...

 

Olhou ao lado, viu um garoto amarrado com cordas. A pobre criança serviria de sacrifício, um ritual bizarro. Então, o cavaleiro somente deu alguns passos á frente e bateu o dedo indicador no ar. As amarras que prendiam aquele menino se cortaram, tal qual mágica, e o franzino de olhos chorões saiu espantado em disparada. Shura pensou em seguir os dois guerreiros que haviam escapado, mas preferiu seguir em direção a Cuzco. E ao feixe de luz.

 

A luz era mais importante... Cosmo-energia condensada...

 

Os dois soldados rasos estavam no templo do sol, narrando a seu Supa Inca, Manco Capac, oque acabara de acontecer às margens do Urubamba, sobre o estrangeiro da urna dourada com a gravura de um bode que havia, feito mágica, assassinado cinco soldados de uma única vez.

 

O imponente Manco Capac ouvia o relato sentado em seu trono de ouro, com seus longos cabelos negros adornados por ouro cobrindo seu rosto e com seu báculo representando o sol em sua mão direita, mostrava desdém. Porém o homem de pé ao seu lado, ruivo, pálido e vestido em uma armadura que reluzia a prata, se mostrou um tanto interessado na parte referente ao estrangeiro da urna dourada com a gravura de um bode, levantou os olhos e parecia pensativo fitou a enorme Huaca dourada pela qual ascendia o enorme raio de luz.

 

Capricórnio Dourado... Cavaleiro de Ouro!

 

Capac vociferou, seu império se solidificara novamente, seu império renascera, e qualquer um que com audácia tola se opuser, terá o sangue servido como oferenda a Huaca. Então se levantou e seus cabelos esvoaçaram-se, deixando seu rosto pardo a amostra. E ele tinha olhos de Puma!

 

 

Aguardem o próximo capítulo: Jumping Stone! A primeira fortaleza, Ullantay Tampu!

Editado por Phoenix_Leo
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Gostei bastante dos dois capítulos apresentados. Senti que sua fic possui uma atmosfera muito semelhante a do Gaiden do Kardia, não sei se foi a intenção, mas acabei tendo essa percepção. Os enriquecimentos geográficos das regiões que está abordando, ao serem transpostos para o texto, só contribuiu para a qualidade da fic como um todo.

 

Shura pelo visto será o protagonista da sua fic e gostei muito do momento em que ele acha que foi escolhido por ser o mais fiel a Atena. Não sei se foi uma passagem que você explica algo que realmente é verdade, ou se foi apenas um pensamento do Cavaleiro em si, mas independente disso, gostei da passagem.

 

Curioso para saber como essa trama vai se desenrolar, de qualquer forma, seja bem vindo a aba e parabéns pelo trabalho. Abraço!

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Gustavo Fernandes muito obrigado por ler. Quanto atmosfera semelhante ao Gaiden do Kardia não foi intencional não.

Quanto aos detalhes geográficos, eu procurei ser o mais direto possível para não ser maçante e ficar parecendo mais uma enciclopédia do que uma fic, mas não abri mão de tais detalhes pois de ilustrar a fic como um todo para criar ambiência e sem falar que é muito complicado abordar a cultura/mitologia sul-americana sem dar dados de localização e características geográficas. Por isso, tentei ser sucinto, porém preciso e tentando não ser maçante.

 

Shura pelo visto será o protagonista da sua fic e gostei muito do momento em que ele acha que foi escolhido por ser o mais fiel a Atena. Não sei se foi uma passagem que você explica algo que realmente é verdade, ou se foi apenas um pensamento do Cavaleiro em si, mas independente disso, gostei da passagem.

 

Sim, Shura será o protagonista. Pretendo explicar isso, mas por enquanto prefiro deixar no ar...

 

 

Curioso para saber como essa trama vai se desenrolar, de qualquer forma, seja bem vindo a aba e parabéns pelo trabalho. Abraço!

 

Fico feliz que tenho despertado-te curiosidade! Muito obrigado pelas considerações e abraço!

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Prólogo e capítulo um lido.

 

Estou gostando muito do ambiente e da escolha da sua trama envolvente, uma vez que queria tanto ver esta mitologia destes povos mesoamericanos em ação e ainda Shura como protagonista desta história.

 

Parabéns, continua assim e abraços.

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Muito obrigado por ler Saint Mystic! Realmente optei por escrever acerca da temática das civilizações da América pré-colombiana justamente por não ser uma cultura muito trabalhada nesse meio das fics. E olha que é uma cultura riquíssima de detalhes!

 

Mais uma vez obrigado por acompanhar. Abraço.

Editado por Phoenix_Leo
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Olá Leo, bem vindo à aba das fics! Sou o Nikos e espero que crie bastantes amizades aqui no fórum! Vale a pena.


Tua fic já apresentou uma boa impressão quanto à estrutura e narrativa. Foi uma narrativa densa, bem fluída, com uma boa gramática e descrições de cenários, pensamentos, entre outras coisas. A parte em que Shura tem um dilema consigo próprio foi bem natural e digna de elogios.

A história... o que dizer? O que é aquele guerreiro de armadura prateada? Será um cavaleiro traidor, ou o prata simplesmetne era o material ou a cor? Interessante essas possibilidades.

Outro ponto da história é... em que tempo isso aconteceu? Era Saga ou Shion quem comandou o Shura. Por que a casa de peixes estava vazia (acho que é só porque ela estava vazia mesmo. kkk). Gostei da aparição do cavaleiro de Aquário (Kamus).

Agora, os "inimigos" geraram uma trama interessante, com o sumiço de vários turistas. Acho que tua fic não será tão longa, porque eles não me parecem ser tão ameaçadores assim afimd e criarem uma guerra. Mas vamos dar tempo ao tempo. Gostei da parte das lanças e de todo o entorno. O fim também foi digno de nota, com a questão de Capac e os olhos de Puma!

Está no início, então a única coisa que surge são suposições. Mas vamos lá, espero bastante da tua história! Interessante são os poucos diálogos, o que mostra uma dedicação às descrições e pensamentos!

Então é isso, Leo, bem vindo novamente e aproveite!

Parabéns

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Olá Leo, bem vindo à aba das fics! Sou o Nikos e espero que crie bastantes amizades aqui no fórum! Vale a pena.

 

Olá Nikos, obrigado por ler! E pelas boas vindas.

 

 

Tua fic já apresentou uma boa impressão quanto à estrutura e narrativa. Foi uma narrativa densa, bem fluída, com uma boa gramática e descrições de cenários, pensamentos, entre outras coisas. A parte em que Shura tem um dilema consigo próprio foi bem natural e digna de elogios.

 

A história... o que dizer? O que é aquele guerreiro de armadura prateada? Será um cavaleiro traidor, ou o prata simplesmetne era o material ou a cor? Interessante essas possibilidades.

Sim, a intenção é valorizar os pensamentos e lugares, e fazer a história fluir por meio deles. Quanto ao guerreiro de armadura prateada, deixo no ar! Vai ainda vai ter um ou dois capítulos até a identidade dele ser revelada, mas te garanto que já dei algumas pistas.

 

 

Outro ponto da história é... em que tempo isso aconteceu? Era Saga ou Shion quem comandou o Shura. Por que a casa de peixes estava vazia (acho que é só porque ela estava vazia mesmo. kkk). Gostei da aparição do cavaleiro de Aquário (Kamus).

 

A questão do tempo, a própria história vai revelar, e quanto quem era o grande ao mestre, igualmente o próprio texto já deu algumas dicas, mas será revelado mais pra frente também.

 

 

Agora, os "inimigos" geraram uma trama interessante, com o sumiço de vários turistas. Acho que tua fic não será tão longa, porque eles não me parecem ser tão ameaçadores assim afimd e criarem uma guerra. Mas vamos dar tempo ao tempo. Gostei da parte das lanças e de todo o entorno. O fim também foi digno de nota, com a questão de Capac e os olhos de Puma!

 

Não será uma fic longa, no máximo uns 11 ou 12 capítulos. As lanças tem todo um simbolismo na fic que será revelado mais pra frente. E a questão do Puma também é um simbolismo quanto a civilização Inca.

 

 

Está no início, então a única coisa que surge são suposições. Mas vamos lá, espero bastante da tua história! Interessante são os poucos diálogos, o que mostra uma dedicação às descrições e pensamentos!

 

Sim, esses dois primeiros capítulos, foram para deixar dúvidas no ar e abrir caminho para a trama e a ação em si.

 

 

Então é isso, Leo, bem vindo novamente e aproveite!

 

Parabéns

 

Muito obrigado por ler e pelas considerações.

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Phoenix,

 

Como novo membro, sugiro que dê uma passada nas outras fics do fórum! É sempre bom ler o material dos outros. Isso ajuda a gente a evoluir na própria escrita e a fazer amizades

A minha talvez assuste (já tem uns 50 capítulos), então nem vou indicar de cara. Se quiseres futuramente (ou até agora), fique a vontade. Mas procure dar olhada nas menorzinhas, que ainda não tiveram tantos capítulos (menos de 20 ou 30) e que estão sendo atualizadas com mais frequência!

Divirta-se!

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Phoenix,

 

Como novo membro, sugiro que dê uma passada nas outras fics do fórum! É sempre bom ler o material dos outros. Isso ajuda a gente a evoluir na própria escrita e a fazer amizades

 

A minha talvez assuste (já tem uns 50 capítulos), então nem vou indicar de cara. Se quiseres futuramente (ou até agora), fique a vontade. Mas procure dar olhada nas menorzinhas, que ainda não tiveram tantos capítulos (menos de 20 ou 30) e que estão sendo atualizadas com mais frequência!

 

Divirta-se!

 

Já acompanhei algumas na primeira vez que fiz parte do fórum por volta de 2010 e 2011.

 

Já estou acompanhando duas, inclusive! Heehehehe. Vou ler a sua sim. Obrigado pelas dicas!

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Capítulo 2
Jumping Stone! A primeira fortaleza, Ullantay Tampu.”

Uma típica viagem de família, seus pais, antes a beira da separação, agora pareciam mais apaixonados que nunca. Seu irmão maior, emburrado, abandonara os videogames, a namorada, os colegas da banda, e as demais futilidades e simplicidades da fugaz e efervescente vida adolescente e tivera que ir a tal viagem em família, na verdade, não culpava o irmão, também não aprovara o destino escolhido pelos pais. “Peru, resquícios da civilização Inca?” pensara. “Mas que chatice”.

 

Não ligava. Nunca gostara das aulas de história...

- Hector, Pierre, Marie vejam isso! – Chamou a Mãe alta, loira, bela com empolgação.

- Incrível Louise! Vejam crianças, esse enorme templo! – Apontava o homem de meia idade, calças caqui, camisa social azul e quase calvo e com óculos com gigantes lentes redondas com as hastes coladas preguiçosamente com fita adesiva.

- Si Señor! Estes são as ruínas do que sobrou do Templo do Sol, em quíchua antigo, Korikancha. É dedicado ao deus Sol Inty e ao seu filho, Manco Capac que no século XI fundou esta cidade, Cuzco e o império Inca. – Disse com um sotaque castelhano o guia que acompanhava a comitiva de turistas, em sua maioria, espanhóis, franceses e ingleses que vieram se aventurar pela cidade lendária dos Incas.

 

Marie não ligou tampouco Hector, seu irmão. Estavam mais interessados em azucrinar um ao outro, o rapaz beirando seus 17 anos, sardento, alto e magrelo tentava colar uma ascosa goma de mascar nos longos cabelos loiros da irmã, dois anos mais nova, que socava-lhe os ombros com cara de repulsa. A família Du Bois se divertia. Cada um a seu modo.

Então veio aquela luz... Lugar errado... E o homem de prata... Hora errada...

 

Agora já não se divertia mais. Lacrimejantes olhos pesados, mãos e pés amarrados, jogada ao chão de rocha, cheiro sórdido de decomposição. Vira o irmão ser morto, teve lanças transversas a seu corpo, seu sangue foi jogado naquela orbicular estátua dourada que emanava... Aquela luz... O pai sumira. A mãe foi levada dali por aqueles homens vestidos de armadura opaca. Sabia que sua hora chegaria.

 

Homem forte, pardo, armadura de metal fosco com gravuras de um grande e imponente Falcão no peitoral. Em seus ombros e pescoço, pelego de um animal que parecia recém-caçado, cabelos negros escorridos, presos por um adorno de osso (humano), pintura azul no rosto e uma enorme lança azulada, um pouco curva para a direita, em sua mão direita:

- Cerca de 10 mais sacrifícios bastam para a Huaca de Tampu. Use os estrangeiros capturados. Menos a jovem e pura, ela será usada na Huaca de Korikancha. É o necessário para trazer nosso Inty do Hanan Pacha, sangue jovem e puro, e assim amaldiçoarmos o homem branco, e sua linhagem e a linhagem de sua linhagem.

O guerreiro raso a seus pés acenou positivamente com a cabeça e logo em seguida com tom de dúvida lançou:

- Supa Pariacaca, devo avisar nosso Supa Inca Manco Copac e o senhor Honor sobre a finalização do reerguimento da fortaleza de Sacsayhuaman?

 

- Não! Cabe a Supa Ekeko fazer isso. – Respondeu Pariacaca com ar ignóbil – Essa fortaleza é de responsabilidade dele, além do que quanto menos contato com aquele estrangeiro de prata houver, melhor. É abjeto e torpe que um estrangeiro faça a guarda pessoal de nosso Supa Inca e da grande pirâmide Intihuatana...

 

O imponente guerreiro observou o sangue dos sacrifícios serem lançados sobre a grande estátua dourada talhada em forma arredondada e com gravura de falcão.

 

Estrangeiro de prata...

Shura preferiu seguir em direção ao centro do raio de luz. Seguiu pela mata que circundava o vale do rio Vilcanota que dava acesso ao povoado Písac. Achou que ir pelo povoado principal direto a Cuzco chamaria muita atenção, então preferiu seguir pelo contorno da mata. Parou. Ouviu pequenos passos, seguidos de uma respiração ofegante:

- Estava me seguindo esse tempo todo? – Disse Shura, meio que ao ar.

Então um garoto, o mesmo que acabara de salvar, sai de trás de um monte emaranhado de cipós, com feições estarrecidas:

- Hã? Como o senhor sabia que eu estava aqui? Você é algum tipo de bruxo, ou algo do tipo?

Shura não respondeu, voltando a seguir em frente, o garoto o seguia com passos ligeiros.

- Como fez aquela coisa com os braços? Sabe, àquela hora?

Shura não se manifestara.

 

- Você é algum tipo de lutador ou algo assim?

O santo impacientemente responde:

- Você fala demais para um garoto. E pare de me seguir.

Mal o dourado terminara de falar e o garoto dispara:

- Você sabia que vai morrer né? Não deveria ter matado aqueles homens lá perto do rio.

- Que moleque mais mal agradecido. Deveria ter te deixado lá... – Murmurou Shura baixinho.

- O garoto tem razão! – Ecoou uma voz em um sotaque francês.

 

Shura parou. Pôs - se em posição de ofensiva. Porém eis que vê saindo do meio das arvores um homem de meia idade, de óculos, calvo e meio barrigudo, vestindo calças caqui sujas e surradas e uma camisa social azul rasgada e desfiada.

- É melhor ir embora daqui enquanto ainda estas em tempo, estrangeiras são todos mortos aqui. – Disse o homem, com sotaque francês, ajeitando os óculos.

Shura saiu da posição de ofensiva. O homem não representara ameaça.

- Não estou aqui à procura de conselhos, amigo. E além do mais, você não parece ser daqui, se disse que forasteiros são mortos, você é quem deveria sair daqui... – Disse Shura, se voltando e recomeçando a andar.

 

Além do que ele não era um homem normal...

- Porque eu ainda estou aqui?! Porque tenho uma família, mulher e dois filhos, para resgatar daquelas malditas coisas... Para que não os matem, e joguem seu sangue naquelas malditas pedras, de onde sai àquela luz... – Vociferou o homem, que a final da fala, já estava com voz embargada e olhos lacrimejando.

 

Shura parou no mesmo instante... Aquela luz... Voltou-se para o homem e perguntou-lhe oque sabia sobre as luzes e os sacrifícios.

- Ora, Ora, o senhor “não preciso de conselhos” se interessou... - O homem levantou o rosto, meio emburrado. – Pois bem, se quer mesmo saber, e se lhe vale de aviso, uns loucos, vestidos de Incas, estão sequestrando e assassinando turistas, eu e minha família viemos da França, bem, antes eram só turistas, agora até mesmo os Quíchua da região, para alimentar umas porcarias de estátuas redondas, das quais saem aquelas luzes.

O homem apontou para três direções, explicando que os raios de luzes menores que saiam de lugares distintos iam em direção da luz maior, em um quarto local e que tais luzes emanavam de estátuas de pedra, que eram alimentadas por sangue humano.

 

Luz maior... Aquela névoa... Loucos Incas...

- E como sabe de tudo isso? – Disse Shura, com um pouco de desconfiança...

Novamente, lagrimas voltaram às feições rechonchudas do homem, o sofrimento, mãos aos olhos:

- É que eu... Estive preso numa daquelas ruínas... Minha família... Eu... Consegui escapar da vista dos guardas, e fugi. Preciso resgata-los antes que... – Sua voz se emaranhou com soluços e lágrimas. – Antes, que algo ruim aconteça a eles. E aviso-te que se não quiser que algo te aconteça, é melhor voltar por aonde veio.

 

- Mas ele é algum tipo de lutador! Matou CINCO soldados lá no rio!!! – Disse com euforia o garoto, cuja presença havia sido esquecida durante aquele diálogo.

 

Antes mesmo de o homem terminar sua explicação, Shura já se encontrava seguindo em direção norte. De onde era possível ver emergir um dos raios de luz menores que juntamente com outros dois, que emergiam de locais ao nordeste e ao sudeste se misturavam com um principal, emergido do sul.

 

Afinal não era um homem normal... Um tipo de lutador... Cavaleiro de Ouro...

 

Ele sentia aquele grande cosmo dourado, familiar, se aproximando. Por mais que sua presunção fosse exacerbada, sabia que um Santo de Ouro poderia fazer o curso dos planos correrem de forma contrária. O santuário seria um empecilho. Sua armadura prateada reluzia com os raios de sol que nela batiam, seus cabelos ruivos esvoaçavam-se e bagunçava-se com o vento, sua capa parecia dançar conforme a melodia do ar.

 

Aproximou-se daqueles grandes muros de rocha sedimentada. Passou por uma estreita e escura entrada, viu uma antessala, uma sala e quando voltou a céu aberto, viu o templo. O templo da fortaleza Ullantay Tampu. Aproximara-se da entrada do templo com a saudação respeitosa dos soldados que lá faziam a guarda com suas lanças postas em sentido.

 

Não chegou a entrar. Pois do templo saiu carrancudo, Supa Pariacaca, de imponente graça e presença. Os soldados rasos se mostram ainda mais respeitosos com esse. O forte guerreiro cuja armadura tinha um falcão gravado olhou o homem ruivo com desdém e repulsa, mas que não lhe afetara nem um pouco:

- Sinto uma cosmo energia se aproximando desta fortaleza. Espero que tudo esteja devidamente em seus conformes. – Disse o ruivo de armadura prateada.

O guerreiro Supa, mostrou asco diante do homem:

- Cosmo? Se quiser estar aqui em Tawantisuyu, vai ter mudar esse seu jeito de se referir as coisas. É repulsivo que tenhamos um estrangeiro no meio nós. Só lhe aturamos porque nosso Supa Inca, Manco Capac lhe tem muita estima. Caso contrário, seu sangue já estaria em nossas Huacas...

- Não é pra menos que Capac me tenha estima, eu trouxe todos vocês de volta a vida, aliais, você deveria ser um pouco mais grato. Se não fosse por mim, tudo seriam fósseis agora e suas almas estariam apodrecendo no mundo dos mortos. Que vocês chamam de Uku Pacha. Mas enfim, um possível inimigo se aproxima, é bom estar preparado. – Disse o ruivo, virando as costas.

 

Cosmo tão familiar... Capricórnio dourado...

 

Shura passara da mata, entrara em um vilarejo de lá era possível ver o grande forte de pedra. Era incrível, como um lugar todo, que dias atrás eram somente ruínas de séculos de esquecimento parecia ter sido construído a não muitos meses... Havia pessoas lá, ele podia senti-las. Mas estavam escondidas, com medo. Há dias, com medo.

 

Séculos de esquecimento... Dias atrás eram somente ruínas... Aquela névoa, Incas loucos.

Shura então consultou o mapa de Cuzco novamente. Viu que estava no vilarejo de Písac, e mais á frente, a grande construção de rocha da qual emergia a luz, a fortaleza militar Ullantay Tampu, na qual, nos séculos XII e XIII eram feitos sacrifícios em oferenda ao deus Falcão. Olhou em volta: viu as plantações de milho, secas, como se tivessem sido esquecidas lá.

 

O santo adentrou a fortaleza. Na antessala, foi surpreendido por armadilhas, flechas em chamas voaram em sua direção. Com destreza desviou. Na próxima sala, havia um grande totem de falcão, dos seus olhos, mais armadilhas, magma denso em gêiser. O cavaleiro novamente foi hábil.

 

Viu-se a céu aberto novamente, mais afrente, um templo. Cinco soldados lhe surpreenderam atirando lanças inflamáveis, em contra ataque, Shura disparou feixes de luz cortantes. Esses pareciam mais fortes que os outros. Novamente lanças. Porém eram lentos. Shura dispara com suas pernas, feixes que cortam ao meio todos os soldados de uma vez.

- Devo lhe confessar que não é todo dia que vejo alguém assassinar cinco guardas Supa de uma vez. Digno de nota. Em homenagem a isso, sua morte vai ser rápida, porém não garanto que será indolor. – Disse o guerreiro Supa com palmas irônicas, saindo da entrada do templo.

 

- Você deveria fazer menos juízo da morte alheia. Não lhe soa meio arrogante?- Disse Shura, já pressentindo a ameaça.

 

Eis que Shura retira a urna dourada das costas, emanava em como dourado. A urna se abre, revelando a sagrada armadura de ouro de Capricórnio. Que em pleno fervor de cosmo, veste-se em Shura. O cavaleiro parecia imponente em sua veste sagrada, tal qual um guerreiro mitológico em um front de guerra.

- Um cavaleiro! Tenho repudia por vocês. Logo, esqueça oque eu disse antes sobre morrer rapidamente! – Supa Pariacaca se exaltou.

 

Um cavaleiro... Mas como ele poderia saber...

 

- Qusqu Samay! (*Ar pesado de Cuzco em Quíchua antigo) Lançou o Supa erguendo sua lança azulada, ligeiramente curva a direita.

 

Fluxos de ventania vindos de todas as direções atingiram Shura em cheio. O cavaleiro sentiu como se o peito estivesse sendo apertado e como se isso estivesse impedindo sua respiração. Duas massas de ar se chocaram, na frente atingindo-lhe o peito e por trás, atingindo-lhe as costas ao mesmo tempo. Seu corpo é impactado ao chão com violência fazendo subir poeira.

 

Se não fosse a armadura de ouro, seu corpo teria se partido... Impacto terrível. Poder terrível.

 

O guerreiro se voltou, e enquanto retornava ao interior do templo disse com tom de zombaria:

- Esperava mais de um usando armadura dourada. Mas são todos o mesmo lixo, seja de prata ou ouro...

 

Seja de prata ou de ouro... Mas como ele poderia saber...

Já no interior do templo, o Supa percebeu a silhueta dourada recostada a entrada. Ficou surpreso, como seu golpe não o matara?

 

Mas é claro, não era um homem normal...

 

Shura olhava tudo. Percebeu a Huaca em forma de falcão, pela qual a luz emergia. Percebeu as pessoas amarradas, esperando pela morte. Percebeu as pedras que formavam as paredes circulares, tão velhas, mas ao mesmo tempo tão nupérrimas...

- Não terminei com você ainda, não é? Subjuguei-te... Como tenho asco de seres hediondos como vocês, encerrarei isso. – Disse o guerreiro Supa.

Shura se aproximou, pé-ante-pé, como se estivesse em uma gloriosa marcha incauta. Sua armadura fulgurou seu cosmo dourado. As pedras em que pisava, trincavam.

- Hediondos? Será que não vê oque está a fazer? Essas pessoas amarradas, esperando para serem sacrificadas por você? – Disse Shura, com o cosmo cintilante.

 

- Vocês estrangeiros, vieram do mar. Destruíram nossos templos, impuseram sua fé. Devastaram nossas terras, escravizaram nosso povo. Isso que estamos fazendo é só uma pequena lasca da vingança, como a grande pedra que é. Arcarão com seus pecados ajudando a reerguer nosso Tawantinsuyu e trazer nosso sol de volta à vida com seu sangue. Pagarão sangue com sangue!

O Cavaleiro de Capricórnio lançou feixes de luz cortantes em direção a Pariacaca. Os feixes despedaçaram o peito de sua armadura, fazendo os pedaços titilarem no chão de rocha. Os olhos do guerreiro Supa, ascenderam em um misto de ódio e espanto. Ele levando sua lança, um involucro de luz surgiu em sua volta.

- Qusqu Tampu! (*Ave-rapineira de Cuzco em Quíchua antigo)

 

O Supa atirou sua lança contra Shura, e logo em seguida ela se transformou em uma tempestade de relâmpagos, ar e agua que se juntaram formando um gêiser horizontal que lhe acertou o peito. O dourado teve a impressão que uma tempestade se condensara e atravessara seu peito. Foi lançado ao chão com tanta força quanto da vez anterior, abrindo uma enorme fenda na rocha. Sua armadura dourada trincou levemente em algumas áreas.

 

Pariacaca deu a luta como vencida, e suspirou com ar de arrogância. Mas eis que é surpreendido pelo Santo de ouro mais uma vez:

 

- Você culpa pessoas inocentes pelos erros cometidos por outras. Isso é um entojo, é covardia. Eu sou alguém que presa à honra acima de tudo. E você sintetiza o oposto do significado de honra. Então, cabe a mim, que sou o mais leal aos meus princípios, dar um basta nessa vergonha que você é.

- Ah é? E como você pretende fazer iss...Oque! Então o guerreiro Supa é surpreendido com Shura a suas costas.

 

- Jumping Stone! - O cavaleiro agarrou-o com as pernas, reunindo cosmo em seus membros, faz uma acrobacia, arremessando o adversário contra a grande Huaca em forma de falcão, cujo impacto quebrou ao meio a grande pedra, rompendo o fluxo de luz que dali saia.

 

Velocidade da luz...

 

Pariacaca caiu atônito ao chão, com os restos da Huaca despedaçando-se em cima dele.

Shura percebe que a luz emanava da grande pedra, e que quando foi quebrada rompeu a ascendência de um dos três raios que alimentavam o fluxo de luz principal. Aquela névoa se dissipou. E então, vê também as pessoas que lá estavam amarradas. As cordas se cortaram com simples movimentos dos dedos do Santo.

 

Alivio. Estava livre. Escapou da morte. Marie se sente aliviada, mas em conjunto também sente um turbilhão de emoções como aflição tardia, remorso e tristeza, ao lembrar que o irmão não tivera a mesma sorte, e que o pai e a mãe também podem não ter tido.

Seus olhos brilham em um fascínio infantil, aquele homem. Aquela aura dourada. Sentiu-se estarrecida e logo depois nauseada. Mas aquele homem, de mãos cortantes. O que era ele... Aquela presença...

 

Aquele homem de Ouro!

 

 

Aguardem o próximo capítulo: Um inimigo inesperado! A fortaleza da víbora!

Editado por Phoenix_Leo
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Capítulo 1

 

O ponto mais considerável foi à manutenção daquilo que já se mostrara muito bom no Prólogo. Me refiro a estética textual, ortografia e fluência literária.

 

Quanto às informações didáticas e históricas, o que, diga-se de passagem, considerei como a maior virtude do capítulo anterior, também se fizeram presentes nestes, contudo considerei uma atitude pouco acertada do autor em atribuí-las a um personagem ao invés de mantê-la de posse do narrador, dada as circunstâncias.

 

Em relação à trama, essa foi muito bem conduzida, passando pela atuação convincente dos personagem e suas ponderações, até culminar na ação em si e surpresas.

 

Gostei muito da abordagem das paisagens presentes no cenário e de como o autor apresentou Shura em combate.

 

Confesso que cada vez mais me sinto atraído por esse trabalho, surpreendido com sua altíssima qualidade e ávido por sua continuação.

 

Abraços ao autor!

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Capítulo 1

 

O ponto mais considerável foi à manutenção daquilo que já se mostrara muito bom no Prólogo. Me refiro a estética textual, ortografia e fluência literária.

 

Quanto às informações didáticas e históricas, o que, diga-se de passagem, considerei como a maior virtude do capítulo anterior, também se fizeram presentes nestes, contudo considerei uma atitude pouco acertada do autor em atribuí-las a um personagem ao invés de mantê-la de posse do narrador, dada as circunstâncias.

 

Em relação à trama, essa foi muito bem conduzida, passando pela atuação convincente dos personagem e suas ponderações, até culminar na ação em si e surpresas.

 

Gostei muito da abordagem das paisagens presentes no cenário e de como o autor apresentou Shura em combate.

 

Confesso que cada vez mais me sinto atraído por esse trabalho, surpreendido com sua altíssima qualidade e ávido por sua continuação.

 

Abraços ao autor!

 

Muito obrigado pelas considerações! Leu o capítulo 2 também ou somente o 1?

 

Obrigado por acompanhar e abraços!

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Olá Phoneix!

Destaco o capítulo 2 como o primeiro capítulo da sua trama de vez. Isso porque a história finalmente começou a andar, ganhando um gas diferente. Gostei que há envolvimento externo, de pessoas comuns, que estão sofrendo com essas ações, cujo nome nem é tão importante. Muitas vezes, esquecemo-nos dos civis e seguimos adiante, algo que não ocorreu na tua fic.

A trama continua muito bem descrita e trabalhada, com uma rica cultura e agora uma trama ganhando outros ares. Ao que me parece, o ruivo é realmente um cavaleiro de prata, o que nos dá margens para várias situações: seria um traidor ou um espião? Como toda a trama se desenrolou? Tudo parece tomar um rumo bem interessante.

As motivações dos "inimigos" me soam radicais e muito interessantes. Gostei disso, porque mostrou, como a maioria dos inimigos clássicos em Saint Seiya, que não são maus, o que dá margem também para entendermos o outro lado.

Shura continua muito bem, desde o bom trabalho com seu ego, como a boa maneira como ele conduz as lutas. A própria personalidade está marcante.

Como crítica eu considero a fluência do texto. Várias partes ficaram confusas quanto à passagem de cenas, não conseguindo distinguir onde muda de uma cena para outra. Isso se manteve em todo o capítulo, não me permitindo visualizar exatamente onde estava sendo focado. Isso não ocorreu no prólogo e no capítulo 1, então acho que deve ser exclusivo deste memsmo, mas sugiro tomar cuidado e mais atenção.

No mais é isso Leo, parabéns!

Abraços.

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Capítulo 2

 

A história acelerou de forma vertiginosa neste e não sei ao certo se fora essa a razão que fizera a qualidade do trabalho decair.

 

Sucedeu um excesso de pequenos erros ortográficos, incluindo repetições desmedidas de palavras, que acabaram comprometendo a coesão textual.

 

Considerei no mínimo estranho, para não dizer pouco provável, que o rapaz que Shura libertara no capítulo anterior, tivesse meios para segui-lo e, pasmem, alcançá-lo. Tendo o Cavaleiro de Ouro de Capricórnio meios sobre-humanos para se deslocar, tal façanha, vindo de uma pessoa meramente comum, seria improvável. A menos que Shura tivesse se deslocando por meios mundanos, o que soaria deslocado, dadas as circunstâncias e urgência dos fatos. Claro que há também a possibilidade do menino ser detentor de habilidades fora do comum, mas nada na história nos forneceu o menor dos indícios para tal coisa.

 

Enfim...

 

A batalha com o Supa Pariacaca se mostrara razoável (confesso que esperava mais)... entenda o autor, que aquilo apresentado, em termos de combate, com os soldados até aqui fora o ideal, mas em relação ao Supa, pelo menos na minha insuportável opinião, deixara a desejar.

 

Destaco o bom trabalho com os personagens secundários e figurantes (entenda os “civis”), e o desenvolvimento da trama, que se manteve excelente.

 

Tudo, mais que suficiente, para me manter interessado na história.

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Gostei do capítulo, mas reforço as críticas dos colegas. Achei confuso em algumas partes e abrupto em outras. Eu te entendo, as vezes as cenas estão tão vívidas em sua mente que você esquece que precisa repassar para o papel para que o leitor enxergue da mesma forma. É natural, mas fique atento.

 

Shura manteve-se fiel a sua personalidade, da mesma forma apresentada em Ep.G. A história toma contornos cada vez mais interessantes a medida que avança, conhecemos mais sobre o passado dos inimigos e de suas motivações em fazer tais sacrifícios. O combate se apresentou de forma simples e não esperava que o oponente conseguiria oferecer alguma resistência ao Cavaleiro de Capricórnio, fiquei realmente surpreso.

 

No mais, curioso demais para conhecer o tal homem de Armadura de Prata estrangeiro e suas intenções. Seria muito interessante caso ele fosse algum personagem que conhecemos, mas ficarei atento e aguardarei sua revelação no decorrer da trama. Parabéns e abraços!

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Capítulo 02 lido.

 

Estou gostando destas informações sobre este povo ainda mais e também da tua capacidade em criares estas classes.

 

A interação entre Capricórnio e os civis é um ponto chamativo a ser elogiado.

 

PS: Convido-te a leres a minha fic Saint Seiya Era Mitológica - Bloody War

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Fala, Phoenix_Leo! Seja bem vindo à pasta de fics!

Bem, finalmente vim me atualizar por aqui. Li do Prólogo ao Capítulo 2, e vim dar minhas impressões sobre tudo o que foi apresentado.

Achei interessante a premissa geral que foi apresentada, abordando os incas. Creio ser algo nunca ainda utilizado por aqui, então sua história já começa se diferenciando por conta disso.

Logo de cara temos uma explanação a respeito de localizações, termos, povoados, entidades, artefatos e tudo o mais, e preciso ser sincero: me perdi no meio de tanta informação que você expôs de uma vez. Em questão de poucos parágrafos, já havia uma lista de uns dez termos (ou mais) que, a mim, são estranhos. Particularmente teria preferido se eles fossem lançados na trama gradualmente, de forma que pudesse ir me acostumando aos significados de cada um.

Isto posto de lado, o que vemos é que o exército antagonista desde o início já surge, tal qual vemos em tantas sagas e OVA’s de SS. Pelo visto há diversas categorias dentro deste exército, tal qual no panteão de Atena.

Shura foi incumbido pelo Grande Mestre por conta de sua lealdade à deusa, ou ao menos esta foi a conclusão que o próprio dourado chegou. Somente assim ele veria lógica em ter sido escolhido para tal tipo de missão. Hum… Teria sido só por isso mesmo? Bem, há o atalho do idioma, mas temos tantos cavaleiros de toda parte do mundo interagindo, que este é um aspecto que eu meio que faço “vista grossa” na série.

Temos a apresentação da família de turistas, que rapidamente é vítima do ataque. Shura aparece pouco tempo depois, encontra o pai desta família e um garoto (que salvou rapidamente), partindo em seguida rumo ao seu primeiro destino.

Bem, fico em dúvidas do que deve acontecer na sequência: pelo título da fic, obviamente o capricorniano será o protagonista, mas… Será ele o único cavaleiro a tomar parte neste conflito? Além disso, aparentemente há três raios de luz que precisam ser extinguidos, e um já se foi. Após estes três, provavelmente teremos o embate contra os principais antagonistas. A dúvida que fica é: haverá desvios neste caminho, ou talvez um novo incidente quando tudo aparentemente for terminar, para que assim a trama se estenda? Ou a história abordará um arco curto, mesmo?

Gostei das cenas de ação, embora tenha sentido falta de ver Shura impressionado com o poder de seu adversário. Ele de forma alguma esperava que alguém dali tivesse força para equipará-lo em batalha, quanto mais trincar sua armadura de ouro. Senti falta apenas de um trecho, alguma linha de pensamento ou qualquer coisa que expressasse sua surpresa com o fato. Afinal, ele julgava que uma missão daquele porte deveria ter sido designada a um cavaleiro de Prata.

As descrições estão muito boas, na medida. Pude visualizar muito bem os locais que retratou. A qualidade textual também é digna de elogios! Tudo é conduzido com uma ótima dinâmica.

Bem, por enquanto fico por aqui. Sem dúvidas continuarei acompanhando sua fic, Leo.

Mais uma vez seja bem vindo por aqui, e um abraço!

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Obrigado a todos que estão acompanhando. Desculpe a demora quanto ao próximo capítulo, ainda estou trabalhando em cima do mesmo.

 

Demorarei mais para postar os capítulos subsequentes para que possa trabalhar mais acerca dos mesmos, para assim, garanti-los melhor qualidade.

 

Dicas, considerações e críticas serão levadas em consideração às delongas da Fic.

 

Em breve: Um inimigo inesperado! A fortaleza da víbora!

Editado por Phoenix_Leo
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