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OS CAVALEIROS DO ZODÍACO - A SAGA FINAL


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Caros amigos e leitores,

 

**Depois de um bom tempo repensando a minha fanfic, agora irei começar a postá-la periodicamente. Agora sim, as ideias estão organizadas e finalmente conseguirei dar prosseguimento. O meu tópico antigo será deletado (já fiz a solicitação ao .Mark), portanto, esqueçam o que foi postado anteriormente.**

 

Como vocês sabem, faz tempo que estou escrevendo essa fanfic (desde 1997 para ser mais exato) para uma saga completa, onde os Cavaleiros enfrentarão os 12 Deuses do Olimpo. Nessa saga teremos novos personagens, novas batalhas e muita ação e mistério.


Antes de começar, algumas explicações:

A Saga Final acontece seis semanas após a Saga de Hades. Isso é dito logo no primeiro capítulo, para você se situar na história, portanto, existe algumas histórias que NÃO FORAM CONSIDERADAS PARA A MINHA FIC.

Não considerei:
Os Filmes: O Santo Guerreiro / A Grande Batalha dos Deuses / A Lenda dos Defendores de Athena / Os Guerreiros do Armagedon / Overture.
Os Livros: Blue Warriors / Gigantomaquia / Do Cvidanija / Next Dimension / Saintia Sho

Os Animes: Saint Seiya: Soul Of God

 

Apenas um comentário: Quando digo que NÃO CONSIDEREI as obras em destaque, significa que não irei usar a CRONOLOGIA e EVENTOS dessas história pelo fato de minha fic ter uma cronologia própria. Praticamente TODOS os personagens que apareceram nos filmes e em outra publicações, estão em minha obra, só que aparecem de forma diferente. EX.: As Saintias existem, mas as considero como Amazonas Guerreiras, e não servas particulares de Athena. Não usarei o termo Saintia, e sim Amazonas. Quando criei a cronologia, ainda não tinha sido criado o mangá Saintia Sho, como disse antes, minha fic vem de um longo caminho, desde 1997 quando fiz os primeiros rascunhos.

 

CRONOLOGIA QUE ESTAREI UTILIZANDO PARA A MINHA FIC:
The Lost Canvas
Epísodio G
Saga do Santuário
Saga de Asgard
Saga de Poseidon
Saga de Hades

 

 

Fanfic criada por Davi Smith, inspirado pelo trabalho de Masami Kurumada, Shingo Araki, Megumo Okada e Shiori Teshirogi. Algumas fanfics também serviram de inspiração como a Fanfic de Ryo Sakazaki.


Imagens obtidas na internet através dos trabalhos de: Marco Albiero, Marzio Nirti, Cerberus_Rack, ABottle, Arles, Camille Adams, Carlos Alberto Lam Reyes, Diego Maryo, Fagian, Gemini Saga, Juan Carlos Brito, Liu.Rayson (Raito), Liruohai, Niiii'link, Pharaon, Spaceweaver, SRW13, Staxx, The Ponk, Trident, Wang e Yami11

 

 

Caso tenha algum desenho/fanart que você identifique como autoria sua, por favor, entre em contato para que você possa ser devidamente credito junto aos outros desenhistas/fanartistas.


**Qualquer dúvida entrar em contato pelo email: [email protected]**

Editado por Davi.Smith
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CAPÍTULO I

O RENASCER

 

• Egito – Cairo

Era noite e a Cidade de Cairo, Capital do Egito, começava a se acalmar. Envolvido nessa atmosfera de paz que começava a surgir em sua volta, um velho homem sentava na pequena varanda de sua casa, para apreciar as estrelas. Esse era seu ritual diário, sempre acompanhando por uma quente xícara de chá. Mas aquela noite foi diferente. Sentado em sua cadeira, o velho homem começa a falar, pensar, divagar consigo mesmo e com um certo pesar:

 

- As estrelas estão diferentes, desde o desaparecimento de minha Senhora, elas não brilham mais com tanta intensidade. O que está acontecendo?

 

Observando atenciosamente cada detalhe do manto negro estrelado, o velho homem não conseguia admirar aquela noite como o de costume. Levando a xícara até sua boca e servindo-se de um longo gole da bebida quente, ele diz, após limpar seus lábios:

 

- Não consigo compreendê-las. Será um sinal?

 

Aquele Senhor volta a olhar para o céu, mas o seu olhar estava perdido. Ele olhava para todos os lados, com muita atenção, tentando encontrar uma razão para o brilho ofuscado das estrelas. De repente, cortando os céus, um longo rastro de luz rasga a noite e em poucos segundos desaparece, sem deixar nenhum rastro. Novamente, o homem bebe mais um pouco do chá e encosta sua cabeça na cadeira. Olhando mais uma vez para o céu, ele diz:

 

- É um presságio. Espero que o Mestre consiga defender nosso território. Ele vai precisar de muita sorte.

 

O velho homem deixa a xícara em uma pequena mesa ao seu lado, e com um pouco de dificuldade, levanta e entra em sua casa.

 

• Grécia - Santuário de Athena

Era noite fria no Santuário. Tudo estava calmo, sem vida. As últimas batalhas tiraram a vida de grandes homens que serviam ao Santuário e por isso, muitos moradores preferiam ficar em suas casas. Do alto do Templo de Athena, uma pessoa observava atenciosamente cada detalhe daquele lugar. Seu semblante era triste, parecia que havia perdido algo de muito valor. Aquele mesmo rastro de luz que foi avistado no Egito, corta os céus da Grécia. O homem olha para a Estátua de Athena e anda até ela. O homem ajoelha diante da Estátua e começa a passar a mão sobre um estranho símbolo desenhado.

 

- O que esse símbolo quer dizer? Seria uma pista onde Athena se encontra?

 

- Não se preocupe, Mestre. Iremos encontrar Athena em breve.

 

O homem rapidamente olha para trás e vê uma mulher de cabelos vermelhos e usando uma máscara se aproximando.

 

- Espero que sim, Marin...

 

Marin, a Amazona de Águia, se aproxima do homem e fala:

 

- Aquelas luzes eram um novo presságio? Um novo inimigo?

 

- Um presságio, mas preciso ir ao Monte das Estrelas para entendê-lo.

 

- O que devemos fazer, Mestre Nikol?

 

O homem era Nikol, o Cavaleiro de Prata de Altar, Mestre Auxiliar do Santuário que serviu ao sanguíneo Mestre Ares, que na verdade, era Saga. Ele se aproxima da Amazona e fala:

 

- Não sei o que esperar desse presságio. Ainda não caiu a minha ficha de que sou o Mestre do Santuário. Não sei por onde começar. Já se passaram seis semanas desde que o Grande Eclipse acabou. A Estátua de Athena retornou ao Templo, mas Athena e os Cavaleiros de Bronze continuam desaparecidos. Ela não morreu, senão, o Báculo de Niké teria retornado para as minhas mãos, trazendo parte do cosmo final da Deusa para a reconstrução do Santuário.

 

Nikol olha fixamente para a Estátua e fala:

 

- Onde está Athena? Não consigo encontra-la, nem mesmo através do Monte das Estrelas.

 

A Amazona se levanta e fala:

 

- Mestre, nós vamos continuar as buscas. Iremos encontrar Athena, mas minha preocupação no momento é com esse presságio, essa vibração cósmica que acabamos de sentir.

 

Nikol volta a si, olha para a Amazona e fala:

 

- Devemos nos preparar. Não sabemos quando esse presságio irá se concretizar. Pode ser daqui duas horas como daqui 50 anos, mas precisamos estar preparados. Quantos Cavaleiros já retornaram ao Santuário?

 

- Poucos. Ainda não recebemos o retorno de todos os Cavaleiros que você e Mestre Dohko esconderam e treinaram durante a rebelião de Saga.

 

- Tente encontrar uma forma de agilizar esse retorno. Precisamos de toda ajuda possível para protegermos essa terra.

 

Nikol dá as costas para Marin e começa a seguir o caminho rumo ao Monte das Estrelas. Antes de começar a subir as escadas, ele olha para Marin e diz:

 

- Reúna os Cavaleiros e Amazonas que já retornaram para o Santuário. Irie dividir as funções.

 

Marin reverencia Nikol e fala:

 

- Conforme ordenado, Mestre do Santuário...

 

Nikol suspira e fala

 

- Pare com isso. Sou um Cavaleiro de Prata, assim como você!

 

Marin começa a se afastar e fala:

 

- Você pode não aceitar o título de Mestre do Santuário, mas continua sendo o homem que me treinou, Mestre Nikol...

 

Enquanto Marin descia as escadas do Templo em direção a Sala do Grande Mestre, Nikol continua seu caminho para o Monte das Estrelas. Durante sua caminhada, novamente sua atenção é desviada aos céus. Dessa vez, apenas um único feixe de luz dourada corta o denso manto negro. Nikol suspira e continua seu caminho.

Editado por Davi.Smith
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Olá Davi, estou vendo esse reboot da tua fic.

Primeiramente, os capítulos ficaram bem menores e bem mais respiráveis de ler. kkkk!

Agora com relação à história, a primeira parte do Cairo eu me lembro até, agora a do Nikol não me recordo de quase nada. Mas tudo bem, falasse que era para ignorar o que tinha sido feito até então e assim o farei. Gostei do nervosismo dele perante a inexperiência. Foi bem humano

Atena continua desapareceida, desde o Grande Eclipse... e aí? ahuuha. Foi um capítulo bem curto, então não dá de opinar tanto.

Tua escrita é fluída, só dê mais espaços entre os parágrafos, melhor para ler na internet.

No mais é isso, abraços então Davi!

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Olá Davi, estou vendo esse reboot da tua fic.

 

Primeiramente, os capítulos ficaram bem menores e bem mais respiráveis de ler. kkkk!

 

Agora com relação à história, a primeira parte do Cairo eu me lembro até, agora a do Nikol não me recordo de quase nada. Mas tudo bem, falasse que era para ignorar o que tinha sido feito até então e assim o farei. Gostei do nervosismo dele perante a inexperiência. Foi bem humano

 

Atena continua desapareceida, desde o Grande Eclipse... e aí? ahuuha. Foi um capítulo bem curto, então não dá de opinar tanto.

 

Tua escrita é fluída, só dê mais espaços entre os parágrafos, melhor para ler na internet.

 

No mais é isso, abraços então Davi!

 

 

 

Vlw Nikos! Seus comentários são sempre importantes! Manterei muitos elementos já postados, mas minha intensão é deixa a fic mais misteriosa e claro, com uma fluidez melhor.

 

Irei corrigir essa questão dos espaços. Sempre esqueço dessa dica de espaços.

 

Estou voltando a ler as fics tb, e a segunda parte da sua já está na minha lista. Tenho que me atualizar, fiquei muito tempo fora!

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Vlw Nikos! Seus comentários são sempre importantes! Manterei muitos elementos já postados, mas minha intensão é deixa a fic mais misteriosa e claro, com uma fluidez melhor.

 

Irei corrigir essa questão dos espaços. Sempre esqueço dessa dica de espaços.

 

Estou voltando a ler as fics tb, e a segunda parte da sua já está na minha lista. Tenho que me atualizar, fiquei muito tempo fora!

 

Não pode esquecer da primeira também kkk!

 

Sugiro baixar os PDFs, fica mais estilo livro e facilita a leitura.

 

Abraços.

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CONTINUAÇÃO CAPÍTULO I

 

O RENASCER

 

• Egito – Cairo

A noite avançava pela cidade de Cairo. As ruas da cidade já estavam praticamente vazias, ainda haviam alguns vendedores e algumas pessoas retornando para suas casas. No meio daquelas pessoas, dois jovens entram em um pequeno casebre após bater levemente na porta. A casa era simples e aconchegante. Cheia de livros e cadernos de anotações. Poltronas confortáveis adornavam o lugar, bem em frente a uma pequena lareira. Os dois atravessaram a pequena sala e chegam à cozinha. Um dos jovens tira seu casaco e vai se assentando na mesa a sua frente. O outro retira um pano que envolvia seu rosto, revelando ser uma bela jovem, de longos cabelos verdes. Ela caminha até uma pequena pia e fala, pegando um bule e o enchendo com água:

 

- Por acaso você sabe o motivo que o Mestre nos convocou tão tarde?

 

- Não, ele não disse nada.

 

A jovem garota acende o fogão e coloca o bule para esquentar, ao mesmo tempo em que enchia um copo com água. Após alguns goles, ela coloca o copo sobre a pia, pega o bule e coloca dois pequenos pacotinhos dentro da água fervente. Um delicioso cheiro suave de frutas tomou conta daquele pequeno lugar. Passos no andar superior chama a atenção dos dois. A menina coloca o bule e uma xícara em cima da mesa e se aproxima de uma pequena escada. Um velho Senhor de longos cabelos brancos aparece no topo da escada e a jovem ajuda ao velho Mestre a descer. Ele se acomoda em sua cadeira, em um canto daquela sala e diz:

 

- Meus filhos, eu estive à espera de vocês.

 

- Viemos assim que recebemos seu recado. O que aconteceu, Mestre? Seu recado parecia urgente, ficamos preocupados.

 

O velho Mestre olha para seus discípulos, se ajeita na poltrona e começa a falar:

 

- Sim, é urgente, mas não é motivo para se preocuparem. Tenho uma missão para vocês!

 

O garoto entra em êxtase e fala:

 

- Sério? Uma missão?? Por acaso seria do Santuário?

 

O velho Mestre estende sua mão e a jovem entrega à xícara com a bebida que ela tinha acabado de fazer.

 

- Isso não importa Ono. Esta será a primeira missão de vocês e devem se empenhar em cumpri-la. Se aproximem...

 

Os dois discípulos se aproximam do Mestre e, após um gole da bebida, ele começa a falar:

 

- Vocês precisam despertar Amon-Rá, o Deus Supremo do Egito.

 

Um pouco confuso Ono olha para o Mestre e fala:

 

- Amon-Rá? Mas por quê?

 

O velho Mestre coloca a xícara em cima da mesa e fala:

 

- Meus filhos, ouçam com atenção. Vocês precisam saber quem foi Amon-Rá e porque podemos confiar nele.

 

O velho Mestre leva a xícara mais uma vez a sua boca. Após limpar os lábios em uma pequena toalha, ele começa a falar:

 

- Amon-Rá sempre demonstrou um grande poder de luta. Sempre fiel e dedicado ao Santuário. Honesto, humilde e compassivo. Com essas qualidades, Amon-Rá conquistou uma posição de destaque entre os 88 Cavaleiros de Athena.

 

- Amon-Rá? Cavaleiro de Athena?

 

- Sim, Ono. E um dos melhores. Prestem atenção.

 

O velho Mestre levanta de seu lugar e vai até uma estante, onde retira um pequeno pacote detrás de alguns livros antigos, com o Selo de Athena fixado na parte superior do pacote. De dentro do pacote, ele retira um livro pesado e velho, com o símbolo do Santuário entalhando em sua capa.

 

- Este é um dos livros oficiais do Santuário. Foi entregue a mim há muito tempo atrás, pela própria Athena, para que eu pudesse proteger os segredos das terras egípcias.

 

O Mestre abre o livro e começa a contar os relatos escritos naquele livro.

 

- Como vocês sabem, Athena é a Deusa Regente da Terra. É ela quem protege o livre arbítrio dos humanos, que garante a segurança deles contra a ganância dos Deuses. Mas como ela reencarna na Terra a cada 200 anos sob a forma humana, ela precisa de jovens valentes para protegê-la. Eis o surgimento dos Santos Cavaleiros. A primeira ordem dos Cavaleiros surgiu muito antes da construção do próprio Santuário, quando Poseidon, o Imperador dos Mares, se aproveitou do desaparecimento do Grande Imperador para expandir seus domínios. Poseidon não queria apenas controlar os oceanos e mares, mas toda a Terra. E queria que os humanos o adorassem como Deus Supremo da Terra. Athena não poderia deixar que o irmão do Grande Imperador tentasse algo para quebrar a soberania do Olimpo. Por isso, convocou jovens dotados de habilidades especiais para lutarem ao seu lado contra Poseidon. Muitos deles são conhecidos hoje através de suas histórias eternizadas pela famosa mitologia grega, que na verdade são os relatos das Guerras Santas anteriores. Como vocês sabem, a primeira Guerra Santa contra Poseidon foi o início das Guerras contra os Deuses. Depois de Poseidon os outros Deuses se acharam no direito de reivindicar a Terra para seus próprios domínios. Nessa época, um jovem Cavaleiro se destacou diante dos 88 Santos. Ele desenvolveu um grande poder, uma fidelidade exemplar que lhe concedeu o direito de usar a Armadura de Ouro. Aliás, ele foi o primeiro a utilizar uma Armadura de Ouro. Seu nome era Amon-Rá. Durante anos, ele esteve ao lado de Athena, protegendo e aconselhando a nossa Deusa e seus seguidores. Sua fama percorreu todo o mundo antigo, trazendo temor aos inimigos e admiração aos companheiros. Em uma época de instabilidade e conflitos, Amon-Rá chegou assumiu o exército dos Cavaleiros e os guiou a vitória. Foi um Guerreiro exemplar, um servo fiel. Até mesmo os outros Cavaleiros de Ouro reconheciam Amon-Rá como mais forte dentre os 88 Santos. Amon-Rá era um Cavaleiro espetacular. Um modelo a ser seguido.

 

Ono olha para o Mestre e fala:

 

- Nossa, falando assim, dá para perceber que o cara era realmente um ser perfeito.

 

O velho Mestre diz:

 

- Não se engane, Ono. Não existe perfeição no mundo dos homens. Amon-Rá era apenas dedicado e compromissado com sua fé e honra!

 

A menina se aproxima um pouco do Mestre e fala:

 

- Mas Mestre, a nossa dúvida é como um simples homem passou a ser Deus? Como Amon-Rá se tornou um Deus?

 

- Boa pergunta, Opi. Ninguém sabe exatamente como aconteceu, mas existe uma explicação.

 

O Mestre coloca o livro de lado, pega um pequeno bloco de anotações e faz um esboço bem simples do corpo humano. Mostrando para seus discípulos, ele fala:

 

- Todos nós sabemos que o ser humano é dotado de sentidos. Do ponto de vista da biologia, os sentidos são as formas como os seres vivos reconhecem outros organismos e as características do meio ambiente em que se encontram.

 

Opi olha para a figura e vai apontando:

 

- Sim, Mestre. Pela biologia, todo seres humanos possui os cinco sentidos vitais: visão, audição, olfato, paladar e tato.

 

- Exatamente e suas respectivas funções: ver, ouvir, cheirar, falar e coordenação motora. Contudo nós, Cavaleiros, possuímos mais quatro sentidos que só podemos alcançar com muita prática e treino.

 

Ono levanta a mão e fala:

 

- Eu conheço: a Intuição e o Cosmo.

 

- Sim, exatamente. São respectivamente o sexto e o sétimo sentido. Como vocês já sabem, a intuição é a habilidade com que nós, Cavaleiros, podemos perceber e se comunicar com outras pessoas a grande distância. Com esse sentido um humano pode saber quando cada pessoa vai nascer ou morrer, ele também pode prever algo que irá acontecer. Quando despertamos o sexto sentido, nós buscamos despertar o sétimo sentido, o cosmo. Quando um Cavaleiro consegue dominar seu cosmo por completo, isso quer dizer que ele alcançou o máximo do seu sétimo sentido. Desde os tempos mitológicos, apenas os Cavaleiros de Ouro conseguiam alcançar o máximo do sétimo sentido, sendo assim, pessoas praticamente invencíveis. Mas, na verdade, se um Cavaleiro de Bronze ou Prata estiver muito determinado e encorajado; ele também poderá alcançar o sétimo sentido, mesmo sendo com muito mais dificuldade. O poder desse sentido é capaz de superar a perda dos outros seis. Por isso que é muito importante que os Cavaleiros e as Amazonas continuem buscando superar seus limites. Como vocês sabem, alguns Cavaleiros de Bronze conseguiram superar esse sentido, conseguiu dominar completamente o sétimo sentido.

 

- Foram aqueles Cavaleiros que conseguiram seguir Athena até o Mundo dos Mortos, não é?

 

- Exato, mas não foi por causa do sétimo sentido que eles conseguiram ir atrás de Athena. Se eles tivessem descido ao Mundo dos Mortos sem despertar o Oitavo Sentido, eles teriam sido mortos. O Oitavo Sentido é a habilidade que permite aos Cavaleiros irem até o Mundo dos Mortos e voltarem sem morrer. Assim como o sétimo sentido, é necessário um bom estado de espírito para despertá-lo. Esse sentido é chamado de Arayashiki. Aqueles Cavaleiros conseguiram alcançar esse sentido por que estavam devidamente motivados e desceriam ao Mundo dos Mortos de qualquer forma. Athena estava em perigo e eles queimaram seus cosmos até a última gota. Um verdadeiro sacrifício.

 

- Entendo Mestre, mas o que tudo isso tem a ver com Amon-Rá? Se ele era realmente um poderoso Cavaleiro, com certeza conseguiu alcançar todos esses sentidos, mas isso não o faz um Deus.

 

Opi olha para Ono e fala:

 

- Ono, o Mestre disse que nós, Cavaleiros, possuímos outros quatro sentidos, ele apenas disse três.

 

- Sim, Opi. O próximo sentido é o mais difícil de ser alcançado. Quando eu falo o mais difícil, eu quero dizer impossível. Esse sentindo não tem como ser aprendido, muito menos ensinado por um Mestre. Ele deve ser alcançado. É o Nono Sentido.

 

- Nono sentido? Nunca ouvi falar sobre ele.

 

- Claro que não. Todos sabem que existe, mas ninguém nunca presenciou o seu poder. Apenas um Cavaleiro.

 

Ono olha para seu Mestre e fala:

 

- Deixe-me adivinhar: Amon-Rá.

 

- Sim. O Nono Sentido é conhecido como a Grande Vontade, ou a vontade divina. O Cosmo perfeito. Esse poder permeia o universo desde o Big Bang e dele foi criado os Deuses. Aqueles que o alcançam, ganham o poder para se converterem em Deuses.

 

Os dois se assustam e Opi pergunta:

 

- Então quer dizer que um humano realmente pode ser tornar um Deus?

 

- É exatamente isso que aconteceu. Não há um relato oficial ou ninguém sabe contar como isso aconteceu, apenas existem relatos que Amon-Rá se tornou soberano ao atingir um nível impossível de poder.

 

Os dois discípulos estavam totalmente surpresos.

 

- Ao alcançar a Grande Vontade, Athena sabia que Amon-Rá não poderia ser considerado apenas como um simples Cavaleiro. Ele foi condecorado como Deus Terrestre e recebeu as terras do Egito como recompensa pelos seus serviços. Amon-Rá recebeu sua divindade, mas ele era limitado. Não podia agir sem o consentimento de Athena. Isso gerou uma aliança entre o Santuário e Tebas.

 

Opi olha para o Mestre e fala:

 

- Desculpe Mestre, mas ainda não entendi porque devemos despertar Amon-Rá e como ele vai nos ajudar nessa missão.

 

- Bom, meus filhos, a verdade é que apenas um Deus pode encontrar outro Deus. Como vocês sabem, Athena foi aos domínios de Hades e não retornou até hoje. Isso aconteceu praticamente há um mês atrás. Nem mesmo os Cavaleiros que a acompanharam retornaram. Sabemos que Hades foi destruído porque o Grande Eclipse foi neutralizado, mas eles não retornaram. Hoje, um pouco mais cedo, um novo perigo cruzou os céus do Egito em direção ao Santuário de Athena. Precisamos trazer Athena de volta. Só ela pode reestruturar o Santuário e trazer ordem e paz ao mundo novamente. Somente um Deus pode cruzar os seis reinos do plano físico.

 

- Mestre, nós, Cavaleiros, sempre defendemos a nossa Deusa em tempos de conflitos. Acho que não precisamos de um outro Deus para nos dar esperança.

 

- Não se trata disso, Opi. Creio que Athena está presa em outra dimensão entre o Mundo dos Mortos e o Mundo dos Deuses. Como ela ainda não retornou, creio que há algo mais preocupante por trás disso. Pode ser que algum dos inimigos de Athena está impedindo que ela retorne, ou até mesmo o Imperador Hades. Com o auxílio de Amon-Rá, podemos salvar Athena.

 

Ono levanta e fala:

 

- Será uma simples missão, Opi. Vamos despertar Amon-Rá e ele nos levará até Athena.

 

O Mestre levanta a mão para os dois aprendizes e fala:

 

- Gostaria que fosse tão fácil assim. Temos dois problemas: o primeiro é encontrar o Templo onde está o corpo de Amon-Rá. Sabemos que ele foi lacrado em Tebas, mas não sabemos a localização exata desse Templo. Somente poderemos descobrir a entrada se tivermos em mãos a Esfera de Athena. Essa Esfera foi dada a Amon-Rá pela Deusa Athena, como símbolo do poder supremo de Amon-Rá sobre as terras egípcias. Ela é a chave, a resposta para encontrar o corpo de Amon-Rá.

 

- Então vamos. Onde está a Esfera, Mestre?

 

O Mestre abaixa a cabeça e fala:

 

- Este é o segundo problema. A Esfera de Athena desapareceu séculos atrás.

 

Ono se assusta e fala:

 

- Não era nossa responsabilidade guardá-la?

 

- Sim, além de protegermos o Santuário de Amon-Rá, os Cavaleiros de Ouro enviados ao Egito têm a missão de proteger com vida a Esfera de Athena. Protegendo a esfera, você protegeria o Santuário de Amon-Rá.

 

- O que aconteceu?

 

- Não sei. Os relatos oficiais sobre a vida de Amon-Rá e seu governo sobre o Egito terminam quando o Grande Mestre Armut anuncia que um grande perigo se aproximava da Terra. Armut diz que ao ler as estrelas, ele sentia uma mudança drástica no cosmo que rege o universo. Temendo pela vida e pela paz da Terra, o Santuário e seus aliados foram convocados para lutar em uma batalha catastrófica. Essa foi a primeira e única vez que todos os Cavaleiros e os Aliados de Athena se uniram para combater um inimigo maior. Não há outros relatos falando sobre essa união.

 

O Mestre volta a estante e pega um pequeno pergaminho. Ele abre e lê a última frase:

 

- Escutem o que Armut diz, quando decide terminar suas anotações: “Nunca houve um ajuntamento tão grande como esse. Pela primeira vez o Santuário, Tebas, Devas e Asgard se uniram para combater um inimigo maior. Que Deus tenha piedade de nossas almas...”.

 

Opi engole seco ao ouvir aquelas palavras:

 

- Nossa, parece uma despedida de alguém que vai para morte certa.

 

- Não tenha dúvidas disso, Opi.

 

- Mestre, que guerra seria essa?

 

- Um dos mistérios de Athena, meu filho. Não há relatos nenhum sobre essa guerra. Durante os anos em que estive responsável pela missão de proteger as terras egípcias, sempre estudei, pesquisei e tentei encontrar um paradeiro sobre a Esfera de Athena, ou até mesmo o que aconteceu com Amon-Rá e toda Ordem Egípcia. Simplesmente não encontrei nada. Ou foram destruídos, ou foram apagados.

 

- Como pode ter tanta certeza sobre isso?

 

O Mestre senta novamente em sua poltrona e fala:

 

- Eu estudei os diários dos antigos Mestres, justamente tentando encontrar um paradeiro sobre a Esfera de Athena, mas ao estuda-los, eu percebi que há um grande período de tempo sem relatos. Por exemplo: pela cronologia dos sagrados diários, o próximo diário a ser escrito foi do Grande Mestre Avetarion, que foi o antecessor de Grande Mestre Sage, ou seja, existe um período de mais de 500 anos sem documentos. Não sei explicar a falta desses documentos, mas nos primeiros capítulos do diário de Avetarion, o Mestre relata a situação em que o Santuário estava quando foi nomeado Grande Mestre. Ele comenta sobre uma guerra que desestruturou todo o Santuário e seus aliados. Conta sobre o desaparecimento do povo de Devas, a punição de Asgard e a morte de Amon-Rá. Amon-Rá teve seu corpo e alma selado dentro de seu próprio sarcófago. Seus Guerreiros foram dizimados e o seu Santuário foi esquecido.

 

- Assim vai ficar difícil. Se não existem pistas sobre a Esfera, como vamos encontrá-la?

 

O Mestre levanta novamente e começa a andar em direção a pia da cozinha.

 

- Para encontrá-la precisamos confiar que vamos encontrar. Temos que começar pelo local onde ela foi vista pela última vez, Tebas, hoje conhecida como Luxor.

 

Ono passa a mão na cabeça e fala:

 

- Nossa, é muita informação para um dia só, Mestre. Será que poderíamos saber um pouco mais sobre a esfera?

 

O Mestre anda em direção a estante e pega um dos diários. Ele abre com muito cuidado e vai folheado as páginas até encontrar a imagem de uma esfera escura, parecia ser de metal e com algumas inscrições em grego.

 

- Esta é a Esfera de Athena. Aqui no Egito ela é conhecida como Coroa de Hatshepsut. Dizem às lendas que essa esfera concede aos seus portadores grandes dons.

 

- Isso pode ser comprovado?

 

- Na verdade, o Santuário sempre designou um Cavaleiro para proteger a Esfera. Eis o motivo da lenda. Na verdade, a esfera não concedia poderes aos seus guardiões, os guardiões eram Cavaleiros, treinados vindos do Santuário. A última Guardiã da Esfera foi Hatshepsut, a primeira Rainha-Faraó do Antigo Egito, no período da XIII Dinastia do Império Novo. Hatshepsut foi consagrada por Athena como Amazona de Ouro de Virgem. Mesmo sendo Rainha, ela conquistou o título de Amazona. Ninguém sabe o que aconteceu com Hatshepsut. Ela simplesmente desapareceu, deixando a esfera escondida. Creio que esta é nossa pista. Se a última vez que a esfera foi vista ela estava nas mãos de Hatshepsut, devemos começar a procura no Templo consagrado a Hatshepsut.

 

O Mestre caminha até seus discípulos e fala:

 

- Vão a Tebas e procurem pela Esfera no Templo de Hatshepsut. Mesmo ela não estando lá talvez possa ter alguma pista do local onde ela está escondida.

 

- Tudo bem, Mestre.

 

Os dois levantam e começam a sair do pequeno casebre. Os jovens deixam seu Mestre e parte em direção a Tebas. Um grande desafio aguardava por eles na áspera terra do Egito.

 

• Grécia - Santuário de Athena

Após algumas horas, Nikol desce para a Sala do Grande Mestre e se encontra com Marin, Shina e os outros Cavaleiros. Ao verem o Mestre entrando na sala, todos se ajoelham. Sorrindo, Nikol diz:

 

- Parem com isso. Sou igual ao vocês, um Cavaleiro. Só assumi o posto de Mestre do Santuário por causa da minha função de Mestre Auxiliar.

 

Os Cavaleiros levantam e Nikol senta no trono do Grande Mestre.

 

- Pedi para chama-los pois precisamos ficar em alerta. Tive um novo presságio essa noite, mas ainda não consegui decifrá-lo. Seja o que for, precisamos estar preparados. Marin...

 

Marin dá um passo à frente e começa a falar:

 

- Creio que os nossos inimigos se aproveitarão da fragilidade do Santuário para tentar nos destruir por completo. Sem os Cavaleiros de Ouro, sem os Cavaleiros de Prata e com o número de soldados reduzidos por causa do ataque dos Espectros, teremos que nos desdobrar para proteger o Santuário.

 

Nikol levanta e fica ao lado de Marin. Ele olha para cada um dos Cavaleiros e Amazonas que estavam diante dele. Não eram muitos, mas eram o suficiente para proteger as 12 Casas, ou o que restou delas. O Mestre começa a falar:

 

- Trabalharemos em pares. Cada uma das 12 Casas receberá dois Cavaleiros ou Amazonas. Estamos com número reduzido por causa das recentes batalhas e porque muitos Cavaleiros que foram escondidos por mim, Mestre Dohko e Mú de Áries ainda não retornaram ao Santuário.

 

Shina olha para seus companheiros e fala:

 

- Vamos defender esse lugar com as nossas vidas. Athena está contando conosco.

 

- Exato, Shina. Marin e Yulij ficarão comigo protegendo a Sala do Grande Mestre e o Templo de Athena. Shina irá coordenar todas as operações defensivas do Santuário e das 12 Casas. Jabú e Nachi coordenaram os soldados que ainda temos para defender as fronteiras, caso os invasores infiltrem pelo vilarejo ou coliseu. Fiquem em alerta.

 

Shina e os Cavaleiros reverenciam o Mestre Nikol e saem em direção as 12 Casas. Nikol olha para as Amazonas que ficaram com ele e fala:

 

- Marin, a segurança da Sala do Grande Mestre está em suas mãos. Ficarei com o Templo de Athena. Yulij, você fará o possível para não entrar em combate. Preciso que você continue pesquisando sobre aquele símbolo desenhado no pé da Estátua de Athena.

 

- A Imagem do Sol da Arcádia?

 

- Exato. Se Athena enviou essa imagem para nós, isso significa alguma direção que devemos tomar. Não pare de procurar sobre isso.

 

Yulij reverencia Nikol e sai em direção a biblioteca do Santuário, onde continuaria sua pesquisa. Marin se aproxima de Nikol e fala:

 

- Não se preocupe, Mestre. Vamos proteger o Santuário e encontrar Athena.

 

Nikol começa a subir as escadas que levavam ao Templo de Athena e após um longo suspiro, ele responde Marin:

 

- Assim espero, Marin, assim espero...

Editado por Davi.Smith
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Capitulo 1 lido =D

 

foi um capitulo bem interessante. Eu não lembro de quase nada da outra fic, a não ser que ela se passava no egito, por isso estou bem feliz por poder ler ela outra vez =D

 

Gostei muito do senhor no Egito, provavelmente é alguém importante pro santuario. Me levasse ao bom ponto de imersão nos sentimentos dele. Logo após isso somos levados ao santuario, ali vemos o grande mestre Nikol.

 

Acho que vai ser muito dificil ele começar uma guerra sem Atena, mas no aguardo para ver como ele vai se sair.

 

Por ultimo queria te convidar a dares uma passada no Reboot que estou fazendo da minha fic.

 

Forte abraço

Ps: Não leio o segundo capitulo pk estou atrasado em quase todas as fic's

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Capitulo 1 lido =D

 

foi um capitulo bem interessante. Eu não lembro de quase nada da outra fic, a não ser que ela se passava no egito, por isso estou bem feliz por poder ler ela outra vez =D

 

Gostei muito do senhor no Egito, provavelmente é alguém importante pro santuario. Me levasse ao bom ponto de imersão nos sentimentos dele. Logo após isso somos levados ao santuario, ali vemos o grande mestre Nikol.

 

Acho que vai ser muito dificil ele começar uma guerra sem Atena, mas no aguardo para ver como ele vai se sair.

 

Por ultimo queria te convidar a dares uma passada no Reboot que estou fazendo da minha fic.

 

Forte abraço

 

Ps: Não leio o segundo capitulo pk estou atrasado em quase todas as fic's

 

 

Vlw Thalis, obrigado pelos comentários.

 

Com certeza irei ler sua fiz, mas pra ser sincero, pode demorar um pouquinho, tb to atrasado quase em 1 ano em todas as fics que lia kkkkk entendo bem sua situação. Mas vou ler sim

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CONTINUAÇÃO CAPÍTULO I

 

 

O RENASCER

 

• Egito – Cairo

Algumas horas haviam se passado desde a saída de Ono e Opi. O Mestre estava em sua pequena varanda, olhando novamente para as estrelas, quando ele percebe algo estranho:

 

- O brilho está fraco. Minha constelação não está brilhando corretamente. Athena está em perigo...

 

O velho Mestre abre seus braços e começa a expandir seu cosmo. Uma áurea dourada começa a brilhar em volta de seu corpo e alguns segundos depois, o Mestre ajoelha e fala:

 

- Sim, minha Deusa, encontraremos você em breve!

 

• Grécia - Santuário de Athena

O dia já amanhecia quando Nikol se reuni novamente com Shina, Marin e Jabú na Sala do Grande Mestre. Os três Cavaleiros passavam relatórios para Nikol. Shina estava passando o relatório sobre o retorno dos Cavaleiros de Bronze:

 

- Creio que em alguns dias, todos eles estarão de volta ao Santuário.

 

Nikol levanta do trono e começa a andar para a varanda da Sala do Grande Mestre, de onde ele podia ver todo o Santuário:

 

- E as obras de reconstrução?

 

Jabú fica ao lado do Mestre e fala:

 

- Caminhando, lentamente, mas caminhando. Com essa redução drástica de homens que tivemos em nosso território, temos que...

 

Um forte barulho interrompe a conversa de Nikol e das Amazonas. Era a enorme porta dourada sendo aberta bruscamente. Yulij entra na sala carregando vários livros, papeis e anotações.

 

- Mestre! Venha! Descobri algumas coisas interessantes, venha!

 

Ela se aproxima de uma mesa perto da varanda e começa a colocar todo o material ali mesmo.

 

- Creio que encontrei uma pista que pode nos ajudar a identificar o paradeiro do Sol de Arcádia!

 

Nikol e os outros se aproximam da mesa que em poucos segundos, se transforma em uma pequena bagunça. Yulij arruma alguns papeis e começa a falar:

 

- Os diários oficiais contam história de três homens que alcançaram um nível de poder muito grande e foram condecorados por Athena como sub-regentes do Santuário.

 

- Sub-regentes?

 

Yulij sorri e fala:

 

- Eu inventei essa palavra. Na verdade, não consegui identificar o símbolo que poderia descrever o tipo de condecoração que eles receberam, mas a cada um foi dado um território específico para que eles pudessem proteger. Ainda não consegui identificar quem são essas pessoas e quais esses territórios mas olhe esses brasões. Um deles possui o Sol de Arcádia!

 

Yulij mostra alguns pergaminhos e gravuras para Nikol. O mesmo símbolo desenhado aos pés da Estátua de Athena estava descrito naquelas paginas. Era um pouco diferente do que Athena havia enviado, mas era o mesmo símbolo. Nikol pega aquela gravura e começa a andar:

 

- Seria possível que esses homens que receberam essa premiação de Athena fossem nossos aliados?

 

Marin se aproxima do Mestre e fala:

 

- Posso ver?

 

Observando as gravuras e as descrições, Marin reconhece aquelas imagens. Ela olha para o Mestre e diz:

 

- Eu sei onde encontrar o significado dessa imagem. Está um pouco diferente daquilo que Athena nos enviou, mas esse símbolo aqui eu conheço. Isso é um hieróglifo! Uma antiga escrita que utiliza símbolos e imagens originadas no Egito Antigo. As Pirâmides estão cobertas com essas imagens.

 

Yulij tira a gravura da mão de Marin e fala:

 

- Tem razão! Como você sabe disso, Marin?

 

- Alguns anos atrás, Aiolia, Cavaleiro de Leão, foi às terras egípcias para fazer um reconhecimento. Havíamos sido informados de estranhas manifestações sobrenaturais na região de Luxor. Alguns Cavaleiros de Prata acompanharam Aiolia, dando suporte a ele e eu participei dessa missão. Lá, Aiolia enfrentou Anúbis, ou uma personificação do Deus Egípcio, enviado pelo cosmo de Cronos. Foi durante esse reconhecimento que tive a oportunidade de conhecer a antiga escrita...

 

Yulij, com um rápido suspiro, interrompe novamente Marin e fala:

 

- Nossa...esperem!

 

Um pouco afobada, Yulij começa a procurar por alguma coisa em meio a pilha de livros que ela tinha colocado sobre a mesa. Ao derrubar um monte de livros, ela encontra o que procurava:

 

- Li alguma coisa sobre esses constantes reconhecimentos que os Cavaleiros de Ouro faziam sobre a terra do Egito. Escutem isso!

 

 

Yulij começa a andar pela sala lendo algo em voz alta:

 

- Quase ninguém sabe disso, mas o Santuário já possuiu torres de vigilância em outros territórios.

 

- Torres de Vigilância?

 

- Sim! Locais onde o Santuário teria autonomia para garantir proteção e auxilio militar à população...

 

Nikol acha aquilo estranho

 

- Proteção e auxílio militar...nunca ouvir falar sobre isso.

 

- Claro, Mestre, foram extintos séculos atrás. Escutem o que o Grande Mestre Avetarion diz: “Essas bases estrangeiras garantem a segurança de nossos aliados e assim podemos manter a paz mundial por mais tempo. ” O Santuário sempre esteve à frente de seu tempo, sempre pensando em como poderia melhorar a vida dos humanos. Athena é fantástica!

 

Yulij folheia mais algumas páginas e fala:

 

- Após alguns anos de funcionamento, o Santuário resolveu desativar essas torres e elas foram seladas e nunca mais foram vistas.

 

Nikol mexe em algumas anotações e fala:

 

- Por acaso, você consegue encontrar a localização dessas torres?

 

Yulij joga um livro com força em cima da mesa e fala:

 

- Está aqui! Egito!

 

Shina olha para o Mestre e fala:

 

- Posso ir as terras egípcias e ver se encontro alguma coisa sobre o Sol de Arcádia e o seu representante.

 

Nikol anda até o trono e senta. Ele olha para as Amazonas e fala:

 

- Preciso de vocês aqui, no Santuário. Os outros Cavaleiros de Bronze estão retornando e preciso que vocês orientem eles. Enviem Retsu de Lince. Ele retornou agora pouco. Yulij, tente encontrar um local mais específico de onde essa Torre pode ter sido instalada nas terras egípcias. Assim, podemos agilizar a procura dessa Torre de Vigilância.

 

Marin se adianta e fala:

 

- Isso é fácil. Luxor. Todos os correspondentes do Santuário foram enviados para Luxor. A missão que participei foi em Luxor. Podemos começar por lá.

 

- Sim, pode ser. Enviem Retsu e peçam relatórios o mais rápido possível. Por enquanto, essa é a única pista que temos sobre o paradeiro de Athena. Yulij, você ficará focada em buscar mais informações sobre as Torres, o Sol de Arcádia e outros assuntos relativos a isso. Marin, Shina e Jabú continuarão com seus afazeres. Eu retornarei ao Monte das Estrelas para procurar mais informações sobre o presságio de ontem à noite. Vamos encontrar Athena e restabelecer nosso domínio sobre a Terra.

 

Os quatro Cavaleiros reverenciam o Mestre e saem de sua presença. Nikol levanta e retorna para o Monte das Estrelas

 

• Grécia - Santuário de Athena

Do alto do Monte das Estrelas, Nikol tentava buscar respostas, mas não conseguia parar de pensar no passado. Ainda mais naquele local, onde seu velho amigo e mestre frequentou durante muitos anos a pedido do Grande Mestre Shion. Nikol para de ler os antigos diários guardados e selados naquele monte e vai até a varanda do pequeno Templo que havia ali. O Monte das Estrelas era o local mais alto do Santuário e ali, Nikol conseguia ver todo o território sagrado, desde o Templo de Athena até a pequena vila de Rodório. Voltando seus olhos para a sala do Grande Mestre, Nikol começa a se lembrar de fatos do seu passado:

 

“- Ares... hoje eu sei que não era você aquela noite...”.

 

Nikol é o único herdeiro de uma família poderosa da Austrália. Quando seus pais morreram, ele decidiu deixar a Austrália para conhecer o mundo. Em uma viagem pela Grécia, foi atacado por ladrões que o assaltaram e o espancaram entre as ruínas do Acrópole, mas um homem o salvou. Esse homem levou Nikol para sua casa, cuidou de seus ferimentos e o ajudou a se recuperar. Seu nome era Ares. Um homem simples, mas bastante sincero honesto e honrado. Com o passar do tempo, os dois desenvolveram uma grande amizade e Nikol passou a morar na Grécia. Ares confiava em Nikol com sua vida e por isso revelou a ele toda a história e a verdade sobre o Santuário e os Cavaleiros de Athena. Fascinado com os contos de Ares, Nikol pede para conhecer o Santuário.

 

- Infelizmente, meu amigo, somente os Cavaleiros podem atravessar a barreira milenar criada por Athena.

 

Nikol olhou para seu amigo e, sorrindo, ele diz:

 

- Então me faça um Cavaleiro...

 

A partir daquele momento, além da grande amizade que os unia, Ares e Nikol passaram a possuir o maior elo entre os Cavaleiros: Mestre e Discípulo. Foram longos anos de treinamento até o dia em que Nikol recebeu a Armadura de Prata de Altar, que também pertenceu a seu Mestre e amigo, antes que ele assumisse as funções de Mestre Auxiliar do Santuário, para ajudar o Grande Mestre, que já tinha idade avançada e já não conseguia liderar o Santuário como antigamente. Nikol sempre admirou Ares até o dia em que ele mudou completamente:

 

- Mandou me chamar, Mestre Ares?

 

Ares, vestindo seus mantos sacerdotais, e utilizando a máscara do Mestre Auxiliar, olha para seu discípulo e fala:

 

- Sim, Nikol... aproxime-se...

 

Nikol se aproxima de Ares e o Mestre começa a falar:

 

- Como você sabe, Athena reencarnou em nossa época, e reencarnou como um bebê inocente, totalmente indefesa...

 

- Sim, Mestre, estou ciente. Você mesmo me levou para conhecê-la...

 

- Por isso, estive pensando...

 

Ares levanta de seu trono e anda até um quadro do Grande Mestre:

 

- E se nós, eu e você, juntos, matássemos Athena e assumimos o poder no Santuário...

 

Nikol se espanta com aquele pedido de Ares.

 

- Ares... você está falando sério?

 

- Claro Nikol! Imagina, eu, Grande Mestre do Santuário e você, Mestre e Líder das Tropas dos Santos Cavaleiros...

 

Dando um giro com seu corpo, Ares encara Nikol, mostrando um cosmo ameaçador e dominado pelo ódio. Nikol tenta se afastar, mas Ares anda em sua direção e fala:

 

- Seriamos imbatíveis... SERIAMOS DEUSES!

 

- Não acredito que você está dizendo isso! Isso vai contra todo o treinamento que recebi através de você! O que aconteceu com você?

 

Ares começa a rir e fala:

 

- Não seja tolo, Nikol. Pense no poder que podemos ter juntos!

 

Nikol assume posição de ataque e eleva seu cosmo:

 

- Você pode ser meu Mestre e meu melhor amigo, mas não vou permitir que você destrua o que o Santuário e os Cavaleiros veem protegendo desde as eras mitológicas.

 

Ares abaixa sua cabeça e fala:

 

- Então sinto muito, Nikol... vou ter que te matar...

 

Como um verdadeiro raio de luz, Ares ataca Nikol, jogando-o escada abaixo.

 

- Não posso arriscar que um mero Cavaleiro de Prata estrague meus planos. Esta é a sua última chance, Cavaleiro!

 

Nikol levanta e naqueles rápidos segundo em que Ares se preparava para ataca-lo, ele ouve uma voz falando diretamente a seu cosmo:

 

“- FUJA! Encontre-se comigo nos Cinco Picos Antigos de Rosan, na China. ”

 

Nikol eleva seu cosmo e dispara um rápido ataque contra Ares, apenas para criar uma distração e sem perder um milésimo de segundo, o Cavaleiro de Prata de Altar foge do Santuário, deixando para trás Athena, seus companheiros e seu melhor amigo.

 

Os pensamentos de Nikol são interrompidos quando ele sente a presença de alguém se aproximando atrás dele. Rapidamente, ele olha para trás e vê Marin. A Amazona se ajoelha e fala:

 

- Mandou me chamar, Mestre?

 

- Sim. Tenho uma missão para você. Venha...

 

Nikol e Marin descem do Monte das Estrelas e ficam frente a frente com a Estátua de Athena. A Amazona olha para aquela Estátua e fica pensativa. Nikol percebe e fala:

 

- Não se preocupe Marin, em breve Athena estará conosco...

 

- Sei disso, Mestre, mas está tudo muito estranho, não acha?

 

- Sim, tudo aconteceu muito rápido. Saga, Poseidon, Hades, parece que todos combinaram de atacar juntos, para deixar o Santuário à deriva. Ainda não consigo entender por qual motivo Athena não retornou para o Santuário. Creio que os Deuses

estão metidos nisso. Temos que encontrá-la e salva-la o mais rápido possível.

 

- Mestre, algo dentro de mim diz que a ida ao Mundo dos Mortos foi proposital, para afastar Athena.

 

Marin continua pensativa quando Nikol interrompe novamente seus pensamentos:

 

- Proposital ou não, a Terra está desprotegida. Apenas 18 Cavaleiros se apresentaram ao Santuário. Por isso, preciso que você complete essa missão para mim.

 

- Sim, Mestre...

 

- Vocês não sabiam disso, mas durante a Rebelião de Saga, vários Cavaleiros se formaram ao redor do mundo. Mestre Dohko e eu escondemos esses Cavaleiros para que eles não caíssem nas mãos de Saga. Sob as ordens do Mestre Dohko, impedi que esses Cavaleiros retornassem ao Santuário, tive que mantê-los a salvo. São Cavaleiros de Bronze e preciso que você vá ao encontro deles e os convoque de volta para o Santuário. Aqui está a lista com o nome de todos eles e os locais onde eles estavam escondidos. Se achar necessário, leve alguns Cavaleiros com você.

 

- Como queira, Mestre.

 

Nikol passa para Marin uma lista de nomes e localidades, assim seria mais fácil encontrar os Cavaleiros de Athena que foram escondidos a pedido do Mestre Ancião, Dohko. Encarando Nikol, a Amazona fala:

 

- Então este é o motivo...

 

- Motivo de?

 

- O motivo por que você não retornou ao Santuário.

 

- Sim, como pode ver, passei um tempo selecionando e treinando Cavaleiros para utilizarem as Sagradas Armaduras. Não sou traidor, Marin. Estava aqui, justamente lembrando a noite em que partir e deixei vocês para trás. Meu Mestre, meu melhor amigo tentou me matar por que eu recusei ferir Athena, quando ainda era um delicado bebê. Por anos pensei que meu Mestre era um traidor, mas minha consciência foi limpa por Seiya e seus amigos, quando ajudaram Athena a retornar ao poder, desmascarando Saga. Agora posso conversar com meu amigo depois de muitos anos.

 

- Mestre, senti sua falta. Achei que tivesse nos abandonado.

 

- Não seria capaz de fazer isso com Athena, muito menos com você. Minhas lembranças desse lugar são maravilhosas e a minha lembrança preferida foi ver certa garotinha de cabelos avermelhados conquistar sua Armadura. Cometi muitos erros no passado, mas não pretendo repeti-los.

 

Marin toca no ombro de Nikol e ele fala:

 

- Eu devia tê-lo ajudado. Era o Mestre dele. Não podia ter o deixado partir.

 

Marin fala com seu Mestre:

 

- Ele escolheu o caminho dele. Cabe a ele enfrentar as consequências de suas decisões.

 

Marin dá as costas a Nikol e começa a andar em direção a Sala do Mestre. Antes de começar a descer as escadas, ela diz:

 

- Partirei logo depois do meio-dia.

 

- Obrigado, Marin...

 

Marin sai da presença de Nikol, deixando o Mestre sozinho. Ele olha para a Estátua.

 

- Athena, vamos te encontrar em breve...

 

• Egito – Luxor

Ono e Opi chegam à cidade de Luxor e, de longe, eles puderam avistar os arranha-céus daquela cidade. Luxor era uma cidade importante do Egito, com grandes riquezas, inclusive riquezas históricas. A cidade era grande e os edifícios modernos se misturavam as construções rústicas, históricas de um Egito muito antigo, da época onde Luxor ainda era conhecida como Tebas. De longe, os dois puderam avistar os vários Templos consagrados aos Deuses Egípcios e as Necrópoles, principalmente a Necrópole de Hatshepsut, o motivo por estarem naquela cidade. A cidade estava lotada. Pessoas andado por todos os lados. Nas ruas, comerciantes vendendo seus produtos e crianças correndo para escola. Ono olha para Opi e diz:

 

- O Mestre nos disse que a última pessoa que possuiu a Esfera de Athena foi Hatshepsut. Se quisermos encontrar algum paradeiro sobre esse artefato, devemos ir até o Templo consagrado a Rainha-Faraó.

 

- O Templo é enorme, Ono. É como procurar uma agulha em um palheiro.

 

- Sim, mas não temos pode onde começar. Tem que ser por lá. Vamos aproveitar essa multidão e nos infiltrar no Templo como turistas. Ninguém vai desconfiar de nós, nem daquilo que estamos procurando.

 

- Tudo bem, eu concordo. Só me faça um favor?

 

- Sim...

 

- Não abra sua boca para falar besteiras. Estamos disfarçados...

 

Ono fica bravo e fala:

 

- Eu não falo besteiras...

 

Opi começa a andar na frente de Ono, resmungando:

 

- Não, não fala. Você já é a besteira...

 

- Olha como você fala comigo, mocinha... EI ESPERE POR MIM!

 

Os dois continuam o caminho em direção ao Templo de Hatshepsut. Enquanto Ono e Opi atravessavam a cidade, outro jovem subia as escadas do Templo de Hatshepsut, se misturando com os turistas daquele lugar.

 

“- Como o Mestre quer que eu encontre uma tumba específica no meio de tantas tumbas. Estou em uma Necrópole, ou seja, uma cidade de mortos...”.

 

O jovem subia as escadas atento com tudo que acontecia ao seu redor. Ele usava um longo mando preto e um boné, que o protegia do sol. Ao chegar ao topo das escadas, ele anda até uma pequena cabine de informações e arranhando um árabe bem enrolado, ele pede algumas informações. A mulher que trabalhava naquela cabine entrega alguns folhetos para o jovem e dá algumas direções, o jovem agradece e entra no Templo.

 

O jovem vai andando por entre as galerias daquele museu procurando pistas para as informações que ele precisava. Após alguns minutos andando e, seguindo as orientações da funcionária do museu, o jovem chega a uma sala diferente, que parecia ser a maior sala daquele local. Várias caixas douradas, vasos feitos à mão, cadeiras, tronos, imagens espalhadas por todos os lugares indicavam que aquela sala era na verdade a sala central do Templo, onde acreditavam que era os aposentos de Hatshepsut.

 

- Se eu estivesse protegendo algo valioso, esconderia isso em meus aposentos...

 

O jovem começa a olhar, investigar cada detalhe daquela sala. Desenhos, imagens, hieróglifos, tudo que estava ali, procurava por qualquer coisa que pudesse lhe indicar uma direção, mas ele não encontrava nada. O jovem encara o sarcófago de Hatshepsut e percebe que, de alguma forma, aquele sarcófago atraia sua atenção. Era como se aquele sarcófago atraía o seu olhar. O jovem começa a inspecionar aquele objeto até que um símbolo chama sua atenção.

 

- O Sol de Arcádia...

 

O jovem olha para trás e fala:

 

- Tenho que isolar esse local para poder abrir esse sarcófago...

 

Rapidamente o jovem anda até o corredor e pega alguns cordões de isolamento e panos brancos para improvisar uma cortina, fechando aquela sala para que ninguém visse o que ele estava fazendo. Ele deitou o sarcófago no chão e começou a força-lo, tentando abrir. Na primeira tentativa de retirar a tampa do túmulo, ele sente uma poderosa energia saindo de dentro do sarcófago. À medida que ele forçava a tampa, aquela energia parecia se espalhar pelo cômodo. Foi nesse exato momento que Ono e Opi chegaram ao Templo e puderam sentir aquela energia:

 

- Você sentiu isso, Opi?

 

- Sim e veio lá de dentro...

 

- Parece que alguém chegou antes da gente. Vamos!

 

Os dois se misturam com a multidão e entram no museu, andando apressadamente a procura da fonte daquela energia. Novamente, o jovem força a tampa do sarcófago, fazendo aquela energia se espalhar. Após várias tentativas, ele consegue abrir o sarcófago. A energia acumulada durante muito tempo faz a tampa estourar, jogando o jovem para trás. Um pequeno tremor abala as estruturas do museu. Algumas pessoas sentiram o tremor, mas não se importaram. Ono e Opi já não andavam apressadamente e sim corriam, procurando a fonte daquela energia. O jovem levanta e percebe que o sarcófago estava vazio. Pequenos pontinhos brancos começam a cair sobre ele. Estendendo sua mão, ele percebe que aquilo eram pedaços de papel rasgado, papeis bem antigos, ou seja, papiro. Os pedaços começam a ficar maiores, do tamanho de tiras de folhas. O jovem pega um pedaço e percebe que havia uma inscrição nele:

 

- Αθηνά... Athena! Isso é um Selo de Athena!

O jovem começa a mexer no sarcófago, encontrando, perto da cabeceira daquele caixão, um compartimento secreto, e dentro dele havia um embrulho. Ele pega o embrulho e começa a abrir, descobrindo um estranho objeto esférico:

 

- Mas o que é isso? Uma bola de ferro?!

 

- COLOQUE ISSO NO CHÃO!

 

Aquela voz assusta o jovem, que quase deixa o objeto cair no chão. Ele olha para a entrada da sala e vê um garoto de cabelos loiros e uma menina de cabelos verdes entrando na sala.

 

- Não vou falar de novo. Coloque isso no chão.

 

O jovem encara daqueles dois e fala:

 

- E quem vai me obrigar?

 

Antes mesmo que eles pudessem responder, um tremor muito maior começa a balançar as estruturas do museu. Um alarme soa pelo sistema de som interno, solicitando a todos os visitantes que se retirem imediatamente do museu. O tremor era tão grande que estava fazendo a estrutura de rocha sólida ranger. O jovem tenta escapar mas antes de sair da sala, o estranho objeto começa a brilhar, chamando a atenção dos três jovens.

 

- O que você fez?

 

- Nada! Ela apenas começou a brilhar!

 

Como um raio de luz azul, a esfera sai voando da sala em direção à entrada do Templo, chamando a atenção de todos que estavam naquele lugar. Ono, Opi e o jovem não identificado saem correndo atrás da esfera. Na entrada do Templo, em uma praça central, havia um altar e como uma bola de fogo, a esfera encaixa perfeitamente, fazendo o altar brilhar intensamente. À medida que a esfera ia se encaixando, os hieróglifos gravados naquelas pedras começavam a brilhar, emitindo o mesmo brilho azul do objeto. Ela se encaixa perfeitamente na abertura sobre a tábua principal, espalhando a estranha luz azul por todo o altar. O tremor de terra fica mais intenso, balançando mais ainda as antigas estruturas daquela cidade e, de repente, a esfera lança em direção ao céu um poderoso raio de luz. Aquele raio se transforma em um pilar de energia. Alguns segundos depois tudo fica em um profundo silêncio. Não havia nenhum barulho ou ruído. Todo mundo fica totalmente atônito ao verem aquele pilar de energia surgindo no meio de um antigo altar. Em silêncio, todo mundo começa a acompanhar o pilar de energia com os olhos e se espantam com o que havia aparecido. Ono olha para Opi e fala:

 

- Por acaso você tinha notado essas pirâmides aqui?

 

Eles estavam diante de três grandes pirâmides. Essas pirâmides eram as maiores já vistas. Cada pirâmide era rodeada por mais quatro pirâmides menores. A Necrópole de Hatshepsut era apenas a entrada daquelas pirâmides.

 

- Mas o que é isso? De onde essas pirâmides surgiram?

 

Várias pessoas começaram a chegar ao Templo de Hatshepsut para apreciar aquele fenômeno. Os habitantes e visitantes de Luxor não podiam acreditar. Um murmúrio pôde ser escutado ao redor da cidade. Ninguém acreditava no que tinha acontecido. Opi olha para Ono e fala:

 

- Acho que devemos ir para lá...

 

- Você acha!?

 

Os dois começam a subir as escadas quando aquele jovem aparece e fala:

 

- Aonde vocês pensam que vão?

 

Ono e Opi olham para trás e veem o jovem assumindo posição de ataque.

 

- Espera aí! Você está querendo lutar com a gente na frente de todas essas pessoas?

 

- Isso não me importa. O que importa é encontrar uma forma de trazer a Deusa Athena de volta a Terra. E essa forma é entrando nesse Templo. Não posso permitir que vocês me atrapalhem! GARRAS CORTANTES DE VENTANIA!

 

Ono e Opi são jogados para longe, pois o golpe daquele jovem os pegou desprevenidos. Todos testemunharam o ataque daquele jovem e o grande estrondo que havia realizado com suas mãos. Rapidamente, temendo por suas vidas, todo mundo sai correndo. Enquanto o caos acontecia na entrada do museu, o jovem começa a subir em direção as pirâmides, passando por Ono e Opi que estavam estendidos no chão. Ono agarra o pé do jovem e fala:

 

- Espera... Você disse Athena... não somos...

 

Antes mesmo que Ono pudesse terminar a frase, o jovem aplica outro golpe, jogando Ono para baixo. Ele continua subindo as escadas quando Opi dá um salto a acerta um golpe nas suas costas, fazendo-o cair e ficar de joelhos. O jovem levanta preparando um ataque quando Opi grita:

 

- ESPERA! Você disse que precisa trazer Athena de volta a Terra. NÃO SOMOS INIMIGOS DE ATHENA! Somos Cavaleiros de Athena e viemos em nome de nosso Mestre, o Mestre Baca para despertarmos Amon-Rá.

 

O jovem encara Opi e fala:

 

- Despertar Amon-Rá? Como podem dizer que são defensores de Athena e planejam despertar outro deus? São traidores???

 

Levantando as mãos, Opi demonstra que não tinha intensão em lutar contra o jovem Cavaleiros.

 

- Me escute por alguns segundos. Acho que podemos nos ajudar!

 

Mesmo em posição de ataque, o jovem balança a cabeça permitindo que Opi falasse:

 

- A história é grande e complicada, não tenho tempo para contar tudo a você, mas nosso Mestre nos contou que Amon-Rá, ex-Cavaleiro de Ouro, é o único que pode ajudar a encontrar e resgatar Athena. Ele foi morto e aprisionado a séculos atrás e por isso, precisamos ressuscitá-lo para que ele nos guia até Athena.

 

O jovem fica confuso. Ele olha para Opi e diz:

 

- Mestre do Santuário, Nikol de Altar, me enviou a essas terras a procura do Sol de Arcádia. Encontrei o representações do Sol de Arcádia naquele sarcófago, por isso abri. Ai tudo isso aconteceu. Como posso saber se o que vocês estão falando é verdade?

 

Opi abaixou os braços e fala:

 

- Somos Cavaleiros de Athena, mas infelizmente, não recebemos nossas Armaduras ainda pelo fato de não conseguirmos ir ao Santuário por causa da batalha contra Hades. Pelo visto, você está em vantagem, pois está vestido com sua Armadura por debaixo desse manto.

 

O jovem abaixa a guarda e diz:

 

- Irei confiar em você. Mas se você estiver errada...

 

Opi interrompe o jovem e fala:

 

- Não estou.

 

Sem saber o que se passava entre Opi e o misterioso jovem, Ono levanta furioso e ataca. Opi tenta impedir, mas já era tarde demais. O golpe de Ono foi tão forte que os dois acabam atingindo uma das paredes daquele Templo, atravessando-a. Ono levanta, retirando algumas pedras de cima do seu corpo quando Opi aparece e fala:

 

- Ono, você está bem?

 

- Sim, estou. Parece que um trem passou por cima de mim, mas estou bem. Onde estamos?

 

Opi olha para seu amigo e fala:

 

- Se você não tivesse sido estúpido e atacado aquele Cavaleiro, eu tinha descoberto quem ele era.

 

Opi ajuda Ono a ficar de pé quando uma voz chama a atenção deles:

 

- Me desculpem por ter desconfiado de vocês. Meu nome é Retsu.

 

Os dois olham para trás e veem o jovem vestindo uma Armadura azul.

 

- Sou Retsu, Cavaleiro de Bronze de Lince. Vim ao Egito a pedido do Mestre Nikol, do Santuário.

 

- Santuário? Quer dizer que você é servo de Athena?

 

- Sim, sou, por quê? Pensaram que eu era algum tipo de inimigo?

 

Ono se sente aliviado ao ouvir aquela notícia. A Amazona olha para o mais novo amigo e fala:

 

- Me diga Retsu, porque o Santuário não procurou por nós em Cairo?

 

- Na situação em que estamos, é difícil confiar em qualquer um, ainda mais quando não sabemos quantos Cavaleiros existem espalhados pelo mundo. Como havia dito, estou procurando o paradeiro do Sol de Arcádia. Mestre Nikol acredita que aqui no Egito existe uma forma de trazer Athena de volta do Mundo dos Mortos.

 

- Por que ele pensa isso?

 

- Algumas semanas atrás, logo após o fim do Grande Eclipse, a Estátua de Athena retornou ao Santuário. Achamos que Athena havia retornado também, mas apenas a estátua retornou. Junto com ela havia um símbolo desenhando. Mestre Nikol

identificou com Sol de Arcádia e descobrimos que o Sol de Arcádia tem origens egípcias. Ai fui enviado para cá. Estamos fazendo de tudo para resgatar Athena.

 

Ono olha para Retsu e fala:

 

- Como vocês sabem que Athena não está morta?

 

- Isso é simples. O Báculo de Niké não retornou ao Santuário. Sempre quando uma encarnação de Athena encerra o seu tempo aqui na Terra, o Báculo de Niké aparece aos pés da Estátua com o cosmo final de Athena, para a restruturação do Santuário. Até o presente momento, não apareceu. Por isso acreditamos que Athena está viva e impossibilitada de retornar a Terra.

 

Opi olha para os dois e fala:

 

- É exatamente a mesma coisa que Mestre Baca disse. Por isso viemos procurar por Amon-Rá. Nosso Mestre nos contou que Amon-Rá foi um Cavaleiro de Ouro que alcançou um grande poder, se tornando um Deus. Athena o recompensou com as terras egípcias e por vários séculos foram Aliados, até Amon-Rá desaparecer. Se conseguirmos despertar Amon-Rá, ele poderá atravessar os planos físicos entre o Seikai e Meikai e encontrar Athena.

 

- Parece que fomos enviados por nossos Mestres para a mesma missão.

 

- Coincidência?

 

- Não. Athena deve estar por trás disso, ela quer ser encontrada!

 

Ono olha para seus amigos e fala:

 

- Estão prontos?

 

- Sempre...

 

Os três saem correndo em direção ao Templo de Amon-Rá. Quando eles estavam prestes a entrar nos átrios externos daquele Templo, uma enorme pedra cai sobre eles, fazendo-os desviarem para lados diferentes. Os três olham em direção ao grande portal de entrada veem dois Guerreiros vestindo com Armaduras Negras. Retsu se coloca a frente e fala:

 

- Quem são vocês e o que querem conosco?!

 

- Não interessa quem somos, o que vocês precisam saber é que vamos impedir que vocês despertem Amon-Rá a pedido de nossa Rainha. Sou Scárnio de Setit, o Fantasma do Ébano!

 

- Sou Necron de Ravno, o Fantasma da Escuridão. Este é o último aviso: NÃO AVANCEM!

 

- E se recusarmos?

 

- Serão retirados a força!

 

- É o que veremos!

 

Retsu eleva seu cosmo e ataca os dois Guerreiros.

 

- GARRAS CORTANTES DE VENTANIA!

 

As poderosas garras de Retsu lançam seus oponentes para trás. Rapidamente, Retsu olha para Ono e fala:

 

- Aproveitem essa chance! Encontrem e despertem Amon-Rá!

 

- Não, ficaremos aqui! Juntos podemos vencê-los rapidamente!

 

- Não temos tempo para essa discussão, Ono. Não se preocupem comigo, sei me defender muito bem! Eu fico aqui e cuido deles...

 

- Você tem certeza que ficará bem?

 

- Vão! Eu cuido desses dois!

 

Rapidamente, os dois começam a correr em direção ao Templo. Scárnio tenta impedir que eles continuem o caminho, mas Retsu agiu com mais velocidade e conseguiu impedir que aqueles dois Guerreiros atacassem Ono e Opi. Os dois companheiros de Retsu conseguem entrar no Templo principal. Estranhamente, a pesada porta de pedra se fecha atrás deles. Opi apalpa a enorme pedra e fala:

 

- Estamos presos. Não temos outra opção senão seguirmos para o interior do Templo.

 

- Vamos, não temos tempo a perder.

 

Ono e Opi começam a andar em direção ao enorme corredor escuro, fechado por séculos. Em poucos instantes, os dois desapareceram naquela densa escuridão. Retsu continuava na área externa das Pirâmides com aqueles dois Fantasmas.

 

- Então vocês são Fantasmas... estão aqui a mando de quem?

 

Scárnio começa a rir e fala:

 

- Não diremos nada a você. A única coisa que irás ficar sabendo é que aqui, no Templo de Amon-Rá, será seu túmulo! FURACÃO DE ÉBANO!

 

Retsu eleva seu cosmo e contra-ataca:

 

- GARRAS CORTANTES DE VENTANIA!

 

Os dois golpes se chocam, cada um neutralizando o golpe de seu adversário. Necron olha para Scárnio, ele diz:

 

- Ele é poderoso. Se quisermos acabar com ele, vamos ter que atacar juntos.

 

- Não, Necron. Vá atrás daqueles outros dois. Se Amon-Rá voltar à vida, estamos mortos.

 

Rapidamente, Necron dá as costas para Retsu e sai correndo em direção ao Templo, indo atrás de Ono e Opi. Retsu encara Scárnio e fala:

 

- Não adianta ir atrás deles, eles já entraram no Templo.

 

- Fique calado!

 

Retsu tenta avançar quando sente o cosmo do inimigo se levantando.

 

- PREPARE-SE PARA MORRER! FURACÃO DE ÉBANO!

 

Um enorme furacão negro sai dos punhos de Scárnio. Os ventos negros daquele Cavaleiro envolvem o Cavaleiro de Lince, impedindo que ele pudesse enxergar. Mesmo com seus olhos envolvidos em escuridão, Retsu eleva seu cosmo e dispara sua técnica:

 

- GARRAS CORTANTES DE VENTANIA!

 

As garras de Retsu cortaram aquele furacão como se fosse uma folha de papel. O cosmo de Scárnio foi neutralizado, para o espanto do Guerreiro.

 

- Como você conseguiu neutralizar meu cosmo?

 

- Com as minhas garras, posso cortar qualquer barreira lançada contra mim. Não pense que utilizando uma nuvem negra você terá mais vantagens nessa batalha. Posso cortar essa nuvem com facilidade.

 

Furioso, Scárnio diz:

 

- Isso não me importa. O próximo ataque não será tão fraco como esse. FURACÃO DE ÉBANO!

 

- Idiota... GARRAS CORTANTES DE VENTANIA!

 

Novamente, o ataque de Scárnio é neutralizado pelo cosmo de Retsu. Retsu começa a elevar seu cosmo e fala com Scárnio:

 

- Agora, irei mostrar a você a técnica mais poderosa da Constelação de Lince... HÉRCULES RELUZENTE!

 

Chamas flamejantes saem do cosmo de Retsu. Scárnio tenta atingir o Cavaleiro de Athena com seus ventos negros, mas seu ataque foi em vão. Com um golpe certeiro e rápido, Retsu acerta Scárnio, arremessando-o para longe. Scárnio levanta um pouco atordoado e pensa:

 

“- Que Cavaleiro poderoso! Nem elevando meu cosmo ao máximo eu consigo derrota-lo! ”

 

Sem perder tempo, Scárnio avança em direção a Retsu. O Cavaleiro de Athena eleva seu cosmo e dispara mais uma vez suas poderosas chamas:

 

- HÉRCULES RELUZENTE!

 

Novamente, o poder de Retsu acerta Scárnio em cheio. Ele é lançado contra o chão e tem sua pele queimada. Scárnio levanta, mas ele mal conseguia ficar em pé. Mesmo assim, ele começa a concentrar seu cosmo. Retsu fecha os olhos e fala:

 

- Já chega Scárnio, você já está vencido. Se entregue!

 

Retsu começa a concentrar seu cosmo. Scárnio se assusta porque o cosmo daquele Cavaleiro era muito maior do que ele havia demonstrado no início da luta. O Guerreiro percebeu também que à medida que o Cavaleiro ia aumentando sua força cósmica, o vento ao seu redor ficava totalmente inerte, sem nenhum movimento. Retsu abre os olhos e encara seu oponente. Scárnio se prepara, mesmo sabendo que seria inútil tentar alguma coisa, pois aquele Cavaleiro de Athena tinha a habilidade de neutralizar suas técnicas. A última coisa que Scárnio ouviu foi à voz de Retsu:

 

- HÉRCULES RELUZENTE!

 

- FURACÃO DE ÉBANO!

 

O poder de Retsu envolve o poder de Scárnio e como uma poderosa navalha, o “Hércules Reluzente” atravessa o corpo do Fantasma, matando-o. Antes que sua vida se esvaziasse por completo, Scárnio cai de joelhos e fala olhando para o céu:

 

- Perdoe-me, Rainha, não consegui cumprir com a missão...

 

Como uma pedra sólida, Scárnio cai no chão, sem demonstrar nenhum sinal de vida. Naquele momento, Retsu sente o cosmo de Ono, Opi e de Necron, vindo de dentro da pirâmide.

 

- Parece que eles se encontraram...

 

Sem perder mais tempo, Retsu corre para a pirâmide, deixando o corpo de Scárnio para trás.

Editado por Davi.Smith
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CONTINUAÇÃO CAPÍTULO I

O RENASCER

 

• Egito – Templo de Amon-Rá

Necron havia quebrado a enorme porta do Templo e se encontrou com os dois Cavaleiros de Athena. Eles lutavam furiosamente na antessala do Templo. O Fantasma se encontrava em vantagem, pois Ono e Opi não usavam suas Armaduras.

 

- Não seja estúpido, Necron! Estamos em vantagem. Somos dois contra um, você não terá chances contra nós...

 

- Não subestime meu poder, Cavaleiro.

 

Necron começa a concentrar seu cosmo.

 

- Vocês devem morrer, essa é a ordem da minha Rainha. Portanto... MORRAM! PLASMA OBSCURO!

 

Uma poderosa onda cósmica sai das mãos de Necron e atinge os dois Cavaleiros, arrastando-os pelo chão. Ono e Opi não esboçavam nenhum sinal de vida. Necron solta um suspiro e fala:

 

- Vermes...

 

O Fantasma dá as costas para o corpo dos dois Cavaleiros e começa a andar em direção a saída do Templo. Olhando para cima ele diz:

 

- Não sinto mais o cosmo de Scárnio...

 

Um barulho chama a atenção de Necron. Ele olha para trás e vê os Cavaleiros de Athena se mexendo. Antes que os dois pudessem se levantar, Necron começa a golpeá-los, fazendo-os caírem novamente. O Fantasma começa a rir e fala:

 

- Mas que grandes Cavaleiros vocês são! Não conseguem nem invocar suas Armaduras! A Cavalaria de Athena está cada vez...

 

Antes que Necron completasse aquela frase, Ono segura um de seus pés e o joga no chão. Opi aproveita a oportunidade para atacar o inimigo, mas o Fantasma consegue conter o ataque e segura a Amazona pelo punho. Ono tenta ajudar sua amiga, mas Necron o golpeia, jogando-o escada abaixo. Olhando dentro dos olhos de Opi, ele diz:

 

- Cuidarei primeiro de seu amigo, mas fique tranquila, voltarei em breve...

 

O Fantasma empurra Opi para trás e salta em direção a Ono. Antes que Necron desaparecesse na escuridão, Opi invoca seu poder:

 

- IMPACTO ESPIRAL!

 

Uma poderosa centelha de energia acerta as costas de Necron, fazendo-o cair. Rapidamente, o Fantasma levanta e contra-ataca:

 

- PLASMA OBSCURO!

 

Opi é envolvida naquela onda de energia e arremessada contra a parede. Mesmo sentindo muita dor, ela começa a se levantar. Necron começa a rir e fala:

 

- Sua tola, ainda quer lutar? Pelo que estou percebendo, não precisarei usar todas as minhas forças para acabar com você.

 

Ele começa a andar em direção a Opi, desenvolvendo seu cosmo e quando estava bem perto de atingi-la, Ono aparece e defende sua amiga, disparando um poderoso golpe contra o Fantasma. Ono corre até Opi e ajuda ela a se levantar. Acompanhando ela até as escadas, ele diz:

 

- Você terá que continuar sozinha. Vá atrás de Amon-Rá, eu vou impedir esse Fantasma.

 

- Ono, você não pode lutar sem a Armadura. Está ferido...

 

Ono interrompe Opi e fala:

 

- Somos Cavaleiros de Athena, temos que em primeiro lugar obedecer às ordens da Deusa e de nosso Mestre. Precisamos de Amon-Rá, Opi... Athena precisa de Amon-Rá...

 

Opi concorda com Ono e, reunindo todas as suas forças, sai correndo em direção a escuridão das escadarias. Ono fica para trás para lutar contra Necron. O Fantasma começa a andar e fala:

 

- Você acabou de declarar sua morte, Cavaleiro. Prepare-se...

 

Ono encara seu oponente e fala:

 

- Posso ser inexperiente em comparação a você, mas consegui descobrir a essência de sua técnica. Ela não será mais problema para mim.

 

Necron encara Ono e furiosamente, ele fala:

 

- Ora seu insolente! Vamos ver se você consegue repetir isso! PLASMA OBSCURO!

 

As ondas de energia de Necron voam em direção a Ono, mas ele rapidamente esquiva do golpe do inimigo.

 

“- Agora é minha chance...” ·.

 

Rapidamente, Ono eleva seu cosmo e dispara seu poder:

 

- COROA DE FOGO!

 

A poderosa “Coroa de Fogo” de Ono passa raspando pelo braço esquerdo de Necron, que salta para trás, desviando do golpe. Encarando seu oponente, o Fantasma pensa:

 

“- Ele é poderoso, mas ainda não descobriu todo seu poder. Tenho que aproveitar essa vantagem e acabar logo com ele! ”

 

Rapidamente, Necron salta atacando Ono. O Cavaleiro de Athena tenta defender o ataque, mas acaba sendo atingido. Caído no chão, Ono virou alvo fácil para Necron. O Fantasma começa uma sessão de golpes em cima do Cavaleiro de Athena.

 

- Você vai morrer maldito!

 

Necron começa a elevar seu cosmo quando de repente, ele cai morto no chão. Ono levanta com o corpo todo machucado e um pouco confuso sobre o que aconteceu. Rapidamente, Retsu entra na sala e ajuda Ono a se levantar:

 

- Você está bem, Ono?

 

- Sim, graças a você. Achei que poderia lutar contra ele sozinho, mas ele era mais forte.

 

- Não se preocupe com isso. Esses Guerreiros são mais experientes que você e Opi e, além do mais, vocês estão sem as Armaduras Sagradas. Onde está Opi?

 

- Ela continuou o caminho. Necron estava dando trabalho, por isso, pedi que ela fosse sozinha para a Tumba de Amon-Rá.

 

- Agiu bem, mas vamos depressa, se Opi estiver machucada igual a você, ela não conseguirá lutar sozinha.

 

Retsu e Ono seguem o caminho em direção a Tumba de Amon-Rá. Depois de alguns minutos descendo aquelas escadas, Opi chega a uma sala que era levemente iluminada por duas tochas. Pegando uma das tochas, Opi começa a iluminar aquele local. Era uma sala grande, com várias coisas antigas e esquecidas. A Amazona de Athena examinava tudo com cuidado até encontrar o que procurava. Ao fundo da sala havia um enorme sarcófago encostado na parede, atrás de vários panos e teias de aranha. Ele era ordenado com ouro e pedras preciosas. Rapidamente, ela corre até o sarcófago e vê que era de Amon-Rá.

 

- Nem acredito que consegui!

 

Opi deita o caixão no chão e começa a forçar a tampa, tentando abrir o sarcófago. De repente, uma pequena esfera branca atinge seu braço. Gritando de dor, Opi afasta do sarcófago e olha em direção a entrada da sala.

 

- Nem pense nisso, garota...

 

Diante dela havia um homem. Ele era alto e forte, com os cabelos verdes e uma máscara escura cobrindo seu rosto. Ele possuía duas asas em suas costas e vestia uma Armadura negra. Ele anda até o sarcófago e, encarando Opi, ele fala:

 

- Malditos Cavaleiros de Athena...

 

Opi encara o estranho e fala:

 

- Quem é você?

 

Em silêncio, o Fantasma anda ao redor do sarcófago e ao ficar frente a frente com Opi, ele fala:

 

- Vim aqui para impedir que você abra esse sarcófago. Infelizmente, terei que fazer isso do modo mais terrível... usando minhas poderosas técnicas. Isso servirá como aviso aos próximos Cavaleiros de Athena que se atreverem a tentar despertar

Amon-Rá, ignorando uma ordem do Grande Conselho.

 

Aquele Fantasma começa a elevar seu cosmo. Era negro, terrível e carregado de ódio. Opi começou a desenvolver seu cosmo também, mas a diferença era enorme. Levantando seu braço, ele começa a concentrar uma energia sinistra em sua mão. Mesmo seu oponente sendo muito mais poderoso que ela, Opi não foi intimidada por seu cosmo. Juntando suas mãos, ela começa a concentrar sua cosmo-energia e se prepara para atacar seu oponente.

 

- Não adianta garota, você morrerá como um verme! ESFERAS DE DIAMANTE!

 

- IMPACTO ESPIRAL!

 

Os dois poderes se chocam e naquele mesmo instante, Ono e Retsu chegam à sala do sarcófago:

 

- OPI!

 

Uma poderosa explosão acontece, empurrando os três Guerreiros para fora da sala. Em meio a fumaça, o Fantasma aparece, sem nenhum arranhão. Ele olha para trás e vê os outros Cavaleiros de Athena caídos no chão.

 

- Mais dois Cavaleiros! Que bom! Não precisarei caçá-los. Matarei todos juntos. Mas primeiro, as damas...

 

O Fantasma começa a andar em direção a Opi, que estava no fundo da sala, totalmente machucada. Ele começa a concentrar seu cosmo novamente e levanta sua mão para acabar com a vida de Opi quando, de repente, alguém segura seu braço. Furioso, o Fantasma começa a concentrar seu cosmo, mas essa pessoa, de alguma forma, consegue anular aquele cosmo. O Fantasma olha para trás e começa a tremer.

 

- VOCÊ! MAS COMO?! COMO VOCÊ ESTÁ VIVO?!

 

- FANTASMA!

 

Opi se assusta ao ouvir a voz de outra pessoa naquele lugar. Era um jovem alto, vestindo uma roupa branca, de cabelos roxos curtos. O jovem segura o braço do Fantasma, que estava apavorado. Com um rápido movimento, aquele jovem joga o Fantasma contra a parede, despedaçando a parede. O Fantasma levanta e começa a concentrar seu cosmo. O jovem olha para o inimigo e fala:

 

- Não adianta...

 

- Irei acabar com você! ESFERAS DE DIAMANTE!

 

Várias esferas prateadas começam a sair do punho do Fantasma, em direção ao jovem. Ele começa a concentrar sua força cósmica. Era algo incrível, algo fora do comum. Parecia romper todas as barreiras humanas, todas as barreiras conhecidas pelos Cavaleiros Humanos. Opi fica espantada e ao mesmo tempo maravilhada. Ao mesmo tempo em que sentia aquele cosmo crescer, ela sentia algo invadindo seu corpo. Algo quente e bondoso. Olhando para o jovem, ela fala:

 

- Então esse é o Nono Sentindo...

 

O Fantasma é totalmente desarmado e jogado ao chão, apenas com a manifestação daquele cosmo. A luz que saia do corpo do jovem parecia incomodar o Fantasma. Prostrado no chão, o Fantasma pede clemência, mas a última coisa que ele viu foi os olhos do jovem brilharem intensamente. Em poucos segundos, o corpo do Fantasma desaparece. Era como se ele tivesse sido consumido pelo olhar daquele jovem. O jovem olha para Opi e ela rapidamente se ajoelha, pois entende que estava na presença de um Deus. O jovem pega Opi pelos braços e fala:

 

- Por favor, fique de pé...

 

Naquele mesmo instante, Retsu e Ono entram na sala, preparando para atacar quando Opi grita:

 

- PAREM! É AMON-RÁ!

 

Instantaneamente, os Cavaleiros param de correr. Amon-Rá sorri para Ono e Retsu, e rapidamente eles ajoelham em respeito ao Deus. Amon-Rá se aproxima e rapidamente levanta os dois jovens:

 

- Não precisa disso, sou humano como vocês, sou Cavaleiro, servo de Athena como vocês. Por favor, levantem-se e me expliquem o que está acontecendo.

 

Os três jovens saem da Pirâmide, levando Amon-Rá junto. Quando o Deus coloca os pés fora da Pirâmide, ele treme e cai no chão.

 

- Sr. Amon-Rá! O que houve?

 

Amon-Rá levanta sua cabeça e fala:

 

- Estou bem, não se preocupem, estou apenas emocionado por estar de volta a esse lindo mundo...

 

O amor de Amon-Rá pela Terra era algo tão puro, tão belo que emocionou Ono, Retsu e Opi. Após alguns minutos apreciando a beleza que havia naquele lugar, Amon-Rá olha para seus novos amigos e fala:

 

- Muito bem, vamos a um lugar mais tranquilo para podermos conversar.

 

Os Cavaleiros levam Amon-Rá até o altar com a Esfera de Athena. Amon-Rá olha em volta com bastante alegria. Ele ainda não acreditava que estava de volta ao planeta Terra. O Deus se aproxima de uma pedra e se assenta, fazendo com que os outros se assentassem ao seu redor.

 

- Agora, meus amigos, me digam, por que estavam nas Pirâmides? O que pode ter acontecido de tão urgente para vocês me despertarem?

 

Retsu olha para Amon-Rá e fala:

 

- Bom, Senhor, não sabemos muito bem o que aconteceu, mas nossos Mestres nos enviaram à sua procura, pois você é o único que poderia encontrar nossa Deusa. Enquanto Athena estiver afastada do Santuário, nosso planeta corre perigo.

 

Aquela notícia soou como uma faca em seu coração.

 

- Athena... Minha Deusa... desaparecida? Como os Cavaleiros de Ouro foram permitir isso?

 

- Sinto dizer, Senhor, mas os Cavaleiros de Ouro sacrificaram suas vidas na batalha contra Hades. O Santuário hoje está com um pequeno número de Cavaleiros. Estamos em desvantagem. Qualquer inimigo que resolver se levantar contra Athena nesse instante, sairá vitorioso.

 

- Há quanto tempo estou preso?

 

Opi olha para o Deus e fala:

 

- Bom, não sabemos ao certo, mas posso te dizer que deve ser por longos milênios... estamos no ano de 1991.

 

- 1991... Realmente, muito tempo se passou...

 

- O Santuário passou por um momento muito difícil. Desde o renascimento de Athena, os Cavaleiros dessa geração vêm enfrentando dificuldades e vário inimigos. Desde uma rebelião dentro do próprio Santuário até enfrentar Deuses poderosos

como Poseidon e Hades.

 

- Próximos desafios... Então Athena sabe o que está para acontecer?

 

- Sinto muito, isso não posso dizer. Após a Batalha contra Hades, Athena não retornou ao Santuário. Ela está desaparecida junto com alguns Cavaleiros.

 

Amon-Rá se assusta e fala:

 

- Athena está...

 

Retsu interrompe a fala do Deus e diz:

 

- Não! Mestre Nikol explicou que se Athena estivesse morta, o Báculo de Niké teria retornado ao Santuário com o cosmo final de Athena para a reconstrução do Santuário, mas isso não aconteceu. Apenas a Estátua retornou ao Templo e nela havia um desenho, o Sol de Arcádia.

 

Amon-Rá olha para os Cavaleiros e diz:

 

- Sol de Arcádia, o meu brasão. Sim, vocês tem razão. Athena precisa da minha ajuda.

 

Amon-Rá levanta e anda até a entrada daquela câmara. Um silêncio toma conta do lugar. Todos ficam olhando para o Deus, esperando uma resposta ou uma palavra sobre tudo àquilo que havia sido dito.

 

- Preciso retornar ao Santuário. Tenho que me encontrar com o Grande Mestre dessa geração. Mas antes, preciso restaurar a vida de meus servos. Se Athena ordenou que eu fosse despertado depois de anos de prisão, significa que algo muito grande e poderoso está por vir.

 

- Por acaso você sabe dizer o que é Sr. Amon-Rá?

 

- Não, mas enquanto estiver restaurando meus Guerreiros, tentarei descobrir alguma coisa. Preciso de um tempo para encontrar meus servos.

 

Retsu olha para seus amigos e fala:

 

- Acho melhor irmos andando então, porque será uma longa viagem.

 

Os garotos ficam em pé começam a andar em direção a saída, quando Amon-Rá fala:

 

- Tem um meio mais rápido de chegarmos ao Santuário.

 

Os três olham para trás e Opi pergunta:

 

- Como? Ainda não conheço nada mais rápido que um avião.

 

Amon-Rá sorri e fala:

 

- Não se preocupem. Venham aqui.

 

Os três andam até Amon-Rá e ele fala:

 

- Estão prontos?

 

- Sim!

 

Amon-Rá começa a elevar seu cosmo. Ono estava maravilhado com aquele cosmo. Era algo totalmente pacifico e tranquilo. Algo misterioso acontece naquele momento. Amon-Rá e os três Cavaleiros desapareceram envolvidos pelo poderoso cosmo do Deus Egípcio.

 

• Grécia – Esparta

Esparta, município grego situado nas margens do rio Eurotas, na região sudeste do Peloponeso. Foi uma das mais notórias cidades-estados da Grécia antiga. Sempre considerada uma cidade de caráter militarista e oligárquico, o governo dessa cidade sempre tinha como objetivo fazer de seus cidadãos modelos de soldados, bem treinados fisicamente, corajosos e obedientes às leis e às autoridades. Relativamente ao poder, Atenas era a principal rival de Esparta e foi ela que liderou as cidades-estados gregas na luta contra os invasores persas. Hoje, a cidade de Esparta é mais um grande centro urbano em desenvolvimento. Mas, assim como Atenas, esconde um grande segredo.

Em uma das casas da parte antiga da cidade de Esparta, uma jovem mulher de longos cabelos azuis andava por entre os corredores escuros. Em suas mãos ela tinha um tridente e usava um longo vestido vermelho. Ao atravessar uma porta de madeira maciça, ela se ajoelha em um longo tapete vermelho:

 

- Meu Rei, me perdoe, mas os Fantasmas que foram enviados ao Egito, falharam...

 

Um poderoso cosmo invade aquele lugar, jogando aquela mulher violentamente no chão. Um vulto, com longos mantos cinza, passa ao lado da mulher e se assenta em um trono. A mulher consegue se mexer, mas continua ajoelhada. Ela olha em direção ao vulto e uma voz ecoa naquele lugar:

 

- Maldito o dia em que permiti que você e seus inúteis Fantasmas se aliassem a mim. Eu já deveria ter desconfiado que você ia falhar, Éris, assim como tudo que você faz nessa sua misera vida. Por acaso você entende o que está em jogo?

 

- Me perdoe meu Rei. Me dê mais uma chance, prometo que não falharei.

 

O vulto fica em pé e, sempre se escondendo nas sombras, ele fala:

 

- Amon-Rá despertou. Você sabe o que isso significa? Que o cosmo de Hades que prende Athena e aqueles míseros Cavaleiros nos Campos Elíseos será anulado. Deixe-me explicar a situação para você, Éris...

 

Com um rápido movimento de uma de suas mãos, o vulto envolve Éris com seu poderoso cosmo e ergue ela do chão. Fechando seu punho, o vulto começa a esmagar o corpo da mulher, usando apenas seu cosmo. Éris grita de dor.

 

- Athena voltará ao Santuário pelas mãos de Amon-Rá. Assim que se estabelecer novamente no Santuário da Grécia, ela irá trazer aqueles humanos asquerosos que sempre conseguem destruir os Deuses, os Cavaleiros de Ouro. A tentativa do Conselho de aprisionar as almas dos Cavaleiros de Ouro em uma dimensão inatingível irá falhar e as defesas dos Santuário irão se fortificar.

 

O vulto joga Éris contra a parede e fala:

- Me dê um motivo para não acabar com você aqui e agora.

- Por favor, meu Rei, me dê mais uma chance. Ainda podemos atacar o Santuário, quando eles estão fracos. Athena pode até trazer os Cavaleiros de Ouro de volta, mas eles precisarão de um tempo para se recuperarem. É o tempo perfeito para invadir o Santuário.

O vulto ameaça atacar Éris de novo, mas ele não faz. Encarando a mulher, ele diz:

 

- Espero que você tenha razão. E lembre-se, se você falhar, eu mesmo acabarei com você. Agora, suma da minha frente...

 

Éris referência seu Deus e sai daquela sala. O vulto senta no trono novamente e fica pensativo, até o momento em que outra sombra entra naquela sala:

 

- Podemos confiar nela, meu Mestre?

 

- Claro que não, Aquiles. Envie alguém para ficar de olho nela, bem de perto. Deixe os exércitos preparados, pois se Athena retornar a este mundo, eu vou esmaga-la como um inseto.

 

Os dois vultos desaparecem, deixando aquela sala em plena escuridão.

 

 

 

FIM DO CAPÍTULO 01

CAPÍTULO 02 A PARTIR DO DIA 02/11

Editado por Davi.Smith
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Yo Davi, como estás?

 

Li o teu prólogo e capítulo um.

 

Gostei em primeiro lugar do que eu, usando o hipermito como base para a explicação dos conceitos dos cinco sentidos biológicos e os quatro restantes como algo espirituais ou essências de matéria imaterial, em seguida narrrando os acontecimentos da Saga de Hades após as suas consequências sem esquecendo a cronologia das outras obras spinoffs que ajudaram na construção desta fic.

 

Desta vez, na descrição e pela segunda tentativa as coisas tomaram outro rumo, porém melhoram em termos de história e de aspectos técnicos, porém tenho algumas criticas construtivas para ajudar-te.

 

Tenta nomear pelo nome, descrição ou constelação quem esta a falar e encurta (opinião minha, apenas) o capítulo.

 

De resto, o balanço é muito positivo e espero que possas continuar por mais tempo e que concluas com êxito e muito esforço a tua fic.

 

Abraços!

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Cara fantástico!

 

Realmente prendeu minha atenção!

Grimlock, vlw!

 

Estou lendo a sua tb! Talvez demore um pouco para comentar, mas estou aocmpanhando!

 

Vlw os comentários.

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Yo Davi, como estás?

 

Li o teu prólogo e capítulo um.

 

Gostei em primeiro lugar do que eu, usando o hipermito como base para a explicação dos conceitos dos cinco sentidos biológicos e os quatro restantes como algo espirituais ou essências de matéria imaterial, em seguida narrrando os acontecimentos da Saga de Hades após as suas consequências sem esquecendo a cronologia das outras obras spinoffs que ajudaram na construção desta fic.

 

Desta vez, na descrição e pela segunda tentativa as coisas tomaram outro rumo, porém melhoram em termos de história e de aspectos técnicos, porém tenho algumas criticas construtivas para ajudar-te.

 

Tenta nomear pelo nome, descrição ou constelação quem esta a falar e encurta (opinião minha, apenas) o capítulo.

 

De resto, o balanço é muito positivo e espero que possas continuar por mais tempo e que concluas com êxito e muito esforço a tua fic.

 

Abraços!

 

Mystic, obrigado as criticas. Uma pergunta: quando vc diz para nomear vc diz colocar o nome na frente ou no final da frase?

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Mystic, obrigado as criticas. Uma pergunta: quando vc diz para nomear vc diz colocar o nome na frente ou no final da frase?

Refiro no final da frase, por exemplo:

 

- O seu cosmo cresce imensamente! - Exclamava Leão ao sentir tal energia cósmica.

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• Egito – Templo de Amon-Rá

 

O jovem olha para Opi e ela rapidamente se ajoelha, pois entende que estava na presença de um Deus. O jovem pega Opi pelos braços e fala:

 

- Por favor, fique de pé...

 

Naquele mesmo instante, Retsu e Ono entram na sala, preparando para atacar quando Opi grita:

 

- PAREM! É AMON-RÁ!

 

Instantaneamente, os Cavaleiros param de correr. Amon-Rá sorri para Ono e Retsu, e rapidamente eles ajoelham em respeito ao Deus. Amon-Rá se aproxima e rapidamente levanta os dois jovens:

 

- Não precisa disso, sou humano como vocês, sou Cavaleiro, servo de Athena como vocês. Por favor, levantem-se e me expliquem o que está acontecendo.

 

 

Nessa Parte quando você diz isso, que ele ainda era humano eu acho errado, ele já é um Deus/Terrestre mais um Deus, então ele não pode mais ser considerado humano.

 

Você não concorda!!!

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Nessa Parte quando você diz isso, que ele ainda era humano eu acho errado, ele já é um Deus/Terrestre mais um Deus, então ele não pode mais ser considerado humano.

 

Você não concorda!!!

 

Leandro, é fala de Amon-Rá. Ele é um Deus, mas por ser servo de Athena, se considera igual aos humanos. O cara é deus, mas eh humilde.

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CAPÍTULO II

O RESGATE DE ATHENA

Duas semanas se passaram desde que os Cavaleiros de Athena despertaram Amon-Rá. Ono, Opi e Retsu se retiraram para o Santuário, onde relataram os acontecimentos, bem como o surgimento dos novos inimigos, os Fantasmas. Mestre Nikol encarregou Geki e Kiki para encontrarem mais evidências sobre esses Fantasmas. Durante essas semanas, Opi e Ono foram submetidos a testes físicos e mentais e foram consagrados Cavaleiros de Bronze pelo Mestre Nikol.

Enquanto essas coisas aconteciam no Santuário, Amon-Rá estabelecia seu Templo em Luxor e começou a desenvolver seu exército.

 

• Egito – Complexo das Pirâmides

A Cidade de Luxor estava cada vez mais cheia de turistas que vinham ver o Complexo de Pirâmides que apareceu sobre o Templo de Hatshepsut. Esse tempo foi o suficiente para Amon-Rá recuperar parte de seu exército, trazendo de volta a vida os três Generais, os Comandantes de suas Tropas e alguns Guerreiros Egípcios. Amon-Rá estava na Pirâmide Central, na Sala do Trono, reunido com os Generais revendo os planos de restauração do Complexo e sendo informado sobre a localização dos Guerreiros que ainda estavam desaparecidos. Nefertem estava terminando de passar seus relatórios para Amon-Rá:

- Pela contagem oficial, Meu Senhor, estão faltando 14 Guerreiros para o nosso exército estar completo. Já enviei tropas de reconhecimento para localizarem esses Guerreiros.

Amon-Rá levanta e fala com os Generais:

- Ótimo trabalho. A recuperação do Complexo está quase no fim. Nefertem reúna quatro Guerreiros, pois vou precisar deles pela manhã.

 

Nefertem reverencia Amon-Rá e fala:

- Seja feita conforme a sua vontade...

Nefertem, Phtah e Sekhmet reverenciam Amon-Rá e saem da Sala do Trono. Assim que os Generais saem, Abila, um dos Comandantes das Forças de Amon-Rá, entra na sala e ajoelha na frente de Amon-Rá:

 

- Meu Senhor, os Cavaleiros do Santuário acabaram de chegar.

 

Sorrindo, o Deus Egípcio fala com o Comandante:

 

- Por favor, Abila, faça-os entrar.

 

Abila sinaliza para alguns guardas e eles abrem as grandes portas douradas da Sala do Trono e os três Cavaleiros entram cada um vestindo sua respectiva Armadura. Ao ver os três Cavaleiros atravessando as portas douradas, Amon-Rá olha para eles e com um enorme sorriso no rosto, ele fala:

 

- Meus amigos! Que bom revê-los!

 

Os três Cavaleiros ajoelham em reverência ao Deus Egípcio, mas ele corre e levanta um por um.

 

- Já disse, não há necessidade de formalidades. Sou um Cavaleiro, igual a vocês.

 

Amon-Rá coloca as mãos nos ombros de Ono e fala:

 

- Que maravilha! Vejo que você e Opi foram consagrados Cavaleiros e receberam suas Armaduras! Parabéns!

 

- Obrigado Senhor. Eu recebi a Armadura de Bronze de Carina e Opi, a Armadura de Bronze de Lebre. Sei que foi pouco tempo, mas esse tempo que passamos no Santuário conseguimos treinar bastante.

 

Amon-Rá sorri e diz:

 

- Estou vendo! Venham comigo...

 

Amon-Rá conduz os três Cavaleiros até uma varanda, de onde eles podiam ver os átrios internos do Templo. Estendendo sua mão em direção ao Complexo, Amon-Rá diz:

 

- Contemplem o Complexo das Pirâmides!

 

Os três Cavaleiros ficam perplexos com a tamanha mudança que aconteceu naquele lugar. Duas semanas atrás, aquele local estava escondido debaixo de areia e pó, agora, haviam soldados, servos e Guerreiros por todos os lados, carregando pedras, levando madeiras, plantando e construindo estátuas, todos ajudavam a reerguer o Templo de Amon-Rá. O Deus sorrindo fala:

 

- Essas duas semanas foram o suficiente para restabelecer as defesas primárias do Complexo. Em breve, o Complexo estará pronto para ser elevado aos céus.

Ono olha assustado para Amon-Rá e fala:

 

- Elevado aos céus? Isso flutua?

 

- Nas eras mitológicas, nossos inimigos raramente conseguiam invadir nossos Templos, pois era praticamente impossível de nos rastrear. Com os Templos flutuando e em movimento, não tinham como descobrir nosso paradeiro. É uma preocupação a menos para mim e meus Guerreiros. Assim podemos nos focar em nossas missões. Agora, vamos ao que interessa.

Amon-Rá leva os Cavaleiros de volta para a Sala do Trono e convidando eles a sentarem-se à mesa, ele fala:

 

- Estamos prontos. Meus Guerreiros irão auxiliar o Santuário enquanto estivermos fora. Eles irão proteger os domínios de Athena e a Terra.

 

Ono olha para Amon-Rá e fala:

 

- Como assim enquanto estivermos fora?

 

- Pelo o que vocês me contaram, após lutar contra Hades, Athena não retornou para o Santuário. Sei que para enfrentar o Deus do Mundo dos Mortos, Athena e os Cavaleiros devem ter descido ao Mundo Inferior e de lá foram aos Campos Elíseos, o paraíso para aqueles que receberam o favor dos Deuses. Mesmo que Elíseos fica ao final do Rio Aqueronte, ele fica em outra dimensão. Abrirei um portal entre o Mundo dos Mortos e o Mundo dos Humanos e com meu cosmo, protegerei a entrada de vocês nos Campos Elíseos. Por causa do portal e da proteção que estarei enviando a vocês, não poderei lutar. Terei que me concentrar.

 

Ono olha para Amon-Rá e fala:

 

- Por que temos que ser protegidos pelo seu cosmo?

 

Retsu dá um passo em direção ao amigo e fala:

 

- Porque não somos Deuses. Atravessar do Mundo dos Mortos aos Campos Elíseos ainda em vida só é permitido aos Deuses ou aqueles que forem protegido pelos Deuses.

 

Sorrindo, Amon-Rá diz:

 

- Exatamente. Não sou tão poderoso igual a um Deus nascido da Grande Vontade, mas sou um Deus terrestre, tenho poderes o suficiente para manter o portal aberto e proteger vocês contra o efeito das dimensões. Requisitei ao Mestre do Santuário a presença de vocês, pois confio em vocês. Além de vocês, levarei cinco dos meus melhores Guerreiros e eles ajudaram vocês a resgatem Athena.

 

Opi olha para o Deus Egípcio e fala:

 

- E se Athena não estiver lá?

 

Amon-Rá anda até uma varanda e fala:

 

- Caso ela não esteja nos Campos Elíseos, minhas suspeitas estarão confirmadas...

 

- Quais suspeitas?

 

Amon-Rá olha para os três Cavaleiros e com um ar de seriedade ele responde:

 

- De que Athena foi levada para o Olimpo...

 

Os três se assustam com aquela notícia. Ono encara o Deus e fala:

 

- Então invadiremos o Olimpo!

 

Amon-Rá se aproxima de Ono e coloca uma de suas mãos no ombro do rapaz e fala:

 

- Acalme-se, invadir o Olimpo não está nos planos. Não temos tempo, nem força o suficiente para combater os soldados divinos...

 

Amon-Rá volta a sorrir e diz:

 

- Por enquanto, vamos nos manter ao nosso plano. Abila mostrará a vocês seus aposentos. Tirem o dia para conhecerem o Complexo e amanhã pela manhã, iremos ao encontro de nossa Deusa.

 

Ono olha para seus amigos e eles concordam com aquelas palavras de Amon-Rá. Retsu dá um passo à frente e fala:

 

- Estamos honrados em participar dessa missão com você, Sr. Amon-Rá. Daremos o nosso melhor e juntos, resgataremos Athena.

 

Amon-Rá sorri e fala:

 

- Tenho certeza que sim!

 

Abila sinaliza aos três Cavaleiros para que eles o acompanhassem. O Comandante de Amon-Rá sai da sala, sendo seguido pelos Cavaleiros. Amon-Rá volta à varanda e observa seus servos trabalhando. Olhando para o céu e fechando seus olhos, ele deixa seus pensamentos voarem em sua mente.

 

“- Minha Senhora, espero em breve estar com você”.

 

• Egito – Complexo das Pirâmides

O dia chegava ao fim sem maiores problemas. Retsu e Ono aproveitaram para ajudar aos Guerreiros de Amon-Rá na reconstrução dos Templos. Opi aproveitou para conhecer um pouco mais da história daquele lugar. Ela passou o dia todo na biblioteca, estudando os antigos diários e relatos de guerras do Templo de Amon-Rá. Já era tarde da noite quando Amon-Rá entra na biblioteca e vê Opi rodeada de livros e mais livros. O Deus Egípcio sorri e fala:

 

- Você nunca descansa?

 

Opi se assusta com a chegada repentina de Amon-Rá. Ela começa a se levantar, mas o Deus a impede:

 

- Não se preocupe. Não precisa se levantar ou fazer alguma reverência. Pelo jeito você se divertiu muito.

 

Opi estava sem sua máscara e sorri com o comentário do Deus. Ela passa a mão em seus cabelos e fala:

 

- Adoro ler, estudar, pesquisar. Me ajuda a entender porque estamos aqui. Mestre Baca possui muito livros de registro e adoro ler e reler sobre nossos antepassados. Se importa se eu te perguntar algumas coisas?

 

Amon-Rá sorri, puxa a cadeira e senta:

 

- Pergunte o que quiser Opi.

 

Segurando um dos diários de batalha, Opi sorri e fala:

 

- Li o máximo de livros, de diários e anotações, mas não encontrei nada, nem uma citação sobre o motivo de vocês terem desaparecidos. Não consigo entender. Existem falhas, fatos não contados, assim como as anotações do Santuário. Eu queria saber o que aconteceu. Por que você e seus Guerreiros foram selados?

 

Amon-Rá suspira e fala:

 

- Infelizmente não consigo me lembrar. Algumas coisas ainda estão obscuras em minha mente. Tenho apenas algumas memórias. Alguns flashes do meu passado.

 

Opi se aproxima e fala:

 

- Me conte, por favor!

 

Sorrindo, Amon-Rá diz:

 

- Lembro-me de minha vida como humano de meus familiares, meu Mestre e meu treinamento. Lembro-me de minha consagração a Cavaleiro de Ouro e lembro-me de uma batalha decisiva onde eu e mais dois companheiros conseguimos despertar o nono sentido.

 

Opi se assusta e fala:

 

- Mais dois? Perai! Achei que só você tinha alcançado o Nono Sentido!

 

Balançando a cabeça negativamente, Amon-Rá diz:

 

- Não, não teria alcançado esse nível, essa imortalidade sem a ajuda de meus amigos. Lembro bem daquele dia: o Santuário lutava contra Baal, um dos Deuses Malignos sobre o controle de Cronos. Um Deus terrível e sanguinário. O Santuário foi

completamente arrasado e apenas Athena, eu e mais dois Cavaleiros de Ouro conseguimos sobreviver para a Batalha Final contra Baal. Eu, Brahma e Odin. Em um último golpe, conseguimos despertar o Nono Sentido. Athena nos recompensou com nossos reinos e sempre nos mantemos fieis a vontade de Athena. Enquanto eu recebi as terras egípcias, Brahma recebeu as terras hindus e Odin as terras gélidas do norte. Éramos os Aliados de Athena.

 

- Sim, agora entendo quando os Diários falam sobre os aliados! Nossa, que história fantástica!

 

- Mas chega até um certo momento de minha vida passada que não consigo me lembrar. Apenas alguns relances e depois me lembro de ter sido despertado por você.

 

Opi se arrisca mais um pouco e fala:

 

- Relances... que tipo de relances são esses?

 

- Apenas me lembro de uma grande concentração. Algumas lutas e a morte. Lembro-me de Athena correndo perigo e muito, muito sangue.

 

- Espere. Uma grande concentração... Athena em perigo...

 

Opi olha para trás, pega um dos livros e abre em uma página que estava marcada:

 

- Veja isto.

 

Opi mostra algumas anotações para Amon-Rá. Ele olha atentamente para aquelas anotações.

 

- Esta foi à última anotação feita por um de seus Guerreiros, depois dela não há mais nenhuma declaração. O que aconteceu?

 

Amon-Rá sorri um pouco constrangido e fala:

 

- Existem alguns mistérios que não devem ser revelados por mim. Minha existência, Opi, é uma afronta para os Deuses, por isso, eles determinaram que meu corpo deveria ser selado para que eu não pudesse reencarnar nessa terra. Eles temiam que Athena rebelasse e usasse meus poderes para transformar outros humanos em Deuses.

 

Amon-Rá levanta e fala:

 

- Agora vamos, chega de passar seu tempo presa dentro desse lugar. Temos uma longa jornada amanhã e você precisa descansar. Retsu e Ono já estão dormindo.

 

Opi sorri e fala:

 

- É a única coisa que Ono sabe fazer de melhor... Dormir...

 

- HAHAHAHAHA... Não zombe dele Opi, ele é uma pessoa incrível.

 

Amon-Rá anda até a porta e olha para a Amazona:

 

- O que ele tem de maior é o coração dele. Vocês serão ótimos defensores de Athena.

 

Opi levanta de seu lugar e sai da biblioteca junto com Amon-Rá. O Deus leva a Amazona até seus aposentos.

 

Do outro lado do Templo, Ono estava sentado em uma varanda, olhando para o céu, quando Retsu aparece e fala:

 

- Você está bem?

 

Ono olha para seu amigo e fala:

 

- Estou ansioso. Depois de anos aprendendo e treinando com meu Mestre, finalmente estou indo em minha primeira missão como Cavaleiro de Bronze.

Retsu bate levemente no ombro do amigo e fala:

 

- Não se preocupe! Você será um ótimo Cavaleiro.

 

- Estou preocupado com amanhã. Não sabemos muito bem o que estará nos esperando.

 

- Vem, vamos descansar. Deixe o amanhã para amanhã, Ono. Temos que descansar, precisamos estar totalmente restaurados amanhã.

 

Ono sorri e fala:

 

- Você tem razão...

 

Ono termina naquele momento encarando sua Constelação Protetora, que brilhava intensamente no céu.

Editado por Davi.Smith
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